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Softwares domésticos de simulação de voo como complemento à prática de pilotagem

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA JÚLIO MARIA RODRIGUES FILHO

SOFTWARES DOMÉSTICOS DE SIMULAÇÃO DE VOO COMO COMPLEMENTO À PRÁTICA DE PILOTAGEM

Palhoça 2016

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JÚLIO MARIA RODRIGUES FILHO

SOFTWARES DOMÉSTICOS DE SIMULAÇÃO DE VOO COMO COMPLEMENTO À PRÁTICA DE PILOTAGEM

Monografia apresentada ao Curso de graduação em Ciências Aeronáuticas, da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel.

Orientação: Prof. Hélio Luís Camões de Abreu, Esp.

Palhoça 2016

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JÚLIO MARIA RODRIGUES FILHO

SOFTWARES DOMÉSTICOS DE SIMULAÇÃO DE VOO COMO COMPLEMENTO À PRÁTICA DE PILOTAGEM

Esta monografia foi julgada adequada à obtenção do título de Bacharel em Ciências Aeronáuticas e aprovada em sua forma final pelo Curso de Ciências Aeronáuticas, da Universidade do Sul de Santa Catarina.

Palhoça, 16 de junho de 2016.

_____________________________________________________ Professor orientador: Hélio Luís Camões de Abreu, Esp.

Universidade do Sul de Santa Catarina

_____________________________________________________ Prof. Prof. Joel Irineu Lohn, Msc.

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Dedico este trabalho a meu avô, Durval Rodrigues e a minha mãe, Maria Abadia de Souza.

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AGRADECIMENTOS

Meus sinceros agradecimentos à minha família, nas pessoas de meu avô, Durval Rodrigues e minha mãe, Maria Abadia de Souza, os quais sempre me ofereceram suporte, e nos quais onde sempre encontrei refúgio em todas as etapas da minha vida. Dividir esta vitória com estes familiares queridos será sempre reconhecer a minha incapacidade de concluir meus projetos de vida sem o apoio incondicional ao qual fui alvo, chegando a acreditar, em muitas vezes, não ser merecedor de tamanha consideração. A minha dívida com estes estará para sempre gravada na consciência.

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RESUMO

Esse trabalho teve como objetivo geral a discussão da possibilidade de uso de simuladores de voo caseiros como fontes de aprendizagem para pilotos reais. Caracteriza-se como pesquisa exploratória com procedimento documental por meio de regulamentos e leis, e também intuitivo, por meio da vivência com os simuladores, na análise de pesquisas similares. O procedimento de análise de dados foi dado pelo contato direto com o meio analisado. Ao analisar os resultados obtidos na pesquisa, conclui-se que os simuladores de voo podem ser usados como meios de aprendizagem à pratica de voo real desde que se observe a legislação vigente e tenha-se em mente os benefícios e os riscos à construção do conhecimento inerentes ao uso destes dispositivos.

Palavras-chave: Simulador de voo. Softwares de Simulação de voo. Instrução aérea. Simuladores caseiros. Flight Simulator X. X Plane 10.

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ABSTRACT

The general objective of this work aimed on discussing the possibility of homemade flight simulators use as source of real pilots learning. It is prosecuted as exploratory research with documental procedure by means of regulations, laws, and intuition, through previous continuous simulator use, in similar research analysis. The data analysis procedure was given by straight contact with the analyzed environment. The research results conclude that flight simulators can be used as source of real flight practice learning since the current legislation is

in accordance and it’s known the benefits and risks to learning construction referred to these

devices.

Keywords: Flight Simulator. Flight Simulation software. Flight Instruction. Homemade simulators. Flight Simulator X. X Plane 10.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – C172 no X Plane 10 ... 24

Figura 2 – C172 no Flight Simulator X ...24

Figura 3 – B737 do Flight Simulator X ...25

Figura 4 – Painel Overhead do B737 (Flight Simulator X) ... 26

Figura 5 – Botões utilizáveis no overhead do Flight Simulator X ...26

Figura 6 – B737 vendido comercialmente ...27

Figura 7 – Painel overhead do B737 vendido comercialmente ...28

Figura 8 – CDU do B737 vendido comercialmente ...28

Figura 9 – Tráfego mundial na IVAO ...30

Figura 10 – Diferenças entre a planta real e a simulada no Flight Simulator X, trecho entre Anápolis e Goiânia ...31

Figura 11 – vista aproximada de Anápolis, no Flight Simulator X ...32

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LISTA DE SIGLAS ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil.

CDU – Control Display Unit.

CHT – Certificado de Habilitação Técnica. FAA – Federal Aviation Administration.

PCATD - Personal Computer-Based Aviation Training Device. VFR – Visual Flight Rules – Regras de voo visuais.

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO...12 1.1 PROBLEMA DE PESQUISA...15 1.2 OBJETIVOS...15 1.2.1 Objetivo Geral...16 1.2.2 Objetivos Específicos...16 1.3 JUSTIFICATIVA...16 1.4 METODOLOGIA...17

1.4.1 Natureza da pesquisa e tipo de pesquisa...17

1.4.2. População amostra ou sujeitos da pesquisa ou materiais e métodos...18

1.4.3 Procedimentos de coleta de dados...18

1.4.4 Procedimento de análise dos dados...18

1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO...18

2 REFERENCIAL TÉORICO...19

2.1 ASPECTOS REGULAMENTARES REFERENTES AO USO DE SIMULADORES DE VOO CASEIROS...19

2.2 CARACTERÍSTICAS DOS DOIS SIMULADORES DE VOO MAIS POPULARES QUE SE APLICAM AO TREINAMENTO PRÁTICO DE PILOTOS...20

2.2.1 FLIGHT SIMULATOR X...20 2.2.1.1 HISTÓRICO...20 2.2.1.2 CARACTERÍSTICAS...22 2.2.2 X PLANE 10...22 2.2.2.1 HISTÓRICO...22 2.2.2.2 CARACTERÍSTICAS...23 2.2.3 METEOROLOGIA...23 2.2.4 AMBIENTE SIMULADO...24 2.2.5 AERONAVES...24

2.2.6 CONTROLE DE TRÁFEGO AÉREO...30

2.3 ASPECTOS DO TREINAMENTO DE VOO EM SIMULADORES CASEIROS QUE POSSAM CARACTERIZAR RISCO...31

2.3.1 NAVEGAÇÃO VISUAL...31

2.3.2 - SERIEDADE DO INSTRUENDO...34

3 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADO...36

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS...38 REFERÊNCIAS...40 ANEXO A – Contrato de cessão de direitos autorais...41

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1 INTRODUÇÃO

Segundo Matsuura (1995), simuladores têm como característica comum a tentativa de fornecer uma imitação operacional do ambiente real. O mesmo autor defende que simuladores de voo, por sua vez, têm baixo grau de abstração e alto nível envolvimento humano. Assim sendo, simuladores de voo buscam imitar uma ou mais aeronaves, de forma que haja uma interação entre os humanos e o simulador onde se busquem resultados os mais próximos possíveis do voo real, e dos quais se haja um aprendizado aplicável ao ambiente real de voo, padronizando-se ações, corrigindo-se erros e tornando claros possíveis dúvidas.

A aviação mundial tem notável crescimento desde o seu nascimento. São crescentes os aperfeiçoamentos e as qualificações aos quais pilotos no mundo todo são submetidos. Consonante a essa demanda, no Brasil, os custos de formação são cada vez maiores. Este panorama na formação dos pilotos, requer dos mesmos um aproveitamento cada vez maior no aprendizado, que os tornem capazes de exercer suas funções como profissionais.

O custo de formação de um piloto é, em média, muito alto e requer um preparo teórico e prático eficazes. Durante a formação, o aluno é submetido a aulas teóricas sobre diversas matérias tais como Aerodinâmica, Meteorologia, Regulamentos de Tráfego Aéreo, Conhecimentos Técnicos e Navegação Aérea (DAC, 2004). Este embasamento teórico é consolidado, após avaliações junto à ANAC (entidade responsável pela aviação civil no Brasil), com a prática de voos reais. Nesta fase, o piloto aprende técnicas de pilotagem, orientação, etc., em um número mínimo de horas de voo estipulado pela ANAC. Antes de cada voo é discutido o que será feito junto ao instrutor, e após os voos, é feita uma avaliação dos erros e acertos. A dinâmica do voo, por muitas vezes impede que o apontamento do instrutor seja feito no momento da ocorrência do erro, devido ao tráfego intenso, segurança de voo ou alta carga de informações no momento. Se o aluno não tem resultado satisfatório, o mesmo é posto a realizar a mesma tarefa em outro voo, o que gera mais custos, até, que enfim possa realizar um voo de cheque por instrutor avaliador habilitado pela ANAC, e só após, obter a CHT (Carteira de Habilitação Técnica, documento que autoriza o piloto a exercer a pilotagem no Brasil). Os simuladores de voo homologados para crédito em horas reais de voo, com a supervisão e orientação de um instrutor, são uma alternativa que substitui, por custos menores, parte das horas mínimas regulamentadas para obtenção da CHT. Porém, sua utilização constante, mesmo que apenas para aprendizado (não seja, portanto, para crédito em horas reais), torna-se dificultada, por diversos motivos, como custos de locomoção, de utilização do próprio simulador e disponibilidade de instrutor. Vale lembrar, neste ponto, que é muito comum no

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Brasil, grandes deslocamentos, muitas das vezes entre cidades diferentes, para se utilizar destes simuladores (e também para a realização dos voos reais), o que torna, em consequência, o aprendizado dificultoso e pouco oportuno.

Neste ambiente de desafios, a tecnologia dos simuladores de voo neste trabalho estudados vem a ser uma ferramenta de otimização nos estudos. Ainda que não homologados para créditos em horas reais, devido a exigências regulamentares da ANAC, tais simuladores podem ser aliados na construção da formação aeronáutica do piloto. O ambiente virtual disponível torna possível que um instruendo possa simular as mais diversas etapas de voo com precisão equiparável a de um voo real, de forma mais conveniente para o mesmo. Assim sendo, é possível por exemplo se fazer um planejamento de um trajeto em um software que simule o serviço de Despachante Operacional, o qual contenha dados de peso e balanceamento, rotas, procedimentos de saída e chegadas, cartas de vento, etc. Nos simuladores, por sua vez, é possível instalar aeronaves réplicas virtuais de grandes fabricantes, utilizadas por grandes companhias aéreas. É possível configurá-las com as informações vindas do simulador de Despachante Operacional, inserindo em seus computadores de gerenciamento de voo, valores e configurações, de forma análoga a aeronave real. É possível ainda utilizar-se de checklists iguais as aeronaves reais, em um ambiente de cabine totalmente funcional, cumprindo-se as etapas de voo. Em ambientes online, existem entusiastas da aviação que simulam controladores de voo, conferindo aos pilotos virtuais autorizações, informações, etc. Por fim, existem ainda softwares que avaliam o desempenho nos voos, gravando dados como os de ultrapassagem dos limites operacionais das aeronaves e razão de descida no momento do toque, no pouso.

Desta forma, a simulação de voo, torna-se a cada dia um meio viável tanto sob o ponto de vista da otimização de aprendizado quanto da questão financeira, de acesso ao conhecimento por valores bem inferiores aos ofertados pelos simuladores homologados. Contudo, apesar de os principais simuladores disponíveis no mercado serem frequentemente categorizados como produtos originariamente voltados para o entretenimento, buscando alcançar objetivos comerciais, o desenvolvimento dos simuladores estudados neste trabalho tem se mostrado cada vez mais voltado para a simulação da realidade, deixando em segundo plano seu caráter de entretenimento. Somado a isso, o interesse do público amante da aviação em geral, não necessariamente profissionais do ramo, mas em muitos casos orientados por aqueles profissionais, justificou a criação de programas computacionais anexos aos simuladores que suprimissem muitas das limitações destes simuladores, proporcionando uma experiência progressivamente mais realista.

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Esse interesse geral vem favorecendo o desenvolvimento da área desta vertente da simulação em larga escala. O próprio mercado tem investido em muito na criação dos chamados “add-ons”, softwares que tornam a simulação caseira ainda mais atrativa, o que evidencia ainda mais este crescente interesse por tais simuladores. Em adição ao exposto, existem ainda uma grande quantidade de hardwares disponíveis no mercado que aumentam a interatividade entre o piloto e simulador, como manches e pedais, alguns com force feedback (simulam o “peso” aerodinâmico das superfícies nos comandos de voo), manetes de potência, consoles de rádio, painéis de controle de piloto automático, entre muitas outras alternativas.

O exposto acima fica bem evidente quando se observa o interesse de empresas de grande notoriedade no ramo da aviação. Com o encerramento do desenvolvimento do Flight Simulator X, anunciado pela Microsoft em 2009, a propriedade intelectual referente ao software foi licenciada à Lockheed Martin (Microsoft, 2009), uma companhia de tecnologia da informação e aeroespacial, e segurança global (Lockheed Martin, 2016). O simulador foi então renomeado de Prepar3D (diz-se “prepared”, em inglês) e retrabalhado. A Lockheed Martin também desenvolveu ferramentas que ajudassem desenvolvedores a criarem cenários e missões com objetivo de treinamento (Lockheed Martin, 2010-2015). O desenvolvimento do simulador se dá até os dias de hoje pela referida companhia na área de treinamento civil e militar e ganhou mais crédito como simulador, sendo ofertado pela empresa não mais com objetivos de entretenimento, mas de adestramento de pessoal, sendo que o que se for dito a respeito do simulador da Microsoft neste trabalho também se aplica ao Prepar3D. A nova versão também possibilitou a qualificação do simulador pela FAA. Em suma, existe uma grande quantidade de softwares e hardwares que podem ser adicionados aos simuladores de forma a se aumentar o realismo. São cenários, aeronaves, todos ricos em detalhes e funcionalidades, e mais tantos programas que tornam o ambiente virtual de voo bastante atraente sob o ponto de vista do realismo, de forma que não se pode deixar de lado sua grande valia como ferramentas de aprendizagem em vários quesitos como padronização, otimização de conhecimento e conscientização operacional. Sustenta-se, portanto, a ideia de direcionar um estudo que envolva as qualidades e os defeitos desta classe de simuladores, para que o usuário focado na aprendizagem real da dinâmica do voo tenha um parâmetro para observar as reais implicações do uso destes simuladores e a forma de uso consciente dos reais ganhos e possíveis perdas a que o instruendo possa ser alvo. O assunto, contudo, não se deve esgotar por completo, tendo-se em vista a polêmica que pode estar envolvida e o pioneirismo no assunto como tema acadêmico, o qual julgou-se ser pertinente como contribuinte para um melhor aprendizado na

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construção do conhecimento do piloto. Hoje em dia, os patamares alcançados por estes simuladores caseiros têm o potencial de contribuem em muito para a formação dos atuais aviadores. O acesso a informações outrora sabidamente escassas na aviação, hoje se mostram com uma disponibilidade incrível, graças aos avanços da tecnologia e a possibilidade de se ter um computador pessoal em casa, com um simulador instalado. É evidente, contudo, que a ideia defendida aqui não é a da autossuficiência destes simuladores como fontes de formação técnica de pilotos. Sabe-se que a dinâmica do voo requer contatos frequentes com a máquina de voo real, os quais não podem ser substituídos por qualquer simulador e os softwares de simulação aérea apresentam algumas limitações. Como exemplo do exposto, é possível citar o voo baseado em referências visuais (VFR) como uma das defasagens que a tecnologia dos simuladores ainda não pôde cobrir, devido à grande complexibilidade de se retratar, nos simuladores, cenários reais com a precisão necessária.

Portanto, este trabalho tem a intenção de incentivar e investigar a utilização de simuladores caseiros como fontes de estudos, quando utilizados de forma séria, por meio de estudo dos simuladores disponíveis no mercado, pesquisando-se as possíveis defasagens existentes que ainda impossibilitem a elevação a simuladores homologados, bem como demonstrar as limitações da tecnologia e suas vantagens.

1.1 PROBLEMA DE PESQUISA

Os softwares de simulação de voo baseados em computadores pessoais, muitas das vezes categorizados meramente como programas computacionais voltados ao entretenimento, têm sido aperfeiçoados, apresentando versões para uso profissional em simuladores homologados para créditos em horas reais. Este trabalho busca analisar os benefícios e os riscos existentes, propondo um programa de instrução voltado para estes dispositivos, à luz da regulamentação vigente.

1.2 OBJETIVOS

Os simuladores aqui estudados vêm despertando grande interesse pelos interessados por aviação e, em especial, por estudantes de pilotagem. Isso porque apresentam grande desempenho no quesito realismo, revelando grandes possibilidades de proveito na aprendizagem real para pilotos. Em adição, observa-se uma baixa perspectiva na formação de pilotos para o Brasil, em assincronia com o crescimento do ramo não só no país, mais também no mundo (Stochero, 2011). Acredita-se, dentre outros motivos, que uma das causas possam ser os altos valores gastos para formação destes profissionais, o que ainda torna a carreira elitista no país. Os softwares para computadores pessoais podem ser, portanto, aliados na formação de

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pilotos reais quando usados de maneira consciente, evitando possíveis novos encargos e fixando conteúdos estudados.

Vale enfatizar, contudo, que o presente trabalho não tem a intenção de defender a tese do uso destes simuladores para cômputo em horas reais de voo, face às exigências regulamentares para homologação, o que tornaria, mais uma vez, os custos muito dispendiosos. 1.2.1 Objetivo Geral

Discutir sobre a possibilidade da utilização de simuladores de voo caseiros como fonte de aprendizagem para pilotos reais.

1.2.2 Objetivos Específicos

- Identificar pelo menos três aspectos regulamentares referentes ao uso de simuladores de voo caseiros;

- Identificar pelo menos duas características dos dois simuladores de voo mais populares que se aplicam ao treinamento prático de pilotos

- Identificar pelo menos três aspectos do treinamento de voo em simuladores caseiros que possam caracterizar risco;

- Propor um programa de instrução voltado para simuladores caseiros que considere as características positivas e os riscos inerentes a essas ferramentas.

1.3 JUSTIFICATIVA

A simulação aérea é quase tão antiga quanto a criação do aeroplano por Santos Dumont. O objetivo principal de um simulador é o de recriar o ambiente de voo, em condições seguras. Portanto, a simulação aérea é uma importante ferramenta de aprendizado que reduz custos, otimiza o tempo de aprendizagem e contribui para a segurança de voo, tendo em vista que propicia padronizações operacionais e atenua erros.

Assim sendo, observa-se que a persecução de tais características é uma tendência que envolve a aprendizagem da pilotagem, e buscar por novas fontes de conhecimento que otimizem o aprendizado é justificável.

Hoje em dia, existem no mercado muitos softwares, classificados como jogos, que se propõem a simular o ambiente de voo com grande realismo. Os dois simuladores mais utilizados nesse contexto, atualmente são Flight Simulator (Microsoft) e X Plane (Aerosoft) que têm grandes capacidades de uso no ensino da pilotagem. Segundo o Dicionário do Aurélio Online (2008-2016), jogar significa “Exercício ou passatempo entre duas ou mais pessoas das quais uma ganha, e a outra, ou as outras, perdem”. Ora, se o ambiente de simulação de voo não pressupõe, por definição, uma competição, senão consigo mesmo, mas sim uma tarefa com

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diversas etapas a serem seguidas de forma a se alcançar um objetivo, onde um indivíduo pode realiza-las sozinho, não podendo se enquadrar como um jogo, nesta definição, quando o objetivo é a aprendizagem.

Entretanto, existe uma grande discussão na comunidade desta classe de simuladores quanto a viabilidade destes softwares como jogos ou simuladores. Muitos defendem a tese de que tudo depende da forma como são encarados e utilizados, podendo servir como ferramenta única de entretenimento ou de aprendizagem para pilotagem real. É notável que o fascínio pelo voo atrai muitos curiosos que especulam a dinâmica do voo, sem, contudo, serem estudantes de efetivos de pilotagem e, portanto, possam utilizar estes simuladores como passatempo apenas. Porém, existem aqueles que buscam o conhecimento por meio destes softwares aprender, padronizar e estar aumentando seus conhecimentos aeronáuticos. A estes justifica-se a classificação de simulador atribuída a aqueles softwares.

Diante do exposto, foi observada, contudo, a inexistência de estudos a respeito da contribuição destes simuladores para o real aprendizado. Não se tem informações, também, dos tipos de vícios e más construções de conhecimento a que estas ferramentas podem gerar. Este trabalho busca abrir a discussão a respeito, não esgotando o assunto, mas alertando os prós e contras da utilização de simuladores de voo caseiros como meios de aprendizagem para pilotos reais.

Assim, busca-se explorar o assunto da supracitada simulação caseira, de forma a nortear o uso dos simuladores de maneira otimizada, buscando definir suas limitações, sob as quais deve-se ter uma visão consciente, de forma a aproveitar os pontos positivos dessa ferramenta.

A importância deste trabalho se deve a grande quantidade de informações disponíveis, relacionadas a simulação caseira, as quais se ordenadas e filtradas podem ser aliadas na construção do conhecimento aeronáutico real. O mal ordenamento, contudo, de tais informações pode causar vícios e sensações equivocadas de “plenitude do conhecimento”, e este trabalho busca discutir a respeito.

1.4 METODOLOGIA

1.4.1 Natureza da pesquisa e tipo de pesquisa

Pesquisa exploratória, que, segundo Piovesan e Temporini (1995), trata-se do estudo que tem por objetivo conhecer a variável em questão, no caso os simuladores de voo, assim como seu significado e contexto no qual se apresenta.

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1.4.2 População amostra ou sujeitos da pesquisa ou materiais e métodos

Simuladores de voo não homologados, a saber Flight Simulator X e X Plane 10, comentando a respeito de outros que se julgue necessário no decorrer da pesquisa.

1.4.3 Procedimentos de coleta de dados

Documental e intuitiva, baseando a vivência com os simuladores na análise de pesquisas similares.

1.4.4 Procedimento de análise dos dados

Qualitativa, que prevê contato direto do pesquisador com o meio que está sendo analisado, garantindo assim que suas percepções do meio não sejam influenciadas por concepções adquiridas à priori.

1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

Para atingir os objetivos propostos, o presente trabalho pauta-se na seguinte estrutura:

No Capítulo 2.1, onde são abordados os aspectos regulamentares, concernentes ao uso de simuladores baseados em computadores pessoais.

O capítulo 2.2 discorre sobre as características dos dois simuladores em questão as quais podem ser aplicadas no treinamento prático de pilotos.

No capítulo 2.3 são discutidas as características de utilização destes simuladores que possam caracterizar riscos.

Já o capítulo 3.1 visa direcionar um programa de instrução voltado para simuladores de voo caseiros.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 – ASPECTOS REGULAMENTARES REFERENTES AO USO DE SIMULADORES CASEIROS

O regulamento brasileiro concernente a simuladores de voo e sua utilização como meio formal e licenciado de treinamento à pilotagem é a IAC (Instrução de Aviação Civil) 61-1004 e tem como finalidade “prover informações e orientações para potenciais fabricantes e usuários de dispositivos de treinamento no que concerne a meios, aceitáveis pelo DAC, pelos quais dispositivos de treinamento de voo baseados em computadores pessoais (Personal Computer-Based Aviation Training Device - PCATD) podem ser qualificados e aprovados para treinamento de voo visando satisfazer o treinamento para habilitação IFR nos termos dos RBHA 61, 135 e 141.” (DAC, 2004). A mesma IAC prevê substituição de parcela das horas de voo reais destinadas a instrução por horas de voo em PCATD aprovados. A Instrução autoriza, ainda, que as horas devem ser contabilizadas em PCATDs apenas para currículos de treinamento por instrumentos, ou seja, não prevê a utilização dos citados dispositivos de treinamento para utilização em regras VFR. É importante mencionar que a IAC faz distinção entre PCATD e Simulador de Voo, no tópico 2.4, o qual se distingue do anterior, dentre outras características, por ser uma réplica de painéis, instrumentos, equipamentos dispostos em cabine. Este último não será alvo deste trabalho, tendo em vista a grande complexidade e a necessidade de se ter uma grande margem de recursos financeiros, o que torna esta categoria de simulador inviável, sob o ponto de vista da conveniência de se ter um aparelho deste porte para treinamento em casa.

Outro ponto abordado pela IAC, em seu tópico 4.1, é a recomendação de instrutores qualificados quando o objetivo da utilização dos dispositivos seja a acumulação de horas de voo para que se atenda requisitos estipulados em regulamentos, o que torna, novamente inviável, o uso de PCATD inviável sob o ponto de vista da conveniência.

Neste ponto é importante reiterar que o objetivo deste trabalho é a utilização de simuladores baseados computadores pessoais como ferramentas de ensino real para a pilotagem como forma conveniente e eficaz de aprendizado, não sendo foco, portanto, o uso destes simuladores para o acúmulo de horas de voo, tendo-se em vista a inviabilidade de ser ter sempre à disposição um instrutor que as validem, além da necessidade de se atender requisitos de controles físicos, com a aquisição de periféricos, o que também inviabiliza o uso de dispositivos, sob o ponto de vista da economicidade. A proposta deste trabalho é a utilização de forma eficiente dos simuladores popularmente comercializados, e de forma econômica, aproveitando seus potenciais a fim de

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se obter conhecimento aeronáutico quanto a pilotagem, otimizando o aprendizado e poupando possíveis gastos desnecessários com voos repetitivos e massificando-se conteúdos teóricos com a prática nos simuladores.

2.2 - CARACTERÍSTICAS DOS DOIS SIMULADORES DE VOO MAIS POPULARES QUE SE APLICAM AO TREINAMENTO PRÁTICO DE PILOTOS

Foram escolhidos para discussão os softwares Flight Simulator X e X-Plane 10, por apresentarem características que podem ser utilizadas para o aprendizado de pilotagem e serem os simuladores mais comentados e difundidos pela comunidade aeronáutica como aplicativos para computadores pessoais que detêm de maior qualidade quanto a riqueza de informações, e que podem agregar ao conhecimento e a prática de pilotagem. A seguir serão enfatizadas suas características, com um breve histórico a respeito de cada, colocando-se ainda em contraste suas vantagens e desvantagens como meios de estudo e aprendizagem a pilotagem real.

2.2.1 – FLIGHT SIMULATOR X 2.2.1.1 - HISTÓRICO

Flight Simulator X é um software desenvolvido pela Microsoft em 2006 é a última de uma série de versões do simulador desenvolvidas anteriormente desde o fim dos anos 70 e início dos anos 80, nos primórdios da computação gráfica. Consagrado por grande parte da comunidade amante da simulação aérea, e até por muitos pilotos reais, o desenvolvimento do software foi oficialmente encerrado em 2009. Contudo, o interesse contínuo pelo simulador por grande parte do mercado justificou, para muitas empresas, o desenvolvimento de softwares adicionais, que pudessem ser instalados juntamente ao simulador, ou que pudessem funcionar de acordo com o simulador de forma a possibilitar uma experiência progressivamente mais realista. Todo esse investimento elevou o nível do simulador a altos patamares, criando quase que uma nova versão para o Microsoft Flight Simulator, desenvolvida independentemente do fabricante original.

Além do exposto, após o encerramento do desenvolvimento do referido simulador, a Lockheed Martin, notável indústria do ramo aeronáutico mundial, deu continuação ao software, após obter êxito na negociação com a Microsoft em obter o código fonte do simulador, desenvolvendo o projeto até os dias de hoje. Após esta aquisição, o Flight Simulator X passou a ser chamado de Prepar3D (do inglês, se pronuncia “Prepared”) e vem sendo progressivamente melhorado e otimizado. Com isso, o simulador foi visto com mais seriedade e passou a não ser oferecido mais pela nova empresa como programa de entretenimento, mas sim como um simulador com propostas de ensino aeronáutico, sendo capaz, inclusive, de ser utilizado em

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simuladores homologados pela FAA (Lockheed Martin, 2010-2015), atendidos outros requerimentos regulamentares, conforme exposto em 3.1 deste trabalho.

2.2.1.2 – CARACTERÍSTICAS

Segue abaixo uma lista contendo as principais características: 1 – Fácil interface entre o programa e o utilizador;

2 – Manipulação do clima e horários, sendo possível selecionar composições climáticas para simulação de voos sob condições visuais ou instrumentos, diurnos e noturnos;

3 – Possui a opção de simular panes, porém com variáveis limitadas;

4 – Possui uma simulação da física do voo relativamente boa, porém algumas manobras podem se tornar irreais devido a delimitações do software;

5 – Possibilidade de pausar, gravar, acelerar, retardar, carregar voos, modificar parâmetros de voo;

6 - Alternância de modos de vista variados, como na cabine, de fora da aeronave, na perspectiva do passageiro, entre outros;

7 – Capacidade de utilização em modo online, com a simulação de posições ATC por pessoas ou pela própria inteligência artificial do programa;

8 – Vasta variedade de aplicativos externos, que se somam ao software para tornar a experiência de realismo maior;

9 – Grande quantidade de aeronaves movidas a pistão, turbo-hélice e a jato;

10 – O software contém lições guiadas por inteligência artificial, na figura de um instrutor, simulando instruções como se houvesse um instrutor ao lado dando orientações;

11 – Simula o globo terrestre na sua totalidade, tendo em todos os continentes a possibilidade de voá-los, representando de forma genérica boa parte dos aeroportos no mundo todo apresentando com fidelidade características principais de topografia com os reais, tais como rumo das pistas, identificação e posicionamento de taxiways, pátios, etc;

12 – Contém auxílios de navegação aérea como ILS, VOR, NDB e GPS utilizáveis no mundo todo, com suas respectivas frequências, porém algumas destas se tornaram defasadas com as reais, apresentando diferenças.

2.2.2 – X PLANE 10 2.2.2.1 – HISTÓRICO

X Plane 10 é um simulador desenvolvido pela Laminar Research e teve sua primeira versão lançada em 1993, sendo a 10 sua última versão, lançada em 2011 (Bianchini, 2015). O software tem uma versão profissional, certificada pela Federal Aviation Administration (FAA)

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para utilização em programas de treinamentos para pilotos reais, porém, conforme mencionado anteriormente, o simulador sozinho não é certificado, devendo ser utilizado em conjunto com hardwares igualmente habilitados. O programa também foi desenvolvido para uso na área de engenharia, por meio de aplicativos contidos no software que permitem a criação de novos projetos de aeronaves, aerofólios e simular seu comportamento no meio fluído, utilizado inclusive pela NASA, segundo o fabricante, devido à capacidade do programa de simular reentradas na atmosfera utilizando-se ônibus espaciais.

2.2.2.2 – CARACTERÍSTICAS

1 – Possui aplicativo de modelagem de aerofólio para utilização em aeronaves; 2 – Possui aplicativo para fabricação de novas aeronaves;

3 – Sistema de renderização de clima

4 – Detém a capacidade de utilização de forma mais integral da performance de computadores com mais de um núcleo de processamento, o que aumenta o realismo;

5 - Utiliza-se do método de física dos movimentos chamado de “Blade Element Theory”, que baseia-se em processos matemáticos para determinar o comportamento da aeronave, tornando altamente realista a física em que o avião está inserido;

6 - Possibilidade de pausar, gravar, acelerar, retardar, carregar voos, modificar parâmetros de altitude, proa e velocidade;

7 – Acesso a registro de dados dos voos, bem como visualização gráfica de vetores de força e comportamento da trajetória do ar pelos aerofólios e demais partes do avião durante todo o voo; Por estar há muito tempo no mercado, Flight Simulator, quando comparado ao concorrente X Plane, ainda é usado por boa parcela do público que se interessa pela simulação, inclusive pilotos reais, mesmo após 10 anos de interrupção do desenvolvimento do software pela Microsoft. Porém, o simulador da Laminar Research vem ganhando palco e despertando os olhares para o seu produto.

Flight Simulator X e X Plane 10 contam com uma interface de uso intuitiva, onde é possível selecionar configurações do voo a ser realizado. A partir de suas telas iniciais, mas não limitadas somente a elas, o usuário pode configurar diversas opções, dentre as enumeradas linhas acima, algumas serão elucidadas nos parágrafos seguintes.

2.2.3 - METEOROLOGIA

Ambos simuladores são dotados de capacidades que permitem simular condições meteorológicas de acordo com a forma que se desejar, selecionando-se o tipo de nuvens, a altura de suas bases, níveis de precipitação, neve, distâncias relativas ao alcance visual horizontal

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(visibilidade), parâmetros de pressão, velocidade e direção do vento. No X plane, tem-se a possibilidade de ativar as configurações de meteorologia em apenas uma região ou torná-las as mesmas no mundo virtual por completo. Nos dois simuladores é possível ainda selecionar um clima pré-definido pelo software sem adentrar-se nos pormenores das configurações acima mencionadas. Os dois simuladores também podem realizar downloads dos dados referentes às condições climáticas reais da região no momento do voo se houver uma conexão com internet disponível.

2.2.4 - AMBIENTE SIMULADO

Os aeroportos, aeródromos, heliportos e helipontos do mundo todo, na sua quase totalidade, estão disponíveis nos dois simuladores. Os mesmos têm a capacidade de renderizar dados fidedignos com as pistas reais, tais como rumos magnéticos das cabeceiras, comprimentos e dimensões, posicionamento de taxiways e pátios, assim como fingers, estações de passageiros, torres de controle, etc. O X Plane 10 simula ainda o desnivelamento das cabeceiras e da pista, conforme os reais, o que permite realizar pousos e decolagens levando-se em conta os aclives e declives do terreno, o que não é possível no simulador da Microsoft, onde o terreno é totalmente planificado. As construções e edificações adjacentes são geradas de maneira genérica, assim como também aquelas oriundas dos próprios aeródromos, tendo, portanto, aspectos diferentes daqueles observados na composição real do aeroporto. Este problema da aparência comparada entre real e virtual pode ser contornado, em tese, adquirindo-se softwares (alguns pagos outros fornecidos de forma gratuita) que podem instalar, nos simuladores, aeródromos foto-realísticos e com topografia idêntica a real, o que pode contribuir para a utilização de referenciais visuais quando nas imediações do aeródromo, em treinamentos de condições visuais de meteorologia.

2.2.5 - AERONAVES

Existe nos simuladores uma ampla variedade de aeronaves pilotáveis, conforme o tipo de treinamento que se desejar. Desta forma, é possível de se utilizar desde aeronaves de pequeno porte monomotoras movidas a pistão como Cessna 172, até grandes aviões movidos a motores a jato turbofan, quadrimotoras como o Boeing 747, dentre outras. É importante salientar aqui acerca do grau de realismo das aeronaves encontradas em ambos os simuladores, quando o intuito é a familiarização com as mesmas. Por experiência, observa-se que as aeronaves menores presentes em ambos os simuladores, por serem menos complexas do que as de maior porte, são dotadas de maior realismo, pois apresentam uma cabine funcional em sua quase íntegra, em contraste com as aeronaves de maior porte, as quais não apresentam uma

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cabine com todos os componentes funcionais. Como exemplo do exposto, pode-se citar a cabine do Cessna 172, aeronave disponível nos dois simuladores. Nas figuras abaixo, é demonstrada a cabine da aeronave citada:

Figura 1 – C172 no X Plane 10

Fonte: X plane 10.

Figura 2 – C172 no Flight Simulator X

Fonte: Flight Simulator X.

Acima, nota-se que todos os botões, “knobs” e “switches” são utilizáveis, ou seja, podem ser manipulados na cabine e apresentam as funções similares àquelas desempenhadas na aeronave real conforme a sua utilização. Por outro lado, os disjuntores, apesar de estarem presentes, não são utilizáveis, não sendo passíveis de serem manipulados. A inutilidade dos disjuntores, nos simuladores, é um exemplo de algumas imperícias relativas à busca de realismo as quais estes simuladores são alvo, e que crescem a medida em que a complexidade da aeronave utilizada aumenta. Na figura 3 abaixo tem-se a cabine do Boeing 737-800 presente no Flight Simulator X:

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Fonte: Flight Simulator X.

Nesta figura observa-se que apesar dos displays principais apresentarem dados de navegação e parâmetros de motores idênticos aos reais, muitos componentes do painel overhead (painel posicionado acima da cabeça dos pilotos) e do console central, entre os assentos dos pilotos, apresentam aspecto unicamente visual, não sendo possível utilizá-los para modificar-se parâmetros da aeronave. A figura 4 mostra o painel overhead premodificar-sente no Boeing 737 do Flight Simulator X, porém nem todos os dispositivos são utilizáveis. A figura 5 mostra quais são os dispositivos manipuláveis, demonstrando que muitos dos controles presentes no painel overhead têm aspecto unicamente ilustrativo, sem função real no simulador.

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Figura 4 – Painel Overhead do B737 (Flight Simulator X)

Fonte: Flight Simulator X

Figura 5 – Botões utilizáveis no overhead do Flight Simulator X

Fonte: Flight Simulator X.

Apesar destes inconvenientes, estão disponíveis no mercado, softwares que simulam aeronaves muito mais funcionais, os quais se propõem a preencher esta lacuna deixada pelos desenvolvedores dos simuladores. Alguns deles são licenciados pelas empresas fabricantes da aeronave real e são utilizados para treinamento de pilotos reais (PMDG, 2016). Abaixo tem-se a figura 6, referente à cabine do Boeing 737-800, disponível comercialmente, compatível com Flight Simulator X apenas:

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Figura 6 – B737 vendido comercialmente.

Fonte: Flight Simulator X.

Acima tem-se uma aeronave altamente funcional, com todos os botões, knobs e switches utilizáveis. Ao utilizá-los, o usuário insere e modifica seus parâmetros correspondentes, conforme a aeronave real. Como exemplo do exposto, tem-se abaixo, na figura 7, o painel overhead desta aeronave, com todos os seus componentes funcionais. Na figura 8 observa-se um componente muito utilizado em aeronaves de médio e grande portes, o CDU (Control Display Unit). Na aeronave original do Flight Simulator X, este componente não é utilizável (figuras 3, 4 e 5), porém nesta, o equipamento tem suas funcionalidades idênticas às reais.

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Figura 7 – Painel overhead do B737 vendido comercialmente.

Fonte: Flight Simulator X.

Figura 8 – CDU do B737 vendido comercialmente.

Fonte: Flight Simulator X.

Outro aspecto importante a se observar, é a grande variedade de aeronaves com riqueza de detalhes como esta, disponíveis na internet para serem instaladas e feitas por empresas que têm um alto comprometimento com o realismo. O Flight Simulator X, por estar a mais tempo presente no mercado, tem mais softwares paralelos como aquele anteriormente exemplificado, se comparado ao X Plane 10, que também tem sua parcela de ocupação nesta

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vertente, porém de forma reduzida se comparada com seu concorrente. Neste ponto, o simulador da Microsoft entra em vantagem, tendo em vista que grande parcela das empresas direciona seus softwares para uso no Flight Simulator.

O exposto acima tem a intenção de demonstrar a utilização dos simuladores como meios de familiarização com as aeronaves que se irá voar no mundo real. Acredita-se que o instruendo, ao aprender a manejar a aeronave que pilotará na vida real no simulador, terá maior possibilidade de se familiarizar com a mesma antes mesmo dos primeiros contatos com a real, tendo em mente que sempre haverá diferenças entre a operação da aeronave simulada e a real, mas que isso não será grande impedimento para se ter uma ideia geral de seu funcionamento. Outro aspecto a ser elucidado é que tanto o uso das aeronaves presentes nos simuladores quanto as que podem ser instaladas são satisfatórias no quesito navegação IFR, sendo bastante úteis para os treinamentos por instrumentos. Isso porque em todas as aeronaves os instrumentos de navegação e de voo são utilizáveis, oferecendo dados bastante semelhantes àqueles que serão encontrados pelo estudante na aeronave real, sendo, assim, bons instrumentos para o treinamento por instrumentos.

2.2.6 - CONTROLE DE TRÁFEGO AÉREO

Existem duas formas de se simular o ambiente de controle de tráfego aéreo em ambos os simuladores. A primeira é utilizando a inteligência artificial dos softwares. Neste modo, o usuário se “comunica” com os órgãos de controle por meio de falas pré-definidas. Ou seja, em cada etapa do voo existe uma lista de falas as quais o piloto pode selecionar, transmitindo a mensagem que se deseja ao controlador. A cada instrução dada pelo controlador, o piloto pode responder apenas com a lista de falas disponíveis para aquela situação. Os áudios são em inglês e a vantagem é que se tem uma noção de padronização da fonia. Contudo, é evidente que a limitação imposta por esse modo de simulação não cobre todas as possibilidades e situações que podem ser encontradas nos voos.

O segundo modo é a simulação, por meio de conexão com a internet, utilizando-se pessoas reais que simulam pilotos e posições de controle em rede. O Flight Simulator X tem a função multiplayer, porém não é muito utilizada por aqueles que buscam um maior realismo. Hoje em dia existem dois grandes servidores paralelos que buscam seguir um grande realismo no voo online, muito utilizados por aqueles que buscam aprender a padronização na fonia: IVAO e VATSIM. Para se ter acesso a este ambiente é necessário um cadastro prévio e as redes são controladas tanto pelos organizadores quanto pelos próprios usuários (muitos são pilotos reais) no que concerne o respeito pelas normas e regulamentos utilizados no voo real, em harmonia

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com o ambiente simulado. Aqueles que se destoam dos objetivos da organização são punidos com suspenção de acesso ou até expulsão do grupo. Ou seja, a busca pela padronização e seriedade neste tipo de simulação é um atrativo que conquista muitos daqueles que buscam o aprendizado. Assim, no ambiente online os pilotos enviam planos de voo iguais aos reais, tem sua autorização submetida aos controladores, que também são pessoas reais simulando as posições ATC, recebem autorizações, etc.. A Figura 9 mostra o mapa mundial e os voos acontecendo em rede, em tempo real.

Figura 9 – Tráfego mundial na IVAO

Fonte: International Virtual Aviation Organization – IVAO.

2.3 ASPECTOS DO TREINAMENTO DE VOO EM SIMULADORES CASEIROS QUE POSSAM CARACTERIZAR RISCO

Os simuladores escolhidos apresentam algumas características que, se não levadas em conta, podem caracterizar riscos ao desenvolvimento de habilidades da prática de voo. Em suma, os aspectos aqui elucidados envolvem:

1 – Navegação Visual; e 2 – Seriedade do instruendo. 2.3.1 - NAVEGAÇÃO VISUAL

Os simuladores aqui estudados contam com um sistema de renderização de texturas, os quais constroem o relevo mundial e o aspecto visual das diversas regiões do planeta, cobrindo toda a extensão do globo terrestre. Desta forma, ambos os simuladores são capazes de simular grande parte dos aeroportos existentes no mundo de forma relativamente real. Existem, contudo, algumas diferenças entre aquilo que se vê no simulador e o que se encontrará no

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mundo real, as quais devem ser levadas em conta, e nesse aspecto visual os simuladores deixam a desejar quando se pretende simular voos baseados em referências visuais.

É compreensível a complexibilidade de se gerar um ambiente virtual 100% igual à topografia real. Um dos motivos que ainda impedem esse tipo de progresso é a necessidade de se terem grandes capacidades de armazenamento em memória nos computadores pessoais, o que ainda inviabiliza a cobertura mundial no ambiente virtual com a qualidade que se deseja. Outro percalço seriam as frequentes atualizações de plantas de cidades, referências virtuais, novos aeroportos que vão surgindo, possíveis reformas nos mesmos, etc. .

Apesar disso, existe uma tentativa dos simuladores estudados em manter ao menos algumas referências básicas, porém, ainda sim, estas se mostram deficitárias. A figura 10 faz uma comparação entre as referências encontradas nos simuladores e as reais (Google Maps, 2016), onde se observam as questões aqui levantadas:

Figura 10 – Diferenças entre a planta real e a simulada no Flight Simulator X, trecho entre Anápolis e Goiânia

Fontes: Google Maps e Flight Simulator X.

No canto superior direito encontra-se a cidade de Anápolis - GO e, no inferior esquerdo, Goiânia - GO. Entre elas observa-se uma estrada que as ligam, a BR-153, em ambas as imagens. Contudo, as sinuosidades das pistas, quando observadas mais de perto, apresentam discrepâncias. A posição relativa entre esta referência visual (estrada) e a pista de Anápolis também é diferente no simulador. A figura 11 mostra uma vista mais aproximada da cidade de Anápolis no Flight Simulator X:

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Figura 11 – vista aproximada de Anápolis, no Flight Simulator X

Fonte: Flight Simulator X.

Nesta figura acima, observa-se no canto direito superior a pista de pouso do aeroporto civil de Anápolis (designativo SWNS), onde se nota que a supracitada estrada passa pela direita da pista de pouso. Contudo, a planta real mostra que a BR-153 fica à esquerda da mencionada pista de pouso. A figura 12 mostra o mapa da região real.

Figura 12 – Aeroporto de Anápolis

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Este é um exemplo, entre vários que podem ser encontradas comparando-se o mapa real e os dos simuladores.

Outra diferença a qual julga-se ser importante de mencionar é a do rumo magnético das pistas de pouso. Com o passar dos anos, é sabido que, devido à variação da declinação magnética de cada região do mundo, o rumo magnético das cabeceiras das pistas sofre variações. Obviamente, os simuladores por si só não acompanham esta variação, apresentando, por vezes, valores diferentes dos reais. Existem, entretanto, programas paralelos que visam corrigir estas defasagens nos simuladores.

2.3.2 - SERIEDADE DO INSTRUENDO

Observando-se o histórico de desenvolvimento dos simuladores aqui estudados, acredita-se que, por esses programas estarem disponíveis ao público em geral, por valores monetários acessíveis, e por serem vendidos em lojas as quais não sejam, por muitas vezes, especialistas em produtos aeronáuticos, criou-se uma abstração mental empírica por parte de alguns, a qual atribui-se a utilização dos simuladores unicamente como entretenimento. Neste segmento existem modismos, como por exemplo dizer-se que os usuários aprendem unicamente a operar GPS, sendo unicamente este o propósito do dito “jogo de avião”. Esse pensamento provavelmente é fomentado pelo contato de muitos alunos de pilotagem real, os quais já se utilizaram dos artifícios dos simuladores aqui estudados, com o pessoal da aviação mais antigo no ramo. Estes alunos muitas das vezes apresentam vícios adquiridos nos simuladores, evidenciados pelos seus instrutores, e por esse motivo, criam-se preconceitos aos simuladores nessas situações.

É evidente que a utilização dos simuladores não prepara, por si só e na sua plenitude, o futuro piloto. Porém, o objetivo deste trabalho corrobora para demonstrar que a utilização do artificio da simulação em computadores domésticos pode ser proveitosa, mas que isso exige disciplina e maturidade em compreender e saber diferenciar os aspectos que envolvem o real e o virtual.

Nesse sentido, deve-se ter em mente que o simulador deve ser levado em conta como ferramenta de estudo com objetivos e resultados a serem alcançados, não havendo mais espaços para outras formas de utilização. Tendo-se este panorama em mente, a figura do instrutor se faz necessária no sentido de guiar um plano de instrução que vise obter êxitos nas instruções reais, durante a prática do voo e também, em certas situações, de forma a exemplificar e massificar conceitos aprendidos na parte teórica dos cursos.

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Assim sendo, é prudente observar o progresso que se tem em cada instrução prática e a avaliação da influência do simulador em cada atitude tomada em voo real. Este tipo de consciência, tanto por parte do aluno como do instrutor, são parâmetros que possibilitam a conclusão da real eficácia que se está tendo com o uso dos simuladores. Este tipo de instrospecção advém da seriedade e da maturidade com que se leva o treinamento, tanto na parte real como na virtual.

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3 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

O Exposto até aqui permite que se faça considerações acerca da real utilização dos simuladores em estudo como ferramenta didática de ensinamento a pilotagem, na forma de um programa de instrução como o que se propõe a seguir

3.1 PROGRAMA DE INSTRUÇÃO VOLTADO PARA SIMULADORES CASEIROS Acredita-se que um programa de instrução de voo voltado para os simuladores aqui estudados deva priorizar aspectos de familiarização à operação da aeronave, memorização de procedimentos normais e de emergência e navegação por instrumentos, deixando a cargo da instrução prática, na aeronave real, a familiarização como os comandos da aeronave e manobras, e navegação visual previstas nos cursos de Piloto Privado e Piloto Comercial, devido às explicações feitas no capítulo 3.3 e a diferenças relativas às reações das aeronaves aos comandos das superfícies na aeronave real e na simulada, apenas se demonstrando, a título de introdução, quais manobras serão aplicadas e os pormenores que devem ser enfatizados

Outra possibilidade de emprego dos simuladores é a aplicação prática ligada à parte teórica de aprendizagem, dentro das matérias aplicadas nos cursos. Acredita-se que os simuladores têm a possibilidade de aliar o aprendizado teórico ao prático, de formar a exemplificar e fixar os conteúdos aprendidos. Contudo, ressalta-se que o uso dos simuladores tem caráter complementar, cabendo aqui seu uso em extensão, como mais uma forma de se obter resultados positivos ao aprendizado, e não a sua substituição por completo às formas já utilizadas comumente no ensino e adestramento de pilotos.

Assim sendo, na matéria de Regulamentos de Tráfego Aéreo, exemplificações referentes a leitura e aplicação de notams, ao funcionamento do espaço aéreo e suas delimitações e órgãos envolvidos, e aspectos relacionados ao regulamento de tráfego aéreo podem servir de material fixador de conteúdos aplicáveis a esta matéria. Voos nos simuladores utilizando-se de seções online, quando aplicável, podem servir de exemplificação prática que abordem as mais diversas situações as quais o instruendo irá se deparar, explicando as etapas do voo sob o ponto de vista dos regulamentos de tráfego aéreo e em vias de se obter uma ideia geral e mais precisa acerca da lógica e dinâmica da evolução dos voos em espaços aéreos controlados.

Em Meteorologia, a interpretação de METAR, TAF, SPECI, cartas de ventos e suas implicações com os voos podem ser explicadas no ambiente simulado, oferecendo ao aluno uma ideia mais clara e precisa da relação entre esta matéria e o voo seguro.

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convencionais e a reação e seus parâmetros, são bons exemplos de assuntos aplicáveis ao ensinamento nos simuladores estudados.

Na matéria de teoria de voo, pode-se realizar explanação a respeito das forças envolvidas, tipos de aerofólios e aspectos referentes a aerodinâmica que sejam aplicáveis a esta matéria no simulador. Neste assunto, o X Plane 10 obtém melhor êxito, por ser um simulador mais realista quando comparado ao simulador da Microsoft por apresentar uma engenharia mais avançada de simulação aerodinâmica do voo, conforme apresentado neste trabalho.

Por fim, na matéria de navegação, pode-se obter uma introdução à navegação por instrumentos, instrumentos de navegação presentes nas aeronaves, tecnologias utilizadas na atualidade para emprego na navegação por instrumentos são os grandes trunfos dos simuladores estudados aqui. Neles é possível se ter um bom embasamento teórico que envolva o aprendizado da navegação aérea não só por ser possível utilizar-se de auxílios clássicos de navegação, mas também por introduzir as novas tecnologias de navegação presentes na atualidade. Acredita-se que a instrução referente à navegação visual seja prejudicada devido aos motivos expostos neste trabalho, mas que contudo, tendo em mente tais dificuldades, as referências visuais presentes nos simuladores podem ser utilizadas de forma a introduzir ao aluno a navegação visual.

A utilização dos simuladores para os fins acima citados tem a finalidade de ambientar o aluno ao voo e introduzir os conceitos que irá aprender na parte teórica, de modo que o mesmo possa otimizar seu aprendizado e para que, durante a prática real de voo, os conceitos que serão introduzidos no voo real não sejam novidades e o aluno possa aplicá-los de maneira intuitiva, e não de forma mecânica. A maior agilidade também pode ser um aspecto contributivo na defesa da utilização dos simuladores, que pode poupar valiosos minutos de voo e poderá ser lapidada pelo instrutor na parte prática. Ressalta-se, ainda, que a MCA 58-3 retrata a respeito das disciplinas que devem ser cursadas no curso de Piloto Privado e prevê outras matérias, além das mencionadas neste trabalho (DAC, 2004), mas que não foram relacionadas ao uso dos simuladores, sendo, por isso, não comentadas aqui.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclui-se que o uso dos simuladores é bastante propício ao treinamento IFR. A possibilidade de se manipular as condições climáticas, aliada ao relativo realismo que envolve o uso dos instrumentos de navegação e de voo, somado ao uso integrado com o recurso de controle de tráfego aéreo, são marcas positivas de ambos simuladores que sustentam sua admissibilidade como instrumentos para o treinamento de voo por instrumentos. Observa-se, contudo, que nem sempre os auxílios a navegação são atualizados em relação ao real, havendo discrepâncias como existência de auxílios no mundo real que não existam nos simuladores ou frequências diferentes daquelas encontradas no auxílio real. Assim, o treinamento é possível, mas é necessário que se verifique estas diferenças, caso se pretenda realizar um voo simulado baseado num voo real que irá ser realizado.

Outro ponto positivo a ser ressaltado é a familiarização a que os simuladores possibilitam com as aeronaves, principalmente as de pequeno porte, conforme mencionado neste trabalho. O uso do simulador propicia a padronização de procedimentos normais e de emergência tornando o treinamento prático real mais ágil e eficiente, quando bem dirigidos e orientados por um instrutor. Contudo, o objetivo aqui não é substituir o conteúdo programático referente a esta familiarização na aeronave real. A meta é que se adquira conhecimentos, extraídos dos simuladores, que tragam uma consciência situacional maior quanto à utilização da aeronave em questão, e que tragam um aprendizado mais eficiente quando voando no ambiente real.

Acredita-se que a simulação aérea, baseada em computadores pessoais, tem caminhado para tornar o conhecimento aeronáutico, no que diz respeito à pilotagem, mais amplo e acessível a todos. A busca por elementos que possam trazer mais segurança às operações aéreas deve sempre ser levada em consideração, e nesse ponto, a ideia primária que justifica a utilização de simuladores é a sua contribuição para a segurança de voo. É evidente, entretanto, que ainda existam deficiências que devem ser levadas em consideração em busca de se obter um adestramento eficiente para pilotos quando se utiliza estes dispositivos de treinamento, e talvez o investimento direcionado aos simuladores caseiros por parte de empresas de softwares e até de indústrias voltadas para o ramo aeronáutico seja uma premissa de uma perspectiva cada vez mais profissional para o uso dos simuladores como ferramentas de ensino.

O conteúdo deste trabalho tem como intenção justificar a utilização de mais uma ferramenta de ensino que fixe de maneira eficiente as bases de conhecimento de pilotos. Porém,

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é necessário se enfatizar que os simuladores não devem substituir o treinamento teórico e prático, e a consciência do aluno deve estar sempre direcionada neste sentido. O apoio de um instrutor, que possa direcionar os ensinamentos também se faz presente sempre que possível no intuito de corrigir erros e direcionar os estudos de forma eficiente, lapidando o futuro profissional aeronauta.

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REFERÊNCIAS

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ANAC. Qualificação e Aprovação de Dispositivos de Treinamento de Vôo Baseados em Computadores Pessoais (PCATD). Brasília, 2004. (IAC 061-1004)

DAC. Manual Do Curso De Piloto Privado - Avião. Brasília, 2004. (MCA 58-3) DAC. Manual Do Curso De Piloto Comercial - Avião. Brasília, 2004. (MCA 58-9)

_____. Dicionário Do Aurélio Online 2008-2016. Disponível em:<https://dicionariodoaurelio.com/jogo>. Acesso em 15 MAR 2016.

MATSUURA, Jackson Paul. Aplicação dos simuladores de vôo no desenvolvimento e avaliação de aeronaves e periféricos. São José dos Campos: ITA/IEEE, 1995.

PIOVESAN, Armando; TEMPORINI, Edméa Rita. Pesquisa exploratória: Procedimento metodológico para o estudo de fatores humanos no campo da saúde pública. Revista de Saúde Pública, 29 (4), 1995. São Paulo: FAPESP, 1995.

X PLANE. Ultra Realistic Flight Simulation. Disponível em <http://www.x-plane.com/pro/certified/>. Acesso em 31 MAR 2016

G1 - Falta De Pilotos Faz Empresas Aéreas 'Repatriarem' E Contratarem Militares. Disponível em <http://g1.globo.com/brasil/noticia/2011/07/falta-de-pilotos-faz-empresas-aereas-repatriarem-e-contratarem-militares.html>. Acesso em 31 MAR 2016

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