• Nenhum resultado encontrado

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUCSP

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUCSP"

Copied!
562
0
0

Texto

(1)

PUC/SP

Hamilton da Cunha Iribure Júnior

A pronúncia no procedimento

do Tribunal do Júri brasileiro

DOUTORADO EM DIREITO

(2)

PUC/SP

Hamilton da Cunha Iribure Júnior

A pronúncia no procedimento

do Tribunal do Júri brasileiro

DOUTORADO EM DIREITO

Tese apresentada à Banca Examinadora

como exigência parcial para a obtenção

do título de DOUTOR em DIREITO

pela Pontifícia Universidade Católica de

São Paulo – PUC/SP, sob a orientação do

Professor Doutor M

ARCO

A

NTONIO

M

ARQUES DA

S

ILVA

.

(3)

Hamilton da Cunha Iribure Júnior

A pronúncia no procedimento

do Tribunal do Júri brasileiro

_______________________________________________

Professor Doutor M

ARCO

A

NTONIO

M

ARQUES DA

S

ILVA

Presidente e Orientador

1º. Examinador

_____________________________________________

2º. Examinador

_____________________________________________

3º. Examinador

_____________________________________________

4º. Examinador

______________________________________________

5º. Examinador

(4)
(5)

nós, impressionando-nos os sentidos que estão virados para

o exterior, uma paisagem qualquer, entendendo por

paisagem, para conveniência de frases, tudo o que forma o

mundo exterior num determinado momento da nossa

percepção. Todo o estado de alma é uma paisagem. Isto é,

todo o estado de alma é não só representável por uma

paisagem, mas verdadeiramente uma paisagem. Há em nós

um espaço interior onde a matéria da nossa vida física se

agita. Assim uma tristeza é um lago morto dentro de nós,

uma alegria um dia de sol no nosso espírito. E – mesmo que

se não queira admitir que todo o estado de alma é uma

paisagem – pode ao menos admitir-se que todo o estado de

alma se pode representar por uma paisagem

”.

C

ANCIONEIRO

F

ERNANDO

A

NTÔNIO

N

OGUEIRA

P

ESSOA

(6)

Os Princípios da Filosofia

(7)

Lettres Philosophiques

(8)

Do Contrato Social

(9)

Conversas com Catarina II

(10)

São Paulo, 2009 (Tese de Doutorado em Direito).

Orientador: Professor Doutor Marco Antonio Marques da Silva.

RESUMO

Ao Direito Processual cumpre a missão de regulamentar o exercício da função

jurisdicional, atividade fundamental do Estado Democrático de Direito. Na ordem

constitucional vigente o Tribunal do Júri é acolhido e reconhecido simultaneamente

como direito e garantia fundamental do indivíduo. É percebido como um direito

humano fundamental devido à participação do povo nos julgamentos proferidos

pelo Poder Judiciário. É garantia fundamental na medida em que o indivíduo que

tenha praticado uma infração penal dolosa contra a vida somente possa ser

condenado pelo veredicto emanado por um Conselho de Sentença do Tribunal

Popular. O júri é uma província em que se observa o exercício da cidadania,

revelando-se na prerrogativa democrática para que o indivíduo seja julgado por um

colegiado de cidadãos. O ordenamento jurídico brasileiro prevê o procedimento do

júri dividido em fases. Esse escalonamento garante que a formação da acusação do

réu se dê em duas etapas bem distintas: a instrução preliminar e o juízo da causa. Na

primeira fase, conduzida por um juiz togado, é discutida a admissibilidade

acusatória. No juízo da causa ocorre o julgamento do réu pelo Conselho de

Sentença. A decisão judicial que analisa e admite a acusação formulada contra o réu

é denominada de pronúncia, esta que encerra a instrução preliminar e encaminha o

acusado para o julgamento no Plenário do Júri. A pronúncia sempre esteve presente

na história do processo penal brasileiro, desde o tempo em que aqui vigoraram as

Ordenações do Reino. Em boa parte dos ordenamentos jurídicos estrangeiros é

nítida a existência de um instituto processual com função similar a que exerce a

pronúncia no Brasil. Esse ato jurisdicional representa um importante mecanismo de

controle da atividade acusatória no procedimento do júri ao assegurar que somente

seja enviada à fase de plenário a causa que esteja em rigorosa conformidade aos

requisitos estabelecidos em lei. Deve o magistrado que prolata a pronúncia cercar-se

de redobrada cautela na fundamentação dessa decisão tendo em vista que nessa fase

do procedimento do júri não se analisa o direito de punir, mas tão-somente o direito

de acusar. Por conseguinte, o excesso na motivação desse ato judicial pode acarretar

a antecipação do julgamento do mérito para uma etapa indevida do processo. A

pronúncia, decisão interlocutória no procedimento do júri, é o objeto principal de

análise no presente trabalho. Ao instituir o Estado Democrático de Direito, a

Constituição da República de 1988 estabeleceu como um dos seus fundamentos a

dignidade da pessoa humana, preceito este que orienta o intérprete na aplicabilidade

das normas constantes no ordenamento jurídico. No talante dessa premissa o

vertente trabalho está pavimentado com o intuito maior de analisar os princípios e

regras processuais incidentes na pronúncia à luz do citado fundamento

constitucional, como forma de se ver assegurado o devido processo legal.

(11)

Catolic University, 2009 (Doctorate Thesis in Law).

Adviser: Professor Doutor Marco Antonio Marques da Silva.

ABSTRACT

Procedural law complies with the task of regulating the exercise of judicial

functions, a fundamental activity of Democratic State of Law. In the current

constitutional order the Jury Court is recognized and upheld both as law and

fundamental individual guarantee. It is perceived as a fundamental human right

because people's participation in the trials made by the judiciary. It is the

fundamental guarantee that the person who has committed an intentional criminal

offense against life can only be condemned by the verdict issued by a People's

Court. The jury is a province where there is the exercise of citizenship, revealing

itself as a democratic right for the individual to be judged by a board of citizens. The

Brazilian legal system provides the procedure of the Jury Court divided into stages.

This scaling ensures that the formation of the prosecution of the defendant is given

in two very different stages: a preliminary investigation and trial of the case. In the

first phase, conducted by a judge, it is discussed the admissibility accusatory. In the

trial of the case occurs the trial of the defendant by People´s Court. The judicial

decision that examines and accepts the accusation against the defendant is called

jury indictment, that terminating the preliminary investigation and forward the

accused for trial in the Plenary of the Jury. The indictment has always been present

in Brazilian history of criminal procedure, from the time of the Ordinations of the

Kingdom. In most foreign jurisdictions is clear that there is a procedural institute

with similar function that jury indictment exercises in Brazil. This judicial act

represents an important mechanism to control the accusatory activity on the jury

procedure to ensure that the cause is only being sent to the Jury if it is in strict

conformity with the requirements established in law. Should the judge that decides

the jury indictment works with extra caution in the grounds of this decision because

this stage of the proceedings of the jury is not to examine the right to punish, but

only the right to accuse. Therefore, the excess on the motivation of this judicial act

can lead to anticipation of a merit´s judgment to an irregular stage of the process.

The jury indictment, interlocutory decision in the proceedings of the jury, is the

main object of analysis in this work. In establishing the Democratic State of Law,

the Constitution of the Republic established in 1988 as one of its grounds human

dignity, the rule that guides the interpreter in the applicability of the standards of the

legal system. So this work is has the aim of examining the principles and procedures

focused on the jury indictment in the light of that constitutional grounds as a way of

being assured the due process of law.

(12)

Catholique de São Paulo, 2009 (PhD. Thèse).

Conseiller: Professor Doutor Marco Antonio Marques da Silva.

RÉSUMÉ

Au Droit Processif il accomplit la mission de réglementer l'exercice de la fonction

juridictionnelle, activité fondamentale de l'État Démocratique de Droit. Dans l'ordre

constitutionnel efficace le Tribunal du Jury est accueilli et reconnu simultanément comme

droit et garantie fondamentale de la personne. Il est perçu comme un droit humain

fondamental car la participation du peuple dans les jugements prononcés pour le Pouvoir

Judiciaire. C'est garantie fondamentale dans la mesure où la personne qui ait pratiqué une

infraction criminelle frauduleuse contre la vie seulement puisse être condamnée par le

veredict émané par un Conseil de Jugement du Tribunal Populaire. Le jury est une province

où s'observe l'exercice de la citoyenneté, en se révélant dans la prérogative démocratique

pour que la personne soit jugée par un collégial de citoyens. L'ordre juridique brésilien

prévoit la procédure du jury divisé dans des phases. Cet échelonnement garantit que la

formation de l'accusation de l'accusé se donne dans deux étapes bien distinctés:

l'instruction préparatoire et le jugement de la cause. Dans la première phase, conduite par

un juge, c’est discuté l'admissibilité accusatoire. Dans le jugement de la cause se produit le

jugement de l'accusé par le Conseil de Jugement. La décision judiciaire qui analyse et admet

l'accusation formulée contre l'accusé est appelée de ordonnance de renvoi, de celle-ci

laquelle ferme l'instruction préliminaire et achemine l'accusé pour le jugement dans

l'Assemblée plénière du Jury. La ordonnance de renvoi a toujours été présente dans

l'histoire du processus criminel brésilien, depuis le temps où ils ici ont tonifié les

Rangements du Royaume. En bonne partie des ordres juridiques étrangers est claire

l'existence d'un institut processif avec la fonction semblable à lalaquelle il exerce la

ordonnance de renvoi au Brésil. Cet acte juridictionnel représente un important mécanisme

de contrôle de l'activité accusatoire dans la procédure du jury à l'assurance que seulement

soit envoyée à la phase d'assemblée plénière la cause qui soit dans rigoureuse conformité

aux conditions établies dans loi. Il doit le magistrat qui rend la ordonnance de renvoi

s'entourer de redoublée précaution dans le fondement de cette décision en vue dont dans

cette phase de la procédure du jury ne s'analyse pas le droit de punir, néanmoins le droit

d'accuser. Par conséquent, l'excès dans la motivation de cet acte judiciaire peut causer

l'anticipation du jugement du mérite pour une étape indue de la procédure. La ordonnance

de renvoi, décision interlocutoire dans la procédure du jury, est l'objet principal d'analyse

dans le présent travail. À l'institution l'État Démocratique de Droit, la Constitution de la

République de 1988 a établi comme un de leurs fondements la dignité de la personne

humaine, règle lequel guide l'interprète dans l'applicabilité des normes constantes dans

l'ordre juridique. Dans cette prémisse le coulant travail est pavé avec l'intention le plus

grand d'analyser les principes et règles processives incidentes dans la ordonnance de renvoi

à la lumière du mentionné fondement constitutionnel, comme forme de voir assuré la due

procédure légale.

(13)

INTRODUÇÃO... 18

C

APÍTULO

I

A

PORTES DOS

C

LÁSSICOS

S

ISTEMAS

J

URÍDICOS

1.1

Preâmbulo... 27

1.2

Anotações na intitulada

pré-história

do direito... 31

1.3

O surgimento das convenções procedimentais nos povos antigos... 37

1.4

A contribuição da cultura jurídica grega... 45

1.5

A formação do sistema jurídico romano... 48

1.5.1

As formas processuais na fase da Realeza... 53

1.5.2

A atividade acusatória na fase republicana... 54

1.5.3

O processo penal no Império Romano... 56

1.5.4

Influências de outras culturas no direito romano... 58

1.6

O juízo de instrução e a acusação no direito germânico... 62

1.7

O método científico para a instrução criminal no direito canônico... 65

1.8

A sistemática no Tribunal do Santo Ofício da Inquisição...

71

1.9

Anotações no direito anglo-saxão... 75

1.10

Pórticos da formação do júri... 79

1.10.1

A Heliéia e o Areópago na Grécia... 81

1.10.2

Os tribunais hebraicos... 83

1.10.3

A

quaestio

romana... 85

(14)

A

NTECEDENTES NA

F

ORMAÇÃO DO

P

ROCEDIMENTO DO

J

ÚRI NO

B

RASIL

2.1

Prólogo... 94

2.2

Contribuições históricas à formação de um sistema jurídico... 98

2.3

As Ordenações Afonsinas... 107

2.4

As Ordenações Manuelinas... 113

2.5

As Ordenações Filipinas... 117

2.6

A sistemática jurídica na transição para o direito nacional... 124

2.7

A fase do Brasil colonial e sua independência... 128

2.8

O júri e o Código do Processo Criminal de Primeira Instância... 132

2.9

As reformas do júri no Brasil Império... 142

2.10

O júri na fase republicana... 149

2.10.1

Da República Velha... 150

2.10.2

Da transição ao Estado Novo... 156

2.10.3

O júri na Constituição de 1946... 161

2.10.4

O júri na ditadura brasileira... 165

2.10.5

A consolidação do júri na Nova República... 167

2.11

Conceito e natureza jurídica do Tribunal do Júri... 169

2.12

Princípios constitucionais do Tribunal do Júri... 170

2.12.1

Da plenitude de defesa (art. 5.º, XXXVIII,

a

– CR/88)... 171

2.12.2

Do sigilo das votações (art. 5.º, XXXVIII,

b

– CR/88)... 173

2.12.3

Da soberania dos veredictos (art. 5.º, XXXVIII,

c

– CR/88)... 175

2.12.4

Da competência (art. 5.º, XXXVIII,

d

– CR/88)... 177

C

APÍTULO

III

O

C

ONTROLE DA

A

DMISSIBILIDADE DA

A

CUSAÇÃO

NO

D

IREITO

C

OMPARADO

3.1

Contextualização inicial... 181

3.2

A existência de uma etapa intermediária antecedente ao julgamento.. 183

(15)

3.3.3

A decisão que encerra a instrução... 191

3.4

A acusação no sistema processual penal espanhol... 194

3.4.1

Características do sistema misto... 196

3.4.2

A instrução preliminar (

sumario

)... 199

3.4.3

A fase intermediária (

intermedia

)... 201

3.4.4

A fase decisória (

juicio oral

)... 206

3.4.5

Características do controle de acusação... 208

3.5

A análise da acusação no direito processual penal italiano... 210

3.5.1

As investigações na fase preparatória (

indagini preliminari

)... 213

3.5.2

As características da audiência preliminar (

l’udienza preliminare

). 216

3.5.3

A função essencial no controle da atividade acusatória... 221

3.6

O modelo inglês para o controle da admissibilidade da acusação... 226

3.6.1 Características da atividade de investigação e persecução criminal... 228

3.6.2 A audiência preliminar e o controle da acusação... 230

3.7

A acusação no ordenamento jurídico dos Estados Unidos da

América... 233

3.7.1

O trabalho de investigação criminal e o seu controle... 234

3.7.2

A formalização da acusação no processo penal... 236

3.7.3

Providências judiciais... 239

3.8

O controle da admissibilidade acusatória no direito português... 241

3.8.1

Das fases preliminares: o inquérito... 246

3.8.2

Os atos da instrução... 250

3.8.3

A decisão instrutória como um juízo sobre a acusação... 253

C

APÍTULO

IV

O

J

UÍZO DE

A

CUSAÇÃO E O

J

UÍZO DA

C

AUSA

4.1

Prolegômenos... 258

4.2

Uma dimensão para o processo penal... 261

4.3

A topografia do júri no Código de Processo Penal de 1941... 264

4.3.1

Alterações no procedimento do júri pelo Decreto-lei n. 263/1948.... 269

4.3.2

A pronúncia e a prisão pela Lei n. 5.941/1973... 270

(16)

4.4

O juízo de acusação e o juízo da causa... 280

4.4.1

Da formação da culpa... 284

4.4.2

Da preparação do processo para julgamento em plenário... 290

4.4.3

Do julgamento do mérito... 293

4.5

Da pronúncia do acusado... 298

4.5.1

A finalidade da pronúncia... 300

4.6

Do afastamento da pronúncia... 302

4.7

Da impronúncia... 304

4.8

Da despronúncia... 308

4.9

Da absolvição sumária do acusado... 309

4.9.1

Do cabimento legal... 312

4.9.2

A absolvição sumária e a tutela da liberdade individual do réu... 314

4.10

Da desclassificação... 317

4.10.1

Incidência legal... 319

4.10.2

Providências no juízo competente... 321

C

APÍTULO

V

P

LANOS

C

ARACTERÍSTICOS DA

P

RONÚNCIA

5.1

Ponderações preliminares... 324

5.2

A pronúncia e sua natureza jurídica... 327

5.2.1

No âmbito dos diplomas do Brasil Império... 328

5.2.2

Na fase republicana... 332

5.2.3

Na perspectiva hodierna... 334

5.3

Aspectos formais da decisão de pronúncia... 337

5.3.1

Do relatório... 340

5.3.2

Da fundamentação... 340

5.3.3

Do dispositivo e da autenticação... 344

5.4

As provas e a motivação do ato decisório... 346

5.4.1

O objeto da prova e a pronúncia... 351

5.4.2

A relatividade dos elementos de prova... 355

5.4.3

A motivação e os sistemas de análise da prova... 359

(17)

5.4.7

A prova emprestada no juízo acusatório... 379

5.5

Requisitos para a pronúncia... 382

5.5.1

A certeza da materialidade do fato... 385

5.5.2

A qualidade da prova da materialidade delitiva... 388

5.5.3

Indícios suficientes de autoria ou participação do acusado... 391

5.5.4

A prova indiciária na pronúncia... 395

5.6

Os efeitos da pronúncia... 399

5.6.1

Um panorama histórico dos efeitos da pronúncia... 400

5.6.2

Efeitos da pronúncia na reforma da Lei n. 11.689/2008... 404

5.6.3

A preclusão... 405

5.6.4

A interrupção da prescrição... 407

5.7

A intimação da decisão de pronúncia... 412

5.7.1

A intimação da pronúncia após a reforma do rito do júri... 414

C

APÍTULO

VI

A

P

RONÚNCIA NA

O

RDEM

P

ROCESSUAL

G

ARANTISTA

6.1

A dignidade da pessoa humana... 416

6.1.1

A origem e o sentido inicial do princípio da dignidade humana... 418

6.1.2

A dualidade princípio e norma jurídica... 421

6.1.3

A dignidade como fundamento na ordem constitucional... 423

6.1.4

Preceito de natureza absoluta e de conteúdo relativo... 425

6.1.5

A incidência no processo penal... 428

6.2

A ordem processual garantista... 430

6.2.1

A natureza garantista do procedimento... 432

6.3

Dos limites da fundamentação da pronúncia... 435

6.3.1

A motivação como imperativo legal... 436

6.3.2

A linguagem utilizada na fundamentação... 440

6.3.3

A motivação e as teses defensivas... 445

6.3.4

A vedação à menção do conteúdo da pronúncia nos debates... 448

6.4

As circunstâncias qualificadoras na pronúncia... 452

(18)

6.5.1

A especificação das majorantes... 458

6.6

O aforismo do

in dubio pro societate

... 460

6.6.1

O

in dubio pro societate

numa perspectiva constitucional... 465

6.7

Da correlação entre a acusação e a pronúncia... 467

6.7.1

A definição jurídica diversa do fato narrado na peça acusatória... 472

6.7.2

A nova definição jurídica do fato... 473

6.7.3

Da circunstância superveniente à preclusão da pronúncia... 476

6.7.4

Da inclusão de outros réus no âmbito da pronúncia... 478

6.8

As infrações penais conexas e a pronúncia... 481

6.8.1

Da inadmissibilidade da análise acusatória... 483

6.8.2

Da motivação da pronúncia quanto às infrações conexas... 485

6.9

A prisão na pronúncia... 489

6.9.1

Fundamento e modalidades de prisão... 491

6.9.2

A origem da recomendação da prisão como efeito da pronúncia.... 493

6.9.3

A prisão na pronúncia como medida excepcional... 495

6.9.4

A duração da prisão cautelar na pronúncia... 499

CONCLUSÃO... 503

(19)

Na seara da Ciência do Direito uma das instituições que desperta maior

atenção e que também se apresenta como palco de verdadeiros e calorosos debates é

o Tribunal do Júri. Ao estudá-lo tem-se a certeza de estar ingressando nos meandros

de um dos mais antigos bastiões do direito de pessoas leigas julgarem seu

semelhante.

Divergem os estudos no que tange ao exato momento de surgimento do

Tribunal do Júri no contexto mundial, sendo notada sua prefiguração remota nas

civilizações grega, romana e hebraica. Por outro lado, parece incontestável a noção

de que essa instituição, com os contornos que tem hodiernamente, surgiu no seio da

Carta Magna de 1215, na Inglaterra.

Pesquisas voltadas a épocas mais recuadas na história apontam para a

existência de procedimentos assemelhados ao do júri antes mesmo do século VI. É

o que se descortina no contexto de uma compilação de leis romanas conhecida

como o Breviário de A

LARICO

, promulgada em 506 d.C. Essa legislação teve

vigência no reino visigodo de Tolosa e preceituava regras para o julgamento de um

acusado perante juízes leigos.

(20)

Em terras brasileiras o Tribunal Popular foi inserido no ordenamento

jurídico por intermédio do Decreto de 18 de junho de 1822 e ratificado como um

órgão do Poder Judiciário pela Carta Política imperial em 25 de março de 1824. A

segunda Constituição brasileira e primeira republicana, promulgada em 24 de

fevereiro de 1891, erigiu o júri ao

status

de direito dos cidadãos brasileiros.

Com a Constituição da República de 16 de julho de 1934 retornou o júri ao

patamar de órgão do Poder Judiciário. No Estado Novo foi promulgada uma nova

Carta Política em 10 de novembro de 1937 retirando a instituição do júri do seu

texto normativo. O júri foi guindado novamente ao ordenamento jurídico nacional

pelo Decreto-lei n. 167, de 05 de janeiro de 1938, todavia, suprimindo-lhe o

fundamento relacionado à soberania dos veredictos.

A Constituição da República, de 18 de setembro de 1946, acomodou o júri

no seio dos direitos e das garantias individuais, fato esse que foi seguido pelo texto

da Carta Política promulgada em 24 de janeiro de 1967. A revisão desta Carta

ocorreu pela Emenda Constitucional n. 1, outorgada em 17 de outubro de 1969,

mantendo a instituição do júri, mas alijando-a de seus principais fundamentos, como

a soberania dos veredictos e a plenitude de defesa.

O Tribunal Popular encontra abrigo no texto da Constituição da República

de 1988. Está consagrado na redação do inciso XXXVIII do artigo 5.º, parte

integrante do Capítulo I (

Dos direitos e deveres individuais e coletivos

), inserto do Título II

(

Dos direitos e garantias fundamentais

). Nesta Carta Cidadã assegura-se o júri com os

seguintes fundamentos: a plenitude de defesa, o sigilo das votações, a soberania dos

veredictos e a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida.

(21)

A par de ser o júri uma garantia fundamental, também é considerado um

direito humano fundamental, uma vez que permite a participação do indivíduo na

atividade judicial levada a cabo pelo Poder Judiciário. Esse viés proporciona a

integração do cidadão aos temas inerentes ao poder estatal, desenvolvendo nele o

senso de compartilhar a responsabilidade da distribuição da justiça.

O dispositivo constitucional que assegura a instituição do júri possui a

natureza de cláusula pétrea sendo, portanto, intocável pelo legislador ordinário que

deve respeitar essa condição. Ao instituir um complexo sistema de direitos e

garantias fundamentais o legislador constituinte disponibilizou ao operador jurídico

uma sistemática apta a garantir a harmonia do ordenamento jurídico pátrio,

impedindo interpretações que levassem à subversão dos propósitos maiores do

texto constitucional.

Dita o texto da Carta de 1988 que a organização do júri seja realizada por

meio de lei ordinária. Nesse compasso, o Código de Processo Penal – Decreto-lei n.

3.689, de 03 de outubro de 1941 –, regulando a matéria do júri, foi recepcionado

pela referida Carta. Nesse ordenamento processual, atualmente, os dispositivos

inerentes ao procedimento do Tribunal Popular estão arrolados ao longo dos artigos

406 a 497 do Capítulo II (

Do procedimento relativo aos processos da competência do Tribunal

do Júri

) do Título I (

Do processo comum

) do Livro II (

Dos processos em espécie

).

Atendendo aos antigos reclames de uma profunda reforma no júri, foi

sancionada em 09 de junho de 2008 a Lei n. 11.689, alterando os dispositivos do

Código de Processo Penal relativos ao procedimento do Tribunal Popular. Essa lei

reformadora manteve a estrutura principal desse rito dividido em fases e introduziu

mudanças pontuais na sistemática de alguns atos judiciais.

(22)

destinam-se à formação do arcabouço de provas hábil para formar o convencimento

do magistrado acerca da admissibilidade acusatória.

A instrução preliminar é encerrada com uma decisão judicial proferida com

base numa das seguintes possibilidades: a-) pronúncia do acusado, por considerar-se

admissível a acusação, remetendo-o ao julgamento pelo júri; b-) impronúncia do

acusado, extinguindo o processo sem o julgamento do mérito; c-) desclassificação da

infração penal para outra que não seja da competência do júri; ou d-) absolvição

sumária do acusado.

A decisão de pronúncia declara a viabilidade da pretensão inicial por

reconhecer comprovada a materialidade do fato e presentes indícios suficientes de

que o acusado seja o autor ou partícipe do ato. Destarte, essa decisão interlocutória

fixa os quadrantes da acusação declarando a norma legal na qual julga incurso o

acusado e especifica as circunstâncias qualificadoras e as causas de aumento de pena

que devem ser sustentadas em plenário.

A pronúncia é uma decisão interlocutória no procedimento do júri que

encerra a fase da formação da culpa e remete os autos para o julgamento do acusado

diante do plenário do júri. Não julga o direito de punir, mas o direito de acusar.

Sendo assim, essa decisão revela-se como um filtro que separa as causas que devem

ser enviadas ao Tribunal Popular das demais. Ao encerrar o juízo de acusação a

pronúncia inaugura o juízo da causa.

(23)

A pronúncia assume também um importante viés constitucional. Ao

considerar a República Federativa do Brasil constituída num Estado Democrático de

Direito, o texto constitucional estabelece como um dos seus fundamentos a

dignidade da pessoa humana, preceito considerado como o de maior amplitude no

âmbito da Carta Magna de 1988, além de ser o inspirador dos demais princípios ali

inscritos.

Esse princípio irradia para todo o ordenamento jurídico um expressivo feixe

de garantias individuais que devem ser observadas pelo operador jurídico quando da

aplicabilidade das regras que regem, fundamentalmente, os institutos do direito

processual penal, como a pronúncia no procedimento relativo aos processos de

competência do Tribunal do Júri.

Conseguintemente, a motivação da pronúncia, seus efeitos e as demais

implicâncias práticas que a envolvem devem ser analisadas à luz dos ditames

pretendidos pelo fundamento constitucional da dignidade da pessoa humana, como

forma de resguardar a aplicação conforme a constituição das regras processuais

inerentes àquele ato processual.

É cediço que o Estado desenvolve a atividade judicial por intermédio de um

conjunto de garantias constitucionais denominado de devido processo legal. Sua

concepção está atrelada ao fato de que o ente estatal deve proporcionar às partes

que atuam no processo uma segurança para o exercício de suas faculdades

processuais, sendo, por consequência, um imperativo ao adequado exercício da

jurisdição estatal.

(24)

Assim a Constituição da República de 1988 ao estabelecer princípios e

normas visando ao adequado desenvolvimento da atividade processual, institui

também um poderoso sistema de garantias processuais que permitem ao acusado

exercer sua ampla defesa, assegurando-lhe o acesso ao devido processo legal.

Dessa importante natureza garantista extraída da Carta Política de 1988, há

que se repensar a aplicabilidade das regras processuais referentes à pronúncia, uma

vez que se torna direito do acusado ter plena ciência das razões que levam o

magistrado a admitir a acusação enviando-lhe para julgamento perante o júri.

Torna-se a pronúncia um importante e democrático mecanismo de controle da atividade

acusatória no procedimento do júri.

Na esteira dessas considerações é que se coloca a decisão de pronúncia como

o núcleo central que impulsiona o presente trabalho. Para que os objetivos

pretendidos sejam aqui devidamente alcançados a redação do trabalho está

estruturada na forma de capítulos, no âmbito dos quais se constrói sistematicamente

o objeto proposto.

O Capítulo I –

Aportes dos clássicos sistemas jurídicos

– colaciona a análise dos

procedimentos destinados à formação da culpa do acusado no seio dos principais

sistemas jurídicos da Antiguidade, partindo de uma época em que inexistiam

convenções. Nesse contexto são destacadas algumas importantes sistemáticas

primitivas utilizadas para a produção e avaliação das provas, a forma pela qual se

iniciava a acusação nos procedimentos criminais, o tratamento que era dispensado

ao acusado e as limitações que eram impostas a sua defesa.

(25)

No contexto do Capítulo II –

Antecedentes na formação do procedimento do júri no

Brasil

– são analisados os preceitos formadores do procedimento do Tribunal do Júri

no Brasil. Para tanto, toma-se como ponto de partida o contexto histórico de

Portugal anterior à formação das Ordenações do Reino, com o objetivo de entender

as influências sofridas na concepção dessas codificações que serviram de substrato

para a formação do ordenamento jurídico brasileiro. Ressalta-se aqui o pensamento

jurídico que fomentou o substrato da legislação nos primórdios do Brasil.

São apontadas as características da época de transição das regras do processo

penal existentes nas Ordenações para as primeiras normas jurídicas genuinamente

nacionais, com destaque para adoção do Tribunal do Júri no Brasil. A partir daí,

com ênfase na pronúncia, são arroladas as principais características dos diversos

diplomas que disciplinaram as regras do Tribunal Popular ao longo da história

brasileira. Merece destaque também a previsão desse tribunal no âmbito das

constituições pátrias, realçando os diversos momentos políticos em que as mesmas

foram concebidas.

Por seu turno, o Capítulo III –

O controle da admissibilidade da acusação no direito

comparado

– é dedicado à análise da admissibilidade acusatória no direito comparado.

Esse estudo permite entender o funcionamento de distintos sistemas jurídicos à luz

dos institutos analisados. Para tanto, são eleitos alguns dos principais sistemas

jurídicos estrangeiros na atualidade em que é possível vislumbrar o processamento

das causas que são enviadas a julgamento pelo júri.

(26)

Tendo como lastro o Código de Processo Penal brasileiro e as legislações que

alteraram o procedimento do júri, o Capítulo IV –

O juízo de acusação e o juízo da causa

– analisa as principais características das etapas deste rito. Sendo considerado um

procedimento escalonado, o rito do júri contempla uma fase inicial destinada à

instrução probatória e outra, ao final, destinada ao julgamento da causa. A

pronúncia é a decisão que proporciona a ocorrência da fase de julgamento, o

iudicium

causae

, pela qual a matéria é remetida à apreciação de um conselho de jurados

presididos por um magistrado togado.

Nesse capítulo são também avaliadas as implicâncias práticas que decorrem

da não realização da pronúncia pelo magistrado, sufragando a fase de julgamento do

acusado em plenário. Isso corre quando o juiz se convence no sentido de

impronunciar o acusado ou desclassificar a infração penal para outra que não seja da

competência do júri. Pode, ainda, absolver sumariamente o acusado se ficar

comprovada a ocorrência de alguma das causas legais autorizadoras. Nestas

situações não é inaugurada a fase do juízo da causa.

O Capítulo V –

Planos característicos da pronúncia

– tem por finalidade principal

descortinar as características da decisão de pronúncia. Por se tratar de um ato

judicial próprio do rito do Tribunal do Júri, a pronúncia é dotada de características

peculiares, requisitos específicos e inerentes aos fins que se propõe. Todavia,

vislumbra-se nessa decisão uma estrutura formal assemelhada àquelas das sentenças

de mérito, contendo o relatório das principais ocorrências da fase sumarial, a

fundamentação das questões expostas na instrução preliminar, o conteúdo decisório

e a parte destinada à sua autenticação.

(27)

Na estrutura do Capítulo VI –

A pronúncia na ordem processual garantista

adota-se o fundamento constitucional da dignidade da pessoa humana para analisar

alguns dos principais planos que devem estribar a decisão de pronúncia. Em nome

do Estado Democrático de Direito é preciso inibir uma atuação jurisdicional que

cometa arbitrariedades ou excessos advindos das heranças ditatoriais que em alguns

casos insistem em se manterem vivas assombrando o processo penal e colocando

em risco os direitos fundamentais. É certo que a dignidade humana é um

fundamento que ao mesmo tempo justifica a intervenção estatal e municia o

indivíduo de meios para que possa exercer o contraditório e a ampla defesa no

devido processo legal.

Ao colocar a temática que envolve a pronúncia na pauta constitucional, o

trabalho pretende delinear alguns contornos imprescindíveis para que a atuação

jurisdicional nessa fase do rito do júri seja firme e voltada para garantir o

cumprimento dos preceitos constitucionais. Pela importância que decorre do tema,

o que não se pode aceitar é o desatino de utilizar a pronúncia para conduzir o

acusado a julgamento pelo júri sem uma segurança mínima de provas, remetendo a

dúvida ou incerteza para a decisão do jurado leigo, expondo a liberdade do acusado

a toda sorte de acontecimentos.

Os pontos cardeais e fomentadores do presente trabalho conduzem, em sua

essência, à

Conclusão

ao final deste. Nessa seção são apresentadas também as

tendências que cercam a temática, bem como, os principais pontos depurados do

confronto realizado entre as hipóteses inicialmente levantadas e os ensinamentos

doutrinários adquiridos ao longo da trajetória, esta que sempre teve por móvel o

estudo das províncias em que se assenta a decisão de pronúncia na ordem jurídica

nacional.

(28)

C

APÍTULO

I

APORTES

DOS

CLÁSSICOS

SISTEMAS

JURÍDICOS

SUMÁRIO: 1.1 Preâmbulo – 1.2 Anotações na intitulada pré-história do direito – 1.3 O surgimento das convenções procedimentais nos povos antigos – 1.4 A contribuição da cultura jurídica grega – 1.5 A formação do sistema jurídico romano: 1.5.1 As formas processuais na fase da Realeza; 1.5.2 A atividade acusatória na fase republicana; 1.5.3 O processo penal no Império Romano; 1.5.4 Influências de outras culturas no direito romano – 1.6 O juízo da instrução e a acusação no direito germânico – 1.7 O método científico para a instrução criminal no direito canônico – 1.8 A sistemática no Tribunal do Santo Ofício da Inquisição – 1.9 Anotações no direito anglo-saxão – 1.10 Pórticos da formação do júri: 1.10.1 A Heliéia e o Areópago na Grécia; 1.10.2 Os tribunais hebraicos; 1.10.3 A quaestio romana; 1.10.4 O reconhecimento do júri.

“O homem retrata-se inteiramente na alma; para saber o que é e o que deve fazer, deve

olhar-se na inteligência, nessa parte da alma na qual fulge um raio da sabedoria divina.”

D

IÁLOGOS

P

LATÃO

(428 a.C. – 347 a.C.)

1.1 Preâmbulo

(29)

O direito apresenta uma origem e uma essência social

1

, além de uma

finalidade, qual seja, a paz

2

. O resgate das características históricas permite

compreender a dimensão das instituições, a forma pela qual foram concebidas, suas

lutas, as amarras das quais se libertaram do poder opressor observado na constante

relação de dominação, além dos mais variados traços comportamentais dos seres do

passado. Isso faz com que seja reconstruída parte da identidade do ser humano em

nexo com o passado

3

.

Em consonância a tal raciocínio, vislumbra-se a saga da humanidade enleada

ao problema do conhecimento. Atormentado com a necessidade de justificar sua

existência e os fatos que o circunscrevem, o ser humano sempre trilhou na busca do

saber e isso é perceptível em várias incursões históricas.

Pavimentando essa constatação encontra-se o fato da constante busca pelos

elementos que cercam a verdade nas questões que demandam uma decisão

4

. Uma

leitura dos diversos sistemas existentes desde a antiguidade desvela o emprego de

diferentes metodologias para se atingir um procedimento judicial adequado.

Aliada à natureza humana (necessidade de saber), percebe-se no julgamento

de um indivíduo, também, a necessidade da firmação do poder pela sociedade

constituída (o veredicto soberano), em que direitos e garantias são debatidos

1 “O direito ampara o ser humano desde o momento em que é concebido e enquanto ainda vive no ventre

materno. E depois o segue e acompanha em todos os passos e contingências de sua vida [...]. Por isso, é que sociedade e direito forçosamente se pressupõem, não podendo existir aquela sem êste, nem êste sem aquela. [...] Encontra-se, pois, a origem do direito na própria natureza do homem, havido como ser social [...]. O direito equaciona a vida social, atribuindo aos seres humanos, que a constituem, uma reciprocidade de poderes, ou faculdades, e de deveres, ou obrigações” (RÁO, Vicente. O direito e a vida dos direitos. São Paulo: Max Limonad, 1952, v. 1, p. 38-40).

2 “A paz é o fim que o direito tem em vista, a luta é o meio de que se serve para o conseguir. [...] A vida do

direito é uma luta: luta dos povos, do Estado, das classes, dos indivíduos. Todos os direitos da humanidade foram conquistados na luta [...]. Por isso a justiça sustenta numa das mãos a balança em que pesa o direito, e na outra a espada de que se serve para o defender” (IHERING, Rudolf Von. A luta pelo direito. Trad.: João de Vasconcelos. 15. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1995, p. 1).

3 “A História, empolgando o homem no seu esforço secular de atingir a uma mais perfeita humanidade,

também, por tal razão, o impele a reaver em sua irredutível originalidade, esta gênese e ascensão de que os acontecimentos são a expressão externa e condensada” (PIERANGELLI, José Henrique. Processo penal: evolução histórica e fontes legislativas. Bauru: Javoli, 1983, p. 10).

4 “O problema do conhecimento, da ciência – demonstra-se, portanto, uma questão filosófica (a necessidade

(30)

colocando-se em confronto a necessidade de repressão social e a tutela jurídica à

liberdade legitimamente conquistada

5

.

Nesse cenário, revela-se a ciência como instrumental à disposição do ser

humano interferindo fundamentalmente nas relações sociais. O mesmo ocorre no

âmbito processual, vez que num Estado Democrático de Direito há muito se

vislumbra num processo judicial um meio legítimo e seguro de atingir-se um

veredicto

6

. Contudo, a formação do processo penal não ocorreu de modo isolado

nem suas bases foram concebidas por uma única sociedade

7

.

Numa imersão pelos registros históricos percebe-se que não somente os

meios de pesquisa (evidências e provas), mas os procedimentos (ritos) também

foram fundamentais para se estabelecerem critérios que pudessem legitimamente

orientar a formação de um lastro mínimo de segurança capaz de submeter o acusado

da prática delituosa a um julgamento popular

8

.

Em condição de arranque, cumpre destacar que a análise que se faz em

relação aos contornos históricos que permeiam os julgamentos populares (assim

como das demais instituições da ciência do direito) está intrinsecamente atrelada aos

5Tem-se que o “direito é um attributo da pessoa. A pessoa é uma substancia individual da natureza racional e

social. É uma substancia individual, que vive na sociedade, em cujo seio exerce direitos de homem e de cidadão. [...] Todos estes direitos são considerados –direitos individuaes, porque são attributos da pessoa, isto é, da substancia individual de natureza racional e social” (ALMEIDA JÚNIOR, João Mendes de. O processo criminal brazileiro. 2. ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves & Cia., 1911, v. I, p. 5-6, grifo do autor).

6 “A necessidade do processo se deve à incapacidade de alguém para julgar, por si mesmo, sobre o que se

deve fazer ou não fazer [...]. O processo serve, pois, em uma palavra, para fazer que entre em juízo aqueles que não o têm. E, posto que o juízo é próprio do homem, para substituir o juízo de um pelo juízo de outro ou outros, fazendo do juízo de um a regra de conduta de outros, aquele que faz entrar em juízo, ou seja, aquele que fornece aos outros aquilo de que necessitam – seu juízo –, é o juiz” (CARNELUTTI, Francesco. Como se faz um processo. Trad.: Hiltomar Martins Oliveira. Belo Horizonte: Líder Cultura Jurídica, 2001, p. 33, grifo do autor).

7 O processo penal “não é fruto das meditações dos filósofos, nem das teorias de uma escola, nem dos

costumes de um certo povo, nem da política dum determinado Estado. Ele é essencialmente um produto da necessidade e da experiência sociais, produto que se formou, desenvolveu e aperfeiçoou através dos séculos e em todos os povos civilizados” (ROSA, Inocêncio Borges da. Comentários ao Código do Processo Penal. 3. ed. atual. por Angelito A. Aiquel. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1982, p. 23).

8 “Todos os povos, mesmo aquelles que ainda se achão em lugar inferior na escala da civilisação, possuem

(31)

diversos costumes, aos credos e às obras legislativas que dominaram (e ainda

dominam) várias culturas ao longo da história das civilizações.

Vislumbra-se, sobretudo, um profundo elo entre a política e as questões de

ordem processual, em que a carga ideológica sempre dominou as codificações,

impondo aos integrantes de suas sociedades

verdades

perfeitas e acabadas, sufocando,

em diversos momentos, a possibilidade de que meios científicos e mais precisos

pudessem ser utilizados como condutores do processo. Registra-se que desde a

antiguidade tem-se no processo o meio pelo qual se obtém a reparação do dano

9

.

Por diversas vezes tal constatação é extraída de uma releitura dos

acontecimentos históricos

10

, estes orientados por verdadeiras motivações

religiosas

11

. Nesse contexto, necessário se faz uma descomprometida lembrança

acerca das principais características envolventes dos julgamentos populares dentro

de algumas das mais destacadas civilizações do passado, com vistas à compreensão

da mecânica que move atualmente os institutos da ciência processual.

Sem realizar esse breve resgate histórico sobre alguns procedimentos

observados nas principais civilizações pretéritas formadoras de culturas jurídicas,

dificilmente é possível a compreensão satisfatória dos mecanismos que regem,

hodiernamente, as instituições que perfazem o procedimento do Tribunal do Júri.

Daí as valorosas lições no sentido de que

quando prosseguimos em uma serie de estudos

9“O processo penal da antiguidade não se distanciava muito do processo civil. A idéia básica do processo, em

geral, era a intervenção do Estado com a finalidade de obter a reparação do dano ocasionado. [...] na realidade, o processo tinha por escopo a declaração da responsabilidade de um indivíduo por parte da assembléia judicante; por isso tendia substancialmente a um efeito dúplice: de um lado, o reconhecimento da responsabilidade do réu e, de outro lado, a garantia para a vítima não sofrer ofensas ou vinganças por parte do réu ou de seus familiares” (GRINOVER, Ada Pellegrini. Liberdades públicas e processo penal – as interceptações telefônicas. 2. ed. atual. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1982, p. 26).

10 “Notadamente a íntima conexão entre o direito político e o processo penal, que se revela através dessa luta

entre os interêsses do Estado e do indivíduo, não seria possível sem uma indagação histórica. Êsses entrechoques de interêsses viveram sempre ao influxo das concepções políticas imperantes. Por vêzes, o predomínio exagerado de um dêles levou a uma visão unilateral do processo, dando-lhe a feição de um litígio privado e consagrando a passividade do julgador” (BARROS, Romeu Pires de Campos. Direito processual penal brasileiro. São Paulo: Sugestões literárias, 1969, v. I, p. 45).

11Imperativo no Antigo Testamento, Livro de Deuteronômio, Capítulo 1, versículos 16 e 17, preconizam que

(32)

necessitamos sempre de um banho de memoria, para que possamos ligar o antecedente ao

consequente

12

.

É o móvel principal do presente capítulo o resgate dos destaques observados

nos diferentes modos de administrar a justiça penal entre os povos, realçando as

questões afetas aos procedimentos utilizados para realizar o controle da acusação e

as remotas fontes que aludem à gênese do Tribunal do Júri, lembrando sempre da

impossibilidade de anotar na seara do vertente trabalho todos os pontos históricos

havidos, visto que são inesgotáveis.

1.2 Anotações na intitulada

pré-história

do direito

Há muito se percebe que a experiência jurídica se entrelaça com uma

experiência normativa desde o início da existência humana

13

. Estudar a relação do

direito com o homem e os fatos sociais por ele proporcionados

14

é, essencialmente,

estudar o direito frente ao Estado e seus institutos

15

, uma relação que envolve um

poder constituído e uma sociedade disciplinada por regras

16

.

12 Cf. ALMEIDA JÚNIOR, João Mendes de. Direito judiciário brazileiro. 2. ed. Rio de Janeiro: Typographia

Baptista de Souza, 1918, p. 5.

13 “Com isto, entendo que o melhor modo para aproximar-se da experiência jurídica e apreender seus traços

característicos é considerar o direito como um conjunto de normas, ou regras de conduta” (BOBBIO, Norberto. Teoria da norma jurídica. Trad.: Fernando Pavan Baptista e Ariani Bueno Sudatti. 2. ed. rev. Bauru: EDIPRO, 2003, p. 23, grifo do autor).

14 Dessa forma “a consciência jurídica do mundo assemelha-se a uma árvore ciclópica e milenária, de cujos

galhos nodosos rebentam os densos ramos e, deles, a floração dos direitos. Quando em vez, as flores legais emurchecem sob o implacável calor do tempo e a ventania evolucionista e revolucionária, oriunda das carências sociais, agita as ramagens e as faz rolar para o solo poroso, onde são transformadas em adubo e absorvidas pelas raízes poderosas e insaciáveis” (ALTAVILA, Jayme de. Origem dos direitos dos povos. 6. ed. São Paulo: Ícone, 1995, p. 9).

15 Pode-se dizer que “o direito é a armação do Estado. [...] No Estado de direito não podemos ver, pois, a

forma perfeita de Estado. Os juristas são vítimas, neste ponto, de uma incrível ilusão. O Estado de direito não é o Estado perfeito mais do que possa ser perfeito o arco que os pedreiros o tenha construído” (CARNELUTTI, Francesco. Arte do direito: seis meditações sobre o direito. Trad.: Ricardo Rodrigues Gama. Campinas: Bookseller, 2001, p. 18-19).

16“A história do Direito acompanha o evoluir da civilização, sendo um produto da cultura. Segundo a idéia

(33)

O estudo das instituições e dos princípios orientadores do direito

17

requer

considerações mais aprofundadas dentro dos sistemas utilizados pelos povos sem

escrita (primeiro momento histórico das relações sociais). Inegável que a noção de

direito nasce juntamente com os hábitos em sociedade.

Do surgimento das normas a partir da necessidade dos grupos sociais, ocorre

um nítido momento na história em que os preceitos individuais começam a ceder

terreno aos preceitos coletivos, exatamente no instante em que começam a surgir e

firmarem-se novas castas de domínio e de poder

18

.

Intitulada como

pré-história do direito

19

, essa fase é muito difícil de ser avaliada

de forma pormenorizada vez que deixou poucos vestígios e elementos que

propiciassem traçar um perfil maior

20

. Decerto que uma avaliação com mais

profundidade em detalhes acerca da identificação de procedimentos e demais ritos

específicos que envolvam os julgamentos populares nessa fase da história, pode

esbarrar na escassez de informações.

A característica por demais anotada desse marco inicial e formador das

sociedades assim tidas pelo homem é o não conhecimento da escrita. Embora não

houvesse até então a utilização de uma simbologia ou codificação para a anotação

das regras e dos ditames sociais, vários fatores de aceitação social e germinadores de

vários institutos do direito eram extraídos, tais como, o casamento, o antigo pátrio

17 “O Direito não é mero somatório de regras avulsas, produto de atos de vontade, ou mera concatenação de

fórmulas verbais articuladas entre si. O Direito é ordenamento ou conjunto significativo, e não conjunção resultada de vigência simultânea, é coerência [...] é unidade de sentimento, é valor incorporado em regra. E esse ordenamento, esse conjunto, essa unidade, esse valor projeta-se ou traduz-se em princípios” (MIRANDA, Jorge. Manual de direito constitucional. 4. ed. Coimbra: Coimbra, 1990, tomo I, p. 21).

18 “É nesse momento que a noção do direito principia a conformar sua vida em sociedade, visto que a

hierarquia tribal impõe-se a partir da compreensão dos direitos e deveres de cada um, noção captada pela força dos que governavam os destinos das primeiras comunidades. [...] A história e o direito pré-histórico terminam no momento em que o foco das divergências entre grupos nômades e sedentários evolui para as lutas entre os grandes grupos sedentários na busca de poder, que são aquelas que já caracterizam a história narrada” (BASTOS, Celso Ribeiro; MARTINS, Ives Gandra. Comentários à Constituição do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. São Paulo: Saraiva, 1989, v. 1, p. 12-15).

19 GILISSEN, John. Introdução histórica ao direito. Trad.: A. M. Hespanha e L. M. Macaísta Malheiros. 2. ed.

Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1995, p. 31.

20 “A vida pré-histórica, que se pode reconstruir – com os dados ou resíduos paleontológicos – nas suas

(34)

poder (poder familiar), os preceitos de propriedade, regras de sucessão familiar,

dentre tantos.

A função de julgar

21

é observada com relativa frequência no meio dos povos

primitivos. Muito embora não utilizassem a escrita, desenvolveram técnicas

apropriadas ao contexto em que se inseriam, estabelecendo sanções

22

, nas quais

imperava o claro sentido de vingança

23

, aos descumpridores dos preceitos estatuídos

pela sociedade

24

.

Há que se registrar que também não se cogitava nessa época de um

procedimento probatório administrado por regras claras e específicas

25

ou na

modalidade que se assemelhasse a alguma forma procedimental conhecida

26

.

Passavam de geração para geração seus costumes como a principal inspiração –

fonte – para seu comportamento, originando o denominado direito

consuetudinário

27

, este, por seu turno, observado na formação de vários sistemas

jurídicos.

21 “A função de julgar remonta aos primórdios da civilização: ao chefe da tribo, ao pater famílias, aos

sacerdotes, aos primeiros reis. [...] A infração ou ofensa assumia então o caráter de dano coletivo, que atingia todo o grupo, provocando uma vingança generalizada. [...] A administração da justiça estava ali confiada ao senhor ou batab” (SOARES, Orlando. Curso de direito processual penal. Rio de Janeiro: José Konfino, 1977, p. 64).

22 “O processo penal, na sua origem histórica, não tutelava os fundamentais interesses da vida por meio das

sanções punitivas. A ofensa era considerada lesão ao cidadão privado, o qual reagia por si, e a sua vingança constituía o meio rudimentar e o direito de reação contra o fato delituoso. Vencida essa fase da vingança privada, com o aumento da força do poder público que consolida a sua própria autoridade, nascem as normas destinadas a estabelecer os fatos, com as penas respectivas” (NETTO, José Laurindo de Souza. Processo penal: sistemas e princípios. Curitiba: Juruá, 2003, p. 19).

23 Desde então se percebe que os homens, entrementes, têm “necessidade de viver em paz. A justiça é a

condição da paz [...]. A paz é um estado da alma que extingue o desejo de mudança” (CARNELUTTI, Francesco. Como nasce o direito: seis meditações sobre o direito. Trad.: Hiltomar Martins Oliveira. Belo Horizonte: Líder Cultura Jurídica, 2001, p. 61).

24 “A morte, precedida de torturas, era a regra nas punições. O suplício infligido nas execuções não

restabelecia a justiça nem reparava o dano, servindo somente para reafirmar o poder dos soberanos e dos que detinham privilégios” (MARQUES, Oswaldo Henrique Duek. A pena capital e o direito à vida. São Paulo: Juarez de Oliveira, 2000, p. 34).

25 Sobre a mais antiga forma de prova “talvez tenha sido o juramento, que se registra em formas grupais

humanas as mais simples” (BAPTISTA, Francisco das Neves. O mito da verdade real na dogmática do processo penal. Rio de Janeiro: Renovar, 2001, p. 42).

26“Com o aparecimento do Estado, a administração da justiça, ou seja, o poder de julgar (poder jurisdicional)

tornou-se monopólio estatal” (SOARES, 1977, p. 65).

27 “A passagem do pré-direito ao direito corresponde geralmente à passagem do comportamento inconsciente

(35)

Tais civilizações possuíam na religião um de seus principais pilares de

sustentação. A crença nas divindades mitológicas permitia criar um universo de

crendices e balizas utilizadas para cada comunidade, originando uma diversidade de

comportamentos pautados, inclusive, nas forças que acreditavam ser provenientes

do sobrenatural

28

.

O simbolismo e a divindade eram elementos de grande influência que se

agregavam no cotidiano pretérito, com amplo destaque para a crença dos aborígines

nos tabus

29

, estes que se apresentavam de dois modos, quais sejam: como uma

utilidade visível ou como um imperativo a ser obedecido pela comunidade, cujo

desrespeito se revelava uma forte transgressão ao meio em que viviam, sendo

passível de uma sanção.

O traço religioso dominante nas civilizações primitivas calcava-se num claro

temor ao sobrenatural, muitas vezes expressado nos fenômenos da natureza, nos

animais e plantas, por exemplo. A fé e a confiança residiam em maior grau nos

denominados

combates judiciários

30

,

julgamentos

31

ou

juízos de Deus

32

(conhecidos

também posteriormente como

ordálias

, já existentes nas mais remotas culturas

humanas

33

, conforme atestam os registros históricos.

28 Dessa forma, “foram conservados certos poderes especiais ao pater familias, assegurando-se-lhe a condição

de chefe supremo da mulher, filhos e de certo número de indivíduos livres e de escravos, com direito de vida e morte sobre eles; era o chefe religioso [...]. Em outras palavras: em suas origens, as diferentes civilizações demonstram a ligação entre o direito e a religião, aparecendo assim o direito marcado pelo caráter religioso e mágico” (SOARES, 1977, p. 62-63).

29É certo que os tabus correspondem ao “produto direto da formação psíquica do homem selvagem são os

tabus que governam o comportamento individual-social. [...] os primeiros sistemas penais da humanidade se ligam ao tabu” (GONZAGA, João Bernardino. O direito penal indígena: a época do descobrimento do Brasil. São Paulo: Max Limonad, s.d., p. 79).

30“Diferiam os processos em que um se iniciava, e o outro não, por clamor ou querimonia; um dispensava de

regra, nos primeiros tempos, melhores provas e, no outro, o juiz procedia esquadrinhamento a verdade por meio de testemunhas e instrumentos –per esquisa– ou decidia pelo combate judiciário ou juízos de Deus” (ALMEIDA, Joaquim Canuto Mendes de. Princípios fundamentais do processo penal. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1973, p. 48-49, grifo do autor).

31 “As ordálias, conhecidas também como julgamento ou juízo de Deus, destinavam-se à descoberta da

verdade através da imposição aos acusados de meios penosos, e até mesmo mortais” (MORAIS, Paulo Heber de; LOPES, João Batista. Da prova penal. Campinas: Julex Livros, 1978, p. 11).

32“Os juizos de Deos constituem meios de prova decididamente formal, obrigando o juiz, embora

opponha-se directamente a sua convicção ao resultado, a tomar este por baopponha-se e motivo decisivo da opponha-sentença” (MITTERMAYER, 1871, p. 21).

33 “El vocábulo ‘ordalia’ no significa otra cosa que decisión, de modo que os expresivo para designar esas

Referências

Documentos relacionados

Atendendo a que decorreram entretanto sensivelmente 6 meses desde a entrada em funções do novo Governo, o qual tem já de resto um Orçamento de Estado aprovado e em

Por meio dos resultados apresentados na Tabela 5, percebe-se que na sua predominância, as empresas analisadas nesta pesquisa obtiveram maior incidência na mudança de política, das 113

• Classificação geral das aves (ecologia, hábitos alimentares, migração, comportamento, ossos) Da antiguidade clássica ao Renascimento.. Racionalidade empírica

Queiroz, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP) Oscar Calavia Sáez, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Renato Amado Peixoto, Universidade Federal do

À Professora Leila Barbara, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP), que tem compartilhado conosco seu vasto conhecimento e sua experiência com a pesquisa e

Outro ponto importante referente à inserção dos jovens no mercado de trabalho é a possibilidade de conciliar estudo e trabalho. Os dados demonstram as

Ferdinand de Saussure e as Normas terminológicas com o intuito de expor a importância da intersecção destas “disciplinas” para o sub-domínio da Ciência da Informação

Queiroz, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP) Oscar Calavia Sáez, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Renato Amado Peixoto, Universidade Federal do