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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS AGRARIAS DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA PROGRAMA DE DOUTORADO INTEGRADO EM ZOOTECNIA DAVYD HERIK SOUZA

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Academic year: 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS AGRARIAS DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA

PROGRAMA DE DOUTORADO INTEGRADO EM ZOOTECNIA

DAVYD HERIK SOUZA

TORTA DE GIRASSOL NA ALIMENTAÇÃO DE FRANGAS DE REPOSIÇÃO

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TORTA DE GIRASSOL NA ALIMENTAÇÃO DE FRANGAS DE REPOSIÇÃO

Tese apresentada ao Programa de Doutorado Integrado em Zootecnia da Universidade Federal do Ceará, como parte dos requisitos para obtenção do título de Doutor em Zootecnia. Área de concentração: Produção Animal.

Orientador: Prof. Dr. Ednardo Rodrigues Freitas.

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TORTA DE GIRASSOL NA ALIMENTAÇÃO DE FRANGAS DE REPOSIÇÃO

Tese apresentada ao Programa de Doutorado Integrado em Zootecnia da Universidade Federal do Ceará, como parte dos requisitos para obtenção do título de Doutor em Zootecnia. Área de concentração: Produção Animal.

Aprovada em: 20/04/2018.

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________________________ Prof. Dr. Ednardo Rodrigues Freitas (Orientador)

Universidade Federal do Ceará (UFC)

_______________________________________________________ Prof. Dr. Pedro Henrique Watanabe

Universidade Federal do Ceará (UFC)

_______________________________________________________ Prof. Dr. Germano Augusto Jerônimo do Nascimento

Universidade Federal do Ceará (UFC)

_______________________________________________________ Profa. Dra. Silvana Cavalcante Bastos Leite

Universidade do Vale do Acaraú (UVA)

_______________________________________________________ Prof. Dr. Walbens Siqueira Benevides

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A Deus, por ser meu guia e fortaleza.

Ao meu pai, José Oberto de Souza Silva (in memoriam), por não ter acompanhado minhas

conquistas devido sua partida precoce.

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A Deus, por ter me concedido a vida e guiado meus passos sempre, proporcionando paz, saúde e felicidades, além de muita força de vontade e determinação para buscar meus objetivos.

Aos meus avós: Terezinha, Dr. Gregório (in memoriam), Lita e Samuel (in memoriam), pelo carinho e ensinamentos, os quais levarei por toda vida.

À minha mãe, Maria Alzerina de Souza, por ser a pessoa mais importante da minha vida. Pelo seu amor e carinho e por nunca ter duvidado do meu potencial, sempre me estimulando e motivando frente às adversidades, sem medir esforços, para que eu saia vitorioso. Às minhas irmãs Days Hemilly e Ingrid Lorrany e ao meu irmão Wemerson Soares, por se orgulharem de mim.

À minha noiva Kélita Alves Rodriguês, por fazer parte da minha vida e por todos os momentos tristes e felizes que nos quais esteve ao meu lado, me auxiliando nas tomadas de decisões e na superação das dificuldades vividas nesta etapa da minha vida.

A todos os familiares e amigos que me acompanharam durante esta jornada, acreditando, estimulando e ajudando a alcançar meus objetivos.

Ao professor e orientador, Ednardo Rodrigues Freitas, pela parceria firmada desde o mestrado, paciência, apoio e credibilidade no desenvolvimento deste trabalho, por todos os ensinamentos e por servir como exemplo e motivação profissional.

Aos professores, Pedro Henrique Watanabe, Germano Augusto Jerônimo do Nascimento, Silvana Cavalcante Bastos Leite e Walbens Siqueira Benevides pela disponibilidade em participar da banca examinadora e contribuir para melhoria do trabalho.

A todos os alunos de graduação e pós-graduação que fazem parte do Setor de Avicultura da UFC, pela colaboração, convivência e pelos momentos de esforço e distração, especialmente à Amanda Virginia, Monike Kelly, Germana Aguiar, José Fernando, Amanda Karen, Ariane Santos, Jales Freire, Rafael Dantas, Fernanda Gabryela, Nathalia Gurgel e Francisco Daniel pela participação ativa nos experimentos.

À Marília Williane, Thiago Araújo, Luanda Rêgo, Eduardo Heizen, Herbensom Marques, Danilo Rodrigues, Carlos Eduardo e Tiago Silva pela amizade.

Aos funcionários do Setor de Avicultura da UFC, Izaías, Maninho, Éli e Diego pela colaboração nas atividades solicitadas.

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À UFC e a todos os professores, pelos esforços desprendidos para melhor transmissão possível dos conhecimentos necessários para minha formação profissional e aos funcionários que de forma direta ou indireta contribuíram para o desenvolvimento e conclusão deste trabalho.

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Tabela 1 - Valores de composição química e energia metabolizável da torta de girassol determinados por diferentes autores, valores expressos na matéria seca. ... 33 Tabela 2 - Composição e coeficientes de digestibilidade dos aminoácidos da torta de

girassol. ... 35 Tabela 3 - Composição, níveis nutricionais e energéticos das rações referência para as

aves nas diferentes idades. ... 51 Tabela 4 - Composição química e energia bruta da torta de girassol expressos com base

na matéria seca. ... 53 Tabela 5 - Valores de energia metabolizável aparente (EMA) e energia metabolizável

aparente corrigida pelo balanço de nitrogênio (EMAn) da torta de girassol (TG), determinados com aves em diferentes idades. ... 55 Tabela 6 - Composição, níveis nutricionais e energéticos das rações para frangas leves

no período de 7 a 12 semanas de idade. ... 66 Tabela 7 - Composição, níveis nutricionais e energéticos das rações para frangas leves

no período de 13 a 17 semanas de idade. ... 67 Tabela 8 - Composição, níveis nutricionais e energéticos da ração para poedeiras leves

no período de 18 a 35 semanas de idade. ... 71 Tabela 9 - Metabolizabilidade de nutrientes e valores de energia metabolizável de

rações contendo torta de girassol (TG) para frangas leves no período de 7 a 12 e 13 a 17 semanas de idade. ... 73 Tabela 10 - Desempenho de frangas leves alimentadas com rações contendo torta de

girassol (TG) no período de 7 a 17 semanas de idade. ... 75 Tabela 11 - Composição corporal de frangas leves com 17 semanas de idade

alimentadas com rações contendo torta de girassol (TG) no período de 7 a 17 semanas de idade. ... 76 Tabela 12 - Retenção de nutrientes na carcaça de frangas leves alimentadas com rações

contendo torta de girassol (TG) no período de 7 a 17 semanas de idade. ... 77 Tabela 13 - Metabolismo energético de frangas leves alimentadas com rações contendo

torta de girassol (TG) no período de 7 a 17 semanas. ... 77 Tabela 14 - Avaliação da viabilidade econômica da inclusão da torta de girassol (TG)

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Tabela 16 - Desempenho de poedeiras leves no período de 18 a 35 semanas de idade alimentadas com rações contendo torta de girassol (TG) no período de 7 a 17 semanas. ... 80 Tabela 17 - Características e qualidade de ovos de poedeiras leves no período de 18 a

35 semanas de idade alimentadas com rações contendo torta de girassol (TG) no período de 7 a 17 semanas. ... 81 Tabela 18 - Composição, níveis nutricionais e energéticos das rações para frangas

semipesadas no período de 7 a 12 semanas de idade. ... 92 Tabela 19 - Composição, níveis nutricionais e energéticos das rações para frangas

semipesadas no período de 13 a 17 semanas de idade. ... 93 Tabela 20 - Composição, níveis nutricionais e energéticos da ração para poedeiras

semipesadas no período de 18 a 35 semanas de idade. ... 97 Tabela 21 - Metabolizabilidade de nutrientes e valores de energia metabolizável de

rações contendo torta de girassol (TG) para frangas semipesadas no período de 7 a 12 e 13 a 17 semanas de idade. ... 99 Tabela 22 - Desempenho de frangas semipesadas alimentadas com rações contendo

torta de girassol (TG) no período de 7 a 17 semanas de idade. ... 101 Tabela 23 - Composição corporal de frangas semipesadas com 17 semanas de idade

alimentadas com rações contendo torta de girassol (TG) no período de 7 a 17 semanas. ... 102 Tabela 24 - Retenção de nutrientes na carcaça de frangas semipesadas alimentadas com

rações contendo torta de girassol (TG) no período de 7 a 17 semanas de idade. ... 103 Tabela 25 - Metabolismo energético de frangas semipesadas alimentadas com rações

contendo torta de girassol (TG) no período 7 a 17 semanas de idade. ... 104 Tabela 26 - Avaliação da viabilidade econômica da inclusão da torta de girassol (TG)

na alimentação de frangas semipesadas no período de 7 a 17 semanas de idade. ... 105 Tabela 27 - Maturidade sexual de frangas semipesadas alimentadas com rações

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7 a 17 semana. ... 107 Tabela 29 - Características e qualidade de ovos de poedeiras semipesadas no período de

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2 REVISÃO DE LITERATURA ... 20

2.1 Aspectos da criação de poedeiras e produção de ovos comerciais ... 20

2.1.1 Importância da fase de crescimento sobre a fase de produção ... 21

2.2 Importância da avaliação de alimentos alternativos na alimentação de aves ... 24

2.3 Generalidades sobre o girassol (Helianthus annuus L.) ... 26

2.3.1 Caracterização ... 26

2.3.2 Óleo de girassol: utilização, processamento e subprodutos gerados ... 28

2.3.3 Torta de girassol: caracterização e utilização na alimentação de aves ... 32

3 COMPOSIÇÃO QUÍMICA E VALORES DE ENERGIA METABOLIZÁVEL DA TORTA DE GIRASSOL PARA AVES EM DIFERENTES IDADES ... 46

3.1 Introdução ... 48

3.2 Material e métodos ... 49

3.2.1 Local e período experimental ... 49

3.2.2 Obtenção da torta de girassol ... 49

3.2.3 Determinação da composição química e energia bruta da TG ... 50

3.2.4 Determinação da energia metabolizável da TG ... 50

3.2.5 Análise estatística ... 52

3.3 Resultados e discussão ... 53

3.4 Conclusão ... 57

4 TORTA DE GIRASSOL NA ALIMENTAÇÃO DE FRANGAS DE REPOSIÇÃO LEVES: EFEITOS SOBRE A FASE DE CRESCIMENTO E INÍCIO DO CICLO DE PRODUÇÃO ... 61

4.1 Introdução ... 63

4.2 Material e métodos ... 64

4.2.1 Local e período experimental ... 64

4.2.2 Aves, alojamento e delineamento experimental ... 64

4.2.3 Programa de alimentação e rações experimentais ... 65

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4.2.6 Avaliação do desempenho ... 69

4.2.7 Avaliação da composição corporal, retenção de nutrientes e metabolismo energético ... 69

4.2.8 Avaliação da viabilidade econômica ... 70

4.2.9 Avaliação dos efeitos da fase de crescimento sobre o início da fase de produção ... 70

4.2.10 Variáveis climáticas ... 72

4.2.11 Análise estatística ... 72

4.3 Resultados e discussão ... 72

4.4 Conclusão ... 82

5 TORTA DE GIRASSOL NA ALIMENTAÇÃO DE FRANGAS DE REPOSIÇÃO SEMIPESADAS: EFEITOS SOBRE A FASE DE CRESCIMENTO E INÍCIO DO CICLO DE PRODUÇÃO ... 87

5.1 Introdução ... 89

5.2 Material e métodos ... 90

5.2.1 Local e período experimental ... 90

5.2.2 Aves, alojamento e delineamento experimental ... 91

5.2.3 Programa de alimentação e rações experimentais ... 91

5.2.4 Programa de vacinação e programa de luz ... 93

5.2.5 Avaliação da metabolizabilidade dos nutrientes e valores de energia metabolizável das rações ... 94

5.2.6 Avaliação do desempenho ... 95

5.2.7 Avaliação da composição corporal, retenção de nutrientes e metabolismo energético ... 95

5.2.8 Avaliação da viabilidade econômica ... 96

5.2.9 Avaliação dos efeitos da fase de crescimento sobre o início da fase de produção ... 96

5.2.10 Variáveis climáticas ... 98

5.2.11 Análise estatística ... 98

5.3 Resultados e discussão ... 98

5.4 Conclusão ... 109

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1 INTRODUÇÃO

Um fator que é limitante e tem desencadeado constante preocupação no segmento avícola é o custo com alimentação, pois representa a maior proporção dos custos totais de produção, devido ao uso de ingredientes como o milho e farelo de soja que compõem em torno de 90% das rações e oneram substancialmente o custo das mesmas (SOUZA, 2014; ARRUDA et al., 2016; BERWANGER et al., 2017a).

Diante disso, a busca por ingredientes alternativos que possam ser incluídos nas rações das aves sem gerar prejuízos ao desempenho dos animais e possibilitem melhoras na relação custo-benefício no setor, tem sido estimulada (ARRUDA et al., 2016), visto que o uso desses alimentos pode gerar redução nos custos com alimentação das aves onde exista a disponibilidade destes e ou em regiões onde exista dificuldade de aquisição do milho e do farelo de soja (BRANDÃO, 2011).

Os subprodutos do processamento das sementes de girassol para extração do óleo tiveram produção aumentada substancialmente no Brasil (PEREIRA et al., 2011), devido a excelente qualidade do óleo para o consumo humano (BACAXIXI et al., 2011) e por ser considerado uma fonte promissora para produção de biodiesel, que teve obrigatoriedade de inclusão no óleo diesel comum no país (OLIVEIRA et al., 2012).

A torta de girassol é um dos subprodutos gerados a partir da extração do óleo de sua sementel e possui composição química e energética favoráveis para utilização na alimentação de aves, contendo de 22,33 a 28,44% de proteína bruta (PEREIRA et al., 2011; OLIVEIRA et al., 2012), 11,63 a 28,39% de extrato etéreo (PEREIRA et al., 2011; PINHEIRO et al., 2013) e 2.150 a 3.056 kcal/kg de EMAn (OLIVEIRA et al., 2012; BERWANGER et al., 2014).

Por outro lado, a torta de girassol possui alguns fatores que podem limitar seu uso na alimentação das aves como o elevado teor de fibra, presença de fitato e ácido clorogênico e reduzida quantidade de lisina (BERWANGER et al., 2014; ANDRADE et al., 2015). Sendo o teor de fibra, 34,37 a 53,77% de fibra em detergente neutro e 17,70 a 30,27% de fibra em detergente ácido (PEREIRA et al., 2011; OLIVEIRA et al., 2012), considerado o principal fator limitante para utilização da torta de girassol na alimentação de animais monogástricos (JACOB et al., 1996).

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2000; BRAZ et al., 2011), sendo comum, na fase de crescimento das frangas, o uso de programas com rações que se diferenciam pela redução dos níveis nutricionais, à medida que a ave cresce (SUCUPIRA, 2014), visando manter baixa densidade energética da ração e, assim, evitar o ganho de peso excessivo, principalmente para as aves de linhagens que apresentem elevada capacidade de ingestão de ração, o que contribui para a adição de alimentos fibrosos nas rações (SCHEIDELER et al., 1998) a exemplo dos subprodutos agroindustriais com a torta de girassol.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Aspectos da criação de poedeiras e produção de ovos comerciais

Os segmentos da avicultura têm sinalizado ganhos de mercado, nas diversas partes do mundo, em função da produtividade e lucratividade crescente em clara contraposição mercantilista de outros produtos de origem animal, aspecto que encoraja empreendedores tendo em vista as boas perspectivas em modernização tecnológica e expansão de mercado (ARRUDA et al., 2016).

Nos últimos anos, a criação de aves destinadas à produção de ovos comercias no Brasil tem evoluído substancialmente, levando o país a ocupar a sexta posição no ranking mundial dos produtores de ovos comerciais (LUCAS, 2017). O efetivo de galinhas poedeiras alojadas no Brasil no primeiro trimestre de 2017 foi de 144.473 mil cabeças, 2,5% a mais do que no mesmo período de 2016 (IBGE, 2017).

O sistema de produção intensivo, utilizando gaiolas, ainda é o mais praticado no Brasil (ROCHA; LARA e BAIAO, 2008), assim como nos principais países produtores de ovos comerciais (AMARAL et al., 2015).

A escolha das aves a serem criadas sofre influência de vários fatores, sendo que um dos mais relevantes é a coloração da casca dos ovos produzidos. Essa característica está ligada à genética e não tem influência alguma sobre a composição e a qualidade nutricional do ovo (ARAÚJO e ALBINO, 2011), no entanto, dita a preferência de mercado e consequentemente o volume de produção. A classificação dos ovos, segundo a coloração da casca, é feita em dois grupos: ovo branco e ovo vermelho (MAIA et al., 2014).

Segundo Cavero et al. (2012), o consumidor avalia a qualidade de um ovo de acordo com suas demandas subjetivas específicas, e uma dessas demandas é a cor da casca deste. Ainda, segundo os autores, a proporção de ovos brancos e vermelhos ou marrons consumidos no mundo é de aproximadamente 50:50, com diferenças significativas entre os continentes.

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Um dos grandes méritos da avicultura atual está relacionado ao melhoramento genético das aves de postura, que tem proporcionado altas produções às linhagens (FIGUEIREDO JUNIOR et al., 2013). Três grandes empresas de genética que comercializam aves para postura comercial se destacam mundialmente e estão presentes no Brasil: a americana Hy-Line, o grupo holandês Hendrix Genetics e o grupo francês Grimaud (AMARAL et al., 2015).

Dentre as linhagens disponíveis no mercado, aquelas denominadas leves e que possuem plumagem branca produzem ovos com casca de coloração branca, já as denominadas semipesadas e possuem plumagem marrom produzem ovos com casca marrom. Cada linhagem apresenta recomendações de acordo com suas características fisiológicas e de crescimento, que são diferentes devido à pressão de seleção aplicada às diversas variáveis de desempenho durante o processo de melhoramento genético (SUCUPIRA, 2014).

Atualmente as linhagens de poedeiras comerciais mais utilizadas no Brasil conseguem produzir aproximadamente 420 ovos até 90 semanas de idade. Por outro lado, o contínuo melhoramento genético tem resultado em aves cada vez mais exigentes quanto aos aspectos de manejo, sanidade, ambiência e nutrição (ITO et al., 2006; FIGUEIREDO JUNIOR et al., 2013).

A grande maioria dos estudos com poedeiras comerciais tem direcionado o enfoque para a fase de produção, no entanto, atenção especial, também, deve ser direcionada para a fase de crescimento, pois a formação das frangas é fator preponderante para o sucesso produtivo das futuras poedeiras. Segundo Figueiredo Junior et al. (2013), a rentabilidade de um lote de poedeiras comerciais está diretamente relacionada com a qualidade atingida na criação das frangas.

2.1.1 Importância da fase de crescimento sobre a fase de produção

O crescimento pode ser definido como o período em que há aumento de tamanho e ganho de peso no organismo (SUCUPIRA, 2014), em virtude da deposição de nutrientes nos tecidos corporais. Como a taxa relativa de síntese proteica é maior no animal jovem, diz-se, então, que o crescimento animal se dá nesta fase (GONZALES e SARTORI, 2002).

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baseando-se no grau de alterações fisiológicas que estão relacionadas com a formação do tecido nervoso e esquelético, empenamento e maturidade sexual, características determinantes para a formação da estrutura e peso corporal das aves, dividem-se as fases de criação para as frangas de reposição (SAKOMURA, 1996).

Em relação à nomenclatura ou caracterização das fases de criação das frangas de reposição, existem algumas formas encontradas na literatura, no entanto, as mais usuais são descritas da seguinte forma: fase inicial ou de cria de 1 dia a 6ª semana de idade e fase de recria da 7ª a 18ª semanas ou fase inicial de 1 dia a 6ª semana de idade, fase de cria da 7ª a 12ª semana e fase de recria da 13ª a 18ª semana.

O crescimento é um processo complexo, que envolve inúmeras interações entre os efeitos metabólicos e fisiológicos relacionados com o sistema endócrino, a genética do animal, o nível de nutrientes fornecidos via ração, assim como os fatores ambientais (KIM, 2010).

Os avanços atuais na seleção genética de frangas diferem bastante das épocas passadas, onde o peso corporal da franga e a idade a 5% de postura são menores, o total do número de ovos e a massa destes são maiores, com melhor conversão e eficiência alimentar (FIGUEIREDO JUNIOR et al., 2013). No entanto, as alterações genéticas que propiciaram aumento na produção de ovos e redução na idade à maturidade sexual, muitas vezes pode ser um problema, pois as aves dispõem de menos tempo para atingir o desenvolvimento corporal ideal (LEESON e SUMMERS, 2005).

O período de um dia de idade até à produção do primeiro ovo é crítico na vida de uma poedeira. É durante esse tempo que a capacidade fisiológica da ave é desenvolvida. Um bom manejo no período de cria e recria conduz ao sucesso na fase de produção (GRANJA PLANALTO LTDA, 2009). Segundo Catalan (2010), a fase inicial (1 dia a 6ª semana de vida das aves) é a mais sensível da criação. Por outo lado, na fase entre a 7ª e a 18ª semana, ocorre grande crescimento das aves, nesse período é importante o manejo correto das frangas, para garantir que o lote chegue à maturidade sexual saudável e dentro do padrão de uniformidade desejável, sendo que falhas nesse período irão comprometer o desempenho do lote, as quais não podem ser corrigidas na fase de postura.

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Para possibilitar às pintainhas desenvolver-se bem e se tornarem frangas maduras na idade ideal é essencial fornecer dieta balanceada e nutritiva durante a fase de crescimento (LOHMANN DO BRASIL, 2017). No entanto, só esse fato não é o bastante, é imprescindível que o consumo de ração seja adequado, para dar suporte a um bom desenvolvimento corporal, empenamento e formação do aparelho reprodutor, evitando, em contrapartida, menor acúmulo de reservas energéticas pela ave (MORETTI, 1992).

Segundo Leeson e Summers (1997), o consumo de ração deve ser estimulado para que as frangas ganhem peso na fase de crescimento, visto que as reservas energéticas serão imprescindíveis nos momentos mais críticos da produção. Estímulo no consumo de ração pode levar a frangas com peso corporal mais elevado no início da fase de postura. Esse fator pode ser positivo para o desempenho produtivo das aves, desde que não alcance níveis muito altos, uma vez que o limite entre peso corporal ideal e a obesidade da ave é pequeno (SKOMURA et al., 2004). Por outro lado, é necessária cautela, o elevado peso corporal pode deprimir o desempenho da ave, pois a gordura pode envolver órgãos vitais e prejudicar a produção (SCOTT et al., 1982). De acordo com Cruz (2011), aves que apresentam peso corporal ideal ou pouco acima do recomendado poderão ser mais precoces e mais produtivas.

Além disso, o peso do ovo está intimamente relacionado ao peso corporal da franga à maturidade sexual, aves abaixo do peso ideal, irão produzir ovos pequenos no início da produção e ao longo de todo o ciclo de postura e poderão apresentar outros problemas, como por exemplo, alta incidência de fadiga de gaiola, pico de postura inconsistente, aumento da histeria das aves, aumento do prolapso de oviduto e canibalismo (LEESON e SUMMERS, 1997). Já aves obesas, apesar de produzirem ovos mais pesados, possuem tendência para produzir maior quantidade de ovos com gema dupla ou tripla, postura irregular, maior incidência de ovos de casca mole ou casca fina e redução precoce na produção de ovos (LEWIS, CIACCIARIELLO e GOUS, 2003).

Dessa forma, a formação da franga passou a ser considerada fundamental para seu posterior desempenho, como poedeira, na fase de produção. Nesse cenário, as aves devem apresentar peso corporal adequado ao início da postura, garantindo condições corporais para expressar todo o seu potencial produtivo (BRAZ et al., 2011). Pequena alteração no crescimento das frangas poderá comprometer o desempenho destas na fase de produção (SAKOMURA, 1996; CRUZ, 2011; BRAZ et al., 2011; SUCUPIA, 2014).

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semipesadas (NEME et al., 2005 e 2006; BRAZ et al., 2011; SUCUPIRA, 2014). As poedeiras leves são selecionadas para menor peso corporal à maturidade e isso faz com que estas apresentem menor ganho de peso e melhor conversão alimentar em comparação às semipesadas durante a fase de crescimento. Em contrapartida, por apresentarem maior peso corporal, as aves semipesadas consomem mais ração para atender às suas necessidades nutricionais, que são superiores às das aves leves (NEME et al., 2005; BRAZ et al., 2011).

Então, para conseguir obter o peso corporal ideal, atenção especial deve ser dada ao manejo alimentar das aves, já que o ganho de peso possui relação direta com a ingestão de nutrientes (BRAZ et al., 2011). Os programas de alimentação têm como objetivo adequar os níveis de nutrientes de acordo com a idade e o desenvolvimento das aves, através do fornecimento de dietas mais ajustadas às exigências de cada período (GAMBARRO, 2015).

No manejo alimentar das frangas tem sido comum o uso de programas de alimentação com rações que se diferenciam pela redução dos níveis nutricionais à medida que a ave cresce, principalmente, nas recomendações em energia metabolizável. Certamente, a redução dos níveis nutricionais contribui para a adição de alimentos fibrosos nas rações oferecidas para as frangas (SUCUPIRA, 2014).

A fibra, apesar de não contribuir significativamente em termos energéticos, apresenta benefícios fisiológicos para a saúde e estabilidade digestiva das aves. Na fase de recria a fibra pode influenciar positivamente o desenvolvimento do trato digestivo, o tamanho do papo e o apetite das frangas. Essa estratégia é vantajosa para poedeiras jovens, especialmente no início da produção, quando a capacidade de ingestão de ração é, às vezes, insuficiente para atender à demanda nutricional. Essa ferramenta tem se mostrado bastante benéfica em várias situações de arraçoamento, em inúmeros países (LOHMANN DO BRASIL, 2017).

Diante disso, abre-se espaço para utilização de alimentos alternativos, que possuem elevado teor de fibra em sua composição e, muitas vezes, são subutilizados e ou descartados inadequadamente. Porém o uso desses alimentos deve ser submetido a testes com as aves nas diferentes fases de criação com intuito de definir níveis de inclusão que possibilitem obtenção dos benefícios supracitados para as aves, contribuindo assim, com o seguimento agroindustrial e com a produção de ovos comerciais.

2.2 Importância da avaliação de alimentos alternativos na alimentação de aves

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representa a maior percentagem quando se contabiliza os custos totais de produção, em média 70%, e é relacionada como fator limitante para o segmento pecuário (SOUZA, 2014; BERWANGER et al., 2017a).

O milho grão e o farelo de soja são as principais fontes de energia e proteína usadas nas formulações de rações para aves e também os ingredientes que mais oneram os custos das mesmas (ARRUDA et al., 2016). Os ingredientes em questão, chegam a perfazer 90% do total de ingredientes utilizados na alimentação das aves, constituindo a base das rações (SOUZA, 2014).

Fatores relacionados à produção, disponibilidade e abastecimento desses ingredientes podem condicionar fortes oscilações financeiras na atividade zootécnica, principalmente, em situações de crise econômica. Além disso, a constante competição entre provimento para alimentação humana e animal, quando acompanhado de redução global na oferta de milho e soja pode causar elevação dos custos de produção (ARRUDA et al., 2016) e, consequente, do valor dos produtos avícolas.

Assim, devido à grande dependência desses alimentos convencionais para uma resposta fenotípica satisfatória das aves têm-se estimulado pesquisas por alimentos alternativos ou eventuais substitutos que possam ser usados nas rações e melhorar a relação custo-benefício no setor (ARRUDA et al., 2016), visto que o uso de alimentos alternativos pode gerar redução nos custos de criação das aves onde exista a disponibilidade destes e ou em regiões onde exista dificuldade de aquisição dos ingredientes convencionais utilizados (BRANDÃO, 2011). A possibilidade de substituição do milho e do farelo de soja em apenas 10% nas rações levaria uma redução substancial na utilização desses ingredientes e a um aumento nas receitas da indústria avícola (SILVA et al., 2005).

Segundo Oliveira et al. (2012), os alimentos alternativos, cada vez mais, têm se tornado ferramentas indispensáveis para propiciar redução nos custos de produção e gerar incrementos no retorno financeiro das explorações avícolas. Além disso, o uso de subprodutos na alimentação animal pode agregar valor aos mesmos, bem como reduzir o seu potencial de poluição ambiental e amenizar a competição por alimentos com a população humana (OLIVEIRA et al., 2012; ANDRADE et al., 2015).

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termos de valor nutritivo e níveis seguros de inclusão na alimentação de aves. De acordo com Pereira et al. (2011) a inclusão de coprodutos na formulação de rações para animais, substituindo os alimentos convencionais, consiste em alternativa cujo potencial ainda é pouco explorado.

Para usar um alimento, avaliações constantes da composição físico-química e energética são extremamente importantes, principalmente daqueles classificados como alternativos, como os resíduos agroindustriais, cujas variações no tipo de cultivar plantada, clima, condições de solo no qual foi produzido, bem como o processamento da matéria-prima, podem influenciar a composição, os valores de energia metabolizável e o aproveitamento dos nutrientes pelos animais (SOUZA, 2014). Além disso, constantes avaliações permitem atualizações das concentrações de nutrientes, maior precisão na formulação de rações para cada fase de criação e melhor interpretação das respostas expressadas pela ave, auxiliando o desenvolvimento e a condução de estratégias para reduzir ou minimizar possíveis efeitos indesejados no desenvolvimento e desempenho animal.

Uma gama de alimentos alternativos tem despertado a atenção de produtores e pesquisadores, dentre estes estão os subprodutos do processamento das sementes de girassol para extração do óleo que tiveram produção aumentada substancialmente no país (PEREIRA et al., 2011).

2.3 Generalidades sobre o girassol (Helianthus annuus L.)

2.3.1 Caracterização

O girassol teve origem no continente americano por volta do ano 3000 a.C (FREITAS, 2012). Estudos indicam que a domesticação do girassol ocorreu principalmente, na região do México e Sudoeste dos EUA, mas podia ser encontrado por todo continente americano devido à disseminação feita por ameríndios, os quais selecionavam plantas com apenas uma haste. Eles usavam as plantas com propósitos de alimentação, além de medicinais e decorativos (GONZZALA et al., 2012).

A planta é uma dicotiledônea de ciclo anual, pertencente à ordem Asterales e família Asteraceae. O gênero deriva do grego helios, que significa sol, e de anthus, que significa flor,

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de resistência à seca, ao frio e ao calor, superior à maioria de espécies de cultivo econômico no Brasil (DALCHIAVON et al., 2016). Foi introduzida no Brasil pelos colonizadores europeus que se estabeleceram no Sul e que de início, consumiam as sementes torradas e fabricavam uma espécie de chá rico em cafeína (LIRA et al., 2011).

O fruto do girassol é um aquênio, possui forma oblonga e geralmente achatada, composto por casca (pericarpo) e amêndoa (mesocarpo e endocarpo) de tamanho, cor e teor de óleo variável conforme as características da cultivar plantada. A casca é rica em fibra, contém uma baixa porcentagem de óleo e proteína bruta, enquanto que as amêndoas são ricas em óleo e proteína e contêm baixo teor de fibra (TELLES, 2006).

A casca do fruto possui elevado teor de fibra, podendo ser da cor branco-estriada, parda, preta ou preto-estriada. Geralmente, os frutos pretos, ou pretos-estriados possuem cacas mais finas que os branco-estriados (GAZZOLA et al., 2012). As sementes do girassol são classificadas em dois tipos, segundo sua utilização: as sementes não oleosas são maiores e possuem casca mais fibrosa facilmente removível, sendo usadas para consumo humano como amêndoas ou como ração para pássaros e sementes oleosas que apresentam casca bem aderida, sendo usadas para produção de farelo e para extração de óleo (LEITE et al., 2005).

A semente de girassol é considerada uma boa fonte de proteína e óleo vegetal (MURSI e MUKHTAR, 2015). A oleaginosa é a quarta mais consumida no mundo, sendo superada apenas pela soja, palma (dendê) e canola. As sementes ricas em óleo: raras vezes contêm menos de 30%, chegando em algumas variedades produzidas por hibridação a ter quantidades superiores a 50% (LIRA et al., 2011).

O girassol vem se destacando nacional e internacionalmente por ser uma planta de múltiplos usos e da qual quase tudo se aproveita. O sistema radicular pivotante permite reciclagem de nutrientes no solo, as hastes podem ser utilizadas na fabricação de material para isolamento acústico, as folhas juntamente com as hastes promovem uma boa adubação verde, a partir das flores pode ser produzido mel pelas as abelhas e as sementes são ricas em óleo de excelente qualidade nutricional (GAZZOLA et al., 2012).

Segundo Dalchiavon et al. (2016), o girassol pode ser usado em ornamentação, decoração, alimentação para aves, fabricação de ração para animais, extração de óleo de alta qualidade para consumo humano ou como matéria-prima para produção de biodiesel.

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estrutura disponível para a soja e milho, além disso, em função da época de semeadura, o girassol pode ocupar parte ociosa dos fatores de produção existentes para os commodities (OLIVEIRA e VIEIRA, 2004).

Importantes cooperativas nacionais estimularam a produção de culturas oleaginosas alternativas com o objetivo de aumentar a produção de óleo para o consumo humano, entre estas, a cultura do girassol foi considerada opção bastante interessante, pois possui características agronômicas que permitem o cultivo nas diferentes regiões do país (TSUZUKI et al., 2003).

As estimativas para a produção brasileira de girassol para a safra 2016/17 indicam patamares próximos a 71,10 mil toneladas, aumento em torno de 11,25 em relação à safra 2015/16 que foi de 63,10 mil toneladas. No entanto, a representatividade brasileira ainda é pequena perante a produção mundial que foi estimada para a safra 2016/17 em 44,3 milhões de toneladas, 9,7% superior à safra anterior (CONAB, 2017).

Devido à demanda de mercado e ao elevado valor de cotação comercial do óleo de girassol grande parte da produção é direcionada às indústrias de processamento e produção do mesmo (RIBAS, 2009). Mais de 90% da produção mundial de girassol destina-se à elaboração de óleo comestível (ROSSI, 1998). Segundo Bacaxixi et al. (2011) a grande importância da cultura do girassol em todo mundo deve-se à qualidade do óleo que se extrai de suas sementes.

2.3.2 Óleo de girassol: utilização, processamento e subprodutos gerados

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atua na redução do colesterol, carotenos que possuem atividade antioxidante e é fonte de vitamina E (tocoferol), que tem potentes propriedades antioxidantes (TELLES, 2006).

Os relatos de benefícios do óleo de girassol encontrados e relacionados com a saúde humana são: prevenção de problemas cardíacos, prevenção de cânceres e infecções, propriedades anti-inflamatória e antioxidante, fortalecimento do sistema imunológico, formação de hormônios importantes para o bom funcionamento do organismo, cicatrização e hidratação da pele e até mesmo para realização de tratamentos capilar (MORAES e COLLA, 2006).

Segundo Gazzola et al. (2012) os ácidos graxos essenciais presentes no óleo de girassol contribuem para redução dos níveis do LDL e para prevenção de doenças vasculares, os autores relatam ainda que junto com o óleo de canola são os dois melhores óleos para consumo humano.

Turatti e Portas (2001) relataram que o óleo bruto de girassol extraído a frio pode ser usado como óleo de salada, como parte da formulação de dietas de portadores de esclerose múltipla, por suas propriedades especiais, e para prevenir ou tratar problemas cardíacos, pelo seu alto teor de ácidos graxos insaturados. Por não ser refinado, deve-se evitar o seu uso em processos que envolvam calor, principalmente em frituras, uma vez que pode ocasionar aparecimento de espuma e de fumaça.

De acordo com Telles (2006), o elevado teor de ácidos graxos insaturados torna o óleo de girassol um alimento de excelente qualidade do ponto de vista nutricional, já o baixo teor de ácido linolênico favorece o armazenamento sem gerar depreciação na sua qualidade. Esse fato é bastante positivo e tem fundamental importância, tanto para quem comercializa, quanto para quem o consome, pois, os mesmos não necessitam ter grande preocupação com o tempo limite para utilização do óleo, desde que seja armazenado de forma adequada.

É relevante ressaltar que a concentração e o perfil de ácidos graxos presentes no óleo de girassol podem apresentar variações em função de alguns fatores como, variedade plantada, mudanças climáticas durante o cultivo e grau de maturação das sementes colhidas (PEREZ; CARELLI e CRAPISTE, 2004; TELLES, 2006) e isso, consequentemente, pode gerar diferenças nos efeitos e resultados benéficos esperados para a saúde do consumidor, como também, no período de estocagem, de acordo com a fonte de aquisição do óleo.

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qualquer modificação dos motores dos veículos utilizados. Os tratores usaram 30% de óleo de girassol + 65% de diesel de petróleo + 5% de gasolina com álcool anidro, as máquinas apresentam um rendimento 10% superior por litro consumido em relação ao diesel convencional e não mostraram sinais de desgaste além do normal nos equipamentos. Outro fato positivo é que levando em consideração o aproveitamento do subproduto gerado no processamento das sementes, o custo do biodiesel de girassol chega a ser até 20% menor que o do diesel derivado de petróleo. Além disso, existe um ganho ambiental, pois o óleo de girassol não possui na sua composição componentes de chumbo e enxofre que poluem a natureza no momento da sua combustão, como acontece com o combustível proveniente do petróleo (NEVES, 2007).

Desde o ano de 2013 existe uma obrigatoriedade, por parte do governo federal brasileiro através do Programa Nacional de Produção e uso do Biodiesel (PNPB) criado pela lei 11.097/2005, que determina a adição de 5% de biodiesel ao óleo diesel convencional produzido e distribuído no país. Estimativa realizada na época descreve que para atender tal determinação seria necessária a produção de cerca de 2,5 bilhões de litros de biodiesel ao ano (GAZZOLA et al., 2012), valor que, na atualidade, deve ter sido superado em alguns dígitos, devido a fatores relacionados ao volume de produção, comercialização e consumo do diesel no Brasil, que tem como principal meio de transporte de cargas o meio rodoviário com utilização de veículos que usam esse tipo de combustível como fonte de energia para locomoção. Além disso, a Lei 13.263/2016 aumentou o percentual de biodiesel adicionado ao óleo diesel em todo o território nacional para 8% em 2017, chegando a 10% em 2019.

Segundo Oliveira et al. (2012), em virtude dessa obrigatoriedade de inclusão do biodiesel no óleo diesel comum, a produção do mesmo vem aumentando exponencialmente no país e a cultura do girassol tem sido considerada como uma das mais promissoras fontes de óleo vegetal para a produção do biodiesel, despertando o interesse e a adesão de produtores para o plantio da oleaginosa. Ribas (2009) descreveu em seu estudo que o girassol é uma matéria-prima com alto potencial para integrar a matriz energética brasileira por apresentar altos teores de óleo vegetal, entre 40% e 54%, fato que permite a extração deste óleo por um simples processo mecânico.

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regiões do Brasil pequenas agroindústrias, desenvolvidas e administradas por cooperativas ou até mesmo por produtores da agricultura familiar, que estão processando a oleaginosa para diversos fins, em que se destaca a produção de biodiesel.

Neste sentido, a cultura do girassol, em franco crescimento, possibilitou a instalação de grandes empresas de extração de óleo estrategicamente localizadas no país, gerando considerável quantidade do produto e, também, dos subprodutos do processamento das sementes (PEREIRA et al., 2011), devendo-se, portanto, considerar a destinação adequada dos mesmos (OLIVEIRA et al., 2012), com intuito de prevenir a poluição ambiental, bem como, agregar valor aos subprodutos gerados e contribuir com a viabilidade e sustentabilidade da cadeia de produção.

A extração do óleo de girassol pode ser realizada, principalmente, por dois métodos de processamento diferentes, industrialmente ou artesanalmente. No processo industrial, as sementes de girassol são limpas, secas, em algumas indústrias descascadas, e prensadas e em seguida passam pelo processo de extração por solvente químico, normalmente o hexano, em extratores apropriados e seguros. Posteriormente, o produto resultante é refinado através de uma sequência de tratamentos que incluem a degomagem, neutralização, branqueamento e a desodorização (TURATTI e PORTAS, 2001).

O subproduto gerado nesse processo é denominado e comercializado como farelo de girassol, um produto com média de 1,5% de extrato etéreo na matéria seca, devido a eficiência do processo de extração do óleo (OLIVEIRA; VIEIRA, 2004). A composição química do farelo é variável, principalmente, em função da quantidade de casca das sementes presente no mesmo. Novas variedades de girassol contendo menos casca e também a remoção da casca, antes do processo de separação e depois do processo de extração, têm produzido farelos de melhor qualidade nutricional e com elevados conteúdos de proteína (TAVERNARI et al., 2008; ARAÚJO, 2011; FERNANDES et al., 2013).

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separação dos resíduos para obtenção do óleo de girassol (TELLES, 2006). O subproduto gerado a partir da prensagem das sementes, nesse processo, é denominado torta de girassol.

2.3.3 Torta de girassol: caracterização e utilização na alimentação de aves

Andrade et al. (2015) definem a torta de girassol como a massa obtida do processo de prensagem a frio dos grãos de girassol, por meio de prensas mecânicas, para obtenção do óleo bruto do girassol. O processamento de 1000g de sementes de girassol gera aproximadamente 340g de óleo e 660g de torta (SAN JUAN e VILLAMIDE, 2002), quantidade significativa de resíduo, 66% da matéria-prima processada.

O subproduto é caracterizado como um ingrediente intermediário entre o grão e o farelo de girassol (COSTA et al., 2005) e segundo Oliveira (2003) possui alta concentração de óleo, proteína e fibra. Alguns estudos foram realizados com o intuito de determinar os valores de composição química e energia metabolizável da torta de girassol (Tabela 1), fazendo uma análise dos resultados é possível concluir que o subproduto possui composição e valores energéticos que o torna passível de ser incluído na alimentação de aves. Os níveis de proteína bruta (PB) variaram de 22,33 a 28,44%, onde os subprodutos testados podem ser classificados como alimento proteico, pois possuem quantidade de PB igual ou superior a 20%.

A quantidade de extrato etéreo (EE) variou de 11,63 a 28,39%, valores muito superiores ao do milho e farelo de soja, que apresentam níveis 3,81 e 1,95 de EE (ROSTAGNO et al., 2017), respectivamente. Em relação aos níveis de energia metabolizável aparente para aves houve variação de 1.711 a 3.331 kcal/kg, onde todos os valores encontrados foram inferiores aos do milho (7,86% de PB) que possui 3.364 kcal/kg e em média (2632 kcal/kg) razoavelmente superior aos do farelo de soja (45% de PB) que apresenta 2.258kcal/kg (ROSTAGNO et al., 2017). Por outro lado, os níveis de fibra, entre 34,37 a 53,77% de fibra em detergente neutro e 17,70 a 30,27% de fibra em detergente ácido são elevados quando se fala em nutrição de aves que, por sua vez, não são eficientes em digerir esse tipo de composto.

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Tabela 1 - Valores de composição química e energia metabolizável da torta de girassol determinados por diferentes autores, valores expressos na matéria seca.

MS1 EE2 PB3 FDN4 FDA5 MM6 EB7 EMA8 EMAn9

Autores (%) (Kcal/kg)

Costa et al. (2005) 92,43 23,96 24,01 - - 5,06 - - -

Pedreiro et al. (2009) 92,40 23,92 24,03 - - 5,09 - - -

Pereira et al. (2011) 83,70 11,63 22,33 53,77 17,70 - - -

Oliveira et al. (2012) 91,62 22,39 28,44 34,37 30,27 4,43 5.729 3.274 3.056

Santos et al. (2012) 93,50 22,10 26,00 36,70 28,80 4,70 - -

Pinheiro et al. (2013) 93,51 28,39 23,07 39,10 28,08 3.331 -

Berwanger et al.

(2014) 92,17 25,82 26,44 38,32 24,19 4,45 5.228 2.212 2.150

Kargopoulos et al.,

(2017) 94,40 22,00 25,80 - - - - 1.711 -

1MS = matéria seca, 2EE = extrato etéreo, 3PB = proteína bruta, 4FDN = Fibra em detergente neutro, 5FDA = Fibra

em detergente ácido, 6MM = Matéria mineral, 7EB = Energia Bruta, 8EMA = Energia metabolizável aparente e

9EMAn = Energia metabolizável aparente corrigida pelo balanço de nitrogênio.

Segundo Pereira et al. (2011), como a variabilidade no conteúdo de nutrientes é maior para os subprodutos do que para os alimentos convencionalmente utilizados, análises frequentes de sua composição química e de parâmetros nutricionais e produtivos devem ser realizadas para melhor compreensão dos resultados obtidos.

Além da variação na composição, os subprodutos do girassol apresentam alguns fatores que podem limitar o uso na alimentação de aves. O ácido clorogênico é um dos compostos fenólicos que tem maior distribuição nos vegetais. Ele foi identificado como o principal composto fenólico encontrado nas sementes de girassol e representa mais de 70% dos compostos fenólicos encontrados no farelo de girassol, valor que não deve ser muito diferente na torta de girassol. Embora não seja considerado um composto tóxico, ele é responsável pelo escurecimento dos subprodutos, em função de reações de escurecimento enzimático mediadas pelas enzimas polifenoloxidase cujo substrato é o ácido clorogênico que também produz o aparecimento de coloração estranha na casca dos ovos produzidos por galinhas alimentadas com subproduto do girassol (MANDARINO, 1992), o que pode gerar recusa, no momento da compra, pelos consumidores.

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substâncias resultantes deste processamento reagem com a proteína, diminuindo a biodisponibilidade de aminoácidos essenciais, especialmente a lisina e metionina, a qualidade nutricional e consequentemente, a digestibilidade da proteína.

A presença de fitatos, cuja ocorrência é bastante comum nas sementes de oleaginosas, causa diminuição na solubilidade das proteínas, devido à formação do complexo fitato-proteína-minerais, interferindo também na absorção de minerais como cálcio, ferro e zinco (CARRÃO-PANIZZI e MANDARINO, 1994). Os fitatos possuem um potencial quelatante com proteínas a pH ácido e neutro, o que reduz a disponibilidade das mesmas e, consequentemente dos aminoácidos. Além de influenciar negativamente na solubilidade das proteínas, prejudica a função das pepsinas por causa das ligações iônicas entre os grupos fosfato do ácido fítico e aminoácidos como lisina, histidina e arginina, sob condições ácidas, e em condições neutras, os grupos de carboxil de alguns aminoácidos podem ligar-se ao fitato, usando elementos minerais bivalentes tais como Ca, Mn, Zn, Cu, Fe e outros, como ponte de ligação (FERNANDES et al., 2013).

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Tabela 2 - Composição e coeficientes de digestibilidade dos aminoácidos da torta de girassol. Aminoácidos Total (%) Digestível (%) Digestibilidade (%)

Lisina 0,85 0,60 70,77

Metionina 0,54 0,47 86,62

Metionina+Cistina 0,94 0,70 74,22

Treonina 0,98 0,59 60,20

Arginina 1,97 1,80 91,40

Histidina 0,64 0,44 68,64

Isoleucina 1,00 0,77 76,61

Leucina 1,64 1,29 78,47

Valina 1,20 0,84 70,07

Fonte: Adaptado de Berwanger et al. (2014).

De acordo com Wenk (2001), as propriedades fisico-químicas das fibras presentes nos alimentos afetam diretamente a digestão e o aproveitamento dos nutrientes da dieta. A fibra presente nos ingredientes de origem vegetal pode ser dividida em dois grupos, segundo sua

solubilidade, fibra solúvel (pectina, gomas, β-glucanas, mucilagens e algumas hemiceluloses)

que de maneira geral, atua como um componente ativo na regulação da digestão e absorção intestinal e a fibra insolúvel (hemiceluloses, celulose e lignina) que aumenta o bolo alimentar, diluindo os nutrientes e diminuindo o tempo de trânsito gastrintestinal (CUMMING; EDMOND; MAGEE, 2004).

Segundo Freitas et al. (2004), a presença de fibra solúvel no subproduto do girassol pode aumentar a viscosidade intestinal, dificultando a digestão e a absorção dos nutrientes, principalmente dos lipídios, o que resulta em menor aproveitamento da energia. Ramos et al. (2007) afirmam que a fração solúvel da fibra em contato com a água forma um gel que funciona como uma barreira à ação hidrolítica das enzimas, pois dificulta o contato destas com os grânulos de amido e as moléculas proteicas e lipídicas do alimento diminuindo o contato do bolo alimentar com as células absortivas da membrana intestinal. Isso faz com que ocorra uma redução na digestão e absorção dos nutrientes da ração (BERWANGER et al., 2014).

Berwanger et al. (2017b) relatam que a torta de girassol possui alta concentração de polissacarídeos não amiláceos, especialmente celulose e lignina, que não podem ser degradados por enzimas endógenas. Contudo, o complexo celulolítico atua como uma barreira no sistema digestivo das aves, prejudicando a ação enzimática e aumentando a perda endógena de nutrientes, reduzindo assim a disponibilidade de energia das dietas para esse tipo de animal (JANSSEN e CARRÉ, 1989).

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que o bolo alimentar fica retido na porção superiores do aparelho digestório e melhora o desenvolvimento e o funcionamento da moela e demais órgãos digestivos da ave (HETLAND e SVIHUS, 2001; GONZ'ALEZ-ALVARADO et al., 2007, 2008). Além disso, segundo Hetland et al. (2003) a fibra alimentar estimula a produção de ácido clorídrico e ácidos biliares e melhora a atividade da amilase, o que gera beneficios significativos no processo de digestão e utilização de nutrientes.

Segundo Pinheiro et al. (2013), a torta de girassol, quando participa da composição das dietas para aves, melhora a palatabilidade, resultando em aumento no consumo de ração, com repercussões positivas sobre a conversão alimentar, constituindo assim um ingrediente com potencial para utilização na avicultura. No entanto, pouca atenção tem sido dada ao subproduto e o mesmo consiste em um recurso alimentar pouco explorado, principalmente em rações para aves (OLIVEIRA et al., 2012; ANDRADE et al., 2015). Foi restrito o número de estudos encontrados com intuito de avaliar os efeitos da utilização do subproduto na alimentação de frangos de corte e, mais ainda, de galinhas poedeiras.

Costa Junior e Vasconcelos (2011) avaliaram o desempenho de frangos de corte de crescimento lento com inclusão de níveis de 0, 5, 10 e 15% de torta de girassol na alimentação dos mesmos e sugeriram que esta pode ser uma alternativa aos ingredientes proteicos e energéticos comumente usados na alimentação das aves, podendo substituir parte da soja e do milho da ração, uma vez que a inclusão de até 15% na ração não propiciou diferença significativa entre os tratamentos avaliados.

Oliveira et al. (2012) determinaram a composição química e valor energético da torta de girassol, bem como o desempenho de frangos de corte industrial alimentados com níveis de 0, 6, 12 e 18% do subproduto a partir dos 20 ou 34 dias de idade. Diante dos resultados obtidos os autores relatam que a torta de girassol pode ser considerada um alimento de valor nutricional intermediário entre o farelo e o grão de girassol, passível de utilização na alimentação de frangos de corte, porém tendo como fator limitador o seu elevado teor de fibra e que considerando a conversão alimentar, recomenda-se a sua inclusão em até 18% nas rações dos frangos de corte a partir de 20 ou 34 dias de idade.

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maior precisão quando o subproduto for incluído na dieta das aves e, ainda que estudos adicionais devam ser conduzidos na tentativa de aumentar a eficiência do uso da torta de girassol.

Estudos mais recentes foram publicados e tiveram como objetivo avaliar os efeitos da inclusão de níveis de 0, 5, 10 15 e 20% de torta de girassol associados ou não a complexo enzimático em rações para o período de 1 a 21 dias de idade (BERWANGER et al., 2017a) e de 22 a 42 dias (BERWANGER et al., 2017b) sobre o desempenho, característica de carcaça e morfologia intestinal de frangos de corte. Os autores concluíram que, o uso da torta de girassol diminuiu o desempenho dos frangos no periodo de 1 a 21 dias de idade, no entanto, os animais alimentados com a torta, nesse periodo, foram capazes de recuperar o peso, na fase de 22 a 42 dias ao serem alimentados com dietas à base de milho e farelo de soja, o que não ocorreu para as caracteristicas de carcaça que, mesmo assim, apresentaram comprometimento aos 42 dias e que a inclusão do subproduto nas dietas comprometeu o desenvolvimento morfométrico intestinal. Em relação à idade de 22 a 42 dias, os autores relatam que levando em consideração os dados de desempenho, a torta de girassol pode ser incluída em niveis até 10% em dietas para as aves e que a utilização dos nutrientes pode ser prejudicada quando a inclusão é superior a 5% de torta na dieta para aves nessa idade.

Para poedeiras comerciais, Pinheiro et al. (2013) avaliaram os efeitos de níveis de inclusão (0, 7, 14 e 21%) da torta de girassol na alimentação de aves semipesadas na fase de crescimento (10 a 16 semanas de idade) e produção (18 a 46 semanas de idade) sobre o desempenho, comprimento do metatarso, triglicerídeo e colesterol sérico na fase de crescimento e sobre o desempenho e características internas e externas dos ovos no período de produção e encontraram efeito significativo dos tratamentos aplicados apenas para unidades Haugh. Segundos os autores, apesar de proporcionar redução nessa variável, importante atributo indicativo da qualidade interna do ovo, a torta de girassol é um alimento passível de compor até 21% da ração das galinhas poedeiras semipesadas em crescimento e produção.

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Tabela  1  -  Valores  de  composição  química  e  energia  metabolizável  da  torta  de  girassol  determinados por diferentes autores, valores expressos na matéria seca
Tabela 2 - Composição e coeficientes de digestibilidade dos aminoácidos da torta de girassol
Tabela 3 - Composição, níveis nutricionais e energéticos das rações referência para as aves nas  diferentes idades
Tabela 4 - Composição química e energia bruta da torta de girassol expressos com base na  matéria seca
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