• Nenhum resultado encontrado

Ecos de Linguagens é uma publicação multilíngue, científica, semestral, que objetiva promover o debate sobre as temáticas vinculadas às linguagens,

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Ecos de Linguagens é uma publicação multilíngue, científica, semestral, que objetiva promover o debate sobre as temáticas vinculadas às linguagens,"

Copied!
131
0
0

Texto

(1)

Revista

(2)

Ecos de Linguagens é uma publicação multilíngue, científica, semestral,

que objetiva promover o debate sobre as temáticas vinculadas às linguagens,

semióticas e seus ecos nos diversos domínios do saber.

O periódico vincula-se ao Laboratório de Semiótica da UERJ - LABSEM

e ao grupo de pesquisa Semiótica, Leitura e Produção de Textos - sELEprot.

Cada número apresentará seus textos em uma língua estrangeira moderna

seguidos da respectiva tradução em língua portuguesa. Para o primeiro

número, elegeu-se a língua italiana como mais uma forma de homenagear

o semioticista Umberto Eco, que é italiano.

(3)

UNIVErsIDADE Do EstADo Do rIo DE JANEIro – UErJ CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES – CEH

Instituto de Letras – ILE

Escola Superior de Desenho Industrial - ESDI Laboratório de Semiótica - LABSEM

Grupo de Pesquisa – Semiótica Leitura e Produção de Textos – SELEPROT Grupo de Pesquisa – Italianística Aplicada ao Ensino

Reitor: Ricardo Vieiralves de Castro Vice-reitor: Paulo Roberto Volpato Dias

Sub-reitora de graduação: Lená Medeiros de Menezes

Sub-reitora de pós-graduação e pesquisa: Monica da Costa Pereira Lavalle Heilbron Sub-reitora de extensão e cultura: Regina Lúcia Monteiro Henriques

Diretor do Centro de Educação e Humanidades- CEH: Glauber Almeida de Lemos Diretora do Centro de Tecnologias e Ciências – CTC: Maria Georgina Muniz Washington Diretora do Instituto de Letras: Maria Alice Gonçalves Antunes

Vice-diretora do Instituto de Letras: Tânia Mara Gastão Saliés Coordenação geral do Labsem: Darcilia Marindir Pinto Simões Líder do Seleprot: Darcilia Marindir Pinto Simões

Líder do Sepel: Flávio Garcia

Líder do Italianística: Carmem Praxedes

Rua São Francisco Xavier, 524, Pavilhão João Lyra filho

sala 11017 Bloco A - Anexo - Maracanã, CEP 20550-900 Rio de Janeiro, RJ, Brasil e

Editores do nº 1

Darcília Simões (editora executiva) Carmem Praxedes (editora adjunta)

LE xxx Ecos de Linguagens – vol.1, n. 1 (2012) , - Rio de Janeiro: UERJ, LABSEM/SELEPROT, 2012.

v.

Semestral. ISSN xxxx-xxxx

1- Linguagens – periódicos. 2. Semiótica – periódicos. CDU xx(xx)

EXpEDIENtE Corpo editorial:

Editor Executivo: Darcilia Marindir Pinto Simões Editor Adjunto: Carmem Praxedes

Revisor de Língua Italiana: Veridiana Skocic Marchon Revisor de Língua Inglesa: Marcello Pinto de Oliveira Revisor Técnico: Alcebiades Arêas

Conselho consultivo: Ângela Zucchi (USP) Antonio Sorella (UNICH) Alcebiades Arêas (UERJ) Andrea Santurbano (UFSC) Aurora Fornoni Bernadini (USP) Décio Rocha (UERJ)

Delia Cambeiro Praça (UERJ) Franciscu Sedda (UNIROMA2) Guido Bonomini (UFF)

Karine Marielly Rocha da Cunha (UFPR)

Maria Franca Zuccarello (UERJ, ACIB, SINTRA) Opazia Chaim Feres (UFF)

Paola Giustina Baccin (USP) Paolo Torresan (UNIVE) Patricia Peterle (UFSC) Rômulo Souza (USP) Rafael Ferreira Silva (UFC) Veridiana Skocic (UERJ)

(4)

poLÍtICA EDItorIAL

ECos DE LINGUAGENs é um periódico digital multilíngue com

edições semestrais, nos meses de maio e novembro de cada ano,

vinculado ao Laboratório de Semiótica da UERJ.

Este primeiro volume é dedicado à italianística, com textos em língua

italiana e suas respectivas traduções para a língua portuguesa. Para

a seleção dos originais, foi organizado um conselho consultivo

,

cujos

membros sejam proficientes em italiano e, ao mesmo tempo, estudiosos

de Letras, Linguística, Semiótica e Comunicação.

Os trabalhos encaminhados para a publicação devem ser inéditos,

conter abstract e key words em língua inglesa, bem como resumo

e palavras-chave em português, além daqueles na língua foco do

volume. Veja

aqui

as normas para a submissão de originais para

publicação, nas seguintes categorias: artigos, ensaios, traduções,

resenhas, entrevistas e relatos de experiência.

AprEsENtAção EDItorIAL

Eis o primeiro número da Revista ECos DE LINGUAGENs que surge

no afã da realização de mais um sonho; o de se fazer ouvir para

além dos espaços digitais. Com este intuito, iniciamos destacando

trabalhos dedicados às tecnologias aplicadas ao ensino do italiano

– Língua Estrangeira – LE, pois consideramos que as tecnologias

podem e devem funcionar como facilitadoras dos processos de

ensino, aprendizagem e avaliação, propiciando a compreensão da

semiosfera e, por conseguinte, rompendo as próprias barreiras. Neste

contexto, resgatamos uma tecnologia anterior ao software, mas que

foi, por muito tempo, a marca palpável do frágil, útil e fascinante - o

vidro, uma tecnologia que muito encantou o então menino Umberto

Eco e que encanta a todos nós. Tanto o vidro, quanto os softwares são

matérias à espera daqueles que possam lhes dar formas. Convido os

artesãos das palavras (poetas) e dos seres (professores) a percorrer

o interespaço dos ECos DE LINGUAGENs.

(5)

Sumário

ArtigoS:

L’insegnamento del pronome personale soggetto italiano ai parlanti brasiliani O ensino do sujeito pronominal italiano a falantes do português brasileiro

Aline Fernanda ALVEs DIAs (UERJ)

Ricardo Joseh LIMA (UERJ)

6

L’utilizzo del webquest nella classe di lingua O uso do WebQuest na aula de língua

Roberta FERRONI (USP)

Olga Alejandra MORDENTE (USP)

20

Il task-based-approach nell’insegnamento dell’italiano come lingua straniera: uso e analisi di testi

O task-based-approach no ensino do italiano como língua estrangeira: uso e

análise de textos

Elisabetta Santoro (USP)

30

Creatività e tecnologie nella didattica delle lingue: gestire sistemi-autore e confezionare oggetti multimediali

Criatividade e tecnologias na didática das línguas: gerenciar sistemas-autor e elaborar objetos multimídia

Paolo torrEsAN (UERJ/UNIVE)

51

L2 e carcere. l’acquisizione linguistica tra relazionalità e diffidenza L2 e cárcere. a aquisição linguística entre afetividade e desconfiança

Giovanna Sciuti Russi (UNICT)

67

Vantaggi i limiti nell’uso delle nuove tecnologie nell’insegnamento delle lingue straniere

Vantagens e limites no uso de novas tecnologias no ensino de línguas estrangeiras

Opázia Chain FERES (UFF)

89

Il blog e la didattica dell’italiano lingua straniera O blog e a didática do italiano língua estrangeira

Rafael FERREIRA DA SILVA (UFC)

Renata SARAIVA DE ALBUQUERQUE MONTEIRO THÉ (UFC)

100

rELAto DE EXPEriÊNCiA:

Educazione a distanza: stage supervisionato in italiano iii – tutoraggio on-line come strumento di formazione e qualificazione nell’insegnamento dell’italiano – esperienze e prospettive di perfezionamento

Educação a distância: o estágio supervisionado em italiano iii - tutoria on-line como instrumento de formação e qualificação na docência de italiano –

vivências e perspectivas de aperfeiçoamento

Alcebiades ARÊAS (UERJ)

Heloisa Barbosa BRUM (UERJ)

109

trADução:

Quando a antiga europa se oferece um quadro de referência

Alcebiades ARÊAS (UERJ) Carmem PRAXEDES (UERJ)

Do original:

“Quando la vecchia Europa si offre un quadro di riferimento”

Paolo BALBoNI

120

iNtErViStA

Carlo GUAstALLA e Ciro Massimo NADDEo, autori di “Domani””

123

Entrevista (tradução de maria Franca Zuccarello)

(6)

L’iNSEgNAmENto DEL ProNomE PErSoNALE

SoggEtto itALiANo Ai PArLANti brASiLiANi

Aline Fernanda ALVEs DIAs (UERJ)1 line.nanda@click21.com.br Ricardo Joseh LIMA (UERJ) Orientador

rjlimauerj@gmail.com

riassunto

Secondo la Teoria dei Principi e dei Parametri (Chomsky, 1981), per quanto riguarda il Parametro del Soggetto Nullo, l´italiano attribuisce un valore positivo al riferito parametro, cioè, consente di eliminare il soggetto pronominale davanti al verbo. Questa caratteristica risulta dall´aspetto morfologico dei verbi nell´italiano, che presentano desinenze proprie ad ogni persona del discorso ed è sufficiente nel distinguerle. Quindi l´espressione del soggetto pronominale in una lingua come l´italiana succederebbe soltanto per espressare enfasi o contrasto (Rizzi, 1988), il soggetto nullo sarebbe la scelta più adatta. D´altra parte, le ricerche sullo status del soggetto pronominale nella varietà brasiliana della lingua portoghese (PB) dimostrano di esistere una tendenza all´espressione della categoria. Tale caratteristica risulta dalla semplificazione delle forme diversificate della morfologia verbale, un tanto complessa come quella italiana. Lo scopo del presente lavoro è dimostrare l´atteggiamento diverso dell´italiano e del PB rispetto a questo aspetto grammaticale. La proposta parte dall’analisi di fumetti in portoghese brasiliano e in italiano del personaggio Mafalda. In questo modo vorremmo anche discorrere sulle implicazioni al processo di insegnamento ed apprendimento della lingua italiana ai parlanti brasiliani.

parole-chiave:

Parametro del Nullo Soggetto; il soggetto nullo nell´italiano; il soggetto nullo nel portoghese brasiliano; insegnamento della lingua italiana ai parlanti brasiliani. Introduzione

Fra le caratteristiche della grammatica italiana, possiamo osservare che, per quanto riguarda l´uso del pronome personale soggetto davanti al verbo, l´italiano presenta una forte tendenza ad ometterlo. Tale caratteristica sembra essere in ragione della ricca morfologia verbale della lingua, che fornisce l´informazione necessaria a distinguere le persone del discorso.

1 Aline Fernanda Alves Dias é professora substituta do Instituto de Letras da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Departamento de Linguística. Mestre em Linguística pela mesma instituição.

o ENSiNo Do SujEito ProNomiNAL itALiANo A

FALANtES Do PortuguÊS brASiLEiro

1

Aline Fernanda ALVEs DIAs (UERJ)

line.nanda@click21.com.br Ricardo Joseh LIMA (UERJ) Orientador

rjlimauerj@gmail.com

resumo:

De acordo com a Teoria de Princípios e Parâmetros (Chomsky, 1981), o italiano apresenta marcação positiva em relação ao que se convencionou chamar Parâmetro do Sujeito Nulo, ou seja, permite uma categoria vazia em posição de sujeito. Essa característica é relacionada ao fato de o italiano apresentar diversidade de desinências verbais para as diferentes pessoas do discurso, o que é suficiente para a distinção entre elas. O preenchimento do sujeito pronominal numa língua como o italiano aconteceria, dessa forma, para expressar ênfase ou contraste (Rizzi, 1988), o sujeito nulo é a opção preferencial. Por outro lado, pesquisas sobre o status do sujeito pronominal no português brasileiro (PB) têm mostrado que este tem preferido a expressão fonética da categoria. Tal característica é relacionada à simplificação das desinências verbais por que passou o PB. O presente trabalho tem por objetivo demonstrar a diferença entre o comportamento do PB e do italiano em relação a esse aspecto gramatical, tomando por base os resultados obtidos através de uma pesquisa com a tradução das tiras da Mafalda para o PB e para o italiano. Abordaremos, desse modo, as possíveis implicações no ensino da gramática italiana, a princípio divergente nesse aspecto, para falantes do português brasileiro. palavras-chave:

Parâmetro do Sujeito Nulo, Sujeito Nulo no Italiano, Sujeito Nulo no Português Brasileiro, Ensino de Italiano a Falantes Brasileiros.

Introdução

Entre as características da gramática italiana, podemos observar que, no que se refere ao uso do pronome pessoal na posição de sujeito, o italiano apresenta em sua flexão verbal uma forte tendência a omiti-lo. Tal característica parece ter como razão a rica morfologia da língua, que fornece a informação necessária para distinguir as pessoas do discurso.

(7)

D’altra parte, il portoghese brasiliano fa spesso uso del pronome personale soggetto negli stessi contesti che, nella lingua italiana, la preferenza sarebbe per l´omissione. Alcuni linguisti sostengono che questo sia il risultato di un mutamento linguistico che va verso un processo di semplificazione della morfologia verbale, che caratterizza il portoghese brasiliano contemporaneo.

Ovviamente che, per l´insegnamento del pronome personale soggetto italiano ai parlanti brasiliani, davanti a questi atteggiamenti diversi nelle due lingue, l´insegnante dovrà dispensare attenzione adeguata. Tale considerazione si deve al fatto che almeno all´inizio del processo di apprendimento di una L2 è ricorrente che venga utilizzata la grammatica della L1 e quindi i brasiliani protranno fare uso più frequente del soggetto, che si discosterà chiaramente dall´uso nativo. L´obiettivo del presente lavoro è dimostrare, dall´analisi fatta dei fumetti in portoghese brasiliano e in italiano del personaggio Mafalda di Quino, che le due lingue presentano atteggiamenti diversi per quel che riguarda questo aspetto grammaticale. Oltre a mettere in evidenza tale diversità, vorremmo anche discorrere sulle implicazioni al processo di insegnamento e apprendimento della lingua italiana ai parlanti brasiliani.

Il pronome personale soggetto in italiano

Possiamo dire che l´italiano appartiene al gruppo delle lingue che permettono un pronome soggetto nullo. Secondo Rizzi (1988), la concordanza verbale è responsabile dell´identificazione del soggetto perché l´informazione viene data dalla desinenza personale, che ha il ruolo fondamentale nel distinguere le persone del discorso:

(1) __Vieni a casa mia?

Dalla proposizione sopra, é possibile comprendere che la domanda è fatta alla seconda persona tu, che indica l´interlocutore, perché si sa che la desinenza -i al presente dell´indicativo spetta specificamente alla seconda persona. L´idea di che la concordanza é sufficiente per dedurre la persona verbale è condivisa con altri linguisti. Dardano e Trifone (2003) segnalano che l´italiano permette quasi sempre di eliminare i pronomi personali soggetti davanti al verbo, tranne quando assumono valore espressivo. Secondo gli autori, la ricca morfologia verbale dell´italiano è la responsabile del processo:

Por outro lado, o Português brasileiro faz uso, com frequência, do pronome pessoal como sujeito, nos mesmos contextos em que, na língua italiana, a preferência seria pela omissão. Alguns linguistas sustentam que este seja o resultado de uma mutação linguística que vai em direção a um processo de simplificação da morfologia verbal, a qual caracteriza o português brasileiro contemporâneo. Obviamente que para o ensinamento do pronome pessoal sujeito italiano aos falantes brasileiros, diante destes comportamentos diversos nas duas línguas, o professor deverá dispensar atenção adequada. Tal consideração deve-se ao fato de que, pelo menos no início do processo de aprendizagem de uma L2, acredita-se que o aprendiz utilize a gramática da sua L1 como parâmetro. Sendo assim, os aprendizes brasileiros poderão fazer uso mais frequente do sujeito pronominal na aprendizagem do italiano, o que representará um afastamento do uso nativo.

O objetivo do presente trabalho é demonstrar, através da análise feita das histórias em quadrinhos, em português brasileiro e em italiano, da personagem Mafalda de Quino, que as duas línguas apresentam comportamentos diversos quanto a este aspecto gramatical. Além de colocar em evidência tal diversidade, gostaríamos também de discorrer a respeito das implicações no processo de ensino e aprendizagem da língua italiana para falantes brasileiros.

o pronome pessoal sujeito no italiano

Podemos dizer que o italiano pertence ao grupo das línguas que permitem um pronome sujeito nulo. Segundo Rizzi (1988), a concordância verbal é responsável pela identificação do sujeito porque a informação é dada pela desinência pessoal, que tem o papel fundamental em distinguir as pessoas do discurso:

(1) __ Vieni a casa mia?

Pela desinência do verbo é possível compreender que a pergunta é feita à segunda pessoa tu, que indica o interlocutor, sabe-se que a desinência -i no presente do indicativo cabe especificamente à segunda pessoa.

A alegação de que a concordância é suficiente para indicar a pessoa verbal é compartilhada com outros linguistas. Dardano e Trifone (2003) ressaltam que o italiano permite quase sempre eliminar os pronomes, em posição de sujeito diante do verbo, exceto quando assumem um valor expressivo. Segundo os autores, a rica morfologia verbal do italiano é a responsável pelo processo.

(8)

In generale si può dire che le lingue che fanno uso del pronome personale soggetto davanti al verbo hanno una morfologia verbale semplificata (l’inglese ha praticamente due sole forme per ciascun tempo verbale); al contrario, le lingue che fanno a meno di tali pronomi (per esempio, l’italiano e il latino) hanno una morfologia verbale ricca di forme. Quindi c`è una correlazione stretta tra l’uso dei pronomi personali soggetto e la morfologia verbale.

(Dardano e Trifone, 2003: 185)

Serianni (2006) sostiene che, diversamente da quanto accade nelle altre lingue europee, in italiano l’uso del pronome personale soggetto è generalmente facoltativo. L´informazione sulla persona in una frase del tipo “veng-o domani” è deducibile dalla desinenza –o, che porta con sé la nozione di prima persona singolare. Per questa ragione la presenza del pronome davanti al verbo risulta superflua e, conclude Serianni, “il soggetto è quindi, per così dire, implicito nel verbo”.

L´autore ritiene che la presenza del pronome personale può essere considerata addiritura poco probabile. A questo punto, vorremmo chiarire che assumere una lingua che omette preferenzialmente il pronome soggetto significa considerare questo atteggiamento il più comune, ciò non vuol dire che in italiano mai si faccia uso del pronome personale soggetto. Secondo Rizzi (1988), le situazioni che esprimono enfasi e contrasto, ad esempio, rappresentano i casi in cui si deve fare uso del pronome giacché è l´unica opzione per tradurre quest´intenzione. Dunque, possiamo dire che l´italiano rappresenta un prototipo di lingua a soggetto nullo, ma con l’eccezione di alcuni casi riportati di seguito nello schema tratto da Serianni (2006:239):

a) In espressioni olofrastiche («Chi è stato? – Io») o in frasi ellittiche in cui il pronome sia accompagnato da un infinito, da un aggettivo o da un sostantivo: «Io ammazzare tutti i signori!» (Manzoni), «Tu ricca, tu con pace e tu con senno!» (Dante, Purgatorio, VI 136).

b) Quando il pronome sia seguito da un’apposizione («che ho mai fatto io, servo inutile, pastore sonnolento perché...» Manzoni, I Promessi Sposi, XXIII 19) o sia l’innesto di una proposizione relativa: «O tu che dormi là su la fiorita/ collina tósca» (Carducci, Funere mersit acerbo, 1-2).

c) In enumerazioni e, in genere, quando si succedano frasi con diverso soggetto: «tu esci, lui studia e io devo lavorare per tutti»; «loro corrono i cento metri piani, noi i cento metri a ostacoli» («Stampa sera», 23.2.1987, 7)

Em geral pode-se dizer que as línguas que fazem uso do pronome pessoal sujeito diante do verbo tem uma morfologia verbal simplificada ( o inglês tem praticamente só duas formas para cada tempo verbal); ao contrário, as línguas que renunciam a tais pronomes (por exemplo, o italiano e o latim) possuem uma morfologia verbal rica de formas. Portanto há uma correlação estreita (bem próxima) entre o uso dos pronomes pessoais sujeito e a morfologia verbal.

(Dardno e Trlifone, 2003:185)

Serianni (2006) afirma que, diferentemente de quanto ocorre nas outras línguas europeias, em italiano o uso do pronome pessoal sujeito é geralmente facultativo. A informação sobre a pessoa em uma frase do tipo “veng-o domani” é deduzível pela desinência –o, que traz consigo a noção de primeira pessoa do singular. Por essa razão a presença do pronome antes do verbo resulta supérflua e, conclui Serianni, “ o sujeito está, pois, por assim dizer, implícito no verbo”.

O autor considera que a presença do pronome pessoal pode ser considerada com certeza pouco provável. A esse ponto, gostaríamos de esclarecer que assumir que uma língua omite preferencialmente o pronome sujeito significa considerar ser este o comportamento mais comum, não quer dizer que em italiano nunca se faça uso do pronome pessoal sujeito. Segundo Rizzi (1988), as situações que exprimem ênfase e contraste, por exemplo, representam os casos em que se deve fazer uso do pronome já que é a única opção para traduzir esta intenção. Portanto, podemos dizer que o italiano representa um protótipo de língua de sujeito nulo, mas com a exceção de alguns casos apresentados abaixo no esquema traçado por Serianni (2006:239):

a) Em expressões olofrásticas (“Chi è stato? – Io”) ou em frases elíticas nas quais o pronome vem acompanhado de um infinitivo, de um adjetivo ou de um substantivo: “Io

ammazzare tutti i signori!” (Manzoni), “Tu ricca, tu con pace e tu con senno!”(Dante, Purgatorio, VI 136).

b) Quando o pronome vem seguido de um aposto (“che ho mai fatto io, servo inutile, pastore sonolento perché...” Manzoni, I Promessi Sposi, XXIII 19) ou seja a inserção de uma oração relativa: “ O tu che dormi là su la fiorita/ collina tósca” (Carducci,

Funere mersit acerbo, 1-2).

c) Em enumerações e, em geral, quando se sucedem frases com sujeito diferente: “tu esci, lui studia e io devo lavorare per tutti”; “loro corrono i cento metri piani, noi i cento metri a ostacoli” ( “Stampa sera”, 23.2.1987, 7)

(9)

d) In espressioni enfatiche e tutte le volte in cui si voglia accentuare la parte che una data persona ha in un’azione: «io solo / combatterò, procombe-logoro la vita per la famiglia» (De Amicis, Cuore,97). In frasi costituite da una sola proposizione è normale posporre il pronome al verbo: «ci penso io», «fate voi». Caratteristica del pronome dopo anche, neanche o un’altra congiunzione copulativa («Vengo anch’io. No tu no», canzone di Enzo Janacci, del 1968: cfr. Borgna, 1985: 178).

e) Per esigenze di chiarezza, quando una stessa forma verbale valga per più persone. Ad esempio, nel congiuntivo presente le prime tre persone sono identiche e può essere necessario esprimere il pronome: «bisogna che (io, tu, lui o lei) sappia la verità». Cfr. Anche XIV. 48.

Gli esempi rapportano soprattutto casi che hanno valori espressivi, come avevano già riferito Dardano, Trifone e Rizzi.

In questo modo, possiamo concludere che c´è una tendenza a comprendere l´omissione del soggetto pronominale come la conseguenza di una morfologia verbale diversificata. Almeno tra le lingue romaniche possiamo osservare questo rapporto, tanto è vero che in latino classico non esisteva il pronome di 3ª e 6ª persona perché la morfologia verbale con le sue forme diverse consentiva di identificare il soggetto facendo a meno di tali pronomi.

È importante osservare che nel presente del congiuntivo, riportato sopra, é possibile avere l´esigenza dell´espressione del soggetto pronominale poiché le tre prime persone condividono la stessa desinenza. Tale atteggiamento ci fa credere all´importanza della morfologia verbale per il licenziamento del soggetto nullo. Il portoghese brasiliano

Grazie ai diversi studi linguistici sulla varietà brasiliana della lingua portoghese, oggi possiamo dire che molti tratti sono propri del portoghese brasiliano, fra cui l’uso ogni volta più frequente del pronome personale soggetto davanti al verbo in molti contesti.

Secondo Duarte (1993, 1995), la semplificazione delle forme diversificate della morfologia verbale, un tempo complessa come quella italiana, ha risultato l´uso più frequente dei pronomi personali soggetti. Duarte sostiene che, da quando le forme você e vocês sono entrate nel paradigma verbale, la grammatica brasiliana ha subito un processo di semplificazione delle desinenze. Più tardi, con la forma a gente la riferita semplificazione si è ancora più evidenziata:

d) Em expressões enfáticas e todas as vezes nas quais se deseja acentuar a parte que uma certa pessoa tenha em uma ação: “io solo / combaterò, procombe-logoro la vita per la famiglia” ( De Amicis, Cuore, 97). Em frases constituídas de uma só oração é normal pospor o pronome ao verbo: “ci penso io”, “fate voi”. Característica do pronome depois de anche (também), neanche ( nem, nem mesmo) ou outra conjunção aditiva ( “Vengo anch’io. No, tu no”, canzone di Enzo Janacci, del 1968: cfr. Borgna, 1985: 178).

e) Por exigência de clareza, quando uma mesma forma verbal possa valer para mais pessoas. Por exemplo, no subjuntivo presente as três primeiras pessoas são idênticas e pode ser preciso expressar o pronome: “bisogna che ( io, tu, lui o lei ) sappia la verità”. Cfr. Anche XIV. 48.

Os exemplos relatam, sobretudo, casos que possuem valores expressivos, come já referidos por Dardano, Trifone e Rizzi.

Deste modo, podemos concluir que há uma tendência a entender a omissão do sujeito pronominal como a consequência de uma morfologia verbal diversificada. Pelo menos entre as línguas românicas podemos observar esta relação, tanto é verdade que no latim clássico não existia o pronome de 3ª e 6ª pessoa porque a morfologia verbal com as suas formas diversas consentia identificar o sujeito, deixando de lado tais pronomes.

É importante observar que no presente do subjuntivo, citado acima, é possível haver a exigência da expressão do sujeito pronominal, já que as três primeiras pessoas compartilham a mesma desinência. Tal comportamento nos faz crer na importância da morfologia verbal para o licenciamento do sujeito nulo. o português brasileiro

Graças aos diversos estudos linguísticos sobre a variedade brasileira da língua portuguesa, hoje podemos dizer que muitos traços são próprios do português brasileiro, entre os quais o uso, cada vez mais frequente, do pronome pessoal sujeito antes do verbo em muitos contextos.

Segundo Duarte (1993, 1995), a simplificação das formas diversificadas pela morfologia verbal, um tempo complexa como aquela italiana, resultou no uso mais frequente dos pronomes pessoais sujeitos. Duarte afirma que, desde que as formas você e vocês entraram no paradigma verbal, a gramática brasileira sofreu um processo de simplificação das desinências. Mais tarde, com a forma a gente a referida simplificação ficou ainda mais evidenciada:

(10)

[...] com o empobrecimento das formas flexionais no paradigma verbal do PB, acredita-se que a concordância tenha deixado de deacredita-sempenhar o papel fundamental de diferenciação das pessoas do discurso e tenha passado, portanto, a ser insuficiente para a recuperação do sujeito. A conseqüência foi que o PB passou a não “obedecer” mais ao Princípio “Evite Pronome”, que requer o não preenchimento do sujeito pronominal quando a identificação for possível, e a obrigatoriedade do sujeito nulo tem cedido cada vez mais espaço ao sujeito pronominal pleno. (Duarte,1995:24).

Il processo può essere schematizzato secondo Duarte (1993) della seguente maniera:

[...] com o empobrecimento das formas flexionais no paradigma verbal do PB, acredita-se que a concordância tenha deixado de deacredita-sempenhar o papel fundamental de diferenciação das pessoas do discurso e tenha passado, portanto, a ser insuficiente para a recuperação do sujeito. A conseqüência foi que o PB passou a não “obedecer” mais ao Princípio “Evite Pronome”, que requer o não preenchimento do sujeito pronominal quando a identificação for possível, e a obrigatoriedade do sujeito nulo tem cedido cada vez mais espaço ao sujeito pronominal pleno. (Duarte,1995:24).

O processo pode ser esquematizado segundo Duarte (1993) da seguinte maneira:

Persona 1º momento 2º momento 3º momento

1ª Eu Fal-o (parlo) Fal-o (parlo) Fal-o (parlo)

2ª Tu Fala-s (parli) ---

---2ª indiretta

Você Fala-0 (parla) Fala-0 (parla) Fala-0 (parla) 3ª Ele Fala-0 (parla) Fala-0 (parla) Fala-0 (parla) 4ª Nós (parliamo)Fala-mos Fala-mos (parliamo)[ a gente] Fala-0

(parla) [a gente] Fala-0 (parla) 5ª Vós Fala-is (parlate) --- ---5ª indiretta

Vocês Fala-m (parlano) Fala-m (parlano) Fala-m (parlano) 6ª Eles Fala-m (parlano) Fala-m (parlano) Fala-m (parlano)

Por este esquema podemos observar que em um primeiro momento, que vai do fim do século XIX ao início do XX século, o pronome tu e a forma você correspondiam às duas formas para a 2ª pessoa, vós e você, por outro lado correspondiam às formas para a 5ª pessoa. A forma você corresponde à desinência de 3ª pessoa e vocês à desinência de 6ª pessoa.

Nos primeiros anos da segunda metade do XX século, desapareceram a 2ª pessoa tu e a 5ª pessoa vós. Mais ou menos ao mesmo tempo, foi criada para a 4ª pessoa, junto ao pronome nós, a forma a gente, para a qual se utiliza a desinência de 3ª pessoa.

Finalmente, o terceiro momento corresponde, dos anos setenta até hoje, e assinala o desaparecimento da 4ª pessoa nós, principalmente entre os falantes mais jovens, que preferem a forma a gente, resultando no uso em contextos limitados da forma mais antiga.

In base allo schema possiamo osservare che in un primo momento, che va dalla fine del secolo XIX all´inizio del XX secolo, il pronome tu e la forma você corrispondevano alle due forme per la 2ª persona, vós e você, da un´altra parte corrispondevano alle forme per la 5ª persona. La forma você corrisponde alla desinenza di 3ª persona e vocês alla desinenza di 6ª persona.

Ai primi anni della seconda metà del XX secolo, furono sotratte la 2ª persona tu e la 5ª persona vós. Più o meno allo

stesso momento venne creata per la 4ª persona accanto a nós la forma a gente, per la quale si utilizza la desinenza di 3ª persona.

Finalmente, il terzo momento corrisponde agli anni settanta fino ad oggi e segnala la scomparsa della 4ª persona nós, principalmente fra i parlanti più giovani, che preferiscono la forma a gente, risultando in uso in contesti limitati della forma più antica.

(11)

O terceiro momento torna evidente que hoje uma só desinência refere-se a mais de uma pessoa e, portanto, podemos imaginar a importância que assumiram os pronomes para a identificação da pessoa verbal. Todavia existem ainda contextos nos quais pode-se observar a omissão do pronome sujeito. Por esta razão, as pesquisas linguísticas procuram esclarecer os motivos que permitem ainda que os falantes brasileiros façam essa opção sem resultar em um uso agramatical. Duarte afirma que o momento em que nos encontramos equivale a uma fase de mutação linguística e, por isso, é normal que haja fenômeno semelhante. Baseada nos pressupostos teóricos de Labov (1972), a autora afirma que, diante de um fenômeno de variabilidade linguística, é possível que as variantes permaneçam no sistema por um certo período de tempo até que uma das variantes desapareça completamente, resultando, assim, na mudança linguística. Este processo caracteriza o fenômeno da variação. Duarte entende que o português brasileiro encontra-se no meio desta fase de mudança linguística e, por esse motivo, apresenta ainda alguns usos que caracterizam o antigo sistema.

A autora se apoia na observação de Roberts (1993) para o francês medieval, que apresentou um sistema imperfeito de sujeito nulo por cerca de 150 anos até o momento em que se fixou definitivamente como língua de sujeito expresso. Duarte crê que o português brasileiro apresente ainda alguns contextos que resistem à mudança, mas que mais tarde cederão à mutação linguística. Entre as observações feitas das consequências que tal mudança trouxe ao sistema do português brasileiro pode-se citar:

Perda da flexibilidade da ordem sintática – característica importante das línguas de sujeito nulo segundo Rizzi (1982).

Sujeitos expressos com referência a seres inanimados.

Ex.: “Vi uma metralhadora fantásticai! E à pilha! Elai solta faísca e acende uma luz roxa! Pedi para a minha mãe comprar para mim!”(Mg)2

Sujeitos duplicados, estruturas ausentes nas línguas românicas de sujeito nulo, como o espanhol, o italiano e o português europeu.

Ex.: “Então você acredita que a prisão do pC ela só vai acontecer por acaso?” (Duarte, 1995). 2 O código significa o número do quadrinho e o nome do personagem.

Il terzo momento rende evidente che oggi una sola desinenza può riferirsi a più di una persona e quindi possiamo immaginare l´importanza che hanno assunto i pronomi per l´identificazione della persona verbale. Tuttavia esistono ancora contesti in cui si può osservare l´omissione del pronome soggetto. Per questa ragione le ricerche linguistiche cercano di chiarire i motivi che permettono ancora che i parlanti brasiliani facciano questa opzione senza risultare in un uso agrammaticale. Duarte sostiene che il momento in cui ci troviamo equivale ad una fase di mutamento linguistico e pertanto è normale che ci sia fenomeno somigliante. Basata sui presupposti teorici di Labov (1972), l´autrice afferma che, davanti ad un fenomeno di variabilità linguistica, è possibile che le varianti permangano nel sistema per un certo periodo di tempo fino all´estinguersi di almeno una di queste varianti e, quindi, alla conclusione del mutamento linguistico, ecco quello che caratterizza il fenomeno della variazione. Duarte intende che il portoghese brasiliano è in mezzo a questa fase di cambiamento linguistico e perciò presenta ancora alcuni usi che caratterizzano l´antico sistema.

L´autrice si appoggia all´osservazione di Roberts (1993) per il francese medievale, che presentò un sistema imperfettto di soggetto nullo per circa 150 anni fino al momento in cui si fissò definitivamente come lingua a soggetto espresso. Duarte crede che il portoghese brasiliano presenti ancora alcuni contesti che resistono al cambiamento, ma che più tardi cederanno al mutamento linguistico.

Fra le osservazioni fatte delle conseguenze osservate che tale cambiamento portò al sistema del portoghese brasiliano si può citare:

Perdita della flessibilità dell´ordine sintattico – caratteristica importante delle lingue a soggetto nullo secondo Rizzi (1982).

Soggetti espressi con riferimento ad esseri inanimati.

Es.: “Vi uma metralhadora fantástica! E à pilha! Ela solta faísca e acende uma luz roxa! Pedi para a minha mãe comprar para mim!”(Mg)(t.575, p.123, br)

Soggetti raddoppiati, struttura assente nelle lingue romaniche a soggetto nullo, come lo spagnolo, l´italiano e il portoghese europeo.

Es.: “Então você acredita que a prisão do PC ela só vai acontecer por acaso?” (Duarte, 1995)

(12)

In questo modo possiamo osservare anche le seguenti proposizioni che caratterizzano oggi il portoghese brasiliano:

“Paulo disse que ele viajará”2 (Miotto et al, 2005)

Porque eu não tava certo se eu ia querer fazer escola técnica ou se eu queria continuar fazendo o científico”3 (Duarte, 1995)

Se gli studi sostengono che il portoghese brasiliano contemporaneo si allontana dall´italiano per quanto riguarda l´uso del pronome soggetto, siamo davanti ad una particolarità che deve essere ben osservata dagli insegnanti, allo scopo di garantire che il processo di insegnamento e di apprendimento della lingua italiana per i parlanti brasiliani sia soddisfacente. Sottolineiamo a questo punto l´importanza al riguardo di tale processo affinché l’insegnante comprenda i meccanismi della propria lingua. Il parametro del soggetto Nullo

La Teoria Generativista dei Principi e Parametri (Chomsky, 1981) prevede che tutti gli esseri umani siano dotati di una capacità linguistica innata, la Grammatica Universale (GU). La GU sarebbe composta dai principi universali, i quali sono presenti in tutte le lingue, e dai parametri, i quali sono responsabili delle particolarità osservate nelle lingue del mondo. Fra i parametri più analizzati dagli studi linguistici c´è il Parametro del Soggetto Nullo.

Il riferito parametro distingue due gruppi di lingue rispetto al principio universale sostenente di che tutte le lingue hanno alla proposizione un posto specifico per il soggetto. In questo modo ci sono quelle lingue che devono espressare il soggetto attraverso il pronome, perché attribuiscono un valore negativo al Parametro del Soggeto Nullo, e da un´altra parte ci sono quelle che fanno a meno di tale espressione, perché attribuiscono invece un valore positivo a tale parametro. Così possiamo dire che l´inglese e il francese appartengono al gruppo delle lingue per le quali il soggetto pronominale è obbligatorio, mentre l´italiano, lo spagnolo e il portoghese europeo appartengono al gruppo che ne permettono l´omissione. Nelle lingue romaniche sembra esistere un rapporto tra la ricca morfologia verbale e l´omissione del soggetto. Secondo i presupposti teorici di Chomsky (1981), uno dei principi sarebbe non far uso di più informazioni di quanto è veramente necessario. In questo modo se una lingua presenta desinenze proprie ad ogni persona del discorso, l´espressione del soggetto pronominale diventa dispensabile.

2 “Paolo ha detto che viaggerà”

3 Perché non ero sicuro se volevo fare la scuola tecnica o se volevo continuare a fare il liceo scientifico.

Deste modo podemos observar também as seguintes orações que caracterizam hoje o português brasileiro:

“paulo disse que ele viajará”. (Miotto ET al, 2005)

“Porque eu não tava certo se eu ia querer fazer escola técnica ou se eu queria continuar fazendo o científico”. (Duarte, 1995)

Se os estudos sustentam que o português brasileiro contemporâneo distancia-se do italiano no que diz respeito ao uso do pronome sujeito, estamos diante de uma particularidade que deve ser bem observada pelos professores, com a finalidade de garantir que o processo de ensinamento e aprendizagem da língua italiana para os falantes brasileiros seja satisfatória. Ressaltamos a este ponto a importância em relação a tal processo a fim de que o professor compreenda os mecanismos da própria língua.

o parâmetro do sujeito Nulo

A Teoria Gerativista de Princípios e Parâmetros (Chomsky, 1981) prevê que todos os seres humanos sejam dotados de uma capacidade linguística inata, a Gramática Universal (GU). A GU seria composta pelos princípios universais, os quais estão presentes em todas as línguas, e dos parâmetros, os quais são responsáveis pelas particularidades observadas nas línguas do mundo. Entre os parâmetros mais analisados pelos estudos linguísticos há o Parâmetro do Sujeito Nulo.

O referido parâmetro distingue dois grupos de línguas com respeito ao princípio universal de que todas as línguas têm na oração um lugar específico para o sujeito. Desse modo há aquelas línguas que devem expressar o sujeito por meio do pronome, porque atribuem um valor negativo ao Parâmetro do Sujeito Nulo, e por outro lado há aquelas que dispensam tal expressão, porque ao contrário, atribuem um valor positivo ao tal parâmetro. Portanto podemos dizer que o inglês e o francês pertencem ao grupo das línguas para as quais o sujeito pronominal é obrigatório, enquanto que o italiano, o espanhol e o português europeu pertencem ao grupo que permite a omissão do mesmo.

Nas línguas românicas, parece haver uma relação entre a rica morfologia verbal e a omissão do sujeito. Segundo os pressupostos teóricos de Chomsky (1981), um dos princípios seria não fazer uso de informações a mais de quanto for verdadeiramente necessário. Deste modo, se uma língua apresenta desinências próprias para cada pessoa do discurso, a expressão do sujeito pronominal torna-se dispensável.

(13)

Se il portoghese brasiliano ha avuto una semplicazione delle desinenze verbali, non sarebbe pertanto strano sperare che l´espressione del pronome fosse ogni volta più uttilizzata per esigenze di chiarezza. Anche non sarebbe strano sperare che questo fatto evidenziasse le differenze che segnalano l´italiano e il portoghese brasiliano e che vengono fuori nel momento in cui lo studente brasiliano impara la lingua italiana.

Il corpus Mafalda

Con l´obiettivo di verificare se il portoghese brasiliano contemporaneo, infatti, non presenta più il comportamento corrispondente ad una lingua a soggetto nullo come l´italiano, Dias (2008) ha proceduto ad investigare come succede l´impiego del soggetto pronominale nel corpus costituito dalle proposizioni presenti nei fumetti del personaggio Mafalda dello scrittore argentino Quino tradotte nelle lingue portoghese e italiana4. Il motivo della scelta del corpus è dovuto principalmente al

fatto che, nonostante siano dati scritti, i fumetti ci consentono, oltre ad analizzare una lingua scritta con caratteristiche molto vicine alla lingua parlata, paragonare nelle due lingue strutture sintattiche che si assomigliano. Osserviamo:

“Se você tivesse fígado... que hepatite, hein?” (M) (t.746, p.159, br) “Se tu avessi un fegato... che epatite, eh?”(M) (741 p-157, It)

In seguito alla scelta delle strutture somiglianti, abbiamo utilizzato soltanto i dati in cui in italiano si poteva fare a meno del pronome personale soggetto. In questo modo i casi menzionati da Serianni in cui l´uso del pronome, per esigenze di chiarezza, diventa obbligatorio nell´italiano, sono stati eliminati perché non è possibile osservare il fenomeno della variazione.

4 Vorremmo sottolineare che fra le traduzioni per il portoghese esistono due: una per la varietà europea, riferente a quella parlata in Portogallo, altra per la varietà brasiliana, la quale abbiamo impiegato per la ricerca.

Se o português brasileiro teve uma simplificação das desinências verbais, não seria, portanto, estranho esperar que a expressão do pronome fosse cada vez mais utilizada por exigência de clareza. Também não seria estranho esperar que este fato evidencie as diferenças que distinguem o italiano e o português brasileiro e que surgem no momento em que o estudante brasileiro aprende a língua italiana.

o corpus Mafalda

Com o objetivo de verificar se o português brasileiro contemporâneo, de fato, não mais apresenta o comportamento correspondente ao de uma língua de sujeito nulo como o italiano, Dias (2008) prosseguiu na investigação de como se dá o emprego do sujeito pronominal no corpus constituído das orações presentes nas histórias em quadrinhos da personagem Mafalda do escritor argentino Quino, traduzidas nas línguas portuguesa e italiana3.

O motivo da escolha do corpus é devido ao fato de que, apesar de serem dados escritos, as histórias em quadrinhos nos consentem, além de analisar uma língua escrita com características bem próximas da língua falada, comparar nas duas línguas estruturas sintáticas que se assemelham. Observemos:

“Se você tivesse fígado... que hepatite, hein?” (M) (t.746, p.159, br ) (5)“Se tu avessi un fegato... che epatite, eh?”(M) (741 p-157, It)

Em sequência, à escolha das estruturas semelhantes, utilizamos apenas os dados nos quais, no italiano, se poderia dispensar o uso do pronome pessoal sujeito. Desse modo, os casos mencionados por Serianni, nos quais o uso do pronome, por exigência de clareza, torna-se obrigatório no italiano, foram eliminados porque não é possível observar o fenômeno da variação.

3 Queremos destacar que entre as traduções para o português existem duas: uma para a variedade europeia , referente àquela falada em Portugal, outra para a variedade brasileira, a qual empregamos para a pesquisa.

(14)

I risultati

I dati analizzati hanno totalizzato 1702, di cui 851 erano dati brasiliani e 851 erano italiani, come dimostra la seguente tabella:

0s resultados

Os dados analisados totalizaram 1702, dos quais 851 eram dados brasileiros e 851 eram italianos, como mostra a seguinte tabela:

Corpus soggetti nulli % soggetti espressi % totale portoghese

brasiliano 439 51,6 412 48,4 851

Italiano 778 91,4 73 8,6 851

Al fine di illustrare i risultati viene di seguito il grafico corrispondente ai dati forniti dalla tabella sopra:

Com a finalidade de melhor ilustrar os resultados, segue o gráfico correspondente aos dados fornecidos pela tabela acima:

(15)

Dall´analisi è possibile concludere che il portoghese brasiliano non si presenta più come una lingua a soggetto nullo. È notevole la preferenza della lingua italiana per l´omissione del soggetto pronominale, mentre il portoghese brasiliano presenta già una significante inclinazione ad esprimerlo.

Meritano distacco i casi in cui il portoghese brasiliano ha espresso il soggetto con riferimento ad esseri inanimati perché le lingue a soggetto nullo omettono sempre il soggetto che presenta tale caratteristica. L´italiano, ad esempio, non l’ha espresso in nessun momento. Fra le proposizioni, 40 avevano tale caratteristica, dalle quali il portoghese brasiliano ha espresso 12 pronomi. Esemplificano i dati che seguono:

(5) “Minha tia Clarita tem umas xícaras chinesasi que são divinas! Elasi são do tempo em que os chineses faziam coisas lindas(...)”5 (S) (t.739, p.158, br)

(6) “Vi uma metralhadora fantásticai! E à pilha! Elai solta faísca e acende uma luz roxa! Pedi para a minha mãe comprar para mim!”6 (Mg) (t.575, p.123, br)

Se omettere il soggetto in tale constesto è una caratteristica dell´italiano, che rappresenta un modello di lingua a soggetto nullo, è possibile verificare che il portoghese brasiliano gradualmente perde la riferita proprietà.

Per quanto riguarda i risultati per l´italiano, è importante mettere in rilievo che, nonostante i pronomi espressi siano stati pochissimi, all´imperfetto del congiuntivo la percentuale delle occorrenze ha avuto un´elevazione, 22%. Ricordiamo che all´imperfetto del congiuntivo le desinenze per le due prime persone sono identiche (Es.: Se io amassi, se tu amassi), quindi probabilmente il motivo di tale atteggiamento sia stato la necessità di chiarire a quale persona si riferiva il verbo. Di seguito presentiamo alcuni esempi ottenuti:

(7) “Se tu avessi un fegato... che epatite, eh?”(M) (741 p-157, It) (8) “Se io fossi un gigante ...”(Mg) (774p-163, It)

(9) “Se tu avessi visto Felipe!”(S) (587 p-126, It)

Dai risultati possiamo almeno osservare che il portoghese e l´italiano presentano percentuali diversi rispetto all´impiego del pronome personale soggetto e pertanto

5 “La zia Clara ha delle tazze da tè cinesi, favolose! E ci sono dei tempi in cui i cinesi facevano delle cose belle (...)”

6 “Ho visto una mitragliatrice fantastica! A pile! E fa delle scintille e accende una luce rossa, ha tutto! Ho chiesto alla mamma se me la compra”

Pela análise, é possível concluir que o português brasileiro não mais se apresenta como uma língua de sujeito nulo. É relevante a preferência da língua italiana pela omissão do sujeito pronominal, enquanto o português brasileiro apresenta já uma significativa inclinação por expressá-lo.

Merecem destaque os casos nos quais o português brasileiro expressou o sujeito com referência a seres inanimados, porque as línguas de sujeito nulo omitem sempre o sujeito que apresenta tal característica. O italiano, por exemplo, não o expressou em momento algum. Entre as orações, 40 tinham tal característica, das quais o português brasileiro expressou 12 pronomes, Exemplificam os dados que seguem:

(5) “Minha tia Clarita tem umas xícaras chinesasi que são divinas! Elasi são do tempo em que os chineses faziam coisas lindas(...)”4 (S) (t.739, p.158, br)

(6) “Vi uma metralhadora fantásticai! E à pilha! Elai solta faísca e acende uma luz roxa! Pedi para a minha mãe comprar para mim!”5(Mg) (t.575, p.123, br)

Se omitir o sujeito em tal contexto é uma característica do italiano, que representa um modelo de língua de sujeito nulo, é possível verificar que o portuguê brasileiro perde gradualmente a referida propriedade.

No que se refere aos resultados para o italiano, é importante ressaltar que, não obstante os pronomes expressos tenham sido pouquíssimos, no imperfeito do subjuntivo o percentual daqueles expressos obteve uma elevação, 22%. Lembramos que no imperfeito do subjuntivo as desinências para as duas primeiras pessoas são idênticas ( Ex.: Se io amassi, se tu amassi), portanto, provavelmente o motivo de tal comportamento tenha sido a necessidade de esclarecer a qual pessoa referia-se o verbo. Em seguida apresentamos alguns exemplos obtidos:

(7) “Se tu avessi un fegato... che epatite, eh?”(M) (741 p-157, It) (8) “Se io fossi un gigante ...”(Mg) (774p-163, It)

(9) “Se tu avessi visto Felipe!”(S) (587 p-126, It)

Pelos resultados, podemos ao menos observar que o português e o italiano apresentam percentuais diferentes no que se refere ao emprego do pronome

4 “La zia Clara ha delle tazze da tè cinesi, favolose! E ci Sono dei tempi in cui i cinesi facevano delle cose belle (...)”

5 “Ho visto una mitragliatrice fantastica! A pile! E fa delle scintille e accende una luce rossa, ha tutto! Ho chiesto alla mamma se me la compra”

(16)

diventa chiaro la distanza del portoghese brasiliano da una lingua a soggetto nullo. I risultati dell´italiano ci permettono supporre l´importanza delle desinenze ad una lingua romanica a soggetto nullo, una volta in cui all´imperfetto del congiuntivo la lingua ha dimostrato un´inclinazione all´espressione del pronome. Infine è possibile immaginare che ci sarà qualche difficoltà nell´insegnamento e nell´apprendimento della lingua italiana da parte dei parlanti brasiliani rispetto all´aspetto pronominale, poiché è possibile, vista la somiglianza fra le due lingue, che gli studenti brasiliani non si rendano conto di tale diversità.

L´insegnamento dell´italiano ai parlanti brasiliani

Partendo dal presupposto che almeno all´inizio del processo di apprendimento di una seconda lingua gli studenti cercano di utilizzare la conoscenza della L1, dobbiamo sperare che gli studenti brasiliani dimostrino qualche preferenza verso l´uso del soggetto pronominale davanti ai verbi perché, siccome riportato sopra, è un segno del portoghese brasiliano contemporaneo impiegare il soggetto pronominale in virtù di un processo di mutamento linguistico che va verso alla semplificazione delle desinenze verbali, risultandone l’ aumento dell´impiego . Dias (2005), basata sui risultati ottenuti da un´investigazione con studenti del corso di lingue LICOM (Línguas para a Comunidade), ha potuto osservare che l´interferenza della L1 era più presente soprattutto ai livelli iniziali. I risultati ci fa supporre che gli studenti dei livelli più avanzati avevano già acquisito, almeno in parte, le regole che governano l´uso del pronome personale soggetto. In questo modo, uno studente al primo livello scriveva:

Quando io ero una bambina, io ero molto studiosa. Mia maestra, Fabiola, era una persona molto sollecita. Lei era alquanto grassa, non tratava di sue capelli che erano occhi e era molto alta. Non era molto bella, ma amabile.

Io ero molto muta e timida, tuttavia io avevo molti amici. Loro sempre giocavano com me. Io adorvao mia scuola perché tutto giorno era uno giorno distinto e io ritornavo a casa con molte storie da contare.

Mentre uno studente al quarto livello scriveva:

Differente di altri giorni che mi sveglio a las 6:00h, al sabato posso stare al letto fino a las 7:00h.

pessoal sujeito e, portanto, torna-se clara a distância do português brasileiro de uma língua de sujeito nulo. Os resultados do italiano nos permitem supor a importância das desinências em uma língua românica de sujeito nulo, já que no imperfeito do subjuntivo a língua demonstrou uma inclinação para a expressão do pronome. Enfim, é possível imaginar que haverá algumas dificuldades no ensino e na aprendizagem da língua italiana por parte dos falantes brasileiros no que diz respeito ao aspecto pronominal, visto que é possível, dada a semelhança entre as duas línguas, que os estudantes brasileiros não percebam tal diversidade. o ensino do italiano aos falantes brasileiros

Partindo do pressuposto de que ao menos no início do processo de aprendizagem de uma segunda língua os estudantes procuram utilizar o conhecimento da L1, devemos esperar que os estudantes brasileiros demonstrem certa preferência pelo uso do sujeito pronominal diante dos verbos porque, como reportado acima, é uma marca do português brasileiro contemporâneo empregar o sujeito pronominal em virtude de um processo [de ] mutação linguística que vai em direção à simplificação das desinências verbais, resultando disso o aumento de seu emprego.

Dias (2005), baseada nos resultados obtidos de uma investigação com estudantes do curso de línguas LICOM (Línguas para a Comunidade), pôde observar que a interferência da L1 era mais presente sobretudo nos níveis iniciais. Os resultados nos fazem supor que os estudantes dos níveis mais avançados já haviam adquirido, pelo menos em parte, as regras que governam o uso do pronome pessoal sujeito. Sendo assim, um estudante no primeiro nível escrevia:

Quando io ero una bambina, io ero molto studiosa. Mia maestra, Fabiola, era una persona molto sollecita. Lei era alquanto grassa, non tratava di sue capelli che erano occhi e era molto alta. Non era molto bella, ma amabile.

Io ero molto muta e timida, tuttavia io avevo molti amici. Loro sempre giocavano

com me. Io adorvao mia scuola perché tutto giorno era uno giorno distinto e io ritornavo a casa con molte storie da contare.6

Enquanto um estudante no quarto nível escrevia:

Differente di altri giorni che mi sveglio a las 6:00h, al sabato posso stare al letto fino a las 7:00h.

(17)

A las 9:00h esco al mio consultorio e lavoro fino al mezzogiorno. Il colazione è sempre a casa mia. Dopo, riposo un po.e già salgo al mercato.

Arriva alfine che a ora che mi lasci rilassata é la ora del manicure dopo salgo con mio bambino Vinicius al parco e al lago Rodrigo de Freitas.

A notte a volte salgo con mio marito e amici al teatro o ristorante ma tuttavia posso alterare tutto rapidamente si alcuno mi chiama con urgenza.

Questo ultimo sabato, io ed mio marito abbiamo stato a las 4:00h al Teatro Municipal, assistiamo a la Orchestra Sinfonica di Roma, un espetacolo bellissimo, dopo a las 9:00h, abbiamo stati nella festa del Circolo Italiano, con musica, danza e piati tipici, una festa veramente italiana!!!

Ovviamente ancora ci sono degli errori alla produzione dello studente del quarto livello, ma possiamo osservare che rispetto principalmente all´uso dei pronomi personali soggetti sembra esserci una maggior conoscenza delle regole. I risultati permettono anche supporre che infatti, se la L1 ha un ruolo centrale sull´apprendimento della L2, essendo la L2 una lingua a soggetto nullo, la produzione di uno studente al primo livello rappresenterebbe i parametri della L1 che vengono fuori, il portoghese brasiliano. Come abbiamo detto, i primi livelli hanno espresso il soggetto pronominale più volte degli altri livelli avanzati, confermando così l´ipotesi.

Conclusioni

Tali considerazioni provengono dalla finalità di dimostrare quali saranno i possibili riflessi ed implicazioni risultanti dal cambiamento linguistico vissuto dal portoghese brasiliano per l´apprendimento e per l´insegnamento dell´italiano da parte dei parlanti brasiliani.

Se da una parte i tratti somiglianti fra le due lingue possono favorire l´apprendimento, dall’altra possono anche dar luogo ad errori, soprattutto sull´aspetto grammaticale sul quale abbiamo discusso. L´affermazione è fatta perché, se l´apprendente fa uso del pronome personale soggetto, ciò non viene il più delle volte considerato un grosso errore, ma diventa almeno lontano dall´uso di un parlante nativo della lingua italiana. È un´aspetto di cui in principio l´apprendente non si renderà conto, credendo di aver di fronte una struttura sintattica somigliante a quella della sua lingua madre, e cosí farà la trasposizione dal modello sintattico della lingua madre a quello della lingua italiana.

A las 9:00h esco al mio consultorio e lavoro fino al mezzogiorno. Il colazione è sempre a casa mia. Dopo, riposo un po...e già salgo al mercato.

Arriva alfine che a ora che mi lasci rilassata é la ora del manicure dopo salgo con mio bambino Vinicius al parco e al lago Rodrigo de Freitas.

A notte a volte salgo con mio marito e amici al teatro o ristorante ma tuttavia posso alterare tutto rapidamente si alcuno mi chiama con urgenza.

Questo ultimo sabato, io ed mio marito abbiamo stato a las 4:00h al Teatro Municipal, assistiamo a la Orchestra Sinfonica di Roma, un espetacolo bellissimo, dopo a las 9:00h, abbiamo stati nella festa del Circolo Italiano, con musica, danza e piati tipici, una festa veramente italiana!!!

Obviamente ainda há erros na produção do estudante do quarto nível, mas podemos observar que, no que diz respeito ao uso dos pronomes pessoais sujeito, parece haver um maior conhecimento das regras. Os resultados permitem também supor que de fato, se a L1 tem um papel central na aprendizagem da L2, sendo a L2 uma língua de sujeito nulo, a produção de um estudante no primeiro nível representaria os parâmetros da L1, neste caso, o português brasileiro. Como dissemos, os primeiros níveis expressaram o sujeito pronominal mais vezes do que outros níveis avançados, confirmando assim a hipótese.

Conclusão

Tais considerações provêm da finalidade de demonstrar quais serão os possíveis reflexos e implicações resultantes da mutação linguística vivida pelo português brasileiro para o ensino do italiano por parte dos falantes brasileiros.

Se por um lado os traços semelhantes entre as duas línguas podem favorecer a aprendizagem, por outro lado, podem também dar lugar a erros, sobretudo no aspecto gramatical a respeito do qual discursamos. A afirmação é feita porque, se o aprendiz faz uso do pronome pessoal sujeito, isso não é considerado um erro grave, mas torna-se, ao menos, distante do uso de um falante nativo da língua italiana. Trata-se de um aspecto que o aprendiz, a princípio, não perceberá, acreditando estar diante de uma estrutura sintática semelhante àquela da sua língua mãe, e dessa forma fará a transposição do modelo sintático da língua mãe àquele da língua italiana.

(18)

Davanti a queste evidenze viene considerata importante l´attenzione che l´insegnante deve avere al processo di insegnamento della lingua italiana ai parlanti brasiliani. L´insegnante dovrà segnalare all´apprendente che, per quanto riguarda il soggetto pronominale, l´italiano e il portoghese brasiliano si allontanano e, insieme a questa diversità, ci si possono trovare caratteristiche frutto di tale atteggiamento.

Consideriamo indispensabile la consapevolezza da parte degli insegnanti dei tratti linguistici che definiscono oggi il portoghese brasiliano. Crediamo essere difficile insegnare una lingua straniera senza prima conoscere bene la propria lingua madre. Infine crediamo che tutti gli studi linguistici che descrivono e spiegano una lingua, osservando tutte le sue particolarità, devono essere visti come veri strumenti per la pratica docente.

Diante desta evidência é considerada importante a atenção que o professor deve ter com o processo de ensino da língua italiana aos falantes brasileiros. O professor deverá sinalizar ao aprendiz que, no que se refere ao sujeito pronominal, o italiano e o português brasileiro si distanciam e, junto a esta diversidade, podem-se encontrar outras características que são o resultado de tal comportamento. Consideramos indispensável a consciência, por parte dos professores, dos traços linguísticos que definem hoje o português brasileiro. Acreditamos ser difícil ensinar uma língua estrangeira sem antes conhecer bem a própria língua mãe. Enfim, cremos que todos os estudos linguísticos que descrevem e explicam uma língua, observando todas as suas particularidades, devem ser vistos como verdadeiros instrumentos para a prática docente.

riferimenti (referências)

CHOMSKY, Noam. Lectures on Government and Binding. Dordrecht: Foris, 1981. DARDANO, Maurizio; TRIFONE, Pietro. La Lingua Italiana. Bologna: Zanichelli, 2003.

DUARTE, M. Eugênia L. Do pronome nulo ao pronome pleno: a trajetória do sujeito no português do Brasil. In: ROBERTS, Ian; KATO, M.A.(orgs.). Português Brasileiro: uma viagem diacrônica. Campinas: Ed. da UNICAMP, 1993, p.107-128 ______. A perda do princípio “Evite Pronome” no Português Brasileiro. Tese de Doutorado. Campinas: UNICAMP, 1995.

DIAS, Aline F. A. Aquisição de L2 em contexto de mudança: um estudo sobre o processo de aquisição/ aprendizagem do Italiano por falantes do Português Brasileiro. Monografia. Rio de Janeiro: Uerj, 2005.

______. O sujeito pronominal nas tiras da Mafalda: uma análise contrastiva do sujeitonulo nas gramáticas do português brasileiro e do italiano. Dissertação de Mestrado. Rio de Janeiro: Uerj, 2008.

LABOV, William. Sociolinguistic Patterns. Philadelphia: University of Pennsylvania Press, 1972.

MIOTO, C. FIGUEIREDO SILVA, M.C; LOPES, R.E.V. Novo Manual de Sintaxe. Florianópolis: Insular, 2005.

QUINO, Joaquín Salvador Lavado. Toda Mafalda. Buenos Aires: Ediciones de la Flor, 2005.

______. Mafalda la contestataria. Milano: BUR, 1998. ______. Toda Mafalda. São Paulo: Martins Fontes, 2000. RIZZI, Luigi. Issues in Italian syntax. Dordrecht: Foris, 1982.

______. The new comparative syntax: principles and parameters of Universal Grammar. [s.l]:ms. 1988.

ROBERTS, Ian. Verbs and Diachronic Syntax. Dordrecht: Kluwer, 1993.

SERIANNI, Luca. Grammatica Italiana: Italiano commune e lingua letteraria. Torino: UTET Università, 2006.

(19)

tHE tEACHING oF ItALIAN sUBJECt proNoUN to pB spEAKErs Abstract:

According to the Principles and Parameters Theory (Chomsky, 1981), Italian language has a positive setting for the Null Subject Parameter, ie. it allows an empty category in subject position. This characteristic relates to the fact that this language displays a rich verbal morphology that allows the distinction among the different grammatical persons. Therefore the null subject is the preferred form, being the phonetically expressed subject used only to express emphasis or contrast (Rizzi, 1988). Concerning Brazilian Portuguese (BP), research on the usage of subject pronouns has shown a preference for the phonetically expressed form, a phenomenon that has been attributed to the reduction of its verbal morphology. This paper aims to show the differences between BP and Italian regarding this grammatical property. The discussion will be grounded on the results of a research in which the Brazilian and Italian translations of Mafalda strips were compared. We will focus our discussion on the possible implications for the teaching of Italian grammar to Brasilian speakers.

Key words:

Null Subject Parameter; null subject in italian; null subject in Brazilian Portuguese; teaching of italian to Brasilian speakers.

(20)

L’utiLiZZo DEL WEbQuESt NELLA CLASSE Di LiNguA

Roberta FERRONI robertaferroni@hotmail.com Olga Alejandra MORDENTE (USP) Orientadora alemordente@usp.br

riassunto:

l’opportunità agli apprendenti di essere esposti ad un materiale autentico, stimola una comunicazione reale nella lingua target, richiede collaborazione e cooperazione ed infine incoraggia la negoziazione dei significati. Attraverso questo articolo tenteremo in un primo momento di esaminare il concetto di WebQuest dopodiché analizzeremo i vantaggi che può offrire l’utilizzo di questa attività nell’ambito dell’insegnamento della lingua straniera. Scopo di questo articolo è di presentare un tipo di attività collaborativa nota come WebQuest. Utilizzata in vari contesti educativi il WebQuest è ampliamente diffuso anche nell’ambito dell’insegnamento delle lingue straniere. Attraverso tale strategia, gli apprendenti utilizzano le risorse del Web per il raggiungimento di un obiettivo. I vantaggi che può offrire l’utilizzo di questa attività sono enormi dato che: stimola una comunicazione reale nella lingua target, richiede collaborazione e cooperazione, incoraggia la negoziazione dei significati e presenta un input qualitativamente migliore.

pAroLE-CHIAVE:

Classe di lingua, webquest, task, apprendimento in cooperazione. Introduzione

Un noto proverbio cinese recita: “Se ascolto dimentico, se vedo ricordo, se faccio imparo”. Spesso e volentieri noi insegnanti e in particolare gli insegnanti di lingua, ci lamentiamo del fatto che i nostri studenti non sanno ascoltare e che dimostrano scarso interesse per le attività proposte. Sfatato il mito che vuole l’insegnante perfetto come pure l’attività, possiamo tentare di alleviare le nostre frustrazioni seguendo percorsi alternativi. In parole semplici, parafrasando il nostro proverbio, dovremmo dare maggiore risalto al saper fare anziché al saper. Una delle strategie che meglio si addice al raggiungimento di questo obiettivo è senza dubbio il WebQuest.

o uSo Do WEbQuESt NA AuLA DE LíNguA

7

Roberta FERRONI8 robertaferroni@hotmail.com Olga Alejandra MORDENTE (USP) Orientadora alemordente@usp.br

resumo:

O objetivo deste artigo é apresentar um tipo de atividade conhecida como WebQuest. Criado em 1995 por Bernie Dodge, professor de Tecnologia Educativa da Universidade de San Diego, o WebQuest é utilizado em diversos contextos educativos, entre os quais o ensino de línguas estrangeiras. O formato típico do WebQuest prevê una articulaçao muito rígida e é subdividido em: introdução, tarefa, procedimento, avaliação e conclusão. Após a descrição detalhada das características do WebQuest, serão analisadas as vantagens que pode oferecer a utilização desta atividade na aula de língua estrangeira, considerando-se que ela estimula a comunicação real na língua alvo, exige colaboração e cooperação, facilita a negociação de sentidos e apresenta um input qualitativamente melhor. palavras-chave:

Aula de língua estrangeira, WebQuest, Tarefa, Aprendizagem em cooperação. Introdução

Um conhecido provérbio chinês reza: “Se ouço esqueço, se vejo lembro, se faço aprendo”. Com muita frequência, nós, professores, e, especialmente, os professores de língua, queixamo-nos porque os nossos alunos não sabem ouvir e demonstram pouco interesse pelas atividades propostas. Desfeito o mito que quer o professor perfeito e a atividade também perfeita, podemos tentar aliviar nossas frustrações optando por percursos alternativos. Em outras palavras, parafraseando o provérbio chinês, deveríamos dar mais importância ao saber fazer do que ao saber.

Uma das estratégias mais indicadas para alcançar esse objetivo é, sem sombra de dúvida, o WebQuest.

7 Tradução do próprio autor.

8 Mestre e doutoranda em Língua, Literatura e Cultura Italiana (FFLCH-USP). Orientadora Profa. Dra. Olga Alejandra Mordente.

(21)

Il WebQuest è un’attività collaborativa che come suggerisce il nome stesso richiede l’uso del Web. Creata nel 1995 da Bernie Dodge, professore di tecnologia educativa dell’Università di San Diego, è ampliamente utilizzata in vari contesti educativi compreso quello dell’insegnamento della lingua straniera dove trova la sua applicazione attraverso il “task-based appoach”. Secondo la definizione data da Nunan, i compiti “tasks” sono: “delle attività durante le quali gli apprendenti sono coinvolti nella comprensione, nella manipolazione, nella produzione e nell’interazione della lingua target, mentre la loro attenzione è principalmente concentrata sul significato e non sulla forma”. (Nunan, 1989:10).

Ci sembra opportuno mettere in risalto questa definizione perché pone l’attenzione su una caratteristica propria del task ovvero il fatto che l’attenzione è concentrata sul significato, gli apprendenti sono coinvolti in attività durante le quali dovranno comprendere e negoziare il significato e questo costituisce un fattore cruciale per l’acquisizione/apprendimento di qualsiasi lingua straniera.

Tale approccio si oppone alle forme tradizionali di insegnamento della lingua straniera basate su strutture linguistiche avulse e prive di contesto che considerano l’apprendimento di una lingua come un mero esercizio di ripetizione di forme grammaticali e di espressioni fisse. Una delle preoccupazioni maggiori dell’insegnamento della lingua attraverso i compiti è che tutte le attività proposte in classe debbano essere eseguite per raggiungere un risultato concreto outcome, l’accento cioè viene posto sull’efficacia del risultato attraverso l’uso della lingua straniera. In altre parole, l’acquisizione/apprendimento della lingua straniera non avviene per mezzo di esercizi e funzioni comunicative, ma è inserito in un processo più amplio e complesso in cui all’apprendente è offerta l’opportunità di avere un’esperienza più diretta con la lingua target e di ricevere un input qualitativamente migliore e più significativo.

Se il WebQuest è a tutti gli effetti un compito allora costituisce un’ottima strategia per promuovere l’acquisizione/apprendimento della LS poiché offre l’opportunità agli apprendenti di essere esposti ad un materiale autentico, stimola una comunicazione reale nella lingua target, richiede collaborazione e cooperazione ed infine incoraggia la negoziazione dei significati.

Attraverso questo articolo tenteremo in un primo momento di esaminare il concetto di WebQuest dopodiché analizzeremo i vantaggi che può offrire l’utilizzo di questa attività nell’ambito dell’insegnamento della lingua straniera.

O WebQuest é uma atividade colaborativa que, como sugere o nome, exige o uso da Web e apresenta uma tarefa autêntica.

Criada em 1995 por Bernie Dodge, professor de Tecnologia Educativa da Universidade de São Diego, é amplamente utilizada em diversos contextos educacionais, inclusive no contexto do ensino de língua estrangeira, onde encontra aplicação por meio do task-based approach.

O ensino baseado nas tarefas surge como alternativa ao ensino que considera a aprendizagem de uma língua como mero exercício de repetições de formas gramaticais e expressões fixas. Conforme observam Almeida Filho e Barbirato (2001, p. 27), a diferença entre o uso de um método baseado nas tarefas e as práticas linguísticas de tipo tradicional é que, no primeiro caso, o objetivo principal é oferecer oportunidades para que a língua estrangeira seja utilizada em situações o maispróximas possível daquelas vivenciadas fora do contexto da classe, ou seja, a atenção do aluno é dirigida para a realização da tarefa e não para itens específicos da língua.

Prabhu (1987), que elaborou o primeiro método baseado nas tarefas, afirma que a utilização destas para o ensino das línguas estimula o emprego da língua alvo e dirige a atenção para o sentido.

O ensino baseado nas tarefas molda-se nos anos de1980 e compartilha os mesmos princípios do ensino comunicativo. Alguns pesquisadores o introduziram no contexto de um tipo de ensino tradicional; outros, mais radicais, criaram cursos inteiros baseados exclusivamente nas tarefas. Em ambos os casos, come observa Ellis (2003: 24), recorre-se à tarefa no intuito de tornar comunicativo o ensino da língua.

Definir o conceito de tarefa não é fácil, porque esse termo muda de sentido conforme a perspectiva adotada. Essa incerteza afeta tanto o campo da psicologia como o campo da pedagogia e reaparece também quando se fala de aquisição/ aprendizagem da língua estrangeira. Uma definição que, no nosso modo de ver, contém a essência das tarefas” é a de Nunan (1989), que considera as tarefas “atividades durante as quais os aprendizes participam da compreensão, da manipulação, da produção e da interação na língua alvo, ao mesmo tempo em que sua atenção está concentrada, principalmente, no sentido e não na forma” (Nunan: 1989: 10).

Referências

Documentos relacionados

Deve ser lembrado que, nos cálculos para a determinação da vida dos rolamentos, foi considerado que a viscosidade recomendada para o óleo destes rolamentos foi a mesma

SENSOR DE

De seguida, vamos adaptar a nossa demonstrac¸ ˜ao da f ´ormula de M ¨untz, partindo de outras transformadas aritm ´eticas diferentes da transformada de M ¨obius, para dedu-

Os testes de desequilíbrio de resistência DC dentro de um par e de desequilíbrio de resistência DC entre pares se tornarão uma preocupação ainda maior à medida que mais

6 Consideraremos que a narrativa de Lewis Carroll oscila ficcionalmente entre o maravilhoso e o fantástico, chegando mesmo a sugerir-se com aspectos do estranho,

O desenvolvimento das interações entre os próprios alunos e entre estes e as professoras, juntamente com o reconhecimento da singularidade dos conhecimentos

Entre o roseiral e o parque, num lugar sombrio, solitário e verde, havia um pequeno jardim rodeado de árvores altíssimas que o cobriam com os seus ramos.. No

2. Identifica as personagens do texto.. Indica o tempo da história. Indica o espaço da história. Classifica as palavras quanto ao número de sílabas. Copia do texto três