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CONTRIBUIÇÕES DA GESTÃO DE PROJETOS PARA PROCESSOS DE INOVAÇÃO: O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS NO CEFET-RJ

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Academic year: 2021

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PROJETOS DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS NO CEFET-RJ

Recebido em 08/10/2017. Com correções em 01/01/2019. Aprovado em 15/12/2019. Avaliado pelo sistema double blind peer review.

Laíce de Souza Scotelano1

Roberta Dalvo Pereira da Conceição2

Carlos Silva de Jesus3

Ueliton da Costa Leonídio4

RESUMO

Este estudo tem como objetivo principal analisar a relação do conceito de inovação no processo de implantação de projetos de gerenciamento de resíduos, verificando, através de um estudo de caso, sua aplicabilidade quanto à implantação de um programa de gerenciamento de resíduos no Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca – CEFET-RJ, com escopo trazido pelo decreto 5.940/2006. Como metodologia de pesquisa foi empreendida uma pesquisa de campo, valendo-se de entrevistas, com perguntas abertas, abrangendo dois de oito campi do CEFET-RJ – Maracanã e Nova Iguaçu. A entrevista buscou avaliar as características gerais da implantação do programa de gerenciamento de resíduos das instituições estudadas. Desta forma, foi possível relacionar o processo de inovação, os grupos de processo da gestão de projetos e verificar o atual estágio do programa de gerenciamento de resíduos na instituição pesquisada. Os resultados demonstraram que apesar da carência de atividades na etapa de monitoramento e controle, as etapas do processo de inovação bem como atividades relacionadas aos grupos de processo de gestão de projetos estão presentes, ainda que não oficialmente reconhecidas pelos entrevistados. Conclui-se que a gestão de projetos pode se tornar uma importante ferramenta para o sucesso da inovação nessa organização.

Palavras-chave: Processo de Inovação; Gestão de Projetos; Gerenciamento de Resíduos;

Coleta Seletiva Solidária; CEFET-RJ.

THE CHALLENGES OF INNOVATION IN THE PROCESSES OF IMPLANTATION OF WASTE MANAGEMENT PROJECTS IN CEFET-RJ

ABSTRACT

This study has as main objective to analyze the relationship of the concept of innovation in the process of implementation of waste management projects, verifying, through a case study, its applicability regarding the implementation of a waste management program in Federal 1 Mestre em Administração pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (PPGA/UFRRJ). Administradora do Centro Federal de

Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET-RJ), Brasil. E-mail: laicess@yahoo.com.br

2 Doutora em Ciência e Tecnologia de Polímeros pelo Universidade Federal do Rio de Janeiro (IMA/UFRJ). Professora do Centro Federal de

Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET-RJ), Brasil. E-mail: rdalvo@gmail.com

3 Doutorando em Engenharia de Produção e Sistemas pelo Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca

(PPPRO/CEFET-RJ). Gerente administrativo do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET-RJ), Brasil. E-mail: carlos.jesus@cefet-rj.br

4 Doutorando em Engenharia de Produção e Sistemas pelo Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca

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Centre for Technological Education Celso Suckow da Fonseca CEFET-RJ, with scope brought by decree 5.940/2006. As a research methodology, a field research was conducted, using interviews, with open questions, covering two of eight campuses of CEFET-RJ - Maracanã and Nova Iguaçu. The interview sought to evaluate the general characteristics of the implementation of the waste management program of the studied institutions. In this way, it was possible to relate the innovation process, the project management process groups and to verify the current stage of the waste management program in the research institution. The results showed that despite the lack of activities in the monitoring and control stage, the stages of the innovation process as well as activities related to the project management process groups are present, although not officially recognized by the interviewees. We conclude that project management can become an important tool for the success of innovation in this organization.

Keywords: Innovation Process; Project management; Waste management; Solidary Selective

Collection; CEFET-RJ.

1. INTRODUÇÃO

Na esteira da gestão de projetos a inovação vem sendo percebida cada vez mais pelas organizações como essencialmente um benefício para a sociedade. Como um dos objetivos principais de toda organização a inovação se traduz em eficiência e no aumento de vantagens competitivas, enquanto a gestão de projetos se consolida como o caminho que promove o alcance das finalidades institucionais esperadas (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico [OCDE], 2005; Christensen, Horn, & Johnson 2012; Project Management Institute [PMI], 2013). Dentre as diferentes organizações, as Instituições de Ensino Superior – IES vêm sendo reconhecidas com essencial à preparação de novas gerações para um futuro viável através de soluções racionais (Tauchen e Brandli, 2006). Através da inovação, são estimuladas a repensar paradigmas, principalmente a respeito do processo de aprendizagem dos indivíduos (Christensen et al., 2012).

Nesse sentido, Silva e Gil (2013) relacionam a inovação à gestão de projetos como o “fim que justifica o meio”, considerando a inovação como o fim e a gestão de projetos como o meio. Neste cenário, as IES se tornam importantes atores na geração do conhecimento, aprendizagem e inovação (OCDE, 2005), sendo capazes de assumir papel ativo na construção de projetos de interesse social, inclusive os afetos à sustentabilidade ambiental (Tauchen & Brandli, 2006).

A importância da participação das instituições federais de ensino superior no tema é comprovada nas pesquisas de Tauchen e Brandli (2006) ao mencionar seu protagonismo na implantação da gestão ambiental em diversas conferências no mundo: Declaração de Talloires (1990), em Halifax (1991), na Suécia (1993), em Kyoto no Japão (1993) e em São José na Costa Rica (1995). Os autores citam ainda a Carta Copernicus, segundo a qual dentre os principais objetivos estão o de incorporar uma perspectiva ambiental em toda a educação universitária e ajudar a desenvolver materiais pedagógicos; estimular e coordenar a integração multidisciplinar de projetos de pesquisa e disseminar amplamente a pesquisa e as descobertas empíricas.

Alves e Meireles (2013) consideram um dos maiores problemas da sociedade atual o consumo acelerado, que promove a “poluição do solo, degradação, inutilização, poluição atmosférica pela emissão de gases nocivos e de aquíferos”. Assim, faz-se necessário, conforme salientado por Santos e Arica (2008), que as instituições de ensino promovam a

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educação ambiental e adotem uma postura de agentes catalisadores de medidas de sustentabilidade ambiental, principalmente quanto à destinação correta de resíduos sólidos. Além disso, Teixeira, Motta e Shibata (2012) salientam sobre a importância de se ter um programa de gerenciamento de resíduos em instituições públicas de ensino por possuírem laboratórios que geram diferentes tipos de resíduos. Dessa forma, para a geração de inovações nessa direção, conforme analisa Freeman (2002), a dinâmica contínua de aspectos externos e internos à organização ultrapassa os limites organizacionais e demanda articulação com agentes, recursos e tecnologias disponíveis.

Dentro deste contexto, as instituições federais de ensino superior, integrantes da administração pública direta, passam a ter um papel destacado no processo de implantação de práticas orientadas à sustentabilidade. Conforme Tripolone e Alegre (2006, p. 34), “uma universidade é o lócus privilegiado, onde os participantes do processo educacional interagem, desenvolvendo e adquirindo conhecimento e habilidades, com o objetivo de entender e agir sobre uma realidade que os cerca”. Teixeira et al. (2012) e Silveira-Martins et al. (2017) enfatizam a imagem frente à sociedade quanto ao atendimento das demandas e exigências do mercado para uma maior consciência e adoção de políticas voltadas para as questões ambientais dessas instituições de ensino.

Este artigo tem o objetivo de apresentar a relação do processo de inovação com a gestão de projetos tendo em vista a implantação de programas de gerenciamento de resíduos, com escopo trazido pelo Decreto n. 5.940 (2006). Trata-se, assim, de um estudo de caso que toma a instituição federal de ensino superior, o CEFET-RJ.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

Inovar é estabelecer vantagem competitiva e impactar as organizações e seus ambientes (Teece, Pisano, & Shuen, 1997). Considerar que a interdependência no desempenho do papel institucional e as inter-relações dos papéis da estrutura organizacional afetam o sistema que, por sua vez, modifica outros processos organizacionais. Assim é tomada a inovação (Estevão, 1994; Pisanu, et al., 2017)

É neste cenário que o Decreto n. 5.940 (2006) que instituiu a coleta seletiva solidária em entidades públicas federais afetou o sistema da administração pública, pretendendo modificar os processos organizacionais das entidades públicas brasileiras. As implicações advindas do estabelecido no decreto podem ser tomadas como fator promotor da inovação a partir de uma produção legislativa, como proposto no modelo racional-burocrático de inovação considerado por Estevão (1994). Principalmente pelo fato de se tratar de instituições públicas, mais submetidas às decisões do centralismo, apontado por Hassenforder (1974). Contudo, sabe-se que nas últimas décadas entidades privadas e governamentais têm se esforçado no sentido de minimizar o impacto de suas atividades no ambiente. Este esforço atende em grande medida a demandas sociais que na esteira da atenção à causa ambiental reclamam melhores e mais eficazes processos, inclusive na gestão de resíduos.

Porém, no Brasil, apesar do número de municípios com coleta seletiva ter crescido linearmente, os resíduos sólidos urbanos ainda são dispostos em lixões a céu aberto, aterros controlados ou em aterros sanitários (Compromisso Empresarial para a Reciclagem [CEMPRE], 2018). Este tipo de disposição de resíduos sólidos, segundo Mendonça, Zang e Zang (2017), representa uma ameaça aos recursos naturais e a saúde humana e torna o gerenciamento dos resíduos sólidos uma alternativa que apresenta uma relação direta na produção de efeitos positivos na saúde pública e na qualidade do meio ambiente. Além de

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outras vantagens ambientais, como as definidas por Jeronimo e Guadagnin (2012), ao se reciclar os resíduos, tais quais: redução do uso de energia e de água e poluição da água e da atmosfera.

Nesse aspecto, a gestão de projetos, auxilia as organizações no atendimento das regulamentações governamentais e na uniformização de práticas/processos desenvolvidos pela própria organização. Desta forma é possível fornecer um conjunto de práticas que visa contribuir na abordagem de problemas organizacionais de forma sistemática, permitindo que o processo de inovação seja realizado de forma eficiente, colaborando, sobretudo, para sua compreensão e mapeamento. Uma vez que a inovação tornou-se uma importante estratégia no campo da educação, capaz de aumentar o desempenho dos estudantes e da estrutura de aprendizagem (Christensen et al., 2012). No entanto, questiona-se a capacidade de inovação das instituições públicas de ensino, uma vez que têm suas atividades regidas por leis.

Em seu estudo, Estevão (1994), traz à tona a discussão sobre à capacidade de inovação das escolas privadas em comparação com as públicas e concluiu que esta depende de alguns aspectos facilitadores. O autor menciona que se por um lado as instituições privadas possuem um ethos de mercado que agencia a inovação, as instituições públicas são mais estáveis, o que permite integrar pequenas alterações de forma incremental. O fato é que conforme Christensen et al. (2012), as universidades, com seu processo de ensino-aprendizagem, promoveram grandes avanços na inovação e que as salas de aula são consideradas o principal ambiente onde as inovações podem ser implantadas.

É importante, portanto, mencionar que o fluxo desse processo de inovação seja detalhado para melhor compreensão. Pozzo e Cordeiro (2014) apresentam um modelo de processo que auxilia na compreensão de como a inovação acontece. Em seu modelo, apresentado na figura 1, eles consideraram a aprendizagem organizacional, que é responsável por aperfeiçoar o processo, a gestão do conhecimento, que potencializa a aprendizagem e as rotinas organizacionais, que integram processos, sistemas e práticas organizacionais.

Figura 1. O processo de inovação

Fonte: Elaborado a partir de Pozzo e Cordeiro (2014)

O processo de inovação proposto por Pozzo e Cordeiro (2014) é composto basicamente por um fluxo de busca, seleção e implantação. Os autores consideraram no desenvolvimento desse processo a aquisição de conhecimento, a execução do projeto e seu lançamento no mercado, bem como a manutenção da inovação. Frise-se, ainda, que a aprendizagem organizacional está presente em todo o fluxo e que a retroalimentação permitirá desenvolvimento do conhecimento e da tecnologia. Embora eles acreditem que o modelo não apresenta

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explicitamente todos os aspectos pertinentes a essa dinâmica, o considera capaz de sistematizar o entendimento sobre como o processo de inovação acontece nas organizações.

2.1 Relação da inovação com o gerenciamento de resíduos

Angelo, Jabbour e Galina (2011) apontam que a inovação ambiental ocorrida no processo de implementações organizacionais, as quais envolve o que eles chamam de adaptação e dinamismo interno para se reduzir os impactos ambientais. Segundo os autores, foram apresentados três estágios evolutivos da gestão ambiental: reativos, preventivos e proativos. Enfatizam ainda, que o estágio reativo é o que se preocupa somente em seguir as leis, o preventivo considera como um novo mercado e o proativo, como uma concepção mais estratégica. Foi sinalizado que a inovação pode ser resultado de uma gestão ambiental proativa apesar de entender que ela pode ser iniciada por pressões governamentais.

Considere-se, assim, a obrigatoriedade trazida pelo Decreto n. 5.940 (2006) quanto à coleta seletiva dos resíduos sólidos recicláveis nos órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta e sua destinação às associações e cooperativas dos catadores de materiais recicláveis.

A separação de resíduos sólidos recicláveis permite, conforme exposto por Jeronimo e Guadagnin (2012), uma redução do uso de energia, de água e da poluição da água e da atmosfera. Isso acontece devido à influência provocada da gestão de resíduos na cadeia produtiva. Leite (2009) esquematiza as possibilidades de comercialização e tratamento de bens e materiais de pós-consumo nos canais de distribuição reversos. A figura 2 demonstra como acontece essa dinâmica:

Figura 2: Canais de distribuição de pós-consumo direto e reversos

Fonte: Elaborado a partir de Leite (2009)

Fabricante de matérias-primas novas

Resíduos industriais Fabricantes de produtos (duráveis/ descartáveis) Materiais reciclados Consumidor final (empresa/ pessoa física)

Bens de pós-consumo

Materiais secundários

Descartáveis/ semiduráveis Duráveis/ semiduráveis

Coleta informal Coleta seletiva Coleta do lixo Intermediários (sucateiros) Indústrias de reciclagem Desmanche Reuso Componentes Remanufatura Incineração Sobras

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Salienta-se a importância da separação dos resíduos, através dos sucateiros e catadores de materiais recicláveis na reinserção dos materiais reciclados no ciclo de produção. Outro aspecto a ser mencionado é que, conforme a Lei n. 12.375 (2010), existe um incentivo ao empresariado dos estabelecimentos industriais, através de crédito presumido do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), quando da aquisição de resíduos sólidos utilizados como matérias-primas ou produtos intermediários na fabricação de seus produtos. Para tanto, conforme exposto por Castro, Araújo e Nepomuceno (2014), os resíduos sólidos devem ser adquiridos diretamente de cooperativas de catadores de materiais recicláveis com número mínimo de cooperados de pessoas físicas definido em ato do Poder Executivo, sendo vedada a participação de pessoas jurídicas.

Apesar de se caracterizar uma inovação considerada forçada, essas ações contribuem para a inovação ambiental, que, para Kammerer (2009), qualquer inovação, mudanças e novidades organizacionais na direção das reduções dos impactos ambientais beneficiam o meio ambiente. Todavia não se pode negar a existência de barreiras para a inovação ambiental que impendem a eficiência dos programas de gerenciamento de resíduos das instituições. Angelo, Jabbour e Galina (2011) aplicando à realidade de uma instituição de ensino, ressaltam as seguintes: ineficiências na comunicação interna, ausência de treinamentos ambientais, limitações do gerenciamento e escassez de recursos.

Apesar disso, Mazzotti (2006) mostrou que o fracasso da inovação muitas vezes não está atrelado à existência de barreiras, mas pelas falhas no processo de sua implantação. A gestão de projetos pode, nesse sentido, ajudar no planejamento e orientação das organizações no sentido de conseguirem atingir seus objetivos. Além disso, segundo Silva e Reis (2016), o sucesso do processo de inovação está atrelado a fatores intrínsecos ao modelo de gestão, cultura, stakeholders entre outros.

3. ASPECTOS METODOLÓGICOS

Para o presente trabalho, foi considerado como ambiente de observação uma instituição federal de educação, o Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET/RJ). A entidade tem seu desenvolvimento pautado pelo desenvolvimento regional e nacional, visando o atendimento das demandas educacionais crescentes, atuando da educação profissional técnica de nível médio à pós-graduação stricto sensu, desenvolvendo atividades ligadas ao ensino, pesquisa e extensão (BRASIL, 2010).

A instituição atua em um sistema multicampi, contando com oito campi de ensino localizados no estado do Rio de Janeiro, nas seguintes cidades: Rio de Janeiro (Maracanã e Maria da Graça), Angra dos Reis, Itaguaí, Nova Friburgo, Nova Iguaçu, Petrópolis e Valença. Sendo uma autarquia de regime especial vinculada ao Ministério da Educação a instituição possui autonomia administrativa, patrimonial, financeira, didática e disciplinar. O modelo

multicampi traz desafios organizacionais, implicando em ações que se desenvolvem a partir

de projetos que dialogam com a legislação das diferentes esferas de governo. Com a instituição do Decreto n. 5.940 (2006) que regulamenta a coleta seletiva pelos órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta e a sua destinação às associações e cooperativas dos catadores de materiais recicláveis, tornou-se obrigatória a separação dos resíduos recicláveis descartados pelas instituições públicas federais.

Em atendimento ao dispositivo legal se faz imperativo que os órgãos públicos federais se preocupem em constituir uma comissão de coleta seletiva solidária. Esta comissão deve ser composta por no mínimo três servidores, capazes de implantarem e supervisionarem a

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separação dos resíduos recicláveis descartados e destiná-los para as associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis (Decreto n. 5.940, 2006).

Considerando que as instituições públicas federais de ensino fazem parte dos órgãos e entidades públicos federais mencionados no referido decreto, obriga-se, portanto, ao CEFET-RJ, sua adaptação a essa realidade. Para tanto a instituição é premida ao estabelecimento de atividades a serem desenvolvidas mediante projetos que por sua vez se orientam por metodologia específica. No tocante à gestão de resíduos a metodologia do gerenciamento de projeto vem contribuir para os fins que pretende a legislação.

Este estudo envolveu uma pesquisa de campo através da aplicação de uma entrevista, utilizando uma abordagem qualitativa a fim de se levantar características gerais da implantação do programa de gerenciamento de resíduos das instituições estudadas. Desta forma, foi possível avaliar os aspectos relacionados ao programa atual de gerenciamento de resíduos, o nível de conhecimento das instituições sobre gestão de projetos e as barreiras encontradas para a adoção dessa inovação nessa instituição de ensino.

Como sujeitos de pesquisa, esse levantamento de dados abrangeu quatro dos oito campi do CEFET-RJ. A seleção dos dois campi (Maracanã e Nova Iguaçu) considerou a disponibilidade imediata de consulta dos responsáveis pelo gerenciamento de resíduos para a aplicação do questionário e, principalmente, os campi que apresentaram mecanismos e ações da aplicação da temática em suas atividades. Para análise das questões abertas, não foi necessária a utilização de software devido ao tamanho da amostra (dois campus). As respostas foram transcritas e a análise de conteúdo realizada, conforme proposto por Bardin (2009), ou seja, pré-análise das respostas, exploração do material a fim de provocar inferências e interpretações.

4. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A partir da pesquisa de campo realizada, em termos de caracterização física das instituições, percebeu-se que o campus Maracanã possui mais de 5.000 alunos e servidores (docentes e técnicos-administrativos), contando com mais de 8 blocos de prédios administrativos e acadêmico, perfazendo uma área construída entre 50.001 e 100.000m2. O

campus Nova Iguaçu possui entre 1.000 e 5.000 alunos e servidores, entre 2 e 3 blocos e entre 50.001 e 100.000 m2 de área construída. Sobre os aspectos relacionados ao decreto 5.940,

buscando verificar a importância de sua obrigatoriedade, 75% a consideram muito importante e os outros 25%, como importante. A comissão de coleta seletiva está designada em 75% das instituições pesquisadas e 50% responderam já possuir associações e cooperativas definidas.

Sobre os resíduos encontrados nos campi, o quadro 2 mostra os tipos mais citados pelos respondentes:

Quadro 1. Tipos de resíduos encontrados nos campi

Reciclável Não Reciclável

Papel Guardanapo

Lata de

alumínio

Clips

Jornal Embalagem de papel de

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Papelão Carbono Copo plástico Pilha

Garrafa Pet Produto químico Eletrônicos Papel metalizado

Madeira Tetrapak

Vidro Óleo

Metal

Fonte: Dados da pesquisa

Percebeu-se, todavia, que somente dois campi possuem o programa de gerenciamento de resíduos implantado de forma madura: Campus Maracanã e Nova Iguaçu. Desta forma, detectou-se, nesses campi, cinco fases comuns de implantação do programa de gerenciamento de resíduos: início, busca, planejamento, execução e manutenção.

A fim de mensuração dos resultados deste estudo, as fases foram reunidas e classificadas entre baixa, média e alta implantação, conforme figura 3.

Figura 3. Classificação da implantação do programa de gerenciamento de resíduos por

campi.

Fonte: Dados da pesquisa

A partir das entrevistas realizadas nesses dois campi de ensino onde o programa de gerenciamento de resíduos está implantado de forma mais sólida e madura, foi possível uma descrição mais detalhada das atividades que acontecem em cada etapa.

A primeira etapa, definida como início, é marcada pela composição da comissão da coleta seletiva solidária. Este é o momento detectado como uma oficialização de que existe a iniciativa para a implantação de um programa de gerenciamento de resíduos. Nesta etapa são selecionadas as pessoas integrantes dessa comissão e que estarão diretamente envolvidas e responsáveis para o andamento do programa. A publicação da portaria que oficializa a composição dessa comissão marca a comunicação para toda a instituição. Além disso, é levantado por essas pessoas selecionadas o tempo dispendido para a sua implantação, bem como recursos financeiros e estruturais a serem utilizados. É o momento em que ideias surgem para o direcionamento das próximas ações a serem realizadas.

Na segunda etapa, identificada como busca, acontece análises relativas ao programa. Os

campi que já possuem o programa realizado promoveram neste momento o diagnóstico dos

resíduos de suas instituições. Esse diagnóstico é realizado a partir de um formulário próprio onde se mensura todos os resíduos encontrados nos coletores disponibilizados na instituição.

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Esses dados servirão para selecionar a estratégia usada pela instituição para tratamento dos resíduos. Outra atividade também realizada nessa etapa é a de levantamento das Associações5

e Cooperativas6 próximas da localidade dos campi e que poderão ser selecionadas para a

coleta dos resíduos sólidos recicláveis. Essas Associações e Cooperativas são identificadas como uma das partes interessadas do programa uma vez que depois de selecionadas, irão receber os resíduos sólidos recicláveis, que são essencialmente sua fonte de renda. Faz-se, portanto, visitas a essas instituições para conhecimento de seu processo. Percebe-se, então, que nesta etapa busca-se conhecimento, informações e uma análise tanto do seu ambiente interno quanto o externo.

A terceira etapa é identificada como planejamento. Observa-se que é neste momento que se toma mais tempo da comissão de coleta seletiva. É necessário nesta etapa que a comissão trabalhe efetivamente para a preparação da implantação do programa de gerenciamento de resíduos nessa instituição. Foi detectado pelos entrevistados que ações são realizadas com o intuito de promover as aquisições de coletores, bem como preparação para conscientização de toda comunidade envolvida e elaboração de um cronograma ser seguido pela equipe. Além disso, são preparados treinamentos para os responsáveis pela limpeza e pela retirada dos resíduos dos coletores. Neste momento é realizada também a elaboração do edital que prevê a seleção e definição das Associações e Cooperativas que irão retirar os resíduos sólidos recicláveis da instituição. Por se tratar de uma etapa de planejamento, pode-se dizer que a instituição está trabalhando considerando suas competências e capacidades a fim de conseguir implementar o programa.

A quarta etapa é marcada pela implantado propriamente dita do programa na instituição. Os entrevistados dos dois campi mencionaram que é realizada a mobilização de todos os alunos e servidores (professores e técnicos-administrativos) para o cumprimento da proposta do programa de gerenciamento de resíduos. Há o envolvimento de todos nessa etapa uma vez que seu sucesso está atrelado à participação de todos no programa. Assim, os coletores são disponibilizados em toda a instituição e ações de conscientização são realizadas com todos os envolvidos no processo. É importante mencionar que é durante esta etapa que se lança ideias inovadoras e que são elas que irão garantir o sucesso do lançamento do programa de gerenciamento de resíduos proposto.

Após a implantação, dá-se início a quinta e última etapa, manutenção. Neste momento encerra-se o projeto em si de implantação. Porém, há uma preocupação detectada por esses

campi tendo em vista sua constante atualização de suas atividades e preocupação em

proporcionar melhorias ou aperfeiçoamento do seu processo atual. Atualmente existem periodicamente encontros com as comissões de outros campi onde ações são apresentadas para que exista troca de ideias entre eles promovendo a sustentabilidade das inovações implantadas. Além disso, a instituição disponibiliza cursos e treinamentos voltados para essa temática.

Diante da descrição das atividades de cada etapa e considerando o modelo proposto pelos autores a respeito da sobreposição dos cinco grupos de processos (PMI, 2013) e do processo de inovação desenvolvido por Pozzo e Cordeiro (2014), é possível verificar que dentro das fases identificadas na implantação do programa de gerenciamento de resíduos nas instituições pesquisadas, são encontrados os aspectos identificados por esse modelo proposto. Percebe-se, todavia, que o programa de gerenciamento de resíduos nessa instituição carece de processos 5 As associações são entendidas nesse contexto como um grupo de pessoas sob um estatuto social com

propósitos definidos de ajuda mútua.

6 As cooperativas são organizações constituídas por membros de um determinado grupo econômico ou social

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relativos ao monitoramento e controle de forma a medir seus resultados durante a implantação do programa. A figura 4 mostra a aplicação do modelo referente à implantação do programa de gerenciamento de resíduos nos campi do CEFET/RJ.

Figura 4. Aplicação do programa de gerenciamento de resíduos por campi.

Fonte: Elaborado a partir de PMI (2013) e Pozzo e Cordeiro (2014)

Em relação à fase de implantação do programa de gerenciamento de resíduos apurado nos quatro campi entrevistados, percebeu-se que dois já apresentam o programa de gerenciamento de resíduos altamente implantados, conforme exposto anteriormente. Quanto aos outros dois

campi, um encontra-se na fase de planejamento, ou seja, média implantação e o outro ainda na

fase de busca, ou seja, baixa implantação. A disposição geográfica e o grau de implantação do programa de gerenciamento de resíduos por campi são apresentados na figura 5, ilustrando em verde, alto; amarelo, médio; vermelho, baixo e em preto, os campi que não foram pesquisados.

Figura 5. Grau de implantação do programa de gerenciamento de resíduos por campi.

Fonte: Elaborado a partir de Brasil (2010, p.20)

É importante mencionar que todas as instituições apresentam fontes alternativas de tratamento e/ou reaproveitamento dos resíduos. Esse fato acontece para aquelas instituições

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que não possuem ainda as associações e cooperativas definidas e no caso de existir algum resíduo não absorvido pelas associações e cooperativas responsáveis.

As perguntas relacionadas às características do projeto de implantação do programa de gerenciamento de resíduos, detectou-se que ele está presente nos campi pesquisados, em média, há 2 anos. Detectou-se que, daqueles campi com alta implantação, foi realizado um planejamento para sua implantação valendo-se de cronogramas para a realização das atividades. Porém, somente no campus Maracanã foi realizado treinamentos com os envolvidos. Quanto ao custo de implantação, foi detectado pelas instituições pesquisadas, a variação situando-se entre R$5.000 a R$17.000. Verificou-se ainda que somente o campus Maracanã emite relatórios semestrais para a avaliação do programa e levanta as lições aprendidas detectadas durante a aplicação do projeto.

Os pesquisadores levantaram questões a respeito dos aspectos gerais sobre gestão de projetos e a percepção dos entrevistados sobre o grau de conhecimento dessa disciplina e sua relação com o gerenciamento de resíduos. Detectou-se que somente o respondente do campus de Nova Iguaçu considera seu conhecimento ruim em gerenciamento de projetos enquanto os demais campi o percebem de forma ótima ou boa. Ao mesmo tempo, as respostas foram unânimes em considerar uma forte relação entre gerenciamento de projetos e gerenciamento de resíduos e em considerar que o gerenciamento de projetos pode ajudar em muito na implantação de um programa de gerenciamento de resíduos em uma instituição.

A partir dos depoimentos dos entrevistados foi possível detectar a principal barreira a inovação tendo em vista a implantação do programa de gerenciamento de resíduos. Os entrevistados foram unânimes em responder que o aspecto cultural é considerado a principal barreira enfrentada pelas instituições. Associando às barreiras mencionadas por Angelo et al. (2011), percebe-se uma necessidade de treinamentos ambientais para os envolvidos já que os entrevistados percebem que não existe uma consciência do impacto ambiental positivo que o programa de gerenciamento de resíduos pode causar em seu ambiente. Isso acontece devido à resistência à mudança principalmente pelo entendimento que o descarte selecionado do resíduo provocará mais esforço por parte do indivíduo o tirando de sua atual zona de conforto. A falta de conhecimento sobre o descarte consciente dos resíduos promove uma aversão à mudança e o entendimento que o novo processo é mais desgastante.

Pode-se verificar, em relação aos dados coletados, uma relação em se tratar de uma instituição pública de ensino. Conforme Estevão (1994), o processo de inovação em uma instituição pública de ensino pode acontecer de forma mais gradual e morosa. Além disso, em todos os campi analisados, foi possível identificar uma relação de possuir um programa de gerenciamento de resíduos e uma contribuição futura do estudante para a sociedade.

Por fim, um ponto ressaltado no levantamento de dados foi a respeito do conceito de separação dos resíduos nos prédios dos campi. Dois dos campi, que possuem o programa totalmente implantado, utilizam dois coletores para a separação do resíduo (recicláveis/não recicláveis). Após essa primeira separação, realizada pelos usuários, o resíduo reciclável é separado por outro responsável, através de uma divisão mais criteriosa em outro local do prédio, para a disponibilização para a associação ou cooperativa. Por outro lado, o campus de Angra dos Reis entende que a fim de promover uma maior educação ambiental, a separação deveria acontecer considerando a forma usualmente utilizada e reconhecida de separação de resíduos, ou seja, entre plástico, papel, vidro e orgânico. Não há ainda um consenso no conceito unificado a ser utilizado por todos os campi. Assim, por um lado prioriza-se a praticidade na separação e um maior critério para disponibilização para a associação ou cooperativa. Por outro lado, a separação realizada pelo próprio usuário poderia promover uma maior conscientização e educação ambiental.

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5. CONCLUSÃO

O artigo pretendeu analisar a relação do processo de inovação com a gestão de projetos através da implantação do gerenciamento de resíduos. Verificou-se a partir de um estudo de caso na instituição de ensino federal CEFET-RJ, se o modelo proposto pelos autores, desenvolvido a partir do processo de inovação de Pozzo e Cordeiro (2014) e dos grupos de processos do PMI (2013), se aplica, considerando a implantação do programa de gerenciamento de resíduos.

O estudo empreendido permitiu confirmar a estreita relação do processo de inovação com a gestão de projetos e constatou ainda que a sistematização dos processos de inovação e de gestão de projetos, apesar de pouco conhecida, é seguida intuitivamente pela instituição analisada.

Além disso, averiguou-se que os programas de gerenciamento de resíduos no CEFET-RJ não estão padronizados. Enquanto alguns campi possuem o programa totalmente implantado, como no caso do Maracanã e Nova Iguaçu, outros ainda estão em uma fase inicial, implicando em modelos diferentes com práticas e resultados diferentes. As ações que poderiam ser alavancadas através de um esforço coletivo dos campi, visando principalmente a otimização de recursos, não acontecem por falta de um modelo único que seja utilizado pelo sistema CEFET-RJ de forma geral, consideradas as diferenças regionais.

Tendo em vista que existe o entendimento por parte dos entrevistados de uma alta relação entre gerenciamento de projetos e gerenciamento de resíduos e, ainda, que a disciplina de projetos poderia ajudar na sua implantação, seria interessante que as práticas de projetos sejam usadas para a criação de um modelo padronizado para o CEFET-RJ. Desta forma, a gestão de projetos seria um facilitador na implantação dessa proposta de inovação na instituição.

Nesse sentido, por não haver padronização, torna-se difícil avaliar ou mesmo medir a inovação gerada a partir da implantação do gerenciamento de resíduos. Assim, futuras pesquisas poderiam estudar as causas das diferenças de estágio de implantação dos campi.

Quanto à aplicação do disposto no Decreto 5.940, apesar de ter sido instituído em 2006, se observou não estar totalmente implantado no CEFET-RJ como um todo. Detectou-se na pesquisa que houve uma preocupação inicial na designação das comissões de coleta seletiva, porém o programa em si ainda não foi efetivamente realizado em todos os campi. Cabe, portanto, levantar o porquê do não avanço da proposta inovadora trazida pela legislação. Estevão (1994) em seu artigo prevê que essas mudanças propostas por leis nas instituições públicas de ensino contribuem para o aparecimento de resistências à consecução dos objetivos das inovações pretendidas. Em futuras pesquisas, poderia se analisar, por exemplo, o papel da liderança e outros aspectos que poderiam estar relacionados à abertura para a implantação.

É importante frisar que esse estudo continue sendo realizado nos outros campi do CEFET-RJ a fim de levantar outras oportunidades de melhoria que possam promover um aperfeiçoamento do programa e confirmar se o modelo desenvolvido pelos autores de inovação e gestão de projetos se aplica em outras organizações, analisando ainda se suas etapas, apesar de não conhecidas, também são informalmente seguidas, conforme verificado na instituição em estudo.

Cumpre salientar que, conforme mencionado por Christensen et al. (2012), pesquisas sobre inovação na educação não são exaustivas. Neste sentido este e outros estudos em gerenciamento de projetos aplicados ao gerenciamento de resíduos na área da educação pretendem contribuir para o aprofundamento do conhecimento no tema.

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Figura 1. O processo de inovação
Figura 2: Canais de distribuição de pós-consumo direto e reversos  Fonte: Elaborado a partir de Leite (2009)
Figura 3. Classificação da implantação do programa de gerenciamento de resíduos por  campi
Figura 5. Grau de implantação do programa de gerenciamento de resíduos por campi.

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