• Nenhum resultado encontrado

Giardia spp.: determinação da frequência de infecção em cães e gatos do distrito de Évora

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Giardia spp.: determinação da frequência de infecção em cães e gatos do distrito de Évora"

Copied!
251
0
0

Texto

(1)

2008

C M Y CM MY CY CMY K

(2)

SOCIEDADE PORTUGUESA DE CIÊNCIAS VETERINÁRIAS

CONGRESSO CIÊNCIAS VETERINÁRIAS 2008

LIVRO DE RESUMOS

VETERINARY SCIENCES CONGRESS 2008

PROCEEDINGS

INRB INIA/Fonte Boa, Santarém

27, 28 e 29 de Novembro de 2008

(3)

Comissão de Honra

Sua Excelência O Presidente da República, Prof. Doutor Aníbal Cavaco Silva Ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e das Pescas, Dr. Jaime Silva Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Prof. Doutor José Mariano Gago

Secretário de Estado Adjunto da Agricultura e Pescas, Dr. Luís Medeiros Vieira Presidente da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, Prof. Doutor João Sentieiro Presidente do Conselho Executivo da FLAD, Prof. Doutor Rui Chancerelle de Machete

Directora do Instituto Nacional de Recursos Biológicos, Drª. Maria Rosa Tobias Sá Governador Civil de Santarém, Dr. Paulo Alexandre Homem de Oliveira Fonseca Presidente da Câmara Municipal de Santarém, Dr. Francisco Maria Moita Flores Bastonário da Ordem dos Médicos Veterinários, Dr. João Pedro Sameiro de Sousa Presidente do Sindicato Nacional dos Médicos Veterinários, Dr. Francisco Camacho

Director do LNIV/INRB, Doutora Alice Amado

Director do INIA-Fonte Boa/ INRB, Doutor João Ramalho Ribeiro Director-Geral de Veterinária, Dr. Carlos Agrela Pinheiro

Presidente do Conselho Directivo da FMV - UTL, Prof. Doutor Luís Tavares

Coordenadora do Curso de Medicina Veterinária - UTAD, Profª Doutora Rita Maria Payan Martins Pinto Carreira Coordenador do Curso de Medicina Veterinária - ICBAS-UP, Prof. Doutor António Rocha

Coordenadora do Curso de Medicina Veterinária - U.Évora, Profª Doutora Ludovina Neto Padre Coordenador do Curso de Medicina Veterinária - EUVG, Prof. Doutor Humberto Rocha Coordenadora do Curso de Medicina Veterinária - ULHT, Profª Doutora Laurentina Pedroso

Comissão Organizadora

Dr. Carlos Godinho Dr. José Pimentel de Carvalho

Doutora Yolanda Vaz Dr. António Simões Monteiro Doutora Ana Cristina Lobo Vilela

Dr. José Oom Vale Henriques Doutor João Ramalho Ribeiro

Comissão Científica

Doutora Cristina Lobo Vilela, Sociedade Portuguesa de Ciências Veterinárias (SPCV) Doutora Yolanda Vaz, Editor da Revista Portuguesa de Ciências Veterinárias (RPCV) Doutor Fernando Afonso, Aquacultura - Faculdade de Medicina Veterinária (FMV)

Doutor Virgílio Almeida, Sociedade Portuguesa de Epidemiologia e Medicina Veterinária Preventiva (SPEMVP) Doutor Jordi Casal, Sociedade Espanhola de Epidemiologia Veterinária (SEEV)

Doutora Maria dos Anjos Pires, Sociedade Portuguesa de Patologia Animal (SPPA) Dr. António Matos, Sociedade Científica de Suinicultura (SCS)

Dr. João Rebelo Cotta, Secção Portuguesa da Associação Mundial de Ciência Avícola (SPAMCA) Dr. Joaquim Vieira Lopes, Associação Portuguesa de Médicos Veterinários Especialistas em Animais de

Companhia (APMVEAC)

Dr. José Núncio Fragoso, Associação dos Médicos Veterinários de Equinos (AMVE) Doutor Luís Telo da Gama, Sociedade Portuguesa de Recursos Genéticos (SPRGA) Doutor Ramiro Mascarenhas, Sociedade Portuguesa de Reprodução Animal (SPRA)

Doutor João Cannas da Silva, Associação Portuguesa de Buiatria (ABP) Doutor José Santos Silva, Sociedade Portuguesa de Ovinotecnia e Caprinotecnia (SPOC)

(4)

Apoios Institucionais

Ordem dos Médicos Veterinários INRB INIA/FonteBoa Direcção Geral de Veterinária Câmara Municipal de Santarém Faculdade de Medicina Veterinária - UTL

Patrocínios

CEVA - SAÚDE ANIMAL

MERIAL PORTUGUESA - SAÚDE ANIMAL LABORATÓRIOS PFIZER

ALLTECH PORTUGAL ARBUSET

BAYER PORTUGAL SA - DIVISÃO ANIMAL IAPSA PORTUGUESA PECUÁRIA

VETLIMA VÉTOQUINOL UNIPESSOAL Apoios ATRAL CIPAN AGROQUISA BIOCONSULTING ELANCO

TNA - TECNOLOGIA E NUTRIÇÃO ANIMAL LDA VALORMED

Secretariado

Anabela Almeida - Sociedade Portuguesa de Ciências Veterinárias SPCV R. Gomes Freire, 1169-014 Lisboa, Tel + 351 21 358 0222, Fax + 351 21 358 0221

congresso@spcvet.pt www.spcvet.pt/Congresso2008

(5)

Editorial

A Sociedade Portuguesa de Ciências Veterinárias (SPCV) conta com uma tradição centenária de servir, apoiar e incentivar todos quantos se dedicam a esta área de conhecimento. Na sequência de uma tradição já alicerçada, organiza agora, em colaboração com o INRB - INIA/Fonte Boa, o Congresso de Ciências Veterinárias 2008, que engloba o IV Congresso da SPCV e o I Congresso Ibérico de Epidemiologia Veterinária, que terá lugar na Fonte Boa, Vale de Santarém, de 27 a 29 de Novembro de 2008. Esta organização assume assim um carácter internacional que irá contribuir para uma maior projecção do evento científico.

Para a realização deste congresso tem sido fundamental a colaboração das principais organizações profissionais e associativas da classe médico-veterinária, nomeadamente: o INRB - INIA/Fonte Boa, a Ordem dos Médicos Veterinários, as Instituições de Ensino de Medicina Veterinária, o Sindicato Nacional dos Médicos Veterinários. De salientar as diferentes Sociedades sectoriais de Animais de Companhia, Avicultura, Buiatria, Equinos, Epidemiologia, Ovinotecnia e Caprinotecnia, Patologia, Recursos Genéticos, Reprodução Animal e Suinicultura, responsáveis pelos programas das respectivas áreas. O I Congresso Ibérico de Epidemiologia Veterinária foi co-organizado pelas sociedades Portuguesa e Espanhola de epidemiologia, num esforço conjunto que espelha a estreita colaboração entre ambas. A SPCV quer deixar claramente expressa a sua gratidão pelo apoio e incentivo que recebeu destas organizações, sem os quais não teria sido possível a realização de um evento científico com o amplo espectro que caracteriza este Congresso.

O Congresso de Ciências Veterinárias 2008, para além de representar uma oportunidade de divulgação a nível nacional e internacional do vasto trabalho desenvolvido no domínio das Ciências Veterinárias, constitui um importante forum de discussão e partilha de esperiências entre todos quantos desenvolvem a sua actividade profissional nesta área de conhecimento.

A SPCV deseja que o Congresso de Ciências Veterinárias 2008 cumpra com as expectativas de todos quantos contribuiram para a sua organização e de todos quantos nele participam, numa clara demonstração da dinâmica dos Profissionais, Técnicos, Docentes e Investigadores desta área do conhecimento que, embora nem sempre com os apoios desejados, mantém uma capacidade de concretização de objectivos capaz de levar por diante as fronteiras do conhecimento.

(6)
(7)

Índice Geral

Comissão de Honra ...iii

Comissão Organizadora ...iii

Comissão Científica ...iii

Apoios Institucionais... iv Patrocínios... iv Secretariado... iv Editorial ... v SESSÕES PLENÁRIAS ... 1 COMUNICAÇÕES ORAIS ... 9 Suinicultura... 10

Sustentabilidade e bem-estar em aquacultura... 16

Equinos... 20

Reprodução... 23

Microbiologia... 33

Qualidade e segurança alimentar... 39

Epidemiologia e saúde pública... 49

Animais de companhia... 89

Buiatria... 95

Outros assuntos de interesse em ciências veterinárias... 102

POSTERS ... 107

(8)
(9)
(10)

EFSA: actividades de cooperação científica com os Estados Membros

Sérgio Potier Rodeia

Unidade de Cooperação Cientifica, Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos, Parma

A Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) visa promover actividades de carácter científico na área da segurança alimentar em função das prioridades sentidas a nível europeu e da forma mais apropriada. Tal objectivo apenas pode ser alcançado se a excelência cientifica existente a nível europeu puder ser reunida e devidamente coordenada. Por conseguinte, a cooperação cientifica entre Estados Membros e EFSA afigura-se essencial para: afectar os recursos disponíveis face às prioridades definidas; uma melhor coordenação dos programas nacionais e europeus em matéria de avaliação e comunicação de riscos, prevenindo desse modo duplicação de actividades equivalentes; a identificação e análise precoce de riscos emergentes; uma maior coerência nas actividades de avaliação e comunicação de riscos. A importância das actividades de cooperação cientifica entre a EFSA e os Estados Membros encontra-se formalmente expressa no Artigo 36 do Regulamento (CE) No. 178/2002, de 28 de Janeiro.

O mecanismo formal para a promoção de actividades de cooperação científica com os Estados Membros ocorre por via do Fórum Consultivo da EFSA. Em 2006, os membros do Fórum Consultivo assinaram uma “Declaração de Intenções”, bem como um documento estratégico para o reforço da cooperação e intercâmbio de informação científica nas áreas da avaliação e comunicação de riscos a nível europeu. Em 2007, O Fórum Consultivo e o Comité Cientifico da EFSA criam o Grupo Promotor de Cooperação Científica, cujo principal objectivo é materializar a estratégia acordada em projectos tangíveis e concretos. Estão actualmente em curso um conjunto de projectos que traduzem claramente o sucesso na implementação desta estratégia de cooperação científica.

Uma forte cooperação científica é igualmente fundamental para um sistema europeu de segurança alimentar eficiente, e, por conseguinte, para uma maior e melhor protecção dos consumidores europeu, e consequentemente para o aumento da sua confiança nos sistemas vigentes. A EFSA reúne regularmente com os Estados Membros para discutir o reforço desta cooperação científica, identificando áreas específicas onde a avaliação de riscos é mais premente.

No seguimento da implementação de estratégias de cooperação científica ao abrigo do Artigo 36 supracitado, o Conselho de Administração da EFSA adoptou uma lista de organizações, públicas e privadas, propostas pelos Estados Membros, que podem assistir a EFSA em matéria da recolha de dados, trabalho preparatório de opiniões científicas e suporte técnico noutras áreas, como por exemplo em riscos emergentes. Estas organizações podem assim formalmente candidatar-se a concursos que a EFSA vem regularmente publicando nas suas páginas oficiais. A EFSA estabeleceu recentemente uma rede de “Pontos Focais”, que actua como elemento de interface operacional entre a EFSA e as agências nacionais congéneres da EFSA. O objectivo principal dos Pontos Focais é dar apoio aos respectivos membros do Fórum Consultivo. Tal tarefa inclui assegurar o intercâmbio e a partilha de informação científica entre os Estados Membros e a EFSA, estabelecer redes nacionais de organismos / instituições para recolha e divulgação de tal informação e a promoção da actual base de dados de peritos da EFSA.

[EFSA: Scientific cooperation activities with Member States]

EFSA aims to deliver the best science at the right time and in the most appropriate manner. This can only be achieved through effective pooling of the wide scientific excellence available in Europe. As a result, scientific cooperation is critical to: appropriate allocation of resources against priorities; better co-ordination of work programmes, thereby avoiding duplication of activities; early identification and analysis of emerging risks; and finally, increased coherence in scientific risk assessment and communications. The importance of scientific cooperation is also formally described in Article 36 of EFSA’s Founding Regulation.

At EFSA, the formalized mechanism for this type of work is through EFSA’s Advisory Forum. In 2006, Advisory Forum members signed a ‘Declaration of Intent’ and approved a formal strategic document to strengthen scientific cooperation and information exchange on risk assessment and risk communication in Europe. Projects associated with this declaration and subsequent strategy are now being developed and implemented. In 2007, a Steering Group on Cooperation was established as the interface between the Advisory Forum and EFSA’s Scientific Committee to help steer the implementation of this strategy into tangible projects.

(11)

Strong cooperation between Member States and EFSA is also fundamental to the overall success and effectiveness of the European food safety system, and ultimately to increased consumer protection and confidence. EFSA meets regularly with Member States to discuss strengthening scientific co-operation in risk assessment of specific food safety issues.

In line with Article 36 of EFSA’s founding regulation, EFSA’s Management Board approved a list of both private and public organizations based on proposals from Member States able to assist EFSA in some of its tasks including data collection, preparatory work for scientific opinions and technical support in other areas such as emerging issues. These organizations are able to formally apply for calls for proposals issued by EFSA.

EFSA has also initiated Focal Points in the Member States, who act as an interface between EFSA and the different national food safety authorities, research institutes, consumers and other EFSA-related stakeholders. The key objective for Focal Points is to support their Advisory Forum members. This includes ensuring the exchange of scientific information between EFSA and the Member States, building networks, and raising EFSA’s scientific visibility. Moreover, Focal Points assist in populating a common database of external scientific experts.

Emergent infectious diseases - what do we know?

Mo Salman

Animal Population Health Institute - College of Veterinary Medicine and Biomedical Sciences - Colorado State University, EUA

The main aim of this presentation is to address the current changes in disease ecology that have lead to emerging and remerging diseases. The epidemiological triad of host, agent, and environment and their related interactive factors will be discussed in respect to these diseases. Preventive measures and preparedness plans will be presented with the emphasis on the value of applied and translational research. Demonstrations with real examples will be presented during the 30 minutes of this session.

[Doenças infecciosas emergentes: o que sabemos?]

O principal objectivo desta comunicação é abordar as actuais alterações na ecologia das doenças que conduziram à emergência e à re-emergência de certas doenças. A tríade epidemiológica: hospedeiro, agente e ambiente, e as suas interacções serão discutidas relativamente às doenças emergentes e re-emergentes. As medidas preventivas e os planos de contingência serão também apresentados, enfatizando a importância da investigação aplicada e de translacção. Exemplos reais serão invocados durante a sessão.

Produtos tradicionais – Qualificação e sobrevivência

Ana Soeiro™

Qualificação de Produtos Tradicionais; qualificanasoeiro@gmail.com

Portugal possui um enorme património de produtos agrícolas e agro-alimentares com características decorrentes da sua origem e do seu modo de produção, baseado em hábitos ancestrais e em métodos locais, leais e constantes. Proteger estas origens e estas tradições é proteger o futuro, dando-lhe perspectivas... qualificadas

Desde sempre que certos produtos agrícolas e certos géneros alimentícios começaram a ser tratados pelos nomes das terras onde eram produzidos ou transformados. Gregos e romanos já chamavam vinhos, azeites, queijos, pão, azeitonas, pastas de peixe e outros produtos pelos nomes das suas regiões de origem, diferenciando-lhes a “qualidade”. Terão começado assim a usar-se as primeiras denominações de origem (DO) e indicações geográficas (IG): nomes geográficos usados como forma de reconhecimento da qualidade diferenciada, decorrente dos territórios de origem e dos modos e hábitos locais, leais e constantes.

(12)

Na Europa existe legislação que permite qualificar muitos produtos agro-alimentares, através da protecção das suas IGs e DOs. E existem porque a Europa percebeu que a protecção de um nome geográfico é uma importantíssima alavanca de desenvolvimento rural, já que permite diversificar a produção agrícola, promover produtos de zonas desfavorecidas, melhorar os rendimentos dos produtores, fixar as populações, respeitar os consumidores e privilegiar a qualidade em detrimento da quantidade.

Proteger as IGs e as DOs é promover as zonas de produção, impedindo a sua desertificação, potenciando os recursos existentes, gerando postos de trabalho qualificados, respeitando raças e variedades autóctones, melhorando a fertilidade dos solos, preservando as condições ambientais naturais, respeitando os ecossistemas, a biodiversidade e o património genético e garantindo a sobrevivência das gerações actuais e futuras.

Melhorando o sistema de registo, qualificando os nomes geográficos e as menções tradicionais, valorizando a certificação dos produtos e impondo o uso dos logotipos comunitários, a Europa parece valorizar cada vez mais as suas produções tradicionais, diferenciando-as e permitindo que demonstrem o valor dos territórios e das populações. No entanto, não é ainda suficiente. Existe uma larga margem de produtos, de produtores e de outros operadores cuja sobrevivência depende da Qualificação e inerente valorização dos seus produtos, ligados a sistemas tradicionais, ecológicos, adaptados às circunstâncias e, com tal, muito competitivos!

[Traditional products - qualification and survival]

Portugal possesses an enormous patrimony of agricultural products and foodstuffs with characteristics coming from its origin and or its way of production, based on old traditions and local, loyal and constant methods. Protect these origins and this tradition is to protect the future, giving qualified perspective to people...

Since a long time ago that certain agricultural products and certain foodstuffs had started to be treated by the names of lands where they were produced or transformed. Greeks and Romans already called wines, olives and olive oils, cheeses, fish and meat products, fruits, bread and a lot of other products for the names of its regions of origin, allowing them to differentiate its "quality".

They will thus have started to use the first designations of origin (DO) and geographical indications (GI): geographic names used as form of recognition of the differentiated quality, coming from certain territories but also with from local, loyal and constant methods and habits.

Portugal will have been the first European country to institute by law, in the 18th century, the system of protection of designations of origin, associated of course to a delimited region of production and a characterization of the product and its rules of production.

In Europe, we have now laws in order to qualify a lot of agri-food products, using the protection of GIs and DOs. And those systems exists because Europe understood that the protection of a geographical name is a very important tool to rural development and rural sustainability, since it allows to diversify the agricultural production, to promote products from less favoured regions, to improve producers’ incomes, to avoid desertification and, at the same time, to respect consumers that privilege “quality” instead of “quantity”.

To protect a GI or a DO is to promote the production zones, to keep them alive, harnessing the existing resources, generating qualified jobs, respecting local breeds and local varieties, improving soil fertility, preserving the natural conditions and landscape, respecting ecosystems, biodiversity and genetic patrimony. In others words, assuring the survival of existing and future generations.

Improving the register system, qualifying traditional geographical or non-geographical names, granting value to the certification of the products and imposing the use of the communitarian logos, Europe seems to add each time more value to true and traditional productions, differentiating them and allowing that they demonstrate the value of countries, regions and human know how.

But, it is not enough! It still remains lot of products, a lot of producers and other operators whose survival depends on the Qualification of their goods, linked to traditional production systems, ecological, adapted to the existing circumstances and, as so, with a lot of competitiveness!

(13)

Lymphoma: a heterogeneous disease revealed by morphologic, immunologic and molecular investigation

Peter Moore

University of California, Davis, EUA

Recently, much effort has been directed at applying the World Health Organization (WHO) classification of hemopoietic and lymphoid neoplasia to canine lymphoma. It is clear from this work that there are distinctive subtypes of canine lymphoma that correspond to equivalent human entities as defined by the WHO lymphoma classification scheme. An important issue that has emerged is that lymphoma is an encompassing term for a number of discrete clinical and morphological entities with quite different outcomes. Yet treatment strategies do not take this heterogeneity into account, typically treating most lymphomas with the same or similar protocols. In applying the WHO classification scheme to canine lymphoma, it was apparent that morphological assessments required immunohistochemical stains in many instances to reinforce the diagnosis. In some instances, molecular clonality determination by lymphocyte antigen receptor gene rearrangement analysis was also needed to confidently diagnose lymphoma versus lymphoid hyperplasia. The following table lists the entities that were reproducibly recognized by non-specialist veterinary pathologists.

B cell neoplasms T cell neoplasms

Diffuse large B cell lymphoma Peripheral T cell lymphoma (unspecified)

Lymphoblastic B cell lymphoma Lymphoblastic T cell lymphoma

Marginal zone lymphoma T-zone lymphoma

Follicular lymphoma Enteropathy associated T cell lymphoma

Mantle cell lymphoma Hepatosplenic T cell lymphoma

Anaplastic large cell lymphoma Anaplastic large cell lymphoma

Multiple myeloma Mycosis fungoides

Plasmacytoma Sezary syndrome

Burkitt-like lymphoma (controversial) T cell rich large B cell lymphoma

To classify lymphomas by the WHO system as applied to the canine, it is important to have access to markers for immunohistochemical analysis. The following table lists the markers of value for determining cell lineages in leukocytic proliferations in dogs. These markers are suitable for use in formalin-fixed paraffin embedded tissues with appropriate antigen retrieval protocols. Markers are available for the detection of B and T cells. However, markers for the unequivocal detection of NK cells are not available, so the existence of NK cell lymphomas in dogs is not easily assessable.

Leukocyte markers of diagnostic importance to lymphoma investigation

CD3ε Signaling component of the T cell antigen receptor. Expressed by αβ T cells and γδ T cells. Cytoplasmic expression by NK cells is possible - especially if activated. CD79a Signaling component of the B cell antigen receptor. Expressed by all stages of B cell differentiation. Expression is less in plasma cells.

CD20

Surface molecule expressed at all stages of B cell differentiation except for plasma cells. CD20 plays a role in regulation of B cell activation and proliferation. CD20 is not lineage specific and has been observed uncommonly in T cell lymphomas. Caution is advised in interpretation of diffuse cytoplasmic expression, which can occur in several cell types.

Pax5 Transcription factor essential for maintenance of B cell differentiation. Useful B cell marker. MUM1/IRF4 Transcription factor essential for plasma cell differentiation. Useful plasma cell

(14)

CD11d

αD subunit of β2 integrin (CD18) family. Expressed by macrophages and T cells in hemopoietic environments especially splenic red pulp. Bone marrow and lymph node medullary sinus also macrophages express CD11d. CD11d is consistently expressed in diseases emanating from splenic red pulp (LGL form of chronic lymphocytic leukemia, hepatosplenic lymphoma and hemophagocytic histiocytic sarcoma).

CD18

β subunit of the β2 integrin family of leukocyte adhesion molecules. Expressed as a heterodimer of CD11a, CD11b, CD11c or CD11d with CD18. Leukocytes express at least one form of the heterodimer. Hence CD18 is expressed on all leukocytes - the expression level on myeloid cells is especially high compared to normal lymphocytes. CD18 has been used as a marker of histiocytes, but this is dependent upon exclusion of lymphocyte differentiation by the use of other markers (CD3 and CD79a).

CD45 Surface molecule expressed by all leukocytes - formerly known as “leukocyte common antigen”. Antibodies to CD45 bind to the extracellular domain outside of the 3 variably splice exons (A, B, and C).

CD45RA Splice variant of CD45 in which the A exon is present. Expressed by B cells and naïve T cells. Not typically expressed by histiocytes. c-Kit Surface molecule and member of the receptor tyrosine kinase family (type III). Expressed by most hemopoietic progenitor cells and by mast cells. Expression

level is high in high grade mast cell tumors.

E-cadherin Adhesion molecule expressed by epithelia and by some leukocytes. Especially useful in cutaneous round cell tumors to identify Langerhans cells indicative of cutaneous histiocytoma.

Once immunohistochemical stains are performed, it may also be necessary to run molecular clonality analyses to confirm lymphoma. This is particularly so in inflamed lymphomas, or lymphomas arising in the context of inflammation.

Lymphocyte antigen receptor gene rearrangement – for lymphoma diagnosis: During T cell development in the

thymus, T cells rearrange their antigen receptor genes TCRA, TCRB, TCRG and TCRD, and in the process create 2 lineages of T cells, αβ and γδ T cells. The majority of αβ T cells rearrange TCRG prior to the rearrangement of TCRA and TCRB. Hence, TCRG gene rearrangement occurs in the majority of T cells regardless of surface TCR αβ or TCRγδ expression. The protein product of TCRG is TCR γ, which contains a variable (V) domain and a constant (C) domain. The V domain is encoded by 2 segments of DNA, the variable and joining (J) segments. Although multiple V and J segments exist for TCRG, they are relatively limited in number and diversity by comparison with TCRA and TCRB. Gene rearrangement during T cell development in the thymus leads to random joining of a V segment to a J segment, leading to the formation of the complete V domain exon. The diversification of the TCRG repertoire is enhanced by the creation of P nucleotides, and the random insertion of N nucleotides by terminal transferase between the V and J segments. This creates the highly diverse third hypervariable region of the V domain, also known as the complementarity determining region 3 (CDR3). The CDR3 region is at the center of the antigen binding site and hence is the major contributor to antigen specificity. The preferred target for determination of clonality in T lymphocyte populations of both αβ and γδ lineages is PCR amplification of the CDR3 region of TCRG.

B cells rearrange their antigen receptor genes in the bone marrow during B cell development. B cells re-arrange multiple V, J and D immunoglobulin (Ig) gene segments, initially in their heavy chain Ig genes (VHDJ), and later in either κ or λ light chain Ig genes (VLJ). This process of somatic recombination was first described for Ig genes and resembles the description of the process already outlined for T cells. A further property of Ig genes is their propensity to undergo V region somatic hypermutation, particularly during secondary antibody responses in germinal centers of follicles in peripheral lymphoid organs. Antibodies of high affinity are produced in secondary lymphoid responses (affinity maturation) by this mechanism. The most commonly used target for determination of clonality in B lymphocyte populations is the IGH locus due to the extensive diversity of the CDR3 region and the conservation of IGH V and J segments, which facilitate PCR primer design. One pitfall of using IGH for molecular clonality determination is the extensive V segment gene mutation that occurs in post germinal center B cells can modify primer binding sites in the V segment. This can lead to false negative PCR results and reduced sensitivity of IGH as a molecular target for clonality determination in B cells.

Lymphocyte antigen receptor clonality determination is a valuable adjunct to morphologic and immunophenotypic assessment of lymphoproliferative disorders. It is not a primary diagnostic assay, and it cannot replace morphologic and immunophenotypic assessment. Lymphocye antigen receptor gene rearrangement can be promiscuous; both TCRG and IGH rearrangement can be observed in lymphomas of a single immunophenotype (B or T cell). Also,

(15)

as acute myeloid leukemia.

Molecular clonality determination is not needed to establish a diagnosis in most lymphoid proliferations in which architectural effacement of organized lymphoid tissue, cytological features of lymphocytes, and immunophenotyping are sufficient. Molecular clonality determination is indicated when morphological features of lymphocytes and immunophenotyping are inconclusive. These conditions are most often met in some lymphoid proliferations in gut and skin, or in organized lymphoid tissue when archictecuture is largely intact (eg early marginal zone and T-zone lymphoid proliferations). Molecular clonality determination is also valuable in the assessment of the clonal relationship of lymphoid proliferations in separate sites. In this instance, it is possible to distinguish relapse from a second malignancy. The use of clonotypic primers (specific for a particular CDR3 sequence) can facilitate this investigation. However, development of clonotypic primers is expensive and not always possible based on the CDR3 sequence.

Conclusion: It is possible to distinguish distinctive subtypes of lymphoma by careful assessment of clinical and

morphological data, coupled with immunohistochemical and molecular clonality analysis as adjunctive assessments. Some of these lymphomas are notably indolent in behavior; these include follicular lymphoma, marginal zone lymphoma, mantle cell lymphoma and T-zone lymphoma. High grade lymphoma protocols are not appropriate for the treatment of these indolent lymphomas, since the proliferative fraction is very low. Increased awareness of distinctive types of lymphoma with human equivalents, has made it possible to search for underlying molecular defects based on data already available for human lymphomas. Recently published results for canine lymphoblastic T cell lymphoma underscore the likely success of this approach going forward.

References:

1 Burg G, Dummer R, Haeffner A, Kempf W, Kadin M: From inflammation to neoplasia: mycosis fungoides evolves from reactive inflammatory conditions (lymphoid infiltrates) transforming into neoplastic plaques and tumors. Arch Dermatol 137: 949-952, 2001

2 Feldman AL, Dogan A: Diagnostic uses of Pax5 immunohistochemistry. Adv Anat Pathol 14: 323-334, 2007 3 Fosmire SP, Thomas R, Jubala CM, Wojcieszyn JW, Valli VE, Getzy DM, Smith TL, Gardner LA, Ritt MG, Bell

JS, Freeman KP, Greenfield BE, Lana SE, Kisseberth WC, Helfand SC, Cutter GR, Breen M, Modiano JF: Inactivation of the p16 cyclin-dependent kinase inhibitor in high-grade canine non-Hodgkin's T-cell lymphoma. Vet Pathol 44: 467-478, 2007

4 Fry MM, Vernau W, Pesavento PA, Bromel C, Moore PF: Hepatosplenic lymphoma in a dog. Vet Pathol 40: 556-562, 2003

5 Jaffe ES, Harris NL, Stein H, Vardiman JW: World Health Organization Classification of Tumours. Pathology and genetics of tumours of haematopoietic and lymphoid tissues. In: World Health Organization Classification of Tumours, eds. Kleihues PSobin LH. IARCPress, Lyon, 2001

6 Jensen KC, Higgins JP, Montgomery K, Kaygusuz G, van de Rijn M, Natkunam Y: The utility of PAX5 immunohistochemistry in the diagnosis of undifferentiated malignant neoplasms. Mod Pathol 20: 871-877, 2007

7 Moore PF, Olivry T: Cutaneous lymphomas in companion animals. Clinics in Dermatology 12: 499-505, 1994 8 Moore PF, Olivry T, Naydan D: Canine cutaneous epitheliotropic lymphoma (mycosis fungoides) is a

proliferative disorder of CD8+ T cells. Am J Pathol 144: 421-429, 1994

9 Platz SJ, Breuer W, Pfleghaar S, Minkus G, Hermanns W: Prognostic value of histopathological grading in canine extramedullary plasmacytomas. Vet Pathol 36: 23-27, 1999

10 Ponce F, Magnol JP, Ledieu D, Marchal T, Turinelli V, Chalvet-Monfray K, Fournel-Fleury C: Prognostic significance of morphological subtypes in canine malignant lymphomas during chemotherapy. Vet J 167: 158-166, 2004

11 Ramos-Vara JA, Miller MA, Valli VE: Immunohistochemical detection of multiple myeloma 1/interferon regulatory factor 4 (MUM1/IRF-4) in canine plasmacytoma: comparison with CD79a and CD20. Vet Pathol 44: 875-884, 2007

12 Schrenzel M, Naydan D, Moore P: Leukocyte antigen expression in cutaneous plasmacytomas in dogs. Veterinary Dermatology 9: 33-41, 1998

13 Valli VE, Jacobs RM, Parodi AL, Vernau W, Moore PF: Histological classification of hematopoietic tumors of domestic animals, Second Series ed., vol. VIII, Armed Forces Institute of Pathology, Washington, DC, 2002

14 Valli VE, Vernau W, de Lorimier LP, Graham PS, Moore PF: Canine indolent nodular lymphoma. Vet Pathol 43: 241-256, 2006

15 van Dongen JJ, Langerak AW, Bruggemann M, Evans PA, Hummel M, Lavender FL, Delabesse E, Davi F, Schuuring E, Garcia-Sanz R, van Krieken JH, Droese J, Gonzalez D, Bastard C, White HE, Spaargaren M, Gonzalez M, Parreira A, Smith JL, Morgan GJ, Kneba M, Macintyre EA: Design and standardization of

(16)
(17)
(18)

Suinicultura

Comunicação por convite Circovirose Suína - Resultados de vacinação em Portugal

Jorge, José Miguel Lopes

Merial Portuguesa - Saúde Animal, Lda

O Circovírus Porcino tipo 2 (PCV2) foi associado em 1998 ao complexo das Doenças por Circovírus Porcino (PCVD), caracterizado pela diversidade sintomática, constituindo o Síndroma Multissistémico Debilitante do Pós Desmame (PMWS/SMDP) a forma economicamente mais significativa. Dentro das PVCD são referenciadas o Síndroma Dermatite / Nefropatia (PDNS), a Pneumonia Necrosante Proliferativa (PNP), a Pneumonia pós-desmame (PRRS), o Síndroma Mortalidade Aborto (SAMS), sendo as PCVD cada vez mais associadas ao complexo das Doenças Respiratórias dos Suínos (PRDC) e a perturbações reprodutivas.

O PCV2 foi descrito como um vírus “imuno comprometedor” devido à sua acção sobre as células dendríticas, nas quais vai diminuir a capacidade de processamento dos antigénios, levando a uma redução da capacidade de estimulação/desenvolvimento do sistema imunitário e consequentemente a uma menor capacidade de resposta a agentes agressores.

A utilização da primeira vacina desenvolvida contra o PCV2 – Circovac® – iniciou-se em 2004 (autorização especial de utilização em França e na Alemanha), tendo obtido até à presente data resultados significativos na redução da mortalidade, melhoria dos desempenhos de crescimento, eficiência alimentar e homogeneidade, na diminuição da frequência de tratamentos antimicrobianos e na melhoria do desempenho reprodutivo (diminuição da taxa de retorno em cio, diminuição da taxa da abortos, aumento dos nados vivos/ninhada).

O primeiro diagnóstico de PMWS em Portugal ocorreu em 1999 e a Circovac® foi utilizada pela primeira vez em Setembro de 2007.

Do conjunto de 33 explorações (15.765 reprodutoras) que implementaram a vacinação entre 20/09/2007 e 27/02/2008, 30% vacinaram exclusivamente reprodutoras e 70% vacinaram simultaneamente reprodutoras e leitões, sendo que a vacinação dos leitões ocorreu até serem desmamados leitões nascidos de reprodutoras com primovacinação de Circovac® completa. Do inquérito efectuado a Médicos Veterinários prescritores para avaliar os resultados da implementação da vacinação contra o PCV2, foram obtidos dados de 10 explorações (5.291 reprodutoras), os quais evidenciaram melhoria das taxas de mortalidade (10/10), desempenho de crescimento (3/3) e no desempenho reprodutivo (3/4).

[Porcine Circovirosis - Vaccination results in Portugal]

Porcine Circovirus type 2 (PCV2) was associated in 1998 to the Porcine Circovirus Diseases complex (PCVD), characterized by symptomatic diversity, being the Post-Weaning Multisystemic Wasting Syndrome (PMWS/SMDP) the more economically significant form. Inside of PVCD complex, several diseases are referred - the Dermatitis Nephropathy Syndrome (PDNS), the Proliferative Necrotizing Pneumonia (PNP), the Post Weaning Pneumonia (PRRS), the Sow Abortion Mortality Syndrome (SAMS) - being PCVD more and more associated to the Porcine Respiratory Disease Complex (PRDC) and to reproductive disorders.

PCV2 was described as a virus “imuno compromising” due to his action on the dendritic cells, reducing antigen processing capacity, leading to the reduction of the immune system stimulation/development capacity and consequently to a smaller answer to aggressor agents.

The use of the first vaccine developed against PCV2 – Circovac® - began in 2004 (special authorization of use in France and in Germany), having obtained to the present date significant results in the reduction of mortality, improvement of growth performance, alimentary efficiency and homogeneity, decrease of antimicrobial treatments frequency and in the improvement of reproductive performance (decrease of return to heat rate, decrease of abortions rate, increase of live born/parity).

The first diagnosis of PMWS in Portugal happened in 1999 and Circovac® was used for the first time in September of 2007.

In 33 explorations (15.765 sows) that implemented the vaccination between 20/09/2007 and 27/02/2008, 30% vaccinated exclusively sows and gilts and 70% vaccinated simultaneously sows, gilts and piglets. Piglets vaccination was performed until piglets born from sows that accomplish Circovac® primo vaccination were weaned.

An inquiry was made to Veterinary Doctors, in order to evaluate the results of vaccination against PCV2. The data obtained from 10 farms (5.291 sows) show improvement of the mortality rates (10/10), growth performance (3/3) and reproductive performance (3/4).

(19)

Estudo de prevalência de ileíte enteroproliferativa em Portugal

Mendonça, Camilo

Vetlima, Lisboa

Introdução e objectivos: A Enteropatia Proliferativa dos suínos é causada pela Lawsonia intracellularis e está presente na suinicultura intensiva por todo o mundo1. Esta patologia, vulgarmente descrita como ileíte, manifesta-se de duas formas: aguda (clínica) – com diarreia hemorrágica fatal, tipicamente descrita em porcos no final da engorda ou nulíparas recentemente introduzidas na exploração2; e crónica (sub-clínica) – diarreia ligeira, perda de peso, heterogeneidade de lotes ao abate, ocorrendo durante toda a fase de engorda. Este estudo teve como objectivo traçar o perfil sorológico para a Lawsonia intracellularis nas explorações portuguesas, tendo uma utilidade na avaliação da eficácia dos métodos de controlo desta doença no passado, presente e futuro.

Material e métodos: Foram objecto de amostragem 53 explorações suinícolas de vários pontos de Portugal (Entre-Douro-e-Minho, Beira Litoral, Beira Interior, Estremadura, Alentejo). O critério de amostragem das explorações teve como objectivo ser proporcional ao nº de explorações de cada região. A duração do estudo foi de dois anos (2006 a 2008). Foram recolhidas 18 amostras de sangue de cada exploração: porcos de 15 semanas (8 amostras), porcos de 18 semanas (6 amostras), porcos de 24 semanas (4 amostras). Este protocolo teve como base uma tabela de seroprevalência da doença, em que, à medida que os animais caminham para o final da engorda, a prevalência aumenta. Foi utilizado um Kit ELISA de bloqueio (97% sensibilidade; 98% especificidade), recentemente desenvolvido pela Bioscreen GmbH (Alemanha), para detecção dos anticorpos para a Lawsonia intracellularis. Os resultados apresentaram valores ELISA que se consideram: < 20 – negativo; 20-30 – duvidoso; > 30 – positivo. Resultados: A prevalência total detectada em Portugal da ileíte enteroproliferativa em suínos de engorda foi de 94%. Segmentando por idade, a prevalência de ileíte foi de: 15 semanas - 75%; 18 semanas – 87%; 24 semanas – 98 %. Podemos observar que a seroconversão ocorre, em pelo menos 75% dos casos, antes das 15 semanas de vida dos animais. Este facto, por sua vez, indica que a infecção ocorrerá, na maioria dos casos, antes das 12 semanas de vida (há uma duração de 3 semanas desde a infecção até à seroconversão). Outro resultado visível é a variação geográfica da prevalência da doença, sendo que a região de Leiria e o norte de Portugal apresentam níveis mais elevados de ileíte enteroproliferativa. Se nos reportarmos à prevalência na amostragem do total dos animais, esta baixa para 58%. Ou seja, 1 em cada 2 animais, dentro de cada exploração, está contaminado.

Discussão: O nível de prevalência detectado torna praticamente endémica esta doença nas engordas suinícolas (>90%). O facto de haver um elevado nº de suínos infectado por exploração revela o alto nível de contágio da doença (>50%).

Em relação à epidemiologia, e dado que a patologia é de elevada contagiosidade, verificou-se uma maior prevalência em zonas de maior densidade da população suína (ex. Leiria). Outro dado epidemiológico importante tem a ver com a alta prevalência nas explorações do norte do país. Este facto poderá ser atribuído ao menor rigor no maneio, higiene e qualidade das instalações nesta região, o que leva também ao aumento de risco de contágio da doença3. Dado que a ileíte já assola a suinicultura há mais de duas décadas, este estudo vem demonstrar que não tem havido uma abordagem eficaz no seu controlo em Portugal. A situação piorou ainda mais desde a retirada dos promotores de crescimento da ração em 20064. O paradigma da vacinação em leitões é cada vez mais uma realidade irrevogável5, dado que a antibioterapia que tem sido utilizada nas engordas não tem baixado a prevalência da doença6,7. Outra questão de relevo é o facto dos sintomas da ileíte serem sobretudo subclínicos, ou seja, a diminuição do ganho médio diário de peso dos animais, o aumento do índice de conversão e a heterogeneidade do peso dos suínos levam a grandes perdas económicas8,9.

Agradecimentos: A todos os colegas e suinicultores que colaboraram na recolha de amostras e disponibilizaram os dados das explorações e ao LMV (Lab. Med.Vet.) pelo serviço analítico prestado de uma forma profissional e solícita.

Bibliografia: 1Kroll J. et al., 2004 18th IPVS Proceedings; 2Jacobson M., 2008 20th IPVS Proceedings; 3Labuscagne A., 2008 20th IPVS Proceedings; 4Connor et al., 2004 18th IPVS Proceedings; 5Rigat J., Font J., 2008 20th IPVS Proceedings; 6Hardge, 2004 18th IPVS Proceedings; 7Nielsen E., 2008 20th IPVS Proceedings; 8Morel A., 2008 20th IPVS Proceedings; 9Adam M., 2008 20th IPVS Proceedings.

(20)

Comunicação por convite Carências nutricionais durante o parto

Barreiros, Pedro

SCA Ibérica; pbarreiros@scaiberica.com

Tem-se vindo a constatar que o melhoramento genético realizado em reprodutoras pelas empresas da especialidade, tem sido deveras importante, nomeadamente no que respeita à sua prolificidade.

Todavia, esse aumento de prolificidade tem sido acompanhado por um aumento do nº de leitões nascidos mortos e também por uma aumento da % de mortalidade nos primeiros cinco dias de vida dos leitões.

Esta nova situação deve-se basicamente a partos distócicos devido a um esgotamento físico a que as reprodutoras estão sujeitas, associados a riscos mais elevados de hipóxia nos leitões. Este aumento da % de partos distócicos deve-se a um maior nº de leitões nascidos associado a deficiente condição fisica das reprodutoras em gestação e más condições de alojamento.

Existem soluções nutricionais para minimizar este problema, que passam pela utilização de óleo de peixe, pelo aumento do Metabolismo Energético do leitão através da utilização de triglicéridos de cadeia curta e pelo controle do Balanço Electrolitico do alimento de gestação de forma a controlar a hipócalcémia das reprodutoras. De facto a solução é fazer com que a reprodutora ingira níveis mais altos de energia e micronutrientes de forma a reduzir a fadiga e melhorar a contracção muscular (evitar a hipocalcémia), e reduzindo o “stress oxidativo”.

A nível do Research and Innovation Centre do grupo Provimi foi desenvolvido um produto denominado PartuAid, que é uma mistura de minerais, vitaminas, antioxidantes naturais ligados a uma matriz energética que, prevenindo a fadiga muscular (redução do tempo de trabalho de parto), consegue diminuir o nº de leitões nascidos mortos bem como a mortalidade neo-natal (0 aos 5 dias de vida) e aumentar o consumo de ração por parte da reprodutora.

Este investimento facilmente atinge um retorno de 5:1, após a realização de ensaios experimentais a nível mundial.

[Nutrition needs during farrow]

In recent years the genetic improvements made by the specialist breeding companies in swine reproductive performance have been highly significant, particularly with respect to prolificacy.

However, this increase in prolificacy has been accompanied by an increase in the number of still born piglets and also an increase in piglet mortality in the first five days of life.

A reason for this increase in mortality can be accounted for by the increased effort required by the sow to give birth to these larger litters. This results in sows becoming fatigued during farrowing and results in them interrupting the birth process. An abnormally long and difficult birth is known as dystocia. An interruption in the birth process increases the risk of piglets being oxygen deprived which either results in them being born dead or born alive but weak due to their metabolic state being compromised.

There are potential nutritional solutions which have been investigated to help reduce this problem, for example the use of fish oil in the sow diets, administering medium chain triglycerides to new born piglets or manipulation of sow electrolyte balance. The level of success with these strategies is variable.

An alternative nutritional solution to the problem, ParturAid has been developed by the Research and Innovation Centre of the Provimi Group. Based on “sports drink” concepts, ParturAid is a nutritional supplement which contains a blend of minerals, vitamins and natural antioxidants on a high energy carrier. ParturAid has been designed to be fed to sows in the pre-farrowing period to help reduce the onset of fatigue and therefore reduce the duration of farrowing. This helps to reduce the risk of piglets being deprived of oxygen and therefore the number of stillbirths and neonatal mortality is reduced. In addition, it has also been observed in trials that sow feed intake post farrowing is improved as well as piglet pre-weaning growth performance.

(21)

Utilização de hepatoprotectores em suinicultura

Folque, Pedro

Eurocereal S.A., Estrada da Avessada, 2665-290 Malveira, Portugal; pedro-folque@eurocereal.pt

O fígado é um elemento fundamental do organismo animal. Intermediário entre o sistema digestivo e os restantes órgãos, desempenha um papel plurifuncional (metabolizador, filtrador, regulador, protector, …), através de um variado número de funções: metabólicas, hormonais, biliares, uréticas, antigénicas, vitamínicas, hematológicas, … As suas funções metabólicas de armazenagem, regulação, metabolismo e fixação e reserva, são extremamente importantes na bioquímica dos glúcidos, lípidos e prótidos, em particular na eficiência de utilização energética e proteica dos alimentos. Substâncias ou processos, como por exemplo a esteatose hepática, podem influir em parâmetros importantes em Suinicultura como os GMD (Ganho Médio Diário), ICA (Índice Conversão Alimentar), Taxa de Músculo nas Carcaças ou na Fertilidade das porcas reprodutoras.

Os processos de degradação e de desintoxicação hepática são também fundamentais na eliminação de substâncias biológicas e xenobióticas, prejudiciais aos organismos. Estas biotransformações funcionam como um “sistema protector dos hepatócitos”, permitindo manter o seu correcto funcionamento.

Existem modificadores das funções metabólicas, usualmente chamados de hepatoprotectores, que visam estimular as funções dos hepatócitos. Estas substâncias podem actuar a três níveis diferenciados (hepático, biliar e digestivo), com acções do tipo lipotrópicas, colaréticas, colagogas, anti-oxidantes, desintoxicantes. São exemplos destes produtos, a Betaína, a Colina, a Metionina, o Sorbitol, o Inositol, algumas Vitaminas (E, C, B6, B12), alguns Minerais (Zn, Se, S, Mg) e mais recentemente o recurso a Extractos de Plantas (Ex.: Curcuma, Alcachofra, Rabanete Negro).

Utilizados sozinhos ou em associação, estes produtos podem ajudar à manutenção/recuperação de um bom funcionamento do fígado dos animais, pelo que a sua utilização na moderna Suinicultura, com sistemas de produção cada vez mais intensivos, pode ser uma via interessante e inovadora para auxiliar à obtenção de altos níveis de produtividade.

[Use of hepatoprotectors in swine]

The liver is a fundamental element of the animal’s organism. Intermediary between the digestive system and the other organs, it plays a plurifunctional role (metabolizer, depurator, regulator, protector, …), through a varied number of functions: metabolic, hormonal, biliary, urinary, antigenic, vitaminic, hematologic, …

Its metabolical functions of storage, regulation, metabolism, fixation and reservation are extremely important in the biochemistry of the carbohydrates, lipids and proteins, in particular in the efficiency of the energetic and proteinic usage of the feed. Substances and processes that affect the liver, as in the case of hepatic esteatosis, may influence important parameters of Swine production, such as ADG (Average Daily Gain), FCR (Feed Conversion Rate), LMR (Lean Meat Rate) or Fertility of sows.

The processes of hepatic degradation and detoxication are also fundamental in the elimination of biological and xenobiotical substances, harmful to the organisms. These biotransformations work as a “protection systems of the liver hepatocytes”, allowing keeping its correct functioning.

There are modifiers of the metabolical functions, usually called hepatoprotectors, which aim to stimulate the functions of the hepatocytes. These substances may act within three different levels (hepatic, biliary and digestive), with actions like lipotropic, colaretic, cholagogues, anti-oxidant, detoxicant. Are examples of these products the Betaine, Choline, Methionine, Sorbitol, Inositol, some Vitamins (E, C, B6, B12), some Minerals (Zn, Se, S, Mg) and more recently the usage of Plant Extracts (Ex.: Curcuma, Globe Artichokes, Black Radish).

Used alone or in association, these products may help the maintenance/recovery of the good liver functioning of the animals, so that its usage in modern Swine Production, with more and more intensive systems, it may be an interesting and innovative way to help the achievement of high levels of productivity.

(22)

Recursos Genéticos Animais

Comunicação por convite Diversidad genética y base hereditaria de los caracteres de comportamiento en la raza de lidia

Cañón, Javier

www.ucm.es/info/genetvet; jcanon@vet.ucm.es

La de lidia puede ser considerada una raza bovina relativamente antigua y, hasta cierto punto, pionera en la implantación de un esquema de selección complejo en el que los registros de fenotipos y genealógicos eran sistemáticos. Posiblemente no sería exagerado considerar a esta población como una raza de razas, una metaraza, con una gran diversidad entre las unidades genéticas (encastes-ganaderías) que la conforman.

En esta raza se produce un importante aislamiento reproductivo entre las poblaciones que la constituyen, por lo que en la actualidad podemos observar una gran variabilidad dentro de la raza, debido en gran parte al interés de los criadores por disponer de un patrimonio genético propio, que se mantiene durante varias generaciones en el seno familiar. Este objetivo, de alguna manera conservacionista, puede ser contrario al de obtener una mayor rentabilidad económica.

La forma en la que los ganaderos de lidia han gestionado esta raza, aplicando técnicas genéticas de forma empírica, ha hecho de la misma un gran experimento genético dando lugar a una explosión de familias, líneas o encastes, muchos de ellos en serio peligro de extinción.

La diversidad genética observada en esta raza se parece más a la que se encuentra en las razas del Medio Oriente, uno de los grandes focos de domesticación de especies animales, que a la de las razas europeas, posiblemente debido a la división en encastes. De hecho, dentro de la raza de lidia, la distancia genética entre encastes es, por término medio, casi tres veces mayor que la distancia que hay entre cualquier pareja de razas dentro del bovino europeo. En la raza de lidia se detectó presencia de dos eventos de domesticación que se produjeron hace unos diez mil años en el Bos taurus, uno en Oriente Próximo (del que proceden la mayoría de las razas bovinas europeas actuales) y el otro en el Sahara Oriental.

Las relaciones genéticas entre ganaderías, visualizadas a través del árbol de relaciones genéticas, permiten trazar el origen de las mismas hasta las castas fundacionales de procedencia, corroborando de una forma muy precisa el conocimiento histórico que tenemos sobre el origen de dichas ganaderías.

Un hecho relevante en la genética de la raza de lidia es el elevado nivel relativo de heredabilidad de los principales caracteres de comportamiento utilizados como criterio de selección para la aptitud en la lidia. Este elevado nivel de variabilidad genética ha permitido modificar el comportamiento del toro bravo, adaptándolo tanto a lo largo del tiempo al tipo de lidia demandado, como en un mismo momento a los diferentes tipos de festejos tradicionales.

(23)

Diversidade genética em raças autóctones Portuguesas

Telo da Gama,L., Oliveira e Sousa, M.C., Santos Silva, M.F., Bressan, M.C., Carolino, M.I., Carolino, N., Ginja, C., Vicente, A.

Unidade de Investigação de Recursos Genéticos, Reprodução e Melhoramento Animal Instituto Nacional de Recursos Biológicos. Fonte Boa 2005-048 Vale de Santarém; genetica.ezn@mail.telepac.pt

Apresenta-se uma revisão dos estudos de diversidade genética realizados com raças autóctones portuguesas ao longo dos últimos anos. Diversos trabalhos efectuados com marcadores neutros, abrangendo a maioria das espécies e raças de animais domésticos, permitem concluir que a diversidade genética existente é bastante elevada, sendo as diferenças entre raças muito acentuadas nos suínos e, em menor escala, nos bovinos. Alguns trabalhos recentes têm usado marcadores do mt-DNA e, em menor escala, do crY, na análise da estrutura genética das populações. Estes trabalhos têm apontado para uma influência das raças bovinas norte-africanas nas raças autóctones de Portugal. Nos últimos anos, diversos autores têm estudado marcadores genéticos com potencial utilidade na selecção, destacando-se os marcadores ligados à resistência ao scrapie nos ovinos, susceptibilidade ao stress nos suínos, qualidade da carne nos bovinos, etc. Os resultados obtidos até agora nos estudos com raças autóctones portuguesas poderão ser potencializados pelo estabelecimento e aprofundamento de colaborações com grupos de outros países, de forma a poder padronizar procedimentos e metodologias, e também fortalecer os recursos humanos, dando assim uma dimensão muito mais vasta ao trabalho realizado individualmente pelos diferentes grupos.

[Genetic diversity in Portuguese native breeds]

A review is presented of studies published over the last few years on genetic diversity in Portuguese native breeds of livestock. Several studies conducted with neutral genetic markers, covering the vast majority of livestock species and breeds, lead to the conclusion that existing levels of genetic diversity are quite high, with large genetic differences between breeds of pigs and smaller differences among cattle breeds. Some recent studies have used mt-DNA genetic markers and, not as often, crY markers, to assess the genetic structure of populations. These investigations have pointed towards an influence of north-african cattle on Portuguese native breeds. Over the last few years, several authors have studied genetic markers of potential usefulness in selection programs, especially those related to resistance to scrapie in sheep, susceptibility to stress in swine, meat quality traits in cattle, etc. The results obtained until now with Portuguese breeds could be enhanced through the establishment and strengthening of collaborations with groups from other countries, in order to standardize procedures and methodologies, as well as to reinforce human capacity, thus providing a much wider scope to the work carried out individually by the different groups.

(24)

Sustentabilidade e bem-estar em aquacultura

Comunicação livre oral Bócio em linguado-branco (Solea senegalensis, kaup): a importância do maneio na produção

Ramos, P.1, Peleteiro, M.C.2, Power, D.3

1 INRB, IP - L IPIMAR, Laboratório de Patologia dos Animais Aquáticos. Av. de Brasília, 1449-006 Lisboa

2 Centro de Investigação Interdisciplinar em Sanidade Animal, FMV-TULisbon, Av. da Universidade Técnica, 1300-477 Lisboa 3 Universidade do Algarve, FERN. Campus de Gambelas. 8005-139 Faro-Portugal

Os tumores da tiróide em peixes são raros na natureza, sendo a sua frequência superior em peixes de aquacultura, especialmente se mantidos em meios deficientes em iodo.

O linguado-branco (Solea senegalensis, Kaup), pelo seu elevado valor comercial, é uma espécie atractiva do ponto de vista da produção e diversificação aquícola.

Trezentos e dezassete exemplares de linguado-branco, mantidos em cativeiro, em condições naturais de luminosidade e temperatura, desenvolveram formações hiperplásicas na base dos arcos branquiais.

O estudo microscópico e da ultra-estrutura das células das lesões revelaram características associadas a células em grande actividade. Contudo, o doseamento da T3 era muito baixo. Tratou-se de uma situação de hiperplasia da tiróide associada a hipotiroidismo. As lesões observadas correspondiam a bócio multinodular.

Diversos factores podem ter contribuído para o desenvolvimento desta doença mas, através de diversos ensaios experimentais, verificou-se que i) a administração de dieta inadequada, ao interferir no crescimento, teve um papel indirecto no desenvolvimento das alterações tecidulares observadas e ii) os níveis baixos de iodo na água do circuito, associados à técnica de maneio usada, foram apontados como prováveis factores etiológicos desta doença.

A produção comercial do linguado-branco envolve o uso de sistemas de recirculação da água que permitem um melhor controlo dos sistemas de produção, pelo que uma das prioridades da indústria é a melhoria do maneio desta espécie. Neste contexto, a problemática do desenvolvimento de bócio no linguado-branco é abordada numa perspectiva de optimização do maneio na sua produção em regime intensivo.

[Goiter in sole (Solea senegalensis, kaup): sole management importance in recirculation systems]

Thyroid tumors are rare in nature, their incidence being much higher in captive fish, particularly if maintained in an environment deficient in iodine.

Senegalese sole (Solea senegalensis, Kaup) is an attractive species because of its high market value.

In three hundred and seventeen specimens of senegalese sole maintained in a closed circuit salt water system under natural conditions of photoperiod and temperature, hyperplasia of the thyroid has occurred.

Microscopy and ultra-structural studies of the affected thyroid indicated high activity although levels of T3 were very low. The condition was therefore classified as hyperplasia of the thyroid associated with hypothyroidism. The lesions found at the base of the branchial arches were classified as multinodular goiter.

Several factors may have contributed to the development of this disease i) dietary inadequacy, expressed by poor growth rates, may have aggravated the condition and ii) iodine deficiency of the water were identified as the probable causative factor.

With regard to future commercial developments, strong interest is expressed in the use of recirculation systems which allow better control of the environmental conditions and bio-security than open flow systems. In this context, greater importance will be given to specific requirements of the senegalese sole and hatchery operations that could represent a valuable method in prevention of goiter.

(25)

A maricultura na Madeira - o presente e o seu desenvolvimento

Cruz e Silva, M.P. e Nogueira, N.

Centro de Maricultura da Calheta, Direcção Regional de Pescas-Centro de Maricultura da Calheta

Actualmente a aquacultura desempenha um papel fundamental como fonte de alimento para consumo humano, sendo a Madeira uma região que reúne condições naturais ideais, para a maricultura em jaulas. Tendo em vista o desenvolvimento desta área,estão a decorrer no Centro de Maricultura da Calheta (CMC), desde 2006, dois projectos:+ PEIXE e PARGOGEN. O projecto + PEIXE visa a produção em cativeiro dos estádios iniciais de vida de espécies de alto valor comercial, que permita maximizar a sua sobrevivência larvar e juvenil. O projecto PARGOGEN pretende desenvolver e aperfeiçoar as zootécnicas de produção do pargo(Pagrus pagrus).

Agradecimentos: Os projectos + PEIXE e PARGOGEN são co-financiados pelo FEDER - POPRAM III.

[The mariculture in Madeira - the present and the future]

Aquaculture is of growing importance as a supplier of healthy fish for human consumption. Due to its geographical situation and environmental conditions, Madeira has a great potencial to develop ocean farming activities. In order to contribute do the development of this economic activity in this region, the Centro de Maricultura da Calheta (CMC) has been running two projects since 2006, + PEIXE and PARGOGEN. + PEIXE intends to optimize the cultivation of early life stages of commercialy high valuable species, focusing goals such as minimizing mortality during the the larval and juvenile stages. PARGOGEN intends to develop and optimize the red porgy (Pagrus pagrus) production techinques.

(26)

Comunicação por convite

Moluscicultura – uma produção animal sustentável

Ruano, Francisco

INRB, IP - L IPIMAR, Unidade de Investigação de Aquicultura. Av. de Brasília1449-006 Lisboa

Os moluscos bivalves são, de entre os organismos aquáticos, os que melhor se adaptam aos mais adversos ecossistemas. A sua elevada capacidade para o aproveitamento de uma vasta gama dos recursos alimentares disponíveis, a sua fácil adaptação a situações extremas, sejam de grande carência alimentar ou de variações das condições físicas do meio, associadas à sua enorme capacidade gametogénica, tornaram estes macro invertebrados numa das espécies mais abundantes e mais antigas do nosso planeta.

Embora possuidores daquelas vantagens, os moluscos bivalves estão sujeitos a graves surtos de mortalidade massiva. Quando analisamos séries longas das abundâncias das suas populações naturais, é clássica a representação em curva sinusoidal, com flutuações dos «períodos» entre ciclos, por vezes de dezenas de anos. A explicação para estas grandes flutuações tem sido dada por diversos autores, atribuindo-as a causas diversas. O ciclo normal da espécie, adaptando-se às variações, por vezes longas e extremas das disponibilidades alimentares, é a explicação mais comum. Contudo o excessivo esforço de pesca, as patologias, as alterações do meio, os agentes poluidores, têm vindo ultimamente a engrossar o rol daquelas causas. É hoje consensual que as explicações para estas variações não residem tanto numa causa única para cada situação, mas antes na combinação de vários factores intercorrentes.

A gestão mais racional dos bancos naturais de bivalves em articulação com uma melhoria da qualidade do ambiente marinho, mercê de uma vigilância mais rigorosa, tem contribuído para a sustentabilidade daquelas populações enquanto recurso haliêutico.

O seu cultivo, recorrendo a métodos e técnicas cada vez mais eficientes, tem dado um contributo para aquela sustentabilidade, retirando pressão sobre as espécies mais exploradas e fornecendo ao mercado novas espécies, com garantias de um alimento de elevada qualidade e segurança.

[Molluscs aquaculture- a sustainable animal production]

The Molluscs bivalves are the organisms best adapted to the most sever aquatic ecosystems.

The high capacities to use a great variety of available food resources, their easy adaptation to extreme environmental conditions, in case of food shortage or drastic changes in their aquatic support, associated to a huge gametogenic capacity, make them one of the most ubiquitous and ancient macro invertebrates on earth.

Nevertheless those capacities, massive mortalities in bivalve populations are very common. Long series of the available data from natural populations, are frequently draw in a typical sinusoidal curve, with picks of abundance separated by periods of ten to twenty years. In between the long periods of abundance those populations almost reaches the disappearance.

The explanation for so long fluctuations has been related with several causes namely its adaptation to the natural rhythms of available food in nature. However the exaggerated rising of fishing efforts over the natural sea beds, diseases outbreaks, environmental changes in water column and sediments and pollution, has been reported as main causes for the decline of the specie. Nowadays is much more clear that there are no a single explanation for that, rather than a combination of several causes.

A rational management of natural sea beds and significant improvements of the quality of their environment, due to a most aggressive control, are a great contribution for the sustainability of this important marine resource.

Finally, by getting off the pressure over the natural sea beds, the modern mollusc aquaculture has been also an important factor for their protection as well as an important way to put in the market an excellent food with high patrons of quality and safety.

(27)

Comunicação por convite O desenvolvimento actual da aquacultura

Afonso, Fernando

Centro de Investigação Interdisciplinar em Sanidade Animal, FMV - TULisbon, Av. da Universidade Técnica, 1300-477 Lisboa

Actualmente, a aquacultura é o sector de produção de alimentos de maior crescimento em todo o mundo e existem condições e motivos para o seu futuro desenvolvimento, nomeadamente em Portugal. A utilização de todas as potencialidades de forma sustentável permite que o meio ambiente seja utilizado racionalmente e que a actividade possa ser praticada por muito tempo. A aquacultura contribui para preservar os ecossistemas de água doce e marinhos, diminuindo a pesca excessiva e mantendo as populações selvagens.

Alguns consumidores consideram que os produtos de aquacultura contêm antibióticos e outras substâncias químicas ou tóxicas. Na verdade, são raras as situações em que isto acontece e esta actividade apresenta vantagens relativamente à pesca tradicional de animais selvagens. Contudo, é necessário o estabelecimento e o cumprimento de regras que têm por fim a sustentabiliade social, ambiental e económica.

Pretende-se assim, analisar o estado actual da aquacultura e discutir as suas vantagens, a segurança alimentar dos produtos aquícolas, a sustentabilidade do sector e o bem-estar dos animais.

[The present development of aquaculture]

Nowadays, aquaculture became the world’s fastest growing food production sector and there are conditions and motives for its future development in many countries, including Portugal. The environment can be then used rationally and the activity will be carried out for a long time if all of its potentialities are used in a sustainable way. Aquaculture contributes to preserve fresh water and marine ecosystems, decreasing overfishing and keeping wild populations.

Some consumers consider that aquaculture products contain antibiotics and other chemical and toxic substances. Facts show that these situations are rare and this activity has advantages when compared to traditional fisheries and catch of wild animals. However, it is necessary to establish and to accomplish rules to achieve social, environmental and economic sustainability.

The state of aquaculture will be analyzed and its advantages, food security of aquatic products, sector sustainability and animal welfare will be discussed.

Referências

Documentos relacionados

1 Instituto de Física, Universidade Federal de Alagoas 57072-900 Maceió-AL, Brazil Caminhadas quânticas (CQs) apresentam-se como uma ferramenta avançada para a construção de

Um teste utilizando observa¸c˜ oes de fra¸c˜ ao de massa do g´ as de aglomerados de ga- l´ axias e SNe Ia foi proposto por Gon¸calves, Holanda e Alcaniz (2012)[ 41 ]. Eles

683 TESTE ALÉRGICO TRIAGEM - SCREENING Sangue tubo tampa vermelha 2 686 TESTE ALÉRGICO – PAINEL C/ 24 ALÉRGENOS Sangue tubo tampa vermelha 7 685 TESTE ALÉRGICO – PAINEL C/

As resistências desses grupos se encontram não apenas na performatividade de seus corpos ao ocuparem as ruas e se manifestarem, mas na articulação micropolítica com outros

MELO NETO e FROES (1999, p.81) transcreveram a opinião de um empresário sobre responsabilidade social: “Há algumas décadas, na Europa, expandiu-se seu uso para fins.. sociais,

São considerados custos e despesas ambientais, o valor dos insumos, mão- de-obra, amortização de equipamentos e instalações necessários ao processo de preservação, proteção

Costa (2001) aduz que o Balanced Scorecard pode ser sumariado como um relatório único, contendo medidas de desempenho financeiro e não- financeiro nas quatro perspectivas de

Crisóstomo (2001) apresenta elementos que devem ser considerados em relação a esta decisão. Ao adquirir soluções externas, usualmente, a equipe da empresa ainda tem um árduo