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Linguagem Oral e Escrita

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Academic year: 2021

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Fernando Wolff Mendonça

Linguagem Oral e Escrita

IESDE Brasil S.A. Curitiba

2012 Edição revisada

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© 2008 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais.

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE

SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

__________________________________________________________________________________ M494L

Mendonça, Fernando Wolff.

Linguagem oral e escrita / Fernando Wolff Mendonça. - ed. rev. - Curitiba, PR : IESDE Brasil, 2012.

76p. : 28 cm Inclui bibliografia ISBN 978-85-387-2864-1

1. Linguagem e línguas. 2. Linguística. I. Título. 12-4800. CDD: 469.5 CDU: 811.134.3

09.07.12 23.07.12 037209

__________________________________________________________________________________

Capa: IESDE Brasil S.A.

Imagem da capa: IESDE Brasil S.A.

IESDE Brasil S.A.

Al. Dr. Carlos de Carvalho, 1.482. CEP: 80730-200 Batel – Curitiba – PR

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Sumário

As diferentes linguagens da linguagem ...5

O que vem a ser linguagem? ...5

As abordagens da linguagem ...6

As linguagens e as relações sociais ...9

Linguagem, cultura e cognição ...9

A história do homem é a história da linguagem ...17

Aspectos biológicos do surgimento da linguagem ...17

Os estudos científicos da linguagem ...21

Os estudos da linguagem hoje ...21

As perspectivas interacionistas de linguagem ...25

A aquisição da linguagem nas perspectivas interacionistas ...25

A linguagem e o cérebro humano ...31

Aspectos neurológicos da linguagem ...31

Como aprendemos a falar ...35

A aprendizagem da linguagem oral – a fala ...35

Em busca das primeiras palavras ...35

A produção do discurso pela criança ...39

A aprendizagem da linguagem oral – o discurso ...39

A linguagem oral e os seus desvios de manifestação ...43

O que é normal e patológico na aquisição da oralidade ...43

Os desvios da fala ...43

A apropriação de instrumentos culturais de representação ...47

O desenho como representação da linguagem oral ...47

O brincar com objetos e a representação mental ...47

A apropriação da linguagem escrita ...51

Os registros sociais e o interesse das crianças ...51

Quando os traços ganham sentido ...51

Desenhando as palavras na boca ...51

A linguagem escrita: letramento ...55

A aquisição da linguagem escrita como um processo de letramento ...55

A aquisição da escrita e a tomada de consciência das relações sociais ...56

(4)

Aspectos cognitivos da leitura e da escrita ...67

Como se dá a cognição da linguagem, da leitura e da escrita ...67

Sucesso, fracasso e leitura escrita ...71

Como a escola deve fazer uso da linguagem? ...71

A escola que fala a linguagem da sua realidade ...71

Ler e escrever a realidade social e individual ...72

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As diferentes linguagens

da linguagem

O que vem a ser linguagem?

N

o momento em que você põe os olhos num texto, você o lê. Por que você leu? Que proprie-dade é esta que as palavras tem de fazer com que você retire delas formas constantes de um repertório de imagens e significados? Placas, sinais, ruas, filmes, livros, bilhetes, todas essas manifestações só existem porque existe linguagem.

Agora, lembre-se de sua infância, mais precisamente de sua época de aluno alfabetizan-do ou de um fato ocorrialfabetizan-do neste períoalfabetizan-do. Como você o fez? Percebeu o papel deste discurso interno ou interior? Ele possibilitou a busca de eventos na sua memória à medida que você conversou e falou consigo. Lembre-se da novela, da emoção representada pela ação da vilã, pelo beijo apaixonado do par romântico. Sim, além de possibilitar uma convivência social, a linguagem cria e desperta emoções, sentimentos e memórias.

Já que estamos abordando a memória, lembramos que o estudo da história do homem é dividido em período pré-histórico (o homem sem a escrita) e a história (após a invenção da es-crita). Ou seja, o homem, gradativamente, enquanto agia sobre o mundo natural, foi criando um poderoso instrumento que lhe permitiu agir não só com o meio natural, mas com o meio social. Como consequência, transformou e continua transformando as pessoas à proporção que este ins-trumento evolui socialmente. Um bom exemplo disto, atualmente, está na substituição do apagar pelo deletar, contingência da era da informática na linguagem cotidiana.

Como você percebe, a linguagem é um instrumento poderoso para que a nossa mente pos-sa operar, ela está viva na nospos-sa mente. Mas, ao penpos-sarmos assim, uma grande dúvida sempre nos vem à cabeça: como a linguagem chegou até a minha mente? Ela é uma apropriação? Ou ela é um dom da espécie? Por que cada uma das culturas possui idiomas característicos à sua comunidade? Por que a nossa linguagem se transforma quando frequentamos lugares diferen-tes em nosso país? Ao conseguirmos falar e nos comunicar com diferendiferen-tes grupos culturais dentro e fora de nossa cultura, será que entendemos como a linguagem inicial, ou a língua materna, chegou à nossa mente? Que contribuições a Linguística e a Psicolinguística têm para nos ajudar no entendimento do processo de uso e da aquisição da linguagem?

A proposta de abordagem deste tema está relacionada à linguagem enquanto prática social. Vê-se nesta perspectiva uma linguagem viva e dinâmica, que se transforma socialmente e que os sujeitos de interação com esta linguagem devem apropriar-se para estar participando ativamente da realidade social na qual estão inseridos. Afinal, nos humanizamos à medida que nos apropriamos do uso e da forma da linguagem e, como educadores, somos os elementos mediadores da apropriação deste instrumento pelas crianças em seu processo de humanização.

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Porém, esta perspectiva não é pertinente a todas as escolas linguísticas; algumas fazem seus estudos de maneira diferenciada àquela que estaremos abor-dando. Este aspecto diferenciado de olhar a linguagem e sua aquisição pode nos levar a ver a aprendizagem da linguagem de outra forma e, por consequência, encararmos o processo de constituição dela como algo incapacitante ou de problema no desenvolvimento da criança que aprende. Assim, vamos começar a nossa abor-dagem sobre linguagem mostrando as mais diferentes formas de entendê-la.

As abordagens da linguagem

Na literatura existem diferentes formas de se abordar a linguagem, mas, basicamente, estas diferentes abordagens emergem de três grandes vertentes. A primeira vertente é aquela que busca entender a linguagem como algo externo ao indivíduo. A segunda vertente é a que crê que a linguagem é um fenômeno inter-no, do cérebro humano e está vinculada à natureza inata do ser. E uma terceira proposição é a da natureza social, na qual vemos a linguagem como uma constru-ção inteligente do homem e que, pela prática dialógica, vai sendo ressignificada de sujeito para sujeito à medida que homens e sociedade evoluem.

Na primeira situação, a da linguagem como algo externo ao sujeito, ela é um produto da comunicação entre os seres e é constituída de um conjunto de regras e formas com o qual os sujeitos devem fazer uso no momento necessário. A lingua-gem é vista como um código, algo que está posto e seu conjunto está estruturado de forma fonológica, sintática e semântica e, para tornarmos sujeitos que fazem uso da linguagem, devemos usá-la com todas as suas características estruturais. Ela pode ser representada pelo diagrama a seguir:

CÓDIGO

EMISSOR RECEPTOR

MENSAGEM

Assim, só existe troca de informações se o receptor e o emissor estiverem utilizando o mesmo código. Esta forma de ver a linguagem ainda é muito prati-cada nas escolas, já que os processos estruturais da língua prevalecem no ensino e que todos devem escrever e falar da mesma maneira, a chamada norma culta. Neste processo não se considera, na maior parte das vezes, as variantes culturais e individuais de cada sujeito.

Na segunda perspectiva, a da representação, entende-se a linguagem como uma capacidade inerente aos humanos, ou seja, ela é um produto da mente e está predeterminada a aparecer na vida do sujeito à medida que seu corpo e cérebro tornam-se maduros e as áreas cerebrais disparam este potencial de linguagem. Aqui percebemos a influência marcante dos estudos psicológicos e biomédicos para entender esta vertente.

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Acredita-se que por nascermos imaturos e com um cérebro em desenvolvi-mento, ao chegarmos a esta maturidade começamos a construir imagens internas, produto de nossa interação gradativa com o meio, e nossa mente passará a repre-sentar o mundo interno mediante o uso de áreas cerebrais especializadas para a linguagem. Esta forma de ver está, muitas vezes, relacionada à prática psicológica ou biológica da imaturidade, ou seja, a criança não fala ou não escreve porque ainda é imatura ou porque seu cérebro ainda não representa as experiências cog-nitivas necessárias à linguagem, ou então porque possui um distúrbio.

A terceira perspectiva está vinculada à ideia da linguagem como uma prá-tica social, ou seja, ela surge da necessidade do homem em viver em grupos e a constituir um instrumento que lhe permitisse realizar trocas com seu grupo social. Assim, à proporção que o homem foi tendo vida social e transformando a natureza, foi criando mecanismos para deixar suas marcas por meio da cultura. Desta forma, ele necessitava de instrumentos e do seu grupo social para manter estas aquisições e continuar evoluindo com as gerações seguintes.

Com isto, suas marcas no mundo e suas ações passaram a ser interpretadas e resignificadas pelos integrantes da sua sociedade. E, em um processo dinâmico e criativo, foram sendo repassadas aos diferentes membros, tornando-se parte in-tegrante deste grupo. Mas este não era um modo rígido de comunicação, existiam diferentes interpretações, o que caracteriza um diferente modo de representar o que é realizado pelo grupo e por cada sujeito.

Da mesma forma, hoje entendemos as sociedades que criam seus próprios ritos e formas de comunicação, nos quais gestos e falas são ressignificados e interpretados pelos mais diferentes grupos sociais e culturais. Esta forma de ver a linguagem não a torna um código restrito, nem um dom da pessoa, mas a vê como uma construção dialógica, criativa e transformadora à medida que homem e sociedade se transformam com a produção de instrumentos culturais e simbólicos da sociedade.

1. Converse com seu colega de turma e pergunte se ele já vivenciou situações em que uma falha de

comunicação levou-o ao engano, se ele conhece alguma pessoa que após uma doença perdeu a linguagem, ou se ele já viu cartazes/propagandas com falhas, mensagens confusas ou linguajar popular.

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2. Identifique em seu grupo social pessoas de outras localidades e culturas e analise as

dife-rentes manifestações da linguagem presentes na fala destes indivíduos. Elabore uma amos-tra e converse com o grupo.

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As linguagens

e as relações sociais

Linguagem, cultura e cognição

É

interessante percebermos as diferenças que surgem em um diálogo entre duas pessoas. Se você imaginar a situação a seguir podemos entender melhor do que se trata.

Imagine que você foi ao Fórum de sua cidade, acompanhando um colega que tem uma audi-ência judicial. Uma pessoa, aparentando péssimas condições de vida social e cultural, entra, aborda seu amigo e lhe pede um auxílio. Seu amigo, preocupado e nervoso porque está a ponto de entrar na audiência, responde bruscamente a esta pessoa, mas ao chegar à antessala do julgamento encontra seu advogado e conversa com ele de maneira muito educada e firme. Imediatamente seu amigo é chamado à sala de julgamento e então, em um tom de voz diferenciado, humilde e submisso busca explicar os acontecimentos ao juiz.

Como você analisaria este caso? Que relações existem em cada uma destas situações? Que as-pectos da linguagem se encontram presentes nesses diferentes momentos?

O que aconteceu nessas situações reflete as diferentes manifestações que a linguagem assume em nossa sociedade. Usamos a linguagem como elemento de posicionamento social e cognitivo. No ambiente em que vivemos, ter acesso ao conhecimento e às formas de sua produção nos colocam de forma diferenciada em relação aos que não os têm. Assim, a linguagem faz com que possamos assu-mir papéis sociais, autoafirmarmos sobre quem somos ou deixamos de ser, e ela manifesta o interior dos pensamentos da pessoa que fala.

As questões sociais representadas

nas diferentes manifestações da cultura

Quanto ao aspecto cultural, o fato de nos apresentarmos em diversas situações cotidianas possi-bilita, na hora da troca de informações com o outro, sabermos em que posição estamos e conhecermos nosso limite em relação ao que falamos. Sabemos nos comportar adequadamente, pois construímos a nossa consciência humana nestas trocas, e percebemos com isto que a forma e o modo de falar com o outro reflete a nossa cultura.

Em nossa sociedade, as pessoas com quem convivemos também manifestam este tipo de atitude por meio da sua linguagem. Esta diversidade nos leva a construir a consciência de quem somos, como e com quem queremos conviver e participar nossas questões. Soares (2001) nos coloca de modo claro esta questão quando nos diz:

É no processo de enunciação que se constituem os sentidos; esse processo e, portanto, esta constituição de sen-tidos é determinada pelo contexto em que esse processo ocorre, entendendo por contexto, aqui, não apenas as

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As linguagens e as relações sociais

condições pragmáticas imediatas, mas, sobretudo as condições e circunstâncias sociais; essas condições e circunstâncias sociais variam em diferentes grupos sociais, portanto, os processos de enunciação constroem diferentes sentidos em diferentes grupos sociais (de pensar, sentir, perceber).

Desta forma, além do contexto individual em que nos colocamos, podemos saber que o contexto de sociedade também se reflete na linguagem, pois se esti-vermos imaginando o que se representa com o papel da pessoa que pede auxílio na situação exemplificada no início deste texto, veremos que nela estão represen-tadas as mazelas sociais da falta de oportunidades, da dimensão capitalista e da dimensão antropológica. Ou seja, a linguagem que se usa e pratica na sociedade reflete a cultura e sociedade em que vivemos.

Outro aspecto relevante da linguagem é ela poder estar relacionada ao conhecimento individual de cada um. Na perspectiva de Vygotsky, citado por Luria (1994, p. 196), a consciência é um sistema estrutural com função semân-tica, desta forma relaciona a tomada de consciência com a apropriação dos signi-ficados produzidos pelos instrumentos culturais desenvolvidos pela sociedade na qual este sujeito se insere.

Góes (2000, p. 81, apud CEDES 24), ao se referir à natureza social das fun-ções psicológicas, afirma que “elas emergem e se consolidam no plano de ação dos sujeitos, tornam-se internalizadas, isto é, transformam-se para construir o funcio-namento interno”. Pela transformação entende-se não se tratar de uma consciência preexistente que se atualiza, tornando assim uma base biológica ampliada, mas sim da criação de um novo modo de funcionar no qual o sujeito é o regulador.

Entende-se então que a apropriação tem-se na reconstrução interna do su-jeito, e não em uma cópia dela, modelos dos modos de ação do outro e as re-presentações dos atos produzidos por ele. Este modo de autorregulação (GÓES, 2000 apud CEDES 24) é o fundamento do ato voluntário, sendo assim o modo pelo qual a criança começará a internalizar os processos sociais, importantes na aprendizagem do uso dos instrumentos práticos e na internalização dos elementos semióticos da linguagem. Desta forma ela reflete o modo como cada um de nós representa individualmente sua sociedade.

Regionalismos

Então, se a linguagem representa um universo social e um universo in-dividual, ao conversamos com as pessoas podemos entender que, ao se expressa-rem, elas trazem a região, a cultura e as formas de ver e compreender o mundo. Assim, percebemos que na fala do nordestino brasileiro, no gaúcho, no mineiro, seu linguajar traz uma quantidade variada e interessante de costumes, crenças e conceitos que não encontramos mais em regiões do litoral do Sudeste. O regiona-lismo de um país com dimensões tão grandes ou de culturas tão distintas, como o Brasil, reflete sua história, hábitos e costumes. Assim, devido aos fluxos migra-tórios de uma sociedade em busca de oportunidade, não é raro você encontrar em uma sala de aula pessoas com diferentes formas de ver o mundo e concebê-lo.

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As linguagens e as relações sociais

Cultura, educação e poder

Da mesma forma que a linguagem revela diferentes culturas, regiões e lin-guajares, ela também espelha uma dimensão de poder. Muitas pessoas impõem seus modos e costumes com a força de sua posição social, cultural ou até mesmo cognitiva para diferenciar-se de outras que não tiveram o acesso às formas mais elaboradas de conhecimento e de linguagem. No Brasil, não é difícil encontrarmos pessoas que abusam da fala “Você sabe com quem está falando?” como uma forma de discriminação e preconceito dentro da mesma sociedade.

Temos então de ficar atentos para utilizarmos a linguagem como um instru-mento de humanização e de construção de sujeitos socialmente ativos. Uma vez que, como educadores, dentro desta perspectiva dialógica e social de fazer uso da linguagem, representamos os instrumentos de humanização pelo nosso apelo comprometido com a sociedade.

A linguagem na escola: um olhar sob a perspectiva da

economia das trocas linguísticas

Maria Celeste Said S. Marques A Sociolinguística ao explicar a covariação entre os fenômenos linguísticos e os fenôme-nos sociais, revela as diferenças de dialetos determinadas pela classe social do falante. Hoje, na escola brasileira, essas diferenças geram antagonismos acentuados por estarem presentes classes sociais que historicamente dela estiveram ausentes.

Os professores, quase sempre de classe média, não percebem que muitos alunos nem entendem o vocabulário mais elaborado usado na escola. Por vezes, nem compreendem muitas palavras usadas pelas crianças; nem percebem que tais palavras fazem parte da rica herança cultural do grupo social a que pertencem.

Grande parte das pesquisas e estudos feitos a respeito das causa do fracasso escolar, principal-mente entre crianças vindas de ambientes mais pobres, demonstram que uma das dificuldades está na área da Linguagem.

A perspectiva de Bourdieu sobre a economia das trocas linguísticas é muito produtiva para se compreender os problemas de linguagem que ocorrem na escola, pelo fato de ter deslocado o ângulo de análise da caracterização da linguagem para a caracterização das condições sociais onde ocorre.

Para o autor, na sociedade capitalista, os bens materiais (como a força de trabalho, as mer-cadorias, os serviços) e os bens simbólicos (como os conhecimentos, as obras de arte, a música, a linguagem etc.) circulam em relações de trocas desiguais. As relações de forças materiais separam os dominantes dos dominados por meio da posse dos meios materiais e as relações de

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As linguagens e as relações sociais

força simbólicas através dos meios simbólicos. Dessa forma, segundo o referido autor, “não se

deve esquecer que as trocas linguísticas – relações de comunicação por excelência – são tam-bém relações de poder simbólico onde se atualizam as relações de força entre os locutores ou seus respectivos grupos” (p. 24).

Conforme Bourdieu, o modelo de produção e circulação linguística é uma relação entre os habitus linguísticos (as disposições, socialmente modeladas) e os mercados linguísticos nos quais eles oferecem seus produtos. A sua análise da economia das trocas linguísticas oferece instrumentos para se compreender fenômenos relativos à produção, distribuição e consumo da linguagem inscritos nas relações sociais, entre elas, a escolar.

Escola: um mercado linguístico

Na escola, os locutores (sobretudo, professores e alunos) instauram relações de co-municação linguística em condições sociais concretas que, segundo Bourdieu, funciona como um mercado linguístico.

Desde os primeiros anos de escola, a criança (sobretudo das camadas populares) começa a aprender uma língua estranha, que raramente é a sua ou de seus pais: trata-se da língua escolar padrão, a única reconhecida pela escola como correta.

Toda a maneira espontânea de falar da criança (expressões, frases, pronúncia etc.), que não correspondem às normas da língua escolar, é constantemente corrigida, reprimida, penali-zada pelo professor para que, de correção em correção, todas as crianças falem a língua exigida pela escola.

Se a criança demonstra não saber exprimir o que deseja, se não consegue entender di-reito as explicações do professor, nem consegue fixar instruções um pouco longas, ou se tem vergonha de falar na escola, muitas vezes a dificuldade é entendida como tendo origem na criança e que ela deve ser corrigida. Entretanto, em sua casa, essa criança consegue se comu-nicar perfeitamente, de falar a Língua Portuguesa com desembaraço em várias circunstâncias de sua vida. Segundo Bourdieu (1998, p. 32):

A língua oficial está enredada com o Estado, tanto em sua gênese como em seus usos sociais. É no processo de constituição do Estado que se criam as condições da constituição de um mercado linguístico unificado e dominado pela língua oficial: obrigatória em ocasiões e espaços oficiais (escolas, entidades públicas, insti-tuições políticas etc.), esta língua de Estado torna-se a norma teórica pela qual todas as práticas linguísticas são objetivamente medidas. Ninguém pode ignorar a lei linguística que dispõe de seu corpo de juristas (os gramáticos) e de seus agentes de imposição e controle (os professores), investidos do poder de submeter uni-versalmente ao exame e à sanção jurídica do título escolar o desempenho linguístico dos sujeitos falantes.

Muitas crianças, para não correrem o risco de serem criticadas por falar errado, prefe-rem calar a boca e reduzir o que tiveprefe-rem de escrever ao mínimo possível, para não se expor às observações do tipo pobreza de vocabulário, falta de sentido, erro ortográfico etc. Segundo a perspectiva de Bourdieu, as palavras são bens que são trocados, na escola. O falante (o aluno) coloca seus produtos nesse mercado linguístico que é:

Estritamente sujeito aos veredictos dos guardiões da cultura legítima, o mercado escolar encontra-se estri-tamente dominado pelos produtos linguísticos da classe dominante e tende a sancionar as diferenças de ca-pital preexistentes. O efeito acumulado de um fraco caca-pital escolar e de uma fraca propensão a aumentá-lo através do investimento escolar que lhe é inerente condena as classes mais destituídas às sanções negativas do mercado escolar, ou seja, à eliminação ou à autoeliminação precoce acarretada por um êxito apagado.

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As linguagens e as relações sociais

Os desvios iniciais tendem, portanto, a se reproduzir, pelo fato de que a duração da inculcação tende a variar tanto quanto seu rendimento, fazendo com que os menos inclinados e menos aptos a aceitar e a adotar a lin-guagem escolar sejam também os que se expõem menos tempo a essa linlin-guagem, bem como aos controles e sansões escolares. (BOURDIEU, 1998, p. 50)

Com efeito, Bourdieu reflete sobre a relação professor-aluno, mostrando-a como tensa e não instaurada sobre a singularidade dos alunos. Caminhando nessa mesma direção de análise, Alkmin afirma que é necessário muito mais

[...] pensar a realidade social do que a realidade linguística. Sabemos que a utilização da língua é regida por um conjunto de regras sociais que regulam a pertinência ou não, a adequação ou não dos comportamentos linguísticos. Ou seja, tanto para a escrita como para a fala, existem restrições e assentimentos quanto ao seu uso: há punições previstas para quem infringe essas regras que vão desde estar exposto à galhofa até não ser aceito em empregos, por exemplo. Não podemos perder de vista que a hierarquização das formas linguísticas é calçada em valores que refletem a estrutura de uma sociedade, no caso da nossa, a de uma sociedade de classes.

No mercado linguístico, por exemplo, o escolar, em que a modalidade de linguagem legíti-ma domina e se impõe, o aluno aprende também as condições de sua aceitabilidade, que Bourdieu (1998) chama de aceitabilidade sociológica e não linguisticamente como faz Chomsky; para ele, aceitabilidade não é apenas o uso da língua intuitivamente gramatical ou normal (como diz Chomsky), mas um uso da língua que engloba tanto as leis propriamente linguísticas da grama-ticalidade internalizadas pelo falante quanto a formação de preços característicos do mercado em questão. Isto significa que “as condições de recepção antecipadas fazem parte das condições de produção, e a antecipação das sanções do mercado contribui para determinar a produção do discurso” (BOURDIEU, 1998, p. 64).

Em suma, a escola é lugar onde a aquisição do capital cultural e do capital linguístico pelo falante acontece por meio de um processo formal e intencional de inculcação de regras explícitas. O mercado linguístico escolar tem a especificidade de ser uma instância social a ser-viço do mercado cultural e linguístico dominante para reproduzir e difundir a linguagem legítima que confere aceitabilidade. Dessa forma, é oportuno perguntar: como a escola trata das diferenças dialetais? É o que se discutirá a seguir.

O dialeto e língua legítima

Todo falante nativo usa sua língua de acordo com as regras específicas de seu dialeto, reflexo da comunidade linguística a que pertence. Dessa forma, há diferenças entre as regras de um modo de falar de um dialeto e o de outro. Como afirma Alkmin (1991, p. 25), “a língua é um complexo de variantes e não existe superioridade de uma variedade sobre a outra”. No entanto, nem todos possuem o mesmo valor no mercado, visto que a presença de grupos hierar-quizados é a condição para a instauração de relações de dominação linguística. Como explica Bourdieu, no mercado linguístico (e, neste ensaio, em particular o escolar), o valor dos produtos linguísticos (seu preço) rende lucro para o falante, cujas características linguísticas correspon-dam às posições econômicas e sociais privilegiadas. A linguagem legítima é aquela dos grupos dominantes. Ela se converte em capital linguístico, favorecendo a obtenção de lucro por aqueles que o detêm. Com efeito, conforme Bourdieu (1998, p. 41)

[...] ao privilegiar as constantes linguisticamente pertinentes em detrimento das variações sociologicamente significativas para construir este artefato que é a língua comum, tudo se passa como se a capacidade de falar, mais ou menos universalmente difundida, fosse identificável à maneira socialmente condicionada de realizar esta capacidade natural, cujas variedades são tantas quanto as condições sociais de aquisição.

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As linguagens e as relações sociais

Para Bourdieu, as diferenças linguísticas de pessoas provenientes de diferentes regiões se encontram relegadas ao inferno dos regionalismos, das expressões viciosas e de erros de pronúncia que os professores corrigem. “Reduzidos ao estatuto de jargões idiomáticos ou vulgares, igualmente impróprios em ocasiões oficiais, os usos populares da língua oficial sofrem uma sistemática desvalorização” (p. 40).

No mesmo mercado linguístico, as pessoas podem ter a mesma competência linguística. No entanto, o discurso depende da posição do falante do mercado linguístico para poder ser reconhecido como linguagem legítima e assim se transformar em capital linguístico. Em de-corrência disso, Bourdieu critica o conceito de competência linguística como formulado por Chomsky porque “escamoteia a questão das condições econômicas e sociais de aquisição da competência legítima e de constituição do mercado onde se estabelece e se impõe esta defi-nição”. Contra a competência linguística (abstrata) de Chomsky, sugere o conceito de capital

linguístico, que remete à competência necessária para falar a língua legítima, visto que esta tem

um mercado linguístico que confere autoridade, poder e dominação ao falante.

A comunicação pedagógica no mercado escolar

O mercado cultural e linguístico é socialmente dotado de critérios de avaliação que con-ferem legitimidade aos bens simbólicos, como a própria linguagem dos grupos dominantes eco-nômica e socialmente. Com efeito, a cultura e a linguagem desses grupos são transformados em capital cultural e linguístico e sua aquisição e domínio torna-se uma exigência no mercado dos bens simbólicos enquanto que a cultura e a linguagem dos grupos dominados são depreciados.

Uma das especificidades mais importantes da escola é ser um mercado linguístico que usa e ensina a linguagem legítima por meio da comunicação pedagógica, que tem como característica distintiva a de ser uma relação de força simbólica no grupo constituído pelos professores e pelos alunos.

O papel do professor, na comunicação pedagógica, é o de inculcação da cultura (capital cultural) e da linguagem legítima (capital linguístico). No entanto, essa comunicação pedagógica é fundamentada em bases desiguais.

Os alunos das classes dominantes, ao chegarem à escola, estão em condições de usar o

capital cultural e o capital linguístico escolarmente rentável, visto que estão familiarizados

com eles em seu grupo social; já dominam, ou podem facilmente dominá-los.

Entretanto, os alunos das camadas populares familiarizadas com sua linguagem, que é considerada pelo mercado linguístico como não legítima – como diz Bourdieu, não reconhecida socialmente – ao chegarem à escola, em geral, fracassam, visto que a comunicação pedagógica não atinge o objetivo de fazê-los adquirir os bens simbólicos que constituem o capital cultural e linguístico legítimos. O fato de não dominarem a linguagem da escola se torna difícil para compreenderem e se expressarem na comunicação pedagógica. E por não disporem do capital

(15)

As linguagens e as relações sociais

A comunicação pedagógica envolve atividades que, em geral, caracterizam-se muito mais pelo reconhecimento da linguagem legítima do que seu conhecimento. O ensino da língua caracteriza-se pelo estudo da gramática da língua legítima, leitura de textos sempre escritos em língua legítima, correção da linguagem oral e escrita dos alunos conforme os pa-drões da língua legítima. Consequentemente, para os alunos das classes dominantes, o ensino constitui além de uma didática do reconhecimento que já possuem da língua legítima, um aper-feiçoamento da capacidade de produção e de consumo do conhecimento.

Todavia, para os alunos pertencentes às camadas populares, a escola possibilita, em geral, apenas o reconhecimento que existe uma maneira de falar e escrever considerada legítima e que é diferente daquela que conhecem e dominam. Tal reconhecimento se inscreve, para Bourdieu (1998, p. 37-38), “em estado prático nas disposições insensivelmente inculcadas pelas sanções do mercado linguístico”. Com efeito, a escola não leva esses alunos a conhecer essa outra ma-neira, isto é, não os leva a produzi-la e consumi-la eficientemente, aumentando, assim, a distân-cia entre a linguagem das classes populares e o capital linguisticamente sodistân-cial e escolarmente

rentável. Segundo Bourdieu (1998, p. 50), “os mecanismos sociais da transmissão tendem a

garantir a reprodução da defasagem estrutural entre distribuição (bastante desigual) do

conhe-cimento desta língua legítima e a distribuição (muito mais uniforme) do reconhecimento desta

língua”.

Dessa forma, os bens simbólicos das classes dominantes e a comunicação pedagógica le-gítima são instrumentos para o fracasso escolar das classes populares, contribuindo, assim, para a perpetuação dessas classes como dominadas e para perpetuação da estratificação social.

Retomando a discussão, cabe entender as implicações desse modo de ver a educação. A análise de Bourdieu fornece-nos importantes esclarecimentos a respeito do sistema educacio-nal e dos processos de ensino e seleção, especialmente com relação à natureza classista desses processos.

Entretanto, do ponto de vista do desenvolvimento de uma sociolinguística alternativa, para compreender a educação há limitações. Substancialmente, uma educação vista à luz da linguagem como um mercado linguístico não sugere uma disponibilidade para a mudança, na medida em que implica dispor o aluno numa relação estereotipada com a precariedade do próprio momento. Logo, não é possível pensar-se num processo educacional com fronteiras determinadas entre educação e o mercado linguístico, sem o risco de alijar da escola o próprio processo constitutivo de sujeitos. Nessa perspectiva, a escola não é o campo de luta contra o fra-casso escolar das camadas populares e sim um instrumento e causa para a divisão da sociedade de classes. A solução dos problemas está na eliminação das discriminações e das desigualdades sociais e econômicas. É inegável a relação entre escola e sociedade, mas também é verdade que muitas “dificuldades e problemas do ensino de língua materna podem ser resolvidos no âmbito de discussões pedagógicas e didáticas” (ALKMIN, 1991, p. 26).

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As linguagens e as relações sociais

1. Organize grupos com os seus colegas de curso, nos quais sejam utilizados como exemplo situações

onde haja a necessidade de se pedir um aumento de salário para o chefe autoritário, uma conversa com o delegado onde você foi vítima de um roubo e a professora que conversa com um aluno que está com dificuldades escolares. Compare as propostas com as demais pessoas e perceba, com a ajuda do texto, as diferentes maneiras de usar a linguagem.

2. Analise, depois da atividade anterior, que papel teve o seu planejamento mental para a

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A história do homem

é a história da linguagem

Aspectos biológicos do surgimento da linguagem

E

ntender a linguagem como uma prática social implica em entender o homem como um ser so-cial. Para entendermos o homem desta forma é preciso conhecer as grandes transformações que ele sofreu ao longo de sua existência.

A estação em pé, a liberação da mão e a configuração da face fizeram do hominídeo um ser diferente dos demais seres biológicos. Em primeiro lugar pelo desenvolvimento do próprio cérebro, que passa de 800cm3 nos primeiros hominídeos para aproximadamente 1 500cm3 no homem atual.

Estas transformações causaram grande impacto na vida humana à medida que, por estar em pé, ele muda seu centro de gravidade e, por consequência, sofre as influências de uma nova postura na prole, que começa a nascer prematura devido a esta nova posição. Esta condição obriga ao homem formar grupos fixos de convivência, ou grupos sociais, pois as grandes saídas levavam à morte dos descendentes imaturos. Ao fixar residência, o homem então precisa criar meios de sobrevivência.

Assim, segundo Pino (1993), “tais transformações estão na origem da atividade produtora do ho-mem. Esta atividade se manifesta, de forma particular, na produção de instrumentos – com os quais o homem transforma a natureza, imprimindo-lhe sua marca”. Desta forma começa a transformação do meio natural pelo homem, que cria condições para sua sobrevivência por modificar a condição natural das coisas.

Uma vez a mão liberada, ela assume papel multifuncional, pois com ela o homem transforma as coisas naturais em artificiais, dando a estas uma função instrumental ou mediadora da intervenção do homem sobre a natureza. Por outro lado, esta mesma mão criadora, ao associar-se ao instrumento cria a técnica e o gesto, formas de expressão da maneira pela qual o homem modificou o ambiente.

O mico tem mãos desajeitadas porque todos os seus dedos se movem de uma só vez. Os dedos das mãos de outros macacos movem-se melhor, mas somente o polegar do chimpan-zé e do homem é capaz de encostar nos outros dedos e segurar até mesmo uma bolinha. Observe o desenho:

mico chimpanzé macaco homem

Pela nova configuração da face, o reposicionamento da laringe, mais abaixo do que quando o homem apoiava as mãos no chão, permite o surgimento do som. Esta possibilidade associada ao que foi proporcionado pela mão faz com que técnica e movimento criem o gesto e a comunicação, fatores característicos da linguagem.

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A história do homem é a história da linguagem

A necessidade de manter-se em

grupo para sobreviver

Analisando estas características no âmbito de um grupo social, podemos perceber a emergência de um conjunto de modos de representação comum a este grupo. Afinal, quando um grupo usa os mesmos sistemas de representação e de simbolização, estão valendo-se de características de uma língua como ins-trumento de comunicação de um povo.

Assim, o homem passou a criar uma ação diferenciada dos demais seres. Uma ação ativa pois, segun do Pino, porque “está marcada pela atividade produtora que a transforma de acordo com os projetos elaborados em função de determinados objeti-vos”, e também uma ação dialética pois “ao transformar a natureza, o homem trans-forma-se desenvolvendo funções mentais e suas habilidades técnicas” (1993, p. 10).

Levando em conta que desde a criação destas habilidades e instrumentos culturais o homem vem produzindo cultura, percebemos que a história do homem é transmitida dentro da própria escola. Então, estudamos o homem desde a sua pré-história, e quando analisamos os instrumentos produzidos pelo mesmo vemos que quando ele vai transformando a natureza, vai elaborando instrumentos mais sofisticados e técnicas mais elaboradas para a sua produção.

História da linguagem – história do

homem no mundo

Tem-se como claro que a grande entrada do homem na história está vincu-lada a mais uma de suas invenções: a escrita. Depois dela, o homem pode ser es-tudado e analisado por suas obras simbólicas construídas e constituídas mediante aquilo que ele mesmo registrou. E nestes registros estão marcadas suas conquistas sobre o mundo dos homens e sobre a natureza.

Desta forma, nos dias de hoje, a criança nasce imersa neste tipo de mundo, um mundo cultural-histórico que foi produzido e mantido por meio das gerações e pelo incessante papel da criação humana. Se hoje podemos nos posicionar em uma sociedade da informação, a tecnologia (instrumentos) e a linguagem (mediação sígnica) contribuíram para que cada um se aproprie dela no momento do tempo pre-sente em que vive, sem deixar de entender pela própria linguagem, oral ou escrita, a história de sua vida, de seu povo e de outros povos.

Assim, a criança nasce com as marcas humanas da espécie, mas estas marcas não lhe dão a condição humana. Segundo Pino, esta advirá “como resultado da sua convivência em uma comunidade humana onde deverá se apropriar das caracte-rísticas, das habilidades e os saberes produzidos por ela”. Portanto ao apropriar-se, a criança desenvolve-se, torna-se humana, pois torna-se alguém capaz de tomar a posse das produções culturais e históricas pertinentes a sua vida, constrói pela ati-vidade sua condição humana.

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A história do homem é a história da linguagem

Percebemos então que a linguagem, enquanto instrumento de transmissão da cultura e dos saberes elaborados, transforma-se em instrumento de criação de um mundo de representação construído nas interações que a criança fará com sua realidade cultural.

1. Pense na frase: “Parece que a cada dia que passa as crianças estão aprendendo cada dia mais

cedo”. Explique o papel que a tecnologia pode causar no desenvolvimento da linguagem da criança atualmente.

2. Defina a palavra ecologia. Explique qual é a correlação entre ecologia, domínio da natureza e o

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Referências

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