JO
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SUÉ
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GON
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Casam
Casam
ent
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o
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Não V
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Caixa Postal 91- CEP 12.914-970 Bragança Paulista - SP
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Falar com o autor:
Josué Gonçalves (2009)
Família meu maior patrimônio 5 Auto ajuda /Josué Gonçalves
Editora Mensagem Para Todos, 2009 Editora Coordenação Editorial Capa Editoração Revisão Preparação Impressão e Acabamento
Mensagem Para Todos Rousemary Maia Yourdesign Joubert Raphaelian Marcia R. Bigon Douglas Maia Imprensa da Fé
Ao Deus Eterno,
em cujo coração o casamento existiu desde sempre, a Ele toda
honra, louvor e glória. À minha querida esposa Rousemary, sem a qual este
trabalho não faria sentido. Aos autores dos livros
que estão incluídos na Bibliografia deste singelo Manual, preparado para ministração dirigida aos casais.
Dos livros mencionados, selecionei alguns tópicos que
considerei mais importantes para que servissem como um
roteiro para as nossas palestras. Aos casais que não se conformam
com a mediocridade, e por isso perseguem uma vida de
“A esperança é um empréstimo que se pede à felicidade”
ÍNDICE
DEFININDO CASAMENTO 17
AS CINCO FASES DO CASAMENTO 21
EDIFICANDO O CASAMENTO SEGUNDO O QUE FOI PROJETADO POR DEUS 29 OS CINCO PILARES QUE
SUSTENTAM O CASAMENTO 39
COMO SAIR FORTALECIDO DA CRISE? 51 CRESCENDO EM INTIMIDADE PARA
AJUSTAR-SE SEXUALMENTE 59
“ Quando se ama, o coração é quem julga ”.
O AUTOR
Josué Gonçalves, terapeuta familiar e con-ferencista internacional. Desenvolve um ministério específico com famílias desde 1990, tendo ministrado no Brasil e em países como EUA, Canadá, Inglaterra, Itália, Alemanha, Portugal, Luxemburgo e Japão. Além de pastor da Assembléia de Deus, é fundador e presidente do Pro- jeto Família Debaixo da Graça, bem como
membro da CGADB (Convenção Geral das Assembléias de Deus) e da Aliança Evangé-lica Brasileira. Mora em Bragança Paulista, com a esposa, Rousemary, e os três filhos, Letícia, Douglas e Pedro.
“ Há pessoas que, da moral, só tem um pedaço. É um tecido do qual nunca farão
uma vestimenta ”.
PREFÁCIO
Casamento, um sonho que a maioria dos jo-vens deseja realizar. Certo dia, quando ministrava uma palestra em uma igreja, após a reunião uma jovem pediu para que eu colocasse a mão sobre a sua cabeça e fizesse uma “oração forte”. Antes de orar, perguntei: - Qual é a sua necessidade, em que área você precisa de um milagre? O que ela respondeu: - Preciso casar pastor...
Casar não é difícil, o desafio é construir um projeto de vida conjugal duradouro e feliz. Neste es-tudo convido você e seu cônjuge, para juntos refletir-mos sobre alguns dos segredos de um relacionamento conjugal bem sucedido.
O casamento pode ser uma prisão ou um lugar de liberdade, depende dos construtores. Deus não projetou o casamento para ser uma prisão, mas sim um relacionamento sadio, prazeroso e seguro.
Quando o casal vive com esta consciência, fica mais fácil administrar as diferenças e desfrutar das bênçãos que o Senhor nos proporciona através do casamento.
“Podemos convencer os outros com as nossas razões, mas só os persuadimos com as razões
deles”
Participe da campanha: “FAMÍLIA: MEU MAIOR PATRIMÔNIO!” Peça os materiais promocionais da campanha através do site:
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ou pelo tel. (11) 4035-7575.
Pr. Josué Gonçalves Dezembro/2009
“
A palavra empolga, o exemplo ensina ”.CASAMENTO
NÃO VEM PRONTO,
SE CONSTRÓI
16 FAMÍLIA: MEU MAIOR PATRIMÔNIO!
“Chamemos pois de gênio as pessoas que fazem depressa o que nós fazemos
devagar”.
“O medo depende da imaginação; a covardia, do caráter”
I) DEFININDO CASAMENTO
1. “Casamento é uma sociedade com autenticação divina” (Gn 2.24).
Depois que uma pessoa se casa, ela deve prestar contas de tudo aquilo que en- volve o sócio. Quem não gosta de prestar
con-tas, não deve se casar.
2. “Casamento é um contrato social entre duas pessoas dispostas a servir” (Lc 10.25-37).
Quem não serve, não serve para casar. Quem não serve, não serve para ser marido e nem esposa. A felicidade de um casal depende do quanto os dois estão dispostos a servir um ao outro.
3. “Casamento é a construção de uma nova cultura, a partir de duas já exis-tentes”.
Todos nós, ao nos casarmos, trouxe– mos da família de origem uma bagagem cul-tural; algumas coisas devem ser mantidas, ou– tras devem ser tiradas da bagagem porque não servem dentro da nova família que começa.
20 FAMÍLIA: MEU MAIOR PATRIMÔNIO!
4. “Casamento é um pacto sagrado, social, público e monogâmico” (Gn. 2:24) . Sagrado, pois Deus foi a testemunha principal; social, porque tem uma função de responsabilidade perante a sociedade; público, porque é um compromisso assumido diante de pessoas. E tudo aquilo que fazemos pu– blicamente, tem um peso de responsabilidade maior; monogâmico, porque esse é o ideal de Deus para o homem.
5. “Casamento é uma construção”
“O sucesso desta construção depende de muita dedicação, paciência, tempo e tra– balho”.
AS CINCO FASES DO
CASAMENTO
22 FAMÍLIA: MEU MAIOR PATRIMÔNIO!
“O objetivo não está apenas colocado
para ser atingido, mas também para servir de ponto de mira”
II) AS CINCO FASES DO CASAME
II) AS CINCO FASES DO CASAMENTNTO.O.
Assim como a nossa vida tem suas
Assim como a nossa vida tem suas
fases, infância,
fases, infância, pré-adolescêncpré-adolescência, ia, adolescênciaadolescência,,
adolescência final e fase adulta, o casamento
adolescência final e fase adulta, o casamento
não é diferente. Conhecer as fases do
não é diferente. Conhecer as fases do
casa-mento pode nos ajudar na solução de alguns
mento pode nos ajudar na solução de alguns
pontos de conflitos e trazer respostas
pontos de conflitos e trazer respostas
escla-recendo muitas dúvidas. Segundo o escritor
recendo muitas dúvidas. Segundo o escritor
Maggie Scarf, existem basicamente cinco fases
Maggie Scarf, existem basicamente cinco fases
no casamento:
no casamento:
Primeira: Fase do encantamento, quando
Primeira: Fase do encantamento, quando
está enamorado do outro.
está enamorado do outro.
Ocorre quando o casal se sente
Ocorre quando o casal se sente
plena-mente realizado e absolutaplena-mente preenchido
mente realizado e absolutamente preenchido
pelo outro. Nesta fase o amor é cego. Há uma
pelo outro. Nesta fase o amor é cego. Há uma
nutrição constante do vínculo. A sensação é
nutrição constante do vínculo. A sensação é
de completude e totalidade. Nesta fase,
de completude e totalidade. Nesta fase,
ne-nhum dos dois enxergam o “real”, mas sim
nhum dos dois enxergam o “real”, mas sim
aquilo que foi idealizado, sonhado,
aquilo que foi idealizado, sonhado,
desenha-do no tempo de namoro e noivadesenha-do. Ela o vê
do no tempo de namoro e noivado. Ela o vê
como um “príncipe azul”, ele a vê como uma
como um “príncipe azul”, ele a vê como uma
“princesa encantadora”. Costumo dizer que
“princesa encantadora”. Costumo dizer que
nesta fase, até o
nesta fase, até o ronco dele soa como sinfonia;ronco dele soa como sinfonia;
ela, mesmo despenteada quando acorda é
ela, mesmo despenteada quando acorda é
lin-da e maravilhosa. É um tempo em que tudo é
24
24 FFAMAMÍLÍLIAIA: M: MEU EU MAMAIOIOR PR PAATRTRIMIMÔNÔNIOIO!!
motivo para poesia. Quanto tempo dura esta
motivo para poesia. Quanto tempo dura esta
fase? Não sabemos, só podemos afirmar que
fase? Não sabemos, só podemos afirmar que
ela passa.
ela passa.
Segunda: Fase do desencantamento, de–
Segunda: Fase do desencantamento, de–
sidealização.
sidealização.
É a fase da
É a fase da confrontação das expectati-confrontação das
expectati- vas irreais do casamento, quando começamos
vas irreais do casamento, quando começamos
a ver as
a ver as diferendiferenças entre as imagens que ças entre as imagens que cons–cons–
truímos do outro e os seus lados sombrios no
truímos do outro e os seus lados sombrios no
cotidiano. Na fase da conquista, da sedução,
cotidiano. Na fase da conquista, da sedução,
a gente só mostra o lado ensolarado de nossa
a gente só mostra o lado ensolarado de nossa
personalidade. As sombras, as fraquezas, as
personalidade. As sombras, as fraquezas, as
feridas emocionais, os medos ficam
feridas emocionais, os medos ficam
escondi-dos. Mas sempre chega o momento em que as
dos. Mas sempre chega o momento em que as
coisas que estavam debaixo do tapete
coisas que estavam debaixo do tapete
apare-cem à luz do dia. É nesta fase que muitas
cem à luz do dia. É nesta fase que muitas
pes-soas se desesperam na tentativa de mudar o
soas se desesperam na tentativa de mudar o
outro, a fim de que
outro, a fim de que ele corresponda à imagemele corresponda à imagem
idealizada. Você não aceita como ele é. Neste
idealizada. Você não aceita como ele é. Neste
momento as pessoas são capazes de qualquer
momento as pessoas são capazes de qualquer
coisa: sufocam, oprimem, chantageiam,
coisa: sufocam, oprimem, chantageiam,
ame-açam, castigam-se mutuamente. Quando o
açam, castigam-se mutuamente. Quando o
casal é maduro e está aberto para aprender,
casal é maduro e está aberto para aprender,
logo percebe que o casamento é a união de
logo percebe que o casamento é a união de
dois seres humanos limitados e imperfeitos
dois seres humanos limitados e imperfeitos
que podem crescer e se desenvolver com esta
experiên
experiência conjugal. Isso faz toda a cia conjugal. Isso faz toda a diferença.diferença.
Terceira: Fase do “crescei e
Terceira: Fase do “crescei e
multiplicai- vos”, quando a mulher se dedica aos filhos
vos”, quando a mulher se dedica aos filhos
pequenos e o homem está se afirmando
pequenos e o homem está se afirmando
profissionalmente, consolidando sua
profissionalmente, consolidando sua
car-reira.
reira.
É a fase onde há o perigo de perder
É a fase onde há o perigo de perder
o parceiro de vista dentro do casamento. O
o parceiro de vista dentro do casamento. O
homem mergulha no trabalho e a mulher é
homem mergulha no trabalho e a mulher é
engolida pelo cuidado com a casa e as
engolida pelo cuidado com a casa e as
crian-ças e, muitas vezes, também com sua própria
ças e, muitas vezes, também com sua própria
definição profissiona
definição profissional. Essa l. Essa tensão drena todastensão drena todas
as energias do casal. É uma
as energias do casal. É uma época onde os doisépoca onde os dois
engavetam frustrações, mágoas e raivas do
engavetam frustrações, mágoas e raivas do
passado. Se o casal nesta fase, não buscar em
passado. Se o casal nesta fase, não buscar em
Deus saída, com certeza o fim será o
Deus saída, com certeza o fim será o aprofun-
aprofun-damento de emoções negativas que já
damento de emoções negativas que já estavamestavam
emergindo no fim da fase de encantamento.
emergindo no fim da fase de encantamento.
Sendo assim, o relacioname
Sendo assim, o relacionamento pode estanto pode estagnargnar,,
encalhar e virar uma prisão insuportável. Os
encalhar e virar uma prisão insuportável. Os
momentos de desencantamento são muito
momentos de desencantamento são muito
dolorosos porque envolvem doses inevitáveis
dolorosos porque envolvem doses inevitáveis
de frigidez emocional. Essa é a hora de
de frigidez emocional. Essa é a hora de buscarbuscar
ajuda externa.
ajuda externa.
Qu
Quarartata: : FFase do questase do questionamento e rionamento e redefiniçõesedefinições..
É a fase onde os parceiros questionam
26
26 FFAMAMÍLÍLIAIA: M: MEU EU MAMAIOIOR PR PAATRTRIMIMÔNÔNIOIO!!
o vínculo, fazem um balanço da
o vínculo, fazem um balanço da ligaçãoligação. Aqui. Aqui
está a grande oportunidade de o
está a grande oportunidade de o casal se liber–casal se liber–
tar dos ressentimentos e frustrações em
tar dos ressentimentos e frustrações em
rela-ção ao cônjuge. Para alcançar essas mudanças
ção ao cônjuge. Para alcançar essas mudanças
implica enfrentar um processo trabalhoso que
implica enfrentar um processo trabalhoso que
pode, em compensação, dar lugar a vitória
pode, em compensação, dar lugar a vitória
de Deus na relação, ternura, cuidado com o
de Deus na relação, ternura, cuidado com o
outro e à identificação. Quando não há
outro e à identificação. Quando não há
es-forço e interesse em mudar a situação, o
forço e interesse em mudar a situação, o
re-sultado final é o divórcio emocional ou a
sultado final é o divórcio emocional ou a con-
con- vivência amarga em
vivência amarga em um casamento morto.um casamento morto.
Quinta: Fase de reintegração quando os
Quinta: Fase de reintegração quando os
filhos já estão adultos e o casal pode se
filhos já estão adultos e o casal pode se
re-descobrir e se reaproximar.
descobrir e se reaproximar.
Quando os dois, marido e mulher,
Quando os dois, marido e mulher,
conscientes do que significa “casamento”,
conscientes do que significa “casamento”,
conseguem superar as fases difíceis e seguir
conseguem superar as fases difíceis e seguir
juntos, pode-se chegar a um momento de
juntos, pode-se chegar a um momento de
in-tegração.
tegração. Podemos dizer que os dois atingi-Podemos dizer que os dois
atingi-ram o equilíbrio entre a individualidade e
ram o equilíbrio entre a individualidade e
a intimidade.
a intimidade. Não existe mais disputa sobreNão existe mais disputa sobre
o quanto é meu, quanto é seu e quanto é
o quanto é meu, quanto é seu e quanto é nos-
nos-so, o que
so, o que há é companheirismo, compromissohá é companheirismo, compromisso
de amizade e comunhão.
de amizade e comunhão.
É claro que as fase não são rígidas,
É claro que as fase não são rígidas,
com tempos definidos e sequência
com tempos definidos e sequência
predeter-minada, com uma, necessariamente seguindo
a outra. Mas são momentos que todos os relacionamentos atravessam, com maior ou menor intensidade. Eu chamaria essa fase de estações, primavera, verão, outono e inverno. Vamos ver como o casal pode superar todas
estas fases construindo um lindo projeto de vida a prova de tempestades e vendavais.
28 FAMÍLIA: MEU MAIOR PATRIMÔNIO!
“Tudo se aprende, até a virtude”
EDIFICANDO O CASAMENTO
SEGUNDO O QUE FOI
30 FAMÍLIA: MEU MAIOR PATRIMÔNIO!
“Só pela compaixão se pode ser bom”
III) EDIFICANDO O CASAMENTO SEGUNDO O QUE FOI PROJETADO POR DEUS.
“Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, asseme– lhá-lo-ei ao homem prudente, que edi- ficou a sua casa sobre a rocha; E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre,
compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia; E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda” . (Mt. 7:24-27)
Toda construção sem projeto é perigoso, inseguro e não tem garantia. Casamento é projeto de Deus, quando se constrói segundo o que Ele planejou, o re-sultado final é alegria, segurança e bênção.
32 FAMÍLIA: MEU MAIOR PATRIMÔNIO!
1. CONSTRUÍNDO PARA NÃO CAIR. (1)TODOS podem construir bem o seu projeto.
“Todo aquele...” Cada pessoa é res– ponsável pela sua construção. O vizinho não pode se responsabilizar por aquilo que você construiu ou está construindo.
Nin-guém melhor do que o projetista para dizer como deve ser a construção. Casamento é PROJETO de Deus, Ele pode ensinar como devemos construir uma relação cheia de vida e alegria.
(2) Princípios que determinam o sucesso da construção do nosso projeto de vida (Mt 5,6,7).
Tudo o que o homem precisa saber sobre relacionamento vertical e horizontal, está no conteúdo do Sermão da Montanha ensinado por Jesus.
(3) O primeiro passo é OUVIR .
O segredo do sucesso de qualquer relacionamento está na capacidade em ou- vir.
Palavra, até sua oração não faz sentido para Deus, (Pv. 28:9).
2- Jesus não violenta a mente, o co-ração das pessoas; é necessário ouvir e responder “eu quero, pode entrar” (Ap. 3:20).
3- Ouvir é imprescindível, porque é ou- vindo que a fé é gerada no coração, e
não há projeto de construção que seja segura sem aquilo que é imprescindível, que é a FÉ (Rm. 10:18).
4- É impossível aprender sem que haja humildade para ouvir. Jesus disse: “aprendei de mim...” (Mt. 11:29). Guarde estas palavras APRENDER – MANSO – HUMILDE – DESCANSO – ALMA.
(4) O segundo passo é PRATICAR o que ouviu.
No texto de Mt. 7:24-27 se per-cebe que a grande diferença entre uma construção e a outra está no PRATICAR . Os dois construtores ouvem, mas só o que pratica é que usa O MELHOR MATERI- AL na base.
1- Praticar implica em submeter-se ao Senhor do projeto (Mt. 6:9,10,24). “...
34 FAMÍLIA: MEU MAIOR PATRIMÔNIO!
faça-se a tua vontade...”
2- Praticar exige fazer tudo conforme o que foi projetado.
2. JESUS OFERECE O MELHOR MA-TERIAL PARA A CONSTRUÇÃO DO NOSSO PROJETO DE VIDA CONJU-GAL E FAMILIAR.
(1) HUMILDADE (Mt. 5:3).
A pedra principal do alicerce. Por que Jesus começou o Sermão com “humil-dade”? Porque humildade é a raiz que ali-menta todas as outras virtudes. O humilde é desprendido de tudo e aberto para apren– der sempre. Não se considera o dono de toda a verdade final. O melhor termômetro para medir a humildade no coração de uma pessoa, é saber se ela tem prazer em ouvir e servir, mesmo quem não merece ser ser- vido. (Jo 13)
(2) SENSIBILIDADE (Mt. 5:5).
O piso. É a capacidade de chorar, de sentir e de se emocionar. Em qualquer área da vida, os caminhos se acabam, quan-do acaba o poder quan-do choro e quan-do
arrependi-mento. Quem perdeu o poder do choro e do arrependimento perdeu a oportunidade de ter novos caminhos para andar com se-gurança. O sentimento mais criativo é o ar-rependimento. O choro do arrependimento sincero leva a reconstrução daquilo que foi destruído.
(3) DISCIPLINA, MANSIDÃO (Mt. 5:5).
Cinta de amarração. Auto-con-trole, disciplina. Ninguém tem a possi-bilidade de construir algo duradouro com o coração absolutamente indisciplinado. Mansidão no NT, vem da idéia de amansar uma fera. Mansidão é ter as rédeas do cora-ção nas mãos.
(4) JUSTIÇA (Mt. 5:6).
Coluna. A justiça é como a água para a nossa vida, quando estamos com sede. Essencialidade.
1- A justiça faz do humilde um ser com espírito nobre, ao invés de um fraco.
2- A justiça faz do quebrantado um ser digno.
36 FAMÍLIA: MEU MAIOR PATRIMÔNIO!
3- A justiça faz do manso um ser de co– ragem.
É a justiça que empresta a essas es-truturas, aparentemente fracas, um senti-mento de nobreza, de grandeza e de dig-nidade. Em qualquer área da nossa vida, a justiça tem que estar presente.
(5) SOLIDARIEDADE (Mt. 5:7).
Tijolos. É impossível viver bem em família sem uma atitude de solidariedade e misericórdia. É com misericórdia que se lida todos os dias com as ambiquidades e as incoerências do outro. O que fazer com um filho que não vai bem na escola? O que fa– zer com a filha que errou, mas quer melhorar? Com o cônjuge que está com dificuldade de ser o que Deus quer que ele seja?
(6) TRANSPARÊNCIA (Mt. 5:8).
Cobertura. Coração limpo, uma consciência limpa que pode nos dar a visão de Deus em família.
Cimento-cola . É aquilo que man-tém as coisas juntas. É a atitude do pacifica-dor que nos dá a garantia de que o que está sendo construído não vai cair. Nossa voca-ção tem que ser a de alguém que trabalha para ligar corações, promovendo a reconciliação e a paz.
(8) RESISTÊNCIA JUBILOSA (Mt. 5:10-12).
Portas e janelas. Jesus sabia que haveria perseguição por causa da justiça, por essa razão ele diz: Eu quero que apesar de toda tempestade em volta, toda perseguição, construa algo que tenha janela aberta para o céu. Feliz é aquele que consegue apesar de tudo, deixar as janelas e portas abertas. É capaz da alegria, da exultação, de olhar para as coisas maiores do que a perda ime-diata; ver o galardão e continuar almejando. Nivelar tudo por cima.
38 FAMÍLIA: MEU MAIOR PATRIMÔNIO!
“A imaginação é a visão da alma”
OS CINCO PILARES QUE
“O luxo corrompe, ou os hábitos ou o gosto”
IV) OS CINCO PILARES QUE SUSTEN-TAM O CASAMENTO.
1. FIDELIDADE – (Ct. 4:12; 8:10; 1 Co. 7:2-5)
“Jardim fechado... Eu sou um muro, e os meus seios como as suas torres; sendo eu assim, fui tida por digna da confiança do meu amado” (Gn. 2:24,25). Quem ama não trai. Com certeza não existe maior traição da confiança do que a infidelidade conjugal. POR QUE PESSOAS TRAEM? Segundo o terapeuta norte-americano Alert Ellis, existem causas neuróticas e as causas não neuróticas do adultério.
(1) Causas não-neuróticas:
1- Insatisfação sexual no casamento que pode levar a busca de compensação. A perda de atração pelo companheiro(a).
2- O desejo sexual vai ficando reprimi– do e as fantasias vão se multiplicando até levar ao adultério.
3- A excessiva absorção no trabalho pode produzir no outro uma sensação
42 FAMÍLIA: MEU MAIOR PATRIMÔNIO!
4- O tédio, que vem da repetição, da ro-tina e que gera indiferença sexual e emo-cional. Extensos períodos de ausência.
5- A pressão do estar longe de casa du-rante longos períodos de tempo pode ser esmagadora. Doenças físicas de vários ti-pos. Gestações sucessivas.
(2) Causas neuróticas:
1- Os “mimados” – são aqueles que a– creditam que precisam de tudo o que desejam. Encaram caprichos temporári-os com necessidades básicas. Os castemporári-os nunca correspondem suas expectativas, que são, aliás, irreais (ex: a síndrome do fim de semana perfeito, do sexo perfei-to).
2- Os “narcisistas”- eles se consideram irresistíveis, têm uma necessidade cons– tante de reconhecimento e admiração, uma enorme preocupação consigo mes-mos e uma total incapacidade de cor– responder. Adultério para eles é uma experiência de auto – engrandecimento.
3- Os “fujões” – são aquelas pessoas que estão fugindo não apenas de si mesmas, mas da própria vida.
4- Os “imaturos” – são os que através da infidelidade procuram afirmar, provar eter-namente sua masculinidade ou femi-nilidade. A vida se transforna num teste contínuo de sedução. A mola propulsora desse comportamento é a ansiedade.
5- Os “inseguros” – são pessoas que se autodesvalorizam, não se respeitam e não têm auto-estima. Usam o adultério como fuga.
6- Os “vazios” – são os que sofrem de um grande vazio existencial e se recusam a dar um sentido para a própria vida. Es-tes vão tendo relacionamentos promís-cuos para encobrir a falta de nexo den-tro de si mesmos.
7- Os “vingativos”- São os que traem tendo como motivação um sentimento de vingança.
A fidelidade conjugal dá segurança ao casamento e garante a bênção de Deus na vida do casal. Veja o a Palavra de Deus diz: “Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros”.
mani-44 FAMÍLIA: MEU MAIOR PATRIMÔNIO!
festação da necessiade de cura, libertação interior.
2. AMIZADE – (Ct. 4:9,10,12; 5:1).
“Minha irmã...”
Amizade na perspectiva do trata-mento. O relacionamento de casal só é sa-dio e equilibrado, quando os dois, marido e mulher, conseguem ser mais do que par-ceiros de cama, são amigos. Não basta ser fiel, é preciso ser amigo. Quando a mu– lher não consegue por alguns motivos, ver o marido como seu “melhor amigo”, abre-se uma brecha e o casamento fica fragilizado. Muitos adultérios já aconteceram, porque o cônjuge encontrou fora de casa, alguém que deu mais atenção, ouviu com mais inte– resse, mostrou ser mais sensível, tratou com mais respeito, foi mais amigo. É perigoso quando não há entre o casal amizade na perspectiva do tratamento. Por que muitos
casamentos se transformam em prisão? Por que derrepente os cônjuges se sentem es-cravizados, presos, subjugados? Quando é que isso acontece?
posse do outro. “Não consigo viver sem você”. Dependência doentia. No casamento onde os dois são “amigos”, um ajuda o outro a crescer.
(2) Quando há rejeição da própria individualidade. “Para viver juntos, os dois se anulam, renunciam tudo o que gostam, mas com ressentimentos”.
Na relação de amizade conjugal, cada um mantém sua identidade e, ao mesmo tempo, cria condições para que o outro se desenvolva.
(3) Quando a grande preocupação é manter sempre a frente unida. “Viver sempre mantendo as aparências. O casal não discute suas diferenças”. Marido e mulher que são amigos são capazes de dis-cutirem as diferenças, repensá-las e quan-do necessário negociam e estão abertos para fazer novas alianças, acordos e trocas .
(4) Quando o casal vive sempre com o conceito ideal de marido e mulher, cada um na sua. “Cada um faz o seu papel sem se preocupar em se ajudar mutuamente”. No relacionamento onde
46 FAMÍLIA: MEU MAIOR PATRIMÔNIO!
os dois são amigos, marido e mulher não são atores representando um papel, mas sim companheiros capazes de se ajudarem mutuamente.
(5) Quando a felicidade absoluta é por coersão e não por livre escolha .
Onde há amizade conjugal, a fidelidade é uma opção consciente.
(6) Quando há um exclusivismo total
– “Unidade doentia”. É a idéia de que ficando dia e noite juntos, preserva o casamento. É o cônjuge que diz: eu só vou se você for. Isso acaba sufocando o
outro. Na relação onde os dois são com- panheiros e amigos, a liberdade indivi–com-
dual e crescimento mútuo substituem a escravidão recíproca.
A pergunta que fica é essa: “Estou construindo uma prisão ou um lugar livre, onde há respeito, direitos e responsabili-dades e os dois são livres para crescer jun-tos?”
3. SANTIDADE – (Ct. 2:14; 5:2; 6:9) “Pomba... imaculada...”
Fidelidade e amizade têm que de-sembocar em santidade. Na relação de casal, onde reina o Senhor, é impossível não haver santificação. Quando Paulo escreve a carta aos Efésios, convocando-nos a olhar para Cristo e a igreja, como modelo de um rela-cionamento ideal, ele inclue “santidade”. “Para a santificar, purificando-a com a lava-gem da água, pela palavra. Para a apresen-tar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas san-ta e irrepreensível. Assim devem os mari-dos...” (Ef. 5:26,27). Na sua teologia sobre casamento, Paulo entendia que o marido é o sacerdote que deve levar a esposa a viver uma vida de santidade através da Palavra. Feliz é a esposa que tem um marido, que se preocupa com sua vida de comunhão com Deus. A Palavra é essencial neste processo de santificação do casal. (Jo. 15:3) Se muitos maridos se preocuparem com a vida espiri-tual da esposa, como se preocupam com sua beleza estética, com certeza teríamos casais melhores. É interessante que em alguns ca-sos, é a mulher quem cuida da santificação
48 FAMÍLIA: MEU MAIOR PATRIMÔNIO!
e espiritualidade do marido, quando deve-ria ser ao contrário. O homem é o sacerdote do lar, estou me referindo aos casais onde os dois são convertidos.
4. APRECIAÇÃO (Ct. 4:1; 5:10; 6:3;)
Não basta desejar o outro, é preciso apreciar, honrar e reconhecer. O amor faz o comum ficar extraordinário. O casamento floresce quando existe apreciação mútua, quando os dois se admiram e não tem medo de fazê-lo publicamente, à semelhança do marido de Provérios 31:29 que diz: “Muitas filhas têm procedido virtuosamente, mas tu és, de todas, a mais excelente!”. Apreciar o cônjuge é investir na sua auto estima. Pala- vras de afirmação tem este poder de fazer o outro crescer na sua auto-imagem e estima. Se muitos elogiassem mais e criticassem menos, com certeza a qualidade do relacio-mento seria melhor.
5. SUBMISSÃO DEVOCIONAL
– (Ct. 1:4) “Leva-me após ti...”
sacrificialmente a esposa, como Cristo amou e ama a igreja, ou a esposa subme-ter-se ao marido como a igreja se submete a Cristo? Quando a mulher compreende o que significa submissão à luz da Bíblia, ela não tem dificuldade em exercer sua missão como auxiliadora. Por outro lado, mui-tas não fazem o seu papel como deveriam, porque os maridos erram na sua maneira de agir e se comportar, o que desmotiva, bloqueia e inibe estas mulheres. Quando o homem busca ser para esposa o que Cristo é para a igreja, ela é inspirada e motivada a exercer sua missão de apoio ao lado deste com alegria (Ef. 5: 22-29). Esta submissão devocional não escraviza, não anula a mulher na sua individualidade, não a faz sentir-se diminuída; pelo contrário, a realiza como esposa.
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“Seria bom dizer as verdades se as disséssemos em conjunto”
COMO SAIR FORTALECIDO
DA CRISE?
52 FAMÍLIA: MEU MAIOR PATRIMÔNIO!
“Ensinar é aprender duas vezes”
V) COMO SAIR FORTALECIDO DA CRISE?
“E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa,....”
Em nenhum momento Jesus disse que o fato de estarmos edificando sobre fun-damento sólido, com material de primeira e de acordo com o projeto original, não teríamos problemas. Ele disse que o vento iria soprar, a chuva iria cair torrencialmente e haveria combate contra a casa. Jesus não prometeu te livrar dos problemas, mas sim no problema. Deus não livrou Daniel da cova, mas o livrou na cova. Problemas exis– tem, mas podem ser superados.
“Seu casamento é fortalecido à medida que os dois aprendem a transformar tragédias em
triunfos e tornam-se vencedores em vez de vítimas”.
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O que pode desencadear uma crise no relacionamento de casal
Uma gravidez não planejada; A morte de um filho; O desemprego do marido (dese-quilíbrio financeiro); Impotência sexual ou frigidez da mulher; O nascimento do primei-ro filho; A necessidade de acolher os pais em casa; Doenças; Um acidente que colocou um dos cônjuges em uma cadeira de roda; Um fi– lho que assume um comportamento homoxes-sual; Um filho que se envolve em drogas; Uma filha que engravida do namorado e o mesmo
não assume a criança; Uma mudança de casa e de cidade contra a vontade de um dos côn- juges; Um filho com problema mental; A
ne-cessidade de acolher um irmão; etc.
1. Saiba que o casamento é o único “jogo” em que os dois podem “ganhar”. Em artigo para a revista Seleções o psiquiatra Pittman disse: “Não há como ganhar contra seu cônjuge. Ou vocês dois ganham, ou os dois perdem”.
2. Não use o cônjuge como bode espiatório. Enfatize os sentimentos positivos de uma para com o outro e
não dê muita atenção aos sentimentos negativos. Focalize as qualidades do(a) campanheiro(a).
3. Mantenha os canais de comunica-ção aberto. É nestes momentos de tur-bulência que o casal precisa conversar muito, dialogar e “discutir construtiva-mente”.
4. Evite a todo custo que o “ passado” seja o combustível que alimenta e tor-na a crise mais intensa e prolongada . Podemos até lembrar o passado para re-capitular as lições aprendidas, mas é ne-cessário tirar o foco do passado e colocá-lo no futuro. (Fl. 3:13)
5. Mantenha-se aberto para receber ajuda e aprender com outras pessoas.
Sempre haverá pessoas com mais ex-periência que poderão ajudar, pode ser um membro da família, um irmão, um amigo ou alguém da liderança da igreja que trabalha na área de aconselhamento.
6. Lute contra a tempestade motivado por aquilo que gera esperança . Os
chi-56 FAMÍLIA: MEU MAIOR PATRIMÔNIO!
neses talvez tenham sido os primeiros a reconhecer a natureza dupla da crise. Sua palavra para crise é escrita com dois ca– racteres, um que significa perigo e outro que significa oportunidade. A crise é, de fato, mais do que apenas um problema – é um momento decisivo, uma cataliza-dora de forças para quebrar velhos pa-drões, evocar novas reações e determinar novas direções e novos inícios. Reflita nas palavras deste verso: “Dois espiam pela grade; Um vê a lama, e o outro es-trelas de verdade” (Rm. 5:3-5).
7. Seja sensível para perceber a pre-sença de Deus. Este é um recurso es-piritual muito poderoso. Concordo quando alguém diz que, sua razão para esperança e sua fé em Deus lhe dá um senso de propósito e força. A percepção da presença de Deus o faz mais paciente, perdoador, o leva a vencer mais depres-sa a raiva, a ser mais positivo e a apoiar mais um ao outro.
8. Lute consciente de que as promes-sas de Deus não morrem. Morrem os profetas, mas Deus é fiel no que prome–
teu. Quem tem promessas, tem razões para ter esperança (Hb. 13:5; 6:18,19; Sl. 46:1; Sl. 23).
9. Faça uma leitura positiva da crise.
Paulo nos ensina sobre isso em Rm 5:3-4 quando diz: a) nos gloriamos nas tribu-lações; b) a tribulação produz a paciência; c) paciência a experiência; d) experiência a esperança.
10. Faça da crise uma oportunidade para o Espírito Santo desenvolver em você o seu fruto (Gl. 5:22). A crise pode
adubar o terreno do nosso coração para a produção do fruto do Espírito.
11. Administre o problema com in-teligência emocional. Deixe a razão ir na frente da emoção. Nunca se esqueça que os mansos herdarão a terra (Mt. 5:5).
12. Olhe para o casamento e suas dificuldades, como ferramenta de Deus para libertar você de você mesmo. Uma das maiores vitórias de Deus em nossas vidas, é quando Deus nos liberta de nós
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mesmos. O maior problema do homem é o próprio homem.
13. É na crise que se mede a profun-didade de caráter. Os problemas, as tensões, as crises têm este papel: revelar quem verdadeiramente somos.
14. É na crise que mostramos ao diabo, que a gente serve a Deus pelo que Ele É e não por aquilo que Ele nos dá. (Ex. Jó) Ao perder tudo, Jó disse: receberemos o bem de Deus, e não receberíamos o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios (Jó 2:10).
Ernest Hemingway escreveu: “A vida nos quebra a todos e depois muitos
ficam mais fortes nos lugares quebrados”. Enquanto muitos casamentos fracassaram depois de uma crise, os cônjuges que so-breviveram a catástrofes dizem frequente– mente, ao olhar para trás: - Saímos mais fortes agora.
CRESCENDO EM
INTIMI-DADE PARA AJUSTAR-SE
60 FAMÍLIA: MEU MAIOR PATRIMÔNIO!
“As vezes temos mais necessidade de modelos do que de críticas”
VI) CRESCENDO EM INTIMIDADE PARA AJUSTAR-SE SEXUALMENTE
(Gn. 2: 24)
É possível duas pessoas almoçarem, jantarem e dormirem juntas e não serem
íntimas? Por que muitos casais não crescem em intimidade? Muitos casais ainda não sabem o significado de “os dois serão uma só carne”. A vida a dois, é uma caminhada num processo gradual, contínuo e cres-cente. Intimidade é um processo gradual. É necessário falar de intimidade antes de fa-lar de sexo. Muitos casais estão praticando o ato conjugal-sexo, sem intimidade. Bar-bara Russel Chesser no livro (O mito do casamento perfeito) escreveu: “Quando os cônjuges são capazes de buscar o outro e ex-pressar-se com eficácia nas áreas não sexuais do casamento, que são menos carregadas de emoção, essas aptidões fluem para dentro da área mais sútil, mais emocionalmente explosiva da comunicação sexual”.
1. Um bom casamento produz rela-cionamento sexual com qualidade e não ao contrário. Antes de o marido aprender a abrir a porta do quarto para a esposa, precisa
62 FAMÍLIA: MEU MAIOR PATRIMÔNIO!
abrir a porta do restaurante, puxar a cadeira e servi-la na mesa. Um bom casamento não começa e nem termina no quarto.
2. Por que muitos casais não cres-cem em intimidade, e nem se ajustam sexualmente?
(1) A influência negativa da mídia. As pessoas são bombardeadas com men-sagens que as levam a pensar que são doutoras no assunto e não precisam aprender, crescer e melhorar. Quando o casal não admite que têm falhas, os dois acabam sempre fingindo que são bons amantes.
(2) O conceito errado sobre sexo. Primeiro conceito errado – associar sexo com pecado. (Hb. 13:4) Segundo concei-to errado – é ver a prática do ato sexual como um mal necessário (Gn. 1:27,31).
3. Removendo os obstáculos da fe-licidade sexual.
(1) Muita crítica e ausência de aprecia-ção, elogio. Crítica excessiva bloqueia o
processo de crescimento da intimidade. O elogio faz florescer a intimidade entre o casal (Pv. 31).
(2) Acúmulo de ressentimentos. O té-dio conjugal é quase sempre a máscara que esconde um mundo de ira e de res-sentimentos que jamais foram expres-sos abertamente, porque as pessoas não andam na luz. Só os que andam na luz são capazes de dizer as coisas como elas são. “Muitas vezes uma discusão é melhor do que o silêncio e a indiferença”. O caminho para a cura dos ressentimentos é o perdão.
(3) Falta de comunicação. Não há in-timidade sem comunicação, e sexo sem intimidade é um relacionamento mera-mente superficial. “A intimidade acon-tece quando as diferenças são trabalha-das”.
(4) Desconfiança mútua. Ciúmes é si-nal de complexo de inferioridade e auto-imagem deficiente. Quando a pessoa não é capaz de confiar em ninguém, principalmente no cônjuge, é porque
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não possui autoconfiança e isso bloqueia a intimidade sexual.
(5) Insegurança quanto à aparência física . Quando se tem um conceito ne– gativo do corpo, por causa dos padrões que se estabelecem na sociedade onde os valores estão invertidos. A autorejeição
é um dos males mais comuns de nos-sos dias. Os homens se preocupam com o tamanho do seu pênis e as mulheres com o tamanho dos seios. Algumas pes-soas se concentram durante o ato sexual nas próprias imperfeições físicas, e por isso perdem o prazer. A cura para a inse-gurança quanto à aparência física, pode estar no casal aprender a apreciar mais um ao outro fisicamente (Ct. 7:1-10).
(6) Ser expectador durante o ato sexu-al. Quando a pessoa tenta observar o seu próprio comportamento de uma forma ansiosa, por um bom desempenho. A preocupação com o desempenho pode roubar da pessoa a oportunidade de atingir a plenitude do orgasmo.
Desvalorizar o sexo é não ter consciência do plano de Deus nesta área na vida do homem (Pv. 5:18; Ec. 9:9).
(8) O sexo mecânico. Um problema chamado rotina, é a pessoa que pratica o sexo da mesma forma como escova o dente e vai ao correio. Sexo rotineiro, sem criatividade, sem ternura, sem sen-sualidade. Quando o sexo acontece sem nenhuma intimidade, leva o casal a sen-tir-se roubado e lesado, porque é tudo muito mecânico.
(9) Falta de sensibilidade. A intimi-dade cresce, quando mostramos sen-sibilidade para com as necessidades do outro. Ser sensível no amor, ser sen-sível às formas de amar, ser sensen-sível aos toques físicos. Todo homem deve se lembrar que a mulher cresce no prazer sexual pelo toque, muito mais do que o homem que é pelo visual. Lembre-se que o marido aumenta a sensualidade da esposa quando presta atenção à geografia e às técnicas do ato sexual. Homem e mu– lher precisam se descobrir sexualmente. O contato físico não deve ser um serviço,
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mas uma troca de emoções íntimas entre duas pessoas que amam e valorizam uma à outra. Só o contato físico pode eliminar a distância entre duas pessoas, neutralizar a solidão da vida dentro de nossa própria pele e estabelecer um vínculo entre duas mentes, dois corações e dois corpos.
(10) Quando há falta de toque. O contato físico não sexual é fundamen-tal para a intimidade. O toque tem que ser um sinal de intimidade e não apenas um gatilho sexual. Às vezes penso que algumas pessoas são tão insensíveis, que nada além de uma penetração é capaz de estimular. É de admirar que um núme-ro esmagador de mulheres afirme que prefeririam que o homem as abraçasse com força e as tratasse com ternura, es-quecendo o ato em si.
(11) O excesso de TV. A TV t em hipno-tizado muita gente que até perde a noção do tempo dedicado a ela. Existem casa-mentos que acabaram literalmente por causa da TV. Há cônjuges que assistem TV para fugir das carícias e do sexo (Jo. 10:10). Não deixe que o ladrão da
alegria use este instrumento para roubar, matar e destruir seu Jardim do Édem (casamento).
68 FAMÍLIA: MEU MAIOR PATRIMÔNIO!
Mil palavras, dizem. Um só olhar, grita ”
VII) VOCÊ SABIA?
1. Que no casamento, agimos de acordo com a maneira pela qual fomos educa-dos?
2. Que o casamento pode ajudar a curar as feridas emocionais do passado?
3. Que no casamento, é necessário ex-por ao cônjuge as carências e não esperar que ele adivinhe?
4. Que é necessário pensar antes de agir, e não agir para depois pensar?
5. Que o grande problema é que alguns não assumindo seu lado ruim, projetam no outro os seus defeitos?
6. Que todos nós temos necessidades de mamadeiras emocionais?
7. Que no amor as coisas mais simples são as mais importantes?
8. Que apenas 35% da comunicação en-tre as pessoas é verbal?
9. Que a tolerância é importante espe-cialmente em epocas de crise? (Paciên-cia... principalmente quando o nervo está a flor da pele.)
10. Que os segredos mais bem guar-dados de qualquer casamento é o que acontece na cama?
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11. Que o desejo da mulher é muito mais contínuo e permanece após o or-gasmo? Infelizmente muitos homens após o ato, viram para o lado e dormem, deixando a mulher falando sozinha.
12. Que a relação sexual é um espelho da relação a dois?
13. Que a crise é como cair no rio, ou nada ou morre?
14. Que algumas perdas na vida são ne-cessárias, por mais que doam?
15. Que todo relacionamento interpes-soal se ajusta na medida em que cada um procura atender a necessidade do outro?
16. Que não são os conflitos que são ruins, mas sim a maneira como lidamos com eles?
17. Que nós construímos e destruí-mos nossos relacionamentos? COMO O CASAL PODE DESTRUIR SEU CASAMENTO. (Segundo George Bach e Peter Wyden, autores do livro O inimigo íntimo.)
18. Ficam juntando mutilação, fazem listas mentais de injustiças e um dia descarregam de uma só vez. Aí, então, ocorre uma explosão vulcânica (“você é isso, é isso, é isso...”).
19. Rotula o outro, deixa de percebê-lo como pessoa, e passa a vê-lo como um símbolo (“você é um covarde, você é uma criança...”).
20. Sistematicamente não corresponde às expectativas do outro (“eu já pedi 20 vezes para você não... mas não adianta”).
21. Provoca o outro só para ver sua rea-ção (eu já estava adivinhando, só não fa-lei para ver o que você ia dizer”).
22. Faz uma aliança com uma terceira pessoa contra o outro (“você é idêntico ao seu pai, bem que sua mãe me avi-sou”).
23. Ataca alguém que o outro gosta muito (“sua irmã nunca prestou”).
24. Nega que os motivos da briga sejam verdadeiros ou que algo esteja mesmo
acontecendo (“você não disse isso, se você disse, eu não ouvi”).
25. Nunca dão o braço a torcer, recu-sam-se a mudar de opinião (“você tem que gostar de mim como eu sou”).
26. Fazem promessas e nunca cum-prem (“no ano que vem nós vamos... eu prometo”).
27. Que uma das razões porque casais brigam é para saber quem ama mais e
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melhor? Funciona mais ou menos as-sim: “Eu o amo, mas você nem sabe o que é amor. Você não ama ninguém a não ser você mesmo. Você só toma e nunca dá ”.
28. Que a neurose é um comportamen-to repetitivo, é não conseguir fazer dife-rente? Por isso é preciso quebrar o cír-culo vicioso e criar um comportamento alternativo?
29. Que há pessoas que não brigam, mas sentem uma espécie de prazer sádico em levar o outro a loucura, a explodir?
30. Que tem pessoas como a pomba:
não brigam ou evitam as brigas no rela-cionamento? Não atacam e não entram na rota de colisão com ninguém. Porque essas pessoas não brigam e preferem fin-gir que está tudo bem. Talvez seja por causa da violência que presenciaram no lar na infância. Fugir, disfarçar, não confessar seus problemas podem levar a várias formas de agressão passiva, ou seja, hostilidade indireta, encoberta, disfarçada, que reduz a intimidade e au-menta a alienação.
31. Que existem táticas passivas de agressão? Isso acontece quando a pessoa foge da briga; não reage; fica em
silên-cio ou concorda com tudo só para manter um clima de paz . Às vezes pessoas assim vão acumulando queixas durante muito tempo. Uma hora esse depósito de senti-mentos negativos explode e os prejuízos muitas vezes são irreparáveis.
32. Que quando uma briga é cons– trutiva, não existe a intenção de matar o outro psicologicamente, emocional-mente, etc.
33. Que se você não gosta do que está colhendo precisa avaliar o que foi plan-tado?
34. Que é preciso tomar cuidado ao dar permissão para alguém falar da sua vida? Isso porque é perigoso receber conselhos das pessoas erradas?
35. Que amar o corpo não basta, a mente o espírito também precisam ser cuidados? Para a esposa: “Que importa se o seu marido tem um físico atlético, se não é capaz de te proteger na tempes– tade?”
36. Marido, você sabia que não basta ser um amante da noite, é preciso ser um amante do dia?
37. Que um coração dolorido, grita mais alto do que os lombos doloridos.
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38. Que o desprezo é o mais sofisticado de todas as manifestações de ódio.
BIBLIOGRAFIA
VIDA NOVA, Bíblia, Traduzida em português por João Ferreira de Almeida – S.R. Ed. Vida Nova – São
Paulo – SP.
A DAMA, SEU AMADO E SEU SENHOR – T.D. Takes – Editora Mundo Cristão – São Paulo – SP – ano 1999.
FAMÍLIA – Idéia de Deus – C.F.Araujo Filho – Edi-tora VINDE – Niterói – RJ – ano 1994.
AMAR É PRECISO – Maria Helena Matarazzo – Editora Gente – São Paulo – SP – ano 1992.
104 ERROS QUE UM CASAL NÃO PODE COMETER – Josué Gonçalves – Editora Mensagem Para Todos – Bragança Pta – SP – ano 2000.
SILAS BARBOSA PR. – Paléstra sobre SEXO a Luz da Bíblia – Londrina – PR.
O MITO DO CASAMENTO PERFEITO – Bar-bara Russel Chesser – Editora Mundo Cristão – São Paulo – SP – Edição de 1997
denunciando o pecado na família marlene guerrato formato: 14 x 21 páginas: 144
Numa linguagem intimista, a autora coloca apropriadamente, a trajetória da história de amor de um Deus amante a um homem ama-do, criado à Sua imagem e semelhança; fornece informações especiais e pedagógicas sobre a singularidade desse ser criado. Numa cadên-cia lógica expõe a trajetória da traição e a sua consequência - o pecado. O enfoque, na nar-rativa se torna mais crítico porque acentua a malignidade do pecado e seus desdobramentos na luta diária carne x espírito na arena da vida e amplia horizontes ao evidenciar o mesmo no palco do mundo e nos bastidores da vida. O enfoque maior é dar ferramenta aos pais para denunciarem o pecado na família, abrindo oportunidades para que os próprios filhos saibam tomar decisões necessárias para levar o projeto de vida a bom termo.
aprendendo sobre família com o pai do filho pródigo
josué gonçalves formato: 16 x 23 páginas: 163
É sempre bom ler um livro que mexe com a gente, provoca e estimula-nos a trilhar caminhos marcados pela graça D’Aquele que é o Senhor da qualidade de Vida - Jesus. O autor faz uma abordagem diferente
da “Parábola do Filho Pródigo”, revelando princípios poderosos que podem levar você a experimentar uma dimensão de vida em família que ainda não foi experi-mentada. Por que a família é um lugar onde se travam as lutas mais determinantes da vida? O que pode fazer toda a diferença em tempo de crise na família? Por que não perdoar é perigoso? Por que o caminho de volta é sempre um caminho de aprendizagem? Por
que a festa do outro às vezes nos incomoda? É im-possível ler a mensagem deste livro e não repensar a família.
a língua
domando esta fera
josué gonçalves formato: 12,5 x 18 páginas: 116
Quem nunca discutiu e na dis-cussão feriu com palavras? Esta obra aborda os malefícios que o uso indisciplinado da língua tem pro- vocado e afetado o dia-a-dia da comunidade evangélica. Do ponto de vista bíblico e também de forma prática, o autor procura trazer ao povo de Deus, a consciência do uso deste pequeno, mas importante membro do corpo hu-mano, para edificar e trazer sabedoria no corpo da igreja cristã.
“Somos frutos daquilo que falamos e ouvimos”
“A qualidade de vida em família depende daquilo que falamos” “O estado de nossa alma depende do que sai de nossa boca”
“O que sai da sua boca pode gerar uma psicologia de morte ou de vida naqueles que te ouvem”
“O que sai da sua boca revela o que está no seu coração” O conteúdo desta obra é imprescindível para todos que desejam livrar sua alma das angústias e viver dias felizes, através do uso disciplinado da língua.
a arte da guerra espiritual
joão a. de souza filho formato: 14 x 21
páginas: 247
Batalha espiritual não é uma “onda” destas que vêm e passam. É um tema sempre atual e eletrizante, porque no dia-a-dia, o cristão se depara com demônios e espíritos da maldade que agem nas pessoas, famílias e na própria igreja. Todo cristão deveria conhecer o mundo espiritual. A igreja desde seu nascedouro vem confrontando as forças
do mal lideradas por Satanás. O diabo tem como objetivo opor-se a verdade, atacar a palavra de Deus e ao Verbo en-carnado, Jesus Cristo, o filho de Deus. A igreja representa na Terra o Deus que se fez carne, é coluna e baluarte da verdade e Satanás arregimenta suas forças contra a igreja
porque ela é o Cristo vivo na terra.
Neste livro o leitor descobrirá que a guerra espiritual con-tra as trevas requer escon-tratégias espirituais, uma arte de guerra que cada cristão deve conhecer. O autor leva o cris-tão a conhecer as artimanhas de Satanás contra a igreja e as estratégias de guerra contra o Mal.
“A imaginação é a visão da alma”