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(1)DALIRA LÚCIA CUNHA MARADEI CARNEIRO. DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA UFU (EM BUSCA DE UMA MAIOR INTERAÇÃO ENTRE UNIVERSIDADE E SOCIEDADE). UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO. Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social São Bernardo do Campo-SP, 2004.

(2) DALIRA LÚCIA CUNHA MARADEI CARNEIRO. DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA UFU (EM BUSCA DE UMA MAIOR INTERAÇÃO ENTRE UNIVERSIDADE E SOCIEDADE) Dissertação apresentada em cumprimento às exigências do Programa de PósGraduação em Comunicação Social, da Universidade Metodista de São Paulo – UMESP, para obtenção do grau de Mestre. Orientadora: Profa. Dra. Graça Caldas. UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO. Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social São Bernardo do Campo-SP, 2004.

(3) FOLHA DE APROVAÇÃO. A dissertação Divulgação Científica na UFU (Em busca de uma maior interação entre Universidade e Sociedade), elaborada por Dalira Lúcia Cunha Maradei Carneiro, foi defendida no dia ........... de................................de ............., tendo sido. ( ) Aprovada. (. ) Aprovada, mas deve incorporar nos exemplares definitivos modificações. sugeridas pela banca examinadora, até 60 (sessenta) dias a contar da data da defesa .. (. ) Aprovada com louvor. Banca Examinadora :. _________________________________________. _________________________________________. _________________________________________. Área de concentração: Processos Comunicacionais. Linha de pesquisa: Comunicação Segmentada Projeto temático: Divulgação Científica e Política de Ciência e Tecnologia.

(4) A Deus, grande esteio para todos os momentos, por iluminar minhas atitudes e decisões.. Aos meus queridos pais, Alvino (in memoriam) e Maria Costa, pelo amor e simplicidade com que me ensinaram a conduzir a vida.. Ao Vicente, esposo querido, pelo entendimento nas horas em que estive ausente e pelo estímulo nos momentos em que mais precisei.. Ao Lucas e Gabriel, filhos amados, que renovam a cada dia o meu compromisso com o futuro.. Ao meu irmão Anelton, pelo apoio e cobranças necessárias durante grande parte da minha vida escolar.. A toda minha família, aos que aqui estão... e aos que já se foram... que me enchem de saudades..

(5) .. A Graça Caldas, orientadora amiga, pelo crivo veemente que lhe é peculiar e pelo exemplo de seriedade intelectual com que acompanhou a execução desta dissertação.. Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e à Universidade Metodista de São Paulo (Umesp), pelos respectivos apoios financeiro e técnico outorgados, que fizeram possível a realização do Curso de Mestrado na sua totalidade.. À Coordenação do Programa de Pós-Graduação da Umesp e professores. que. colaboraram. com. a. minha. formação. acadêmica.. À Universidade Federal de Uberlândia (UFU), pela minha liberação e apoio na realização desta pesquisa.. A todos os entrevistados e pessoas que colaboraram para o resultado final deste trabalho..

(6) “...a presença ativa duma universidade, revigorada ao contato de seu núcleo mais vivo e ciosa do seu espaço no mundo contemporâneo, representa a força que impede a paralisia do pensamento e a asfixia da consciência reflexiva”.. Ivo Barbieri (Visão e ação: A Universidade no século XXI, 1999).

(7) SUMÁRIO. INTRODUÇÃO......................................................................................................................12 Objetivos ............................................................................................................................16 Objetivo Geral..............................................................................................................16 Objetivos Específicos ...................................................................................................16 Metodologia .......................................................................................................................17 Estrutura da Dissertação..................................................................................................24 CAPÍTULO I A UNIVERSIDADE FEDERAL NO CONTEXTO DAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS BRASILEIRAS ......................................................................................................................26 1.1 Universidades Públicas – Reflexões Prévias .............................................................26 1.2 A pesquisa na universidade ........................................................................................28 1.3 Cenário nacional .........................................................................................................31 1.4 Universidade e sociedade ............................................................................................32 1.5 Ciência e sociedade......................................................................................................35 1.6 Conhecimento compartilhado ....................................................................................37 CAPÍTULO II COMUNICAÇÃO PÚBLICA DA CIÊNCIA .....................................................................42 2.1 Divulgação Científica .................................................................................................42 2.2 Jornalismo Científico .................................................................................................44 2.3 Assessoria de Comunicação nas universidades públicas ........................................51 CAPÍTULO III A COMUNICAÇÃO NA UFU..............................................................................................56 3.1 A Instituição ...............................................................................................................56 3.2 Infra-estrutura ...........................................................................................................57 3.3 A Pesquisa...................................................................................................................59 3.4 Produção científica.....................................................................................................63 3.4.1 Evolução .............................................................................................................64 3.5 Patentes .......................................................................................................................65 3.6 Relações com a comunidade .....................................................................................66 3.6.1 Hospital de Clínicas............................................................................................67 3.6.2 Hospital Odontológico........................................................................................67 3.6.3 Hospital Veterinário ...........................................................................................68 3.7 Diretoria de Comunicação Social (Dirco) ................................................................68 3.7.1 Um olhar ao passado ...........................................................................................68 3.7.2 Início da profissionalização da Comunicação .....................................................73 3.7.2.1 Dificuldades ............................................................................................79 3.7.3 A prioridade da Comunicação ............................................................................81 3.8 A Dirco hoje ................................................................................................................84 3.8.1 Assessoria de Imprensa ......................................................................................85 3.8.1.1 Clipping..................................................................................................87 3.8.1.2 Jornal da UFU: impresso hoje................................................................88.

(8) 3.8.1.3 Página 9: diário virtual...........................................................................91 3.8.1.4 Jornal de Portarias ..................................................................................92 3.8.2 A Rádio Universitária ........................................................................................94 3.8.2.1 O início ...................................................................................................94 3.8.2.2 A Rádio hoje ..........................................................................................95 3.8.3 A TV Universitária ...........................................................................................100 3.8.3.1 Os primeiros passos .............................................................................100 3.8.3.2 A TV hoje.............................................................................................104 3.9 Home Page .............................................................................................................108 3.10 Guia de Fontes.......................................................................................................109 CAPÍTULO IV POLÍTICA DE COMUNICAÇÃO ....................................................................................112 4.1 A opinião dos dirigentes da UFU...........................................................................112 4.1.1 Reitor ...............................................................................................................112 4.1.2 Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação ........................................................116 4.1.3 Diretor de Comunicação ..................................................................................117 4.1.4 Coordenadora de Jornalismo ...........................................................................120 4.2 A opinião dos representantes de Associações da comunidade universitária .....122 4.2.1 Adufu - os professores .....................................................................................122 4.2.2 Sintet - os técnico-administrativos .................................................................125 4.2.3 DCE - os estudantes.......................................................................................129 4.3 A construção de imagem – considerações.............................................................130 4.4 A opinião dos jornalistas da mídia externa ..........................................................133 4.4.1 Perfil dos veículos participantes .....................................................................133. 4.4.1.1 Jornal Estado de Minas .......................................................................133 4.4.1.2 Jornal Correio ......................................................................................134 4.4.1.3 TV Integração .....................................................................................134 4.4.1.4 Rádio Educadora AM..........................................................................134 4.4.2 Visão da Assessoria de Imprensa ....................................................................134 4.4.3 Relação com a Universidade – as dificuldades ...............................................136 4.4.4 Jornalista e pesquisador – os entraves na divulgação......................................140 4.4.5 A presença da Ciência e Tecno logia nos veículos...........................................143 4.4.5.1 Jornal Estado de Minas .......................................................................143 4.4.5.2 Jornal Correio ......................................................................................145 4.4.5.3 TV Integração .....................................................................................146 4.4.5.4 Rádio Educadora AM..........................................................................147 4.4.6 Universidade, mídia e sociedade ......................................................................148 4.5 Diagnóstico...............................................................................................................151 4.5.1 Pontos positivos ................................................................................................155 4.5.2 Pontos negativos ...............................................................................................155 CONCLUSÕES ....................................................................................................................157 Aspectos relevantes........................................................................................................159 Mudanças necessárias ....................................................................................................160 O Jornalismo Científico no país .....................................................................................161 Universidade e sociedade: a distância ............................................................................161 A UFU e a mídia: muito a fazer ....................................................................................162.

(9) SUGESTÕES DE AÇÕES ESTRATÉGICAS ..................................................................166 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...............................................................................174. ANEXOS ANEXO 1 - ROTEIROS DOS QUESTIONÁRIOS ..........................................................01 ANEXO 2 – ENTREVISTAS ...............................................................................................10 Entrevista com os dirigentes da Instituição .............................................................................10 Entrevista com representantes de Associações da comunidade universitária .........................18 Entrevista com gerentes da Diretoria de Comunicação Social................................................24 Entrevista com os jornalistas da mídia externa local...............................................................36 Entrevista com os jornalistas da mídia externa regional .........................................................48 ANEXO 3 – DOCUMENTOS ..............................................................................................53 Assessoria de Comunicação da Universidade Federal de Uberlândia .....................................53 Proposta de Ações Básicas de Comunicação...........................................................................58 Balanço dos primeiros meses e perspectivas para os próximos ..............................................89 Projeto de Comunicação – Universidade Federal de Uberlândia ..........................................105 Jornal da UFU – dezembro de 2000 ......................................................................................110.

(10) 12. RESUMO Este trabalho traça um diagnóstico sobre o processo de comunicação e as ações de divulgação científica desenvolvidas pela Diretoria de Comunicação Social da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e de suas relações com a comunidade acadêmica, com a mídia e, conseqüentemente, com a sociedade em geral.. Desenvolve uma reflexão sobre o papel do jornalista na disseminação do conhecimento científico. Chama a atenção para a responsabilidade social do jornalista, que deve trabalhar em regime de parceria com o cientista na prática da divulgação científica para a democratização do conhecimento. Aponta lacunas no processo comunicacional da Universidade e sugere ações complementares para o aprimoramento da divulgação científica.. Palavras-chave: Comunicação, Assessoria de Comunicação, Divulgação Científica, Universidade, Sociedade..

(11) 13. ABSTRACT This paper draws up a diagnostic about the communication process and the actions of the scientific spreading developed by the Social Communication Board of Universidade Federal de Uberlândia ( UFU ) and its relations with the academic community, with the media and therefore, the general society. It develops a thought about the role of the journalist in the dissemination of the scientific knowledge. It calls attention to the social responsibility of the journalist, who must work in a partnership regime with the scientist in the practice of scientific spreading to the democratization of the knowledge. It points out gaps in the communicational process of the University and suggests complementary actions to the improvement of the scientific spreading .. Key words: Communication, Midia support office, Popularization of science, University, Society..

(12) 14. RESUMEN. Este trabajo traza un diagnostico sobre el proceso de comunicación y las acciones de divulgación científica desarrollada por la Dirección de Comunicación Social de la Universidad Federal de Uberlândia (UFU) y de sus relaciones con la comunidad académica, con los medios de comunicación y consecuentemente, con la sociedad en general. Desarrollar una reflexión sobre el papel del periodista en la diseminación del conocimiento científico. Llama la atención para la responsabilidad social del periodista, que debe trabajar en régimen de asociación con los científicos en la practica de la divulgación científica para la democratización del conocimiento. Apunta lagunas en el proceso de comunicación de la Universidad y sugiere acciones complementares para el mejoramiento de la divulgación científica.. Palabras-Clave: Comunicación, Asesoria de Comunicación, Divulgación Científica, Universidad, Sociedad..

(13) 15. INTRODUÇÃO. Em pleno século XXI, na chamada sociedade do conhecimento, emerge a economia do conhecimento, que põe em voga o valor econômico do saber. Nesse processo, em que o conhecimento científico adquire valor estratégico nas relações internacionais, além de promover a melhora da qualidade de vida, a Comunicação, sobretudo a divulgação científica, integra-se como ferramenta indispensável para o desenvolvimento de uma cultura científica mundial. No Brasil, a divulgação científica já faz parte da agenda de preocupações do governo federal. O Livro Branco Ciência, Tecnologia e Inovação, lançado em junho de 2002 pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, traz, ao longo de suas 78 páginas, uma proposta estratégica de rumos para o país nos próximos 10 anos. Entre os objetivos propostos para a Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, está o de estabelecer uma base ampla de apoio e envolvimento da sociedade nesta Política. Dentre as diretrizes estratégicas apontadas para atingir os objetivos, é explicita a necessidade de desenvolver e implementar mecanismos eficientes de comunicação dos resultados, ações e atividades de Ciência, Tecnologia e Inovação para os diversos segmentos da sociedade. Uma das metas é educar para a sociedade do conhecimento, e, para concretizar esse passo, são apontadas as iniciativas que devem ser incrementadas. Entre elas, estão a de difundir a cultura científica e tecnológica na sociedade, incentivar o envolvimento dos meios de comunicação na cobertura dos assuntos da área e promover e apoiar a implantação de museus e exposições que reflitam sobre temas científicos. As discussões sistemáticas sobre a relevância da divulgação científica tomaram vigor, em maio de 2003, durante as campanhas eleitorais dos candidatos à presidência da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), entidade que há mais de 50 anos vem promovendo lutas pela democracia, educação e ciência. Em seu programa, o candidato eleito, o físico Ennio Candotti, aponta a preocupação de intensificar a comunicação científica nos meios já existentes para expandir o diálogo da ciência com a sociedade. No governo federal.

(14) 13. estão em discussão vários projetos de popularização da Ciência e Tecnologia, envolvendo cientistas, educadores e jornalistas. Nesse contexto, as Assessorias de Comunicação das universidades e institutos de pesquisa responsáveis pela geração do conhecimento assumem posições estratégicas. Ao promover um enlace específico entre ciência e comunicação, respondem ao desafio da construção de uma sociedade em que o conhecimento é o propulsor de conquistas sociais, culturais e econômicas. A proposta básica deste trabalho está relacionada ao enfoque sobre a importância de um planejamento e da necessidade de um sistema de comunicação adequado para otimizar a divulgação da produção científica desenvolvida na Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Portanto, o estudo está direcionado aos trabalhos realizados pela Diretoria de Comunicação Social (Dirco) da Instituição, setor responsável pela divulgação das atividades desenvolvidas na Universidade. Com base na minha experiência de quase uma década de atuação na área de Comunicação da UFU (1994 até o momento), constato a existência de uma produção científica significativa e, ao mesmo tempo, a inexistência de uma política sistematizada e articulada de divulgação científica. A meu ver, a responsabilidade da Universidade não termina com a apresentação dos resultados das pesquisas em espaços acadêmicos, como congressos, simpósios, seminários, e nem com a publicação dos trabalhos em espaços específicos, como revistas especializadas, o que normalmente ocorre. Esse novo conhecimento deve ser estendido até o público em geral, por meio da mídia, para que haja uma contribuição efetiva na solução de problemas sociais. Na observação de Kunsch, ...a universidade tem não só o dever mas também a responsabilidade social de reproduzir sua pesquisa, de forma aberta, a toda a sociedade. Não se justifica mais uma produção científica enclausurada em arquivos e prateleiras, com restrito acesso de uma minoria privilegiada. É preciso democratizar a universidade. Um serviço de comunicação é o melhor caminho para a abertura de novos canais de diálogos e democracia, dentro e fora da universidade (KUNSCH, 1992, p. 27).. Nesse caso, a democracia pode ser definida como o estado social em que todos tenham a oportunidade de se informar acerca daquilo que mais possa afetar a sua vida, e que a sociedade esteja organizada de forma tal que as pessoas sejam positivamente estimuladas a interessar-se por assuntos que se referem à Ciência e à Tecnologia. Esse seria o caminho para a formação de uma sociedade mais justa, mais responsável e mais livre..

(15) 14. A UFU, como as demais instituições públicas federais, tem sido cada vez mais convocada a participar da luta pelo desenvolvimento científico e tecnológico do país. Parafraseando Poyares (1998), imagem, divulgação, comunicação cientifica, mídia, sociedade constituem, hoje, as palavras-força que mobilizam e legitimam as instituições públicas. Portanto, a Universidade Federal de Uberlândia, como produtora do conhecimento, deve criar as condições necessárias para estreitar os laços entre a ciência e a sociedade. Isto só será possível, a partir do momento em que se pensar em efetivar políticas internas e externas de divulgação científica na Instituição. A Diretoria de Comunicação Social da Universidade compreende três setores de comunicação, uma Assessoria de Impressa, uma Divisão de Rádio e uma Divisão de Televisão. A mídia da cidade conta com jornal diário, revista mensal, emissoras de rádio em AM e em FM, e canais de TV; entre eles, uma é filiada à Rede Globo, uma à Rede Bandeirantes e uma ao SBT. A infra-estrutura comunicacional tanto interna como externa à Instituição é, portanto, favorável ao incremento de uma política de divulgação científica. Uma questão é saber como ocorre o diálogo entre o pesquisador e os jornalistas da Instituição e dos veículos de comunicação externos. Interessa, também, ter um termômetro do grau de importância da cultura comunicacional científica para esses profissionais. O resultado deste trabalho pretende instigar reflexões sobre o papel da Universidade no que respeita à divulgação científica, ou seja, se a Instituição deve resignar-se a ser uma empresa cega produtora de ciência e tecnologia ou se deve tentar exercer e incentivar uma reflexão crítica sobre os usos que se fazem do conhecimento nela produzido. A primeira observação leva a Instituição a cair no conceito que Santos aborda, em sua dissertação de mestrado, quando ele afirma que “...Hoje, há a impressão de que a universidade é uma grande biblioteca distante, onde apenas uma pequena parcela da população pode consultá- la e mesmo assim não tendo direito a usufruir da sua produção acadêmica, excetuando-se os que nela estudam ou trabalham” (SANTOS, 1999, p. 61). Na observação do autor, “...Este equívoco é resultado, muitas vezes, da falta de preocupação da comunidade acadêmica em divulgar seus estudos e pesquisas” (SANTOS, 1999, p. 61). No que se refere à segunda observação, para que a Universidade incentive uma reflexão crítica dos resultados de sua produção científica, é necessário um trabalho conjunto de jornalistas e pesquisadores. Nesse caso, a Assessoria de Imprensa ou de Comunicação passa a ser um instrumento estratégico fundamental. Santos (1999, p. 60), ao referir-se sobre o funcionamento da Assessoria de Comunicação em uma instituição superior, recorre a Caldas (1997), que destaca a importância da atuação de jornalistas e pesquisadores que podem,.

(16) 15. fazer chegar às mão de seus colegas de redação as mais recentes descobertas da ciência. Atuam como mediadores entre a opinião pública e o cientista para disseminar suas contribuições acadêmicas nas soluções dos problemas do cotidiano e nas aplicações para as rápidas transformações sócio econômicas e políticas do mundo moderno.. Com o objetivo de apontar a necessidade de pensar e de agir nessa perspectiva, este estudo faz um convite à reflexão: como o conhecimento científico e tecnológico produzido na Universidade Federal de Uberlândia é levado à sociedade? Do ponto de vista de um olhar preocupado com o planejamento e a sistematização das ações de Comunicação em geral e sobretudo da divulgação científica, entendo que é preciso ser feito um diagnóstico da Comunicação com o objetivo de apontar erros e acertos para, posteriormente, propor ações estratégicas que possam contribuir para a dinamização do processo de Comunicação na Instituição. Observa-se que, no próprio âmbito de comunicação da UFU, não existe, porém, uma política de divulgação científica articulada, o que, conseqüentemente, reflete também na pauta dos veículos de comunicação externos, pois grande parte dela é alimentada pela Universid ade. A proposta desta pesquisa é, portanto, analisar e compreender melhor como ocorrem os processos e experiências de divulgação científica na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), uma instituição pública que deve dar sua efetiva contribuição para o incremento da massa crítica na divulgação científica. Uma resposta à sociedade, que, muitas vezes, desconhece o verdadeiro papel de uma universidade. Caldas (1998) chama a atenção para o fato de que “é necessário que o discurso científico e tecnológico não fique restrito aos fóruns acadêmicos ou nos veículos de divulgação especializados. A discussão deve ser ampliada na mídia...” (CALDAS, 1998, p. 200). A preocupação da autora justifica-se, pois do apoio popular e não só da qualidade das pesquisas depende a sobrevivência das universidades públicas, responsáveis por grande parte das pesquisas e novas tecnologias produzidas no Brasil. A conclusão deste trabalho poderá contribuir para desenvolver, nos diferentes segmentos da Instituição, a conscientização da importância da divulgação das pesquisas. A expectativa é de que os resultados apontados por esta pesquisa ajudem a promover a integração entre a comunidade universitária e a sociedade, socializando o conhecimento científico no âmbito interno e externo, o que deverá contribuir com o aprimoramento e consolidação da imagem institucional. Com o incremento da divulgação da produção científica e de trabalhos de extensão à comunidade, a Universidade busca legitimar seu papel junto à sociedade, podendo justificar.

(17) 16. social e economicamente a sua existência. Esse resultado será uma satisfação pública dos recursos financeiros investidos nas pesquisas. Pretende, também, contribuir significativamente na solução de problemas relacionados à divulgação científica, colocando a Instituição no caminho da modernidade com estratégias de comunicação. Daí a importância capital de se traçar um diagnóstico da Comunicação da Instituição, mediante o trabalho desenvolvido pela sua Diretoria de Comunicação Social, para, posteriormente, propor ações estratégicas de comunicação que possam atender, de forma sistemática, jornalistas, pesquisadores e, sobretudo, integrar universidade e sociedade.. Objetivos. Objetivo Geral. Este estudo visa compreender o papel das assessorias de comunicação no processo de divulgação científica das universidades federais brasileiras. Tem por objetivo discutir a função estratégica da área de Comunicação no processo de construção da imagem das instituições públicas de ensino superior, tendo como referencial o trabalho desenvolvido pela Diretoria de Comunicação Social (Dirco), da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Pretende, ainda, refletir sobre a importância da conscientização da comunidade universitária e seus diferentes públicos – professores, técnico-administrativos e alunos –, na formação de uma cultura comunicacional científica e sua relação com a opinião pública em geral.. Objetivos Específicos. -. Fazer um diagnóstico dos processos de Comunicação da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com base no trabalho desenvolvido na Diretoria de Comunicação Social (Dirco), no período de 2002 a 2003, e, ainda, fazer um breve resgate da história da Comunicação na Instituição.. -. Examinar a postura dos dirigentes com relação à política e às práticas de Comunicação da Instituição..

(18) 17. -. Descrever os veículos de Comunicação elaborados pela Diretoria de Comunicação Social e seus respectivos públicos;. -. Verificar a infra-estrutura e o perfil dos profissionais da área de Comunicação da Instituição;. -. Mapear as ações e relatar a rotina de divulgação da Diretoria de Comunicação Social;. -. Examinar o grau de conscientização dos jornalistas, representantes da comunidade universitária e dirigentes da Instituição sobre a importância de levar o conhecimento científico até a sociedade;. -. Analisar o relacionamento entre a assessoria de comunicação e os pesquisadores da Instituição com os veículos de comunicação externos;. -. Saber como os representantes da comunidade universitária, dirigentes e jornalistas lançam seu olhar sobre a Universidade Federal de Uberlândia.. -. Sugerir ações estratégicas para a dinamização do processo de Comunicação na Instituição, com base no diagnóstico.. As principais questões que nortearam o desenvolvimento desse trabalho foram: -. Existe uma política de Comunicação na Diretoria de Comunicação Social?. -. Os dirigentes da Instituição apóiam ou têm interesse pela divulgação científica? Ou ainda, como eles vêem o papel da Comunicação na construção da imagem da Instituição?. -. Os jornalistas da mídia e representantes da comunidade universitária têm consciência da importância de levar o conhecimento científico à sociedade?. -. Como se relacionam jornalistas e pesquisadores da Universidade?. -. A formação dos jornalistas que atuam na Diretoria de Comunicação Social é suficiente para a divulgação científica?. Metodologia. Ao iniciar esta pesquisa, deparei- me com um problema de ordem metodológica que foi considerado e especialmente observado durante o percurso de todo o meu trabalho: o fato de estar na posição de pesquisadora e fazer parte do objeto pesquisado. Para a pesquisa e análise dos dados, portanto, impus- me uma postura e uma reflexão epistemológica frente ao objeto do.

(19) 18. qual faço parte, embora temporariamente afastada das funções para o desenvolvimento desta dissertação, propiciando, assim, um certo distanciamento crítico. Quando me afastei da Assessoria de Imprensa, início de 2002, as atividades desenvolvidas na área fluíam morosamente. A gestão da Diretoria de Comunicação Social encontrava-se numa fase de transição. Momento em que geralmente são inseridas novas propostas de trabalhos e interrompidos projetos que vinham sendo desenvolvidos na área. Um estágio costumeiro, vivido em etapas, de quatro em quatro anos, quando da troca de reitores e suas equipes. Como eu já havia presenciado duas fases dessas no setor, conhecia bem as características de tais períodos. Por vários anos atuando na Assessora de Imprensa, sempre busquei respostas para essa conduta. E não é um caso excepcional, mas familiar à maioria das instituições públicas, como pode ser constatado na fala de alguns estudiosos da área no segundo capítulo deste trabalho. É interessante verificar que não deixei de assumir, quer durante o estudo, quer no relato escrito, meu caráter de membro da instituição pesquisada, e que este conhecimento implicou necessariamente um irredutível compromisso com a seriedade científica, com o trabalho dedicado e persistente, com o estudo sistemático e com a busca incessante de informações. Deixando de lado toda motivação alheia que conduzisse ao erro, à irracionalidade; assumindo uma postura de pesquisadora diante de divergências ou conflitos ideológicos. Como realizei um diagnóstico da Comunicação na Diretoria de Comunicação Social da Universidade Federal de Uberlândia, a presente pesquisa de natureza qualitativa, configura-se como um Estudo de Caso, que possibilitou identificar os processos de comunicação cientifica na Instituição. Um princípio básico desse tipo de estudo é que, para uma apreensão mais completa do objeto, é preciso levar em conta o contexto em que ele se situa. Uma das características fundamentais deste método é, portanto, a “interpretação em contexto”. Recorrendo a Bogdan (1982), Lüdke & André (1986) observam que a pesquisa qualitativa “envolve a obtenção de dados descritivos, obtidos no contato direto do pesquisador com a situação estudada, enfatiza mais o processo do que o produto e se preocupa em retratar a perspectiva dos participantes” (LÜDKE & ANDRÉ, 1986, p. 13). Ao se referir ao Estudo de Caso, as autoras explicam que. O estudo de caso é o estudo de um caso, seja ele simples e específico (...) O caso é sempre bem delimitado, devendo ter seus contornos claramente.

(20) 19. definidos no desenrolar do estudo. O caso pode ser similar a outros, mas é ao mesmo tempo distinto, pois tem um interesse próprio, singular (...) Quando queremos estudar algo singular, que tenha um valor em si mesmo, devemos escolher o estudo de caso (LÜDKE & ANDRÉ, 1986, p. 17).. As autoras chamam a atenção para o fato de que a preocupação central, ao desenvolver esse tipo de pesquisa, é a compreensão de uma instância singular. Isso significa que o objeto estudado é tratado como único, uma representação singular da realidade que é multidimensional e historicamente situada. Desse modo, a questão sobre o caso ser ou não típico, isto é, empiricamente representativo de uma população determinada, torna-se inadequada, já que cada caso é tratado como tendo um valor intrínseco caso (LÜDKE & ANDRÉ, 1986, p. 21).. Para Triviños, o Estudo de Caso “ é uma categoria de pesquisa cujo objeto é uma unidade que se analisa aprofundadamente” (TRIVIÑOS, 1987, P. 133). Seguindo os conceitos de Bogdan, distinguem-se vários tipos de Estudo de Caso, entre eles, os “Estudos de Casos histórico-organizacionais”, que abordam o comportamento do pesquisador. O interesse do pesquisador recai sobre a vida de uma instituição. A unidade pode ser uma escola, uma universidade, um clube, etc. O pesquisador deve partir do conhecimento que existe sobre a organização que deseja examinar. Que material pode ser manejado, que está disponível, ainda que represente dificuldades para seu estudo. Isto significa que existem arquivos que registraram documentos referentes à vida da instituição, publicações, estudos pessoais com os quais é possível realizar entrevistas etc. Esta informação prévia necessária é básica para delinear preliminarmente a coleta de dados. (TRIVIÑOS,, 1987 p. 134-135).. Nesse contexto, percebe-se que, no Estudo de Caso, como em toda pesquisa de natureza qualitativa, é de fundamental importância a proximidade do pesquisador com o objeto a ser pesquisado. Vale ressaltar, ainda, que todo o estudo partiu de um conhecimento tácito do objeto de pesquisa.. Primeira Pessoa Neste trabalho, em alguns momentos, optei pela utilização do pronome pessoal na primeira pessoa do singular. Como sublinha Fourez,.

(21) 20. Responder à questão “O que eu quero? Implica sempre um passo em direção ao desconhecido, um passo quase místico, na medida em que é sempre a decisão de ir em frente para a construção parcialmente irreversível de nossa história. É impossível escapar à escolha, e a maioria dos “é preciso” ou “deve-se” colocados de maneira absoluta são apenas véus ideológicos para mascarar proposições do tipo “eu quero”, ou “nos queremos” (FOUREZ, 1995, p. 275).. Esse mesmo autor, à página 276, cita Nietzsche, que diz “evitar esses ‘eu quero’ por medo de se envolver e refugiar-se nos ‘deve-se’ ou ‘a ética diz que’ é uma moral de escravos que não ousam ser livres”. Fourez lembra que há cristãos que pensam do mesmo modo, em uma lógica religiosa. Para eles, Jesus teve tanta confiança nessa Presença que ele chamava de Pai, que ele não teve medo de falar com autoridade e de dizer “eu quero”; e, do mesmo modo, depois dele, os cristãos podem viver com uma tal confiança que eles não tenham mais medo de fazer livremente a sua história, dizendo eles também “eis o que eu quero” (FOUREZ, 1995, p. 276).. Dessa forma, assumo a posição de pesquisadora, envolvida com o objeto, mas numa perspectiva crítica. Na verdade, em todo objeto pesquisado, é inevitável a interferência do observador, uma vez que toda escolha já representa um olhar, uma reflexão, um ponto de vista, porquanto o pesquisador não pode abrir mão de seu papel como sujeito da história que está relatando. O cuidado necessário é, porém, estabelecer claramente os caminhos percorridos e explicitar as escolhas.. Procedimentos metodológicos Para me aproximar do universo da pesquisa, em primeiro momento, recorri à pesquisa bibliográfica para aprofundar e fundamentar conhecimentos relacionados aos temas Universidade, Assessoria de Comunicação e Jornalismo Científico. Essa etapa, além de ter possibilitado o relacionamento das descobertas feitas durante a pesquisa, auxiliou para que fossem tomadas decisões mais seguras sobre as direções mais adequadas e importantes no sentido de concentrar esforço e atenções. Posteriormente, foi feita a pesquisa de campo, que incluiu um levantamento comparativo de 1997 a 2001, do número de pesquisas e produções científicas da Universidade Federal de Uberlândia.. Foram analisados os processos de divulgação da Diretoria de.

(22) 21. Comunicação Social, a forma pela qual seus veículos comunicam-se com os seus públicos e, ainda, como é feita a difusão da Ciência e Tecnologia. Todo o trabalho foi subsidiado pela pesquisa documental, que representa uma fonte poderosa de informações. A análise documental é uma valiosa técnica de abordagem de dados qualitativos, seja complementando as informações obtidas por outras técnicas, seja desvelando aspectos novos de um tema ou problema. São considerados documentos quaisquer materiais escritos que possam ser usados como fonte de informação. Estes incluem, entre outros, leis, regulamentos, normas, pareceres, cartas, memorandos, jornais, revistas, discursos e estatísticas. Outro recurso usado nesta pesquisa foi a entrevista semi-estruturada. Segundo Triviños (1987, p. 145-146), este tipo de entrevista “é um dos principais meios que tem o investigador para realizar a Coleta de Dados”, Podemos entender por entrevista semi-estruturada, em geral, aquela que parte de certos questionamentos básicos, apoiados em teorias e hipóteses, que interessam à pesquisa, e que, em seguida, oferecem amplo campo de interrogativas, fruto de novas hipóteses que vão surgindo à medida que se recebem as respostas do informante. Desta maneira, o informante, seguindo espontaneamente a linha de seu pensamento e de suas experiências dentro do foco principal colocado pelo investigador, começa a participar da elaboração do conteúdo da pesquisa (TRIVIÑOS, 1987, p. 146).. A entrevista semi-estruturada favorece a liberdade de percurso e um maior contato entre o pesquisador e os sujeitos da pesquisa. Possibilita, ainda, o aparecimento de temas ou questões levantados pelos entrevistadores, que se tornam fundamentais para a investigação. Na avaliação desse mesmo autor,. ...a entrevista semi-estruturada mantém a presença consciente e atuante do pesquisador e, ao mesmo tempo, permite a relevância na situação do ator. Este traço da entrevista semi-estruturada, segundo nosso modo de pensar, favorece não só a descrição dos fenômenos sociais, mas também sua explicação e a compreensão de sua totalidade, tanto dentro de sua situação específica como de situações de dimensões maiores (TRIVIÑOS, 1987 p. 152).. As entrevistas foram feitas com roteiros previamente elaborados e realizadas durante o ano de 2002 e 2003. Os roteiros foram produzidos com perguntas gerais e especificas, direcionadas de acordo com o envolvimento do entrevistado no objeto em questão. Vale registrar que dos roteiros surgiram novas interrogativas..

(23) 22. Foram entrevistados dirigentes e líderes de diferentes segmentos da Universidade pelo papel que ocupam na formação da opinião pública e no processo de difusão da informação científica.. Na ausência do titular de alguns setores, foram entrevistados profissionais. diretamente ligados às áreas em questão. Participaram também da amostra seis jornalistas da mídia local e dois da regional. Nos meios de comunicação que interagem com a Universidade, foram escolhidos dois jornalistas de cada veículo, o editor e o repórter, possibilitando, assim, uma visão mais acurada da imagem da Instituição, bem como de seu relacionamento e comunicação com a mídia.. Dirigentes da Instituição -. Reitor da UFU: Arquimedes Diógenes Ciloni. -. Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação: Jomar Medeiros Cunha. -. Diretor de Comunicação Social: Paulo Roberto Franco Andrade. Representantes de Associações da comunidade universitária: professores, técnico-administrativos e estudantes -. 1º Tesoureiro da Seção Sindical dos Docentes da UFU (Adufu): Eduardo Macedo de Oliveira.. -. Coordenador Geral do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições Federais de Ensino Superior de Uberlândia (Sintet): Paulo Henrique dos Santos.. -. Coordenador de Formação Política do Diretório Central dos Estudantes (DCE): Otávio Augusto Reis Maciel.. Gerentes da Diretoria de Comunicação Social -. Assessoria de Imprensa: como a Assessoria de Imprensa ainda não tem um gerente, quem respondeu pelo setor foi a coordenadora de Jornalismo da Divisão de Rádio, Divisão de Televisão e Assessoria de Imprensa, Ana Lúcia Gomes Anunciação (Ana Guaranys)..

(24) 23. -. Divisão de Rádio: Alexandre Paulo Heilbuth. -. Divisão de Televisão: como a Divisão, atualmente, não conta com um gerente, quem respondeu pelo setor foi o Diretor de Comunicação Social, Paulo Roberto Franco Andrade.. Jornalistas da mídia externa local - TV Integração (filiada a Rede Globo) Editora: Mônica Cunha Ferreira Repórter: Ana Maria Simões Passos. - Rádio Educadora AM Editor: Neivaldo Honório da Silva (Magoo). Repórter: Eliane Gonçalves da Mota. - Jornal Correio Editor: Rute Marques Rocha Repórter: Rafael Neves Godoi. Jornalistas da mídia externa regional - Jornal Estado de Minas Editor: José Luiz Longo Repórter: Tacyana Arce. Além das entrevistas previstas para este estudo, foram ouvidas outras fontes, à medida que surgiram questionamentos essenciais para o desenvolvimento do trabalho. Entre elas, exdiretores da Diretoria de Comunicação social e integrantes do quadro da Instituição, que, com seus depoimentos, contribuíram para o registro da história da UFU e da área de Comunicação da Instituição, em particular, objeto desta pesquisa..

(25) 24. Estrutura da Dissertação. Este trabalho articula-se em quatro partes ou capítulos. Inicialmente, o primeiro capítulo faz uma reflexão sobre o papel das universidades federais e ainda de seu perfil no contexto das universidades públicas. Traça a representatividade destas instituições no cenário nacional no que respeita ao desenvolvimento científico e tecnológico, e chama a atenção, ainda, para a importância da interação entre a universidade e a sociedade. O segundo capítulo, dedicado à comunicação pública da ciência, destaca a importância da Divulgação Científica e do Jornalismo Científico, com a conceituação elaborada por teóricos da área. Trata também do papel da Assessoria de Comunicação, por ser o elo de entendimento entre as instituições geradoras de Ciência e Tecnologia e a mídia. Esgrime, ainda, sobre a fragilidade com que esse setor convive a cada desmonte provocado, quando da troca de gestores no serviço público. O capítulo três apresenta o perfil da Universidade Federal de Uberlândia. Faz um breve relato das áreas de Pesquisa e Comunicação. Um retrospecto desta última, levando em conta que, até a execução deste trabalho, não havia registros sobre o processo de implantação da Assessoria de Imprensa, Rádio e TV Universitárias e seu desenvolvimento. O resgate foi possível por meio de depoimentos de personalidades que fazem a história da Comunicação na Instituição. Uma etapa importante, pois, independente da área, o que constrói uma Instituição é o passado de suas lutas; as suas ações no presente e o planejamento no futuro. Ainda neste capítulo, são descritas as estratégias atua is de Comunicação desenvolvidas na Instituição, abordando as ferramentas utilizadas pela Diretoria de Comunicação Social na divulgação das atividades desenvolvidas na Universidade. O capítulo quatro revela a opinião dos atores envolvidos direta e indiretamente no processo de produção e divulgação das pesquisas e produções científicas: reitor, pró-reitor de pesquisa e pós-graduação, diretor de comunicação, coordenadora de jornalismo; os representantes dos três segmentos: alunos, professores e técnico- administrativos e jornalistas da mídia externa. Nesta parte do trabalho, está instalado o termômetro da Comunicação da Instituição, que oscila com base nas convergências e divergências de posicionamentos de cada um dos envolvidos no processo de Comunicação púb lica da ciência. Por fim, a parte conclusiva aponta para as perspectivas e os limites do desempenho da Comunicação universitária. Além disso, no sentido de contribuir para a consolidação de uma.

(26) 25. cultura comunicacional, sobretudo no que diz respeito à divulgação científica, e com base no diagnóstico realizado, esta dissertação sugere alguns dos caminhos a serem percorridos para o aprimoramento das ações de Comunicação desenvolvidas na Diretoria de Comunicação Social. Penso ser este um dos pontapés primordiais para promover a socialização do conhecimento produzido na Universidade e estabelecer um maior intercâmbio com a sociedade..

(27) 26. CAPÍTULO I A UNIVERSIDADE FEDERAL NO CONTEXTO DAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS BRASILEIRAS. 1.1 Universidades Públicas – Reflexões Prévias As instituições federais de ensino superior têm sido objeto de freqüentes críticas no âmbito nacional. Face à escassez de recursos e às constantes reduções de verbas, a universidade pública brasileira torna-se, cada vez mais, alvo de questionamento da sociedade, que busca respostas para o seu sentido e significado. Nesse contexto, a perspectiva de privatizar o ensino público, não raro, vem à baila. Assistimos a uma investida contra a educação pública, que vem provocando a inviabilidade da própria universidade na execução do tripé em que ela se baseia: ensino, pesquisa e extensão. Em meio a tantos conflitos sociais que se refletem, tanto interna como externamente, nas instituições, as universidades públicas estão à busca de um caminho para responder a determinadas expectativas com respeito à sociedade que a origina. Num cenário como esse, é impossível fechar os olhos e distanciar-se das seguintes reflexões: como pensar a universidade? Qual o perfil de universidade de que a sociedade efetivamente necessita? Qual a importância da universidade pública para o desenvolvimento do país? De acordo com Barbieri (1999): Pensar a universidade é situá-la no contexto das vicissitudes de que emergiu renovada a cada nova crise. Pensar a universidade é pensar as questões cruciais para o homem e para mulher situados em suas diferenças históricas, sociais e culturais. Pensar a universidade é pensar o mundo que se quer mais humano, mais justo, mais sábio (BARBIERI, 1999, p. 10-11).. Para Pereira (1999), a universidade de que necessitamos, de que o país precisa é “uma instituição integrada, capaz de formar seus alunos no rigor da técnica, na compreensão da.

(28) 27. cidadania e no compromisso com a qualidade de vida da população” (PEREIRA,1999, p. 1718). O autor comunga com a idéia de que: A universidade pela qual lutamos é um sonho de muitos e muitos outros e os imperativos da racionalidade instrumental, traduzida na conta fria dos economistas, podem ser superados e ultrapassados pela compreensão de que o futuro de nosso país, de nossos filhos e das gerações vindouras, se forja a partir de agora. É preciso uma opção clara e nítida pela Universidade pública e de qualidade, comprometida com o mais específico e o mais abstrato, aberta à avaliação sem preconceitos, disposta a interagir com seus parceiros para tornar melhor e mais digna a vida humana (PEREIRA, 1999, p. 18).. Isso justifica o esforço consciente para se pensar sobre a universidade e, potencialmente, agir de uma forma transformadora, tendo como meta fazer com que o ensino, a pesquisa e a extensão desenvolvidos na universidade tornem-se um dos motores de aceleração do desenvolvimento do país e, conseqüentemente, da melhoria de qualidade de vida de toda a nação. Tal compromisso é reconhecido por Ribeiro (1978), quando afirma que a universidade deve ...capacitar-se para aplicar tal saber ao conhecimento da sociedade nacional e à superação de seus problemas; crescer, conforme um plano, para formar seus próprios quadros docentes e de pesquisa e para preparar uma força de trabalho nacional de grandeza e de grau de qualificação indispensável ao progresso autônomo do país; atuar como motor de transformação que permita à sociedade nacional integrar-se à civilização emergente (RIBEIRO, 1978, p. 172).. Ainda, segundo esse mesmo autor, “uma das funções mais elevadas da universidade é o cultivo do saber e o exercício da investigação científica e tecnológica” (RIBEIRO, 1978, p. 116). Essa mesma linha de pensamento é exposta na Declaração Mundial sobre Educação Superior, divulgada durante a Conferência Mundial de Educação Superior, realizada na sede da Unesco, em Paris, de 5 a 9 de outubro de 1998. De acordo com o artigo I publicado na Declaração, uma das missões e funções da educação superior é avançar, criar e difundir o saber através da pesquisa e, como forma de servir à comunidade, prestar consultorias relevantes a fim de auxiliar o desenvolvimento cultural, econômico e social, promovendo e desenvolvendo a pesquisa científica e tecnológica, além de promover a investigação nas ciências sociais, na área das humanidades e nas artes (DECLARAÇÃO..., 1999, p. 65)..

(29) 28. Entre as propostas expressas no Quadro de referência relativo à ação prioritária para mudança e desenvolvimento na educação superior, os Estados devem “reforçar os vínculos da educação superior com a pesquisa. (...), já que o ensino e a pesquisa são dois elementos intrinsecamente associados à produção do conhecimento” (QUADRO..., 1999, p. 98-99).. 1.2 A pesquisa na universidade No Brasil, tradicionalmente, as universidades e as escolas superiores isoladas tinham o ensino como meta única. Depois, foram reconhecidas como próprias as funções de pesquisa e, nos últimos tempos, incorporou-se a extensão como responsabilidade universitária. Em meio a essa trajetória, o debate sobre o sistema público de ensino superior brasileiro tem privilegiado a análise da viabilidade ou não da realização de pesquisas dentro das universidades. Há certa divergência de opiniões: os que defendem e os que criticam a associação ensino e pesquisa na universidade. “É impossível atender à demanda crescente por ensino superior com universidades que associam ensino a pesquisa. É muito caro” (...) “Uma faculdade de engenharia precisa de um bom professor de física, não de um bom pesquisador”, declarou a educadora Eunice Durham, da USP, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo (ALIAR..., 2002, p. A17). Sua opinião não é, porém, compartilhada por outros educadores, que reconhecem a pesquisa como parte integrante e estimuladora do processo de aprendizagem. Na mesma reportagem do jornal em referência, o então presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Carlos Henrique de Brito Cruz, hoje reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), observa “...Vejo o contrário: a pesquisa ajuda o professor a oferecer um ensino muito melhor” (ALIAR..., 2002, P. A17). De fato, o financiamento de uma instituição qualificada, que se baseia em ensino, pesquisa e extensão, demanda da sociedade um aporte significativo de recursos. Entretanto, num país como o Brasil, onde apenas 10,4% da faixa de pessoas entre 18 e 24 anos têm acesso à formação superior (BICUDO, 2002), e parcela significativa desses jovens trabalham durante o dia, sendo obrigados a optar pelo ensino privado, é fundamental a extensão do acesso ao ensino superior público, gratuito e de qualidade a amplas camadas da população. Além dessa enorme exclusão de milhões de pessoas das oportunidades propiciadas pela.

(30) 29. qualificação universitária, tal situação afeta a capacidade do país de preparar, em número expressivo, profissionais capazes de gerar conhecimento e de produzir riqueza. Não se pode questionar e desprezar a realidade de que as universidades públicas, que associam ensino e pesquisa, são indispensáveis para o desenvolvimento científico, tecnológico, econômico e social do país. Nelas, ao mesmo tempo em que se oferece ensino de graduação de boa qualidade, formam-se novos pesquisadores e realizam-se investigações cujo resultado é de domínio público e de algo interesse social. São as pesquisas desenvolvidas nos laboratórios universitários que têm dado expressiva contribuição no combate às doenças da humanidade e às pragas agrícolas, no desenvolvimento de tecnologias que transformaram as áreas de agricultura, zootecnia, as construções civis, a extração de petróleo em águas profundas e ainda pela sua constante análise dos problemas sociais como a violência, a pobreza e a marginalidade. De toda maneira, o fato é que a produção e a utilização de ciência e de tecnologia não são desprezadas atualmente por país algum; pelo contrário, são consideradas fatores estratégicos para a construção de uma nação mais dinâmica, competitiva e socialmente mais justa. A verdadeira questão é saber que os recursos empregados na área não são gastos desnecessários. A universidade que realiza pesquisa, fundamental para a soberania do país, exige investimentos significativos (...) É preciso otimizar e racionalizar recursos, mas é fundamental entender que não há desenvolvimento sem educação, que educação é investimento e não custo, e que desenvolvimento deve ser feito com justiça social (MARANHÃO, 1999 p. 38).. Hoje, na chamada sociedade do conhecimento, um país que não investe na pesquisa e no ensino superior está comprometendo o seu futuro, já que a produção do conhecimento e a formação superior representam muito para o incremento da riqueza material de uma nação. Brito Cruz (2002) enfatiza que o investimento no ensino superior público no Brasil “não é apenas necessário: é insubstituível”. Ele lembra que Foi o ensino público e gratuito do ITA que fez do Brasil um dos principais fabricantes e exportadores de aviões a jato do mundo com exportações de quase US$ 2 bilhões em 2000. E foi o ensino superior público e gratuito da Esalq -USP, da Federal de Viçosa, da Unicamp, da UFMG e outras que educou as pessoas que, na Embrapa, fizeram da soja brasileira um empreendimento de alta tecnologia, atingindo exportações de mais de US$ 3 bilhões em 2000. E é graças ao empenho de engenheiros da Co ppe, UFRJ, USP, Unicamp e outras instituições de ensino público e gratuito que o País está às portas da auto-suficiência em petróleo, através de desenvolvimentos.

(31) 30. tecnológicos capitaneados pelo Centro de Pesquisas da Petrobrás e invejados em todo o mundo (BRITO CRUZ, 2002, p. A2). Ainda nessa linha de valorização do ensino superior público, Kunsch já afirmava “...as universidades concentram hoje o maior e mais qualificado contingente de pesquisadores em ciência e tecnologia do país. E é delas que provém grande parte da melhor pesquisa que nós produzimos” (KUNSCH, 1992, P. 43). Uma década depois, é possível verificar o reconhecimento internacional dos avanços da ciência nacional. Grande parte, fruto do trabalho desenvolvido nas universidades públicas. A formação contínua de um contingente de pesquisadores em várias áreas do conhecimento tem permitido um bom número de iniciativas ousadas, como, por exemplo, o Projeto Genoma, desenvolvido conjuntamente no Brasil por universidades públicas e institutos públicos de pesquisa de forma integrada com parceiros internacionais, e ainda um aumento significativo de publicações científicas. Segundo Meneghini (2002, p. 6-9), após um crescimento de 34% no período 19851999, estima-se que, atualmente, as publicações de autores brasileiros atinjam 1,1% da produção científica mundial, próximo dos índices da Coréia (com 1,2%) e da Índia (com 1,7%). De acordo com os Indicadores... (2002), só no ano 2000, as Ifes foram responsáveis por 2.066 citações no Índice de Citação Científica (SCI), entidade fundada em 1958 na Filadélfia, nos Estados Unidos. Desde 1961, o SCI registra as citações de estudos feitos nas mais importantes publicações científicas e é mundialmente considerado como um dos principais fatores de impacto da produção científica. Nesse contexto, evidencia-se, mais uma vez, a importância das universidades públicas no desenvolvimento científico e tecnológico do país. Portanto, nada disso seria realidade não houvesse um empenho persistente e cumulativo de educação com padrões elevados de excelência, papel fundamental que vêm desempenhando as universidades públicas, ao longo dos últimos anos. Como geradora de conhecimento, a universidade pública deve investir no ensino, na extensão e na pesquisa concomitantemente. Tanto na pesquisa básica quanto na aplicada, nas ciências naturais, nas humanas e sociais, de modo a garantir padrões de modernidade e de equilíbrio entre o avanço da ciência e da técnica e a felicidade do homem. Para tanto, a atividade criadora da universidade deve ser permanentemente estimulada. Um país que queira alcançar estágio mais avançado de crescimento não pode prescindir da existência de.

(32) 31. instituições públicas universitárias e suas aplicabilidades, que vêm ao longo de sua história, executando funções estratégicas para o seu desenvolvimento.. 1.3 Cenário nacional No país, existem 52 instituições federais de ensino superior. Apesar de se ressentirem da falta crônica de verbas, as universidades federais, como as demais instituições públicas de ensino, mantêm posição de destaque no cenário brasileiro. Brisolla e Carvalho (2002) salientam que “as universidades – principalmente a pública, no caso do Brasil – são o ‘lugar geométrico’ da formação de pesquisadores e da produção científica, incluindo aquela com perspectiva de geração de tecnologias apropriáveis pelo setor produtivo” (BRISOLLA E CARVALHO, 2002, p. 8). Esses mesmos autores observam também que a empresa Petrobras é hoje líder mundial em tecnologias de águas profundas, e teve parte significativa de seus resultados tributada “aos esforços realizados internamente ou em cooperação com parceiros nacionais, principalmente universidades e institutos públicos de pesquisa” (BRISOLLA E CARVALHO, 2002, p. 15). Com relação à titulação de pessoal, Bicudo (2002) evidencia que as instituições públicas continuam a apresentar maior porcentagem de pessoal titulado. Nas federais do país, 64, 8% do quadro têm pelo menos o título de mestre e 28,9% o de doutor. Motoyama et al. (2002) mostram que atuam, hoje, no país, 11.760 grupos de pesquisa, trabalhando em 41.539 linhas de pesquisa, envolvendo 48.781 pesquisadores, 59.526 estudantes e 16.769 pessoas ligadas ao apoio técnico, no contexto de uma população total de aproximadamente 160 milhões de habitantes. Desse total, cerca de 80% dos grupos de pesquisa trabalham em universidades públicas. Além disso, as instituições federais lideram o ranking dos cursos de melhor conceito no Exame Nacional de Cursos, o Provão. De acordo com a lista dos 40 cursos “cinco estrelas”, produzida mediante desempenho no Provão desde 1997, 17. são mantidos por. instituições federais, 14 estão em estabelecimentos estaduais e nove são privados (INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA-INEP, 2003 a). A representatividade das instituições públicas federais e estaduais também está presente na concorrência no vestibular, na avaliação da Capes, na formação de profissionais qualificados e, ainda, por deter número expressivo de produção científica no País..

(33) 32. Esses resultados revelam que a Universidade Pública é a referência de qualidade para o conjunto do sistema de ensino superior brasileiro.. 1.4 Universidade e sociedade Quando se fala de universidade em termos do desejável, do ideal, faz-se referência a uma estrutura capacitada para vincular-se à sociedade. Ensino, pesquisa e extensão constituem as palavras-chave que movem uma universidade. Para tanto, é preciso que todo o desenvolvimento dessas atividades seja acompanhado e compreendido pela opinião pública, sobretudo no que concerne à sua produção científica e tecnológica. Para isso, é necessário que as universidades saiam do quadro exposto por Kunsch: ...as universidades brasileiras sabem ser necessário divulgar os frutos do trabalho científico, tecnológico, cultural e artístico de seus pesquisadores. Mas a maioria ainda não se conscientizou da importância de possuir, em sua estrutura organizacional, um sistema planejado de comunicação, apto a difundir de forma eficaz a sua produção científica (KUNSCH, 1992, p. 9).. As universidades federais são alvo constante de críticas da opinião pública. As palavras de Doty parecem especialmente oportunas “...Todos nós - cidadãos, instituições, empresas e órgãos governamentais – somos passíveis de julgamento em dois tribunais: o da Justiça e o da opinião pública” (DOTY, 1995, p. 18). Portanto, é preciso que as universidades incrementem um trabalho mais agressivo e sistemático de comunicação para que, através da mídia, a sociedade possa ficar ao par das pesquisas e produções científicas desenvolvidas nos âmbitos das instituições. Um caminho irreversível, que muito irá contribuir para a democratização do conhecimento e a abertura de diálogo com a sociedade. No que respeita à abordagem, Kunsch (1992), com muita propriedade, fazia um alerta e uma espécie de profecia no início da década passada: ..se, no futuro, a universidade não comprovar o seu trabalho com resultados concretos, dificilmente ela encontrará apoio para ser sustentada pela sociedade. Ocorre que todas as conquistas alcançadas por ela no campo da ciência e da tecnologia, para superar problemas de toda ordem, nem sempre são percebidas pela população, em razão, justamente, da ausência de uma política de transparência. Isso se evidenciava, por exemplo, nos últimos anos, quando universidades públicas permaneciam em greves prolongadas, e o público em geral dava a impressão de que nem se importavam com o que.

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