CETOCONAZOL +
CLINDAMICINA
Associação previne ruptura
prematura da membrana
em pacientes com
vulvovaginites
CETOCONAZOL + CLINDAMICINA
Associação previne ruptura prematura da membrana em pacientes
com vulvovaginites.
Introdução
A vulvovaginite é toda manifestação inflamatória ou infecciosa do trato genital feminino inferior, ou seja, vulva, vagina e epitélio escamoso do colo uterino. Esta manifestação apresenta-se por leucorréia, sensação de desconforto hipogástrico, prurido de intensidade variável, disúria e dispareunia, sendo que estes sintomas podem aparecer isolados ou associados.
Os fatores que podem desenvolver este quadro incluem: leveduras, bactérias, protozoários, vírus, parasitas, alergias por dermatites de contato, dermatoses sistêmicas, doenças auto-imune rara, síndromes dolorosas neuropática vulvar (Obstet Gynecol Surv. 2008).
O diagnóstico se faz através de exame microscópico das secreções vaginais, onde o aparecimento de doença atípica ou recalcitrante se confirma por cultura das secreções (Dermatol Ther. 2004).
A ruptura prematura das membranas ovulares (RPM) é condição comum que acomete cerca de 10% das gestações. Ocorre quando existe solução de continuidade do córion e âmnio,membranas que limitam a cavidade amniótica durante toda a gestação, antes do início do trabalho de parto. A RPM pré-termo, em idade gestacional inferior a 37 semanas, responde por 20 a 40% destes casos e está envolvida na gênese de 30 a 40% dos partos prematuros. Quando se trata de gestação a termo ou perto do termo (34 semanas em diante), o feto já completou as principais etapas de sua maturação e a resolução da gestação, espontânea ou terapêutica, não implica alto risco neonatal. Nestes casos, a RPM é evento sem maiores conseqüências, seja para a mãe ou para o feto, e o processo do trabalho de parto será desencadeado dentro de 24-48 horas mesmo sem intervenção.
Atualmente, a maioria dos ginecologistas/obstetras
indicam como a associação de Cetoconazol +
Clindamicina, pois estes apresentam-se como melhor
forma de tratamento para a cura clínica de infecções
Estudos & Atualidades
Estudo avalia a efetividade entre a combinação
de cetoconazol e clindamicina em comprimidos
vaginais e o tratamento oral apenas com
clindamicina.
Estudo longitudinal, prospectivo, comparativo, randomizado, duplo cedo e duplo-dummy foi realizado com 105 pacientes maiores de 18 anos, durante o 3º trimestre de gravidez normoevolutiva e que apresentavam vulvovaginite sintomática.
As pacientes foram submetidas a um tratamento de 6 dias, subdivididas em dois grupos:
Parâmetros Avaliados
Análise da cultura da secreção vaginal e a fresco.
Sinais e sintomas em intervalos regulares: 4, 7 e 11 dias. Controle da gravidez era realizado a cada 3 semanas, até o parto ou ruptura prematura da membrana.
Resultados:
Os sintomas apresentados eram similares em ambos os grupos de tratamento. O grupo 2 apresentou uma ruptura prematura da membrana.
Nenhuma reação adversa com os tratamentos foi apresentada.
A combinação de cetoconazol 400mg +
clindamicina 100mg previnem a
ruptura prematura da membrana em
mulheres grávidas com quadro
sintomático de vulvovaginite.
Ginecol Obstet Mex. 2008.
Grupo 1: cetoconazol 400mg e clindamicina 100mg (n=53) Grupo 2: clindamicina 600mg (n=52)
As pacientes foram
submetidas a um
tratamento de 6 dias,
subdivididas em dois
grupos:
11%
35%
0 5 10 15 20 25 30 35 40 (%)Cultivo de Candida albicans
Cetoconazol + Clindamicina Clindamicina
Estudos & Atualidades
Estudo avalia o tratamento da vaginite mista com cetoconazol +
clindamicina.
Durante Janeiro 2008, realizou-se um estudo multicêntrico e transversal com 1.198 ginecologistas/obstetras que prescreveram clindamicina + cetoconazol. Estes profissionais responderam a um questionário (com escala e mensurações) para identificar as diferenças terapêuticas para a vaginite mista.
Noventa por cento dos obstetras prescrevem a Clindamicina + Cetoconazol como o melhor tratamento para a vaginite mista.
Ginecol Obstet Mex. 2008.
A clindamicina associada ao cetoconazol
apresenta uma diferença significativa nos
resultados, atingindo rápida cicatrização,
eficácia, redução da coceira e recidiva
reduzidas.
Mais Estudos & Atualidades
Um estudo avaliou o uso de comprimidos vaginais de vitamina C (250mg) no tratamento
da vaginite não especifica. Obteve-se como resultado uma eliminação da bactéria em
77% das pacientes tratadas, enquanto que o placebo do estudo apresentou 54%.
Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol. 2004.
Avaliação do tratamento da candidiase vulvovaginite com associação de fluconazol
150mg e probiótico L. rhamnosus GR-1 and Lactobacillus reuteri RC-14. Os resultados
apontaram uma melhora nos sintomas do grupo tratado com a associação (10,3%) do o grupo
tratado apenas com os probioticos (34.6%). O estudo mostra que os lactobacillus podem
aumentar a efetividade do antifúgico farmacológico sendo eficaz na cura da doença.
Lett Appl Microbiol. 2009.
97
73
79
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 (%)Percentual de escala
proporcional ao tratamento
Ótimo: tratamento com antifúngico + antibacteriano Bom: tratamento apenas com antifúngico
Estudos & Atualidades
O tratamento realizado com cetoconazol 800mg +
clindamicina 100mg por 3 dias permite a paciente
melhor adesão ao tratamento da infecção vaginal e
cura clínica.
Ginecol Obstet Mex. 2005.
Avaliação da eficácia da combinação entre
cetoconazol 400mg + clindamicina 100 mg por 6
dias em comparação a um tratamento com
cetoconazol 800mg + clindamicina 100mg em
vaginite por candida e vaginose bacteriana.
Participaram pacientes com diagnóstico clínico de vaginite e vaginose por cândida confirmada via cultura da secreção vaginal. As participantes foram randomizadas em
Grupo 1: cetoconazol 400mg + clindamicina 100mg durante 6 dias (n=41) Grupo 2: cetoconazol 800mg + clindamicina 100mg por 3 dias + placebo durante
3 dias. (n=40)
Avaliação
Realizada no 7º e 11º dia após o inicio do tratamento. No 11º dia repetia-se a
cultura da secreção vaginal.
Apenas 5 pacientes
apresentaram reação adversa sendo que 3 destes são relacionado ao tratamento. O tratamento da vaginite e vaginose bacteriana em ambas as formulações apresentaram efetividade clínica e microbiológica semelhantes. 19 15 2 2 0 5 10 15 20 Baseline 11º dia
Pacientes com
Candida albicans
Grupo 1 Grupo 2 25 25 1 4 -5 5 15 25 35 % Baseline 11º diaPacientes com
Gardnerella vaginalis
87,8
85
82
84
86
88
Cura clínica
Clindamicina
A Clindamicina é um antibacteriano semi-sintético, derivado lincosamídico, bacteriostático.
Clindamicina atua inibindo a síntese protéica, ligando-se à subunidade 50S do ribossomo que impede a ligação peptídica. Este bloqueio impede a atividade da peptidil-transferase o que faz por conseqüência a inibição da síntese protéica bacteriana.
Cetoconazol
O cetoconazol é um derivado imidazólico sintético com amplo espectro sobre os fungos patológicos, dentre eles: Cândida sp; Trichophyton sp; Microsporum sp; Epidermophyton floccosum; Blastomyces dermatidis; Histoplasma capsulatum; Malassezia furfur; Coccidióides immitis e Cryptococus neoformans.
Indicações
?
Prevenção da ruptura prematura de membrana;
?
Vaginite por Gardnerella vaginalis e Candida albicans;
?
Vaginose bacteriana;
?
Infecção por bactérias e fungos.
Dosagem e Administração
Cetoconazol 800mg + Clindamicina 100mg via
oral por 3 dias de tratamento.
Mais opções de tratamento:
4
4
Propriedades e Mecanismo de Ação
Em estudo comparativo avaliando a eficácia da terapia oral com
metronidazol X gel tópico com ácido láctico em vaginoses bacterianas
apresenta o Gel de Ácido Láctico tão eficaz quanto o Metronidazol Oral,
e que a associação de ambos possui eficácia superior sobre a colônia de
lactobacilos.
.
Cetoconazol + Clindamicina
Sugestões de Fórmulas
1. Cápsulas de Cetoconazol + Clindamicina
Cetoconazol... 800mg Clindamicina ... 100mg
Mande 3 cápsulas Tomar uma cápsula ao dia.
2. Gel Vaginal de Cetoconazol + Clindamicina
Clindamicina ... 2% Cetoconazol...4% Gel Vaginal qsp...5g
Mande 40 gramas de Gel + 7 Aplicadores.
Preencher o conteúdo de um aplicador vaginal (5g) com o gel. Introduzir na vagina e dispensar o conteúdo do aplicador. Usar uma vez ao dia, por 7 dias.
3. Creme Vaginal de Clindamicina
Clindamicina...2% Transcutol...10% Creme Xalifin qsp...5g
Mande 40 gramas de Gel + 7 Aplicadores
Preencher o conteúdo de um aplicador vaginal (5g) com o gel. Introduzir na vagina e dispensar o conteúdo do aplicador. Usar uma vez ao dia, por 7 dias.
Doutor (a):
Na farmácia de manipulação o paciente encomenda exatamente a
quantidade de medicamento necessária para o tratamento. Com isso, não
4. Cápsulas de Cetoconazol
Cetoconazol... 200mg Mande 28 cápsulas.
Mais +
Sugestões de Fórmulas
5. Cápsulas de Metronidazol
Metronidazol...500mg
Mande 28 cápsulas.
Tomar uma cápsula a cada 12 horas, por 7 dias.
7. Gel Vaginal de Metronidazol
Metronidazol...0,75% Transcutol...10% Ácido Láctico qsp...ph 5.2 Gel de Carbopol qsp...5g
Mande 40 gramas de Gel + 7 Aplicadores Preencher o conteúdo de um aplicador vaginal (5g)
com o gel. Introduzir na vagina e dispensar o conteúdo do aplicador. Usar uma vez ao dia, por 7
dias.
8. Óvulos Vaginais com Vitamina C
Ascorbato de Cálcio...250mg Base para óvulo vaginal qsp...1unidade
Mande 20 unidades Inserir na vagina um óvulo ao dia. 6. Cápsulas de Metronidazol –
DOSE ÚNICA
Metronidazol...2g Mande 01 dose
Literatura Consultada
Castillo Huerta E, Garibay Valencia M, Mirabent-González F. Ketoconazole and clindamycin efficacy vs oral clindamycin in premature membranes rupture prevention. Ginecol Obstet Mex. 2008 Jul;76(7):373-80.
De Seta F, Schmidt M, Vu B, Essmann M, Larsen B. Antifungal mechanisms supporting boric acid therapy of Candida vaginitis. Antimicrob Chemother. 2009 Feb;63(2):325-36.
Edwards L. The diagnosis and treatment of infectious vaginitis. Dermatol Ther. 2004;17(1):102-10
Godínez V, Garibay M, Mirabent F, Pérez Calderón A. Comparison of efficacy of combination of ketokonazol 400 mg + clindamycin 100 mg with ketokonazol 800 mg + clindamycin 100 mg in the treatment of vaginitis due to Candida and bacterial vaginosis. Ginecol Obstet Mex. 2005 Jun;73(6):302-7
Hernández Bueno JA, Vázquez Alanís A, Olguín Ramírez C, Dumet Hinostroza PF, Gutiérrez Ramos M, De Zordo D. Mixed vaginitis prevalence in Latin-American women, according to physician perception. Preference, effectiveness and security of clindamycin plus ketoconazole. Ginecol Obstet Mex. 2008 Nov;76(11):652-8.
Farage MA, Miller KW, Ledger WJ Determining the cause of vulvovaginal symptoms. Obstet Gynecol Surv. 2008 Jul;63(7):445-64
Martinez RC, Franceschini SA, Patta MC, Quintana SM, Candido RC, Ferreira JC, De Martinis EC, Reid G. Improved treatment of vulvovaginal candidiasis with fluconazole plus probiotic Lactobacillus rhamnosus GR-1 and Lactobacillus reuteri RC-14. Lett Appl Microbiol. 2009 Mar;48(3):269-74
Petersen EE, Magnani P. Efficacy and safety of vitamin C vaginal tablets in the treatment of non-specific vaginitis. A randomised, double blind, placebo-controlled study. Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol. 2004 Nov 10;117(1):70-5.
Decena DC, Co JT, Manalastas RM Jr, Palaypayon EP, Padolina CS, Sison JM, Dancel LA, Lelis MA. Metronidazole with Lactacyd vaginal gel in bacterial vaginosis. J Obstet Gynaecol Res. 2006 Apr;32(2):243-51. http://www.portaldeginecologia.com.br/modules.php?name=News&file=print&sid=137 http://www.medcenter.com/Medscape/content.aspx?LangType=1046&menu_id=593&id=4 79 AIDS, 2009. http://www.aids.gov.br/assistencia/manual_dst/vulvovaginite.htm DRUGS, 2009. http://www.drugs.com/clindamycin.html DRUGS, 2009. http://www.drugs.com/ketoconazol.html