THESE
DE
CONCURSO
FACULDADE
DE
MEDICINA
DA BAHIA
TUMORES
DAS
GLÂNDULAS
MAMARIAS
THESE
DE
CONCURSO
SUSTENTADA
/
pelo\r
DR.
AUGUSTO
G.
MARTINS
Opposltor da secção de Scieacias Cirúrgicas da mesma Faculdade
4r
à
ff
BAHIA
I
M
P
ífcE
N
SA
ECONÓMICA
22
—
Rua dos Algibebes—
22FACULDADE
DE MEDICINA
DA
D
VIII
A
DIRECTOR
OExm.Sn.Conselheiro Dr.ANTONIOJANUÁRIO DEFARIA
VICE-DIRECTOR
O Exm. Sr. Conselheiro Db. VICENTEFERREIRA DE
MAGALHÃES
LENTES PROPRIETÁRIOS
IoAnno
Pana Vicente FerreiradaMairalhSea I
Phvsicaem ecral
.cparticularmente
Cons. Vicente FerreiraaeMagamacs.
j gmsuagappUoaç0ea amedlcina.
FranciscoRodriguesdaSilva... Chimicaemineralogia.
Barão de Itapoan Anatomiadescriptiva. 2oAnno
AntoniodeCerqueira Pinto Cliimica orgânica.
JeronymoSodré Pereira Phjvíologia.
Antonio Mariano doBomfim BotânicaeZoologia.
BarãodeItapoan , Repetição deAnatomiadoscriptiva.
3oAnno
Cons. EliasJosePedroza Anatomiageral e Pathologlca.
José deGóes Siqueira Pathologiageral.
Jeronynio Sodró Pereira Continuaçãode Physiologia. 4oAnno
Pathologiaexterna.
DemétrioCyriacoTourinho Pathologiainterna Cons.Matulas Moreira Sampaio
]
^^SS*"
8
5oAnno
DemétrioCyriacoTourinho.., Continuação dePathologiainterna,
LuizAlvaresdosSantos Matéria medica e therapeutiea.
T , . . . , t-, .. )Anatomia topographica, Medicina
JosóAntoniode Freitas
j operatorJa
*
A
ppàrelhôB.6oAnno
RozendoAprígio PereiraGuimarães.. Pharmacia.
SalustianoFerreiraSouto Medicinalegal.
Domingos RodriguesSeixas Hygiene,eHistoria daMedicina. Josó AftonsoParaizodeMoura Clinica externa,do3oe 4oanno.
Antonio JanuáriodeFaria Clinica interna,do5° e 0oanno.
OPPOSITORES
Ignacio JosódaCunha \
PedroRibeirod'Araujo..., i
Josó Ignacio deBarros Pimentel >Secção Accessoria.
VirgilioClimacoDamazio \
JosóAlves deMello /
DomingosCarlosdaSilva \
Augusto Gonçalves Martins )
AntonioPacificoPereira >Secção Cirúrgica,
AlexandreAftonso deCarvalho \ JosóPedrodeSouzaBraga /
Claudemiro AugustodeMoraesCaldas. \
RamiroAftonso Monteiro i
EgasMunizd'Aragão \Secção Medica.
Manuel Joaquim Saraiva \
Josó Luiz deAlmeidaCouto. /
SECRETARIO
OSr. Dr.CINCINNATO PINTODA SILVA
OFPICIAL
DA
SECRETARIA
OSr.Dr.THOMAZD'AQUINOGASPAR
AFaculdade não approva nemreprova as opiniões emittidasnasthesesque lhe são apresentadas.
CONCURRENTES
0
AUCTOR
e ossnâ.nns.DOMINGOS
CARLOS
DA
SILVA
ANTONIO
PACIFICOPEREIRA
Coube-me, no cumprimentodo deverquea leimeimpoz, na qna-lidade de concurrente á cadeira vaga pela aposentadoria do meu illustrado mestreo Conselheiro AranhaDantas, como ponto de con-curso para a these solicitada «
—
Os tumores das glândulasma-marias ». Procurei no desempenhoda tarefa expor coma necessária clareza aanatomiada formaexterior das glândulas, da sua situação e das suas relaçõesanatómicas com os vasos e os nervos queahi
terminam.
Expuz igualmente as considerações, que me pareceram justas acerca das diversas affecções, que se podem determinar n'aquelles órgãos, acompanhando-as da descripção necessária para melhor in-telligencia do assumpto.
Nãotivea pretençãò a'este trabalho, todavia resultado de longas
vigílias, de attingiratodo desenvolvimento,queo objectocomportavar
nem me roçou pelo espiritoo pensamentode feriros brilhos dosque
comigo competem.
A
benevolência dos mestres, e a indulgência do publico supprirão as lacunas deparadas, attendendoaque cumproum
dever impostopela posição que oceupo na Faculdade e pelolegitimo desejode
TUMORES
DAS
GLÂNDULAS MAMARIAS
anatomia
daregiãodamama
circumscrcve aregiãocostal,e aglândula nãoésenão
um
appcndicedesta região; é insignificantenohomem,
emquanto que ellaad-quire muitaconsideração entre as mulheres.
A
suaforma,seu volume, e a fixação da
mama
não são da nossacom-petência; notaremos somente o bico dopeito, a aureola e asglândulas queahise
acham como
séde das affecçõespa-thologicas.
A
glândulamamaria
forma essencialmente esta região, nella existe os elementosdo corpo, analysada asua estru-ctura; seus conductos excretores são reunidosem
feixespor tecido cellulo-vascular, e terminando no mamelão. Suas granulações são reunidas
em
massas por interstícioscellulares; sua circumferencia se estende sobre os
mús-culos peitoraes: muita gordura e tecido cellular; estes tecidos são notáveis pela sua laxidão.
As mamas
recebem artérias, vasos thoraxicos,emquanto
que outros são dirigidos de dentropara fóra, e são as ar-térias
mamarias
internas.As
veias do seioformam
duascamadas:
uma
superficial, quecomeça
na
base domame-Ião, não tendo
em
seutrajecto amenor
relaçãocom
asar-térias, e a outra profunda, que
acompanha
aestas.Os
va-soslymphaticossoterminam
nos gangliosaxilares, osmaisprofundos, nos ganglios
mamários
internos e externos.Os
nervosvem
dos ramos thoraxicos e intercostaes.A
mama
na
mulher é muito maisnotável do quenoho-mem;
ella se desenvolve na puberdade, e se abate depoisdo desapparecimcnto das regras.
Nas
diversasepochasdavida tornam-se centro defiuxão, principalmenteno
tempo
dagestação.
DOS
TUMORES
DAS
GLÂNDULAS
MAMARIASOs
estudos dos tumores das glândulastem
merecido omaior acolhimento dos médicos; é
uma
das questões paraas quaes dirigimos as nossasvistas, consultando os
trata-dos de alguns práticos, recolhendo as.melhores ideias, e
apresentando o que se
tem
dito a respeito das duas—
3—
As
discussões relativasámalignidade do cancrojá temsido ventiladas, e não nos serviremos de questões
em
quepor demais já nos temos oceupado. Lembraremos, entre
outras observações, a operação de
um
cancro,em
queum
cirurgião inglez teve de fazer conjuntamente arese-cção de
uma
costella,sem
que a cura fosserealisada.Uma
outra, nãomenos
digna de interesse, é a cellula característica do cancro, adinittida por uns, eacom-panhada
por outros no seu desenvolvimento econfigu-ração
com
que pode ser apreciada debaixo docampo
da observação.
Não
será fácil de encontrar-se casosem
que os tumores de
uma
reconhecida malignidadetermi-nem-se favoravelmente
sem
osoccorro deuma
amputação,e a repullulação do
mal
não sefaçadeuma
maneirainva-riável, outras moléstias
acompanhem
o seudesenvolvi-mento, c
uma
febre ethica venhapôr termoauma
supu-raçãoabundante, ao trabalho da eliminação,
sem
que setenha observado a cachexia cancerosa. Encontraremos
casos desta ordem, e não seráportanto estranha a cura
de tumores cancerosos
sem
asua reproducção.Os
tumores benignos não são todosidênticos entre si;as descripções que se
podem
fazerde uns não são appli-caveis aoutros, donde osnomes
diversos de que Yelpcautem
seservido para osdesignar.E
essencial formar dousgrupos,
um
dos tumores realmente hypertrophicos, outrodos tumores de
nova
formação; aquelles que sefundam
—
4
—
descrevem-nos sob o titulo de hypertrophia parcial da
mama.
Os
tumores hypertrophicos differem dos tumoresade-nóides
em
que uns são tumores de volume determinado,
amolecendo
em
um
de seuspontos, e distinguindo-se dostumores das
mamas
sem
linha de demarcação apreciável.Comparados
com
ostumoresadenóides,vê-se que são estesformados de todos os elementos dostecidos; a composição
microscópica éa
mesma,
eem
nada desmerececomparado
com
um
tumor adenóide.Nos
tumores hypertrophicos 'torna-se egualmentees-sencial a formação de dous grupos,
um
dos tumores de novaformação,em
quenocampo
do microscópioacham-se nasradiculas, dos canaes galactoferos o epitelio
accu-mulado.
E
factoconsummado
que ostumores de cellulashomeomorphas
seconduzem
eterminam
absolutamentecomo
oscancros;em
alguns casos a sua reproducção nãose faz esperar; Mr. Lebert attribue a
alguma
parte domal
escapa á operação.O
schirro, ostumores fibro-plasticos ou chondroides existemcom
suas cellulasho-meomorphas,
e acellula heteromorpha não ser sufficientepara caracterisal-o.
Os
cancroides conjunctamente nãovem
somentena
vi-sinhança dos botões primitivos; elles se apresentam
em
diíferentes regiões, sobre osconfins das cicatrizes, des-truindo a doutrinacellular e a nuclear. Mr. Bennett não
quetodasas espécies de tumoressão curareis e incuráveis.
Este autor apresentafactos, que comprova, mencionando
que tumores de elementos
homcomorphos
sereproduzeme se generalisam
uma
vezextirpados.O
Sr. Smithacom-panha
este observador, assimcomo
o Sr. Ho^vel eVir-chow
nos tumores epiteliaes.A
propriedade maligna deum
tumor não estásomenteem
reproduzir-se sendo extirpado, está egualmenteem
accommetter os tecidos visinhos; haja vista certos
tumo-res sanguíneos erectis, aneurismas, que invadem
uma
grande superfície, destruindo os tecidos que lhes estãona
visinhança; ostumores erectisou aneurismas cirçoidesda
orbita
em
que o operadortem
sido levado a praticar ali-gadura da artéria carótida.
O
Sr. Robert diz que o simples facto daretracção domamelão
não dá amenor
probabilidade deum
tumor doseio para caracterisar
um
tumor
canceroso.Os
tumoresadenóides levados ao ultimo gráo de desenvolvimento no
estado ulcerado,
com
uma
supuração abundante,envol-vendo a doente
em
atmospherapestilencial, o estadodaulcerafungosaecoberta de vegetações, o estudofeitopor
grande
numero
de micrographicos, deixa reconhecidoquetumores
com
o aspectomencionadonada
offereciam dostumores malignos ecancerosos; mencionaríamos
um
certonumero
decasos desta ordem, se não achássemosconve-niente abster-nos detratar delles.
que
tem
aformaeo aspecto deuma
glândula «próstata»,donde o
nome
corpora seuplasmataaãenoiãea,nome
pro-posto por Blasius para substituir o de melanose
em
tu-mores da
mesma
natureza,em
queopigmentofazocaracteressencial
—
tumor
melanico.A
divisãodasduas classesde tumores do seio e a desco-berta do elemento característico do cancro, núcleo ecel-lula-cancerosa, formaremos a classe de tumores de
ele-mentos anatómicos differentes,
dando
as seguintesdivi-sões:
um
cancro encephaloide,um
cancro lenhoso, schirro,rim cancro melanico, íibroide, chrondroide, colloide,
my-loidee
um
cancroepithelial.AFFECÇÕES DE
NATUREZA
BENIGNA
As
affecçõesbenignas sãoaquellas quepor muitotempo
abandonadas, não
ameaçam
a vida; sedividemem
molés-tias phlegmasicas, e outras estranhas de principio ao
tra-balhoinflammatorio.
As
primeirascomprehendem
ases-coriações, as fendas, os eczemas, as erysipelas, os
engor-gitamentos leitosos, as feridas, as ulceras, atacando de
preferencia omamelão, aauréolae oscanaesleitosos;
ou-tros destes princípios atacando aglândula e o tecido
cel-lulo-gorduroso.
Os
numerosos folliculos, as desegualdades e a uniãoestructnra da
mama, expõem
esteórgão a espécies defres-tas e fendas. Julgou-se aprincipio que a acidezdasaliva
e asaphtas dos recem-nascidos
eram
as causas maisordi-nárias dasfrestas: estaopinião não podeseracceita senão
com
bastante reserva, visto que a observação leva-nos aconhecer que pessoas que
amamentam
apresentamfrestas,ao passoqueosmeninos conservamabocaperfeitamentesã.
As
frestasdão origem a perdassanguíneas, devidas atracções queo
menino emprega
aoamamentar-se, trazendoum
estado de erectismo doloroso, a perda do somno, doappetite, e perturbando logo a secreçãoleitosa.
A
irri-tação propaga-se á espessura da
mama,
a talpouto quemuitosabcessosse formam.
As
placas mucosas, asulcerações syphiliticas, syphilidesapresentam-se sobre aaureola ao redor do
mamilo
como
accidentes primitivos, ou
como
manifestações diversas,reconhecendo-se peloscaracteres especiaes a essas oaspecto saniosoeodorespecial.
Os
antecedentes da doente farãocom
queo medico nãocommetta
enganos.A
inflammaçãodomamelão
limita-se a essa região, ouestende-se aos condnetos lácteos eaoparenchima; ó
sem-pre formada por pequenoscorposcontendo
um
puslacte-cente; torna-se dolorosa e dá logar a pequenos abcessos
tuberosos, a abcessos globulosos e aos phlegmõcs, tendo
opús sahida pelas aberturas dos canaeslactecentes, e ser
absorvido pelos
mesmos
meninos.Em
alguns casosApresentando-se asuppuração, a cura não pode ser feita
por meio da resolução; se o abcesso é parenchimatoso
opus procura sahida livre atravez das aberturas
da
au-reola, por
uma
abertura espontânea, ou por intermédiod'arte.
Ha
uma
outra phlegmasia do seio, descriptacom
onome
de mastoite, de mamite, demastite que chega a terresultadosgraves.
Tem
se divididoem
tres classes: uma,quando
se apresenta entre aglândulae apelle, nacamada
subcutânea; outra de principio ou secundariamenteentre aglândula e o peito; as daterceira classe
tem
por pontoo tecido glanduloso.
As
inflammaçõessubcutâneas são diffusas,circumscri-ptas, primitivas ousecundarias, simples ou complicadas.
A
inflammaçãosubmamaria
é idiopathica ou secundaria,e pode sersimples oucomplicada.
A
inflammaçãoparen-chimatosa
tem
por origemtodasasoutras, fórmaum
sim-ples engorgitamentoleitoso, estende-se aos conductos
lá-cteose aoslóbulosda glândula.
A
erysipela do seio subdivide-seem
erysipelavisicu-losa, bolhosa, phlytenoide; offerece a fórma erithematosa
ou
erithema-nodosum.O
caracter particular destasaffe-cções são asdifferentes elevações que constituema
molés-tia; pode-se formar
uma
collecção purulenta, eem
outroscasos reveste a fórma de
uma
inflammação dos vasoslym-phaticos.
Os symptomas
seannunciam
porcalefrios,agitação e insomnia, inappetencia enáusea,
augmento
decalor, placas disseminadas, acompanhadas de
um
estado doloroso dos ganglios.Tem-se
querido darcomo
causa daerysipela doseio as escoriações e affecçõeseczematosas do mamelão.As
inflammações phlegmonosastem
logar, conforme acausa é do interior ou do exterior daglândula, e se
tem
logar na
camada
subcutânea.O
phlegmão
subcutâneo, vindo do exterior, é muitasvezes provocadoporum
ery-thema,
uma
erysipela,um
empetigo; todas as causasme-chanicas,
como
—
um
vesicatório,uma
queimadura, asquedas, as -violências exteriores determinam esta
inflam-mação. Ellaé possível
em
todososperíodos davida, quera mulheraleite, esteja noperíodo da gravidez, ou fora
de toda funcção geradora. Apresentam-se entre as
mu-lheres aindanoestado de puerperalidade.
A
segunda variedade de inflammação subcutânealiga-se a
uma
moléstia dotecido secretor; os engorgitamcntosleitosos, as irritações, queragudas, querchronicas,
aca-bam
porverdadeiras inflammações subcutâneas: ascontu-sões, aspressões e asmulheresrecem-paridas quando são expostas por tentativas de aleitamento. Estas inflamma-ções não
tem
linha de demarcação; sepropagam
ao pes-coço, á axila e ao braço: são estas diflerenças quedis-tinguema inflammação subcutânea da phlegmasia do seio.
Os
phlegmões profundos coincidemcom
uma
saúdemoles-—
10—
tia, omedico estará no caso de aconselhar os meios
the-rapeuticos convenientes, o
emprego
dos depressivos ge-raes e locaes, o tratamento mercurial, o uso de appare-lhos os mais acondicionados, as injecções de substanciasdetersivas, a tintura de iodo, finalmente as differentes aberturas, se osabcessostornarem-sefistulosos, o
emprego
de
mechas
e a dilatação de novos abcessos, caso seformem; os purgativos, e
uma
medicação todasympto-matica, assim
como
as pomadas, os linimentos, ascata-plasmas maturativas para favorecer o trabalhoda
supu-ração.
As
affecções do parenchima ou adenitemamario
estão sujeitas ao trabalho da lactação da prenhez e do parto.As
phlegmasias de causa internacomeçam
pelos canaesgalactoferos, pelo tecido secretor ou elemento
fibro-cellu-lar. Segue-se disto que a glândula apresenta tres
varie-dadesdistinctas de inílammação: dos septos, dos lóbulos
secretores, e dos conductos lácteos. Estastresvariedades
de adenite
mamario
desenvolvem-secomo
grãos succes-sivos domesmo
mal.ENGORGITAMENTO
LEITOSO
O
engorgitamento do seio entre asmulheresrecem-pa-ridasounos últimos mezes daprenhez, se é
acompanhado
-
11-tempo que a
mama
augmenta, constitueum
estadomór-bido
com
onome
de engorgitamento doloroso—
pail.Ao
principio não se dá o estado inflammatorio; dálo-gar a
uma
phlegmasianostecidos; se o leite conserva suafluideznormal, todos os accidentes cessam; e seesteestado
persiste, manifesta-sena
mama
ouem
alguns órgãosim-portantes, que
augmentam
devolume,como
nainflamma-çfio submamaria; as veias ficammaistúrgidas, e se
de-clara
uma
reacção febril.Em
outros doentes não hare-acção, o logar fica indolente.
E
desteestado deengorgi-tamento que faliaAristóteles.
Tem-se
attribuidocomo
causado engorgitamentoamu-dança rápida de temperatura, asucção muitoprecipitada
feita pela creança, e, segundo A. Cooper, ò abuso de be-bidas estimulantese os desviosde regimen.
Quando
aban-donado, oengorgitamento passa ao lado opposto.O
tratamentoélocal; se houverpredisposição para seabsedar, formando
um
adenite mamario, e tornando-seponto departida de phlegmõessuperficiaes e profundos, o
tratamento geralmuitoinflue
na
cura; as tisanas, asemis-sões sanguíneas, os clisteres purgativos e
um
regimenmenos
substancial deve seraconselhado.Todas
as alterações inflammatorias deque acabamos de tratar pertencem á classe de abcessos quentes; existemtambém
abcessosdo seio, queseguem
amarcha
de abces-sos frios, e quetomam
onome
de abcessos chronicos;amol-lecidos; outros, contendo leite,
chegam
íi tomaruma
grande proporção.
Os
abcessos chronicostomam
a formadekistos.
-Outras affecções são susceptíveis de passar ao periodo
de amollecimento, occasionando
uma
collecção purulentaetendo
uma
marcha
muito prolongada.Os
abcessos frios são symptomaticos da presença detu-bérculos;
em
outros casosdenunciam
alteração dosossoseme lhes ficam nas proximidades: costellas e sternum.
Uma
doente atacada de phthisica pulmonar, diz Yel-peau, acabou por ter o seio esquerdo crivado de abcessos tuberculosos; omal
já existianestadoente ha muitotempo
com
afórma deuma
adenite indolente, ou hypertrophiaa bossasmúltiplas.
O." seios são, entre todas as regiões, as mais sujeitas
a choque e a contusões; a situação
em
que seacham
oexpõem, de encontro a moveis, a soffrer pancadas e
for-mar
abcessos ematicos, aphlegmões profundos e aoutrasalterações, que
podem
revestir a fórma deum
tumor
in-dolente e degenerar
em
outras moléstias.A
energia dosmeios aconselhados, desde que seder tal affecção, os
pre-venirá de accidentes consecutivos; as sangriasgeraes, as
sanguesugas, os unguentes e cataplasmas, meios
emolien-tes, facilitam a terminação da contusão.
Os
engorgitamentos do seio offerecemalguma
seme-lhança
com
ascontusões; trazemuma
sub-inflammação dachro--
13-nica.
O
empobrecimento do sangue éuma
das causas principaes do engorgitamcnto,como
se nota egualmentena formação dos tumores brancos das articulações.
1
oengorgitamento, portanto,
como
observa BroussaP, a lesãoinicial de todas as moléstias chronicas.
O
engorgitamento physiologico éum
estado quecoin-cide
com
a epochacatamenial, c que a maiorparte dasvezes desapparece,
quando
o trabalho das regras temcessado: é
também
um
dos signaes sensíveis da prenheznos primeiros mezes.
Algumas
fricções, linimentos, oem-prego de alguns clistercs purgativos, o uso da
camphora
farão desapparecer esse ligeiro incommodo, se clletende
aprolongar-se, tornando-se causa desoílrimentos.
Nos
tumores de naturezabenigna temos de oceupar-nosdosque são constituídos por elementos naturaesalterados,
tomando
a textura de certos tecidos de producção nova.Parece que o
mal
é formado poruma
exsudaçãocom
in-fluencia de acções anormaes: os lipomas, as hypertro-phias eos adenóides.
A
hypertrophia adiposa pode ser collocada entreosli-pomas, é
uma
hypertropliia gordurosa do seio, offerece osmesmos
caracteresque oslipomas de outra região e écom-posta por massas globuladas de gordura de cellulas
adi-posasisoladas, distinctas de todo o tecido, e
em
senhorasque não apresentam a
menor
apparencia de hypertrophiano
resto dacamada
adiposanatural.Os
lipomas do seio—
14—
diagnostico é
em
alguns casos difficil;em
outros amol-leza pcrmitte confundir
com
os kistos,em
quanto queoutros tumores adenóides são fibrosos ou enccphaloides.
0
lipoma subcutâneo procmina mais queum
kisto deegualvolume; suas bossas são mais molles,
menos
tensas,cobertas de
uma
pelle natural, ainda mais que aquellaque cobre osverdadeiros kistos.
Na
profundidadedoste-cidosadquirem
um
grande volume antes de ser apreciadodo exterior; podem-se encontrar apparenciasde
uma
flu-.ctuação; é onúcleodebaixo da fornia de
um
novello, que nãotem
amenor
semelhançacom
otumor
de qualqueroutra natureza; o erro é fácil, osenganos tem-se dado
entre osmelhores observadores.
Os
lipomas do seio não adquirem senãoexcepcional-mente
um
grande volume; na espessura da glândulasãosusceptíveis de
um
certogrão de transformação, e deuma
modificação que tende a tomar a contextura e o aspecto
cio tecido mamario, e a estructura cios tecidos da
visi-nhança.
Em
certos casos oslipomas offerecemuma
tramafibrosa, bastante tensa, dos adenóides ou das
hypertro-phias. Aconselha-se as fricções de acido acético para
cu-ral-os, melhoral-os ou detehos
em
seu desenvolvimento.Desapparecem
espontaneamente depois deuma
grandeperturbação orgânica.
A
ligadura, a cauterisação e a ope-ção sãoem
geral os meios a empregar-se.A
hypertrophiadiffusa, o volumedasmamas,
éum
desenvol-vidas a partir do
tempo
da puberdade, e não constituemum
estado mórbido.Na
hypertrophia, o seio adquireum
crescimento que não estáem
relaçãocom
a idade; ellccresce insensivelmente,
sem
causar grande incommodo,nem
amenor mudança
que dê a suspeitar a ideia deuma
moléstia.
A
hypertrophia declara-se,umas
vezes deum
lado, outras vezes
em
ambos.A
mulher julgaa principioque adquire
uma
boa disposição;mas
este estado nãoguarda symctria
com
as outras regiões do corpo; não sepode, portanto, dizer ao justo quando este
augmento
devolume constitue
um
estado mórbido, se amulher tiverattingido acerta idade, senão estiver gravida ou
occu-pada na amamentação; se as
mamas
ouuma
deliasforemde
um
volume
mais considerávelcom
tendência ator-nar-se permanente, poder-se-ha dizer que esse gráo de
hypertrophia pode se aúgmentar a ponto de constituir
um
estado elephantiaco.A
hypertrophia se faz sobre o elemento adiposo, sobreo elementogranuloso ou sobre a trama fibro-cellular"; a
configuração pode ser globulosa, hcmispherica; outras vezes as glândulas se alongam, tornando-se pendentes;
a pelle se adelgaça, dcixa-se desenhar por grossas veias,
e o tumor acaba por serpediculado.
É
commum em
cer-tos paizes. Este estado não ó
acompanhado
nem
dedores,nem
de perturbação nas grandes funcções; nãoconsti-tuindo senão ura estado transitório, não, inspira ao
—
16—
mulher está
com
avoz presa.As
regras são abundantes,bem
que nãotenham
amesma
regularidade; avozexperi-menta alguma mudança;
«as mulheres affectadas são su-jeitasabronchites e sentemdifficuldadede fallar.As
hypertrophiasoccasionamtransformaçõesdemáo
ca-racter:um
emmagrecimento
geral,uma
perturbaçãofunc-cional, e por vezes a morte.
O
tratamento dessa affecçãonão é
um
tratamento exclusivo ; o mais aconselhado é oreconstituinte.
Os
estudos dos adenóidestem
attrahido a attenção dosmédicos a partirde 1833,
quando começou
a serdescriptopor Velpeau
com
onome
de tumores fibrosos, schirroidesou adenóides.
O
professor Cruvellierostem
indicado portumores fibrosos. Arteley Cooper os
denomina
tumoresmamárioschronicos, eVidal
—
tumoresparciaesdamama.
Estes tumores
tem
uma
marcha
longa, e são distinctosdos cancerosos.
O
seu desenvolvimento é ordinariamenteinsensível e vagaroso, e algumas vezes
em
menos
deum
anno adquirem grande
tamanho
; ficam estacionários,amollecem e se ulceram ; outrasvezes conservam o
tama-nho
deuma
castanha ou deuma
noz.A
mobilidadedos adenóides é o seu caracter constante,excepto quando se
acham
rodeados deuma
camada
adi-posa, espessa, que os faz facilmente escapar ao tacto.Isto serve para se poder dizer queéum
tumor
dostecidos pri-mitivos. Berard julga que são sempre subcutâneos ; asin-—
17—
distinctamente todas as profundidades;não ha
um
logardepredilecção onde se desenvolvam; encontram-se ácima
do mamilo, na metade dacircumferencia superior interna;
oseudesenvolvimentoésobreasduasglândulas:
apresen-ta elevações, bossas e desigualdades, dispertando a idéia
de
um
kisto, e o pratico verifica o diagnostico poruma
puncção exploradora.
Os
tumores adenóides sãovariáveisem
consistência naunião
com
os tecidos; sãoaccommodados
entre oselemen-tos normaes.
O
exame
microscópico não apresentanem
cellulas cancerosas
nem
outras espécies de cellulasanor-maes
; encontram-se elementos do sangue, tecidofibro-plastico e epitelio; o que importa saberquanto aoponto
pratico, éque estes tumores são formados de
hypertro-phiado tecido da glândula mamaria, por transformação
de
um
exsudato, ouneoplasia; nãotem
nadacom
osteci-dos visinhos; parece que existe
uma
causa especialoues-pecifica
como
se encontra nos tecidos fibrosos,que se en-trelaçamcom
o tecido uterino.Os
tumores adenóides apresentam-seem
outrasregiões:na parotida e no paladar.
O
estudo feito porMr.Robin
tem
distinguido fibras muito delgadas do tecido cellular,limitando espaços arredondados, núcleosfibro-plasticos e fibras fusiformes; atrama é de tecido cellular; as areolas
são cheias de matéria amorpha, dandoo aspecto
gelatini-forme.
Os
elementos característicos destes tumores são—
18—
galaetoferos atrophiados; os cid-âe-sac
podem
offereceraforma decorpos cylindroides alongados; o epitelio não
é nuclear;
tem
a fórma pavimentosaou
espherica. São,portanto, ostumoresadenóidesformadosporhypertrophia
da
glândula, atrophia dos conductosexcrectores, matériaamorpha
transparente, de aspectocoloide.Na
analyse chimica desua estructuraacham-seelemen-tos fibrinosos e albuminosos; não
ha
tendência para a transformação cancerosa, a operação nãoéacompanhada
de reproducção;
quando
são formados de elementos dis-tinctos, susceptiveis de transformar-seem
tecido ence-phaloideoutumor
canceroso,tem
uma
marcha,uma
evo-luçãoeuma
terminação especial que é difficilde acompa-nhar desde seu desenvolvimento.A
desapparição espontânea destes tumores não éabso-lutamente impossivel; o casamento é
um
dosmeioscura-tivos; os purgativos, banhos geraes, alcalinos, os
em-plastros de vigo e de sabão, osvesicatóriosvolantes são
'osmeios de quese dispõe;
uma
compressão regular podeBer tentada
sem
inconveniente,uma
atadura queman-tenhaaglândula
em
posiçãoque não flagelle. Se otumor
émuitodesenvolvido, aspreparações internas; sesão
sus-ceptiveis de cura, meios que sustentem as forças da
doente, afim de poder-se empregar os meios cirúrgicos pelobisturi, porsubstancias cáusticas ou por
meio
do fioda ligadura.
—
19—
ao principiosimulam
uma
moléstia hypertrophica; tem asmesmas
causas que o engorgitameuto leitoso: é otempo
da puberdade, e das aproximações menstruaes
em
queellassedeclaram; coincidem
com
asperturbações das func-ções uterinas ; abandonados, e não tendoum
tratamentoregular,
podem
tomar aforma deum
tumormaligno,tor-nando
necessário a operação. Ellas influem sobre a saudôem
geral; por isso, antes de tentar-se a operaçãodevem
ser empregados os meios resolutivos,
como
sejam: aaguavegeto-mineral, o extracto de Saturno, o bálsamo tran-quillo,oslinimentos laudanisados, belladonisados, os
pur-gativos, os depressivos e a compressão.
Os
nevromas são pequenos tumores disseminadosem
derredor da glândula,
na
axila, edebaixodo musculopei-toral;é
uma
affecçãotodadistinctadoseio,trazendo doresmuitovivas;epela apalpaçãoencontram-se bossas mal
cir-cumscriptasparecendo continuar
com
os lóbulos. Elles seestendem
em
linhas periphericas, formando nodosidades;raramente os nevromas
chegam
aotamanho
deuma
amêndoa. Valleix attribue as dores que experimenta a
doente a nevralgias, e para"allivial-as aconselha o
em-prego de visicatorios curados
com
amorphina.As mamas
ainda estão expostas a outras espécies detumorescalculosos:
Os
tumoresleitosos, galactoceles, quesão do próprio leiteou de
alguma
parte constituinte dellenos conductos naturaes da glândula
ou
entre as camadas-
20-a galactocele por infiltração, ou galactocele liquida, kisto
leitoso, e
uma
galactocele solida, concreta.Nós
osmen-cionamos apenas
sem
fazermosuma
descripção destesdifferentes estados.
KISTOS
Os
multiplicadoskistos quesedesenvolvemnoseio sãodifferentes e
occupam
diversospontos da glândula. Elles desenvolvem-seem
redordô mamelão, nos folliculosseba-ceos que ahi se encontram, nas axilas e
na
espessurada
glândula; por baixo dainserçãodelia, sobre o grande
pei-toral, na quantidade do tecido cellularfrouxo eluminoso quealli existe.
Mencionaremos
em
primeiro lugaros kistossebaceos,osmellicericos; a matéria contida obstrue o canal excretor;
elles crescem, tornando-se de
um
tamanho
um
poucova-riável,
mudando
deconsistência, paratomaradecerader-retida, dexarope,esãoossteatomasoukistos mellicericos;
são conhecidos
com
onome
de tanne.As
hydropesias nas bolsas mucosas accidentaes sãooc-casionadasporcausasespeciaes;
formam
kistoscom
o pro-ducto granulosoouhydactiforme,um
poucoparecidocom
asgranulações erysiformes.
Os
kistos sorosostem alguma
similhançacom
aespessa-21
-mento, enduração ou organisaçâo de
alguma
sorte; isto influe no resultadoda operação, porqueem
certos casosa enduração e o espessamento pode ser tal que não se
poderádizer que o volume do
tumor
pertence antes aotecido do kisto ou ao liquido, que enche a cavidade.
O
diagnostico é embaraçado, para queaoperação deixetambém
deser incerta. Se seprocura saberseéum
kistoverdadeiro ou
um
tumor concreto, a operação é otrata-mento mais racional. Outras vezes elle é formado por
uma
reunião de cellulas muito aproximadas ouagglome-radas,
em
fórma decachos,sem
limites precisos: asimplesincisão ousedenho, e asexcisões distinctas são
sem
resul-tado.O
diagnostico torna-se de grande necessidade paraestabelecer o tratamento. Se tem-se
empregado
apunc-ção, se o kisto é unilocular, a matéria extrahida pode
ter
uma
coloração variada de cetrino auma
coloraçãoavermelhada ou sanguinolenta.
Os
kistos apresentam egualmente divisões portabiques,e
em
cada compartimentouma
matériadifferente, tendouma
coloração escura,sem
matéria fibrinosa,um
poucoparecida
com
os coalhos passivos dos aneurismas.Não
têm
causaapreciável, apparecem espontaneamente.Os
cancros nasmamas
estão no caso dos de outrasre-giões.
Os
coloides são entre todos os mais raros, o que não acontececom
o encephaloide e o schirro. Ellestem
por causa a idade, certos estados mórbidos especiaes
-
22-tempo
continuado; siloacompanhados
de caracteresespe-ciaes do lado da glândula; ella se entumece atétomar a
forma de
um
pequeno tumor, tendo porséde a pelle e otecidofibro-cellular e o epitelioquereveste oparenchima glandular.
O
exame
exterior nos poderá conduzir ade-terminar a natureza do tumor, a sua consistênciaeo seu
gráo demolleza.
Existem outras variedades, que são o schirro ramoso
ou
radiado, caracterisadoporprolongamentos queentramem
todas as direcções.O
lardaceotem
uma
consistênciapouco considerável, e o lenhoso a consistência das
carti-lagens.
O
schirro começa porum
pequeno núcleo entre oste-cidos sãos, principiando
no
tegumento, elles offerecem afórma de pequenos tumores
com
certa tensão dura ere-sistente.
É
acompanhado
de dores lancinantes,augmenta
de volume, torna-se doloroso
no
momento
das regras; émovei; acaba por tornar-se
com
uma
superfície irregular,e ser seguida de intumecencia dos ganglios.
O
exame
desta espécie detumores
nos fará conhecer oelemento fundamental, se é
um
encephaloide,um
tumor
fibro-plastico, ou schirroso.
O
seumodo
dedesenvolvi-mento
também
nos serve para decidirsobre anatureza da affecção.Os
tumoresfibrosostem
uma
marcha
lenta e nãotem
predisposição para se ulcerarem; a cellula característica
tra-—
23—
tamento comprehende as compressasfrias, substancias
re-solutivas, applicações iodadas,
pomada
de hydriodato depotassa, a operação,ealgumas vezes procura-se destruir o
^Kroposições
physioa
A
pliysica
explicará
o
phenomeno
da
gan-grena,
produzida
pela
acção
do
frio,ser
curada
pela applicação
do
gelo
?i
0
gelo eaaguafria sãoosdousagentes mais poderosos,empregados nas moléstias inflam matorias,
em
seusdiffe-rentes períodos.
II
A
acçãodofriosobreos tecidos, dificultando o trabalhocirculatório, occasionaas stasessanguíneas, que, levadas a
(
um
alto gráo,apresentamphenomenos
de gangrenaem
to-dasas suas formas.
Ill
O
gelo, condicionalmente applicado, produzaequilibra-ção datemperatura,roubando o excesso de calóricoe
—
26-CHIMICA
MINERAL
Modificadores
da
affinidade
i
As
afinidades chimicas sãouma
das leisqueregem
to-dos oscorpos organisados ; éoprincipio de luz, de vida c
decalor.
II
As
causas que regem, no reinomineral, a força daaffi-nidade, são : aespherade attracção e os equivalentes
chi-micos.
III
O
magnitismoeosomnambulismo
presidem ásafíinida-des, assim
como
a atmosphera, c osphenomenos
endos-moticos.BOTÂNICA
E
ZOOLOGIA
Tecidos vegetaes
e
órgãos
elementares
I
As
diíferentesplantas do ícino vegetal anuuaes, bisan-nuaes, deuma
duraçãoephemera
e seculares variamem
seus tecidos, segundo pertencem á classe das herbacias, dos arbustose das arvores.
II
As
de duraçãoepheinera,vivaces,são formadas dedividin-—
27—
do-se porprolongamentos.
No
seuinteriorcontém matériaalbuminosa, oleosae sacearina,ealguns órgãos de
estructu-ramaiscomplicada, órgãosde irritação.
III
As
de duraçãoseculares são formadas de systemacorti-cal,lenhoso emedullar.
MEDICINA
LEGAL
Os
asylos
para
os alienados,
do
governo ou
particulares,
recebendo
alienados
sem
ordem
das autoridades
e
sem
attestados,
é
ui
na
offensa á
liberdade
individual
?i
A
palavra alienação—
tomada
ne sentidode perda deliberdade, servilismo, faltade reacção contra oque se lhes
imputa,é
uma
offensa feita áliberdade individual.II
Se aalienaçãofôr cauzada por
um
delírio furioso,uma
alimentação excitante, levando o doente a
um
estadodeabatimento moral, areclusãoéde
algum
proveito.III
Causasoccultas,aviolaçãodasleis,levamodoente a
um
attentados-PHARMACIA
Attendiclas
as
experiências de
phymologia,
deve continuar
na
pliarmacia a
prepara-ção
denominada
—
extracto de opio
?i
0
opio contém muitos princípios, e todoscom
proprie-dades medicinaes ;os extractos, astinturaseosxaropes são
os que
tem
maior aceitação.II
De
concomitância a estaspreparações, cujasproprieda-dessãonevrosthenicas hypersbhenicas, a therapeutica
sub-stitue pelos cordiaes e os calmantes.
III
Os
extractos de opio e o laudano são aconselhadosem
muitasmoléstias, e
como
meio de prevenir o aborto.ANATOMIA
DESCRIPTIVA
Quaes
são as
connexões do
systema
nervo-so
ganglionario
com
o
systema
nervoso
cerebro-espinhal
?i
A
partir daface superior dorocliedo, do ganglio geni-culado, genuflexório, do ganglio ophtalmico, do gangliootico, espheno-palatino, ganglio sub-maxillar, os nervos
—
29 UOs
três cervicaes, oplexo carotidiano, o nervo temporalsuperficial
formam
uma
rêde anastomotica.Ha
nervos craneanos ecervicaes.III
Os
espinhaes, a serie dos intercostaes, asanastomosesformadas
com
opneumogastrico, fazendo osplexosbron-chiaes, pulmonares, solear, e renaes, reforçamosnervos
trisplanchinicos.
PATHOLOGIA
EXTERNA
Das
fistulas
pelvi-rectaes
superiores
i
As
collecções purulentas na escavação, schio-rectaes,osabcessos na
margem
do anus, trazem trajectos fistulososque
sobem
ápequenabacia.II
As
dilatações por meio de instrumentos cora extremaviolência fazem fistulasna parte fixa do intestino.
Ill
Um
abalo profundo é causa de fistulas espontâneas naparte superior do intestino recto.
OPERAÇÕES
Da
iredectornia
externa
e
suas
indicações
i
-
30-manchas
e staphylomas que se formam, produzidas porqueimadurase ophtahnias.
II
Procura-se examinarseaopacidade não abrange toda a córnea, e qual o ponto
em
que ellatem
conservado a suatransparência.
O
processo operatório é differente.111
A
iredectomiano terço superior e esterno, feitacom
a faca lanceolar, indo-se procurarcom
a serratelha, melhorainda,
com
a pinçacurva de pupila artificial, obrigando airisa fazer hérniae incisal-a, é
um
processo maissegui-do segui-do que deixar que se formeadherencia.
PARTOS
A
ceplialotripsia sein
tracção
será
prefe-rível
em
todos
os
casos
?i
A
cephalotripsia éuma
operaçãoem
que, depois de se terperfurado ocraneo, reduzem-se osdiâmetros nasposi-çõesviciosas do vértice, enahydrocephalia.
II
Quando
porcausas extraordinárias existeum
estreita-mento
na
grandebacia,em
toda sua espessura ouem
seus diâmetros, não tendo-se praticado o parto prematuro, a—
31—
III
As
applicações successivas do cephalotriboem
diversossentidos,
acompanhadas
de rotação da cabeça, facilita asahidaespontânea do
produto
da concepção.CLINICA
EXTERNA
Accidentes
mais
frequentes
nas
feridas
da
caoeça,
e
seu traoalno
i
Os
ferimentos do craneocom
contusão das partesmol-les são ferimentos simples, complicados, e
com
perda desubstancia.
II
A
commoção,
acompanhada
de compressão cerebral, seobservanosferimentos docraneo.
Mi
Interessando somente o courocabelludo,
com
descollo-camento da aponevrose epicraneana, as infiltrações
puru-lentas são
um
dos accidentes,que sobrevem quando se temfeitoo curativo por união immediata.
ANATOMIA GERAL
E
PATHOLOGIAVZ/
Osteogenia, regeneração
ou producção
do
osso
i
Ion-—
32—
gos
em
sua diaphese.Nas
extremidades articulares, o pe-riosteo é substituído por insersões tendinosas.n
O
periosteonãoé constante*emtodos os ossos ; recebeosnervos e vasos da nutrição, formando a
membrana
in-terna, periosteo interno.Hl
A
regeneração dos ossos é contraria aos trabalhos daosteogenia; éa doutrina de transplantação, que está
des-truída por estudos comparativos da regeneração das
car-nes edos tecidos.
PHYSÍQLOGIA
ATDsorpção
i
A
propriedade deabsorver éde todo corpo organisado.Sãoseus elementos orgânicosos vasos, oslymphaticos, eas
membranas
por onde seformam
o trabalho daassimi-lação.
II
A
absorpçâointerna, externa, intersticial, subordinamotrabalho da nutrição funccional.
lil
—
33—
PATHOLOGrIA
GERAL
Diathese
i
A
diathese éuma
predisposição individual quetem
oorganismo paraestar sujeito á acção dos agentes
exterio-res,
dando
em
resultadoincommodos
constantes evariá-veis.
II
Um
grandenumero
de alterações,com
predisposiçãoes-pecial paracertas moléstias,
nem
sempre são diathesicas.Ill
As
moléstias especificas são differentes da força dia-thesica.PATHOLOGrIA
EXTERNA
Aneurisma
da
aorta
i
Em
suas tres divisões, a aorta se dilata, rompe-se ecommunica-se
com
as veiasformando osaneurismasverda-deiros e mixtos.
II
O
tratamentodosaneurismasinternos, éotratamentodeValsava
em
que se tiramaior proveito.III
Nos
aneurismas da aortacom
anemiaos reconstituintes—
34-MATÉRIA MEDICA
Medicação
revul ^iva
i
E
um
meio derivativo das molostias; suas propriedadessãodiversas do tratamento derivativo.
11
As
moléstias inflammatorias, phleugmões, pneumonias,artrites, moléstias do centro circulatório, a sangria
com-bate a côdeainflammatoria.
111
Nas
moléstiasdo apparelho digestivo deve-se tentarum
tratamentorevulsivo,postoque a derivação não tenha
um
effeito muito considerável.
HIGIENE
Dieta
i
Em
medicina, é o uso habitual de certas substanciascom
alguma
moderação, distinctada palavraabstinência.II
A
dietacomprehende
o ar, os alimentos, o exercido, o—
35-III
A
dieta é ahygienecom
todos seus princípiosem
ap-plicação.
CLINICA
MEDICA
Das
vantagens do
tratamento
hydrotnera-pico
contra
as
affecoões
nervosas
i
0
uso da aguafriauo interiore no exterior éum
meiocurativo de padecimentos nervosos.
II
A
hydrotherapia exige experiência, ecomo
meioexclu-sivo não é aconselhada.
III
Ella consinte
em
dara beber, e envolver odoenteem
faixas frias, para obter-se atranspiração cutânea. Presta
serviços nasaffecções nervosas.
CHIMICA
ORGÂNICA
Theoria
chirnica
da
respiração
i
A
desassimilaçãoé a propriedadeda nutrição deque seserve o organismo para rejeitar paraoexteriora exagera-ção das propriedadesda nutrição.
—
36—
IITodos
os tecidostem
estafuncção, especialmente asvi-siculaspulmonores
na
hemathose.III
A
formação de acido carbónico eoutros princípios deoxidaçãotem logar de
uma
maneiradiversa dophenome-no de combustão.