Descarga Interna e Tens~ao de Retorno
em Capacitores
Internaldischargeandreturnvoltageincapacitors
Ren^e Robert
Departamentode EngenhariaEletricadaUFPR
C.P.19047 Curitiba, PR,81531-990
Recebidoem7deDezembro2000. Manuscritorevisadoem23deAgosto2001. Aceitoem06deSetembro2001.
Osfen^omenosdedescargainternaetens~aoderetornoemcapacitoress~aocalculadosnocasoondea
respostadodieletricoedaformaexponencialnotempo.Comestahipoteseamatematicaenvolvida
esimpleseascaractersticasgeraisdosfen^omenosdehereditariedadepodemserseguidas.
The phenomenaof internal discharge and return voltages of capacitors are studied for the case
where the dielectric response intime domainis of exponentialtype. Themathematics involved
becomessuÆcientlysimpleandthegeneralfeatureoftheheredityphenomenamaybefollowed.
I Introduc~ao
No estudo de capacitores n~ao se mencionam alguns
fen^omenos que ocorrem normalmente em dieletricos
solidoselquidos. ConsidereocircuitodaFig. 1.
Car-regamosocapacitorCcolocandoachaveSnaposic~ao
1 durante um tempo sucientemente longo e a
se-guir colocando a chaveS na posic~ao0, observa-se
ex-perimentalmente no eletr^ometroE que adiferenca de
potencialnasplacas docapacitordiminuimuito
lenta-mente. Estefen^omeno chama-sedescargainterna. Um
segundoexperimento consisteem secolocara chaveS
naposic~ao1duranteumintervalosucientementelongo
easeguira chaveSecolocadanaposic~ao 2,isto e,
curto-circuitandoocapacitor durante um intervalo de
tempo dealgunssegundos,passandoent~aoachaveS
para a 0. A observac~ao do eletr^ometro E mostra que
adiferencadepotencialinicialmente nulaaumentaate
atingir umvalor maximo, queeuma frac~aoda tens~ao
depolarizac~ao,paraaseguirtenderazeromuito
lenta-mente. Estefen^omeno econhecidocomo tens~aode
re-tornopodeserdanosoparapessoasdesavisadasque
tra-balhameminstalac~oesdealtatens~aocomoporexemplo
bancosdecapacitores. NasFigs. 2e3mostra-se
esque-maticamenteosfen^omenosacimadescritos. Estesfatos
jaeramconhecidosdesdeoseculoXIX,quando
Hopkin-son(1877)[1]osestudouporsugest~aodeJ.C.Maxwell.
Na literaturatecnica estes eoutros fen^omenos
simila-resreceberamnomesdiversoscomoafter-eect[2],
pro-postoporL.Boltzmannnateoriaelastica,ouefeitosde
hereditariedade[3]propostoporV.Volterra.Doponto
devistadaeletricidadeestesfen^omenoss~ao
importan-tes poisest~ao relacionadoscomperdasdieletricas[4]e
mostramqueocapacitortemumcomportamento
razo-avelmentemaiscomplexoqueaqueledescritonoslivros
detexto.
B
E
S
1
2
0
C
Figura1. Circuitoeletrico usadoparaas medidas da
des-cargainternaedatens~aoderetornodocapacitorC.
0
1000
2000
3000
4000
0
2
4
6
8
10
T
ens
ã
o (V)
Tempo (s)
Figura2. Descargainternadeumcapacitordemicade1nF
-1000
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
0
1
2
3
4
5
Te
n
s
ã
o (V)
Tempo (s)
Figura3. Tens~aoderetornodeum capacitordemicacom
C=0,68 tempo de polarizac~ap =30min, tempo de
curto-circuito=5seU
0 =102V.
Em1937B.Gross[5], apartirdeconsiderac~oesde
teoriadecircuitos,desenvolveuumformalismoque
per-mite calcularacorrente I(t) queatravessaodieletrico
de um capacitor de placas planas e paralelas, depois
de solicitadoporuma tens~aocontinuamente variavela
partirdoinstantet=0,aqualedadapela equac~ao
I(t)= U(t) R +C 0 dU(t) dt +I 0 (t)+ Z t 0 dU() d '(t )d; (1)
em que R e a resist^encia eletrica do dieletrico, C
0 a
capacit^ancia geometrica, '(t) uma func~ao que
carac-terizaodieletricochamadafunc~aorelaxac~aodieletrica
com as condic~oes de ser nula no innito e para
valo-res negativos do tempo, I
0 (t) = R 0 1 dU() d '(t )d
e a corrente gerada por todas as variac~oes de tens~ao
anteriores ao instante inicial, que traduz o fen^omeno
de hereditariedade epor estaraz~ao chamada corrente
hereditaria. Os dois problemas anteriormente
menci-onados, da descarga interna e da tens~ao de retorno
podem se resolvidos pela Eq. (1), bastando para tal
fazer acorrente externaI(t)=0. Desta formaobt
em-seumaequac~aointegro-diferencialparaafunc~aoU(t).
Uma soluc~ao para esta equac~ao integro-diferencial foi
obtida por B. Gross [5] quando a func~ao relaxac~ao
dieletricaedaforma'(t)='
0
exp( t), onde'
0 e
s~ao constantes que caracterizamodieletrico. Embora
os dieletricos reais n~ao sejam regidos poruma func~ao
relaxac~ao dieletrica deste tipo [6] os resultados
quali-tativoss~ao bons eamatematicaenvolvidae
razoavel-mente simples.
Nossoobjetivoemultiplo: em primeirolugar
mos-trar como a teoria de dieletricos pode ser tratada do
pontodevistafenomenologicodemaneiramaisprecisa
queaquelaencontradanormalmentenoslivrosdetexto;
segundo mostrar como resolver uma equac~ao
integro-diferencial usando como func~ao relaxac~ao dieletrica
umafunc~aoexponencialnotempo(Debye)ecomparar
osresultados obtidos comaqueles experimentais;
ter-ceiro,lembrarumpoucodahistoriadafsicanoBrasil
enfatizandoqueesteformalismofoi desenvolvido
inici-almente pelo prof. B.Gross; quarto lembrarque este
eumproblema classicoaindan~aoresolvido
completa-menteequeapresentagrandeinteressetecniconaarea
deenvelhecimento de materiais dieletricosem cabose
transformadores. Emsumaprocurou-sepopularizaros
efeitosdeumdieletricoreal,sejamelessolidos,amorfos
oucristalinosoulquidos.
II Desenvolvimento teorico
A partir do vetor densidade de corrente eletrica total
(densidadedecorrente ^ohmicamais densidadede
cor-rente de deslocamento), vamos deduzir a Eq. (1) a
partirde considerac~oesteoricasfenomenologicas.
Usa-se aqui a mesma conceituac~ao utilizada for R.
E. Tilley [7] que consiste em suporque apolarizac~ao
total do dieletrico num ponto seja composta de duas
partes: ~ P i (t) = 0 i ~
E(t); a qual responde ao campo
eletrico ~
E(t) de maneira quase instant^anea; ~ P s (t) = o R 1 0 s () ~
E(t )d; polarizac~aolenta, queobedece
aosprincpiosdecausalidadeesuperposic~aoedepende
detodososcamposeletricospreviamenteexistentesao
instante t (videap^endice). Sendo ~ P(t)= ~ P i (t)+ ~ P s (t)
edenindoasuscetibilidadegeneralizadanoponto em
quest~ao pela equac~ao (t) =
i
Æ(t)+
s
(t), pode-se
escreverovetorpolarizac~aototalpelaequac~ao
~ P(t)= 0 Z t 1 (t ) ~ E()d: (2)
A explicac~aoparaodesdobramentodapolarizac~ao
eletricaemduasparcelasestarelacionadaaosdiversos
mecanismospropostosparaofen^omenodepolarizac~ao
em um dieletrico, dos quais os mais importantes s~ao:
polarizac~ao eletr^onica, polarizac~ao i^onica; polarizac~ao
dipolar; polarizac~ao interfacial nos eletrodose nas
vi-zinhancasdeinomogeneidades;injec~aodecargas
indu-zindoefeitos de cargaespacial; tunelamento de
porta-dores de carga para armadilhas e salto de portadores
de cargade umestado localizadopara outro. Alguns
destesprocessoss~aoextremamenterapidoscomoocorre
napolarizac~ao eletr^onica e na polarizac~ao i^onica,
tra-duzidosatravesde
i
, outross~ao mais lentos e s~aoos
responsaveispeloefeitosdehereditariedade,traduzidos
aquipor
s (t):
Supondoqueodieletricotemcondutividadeeletrica
eobedecealeideOhmpode-secalcularovetor
densi-dadedecorrenteeletricatotalqueedadopelaequac~ao
c ~ J(t)= ~ E(t)+ 0 (1+ i ) d ~ E(t) dt + 0 Z t s (t ) d ~ E() d d: (3)
A Eq. (3) pode serparticularizada paraocasode umcapacitorcomdieletricohomog^eneo,deplacas planase
paralelasdeareaAeespessura`comacondic~aoA>>` 2 obtendo-se I(t)= U(t) R + 1 C 0 dU(t) dt +C 0 Z t 0 s (t ) dU() d d+I 0 (t); (4) d emque 0 eapermissividadedovacuo, 1 =1+ i e
a permissividade relativaa alta frequ^encia, C
0 =
0A
`
a capacit^ancia geometrica e I
0 (t) = C 0 R 0 1 s (t ) dU() d
d a corrente hereditaria gerada por todas as
variac~oes de tens~ao anteriores ao instante inicial. A
Eq. (4)e formalmentesemelhante aEq. (1)proposta
porB.Gross.
Nocasoparticulardecircuitoexternoaberto,I(t)=
0, e chamando (t) = dU(t)
dt
, aEq. (4) se transforma
numaequac~ao integralde Volterrade 2a. especie[8]e
podeserescritacomo
(t)+ Z t 0 + '(t ) C 1 ()d =f(t); (5) em que C 1 = 1 C 0 , = 1 RC 1 , '(t) = C 0 s
(t), chamadafunc~aorelaxac~aodieletricaef(t)=
h I 0 (t) C1 +(U)(0) i .
Para resolver a Eq. (5) vamos inicialmente
resol-veraequac~aodeVolterrafazendonosegundomembro
asubstituic~ao def(t) pela func~aodelta de DiracÆ(t).
Comestatransformac~aoobtem-se
G(t)+ Z t 0 + '(t ) C 1 G()d =Æ(t): (6)
Efacilmostrarqueasoluc~aodaEq. (5) ca
deter-minadapelaequac~ao
(t)= Z
t
0
G(t )f()d : (7)
Consequentemente a soluc~ao da Eq. (4) ca na
forma U(t) U(0)= Z t 0 d Z 0 G(t )f()d: (8)
Usando como func~ao de relaxac~ao dieletrica a
mesma express~ao exponencial usadaporB.Gross[5] e
utilizandoometododastransformadasde Laplaceem
ambos osmembrosdaEq. (6)obtem-se
G(t)=Æ(t)+ + exp(t) + exp(t); (9) emque = 1 2 (++)+ 1 2 p (++) 2 4; = 1 2 (++) 1 2 p (++) 2 4; e = ' 0 C 1 : Sendo e U 0
, respectivamente o tempo ea tens~ao de
polarizac~ao, a Eq. (8) pode serresolvida com auxilio
daidentidade c Z x 0 dt Z t 0 '(t ) d () d d = (0) Z x 0 '(t)dt+ Z x 0 '(x t) (t)dt;
obtendo-separaatens~aodedescargainternaaequac~ao
U(t)= U 0 exp(t) exp( )+ (+) exp(t) exp( )+ (+) ; (10) d em que zemos f(t) = U 0 [+exp( (t+))] e U(0)=U 0 .
torno com tens~ao de polarizac~ao U
0
, tempo de
U(t)= U
0
exp( )
[1 exp( )][exp(t) exp(t)];
(11)
emquezemosf(t)=U
0
[exp( (t+)) exp( (t+
+))]eU(0)=0.
As Eqs. (4), (10)e (11) apresentamalgumas
con-sequ^enciasimportantesdopontodevistaexperimental:
-Omaximodatens~aoderetornonaEq. (11),ocorre
noinstantet
= ln(=)
oqualindependedotempode
polarizac~aoedotempodecurto-circuito;
-AsEqs. (10)e(11)n~aos~aocompletamente
inde-pendentes.
E possvel deduzir uma apartir deoutra.
Considere aEq. (10)aplicada adoistemposde
pola-rizac~ao
1 e
2
. Porsubtrac~aoobtem-seaEq. (11)para
umtempodepolarizac~ao= 1 2 etempodecurto circuito = 2
. Estapropriedadefoi mostradateorica
eexperimentalmenteporB.Gross[9];
- Polarizandoo dieletrico durante um intervalo de
tempo aEq. (4)permitecalcularacapacit^ancia
C()=C 1 + Z 1 0 '(t)dt Z 1 0 '(t+)dt; (12)
a qual depende do tempo de polarizac~ao. Quando
!1obtem-se C(1)=C 1 + Z 1 0 '(t)dt; (13) em que a parcela R 1 0 '(t)dt = ' 0 e chamada
capa-cit^anciaan^omala;
-Umcasointeressante ocorrequandoodieletricoe
umisolanteperfeito, istoe,R!1. Nestascondic~oes
asEqs. (10)e(11)setransformamrespectivamenteem
U(t)= U 0 + fexp( )[exp( (+)t) 1]++g; (14) U(t)= U 0 exp( ) + (1 exp( (+)t)): (15)
Quandoacargadocapacitorforcompleta,!1,
vericamosqueocapacitorn~aosofredescargainternae
atens~aoderetorno,aposumintervalodetempomuito
grandeatingeovalor U0
+
exp( ). Esteresultadonos
dizqueotermodaresist^encianacorrentetotalpromove
adescargainternaeseop~oeatens~aoderetornolevando
estaazero.
III Resultados numericos
A Fig. 4 mostra oajuste da Eq. (11) comos dados
experimentaisobtidosparaatens~aoderetornoemum
lme de polietileno com eletrodosde alumnio, tempo
depolarizac~ao =15h,50min, tempode curto-circuito
=5s e tens~ao U
0
=158,4V. Este ajuste permite obter
os par^ametros que aparecem na Eq. (11). A Fig. 5
mostraoajuste daEq. (10)comosdados
experimen-taisdacurvadedescargainternaparaamicamoscovita
comeletrodosde prata. Otempodepolarizac~ao para
este caso e =20h e a tens~ao U
0
=9,55V. Da mesma
forma que no caso anterior oajuste permite obter os
par^ametros da Eq. (10). Embora a teoria aqui
de-senvolvidan~aosejaquantitativamentecorretaela
apre-sentaumbomresultadodopontodevistaqualitativo.
AtabelaImostraosresultadosdoajustecomosdados
experimentais,emunidadesdoSistemaInternacional.
0
2000
4000
6000
8000
10000
-1
0
1
2
3
4
5
6
7
valores experimentais
ajuste
Te
n
s
ã
o (
V
)
Tempo (s)
Figura 4. Tens~ao de retorno em um lme de polietileno
com=15h50min=5s eU0=158,4V. Acapacit^anciada
amostraede332pF.
0
2000
4000
6000
8000
10000
0
2
4
6
8
10
valores experimentais
ajuste
Vol
ta
g
e
(V
)
Time (s)
Figura5. Descarga internaemumaamostrademica
mos-covita comeletrododeprata =20 h,U0=9,55 V.A
Dieletrico (s 1 ) (s 1 ) (s 1 ) R () ' 0 (S) Polietileno 0,0001158 0,0018241 0,0000948 1,5910 12 3,310 14 Mica 0,0003637 0,0008782 0,0002893 3,7310 12 8,810 14
AFig. 6mostraatens~aoderetornoemumlmede
polietileno para dois tempos de polarizac~ao diferentes
=1e =1800scomtempodecurto-circuito=5s.
AFig. 7mostraatens~aodedescarga internapara
aamostrademicamoscovitapara doistemposde
po-larizac~aodiferentes
1 e
2
=5s. Mostra-sequepela
di-ferencadasduascurvasdedescargainternaobt^em-sea
tens~aoderetornopara=1795se=5s.
A Fig. 8 mostra as curvasde tens~ao de retornoe
descarga interna em um dieletrico perfeito (R ! 1)
paradoistempos depolarizac~aonitosedistintos.
0
2000
4000
6000
8000
10000
0
1
2
3
4
Te
n
s
ã
o (V)
Tempo (s)
Figura6. Tens~aoderetornocalculadaparadoistemposde
polarizac~ao, =1e=1800semumaamostra de
polieti-lenocomtempodecurto-circuito=5s. Tens~aoU0=100V.
0
2000
4000
6000
8000
10000
0
20
40
60
80
100
ξ
=1795s
η
=5s
ξ
=5s
ξ
=1800s
Tens
ã
o (
V
)
Tempo (s)
Figura 7. Descarga interna calculada para dois diferentes
temposdepolarizac~ao,1=1800e2=5semumaamostrade
micamoscovitacomtens~aoU0=100V.Atens~aoderetorno
foi obtida peladiferenca entre as duascurvas de descarga
0
2000
4000
6000
8000
10000
0
20
40
60
80
100
T
ens
ã
o (
V
)
Tempo (s)
ξ
=1800s
ξ
=18000s
ξ
=1800s
η
=5s
ξ
=18000s
η
=5s
Figura8. Tens~aoderetornoe descargainternaemum
ca-pacitordepolietilenonahipotesedesuaresist^enciaeletrica
serR=1comtempodepolarizac~aonitos.
IV Conclus~ao
Embora a grande maioria dos materiais n~ao possua
func~aorelaxac~aodieletricadeformaexponencial,os
re-sultadosqueseobtems~aoqualitativamentecompatveis
com os experimentos. Seu interesse reside
especial-mente na simplicidade matematica envolvida. A Eq.
(4) permiteobter, quando douso de tens~ao alternada
senoidaldefrequ^encia!,apermissividaderelativa
com-plexa de Debye[10], sendo 1= otempo de relaxac~ao.
Do ponto de vista didatico este formalismo e
interes-santepoispermiteobterarespostadeumdieletriconos
domniosdotempoefrequ^enciasemousode
transfor-mada de Fourier, alem de permitir asimulac~ao desta
resposta.
E interessante citar que ate aEq. (8) asoluc~aoe
geral podendo seraplicada a outrasformas da func~ao
relaxac~ao dieletrica mais realistas tais como aquelas
propostasporCurie-Schweidler,Jonscher,Dissado-Hill
etc. O mesmo formalismo pode ser usado em
ou-tras areas, como hereditariedade mec^anica
(viscoelas-ticidade)emateriaismagneticos[2].
References
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Phil.Trans.,London,167,599(1877).
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Phi-lipsTechnicalReviewvol.8,n.2,Feb.(1946).
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Review,59,748(1941).
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UberdieAnomalienderFastenDielektrika,
Zeitschrift Fur Physik 107, 217 (1937). B. Gross e
P.Rocha, Estudos sobreDieletricos, An. Acad.Bras.
Cien.,tomoIX,n.3,187, (1937).B.GrosseP.Rocha,
Estudos sobre Dielectricos II,An. Acad. Bras. Cien.,
tomoIX,n.4,309, (1937).
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[7] D.E.Tilley, APhenomenological Theory ofDielectric
Response,J.ofAppl.Physics,38,2543(1967).
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Equation of an Absorptive Capacitors", An. Acad.
Bras.Cien. 57,275(1985).
[9] B.Gross,\On TheAfter-EectsinSolidDielectrics",
PhysicalReview,57,57(1940).
[10] H. Frohlich,Theory of Dielectrics, Oxford University
Press, Oxford,(1990),p.73.
Ap^endice
Relac~ao entre estmulo e resposta
Considere umdieletricoonde seaplica no instante
t
k
umestmuloemformadepulsodecampoeletrico
~
E(t
k
). Seja ~
P(t) aresposta empolarizac~ao
me-dida noinstante tconformemostraaFig. 9. Supondo
existirlinearidade entre a respostae oestimulo
pode-mosescrever ~ P(t)= 0 ( k ) ~ E(t k ); (A:1) emque 0 eapermissividadedovacuoe( k )um
es-calarquerepresentacomoapolarizac~aodecaiparazero
notempo,aposaaplicac~aodopulsodecampoeletrico.
Tempo
Polarização
t
t-λ
E(t-λ)
∆P(t)
O
Figura 9. Resposta do dieletrico no instante t devido ao
pulsodecampoeletriconoinstantet .
Aplicando agora uma sequ^encia nita de pulsos e
admitindoavalidezdoprincpiodesuperposic~ao
pode-mosescrever ~ P(t)= N X k =1 0 ( k ) ~ E(t k ); (A:2)
a qual para um sistema continuo de pulsos se
trans-formaem ~ P(t)= 0 Z 1 0 s () ~ E(t )d: (A:3)
A xac~ao dos extremosda integral (III) esta
rela-cionada ao princpio de causalidade sendo
s
() = 0
quando < 0. Uma propriedade adicional deve ser
feita,
s