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Bioestimulante e seus efeitos agronômicos na cultura da soja (Glycine max L.)

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Academic year: 2021

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UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

CURSO DE AGRONOMIA

DEAg – DEPARTAMENTO DE ESTUDOS AGRÁRIOS

CLEBER ERVINO BOURSCHEIDT

BIOESTIMULANTE E SEUS EFEITOS AGRONÔMICOS NA CULTURA DA SOJA (Glycine max L.)

Ijuí - RS Agosto - 2011

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CLEBER ERVINO BOURSCHEIDT

BIOESTIMULANTE E SEUS EFEITOS AGRONÔMICOS NA CULTURA DA SOJA (Glycine max L.)

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como um dos requisitos para a obtenção do título de Engenheiro Agrônomo, Curso de Agronomia do Departamento de Estudos Agrários da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ.

Orientador: Profa MSc. Luiz Volney Mattos Viau

Ijuí - RS Agosto - 2011

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CLEBER ERVINO BOURSCHEIDT

BIOESTIMULANTE E SEUS EFEITOS AGRONÔMICOS NA CULTURA DA SOJA (Glycine max L.)

Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Agronomia da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, defendido perante a banca abaixo subscrita.

Ijuí (RS), 3 de Agosto de 2011.

______________________________________________ Profa MSc. Luiz Volney Mattos Viau

DEAg/UNIJUÍ - Orientadora

______________________________________________ Profa MSc. Roberto Carbonera

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DEDICATÓRIA

Dedico esta conquista a toda a minha família, que sempre esteve ao meu lado me incentivando e apoiando para que eu pudesse concluir este curso superior.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus.

Aos meus pais e demais familiares, pelo incentivo e apoio incondicional.

Ao Departamento de Estudos Agrários (DEAg), professores e funcionários, pelo apoio, amizade e pelos valiosos ensinamentos prestados durante a jornada acadêmica.

O professor MSc. Luiz Volney Mattos Viau pelo valioso e imprescindível acompanhamento e pela orientação deste trabalho de conclusão de curso.

As empresas Stoller e Agrichem do Brasil Ltda., pela disponibilização dos produtos e auxilio prestado.

Aos valiosos colegas de curso, em especial ao, Arlei Rhode, Edegar Matter, Edson Copetti Casarin, Fabio Alberto Carpenedo, Jose Luis Dalsochio Junior, Lucas Linck Montagner, Luis Henrique Maciel Albiero, Peterson Morisso Dalepiane, Tânia Carla Mattioni, Tiago Uecker, em especial a Josiane Andressa Machado dos Santos, pelo apoio, compreensão, que de alguma ou outra forma auxiliaram na condução do experimento, e também pelo auxilio prestado na realização deste trabalho de pesquisa.

Ao professor Dr. José Antonio González da Silva pela realização da análise estatística.

Aos funcionários do Instituto Regional de Desenvolvimento Rural (IRDeR), principalmente ao César Sartori, pelo auxilio prestado, o que possibilitou a boa condução do trabalho a campo.

A todos os colegas de curso pelos bons momentos vividos, pela grande amizade compartilhada e pelo apoio dado durante esta jornada acadêmica.

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BIOESTIMULANTE E SEUS EFEITOS AGRONÔMICOS NA CULTURA DA SOJA (Glycine max L.)

Aluno: Cleber Ervino Bourscheidt

Orientadora: Profa MSc. Luiz Volney Mattos Viau

RESUMO

O conhecimento e utilização de técnicas agronômicas que proporcionem o incremento no rendimento de grãos de soja são de fundamental importância para a viabilização do processo produtivo do agricultor. Experimento com a cultura da soja foi instalado no IRDeR/Augusto Pestana, RS, com o objetivo de avaliar o uso de bioestimulante via sementes e foliar em diferentes estádios fenológicos de duas cultivares de soja geneticamente modificada (Nidera 6411 RR e Coodetec 214 RR). Os tratamentos foram constituídos dos seguintes produtos: Tratamento 1: SUPA COBRE + SUPA SÍLICA + HIGH COPPER (Foliar), Tratamento 2: SUPA SÍLICA (Silício), (Foliar), Tratamento 3: REFORCE (Fosfanato) (Foliar), Tratamento 4: PHYTOGARD (Fosfito) (Foliar), Tratamento 5: BOOSTER (Semente), Tratamento 6: BOOSTER (Semente + Foliar), Tratamento 7: STIMULATE (Semente + Foliar), Tratamento 8: Testemunha. Foi aplicado via sementes e via foliar, nos estádios R1 para Coodetec e R3 para Nidera, e a combinação desses fatores no total de 16 tratamentos para avaliar o rendimento de grão, massa media de grãos, número de legumes inférteis, número de legumes férteis, número de grãos por plantas, estatura total da planta, altura da inserção do primeiro legume e número de plantas por hectares. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso com quatro repetições. A cultivar Nidera 6411 proporcionou maior produção de grãos do que a cultivar Coodetec 214. A utilização do bioestimulante não incrementa os componentes do rendimento, e sendo assim a aplicação via sementes e via foliar não diferiram entre si. Na produtividade de grãos, o tratamento com bioestimulante não proporcionou diferença em relação à testemunha.

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1: Características agronômicas das cultivar utilizado no experimento...17 TABELA 2: Comportamento das cultivar em relação às principais moléstias...18 TABELA 3: Resultados e interpretação da análise de solo. IRDeR, Augusto Pestana – RS, 2010...18 TABELA 4: Resumo da análise de variância para distintos caracteres de interesse agronômico em soja. IRDeR/Augusto Pestana-RS, 2011...22 TABELA 5: Teste de comparação de médias entre tratamentos, para os caracteres rendimento de grãos (RG), massa media de grão (MMG), número de legumes inférteis (NLI), número de legumes férteis (NLF), número de grãos por planta (NGP), estatura total da planta (EST), altura da inserção do primeiro legume (AIL) e o numero de plantas por hectare. IRDeR, Augusto Pestana – RS, 2011...23 TABELA 6: Rendimento de grãos (kg/ha), produção relativa de grãos (%) e sacas (60 kg) de soja submetida a diferentes bioestimulantes. IRDER. Augusto Pestana. RS. 2011...24

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LISTA DE APÊNDICES E ANEXOS

APÊNDICE A: Croqui do experimento com seus devidos tratamentos...31 APÊNDICE B: Fotos da implantação do experimento e estádios iniciais de desenvolvimento da cultura. IRDeR, Augusto Pestana – RS...32 APÊNDICE C: Fotos do experimento no período final de desenvolvimento vegetativo da cultura. IRDeR, Augusto Pestana – RS...33 ANEXO A: Dados de precipitação pluviométrica (mm) referente ao período de Dezembro de 2010 a Maio de 2011. IRDeR, Augusto Pestana – RS...34

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 9

1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 10

1.1 A CULTURA DA SOJA: ASPECTOS GERAIS ... 10

1. 2 BIOESTIMULANTES ... 12

2 MATERIAL E MÉTODOS ... 16

2.1 LOCAL, CLIMA E SOLO ... 16

2.2 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL E TRATAMENTOS ... 16

2.3 CARACTERISTICAS DAS CULTIVARES DE SOJA UTILIZADAS ... 17

2.4 ANÁLISE DE SOLO ... 18 2.5 CONDUÇÃO DO EXPERIMENTO... 18 2.6 VARIÁVEIS MENSURADAS ... 20 2.7 ANÁLISE ESTATÍSTICA ... 21 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 22 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 26 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 27 APÊNDICES E ANEXOS ... 29

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INTRODUÇÃO

A cultura da soja (Glycine max L.) tem grande importância para o sistema de produção brasileiro e mundial. No Brasil, essa cultura ocupa a posição de destaque e se apresenta como a mais importante cultura em produção de grãos e em exportação sendo que, na próxima safra há uma expectativa de aumentar ainda mais a área de soja no Brasil, entre 2% e 3% são as perspectivas para a safra 2010/2011.

Apesar de ser a cultura de maior importância econômica, os ganhos de produtividade poderão ser aumentados com a utilização de práticas de manejo e no emprego de bioesstimulantes.

O termo bioestimulante se refere à mistura de produtos a base de hormônios, micronutrientes, aminoácidos e vitaminas. O surgimento de novos produtos para a incorporação às sementes e foliar aumenta a cada ano. No entanto, pouco se sabe sobre o real efeito desses produtos. A necessidade de se buscar bioestimulantes e fertilizantes mais eficientes tem levado as empresas a utilizar alta tecnologia, para desenvolver produtos cada vez melhores e mais baratos, ou seja, com uma relação custo/benefício.

Com aumento da área a cada ano da cultura da soja, vem fazendo com que os produtores aumentem a produtividade das lavouras, buscando sempre reduzir custos de produção e aumentando a eficiência e a produtividade da lavoura. Isso leva os produtores buscar alternativa como adubação foliar e uso de bioestimulantes.

Os dados existentes hoje se referem a outros estados do país. Os resultados de pesquisas são contraditórios. Diante disto vê-se a necessidade de informações mais específicas às condições de cultivo presentes em nossa região, possibilitando aumento da produtividade.

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1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

1.1 A CULTURA DA SOJA: ASPECTOS GERAIS

A soja é uma planta originaria do extremo Oriente, sendo cultivada nesta região desde 2000/1500 a.C. No Brasil a soja foi introduzida na Bahia no ano de 1882 por Gustavo Dutra. Já em 1908 começou a ser cultivada em São Paulo pelas imigrações japonesas. No Rio Grande do Sul foi introduzida no ano de 1914 e até o ano de 1940 era cultivada apenas em estações de pesquisas e pequenas escalas pelos imigrantes japoneses com fins experimentais e medicinais (Embrapa, 2010).

A cultura da soja no Brasil vem batendo recordes sucessivos de área plantada e de produtividade, caracterizando o país como um dos maiores exportadores mundiais desta oleaginosa. O uso da soja na alimentação animal e humana como uma excelente fonte de proteína tem conseguido absorver a produção crescente, assim como a tendência mundial de uso de biocombustíveis.

Em função do aumento de áreas cultivadas, bem como a necessidade de aumento de produtividade nas lavouras de grãos do Brasil, busca-se sempre melhorar os níveis de produtividade e reduzir custos de produção. Para que isso seja possível, a principal tarefa do produtor é providenciar o melhor ambiente possível para o crescimento da soja, usando práticas de manejo tais como, cultivo e adubação criteriosa do solo, seleção dos cultivares e densidade de plantas mais adequada, controle das plantas daninhas e das pragas, além de alternativas como adubação foliar e uso de bioestimulantes.

Segundo Vitti e Trevisan (2000), ao analisar a produtividade média da cultura da soja no Brasil, observaram que a mesma, ainda está muito abaixo do potencial de produção atingido pela pesquisa e por alguns produtores. Dentre os fatores de produtividade, o manejo químico do solo associado a fatores climáticos é ainda o que mais limita a produtividade dessa cultura.

Na prática o crescimento, desenvolvimento e rendimento da soja resultam da interação entre o potencial genético de um determinado cultivar com o ambiente. Existe interação perfeita entre a planta de soja e o ambiente, de maneira que, quando ocorrem mudanças no ambiente, também ocorrem no desenvolvimento da planta. Todos os cultivares têm um potencial máximo de rendimento que é geneticamente determinado. Esse potencial de

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rendimento genético somente é obtido quando as condições ambientais são favoráveis à planta. Em condições de campo, a natureza proporciona a maior parte das influências ambientais sobre o desenvolvimento e rendimento da soja. Entretanto, os produtores, através de práticas de manejo já comprovadas, podem manipular o ambiente de produção (Embrapa, 2010).

Segundo Castro e Vieira (2001), o uso de biorreguladores na agricultura tem mostrado grande potencial no aumento da produtividade, embora sua utilização ainda não seja uma prática rotineira em culturas que não atingiram alto nível tecnológico. Os bioestimulantes promovem o equilíbrio hormonal das plantas, beneficiando a expressão do seu potencial genético, estimulando o desenvolvimento do sistema radicular da cultura.

São substâncias que promovem o desenvolvimento vegetativo, podem atuar isoladamente ou em combinação na promoção de incrementar ainda mais o desenvolvimento das plantas. Tem sido evidente que reguladores vegetais associados a aminoácidos e nutrientes são mais eficientes quando aplicados em baixas concentrações.

Conforme Salisbury e Ross (1994) para os reguladores atuarem, eles devem estar em quantidades suficientes, interagir com as proteínas receptoras, para serem reconhecidos e capturados por cada um dos grupos de células. Segundo Castro e Vieira (2001), as classes de reguladores vegetais reconhecidas são as auxinas, giberelinas, citocininas, retardadores e inibidores, e o etileno. A mistura de dois ou mais reguladores vegetais ou as misturas desses com outras substâncias (aminoácidos, nutrientes, vitaminas), é designada como bioestimulante.

Da mesma forma, o emprego de bioestimulante como técnica agronômica para aumentar a produções em diversas culturas é cada vez mais comum Os órgãos vegetais das plantas são alterados morfologicamente pela aplicação de bioestimulantes, de forma que o crescimento e o desenvolvimento deles são promovidos ou inibidos, o que influencia ou modifica os processos fisiológicos das plantas.

Várias empresas veem propondo a aplicação de reguladores de crescimento na semente. Esses reguladores são definidos como substâncias naturais ou sintéticas que poderão ser aplicadas diretamente nas plantas, em sementes e no solo, com o intuito de incrementar a produção e melhorar a qualidade de sementes. Entre as diversas alterações, os reguladores de crescimento influenciam o metabolismo protéico, podendo então aumentar a taxa de síntese de enzimas envolvidas no processo de germinação das sementes e ainda no enraizamento, floração e frutificação das plantas.

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Conforme Ferreira (2007), as empresas de insumos têm investido no desenvolvimento de novos produtos, como bioestimulantes e aditivos, para a incorporação nas sementes e uso foliar, pois os mesmos são insumos da agricultura moderna, responsáveis por favorecer a expressão do potencial genético e produtivo que garante o ganho de produtividade. No entanto, pouco se sabe sobre o efeito desses aditivos à base de hormônios, micronutrientes, aminoácidos e vitaminas sobre a qualidade fisiológica das sementes e a produtividade das culturas. Dessa forma, deve-se atentar para os reais ganhos com a incorporação desses produtos nas sementes e foliar.

Corrobora-se com Silva et al (2008), que os reguladores de crescimento têm sido associados aos micronutrientes no tratamento de sementes, buscando-se maiores taxas de germinação e melhor estabelecimento de plantas no campo. Alguns reguladores apresentam em suas formulações micronutrientes, e estes são inseridos para minimizar problemas advindos da deficiência dos mesmos, durante os processos de germinação, desenvolvimento e produção de grãos. Os resultados de pesquisas obtidos no trabalho mostram que a sua utilização em soja apresentou efeito positivo. E o aumento da produtividade e, por conseqüência, a diminuição do custo relativo tem motivado produtores a utilizá-los, ou seja, a relação custo benefício tem promovido a utilização dos mesmos na cultura da soja.

1. 2 BIOESTIMULANTES

Os bioestimulantes são complexos que promovem o equilíbrio hormonal das plantas, favorecendo a expressão do seu potencial genético, estimulando o desenvolvimento do sistema radicular (Ono et al., 1999). Esses produtos agem na degradação de substâncias de reserva das sementes, na diferenciação, divisão e alongamento celulares (Castro e Vieira, 2001).

O emprego de bioestimulantes como técnica agronômica para se aperfeiçoar a produtividade de diversas culturas, tem crescido nos últimos anos. Os hormônios contidos nos bioestimulantes são moléculas sinalizadoras, naturalmente presentes nas plantas em concentrações basicamente pequenas, sendo responsáveis por efeitos marcantes no desenvolvimento vegetal (TAIZ e ZEIGER, 2004).

Os órgãos vegetais de uma planta são alterados morfologicamente pela aplicação de bioestimulantes, de modo que o crescimento e o desenvolvimento das plantas são promovidos ou inibidos, influenciando ou modificando os processos fisiológicos de modo a controlar as atividades referentes aos metabolismos planta. Os reguladores de crescimento, responsáveis

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por efeitos diversos nas plantas, fazem parte do grupo de substâncias vegetais denominada de hormônios vegetais.

Os hormônios vegetais são agrupados em cinco classes principais: auxinas (ácido indol acético, AIB, ANA), giberelinas, citocininas, etileno e ácido abscísico (ABA). Estes hormônios são produzidos em um sítio da planta e translocados para outros sítios para alterar o crescimento e desenvolvimento. O hormônio natural e outros materiais são essencialmente “mensageiros químicos”, que exercem influência sobre o desenvolvimento de diversos órgãos da planta (HALLMANN et al.1, 1988, apud GUERREIRO, 2008).

O efeito fisiológico no vegetal, causado por certo fitohormônio, depende da associação de três fatores primários: concentração do hormônio no sítio de atuação, sensibilidade das células ou tecidos e presença de outros hormônios vegetais. Da associação destes fatores complexos é que resulta a resposta fisiológica a um fitohormônio (HALL et al.2, 1996, apud GUERREIRO, 2008).

Conforme Taiz & Zieger (2004), a auxina foi o primeiro hormônio vegetal descoberto em 1927, sendo necessário para a viabilidade das plantas. É sintetizada no ápice caulinar e posteriormente é transportada em direção aos tecidos localizados abaixo do ápice, sendo necessária para o alongamento contínuo dessas células. Ela promove o crescimento por alongamento, via aumento na capacidade de extensão da parede celular. A aspersão da planta com auxina exógena resulta em um modesto e breve estímulo no crescimento de caules jovens e coleóptilos. Baixos niveis de auxina são também necessários para o alongamento da raiz, sendo que altas concentrações podem inibir o crescimento desse órgão.

Além de suas funções no crescimento e nos tropismos, a auxina participa na regulação da dominância apical, da iniciação das raízes laterais, da abscisão foliar, da diferenciação vascular, da formação de gemas florais e do desenvolvimento do fruto. As aplicações comerciais de auxina incluem compostos para enraizamento e herbicidas.

As giberelinas são um segundo grupo de hormônios descobertos na década de 1950. É caracterizada como um grande grupo de compostos relacionados (mais de 125), muitos dos quais biologicamente inativos, definidos mais por sua estrutura química do que por sua atividade biológica (TAIZ e ZIEGER, 2004).

São freqüentemente associadas à promoção do crescimento do caule, e a sua aplicação às plantas intactas pode induzir a aumentos significativos nas suas alturas, principalmente nas plantas anãs e nas plantas da família Poaceae. Além disso, controlam

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vários aspectos da germinação de sementes, incluindo a quebra de dormência e a mobilização das reservas do endosperma. Pode afetar a transição do estado juvenil para o maduro, bem como a indução da floração, a determinação do sexo e o estabelecimento do fruto. O transporte da giberelina na planta é de natureza não polar, ocorrendo na maioria dos tecidos, incluindo xilema e floema (TAIZ e ZIEGER, 2004).

Um hormônio pode influenciar a biossíntese de outro, sendo que a giberelina pode induzir a síntese de auxina e vice-versa. Os fatores ambientais tais como fotoperíodo e temperatura, podem alterar os níveis de giberelinas ativas nas plantas.

Os principais usos comerciais da giberelina, quando aplicadas por aspersão ou imersão, incluem o controle do cultivo de frutas (aumento no comprimento do pedúnculo de uvas sem sementes), a maltagem da cevada e o aumento da produção de açúcar em cana-de-açúcar. Em algumas plantas a redução na altura pode ser desejável, sendo que pode ser obtido por meio do uso de inibidores da síntese de giberelinas (TAIZ e ZIEGER, 2004).

Segundo Taiz & Zieger (2004), as citocininas são consideradas como fatores da divisão celular em muitas células vegetais, quando cultivadas em meio de cultura que contenha uma auxina. São sintetizadas nas raízes, em embriões em desenvolvimento, folhas jovens, frutos e nos tecidos da galha da coroa. Também podem ser sintetizadas por bactérias, insetos e nematóides associados às plantas.

As citocininas participam na regulação de muitos processos do vegetal, incluindo a divisão celular, senescência foliar, mobilização de nutrientes, dominância apical, formação e atividade dos meristemas apicais, desenvolvimento floral, germinação de sementes e a quebra da dormência de gemas. Parecem mediar também muitos aspectos do desenvolvimento regulado pela luz, incluindo a diferenciação dos cloroplastos, o desenvolvimento do metabolismo autotrófico e a expansão de folhas e cotilédones. A razão entre auxina e citocinina determina a divisão celular e a diferenciação em raiz ou gema de tecidos vegetais cultivados, sendo que uma alta relação auxina: citocinina estimula a formação de raízes (TAIZ e ZIEGER, 2004).

Alterações na concentração hormonal de tecidos podem mediar toda uma gama de processos de desenvolvimento das plantas, muitos dos quais envolvem interações com os fatores ambientais (CROZIER et al. 2000). Alguns trabalhos com bioestimulante trazem que aplicado via sementes é capaz de originar plântulas mais vigorosas, com maior comprimento, matéria seca e porcentagem de emergência em areia e terra vegetal proporcional ao aumento de doses do produto.

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Para Larcher (2006), a ação de hormônios vegetais depende do estádio de desenvolvimento e da atividade da planta, de estímulos externos, da parte da planta que está recebendo o estímulo e do tempo deste impacto. No Brasil, algumas culturas já atingiram altos níveis tecnológicos alcançando alta produtividade e já não estão condicionadas por limitações de ordem nutricional ou hídrica, o que tem levado ao emprego de bioestimulantes, que podem ser compensadores além de econômicos (CASTRO, 2006).

Os efeitos dos bioestimulantes foram bastante estudados e já conhecidos, sendo apresentados efeitos positivos e negativos de acordo com as quantidades aplicadas, períodos de aplicação, região de aplicação e culturas. No entanto, o efeito de alguns hormônios em conjunto é desconhecido, e visto das propriedades promissoras destas moléculas em culturas que já atingiram alto nível tecnológico são necessários maiores estudos.

Pesquisas apontam que a utilização de bioestimulantes proporciona incrementos no desenvolvimento vegetal embora poucos estudos tenham abordado aspectos fisiológicos da soja relacionados à aplicação destes produtos. O uso de um bioestimulante composto por citocinina, ácido indolbutírico e ácido giberélico via sementes ou via foliar em diferentes estádios fenológicos de duas cultivares, sendo uma cultivar convencional e outra geneticamente modificada. No qual os tratamentos foram constituídos de cultivares, aplicações do produto via sementes e foliar, nos estádios V5, R1 e R5, no qual foi avaliado a altura de inserção da primeira legume, número de ramos por planta, de legumes por planta e de grãos por legumes. A cultivar convencional proporcionou maior produção de grãos do que a cultivar transgênica. A utilização do bioestimulante incrementou o número de legumes por planta e a produtividade de grãos, e os resultados para aplicação via sementes e via foliar não diferiram entre si. Na produtividade de grãos, o tratamento com bioestimulante proporcionou aumento de 37% em relação à testemunha. O bioestimulante aumenta o número de legumes por planta e produtividade de grãos tanto em aplicação via sementes quanto via foliar, confirmando a hipótese deste trabalho. Em relação ao aumento da produtividade, o bioestimulante é mais efetivo quando aplicado na fase reprodutiva.

E outros trabalhos demonstram que o tratamento de sementes com inseticidas e um bioestimulante na germinação no crescimento da planta e raiz de soja. Foram realizados dois experimentos em que as sementes foram tratadas com aldicarb, thiametoxan, imidacloprid e duas testemunhas, uma sem produto e uma com bioestimulante. Os tratamentos de sementes de soja com os inseticidas e o bioestimulante levam à formação de raízes mais finas, o que caracteriza um efeito fisiológico do produto.

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2 MATERIAL E MÉTODOS

2.1 LOCAL, CLIMA E SOLO

O experimento foi implantado no Instituto Regional de Desenvolvimento Rural (IRDeR), pertencente ao Departamento de Estudos Agrários (DEAg), da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ), localizado no município de Augusto Pestana (RS), o qual possui uma localização geográfica de 28° 26' 30 26" de latitude a sul e 54° 00' 58' 31 de longitude W e apresenta altitude aproximada de 400 metros.

O clima da região, segundo a classificação de Köppen é cfa, ou seja, um clima subtropical úmido, com verão quente sem estiagem típica e prolongada, com uma média anual de precipitação pluviométrica equivalente a 1600 mm.

O solo pertence à unidade de mapeamento Santo Ângelo e é classificado como um Latossolo Vermelho Distroférico Típico originário do basalto da formação da Serra Geral caracteriza-se por apresentar perfil profundo de coloração vermelha escura, textura argilosa com predominância de argilominerais 1:1 e óxi-hidróxidos de ferro e alumínio.

2.2 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL E TRATAMENTOS

O delineamento experimental foi bloco ao acaso com quatro repetições. Em modelo fatorial, envolvendo tratamentos (bioestimulantes) e genótipos (COODETEC 214 e NIDERA 6411). Os tratamentos foram os seguintes:

1- Tratamento 1 (T1): SUPA COBRE + SUPA SÍLICA + HIGH COPPER (Foliar). 2- Tratamento 2 (T2): SUPA SÍLICA (Silício), (Foliar).

3- Tratamento 3 (T3): REFORCE (Fosfanato) (Foliar). 4- Tratamento 4 (T4): PHYTOGARD (Fosfito) (Foliar). 5- Tratamento 5 (T5): BOOSTER (Semente).

6- Tratamento 6 (T6): BOOSTER (Semente + Foliar). 7- Tratamento 7 (T7): STIMULATE (Semente + Foliar) 8- Tratamento 8 (T8): Testemunha.

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A parcela experimental foi constituída de 6 fileiras com 5 metros de comprimento, e o espaçamentos entre fileiras de 0,45 m, sendo considerada a parcela útil as quatro fileira centrais.

2.3 CARACTERISTICAS DAS CULTIVARES DE SOJA UTILIZADAS

Os genótipos usados como reagentes, suas características e comportamento das cultivares em relação, as principais moléstias encontram-se nas Tabelas 01 e 02.

Tabela 1: Características agronômicas das cultivar utilizado no experimento. Cultivar NIDERA A 6411 RR Cultivar COODETEC CD 214 RR

Resistente ao glifosato Resistente ao glifosato

Ciclo semiprecoce Ciclo Médio

Resistente ao acamamento Moderadamente resistente

Alta capacidade de engalhamento Hábito de crescimento determinado Alto rendimento de grãos Alto rendimento de grãos

Solo com media ou alta fertilidade Solo com media ou alta fertilidade Excelente adaptação ao sul do Brasil Excelente adaptação ao sul do Brasil Estabilidade de produção Estabilidade de produção

Cor da pubescência cinza Cor da pubescência cinza

Cor da flor roxa Cor da flor branca

Planta semiereta Cor do hilo marrom claro

Plantio 25 de outubro a 30 de novembro Plantio 20 de outubro a 25 de novenbro População de 250 a 370 mil plantas/ha População de 244 a 266 mil plantas/ha Teor médio de proteína de 37,23% Teor médio de proteína de 35,8% Teor médio de óleo de 18,23% Teor médio de óleo de 18,7%

Tabela 2: Comportamento das cultivar em relação às principais moléstias. Cultivar NIDERA A 6411 RR Cultivar COODETEC CD 214 RR Resistente a cancro da haste Resistente a cancro da haste

Suscetível a mancha Olho-de-Rã Resistente a mancha Olho-de-Rã Suscetível a Nematoida de Cisto Resistente Necrose da haste da soja Medianamente suscetível ao Oídio Suscetível ao Oídio

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Resistente ao acamamento Acamamento, moderadamente resistente Resistente a Deiscência de Legume Nematóide de galhas suscetível

Fonte: Indicação Técnicas para a cultura da Soja no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina (XXXIV Reunião de Pesquisadores de Soja da Região Sul – 2006/2007) e NIDERA SEMENTES.

2.4 ANÁLISE DE SOLO

Após a definição da área para a instalação do experimento, procedeu-se a coleta de amostra de solo, levando em consideração as recomendações de coleta de 15 sub amostras para obtenção de uma amostra composta, a fim de se ter uma boa representatividade das condições de fertilidade da lavoura.

A área possui sistema de plantio direto consolidado. A cultura antecessora foi milho, sendo a mesma utilizada para a produção de grãos. Os resultados da análise de solo estão visualizados na Tabela 03.

Tabela 03. Resultados e interpretação da análise de solo. IRDeR, Augusto Pestana – RS, 2010

Prof.

(cm) Argila (%) pH Índice SMP (mg/dmFósforo 3) (mg/dmPotássio 3) M.O. (%) (cmolc/dmAlumínio 3)

0-15 40 6,2 6,1 32,9 225 1,7 00 - Classe 2 Médio - M. Alto M. Alto Baixa -

Cálcio Magnésio H+Al CTCpH 7,0 CTCefetiva Sat. CTCpH 7,0

por bases Sat. CTCefetiva por Al

---(cmolc/dm3)--- ...(%)...

7,5 4,3 3,9 16,3 12,4 76,1 00 Alto Alto - Médio - Médio M. Baixo

2.5 CONDUÇÃO DO EXPERIMENTO

A área experimental foi previamente dessecada, sendo este procedimento realizado cerca de vinte dias antes da semeadura, com Glyphosate, na dose de 3 l/ha-1. Numa vazão de aproximadamente 100 l/ha.

O experimento foi conduzido a campo com ausência de irrigação, sendo a semeadura realizada no dia 03 de dezembro de 2010. Em um primeiro processo foram demarcadas as linhas de semeadura e realizado a adubação no sulco de semeadura com o uso de uma

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semeadeira mecânica para plantio direto. A semeadura foi feita manualmente, com uso de equipamento manual denominado ¨saraquá¨, utilizando-se 2-3 sementes por cova espaçadas entre si a cada 10 cm na linha, sendo no estágio vegetativo V2 realizado um raleio para que permanecesse apenas uma planta por cova, com 10 plantas por metro linear e consequentemente, uma população final de 200 mil plantas ha-1.

A adubação de base utilizada foi de 200 kg ha-1 de adubo químico da fórmula 0-20-20 (N – P205 – K20), para uma expectativa de produtividade de grãos de 3 t ha-1, conforme o

Manual de Adubação e Calagem para os Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, (2004).

O controle de plantas daninhas foi realizado com aplicação de Glyphosate em pós-emergência, na dose de 1,5 L ha-1.

Os tratamentos com bioestimulantes na semente foram realizados momentos antes da semeadura, sendo utilizada as dose recomendadas de BOOSTER 0,1 l/ha e o STIMULATE 0,75 l/ha. A aplicação dos produtos foi feita separadamente e o volume de calda foi calculado com base em 100 kg de semente.

Foi realizada uma única aplicação foliar dos Bioestimulante, sendo realizada nos estágios reprodutivos R1 na cultivar Codetec 214 e em R3 na cultivar Nidera 6411, sendo utilizada as dose recomendadas de SUPA COBRE 2 l/ha, SUPA SÍLICA 0,3 l/ha, HIGH COPPER 0,1 l/ha, SUPA SÍLICA 0,3 l/ha, REFORCE 1,2 l/ha, PHYTOGARD 2 l/ha, BOOSTER 0,1 l/ha, STIMULATE 0,5 l/ha. A aplicação dos produtos foi feita com pulverizador costal regulado para um volume de calda de 150 litros por hectares.

Foram realizados três controles químicos para a lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis), lagarta-falsa-medideira (Pseudoplusia includens), a primeira aplicação foi no dia 04/01/2011 com o inseticida (Curyom (Benzoiluréias), e neste intervalo da primeira e a segunda aplicação de inseticida foi feita uma aplicação de acaricida no dia 27/01/2011, com Abemectin (Avermectina), e a segunda para a lagarta-da-soja foi realizada no dia 05/02/2011, novamente com Curyom.

A terceira de inseticida foi no dia 21/02/2011, no qual foi utilizado o produto Connect, (Imidacloprido+Betaciflutrina) para também controlar o percevejo-marrom (Euschistus heros), percevejo-verde (Nezara viridula), percevejo-verde-pequeno (Piezodorus guildinii), juntamente com o inseticida também foi realizado a primeira aplicação do fungicida Priori Xtra, (Azoxistrobina, Ciproconazol,) e a segunda aplicação de fungicida no dia 10/03/2011.

(21)

A colheita do experimento se deu no dia 7 de abril de 2011, da cultivar Nidera 6411 e 19 de abril de 2011 da cultivar Coodetec 214. Foram colhidas de cada parcela, as quatro linhas centrais em sua totalidade, para posterior mensuração dos componentes de rendimento.

2.6 VARIÁVEIS MENSURADAS

Foram avaliados oito caracteres de interesse agronômico, sendo estes o rendimento de grãos (RG), massa media de grãos (MMG), número de legumes inférteis (NLI), número de legumes férteis (NLF), número de grãos por planta (NGP), estatura total da planta (EST), altura da inserção do primeiro legume (AIL), número de plantas por hectare (NPL).

2.6.1 Rendimento de grãos (RG); foi obtido por meio da pesagem do total da massa de grãos obtida com a trilha da parcela, sendo esse valor transformado para kg ha-1 e o seu peso corrigido para 13% de umidade.

2.6.2 Massa media de grãos (MMG); realizou-se a contagem de 200 grãos da massa total de grãos da parcela e o seu peso multiplicado por cinco, obteve-se a MMG.

2.6.3 Número de legumes inférteis (NLI); foi determinado pela coleta de cinco plantas por parcela, levou se a laboratório e realizou a contagem dos legumes inférteis de cada planta e depois foi realizado a soma das cinco plantas e dividisse por cinco no qual obtivemos a media dos legumes inférteis por parcela.

2.6.4 Número de legumes férteis (NLF); foi determinado pela coleta de cinco plantas por parcela, levou se a laboratório e realizou a contagem dos legumes férteis de cada planta e depois foi realizado a soma das cinco plantas e dividisse por cinco no qual obtivemos a media dos legumes férteis por parcela.

2.6.5 (NGP) Número de grão por planta; foi determinado pela coleta de cinco plantas por parcela, levou-se a laboratório e realizou a contagem do número de grãos de cada planta e depois foi realizada a soma do número de grãos das cinco plantas e foi dividido por cinco no qual obtendo a média de grãos por planta, por parcela.

2.6.6 Estatura total da planta (EST); foi obtido antes da colheita da parcela, sendo medida aleatoriamente três plantas na parcela e obtendo a média.

(22)

2.6.7 Altura da inserção do primeiro legume (AIL); foi também obtido antes da colheita da parcela, seno medida aleatoriamente três plantas na parcela e alcançando as médias.

2.6.8 Número de plantas por hectare (NPL); foi obtido a campo por meio de contagem do estande final de plantas na parcela.

2.7 ANÁLISE ESTATÍSTICA

Os dados foram submetidos à análise de variância para detecção do efeito de tratamentos e genótipos utilizando-se o programa estatístico GENES e a comparação de médias pelo Teste DMS de Fischer a 5% de probabilidade.

(23)

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados da análise de variância do conjunto de caracteres analisados podem ser visualizados na Tabela 04. O quadrado médio para genótipos e tratamentos revelou não haver diferença significativa ao nível de 5% de probabilidade.

Tabela 4: Resumo da análise de variância para distintos caracteres de interesse agronômico em soja. IRDeR/Augusto Pestana-RS, 2011.

QM

RG MMG NLI NLF NGP EST AIL NPL

Fonte de Variação GL (Kg ha-1) (g) (n) (n) (n) (cm) (cm) (n) Bloco 3 19322 17,8 2,7 49,9 597 14,3 34 126947041 Genótipo 1 1396261ns 72792ns 143ns 1806ns 27052ns 9240ns 70,1ns 203793469ns Tratamento 7 90845ns 23,5ns 1,3ns 67,9ns 495ns 24,4ns 3,7ns 39839913ns Gen. X Trat. 7 97224ns 21,7ns 4,1ns 152ns 992ns 18ns 4,1ns 65114321ns Resíduo 45 47590 23,5 2 85,5 547 16,6 1,6 26914953 Média Geral - 3820 137 4,31 67,8 147 80,5 13,5 213157 CV% - 5,7 3,5 33,4 13,6 15,8 5 9,4 2,4

QM = quadrado médio, RG = rendimento de grãos, MMG = massa media de grãos, NLI = número de legumes inférteis, NLF = número de legumes férteis, NGP = número de grãos por planta, EST = estatura total da planta, AIL = altura da inserção do primeiro legume, NPL = numero de plantas por hectare, GL = graus de liberdade, CV% = coeficiente de variação, * = não significativo a 5% de probabilidade de erro.

A avaliação das médias de tratamentos não revelou diferença significativa para as variáveis rendimento de grãos, massa média de grãos, número de legumes inférteis, número de legumes férteis, número de grãos por planta, estatura da planta e número de plantas por hectare.

Por outro lado, o caractere altura de inserção do primeiro legume revelou diferença significativa para tratamentos conforme Tabela 05.

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RG MMG NLI NLF NGP EST AIL NPL

Tratamento (Kg ha-1) (g) (n) (n) (n) (cm) (cm) (n)

(T4) PHYTOGARD (Fosfito) (Foliar) 3998 a 137 a 3,7 a 64,7 a 143,1 a 81,2 a 14,1 ab 209536 a

(T5) BOOSTER (Semente) 3907 a 137 a 3,7 a 62,8 a 131,6 a 80,8 a 14,1 ab 213523 a

(T1) SUPA COBRE + SUPA SÍLICA + HIGH COPPER (Foliar) 3893 a 137 a 4,3 a 69,4 a 153,5 a 77,6 a 12,8 b 213768 a

(T6) BOOSTER (Semente + Foliar) 3816 a 137 a 4,6 a 69,9 a 153,0 a 79,1 a 13,1 ab 214046 a

(T3) REFORCE (Fosfanato) (Foliar) 3808 a 139 a 4,8 a 68,6 a 150,0 a 83 a 13,3 ab 213755 a

(T2) SUPA SÍLICA (Silício), (Foliar) 3720 a 137 a 4,3 a 68,7 a 151,4 a 82,2 a 14,7 a 216147 a

(T7) STIMULATE (Semente + Foliar) 3717 a 133 a 4,1 a 71,7 a 155,7 a 79,5 a 12,8 b 210064 a

(T8) Testemunha 3701 a 135 a 4,6 a 66,8 a 144,9 a 81 a 13,3 ab 214416 a

Nideira 6411 3968 a 170,8 a 5,8 a 73,1 a 168,5 a 92,5 a 14,6 a 214941 a

Codetec 214 3672 b 103,3 b 2,8 b 62,5 a 127,4 b 68,5 b 12,5 b 211372 a

Media 3820 137 4,3 67,8 147,9 80,5 13,55 213156

CV% 5,7 3,5 33,4 13,6 15,8 5 9,4 2,4

(25)

Analisando o comportamento de genótipos a cultivar NIDERA 6411 apresentou medias superiores em rendimento de grãos, massa de mil grãos, número de legumes inférteis, número de grãos por planta, estatura de planta e altura de inserção de legumes em relação a cultivar CODETEC 214, como pode ser visualizado na Tabela 05.

A análise dos dados sobre rendimento de grãos, apesar de não demonstrar diferença estatística, o tratamento com Phytogard (Fosfito), mostrou uma produção de 8% superior a testemunha, com rendimentos de 3998 kg e 3701 kg, respectivamente. Apresentando um ganho de 5 sacos de soja por ha. Trabalho realizado com a aplicação de fosfito e fungicida (Pyraclostrobin + epoxiconazole) na soja revelou ganho de produtividade e na massa de grãos somente quando a severidade de ferrugem da soja foi reduzida pela aplicação do fungicida (NEVES, 2006). Resultados semelhantes foram obtidos por (CHNEN ET. AL., 2006).

Tabela 6: Rendimento de grãos (kg/ha), produção relativa de grãos (%) e sacas (60 kg) de soja submetida a diferentes bioestimulantes. IRDER. Augusto Pestana. RS. 2011

RG Produção relativa Sacos Tratamento (Kg ha-1) (%) (ha) (T4) Phytogard (Fosfito) (Foliar). 3998a_1/ 108 66,6

(T5) Booster (semente) 3907 a 105 65,1

(T1) Supa Cobre + Supa Silica + High Copper (foliar) 3893 a 105 64,8

(T6) Booster (semente + foliar) 3816 a 103 63,6

(T3) Reforce (Fosfanato) (foliar) 3808 a 102 63,4

(T2) Supa Silica (Silício), (foliar) 3720 a 100 62

(T7) Stimulata (semente + foliar) 3717 a 100 61,9

(T8) Testemunha 3701 a 100 61,6

Média 3820 102,8 63,6

(26)

No campo foi avaliado o efeito do fosfito de potássio (FP) isolado e associado ao fungicida epoxiconazol + piraclostrobina, em duas cultivares de soja e sob diferentes níveis de adubação de base, sobre o controle da ferrugem asiática, desfolha, componentes de rendimento e rendimento de grãos.

Os resultados obtidos em CV mostraram que o fosfito não foi capaz de induzir a expressão dos mecanismos de defesa, uma vez que não foi observada qualquer redução na severidade de ferrugem. O número de legumes por planta, massa de mil grãos e rendimento não foram afetados pelo fosfito (MENEGUETTI, 2009).

(27)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os bioestimulantes testados, SUPA COBRE + SUPA SÍLICA + HIGH COPPER (Foliar), SUPA SÍLICA (Silício), (Foliar), REFORCE (Fosfanato) (Foliar), PHYTOGARD (Fosfito) (Foliar), BOOSTER (Semente), BOOSTER (Semente + Foliar), STIMULATE (Semente + Foliar), Testemunha. Na cultura da soja não promoveram efeitos no rendimento de grãos (RG), bem como não influenciaram na massa media de grãos (MMG), numero de legumes inférteis (NLI), numero de grãos por planta (NGP), estatura total da planta (EST) e altura da inserção do primeiro legume (AIL).

A cultivar NIDERA 6411 foi superior a Coodetec 214 em rendimento de grãos (RG), massa media de grãos (MMG), número de legumes inférteis (NLI), número de grãos por planta (NGP), estatura total da planta (EST), altura da inserção do primeiro legume (AIL).

(28)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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XXXIV Reunião de Pesquisa de Soja da Região Sul, Indicações Técnicas para a Cultura da Soja no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. p. 55.

(30)
(31)

APÊNDICE A Croqui do experimento com seus respectivos tratamentos:

1- Tratamento 1 (T1): SUPA COBRE + SUPA SÍLICA + HIGH COPPER (Foliar). 2- Tratamento 2 (T2): SUPA SÍLICA (Silício), (Foliar).

3- Tratamento 3 (T3): REFORCE (Fosfanato) (Foliar). 4- Tratamento 4 (T4): PHYTOGARD (Fosfito) (Foliar). 5- Tratamento 5 (T5): BOOSTER (Semente).

6- Tratamento 6 (T6): BOOSTER (Semente + Foliar). 7- Tratamento 7 (T7): STIMULATE (Semente + Foliar) 8- Tratamento 8 (T8): Testemunha.

(32)
(33)

APÊNDICE B

Fotos da implantação do experimento e estádio inicial de desenvolvimento da cultura. IRDeR, Augusto Pestana – RS

(34)

APÊNDICE C

Fotos do experimento e no período final de desenvolvimento vegetativo da cultura. IRDeR, Augusto Pestana – RS

(35)

ANEXO A

Dados de precipitação pluviométrica (mm) referente ao período de Dezembro de 2010 a Maio de 2011. IRDeR, Augusto Pestana – RS.

Precipitação (mm)

---2010--- ---2011---

Dias/Mês Dez Jan Fev Mar Abr Mai

1 0 0 49,6 0 0 0,50 2 23 20,2 0 0 0 2 3 10,6 0 1,4 0 0 0,25 4 0 4,8 9 0 0 0 5 0 0 21,6 0 0 0 6 0 0 0 0 0 0 7 36,5 0 0 0 0 0,25 8 0 0 73,6 0 0 0 9 0 1 5 0 0 0,25 10 0 0 0 0 0 83,25 11 0 1,6 0 0 0 0 12 76 0 11,4 0 0 0,25 13 7,8 0 20,8 0 0 0 14 0 0 0 0 45 0,5 15 0 0 0 0 0 0 16 0 0 0 0 26 0 17 0 0 0 0 48 0 18 0 0 0 14 3,3 0,25 19 8 0 0 0 0 0 20 0,6 0 0 0 18,5 0 21 0 6,6 50 0 5,5 0 22 0 0 0 0 27,8 13 23 0 0 13,5 0 53,8 0 24 2 32,5 0 110,8 0,3 0 25 54,6 0 7,6 9,8 0 0 26 0 0 33,8 36,2 0 0 27 0 58,2 0 12,4 0 0 28 0 0 0 52,4 0 0 29 0 0 - 0 0 0 30 0 0 - 0 5,8 0 31 0 0 - 0 0 0 Total Acum. 219,1 124,9 297,3 235,6 233,8 100,5

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