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Elaboração de PCMSO e PPRA para manutenção metroviária de Brasília

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UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO

DO RIO GRANDE DO SUL

PAULO FERNANDO PEDERIVA JÚNIOR

ELABORAÇÃO DE PCMSO E PPRA PARA MANUTENÇÃO

METROVIÁRIA DE BRASÍLIA

Ijuí – RS 2017

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PAULO FERNANDO PEDERIVA JÚNIOR

ELABORAÇÃO DE PCMSO E PPRA PARA MANUTENÇÃO

METROVIÁRIA DE BRASÍLIA

Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia de Segurança do Trabalho apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho.

Orientador: Lucas Fernando Krug

Ijuí – RS 2017

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PAULO FERNANDO PEDERIVA JÚNIOR

ELABORAÇÃO DE PCMSO E PPRA PARA MANUTENÇÃO

METROVIÁRIA DE BRASÍLIA

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para a obtenção do título de Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho e aprovado em sua forma final pelo professor orientador e pelos membros da banca examinadora.

Ijuí, setembro de 2017.

Prof. Lucas Fernando Krug Mestre pela Unisinos - Orientador Profa. Lia Geovana Sala Coordenadora do curso de Engenharia de Segurança do Trabalho/UNIJUÍ BANCA EXAMINADORA Prof. Lucas Fernando Krug (UNIJUÍ) Mestre pela Unisinos Prof. Cristina Elisa Pozzobon (UNIJUÍ) Mestre pela UFSC

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Dedico esse trabalho a minha família, colegas e professores do curso.

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AGRADECIMENTOS

Aos meus familiares e colegas de trabalho que não mediram esforços para a elaboração deste trabalho.

A minha esposa Márcia e filha Valentina; Ao meu orientador Lucas Fernando Krug.

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Agradeço todas as dificuldades que enfrentei; não fosse por elas, eu não teria saído do lugar.

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PEDERIVA, Paulo Fernando. Elaboração de PCMSO e PPRA para manutenção metroviária de Brasília. 2017. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Pós-Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, Ijuí, 2017.

RESUMO

As empresas estão, cada vez mais, em busca da excelência na prestação dos seus serviços. E para que isso ocorra é necessário que a busca das certificações de qualidade não ignore a figura do trabalhador e do seu ambiente de trabalho. Para isto, os trabalhadores precisam estar alinhados à Missão e aos Valores da Organização e, além disso, a empresa precisa investir na melhoria das condições de trabalho, sobretudo visando fazer do ambiente de trabalho um local seguro e acompanhando a saúde do obreiro ao longo do contrato de trabalho. Assim é que se mostram de grande relevância o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA e o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO, a fim de melhorar as condições de trabalho e a saúde do trabalhador. Este trabalho, portanto, tem como objetivo elaborar um PPRA e um PCMSO, identificando os riscos ambientais que os trabalhadores estão expostos e as ações preventivas para eliminação ou minimização desses riscos a favor do bem estar físico, social e emocional dos trabalhadores.

(8)

PEDERIVA, Paulo Fernando. Elaboração de PCMSO e PPRA para manutenção da metrovia de Brasília. 2017. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Pós-Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, Ijuí, 2017.

ABSTRACT

Companies are increasingly seeking excellence in the provision of their services. And to happening it is necessary that the pursuit of quality certifications do not ignore the figure of the worker and his work environment. To this end, workers need to be aligned with the Organization's Mission and Values and, moreover, the company needs to invest in improving working conditions, specially in order to make the work environment a safe place and accompanying the health of the worker throughout the employment contract. This is how the Environmental Risk Prevention Program (PPRA) and the Occupational Health Medical Control Program (PCMSO) are shown to be of great relevance in order to improve working conditions and the health of the worker. This work, therefore, aims to elaborate a PPRA and a PCMSO, identifying the environmental risks that the workers are exposed and the preventive actions to eliminate or minimize these risks in favor of the physical, social and emotional welfare of the workers.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 11

2 REVISÃO DE LITERATURA ... 13

2.1 PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS ... 13

2.2 RISCOS AMBIENTAIS ... 15 2.2.1 Riscos Físicos ... 16 2.2.2 Riscos de Acidentes ... 18 2.2.3 Riscos Ergonômicos ... 18 2.2.4 Riscos Biológicos ... 19 2.2.5 Riscos Químicos ... 19 2.3 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO ... 20 2.3.1 Coletiva ... 20 2.3.2 Individual ... 20 2.4 MEDIDAS DE CONTROLE ... 21 2.5 LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA ... 25

3 METODOLOGIA ... 28

4 RESULTADOS ... 29

4.1 PCMSO ... 29 4.1.1 Dados da Empresa ... 29

4.1.2 Identificação da Empresa Contratada ... 29

4.1.3 Médico Responsável ... 29

4.1.4 Introdução ... 29

4.1.5 Objetivos ... 31

4.1.6 Acidente de Trabalho ... 31

4.1.6.1 Diferenças entre Acidentes e Incidentes ... 33

4.1.6.2 Procedimentos em Casos de Acidentes do Trabalho ... 33

4.1.6.2.1 Acidente no Local de Trabalho ... 33

4.1.6.2.2 Esclarecimentos ... 33

4.1.6.3 Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) ... 33

4.1.6.4 Reabertura de CAT ... 34

4.1.6.5 Acidente na Via Pública ... 34

4.1.7 Atividades do Programa ... 35

4.1.7.1 Exame Admissional ... 35

4.1.7.2 Exame Periódico ... 35

4.1.7.3 Exame de Retorno ao Trabalho ... 35

4.1.7.4 Exame de Mudança de Função ... 36

4.1.7.5 Exame Demissional ... 36

4.1.8 Implantação ... 36

4.1.8.1 Elaboração do Prontuário Médico ... 37

4.1.8.1.1 Exames Complementares ... 37

4.1.8.1.2 Critério para a Realização dos Exames ... 37

4.1.8.2 Atestado de Saúde Ocupacional (ASO)... 37

4.1.9 Programa de Conservação Auditiva – PCA ... 38

(10)

4.1.9.2 Ruído e Perda Auditiva Induzida pelo Ruído ... 39

4.1.9.3 Efeitos do Ruído ... 40

4.1.9.4 Efeitos sobre o Sistema Auditivo ... 40

4.1.9.5 Outros Efeitos do Ruído ... 41

4.1.9.6 Audiometria e Prevenção ... 41

4.1.9.7 Considerações sobre as Instruções e Diretrizes, Parâmetros Mínimos para Avaliação e Acompanhamento da Audição em Funcionários Expostos a Níveis de Pressão Sonora Elevados ... 42

4.1.10 Recomendações ... 43

4.1.11 Responsabilidades ... 43

4.1.11.1 Compete a Empresa ... 43

4.1.11.2 Compete ao Médico do Trabalho Coordenador do PCMSO ... 44

4.1.11.3 Compete ao Médico Examinador ... 44

4.1.11.4 Funcionários ... 45

4.1.12 Avaliação Médica e Exames Complementares a serem Realizados pelas Empresas Subcontratadas ... 47

4.1.13 Cronograma de Ações ... 48

4.1.14 Primeiros Socorros ... 49

4.1.15 Plano de Emergência ... 50

4.1.15.1 Telefones Úteis ... 51

4.1.16 Relatório Anual do PCMSO ... 51

4.1.17 Ergonomia ... 51

4.1.17.1 Operação com Microcomputador. Posto de Trabalho ... 51

4.1.17.2 Telas ... 52

4.1.17.3 Teclado ... 52

4.1.17.4 Cadeira ... 53

4.1.17.5 Posicionamento dos Pés ... 53

4.1.17.6 Pausas Obrigatórias ... 54

4.1.17.7 Quanto a Movimentação de Peso ... 54

4.2 PPRA ... 55

4.2.1 Dados da Empresa ... 55

4.2.2 Identificação da Empresa Contratada ... 55

4.2.3 Registro das Revisões do Documento ... 56

4.2.4 Apresentação ... 56

4.2.5.1 Objetivo ... 57

4.2.5.2 Sobre o Gerenciamento do Programa ... 57

4.2.5.3 Critério de Risco ... 57

4.2.5.4 Sobre o Monitoramento Ambiental ... 57

4.2.5.5 Medidas de Controle ... 58

4.2.5.6 Nota Final sobre o Gerenciamento deste Programa ... 58

4.2.6 Responsabilidades ... 59

4.2.6.1 Responsável pelo Contrato ... 59

4.2.6.2 Responsável pelo Setor Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde ... 59

4.2.6.3 Responsável pela Elaboração do PPRA ... 59

4.2.6.4 Responsável pelas Avaliações Quantitativas ... 59

4.2.6.5 Responsabilidades da Diretoria e Gerencias ... 59

4.2.6.6 Responsabilidades do Setor Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde ... 60

4.2.7 Descrição dos Setores Produtivos e de suas Atividades ... 60

4.2.7.1 Funções e Quantidades ... 60

(11)

4.2.8 Definições ... 62

4.2.8.1 Grupo Homogéneo de Exposição – GHE ... 62

4.2.8.2 Limite de Tolerância ... 62 4.2.8.3 Nível de Ação ... 62 4.2.8.4 Riscos Ambientais ... 62 4.2.8.5 Decibel - DB (A) OU DB (C) ... 63 4.2.8.6 Medidas de Controle ... 64 4.2.9 Desenvolvimento do PPRA ... 64

4.2.9.1 Condições Ambientais do Local de Trabalho... 64

4.2.10 Equipamentos de Proteção Individual – EPI ... 66

4.2.10.1 Avaliação dos Riscos ... 67

4.2.10.1.1 Metodologia de Amostragem e Análise ... 67

4.2.10.1.2 Resultado das Avaliações ... 70

4.2.10.1.3 Trabalhadores com Risco de Exposição ... 72

4.2.11 Controle dos Riscos ... 73

4.2.11.1 Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC ... 73

4.2.11.2 Recomendações Preventivas ... 74

4.2.11.3 Registro e Divulgação do Programa ... 74

4.2.11.4 Cronograma Anual com Prioridade e Metas ... 74

4.2.11.5 Validade do PPRA e N° da Revisão ... 76

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 77

(12)

1 INTRODUÇÃO

Dentro do sistema capitalista, as organizações estão em constante disputa pelo mercado. A disputa acirrada revela uma busca incessante pela lucratividade das empresas que em muitas das vezes têm ignorado a situação atual do trabalhador que executa sua obrigação, independente da condição de trabalho que lhe é oferecida (ROCHA, 2011).

Na maioria dos casos existentes, as organizações têm ignorado as condições de trabalho e dos riscos ocupacionais existentes no ambiente de trabalho. Essa realidade é preocupante visto que um trabalhador insatisfeito, desmotivado ou doente não agrega valores para empresa, que é prejudicada pelos altos índices de absenteísmo e rotatividade.

A instituição das Normas Regulamentadoras relativas à Segurança e Medicina do Trabalho, foi sem dúvida nenhuma uma grande conquista. O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA e Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO foram avanços importantíssimos na prevenção dos adoecimentos ocupacionais (ROCHA, 2011).

As organizações devem se atentar para a segurança e saúde do trabalhador no ambiente de trabalho, devendo ser enfrentadas de forma efetiva, o que só vem a ser alcançado quando há integralização de um processo que exija a participação de todos em busca de um o objetivo comum, que é a prevenção de acidentes e doenças que surgem em decorrência do trabalho. Os danos que são causados às pessoas e às organizações por falta de aplicação de políticas e medidas preventivas voltadas para questão segurança e saúde do trabalho, podem gerar perdas irreparáveis, como a morte do ser humano e ao mesmo tempo, pode trazer consequências complexas de ordem financeira ou mesmo jurídica para empresa. Para evitar esses transtornos as organizações e instituições são obrigadas a cumprir a legislação que determina os procedimentos a serem cumpridos no que se refere à segurança do trabalho nas organizações de acordo com a atividade de cada uma delas.

Quando levados a sério, os programas se mostram bastante eficazes, pois contribuem de forma efetiva para diminuir a rotatividade de pessoal e também os índices de absenteísmo, além de melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores quando ações preventivas relacionadas a segurança e saúde são implementadas.

Chiavenato (1997) afirma que é necessário que o capital humano seja motivado e o clima organizacional seja agradável buscando a satisfação do trabalhador, pois o trabalhador satisfeito tende a ser mais produtivo. As empresas devem se conscientizar que os

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trabalhadores são o seu maior patrimônio, pois são eles que participam diretamente do processo de produção, sejam de bens ou de serviços.

O assunto a ser tratado no presente trabalho é de extrema relevância, afinal estamos falando de medidas de proteção à vida, o bem mais importante do ser humano. Quando se fala de proteção e prevenção é necessário desencadear programas e medidas que atuem efetivamente no ambiente de trabalho, evitando que o colaborador venha a sofrer qualquer tipo de dano relacionado à sua saúde.

A perca ou diminuição da capacidade de funções do corpo humano no ambiente de trabalho atinge diretamente o trabalhador, mas de maneira indireta envolve sua família e também a empresa na qual tem vínculo. É importante que as partes envolvidas se conscientizem sobre suas obrigações, ou seja, a empresa e o trabalhador devem fiscalizar o cumprimento de legislação, normas e medidas de prevenção, o que facilitaria o cumprimento da segurança e saúde do trabalho na empresa.

Com o pensamento voltado para soluções de acidentes, doenças e conforto para o trabalhador no ambiente de trabalho, esse trabalho pretende responder a seguinte pergunta: quais as ações organizacionais voltadas para a segurança do trabalho dos profissionais do metro de Brasília?

O objetivo principal do presente trabalho é identificar as ações organizacionais na área da segurança do trabalho do metro de Brasília. Além disso, procura verificar os riscos que o trabalhador está exposto no ambiente de trabalho e com isso elaborar o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais e o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional da empresa.

O trabalho está estruturado em cinco capítulos, trazendo ao final as referências bibliográficas.

O capitulo 1 apresenta a introdução.

O capitulo 2 descreve a revisão de literatura aplica no trabalho.

O capitulo 3 mostra a metodologia aplicada no desenvolvimento do trabalho. O capitulo 4 apresenta os resultados dos planos PPRA e PCMSO.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS

De acordo com a NR-09, é considerado risco ambiental o agente físico, químico ou biológico presente no ambiente de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, podem ocasionar danos à saúde do trabalhador (BRASIL, 2013).

Consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia a que os trabalhadores possam estar expostos, como por exemplo, ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes e radiações não-ionizantes, ultrassom e infrassom (BRASIL, 2013).

Já agentes químicos são as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeira, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão (BRASIL, 2013).

As bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros, são considerados agente biológicos (BRASIL, 2013).

A estrutura do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, conforme a NR-9 (BRASIL, 2013), o deve conter:

- planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma; - estratégia e metodologia de ação;

- forma do registro, manutenção e divulgação dos dados;

- periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do Programa. Além dessas há outras obrigatoriedades do PPRA:

- necessidade de análise global do PPRA, pelo menos uma vez ao ano, para avaliação do seu desenvolvimento e realização dos ajustes necessários, além do estabelecimento de novas metas e prioridades;

- deve-se apresentar e discutir o Programa na Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), quando houver;

- o documento-base do PPRA e suas alterações devem estar disponíveis para o imediato acesso às autoridades competentes;

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- o cronograma deverá indicar claramente os prazos para o desenvolvimento das etapas e cumprimentos das metas do Programa.

As seguintes etapas deverão ser incluídas no Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, conforme o Ministério do Trabalho (1994):

a) antecipação dos riscos: análise de projetos de novas instalações, métodos ou processos de trabalho, ou de modificações dos já existentes, visando identificar os riscos potenciais e introduzir medidas de proteção para sua redução ou eliminação;

b) reconhecimento dos riscos: identificação, determinação e localização das possíveis fontes geradoras, identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no ambiente de trabalho, identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos, caracterização das atividades e do tipo da exposição, obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível comprometimento da saúde decorrente do trabalho, possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados, disponíveis na literatura técnica com descrição das medidas de controle já existentes;

c) estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;

d) avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores: deve haver avaliação quantitativa para comprovar o controle da exposição ou a inexistência dos riscos identificados na etapa de reconhecimento, dimensionar a exposição dos trabalhadores e subsidiar o equacionamento das medidas de controle;

e) implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia: adoção de medidas necessárias para eliminação, minimização ou controle dos riscos ambientais, seja para identificação de riscos potencial à saúde (fase de antecipação), na constatação de risco evidente à saúde (fase de reconhecimento), quando os resultados das avaliações quantitativas da exposição dos trabalhadores excederem os valores previstos na NR-15 – Atividades e Operações Insalubres – ou na ausência destes, os limites adotados pela American Conference of Governmental Industrial Higyenists (ACGIH), ou ainda os valores estabelecidos em negociação coletiva de trabalho, desde que mais rigorosos que os critérios técnico-legais estabelecidos, ou ainda quando ficar caracterizado o nexo causal entre danos observados na saúde dos trabalhadores e a situação de trabalho a que eles ficam expostos, por meio do controle médico da saúde;

f) monitoramento da exposição aos riscos: monitoramento periódico da exposição, informação aos trabalhadores e controle médico, por meio de avaliações

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sistemáticas e repetitivas, visando a introdução ou modificação das medidas de controle, quando necessário;

g) registro e divulgação dos dados: deve-se manter um registro estruturado, constituindo um histórico técnico e administrativo do desenvolvimento do PPRA, mantido por no mínimo 20 anos, disponível a todos os trabalhadores, representantes dos trabalhadores e autoridades competentes (MTE, 1994b).

Quanto a Implantação de medidas, considera-se agir primariamente através de medidas coletivas de prevenção, em segundo, deve-se levar em consideração medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho e por fim através da utilização de Equipamentos de Proteção Individual – EPI (BRASIL, 2013).

Os EPIs em questão devem seguir normas técnicas que os tornem aptos aos riscos em que os trabalhadores são expostos e conforme a atividade que os mesmos exercem. Além disso, deve ser considerada a eficiência dos EPIs para um necessário para o controle da exposição ao risco, assim como o conforto oferecido ao trabalhador. Deve ainda ser oferecido um treinamento didático da utilização correta de todo o equipamento, e também o repasse de informações de procedimentos de fornecimento, guarda, higienização, conservação e manutenção, reposição e principalmente as limitações dos mesmos (BRASIL, 2013).

As responsabilidades devidas a cada um são (BRASIL, 2013):

- ao empregador é responsabilidade estabelecer, implementar e assegurar o cumprimento do PPRA, como atividade permanente na empresa, além de informar os trabalhadores de forma adequada e suficiente sobre os riscos envolvidos nas atividades, bem como das medidas para prevenir ou limitar tais riscos com o intuito de protegerem-se dos mesmos, garantindo que na ocorrência de riscos graves, os trabalhadores possam imediatamente interromper suas atividades e comunicar aos superiores com a finalidade de se tomar as devidas providências;

- aos trabalhadores cabe colaborar e participar na implantação e execução do PPRA, seguindo as orientações do programa e informando ao superior hierárquico ocorrências que possam implicar em riscos à saúde dos trabalhadores.

2.2 RISCOS AMBIENTAIS

Presentes em todos os seguimentos, os Riscos Ambientais, compreendem situações, condições e substâncias que, conforme a natureza do produto, o tempo de exposição, a

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concentração e intensidade do risco, possuem potencial ofensivo à saúde, acidentes, doenças, limitações e morte. São classificados de acordo com a fonte geradora de risco (SILVA, 2011).

O risco é a razão entre o potencial de perigos oferecidos pelos agentes ambientais presentes na atividade produtiva e a prevenção aplicada. Desta forma, é importante que as medidas de prevenção implementadas sejam abrangentes, desta forma será cada vez menor o risco da ocorrência de danos à saúde dos trabalhadores e ao meio-ambiente. E no sentido oposto, quanto menos abrangentes forem às medidas de prevenção, as chances de ocorrência de danos à saúde e à integridade física dos trabalhadores e degradação do meio-ambiente serão maiores (GONÇALVES, 2013).

2.2.1 Riscos Físicos

Os riscos físicos são gerados por agentes que atuam por transferência de energia sobre o organismo, quanto maior a quantidade e velocidade da transmissão, maiores serão os danos à saúde (GONÇALVES, 2013).

Dentre os riscos físicos, o ruído é um som indesejado ou molesto que pode ser de impacto, intermitente e contínuo, e é medido em decibéis (dB). A monitoração do trabalhador deve ser feita através do exame de audiometria, com o objetivo de acompanhar a evolução dos limiares auditivos, partindo de uma audiometria de referência. O limite de tolerância estabelecido pela NR-15 para ruído de impacto será de 130 dB (linear). Entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta picos de energia acústica de duração inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superiores a 1 (um) segundo. Mesmo com a utilização de EPIs, é necessário que as fontes de ruído sejam devidamente medidas, avaliadas e controladas, para eliminar o Risco de Perda Auditiva Induzida pelo Ruído (PAIR) (SILVA, 2011).

As vibrações estão associadas a utilização de máquinas e ferramentas vibratórias (ex.: martelete pneumático). Segundo a NR 15, a comprovação da exposição deve tomar por base os limites de tolerância definidos pela Organização Internacional para a Normalização - ISO, em suas normas ISO 2631 e ISO/DIS 5349 ou suas substitutas. A exposição à vibração pode causar problemas circulatórios, dores e comprometimento das articulações e está associada a mais um risco o “ruído” (SILVA, 2011).

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O calor está associado principalmente nos trabalhos em fundição, siderúrgicas, trabalhos a céu aberto. De acordo com a NR-15, a exposição ao calor é avaliada através do “Índice de Bulbo Úmido - Termômetro de Globo (IBUTG)”. A exposição ao calor acima dos limites definidos, ou sem a adoção dos tempos de repouso, pode causar desidratação, cãibras e problemas cardiovasculares. E está associado ao risco de radiação não ionizante (SILVA, 2011).

Sobre o frio pode-se relatar que, conforme a NR 15, as atividades ou operações executadas no interior de câmaras frigoríficas, ou em locais que apresentem condições similares, que exponham os trabalhadores ao frio, sem a proteção adequada, serão consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho. A exposição dos trabalhadores ao frio pode causar resfriados, gripes e problemas circulatórios (GONÇALVES, 2013).

No que se tange a umidade a NR 15 afirma que as atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcados, com umidade excessiva, capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores, serão consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de trabalho. A exposição dos trabalhadores ao frio pode causar gripes, resfriados e dermatoses, além de possível exposição a micro-organismos (GONÇALVES, 2013).

As radiações ionizantes são utilizadas nas áreas da saúde, indústria e pesquisa, e as principais radiações são os raios X, Raio gama, alfa. As radiações ionizantes são invisíveis, inodoras, inaudíveis, insípidas e indolores e alteram a estrutura das células. A exposição sem a devida proteção pode causar queimaduras, mutações genéticas, anemia, leucemia, catarata e câncer (GONÇALVES, 2013).

As principais radiações não ionizantes são micro-ondas (rádios, radares e fornos), raios infravermelhos (sol) e raios ultravioletas (sol e solda elétrica). A exposição sem a devida proteção pode causar câncer de pele, queimaduras e catarata (GONÇALVES, 2013).

O risco de pressões anormais está associado principalmente aos trabalhos de mergulhadores que ocorre sob condições hiperbáricas. A atividade nesta condição está associada a doenças descompressivas e intoxicações respiratórias (GONÇALVES, 2013).

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2.2.2 Riscos de Acidentes

Os riscos de acidentes são riscos produzidos pela ausência de organização e segurança do ambiente e/ou dos processos de trabalho, em muitos casos devido a falta de manutenção predial, de máquinas e equipamentos e por falhas durante os procedimentos. Alguns exemplos de riscos de acidentes são (SILVA, 2011):

- arranjo físico inadequado;

- máquinas e equipamentos sem proteção; - ferramentas inadequadas;

- iluminação inadequada; - eletricidade;

- probabilidade de incêndio ou explosão; - armazenamento inadequado;

- falta de qualificação profissional. 2.2.3 Riscos Ergonômicos

São considerados riscos ergonômicos os riscos gerados pela desarmonia entre o trabalhador e seu ambiente de trabalho. São decorrentes da falta de conforto, segurança e eficiência em uma atividade. Os riscos ergonômicos podem ser classificados em (GONÇALVES, 2013):

- biomecânicos: posturas inadequadas de trabalho, levando a intensas solicitações musculares, levantamento e transporte de carga, etc.;

- organizacionais: “pressão psicológica” para situações com períodos de tempo rigidamente estabelecidos;

- psicossociais: elevada exigência cognitiva necessária ao exercício das atividades. Ou seja, trabalhar com excessiva carga mental durante a jornada;

- ambientais: itens que causam stress físico e/ou psíquico, como iluminação, conforto térmico, etc., e são listadas na NR 17.

A falta de ergonômica pode provocar as seguintes doenças:

- dort – distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho, onde se destaca a ler – lesões por esforços repetitivos;

- tenossinovite; - tendinite;

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- epicondilite; - bursite; - miosites;

- síndrome do túnel do carpo.

Dentre os principais motivos de afastamento do trabalho destaca-se o estresse (stress). 2.2.4 Riscos Biológicos

Segundo Granemann (2009, p. 78):

Riscos biológicos são micro-organismos presentes no ambiente de trabalho (bactérias, fungos, vírus, bacilos, parasitas) capazes de produzir doenças, deterioração de alimentos, entre outros. Apresentam facilidade de reprodução além de contarem com diversos processos de transmissão.

Ou seja, são os riscos originados pela presença de microrganismos, que podem ocasionar doenças graves aos seres humanos. Destacam-se como riscos biológicos: os vírus, bactérias, protozoários, fungos, parasitas e bacilos. Podem provocar doenças como dengue, leptospirose, pediculose, escabioses, gripes, meningite, tétano, entre outras.

2.2.5 Riscos Químicos

Os riscos químicos decorrem da exposição do indivíduo a substâncias químicas, que podem levar a sérios danos à saúde, até o óbito quando excedem o LT (limite) de um organismo. Essas substâncias químicas penetram no organismo humano através das vias: respiratória, cutânea e digestiva. Suas principais consequências são (SILVA, 2011):

- irritantes (ações corrosivas sobre o tecido, que provocam inflamações); ex.: cloro, iodo, ácido;

- asfixiantes (reduzem a concentração de oxigênio, provocam asfixia); ex.: monóxido de carbono, gás sulfídrico;

- narcóticos (ação depressora do sistema nervoso central, efeito anestésico); ex.: éter etílico, acetona;

- intoxicantes sistêmicos (atingem vários órgãos vitais destacando-se o sistema nervoso central e circulatório); ex.: benzeno, tolueno, mercúrio.

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Aerodispersóides são pequenas partículas respiráveis, sólidas ou líquidas, dispersas na atmosfera que podem permanecer por muito tempo em suspensão no ar. São subdivididas em:

- poeiras (ruptura ou fragmentação de um sólido); - névoas (ruptura mecânica de líquidos);

- fumos (partículas produzidas pela condensação de vapores metálicos); - neblinas (condensação de gases provenientes de processos térmicos).

Gases são substâncias que, em condições normais de temperatura e pressão atmosférica, apresentam-se no estado gasoso, dividindo-se em:

- produzidos pela natureza: nitrogênio, oxigênio, hidrogênio, ozônio; - produzidos por máquinas: monóxido de carbono, dióxido de enxofre.

Vapores são substâncias gasosas que podem retornar ao seu estado normal (líquido ou gasoso), destacando-se os vapores produzidos por solventes, tintas, água e derivados de petróleo em geral.

2.3 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO 2.3.1 Coletiva

São considerados Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) os equipamentos utilizados para proteção coletiva de trabalhadores expostos a risco.

Os equipamentos utilizados mais comumente são: enclausuramento acústico de fontes de ruído, ventilação dos locais de trabalho, extintor de incêndio, proteção de partes móveis de máquinas e equipamentos (conforme NR 11), cabine de segurança biológica, capelas químicas, e cabine para manipulação de radioisótopos (SILVA, 2011).

2.3.2 Individuais

Equipamentos de proteção individual – EPI são os equipamentos utilizados individualmente pelo empregado com o intuito de protegê-los de riscos suscetíveis que possam ameaçar a integridade, segurança e a saúde no trabalho. Sendo de responsabilidade da empresa o fornecimento gratuito desses equipamentos conforme o risco em que o funcionário é exposto (SILVA, 2011).

Sua utilização se justifica quando as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças ocupacionais, enquanto as

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medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas e para atender situações de emergência. É importante lembrar que todo EPI deve possuir CA (Certificado de Aprovação) que constata que o equipamento certificado é aprovado pelo MTE – Ministério do Trabalho e Emprego (SILVA, 2011).

2.4 MEDIDAS DE CONTROLE

No que diz respeito às medidas de proteção que visam prevenir, controlar, neutralizar e/ou eliminar os riscos, são recomendados a adoção das seguintes medidas (BRASIL, 2013):

- medidas de proteção coletiva, como o isolamento, enclausuramento e manutenção das máquinas, e outras medidas que visem a prevenção, neutralização e/ou eliminação do risco ou agente nocivo, na sua fonte ou trajetória;

- se não forem viáveis as medidas sugeridas acima, recomenda-se a adoção de medidas de caráter administrativo como o afastamento do ruído (fisicamente ou redução da jornada de trabalho);

- se não forem viáveis as medidas apresentadas acima, utilizar equipamento de proteção individual - EPI.

Desta maneira, sempre que forem recomendadas medidas de proteção individual deve-se primeiramente avaliar as condições de implantação de medidas de proteção coletivas e administrativas (BRASIL, 2013).

Além das medidas de controle, cabe citar as responsabilidades dos envolvidos, previstos nas Normas Regulamentadoras (NRs).

De acordo com a NR 1 - Disposições Gerais cabe ao Empregador, entre outras:

- cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho;

- elaborar ordens de serviço sobre segurança e medicina do trabalho, dando ciência aos empregados dos possíveis riscos no ambiente de trabalho;

- informar aos trabalhadores:

a) os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho;

b) os meios para prevenir e eliminar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa;

c) os resultados dos exames médicos e dos exames complementares aos quais os trabalhadores foram submetidos;

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No que tange a NR 4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, que estabelece o dimensionamento do serviço, a Empresa está desobrigada a manter em funcionamento o SESMT (BRASIL, 2013).

Quanto a NR 5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA, a Empresa está desobrigada a manter em funcionamento uma CIPA, no entanto, de acordo com a legislação, a empresa deve indicar um designado e fornecer treinamento anual para que este possa desempenhar as atribuições e objetivos da comissão (BRASIL, 2013).

Para a NR 6 - Equipamento de Proteção Individual – EPI, a empresa é obrigada a fornecer aos empregados, de forma gratuita, EPI adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias (BRASIL, 2013):

- sempre que as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou não oferecerem completa proteção contra riscos;

- enquanto medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; - para atender a situações de emergência.

No que diz respeito aos equipamentos de proteção individual é importante a implantação de um programa de conscientização quanto ao uso obrigatório dos EPIs por parte de todos os colaboradores da empresa.

Quanto a NR 08 – Edificações, os pisos dos locais de trabalho não devem apresentar saliências e nem depressões que prejudiquem a circulação de pessoas ou a movimentação de materiais (BRASIL, 2013).

A NR 10 - Instalações Elétricas, todas as máquinas e equipamentos que utilizem energia elétrica deverão ter aterramento, sendo recomendada uma revisão periódica em toda a rede elétrica, verificando pontos que necessitem de correções adequando-a ao estabelecido na NR-10, subitem 10.2 (BRASIL, 2013).

NR 11 - Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais, o material armazenado deverá ser disposto de forma a evitar a obstrução de portas, equipamentos contra incêndio, saídas de emergência, não dificultando o trânsito, a iluminação, devendo obedecer a requisitos de segurança para cada tipo de material (BRASIL, 2013).

NR 12 - Máquinas e Equipamentos, recomenda-se a realização de manutenções periódicas nas máquinas e equipamentos com emissão de laudos de modo a prevenir problemas e acidentes. Todas as partes móveis das máquinas onde haja risco de contato físico dos trabalhadores e pontos de agarramento devem ser protegidas de modo a evitar acidentes.

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Todas as manutenções deverão ser executadas com as máquinas paradas, salvo se o movimento for indispensável à sua realização (BRASIL, 2013).

NR 17 – Ergonomia, quanto à postura inadequada por permanecer muito tempo em pé ou sentado, recomenda-se que os colaboradores procurem manter-se na posição anatômica, ou seja, coluna reta de modo a evitar possíveis problemas de coluna e que haja alternância entre posição sentada/de pé.

Além disso, os postos de trabalho deverão ser planejados de forma a oferecer as melhores condições ergonômicas possíveis aos colaboradores, principalmente nas atividades com predominância do trabalho sentado, o qual deve possuir cadeiras ergonômicas, ou seja, giratórias e com acento e encosto ajustáveis.

Quando necessário o levantamento e transporte de materiais o trabalhador não deverá exceder a sua capacidade individual de esforço físico, devendo pedir auxílio a um colega, a fim de dividir o peso a ser transportado. Ao levantar cargas o colaborador sempre deverá manter os joelhos flexionados, mantendo a coluna reta e exercendo o mínimo de esforço sobre a mesma.

NR 23 - Proteção Contra Incêndio, os extintores de incêndio deverão ser distribuídos de acordo com o PPCI (Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio) da empresa. Devendo obedecer aos seguintes critérios:

- inspeção: mensalmente deverá ser realizada inspeção visual dos extintores de incêndio, verificando-se seu aspecto externo, os lacres, os manômetros e os bicos das válvulas se não estão entupidos;

- localização: os extintores deverão ser colocados em local de fácil visualização e acesso e onde haja menos probabilidade de fogo bloquear o seu acesso, sendo que a parte superior não deverá ser fixada a mais de 1,60 m acima do piso. Os extintores não deverão ser localizados nas paredes das escadas;

- sinalização: os locais destinados aos extintores devem ser sinalizados por um círculo vermelho ou por uma seta larga, vermelha, com bordas amarelas. Deverá ser pintada de vermelho uma área de no mínimo 1,00 m (um metro) x 1,00 m (um metro) do piso embaixo do extintor, a qual não poderá ser obstruída por forma nenhuma;

- treinamento: deverão ser feitos periodicamente exercícios de alerta e combate ao fogo, sob a direção de pessoas capazes, como se fosse um caso real de incêndio.

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NR 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho:

- será exigido um chuveiro para cada 10 (dez) trabalhadores nas atividades ou operações insalubres, ou nos trabalhos com exposição a substâncias tóxicas, irritantes, infectantes, alergizantes, poeiras ou substâncias que provoquem sujidade, e nos casos em que estejam expostos a calor intenso (subitem 24.1.12);

- os locais onde se encontram as instalações sanitárias deverão ser submetidos a processo permanente de higienização, de sorte que sejam mantidos limpos e desprovidos de quaisquer odores, durante toda a jornada de trabalho.

NR 26 - Sinalização de Segurança:

- adoção de sinalização de segurança com objetivo de prevenir acidentes, identificando os equipamentos de proteção individual, delimitando áreas de risco e advertências contra riscos, entre outros itens;

- luminárias: revisar periodicamente as lâmpadas da empresa de modo a verificar as que estiverem queimadas. Estas deverão ser trocadas, para proporcionar maior incidência luminosa no ambiente de trabalho.

Além das Normas Regulamentadoras, a capacitação dos funcionários é recomendada através de cursos, palestras e reuniões, quando da admissão e periodicamente, com o intuito de promover a reciclagem dos mesmos e conscientizar quanto às recomendações de segurança, uso adequado dos EPIs, para torná-los agentes de inspeção dos locais de trabalho, reduzindo ao mínimo danos materiais, humanos e econômicos (GONÇALVES, 2013).

É importante que as medidas e recomendações de segurança estabelecidas sejam levadas em consideração e executadas, possibilitando melhores condições de trabalho aos colaboradores (GONÇALVES, 2013).

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2.5 LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA

A legislação trabalhista e previdenciária no Brasil pode ser definida como o conjunto de normas que regulam as condições do trabalho humano. Com base no ponto de vista da Segurança no Trabalho, alguns itens da legislação devem ser destacados, e devem ser de conhecimento de empregados e empregadores (BRASIL, 2013).

Desta forma elaborou se uma síntese da Lei n° 8.213/91: Art. 19 Acidente do trabalho

É o que ocorre pelo exercício do trabalho, a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.

§1° A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas de proteção e segurança da saúde do trabalhador.

§2° Constitui contravenção penal, não cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho.

§3° É dever de a empresa prestar informações detalhadas sobre os riscos da operação a executar e do produto a manipular.

Art. 20 Consideram-se acidente do trabalho:

I. Doença Profissional (desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade);

II. Doença do Trabalho (desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado);

§1° Não são consideradas como doença do trabalho:

a) doença degenerativa;

b) inerente a grupo etário;

c) a que não produz incapacidade laborativa B;

d) doenças endêmicas adquiridas por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contanto direto determinado pela natureza do trabalho.

Art. 21 Equiparam-se também ao acidente do trabalho:

I. O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;

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II. O acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência de:

a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo;

b) ofensa física intencional;

c) ato de imprudência negligência ou imperícia;

d) ato de pessoa privada do uso da razão;

e) desabamento, inundação, incêndio.

III. A doença proveniente de contaminação acidental;

IV. O acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:

a) na execução de ordem e na realização de serviço sob a autoridade da empresa;

b) na prestação espontânea de qualquer serviço a empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito;

c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiado pela empresa, independente do meio de locomoção, inclusive veiculo próprio;

d) no percurso da residência para a empresa ou desta para aquela, independente do meio de locomoção.

§1° Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho.

Art. 22 A empresa deverá comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social até o 1° dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de multa.

§1° Cópia fiel da CAT – Comunicação de Acidente do Trabalho, ao acidentado ou dependente e ao sindicato.

§2° Na falta de comunicação pela empresa podem formalizá-la o acidentado, seus dependentes, entidade sindical, médico do atendimento, ou qualquer autoridade publica.

Direitos dos Acidentados no Trabalho:

O funcionário que sofrer acidente do trabalho e ou doença do trabalho, quando afastado do trabalho por um período superior a 15 dias, não pode sofrer despedida arbitrária do emprego (exceto por motivos previstos na CLT) por um período de um ano após o retorno ao trabalho.

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A empresa pagará o salário do acidentado até os 15 primeiros dias de atestado médico, a partir deste prazo, a manutenção de sua renda é de responsabilidade legal do INSS.

Os direitos acima citados são garantidos pelo INSS por meio do preenchimento e entrega da CAT.

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3 METODOLOGIA

A metodologia de trabalho utilizada para chegar ao objetivo proposto, foi a pesquisa dedutiva, com procedimento bibliográfico-exploratório, que consiste na análise dos riscos de cada setor/função com entrevistas de funcionários, avaliação dos agentes de forma qualitativa e quantitativa, estudo e planejamento de medidas de controle e pesquisa bibliográfica. No desenvolvimento do PPRA foram incluídas as etapas de Antecipação, Reconhecimento, Avaliação e Controle (GONÇALVES, 2013).

A pesquisa, quanto ao método de abordagem é dedutiva, pois foi realizada apenas com dados existentes, que, segundo Gil (2009), “parte de um todo para uma teoria mais particular”. Serão utilizadas principalmente leis e normas regulamentadoras como fonte de pesquisa e, também, pesquisas relacionadas com o assunto.

Quanto ao método de procedimento, a pesquisa é classificada como bibliográfica, pois considerando a revisão do tema proposto, a pesquisa foi realizada através de coleta de material elaborado. Segundo Gil (2009), a pesquisa bibliográfica é costruída “quando elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e, atualmente, com material disponibilizado na Internet”.

Quanto ao método dos objetivos a pesquisa é exploratória, pois envolve levantamento bibliográfico. E, Gil (2009), diz que “as pesquisas exploratórias têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses”. E, esta pesquisa visa mostrar para as empresas a importância da elaboração de programas que auxiliam na prevenção de riscos e acidentes de trabalho. Quanto à forma de coleta de dados, foi feita através de documentação indireta, pois os dados foram coletados de materiais já produzidos.

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4 RESULTADOS

4.1 PCMSO 4.1.1 Dados da Empresa EMPRESA: Metrô C.N.P.J. 00.000.000./0001-00 ENDEREÇO: Brasília – DF

CIDADE/ESTADO Águas Claras – Brasília/DF

CÓDIGO NACIONAL DE ATIVIDADE

ECONÔMICA (CNAE) 49.12-4-03

ATIVIDADE PRINCIPAL Transporte Metroviário

GRAU DE RISCO Três – 03

4.1.2 Identificação da Empresa Contratada

EMPRESA: CONSORCIO

C.N.P.J. 00.000.000/0001-00

ENDEREÇO: Brasília - DF

CIDADE/ESTADO Águas Claras – Brasília/DF

CÓDIGO NACIONAL DE ATIVIDADE

ECONÔMICA (CNAE) 42.11-1-01

ATIVIDADE PRINCIPAL Construção de rodovias e ferrovias

GRAU DE RISCO 04

PERÍODO DE ELABORAÇÃO Outubro 2016

NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS NA DATA DE ELABORAÇÃO

46

CONTRATO 00 – Metrô/DF

4.1.3 Médico Responsável

Médico Coordenador do PCMSO: Dr° João da Silva – CRM 000 4.1.4 Introdução

Em 29/12/94 o Ministério do Trabalho, através da Secretaria de Segurança e Saúde do Trabalho, emitiu a Portaria N° 24 (D.O.U. 30/12/94) alterando a redação da Norma Regulamentadora Q 7 (NR-7) que trata das atividades relacionadas à prática da Medicina do Trabalho, e provocando uma profunda transformação na política de saúde ocupacional de nosso país.

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A NR-7 antes, denominada de Exames Médicos passa a chamar-se de Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e cria a figura do médico coordenador, priorizando a prevenção dos agravos à saúde relacionados ao trabalho e aproximando-nos da medicina preventiva praticada nos países mais desenvolvidos.

Fica estabelecida a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam funcionários corno empregados, do PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus funcionários. Estes podem ocorrer em palestras com temas gerais e específicos com o intuito de orientar e promover a saúde, por exemplo:

- riscos específicos da empresa (acidentes e ergonômicos); - uso correto de equipamentos de proteção individual; - primeiros socorros;

- tabagismo;

- doenças profissionais;

- prevenção de câncer de próstata; - prevenção de hipertensão arterial.

O programa é uma atividade permanente que deverá ser planejado, executado e avaliado periodicamente pelo medico coordenador, tomando-se como base os riscos existentes no ambiente de trabalho.

A NR-7 amplia as atividades médicas tornando-as mais eficazes para a prevenção, o diagnóstico precoce e a adequação do trabalho à saúde, e estabelece critérios técnicos que estão em acordo com o atual estágio do conhecimento científico. Prevê a elaboração de um relatório, após doze meses da implantação do PCMSO, que inclui dados epidemiológicos por setor e planejamento das atividades para o ano seguinte. Determina ainda que, todas as informações obtidas no decorrer do programa, sejam arquivadas em prontuário clínico individual que ficarão sob a responsabilidade do médico coordenador pelo período de vinte anos após o desligamento do funcionário. Desta forma, o médico pode responder solidariamente à empresa, a qualquer demanda trabalhista, civil ou criminal.

Tendo em vista que o PCMSO é parte integrante do conjunto mais amplo de iniciativas da empresa no campo da saúde do funcionário, espero que as informações aqui contidas representem o ponto de partida de um processo evolutivo cujo objetivo seja o de proporcionar melhor qualidade de vida no trabalho, colaborando assim para a saúde da empresa.

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Este programa foi elaborado de acordo com a NR-7 e está em consonância com o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) NR-9 com base nos riscos à saúde dos funcionários, especialmente os identificados nas avaliações previstas nas demais NR’s da Portaria 3.214/78 do MTE.

4.1.5 Objetivos

O PCMSO tem como objetivos específicos:

- estabelecer ações necessárias, no campo da Saúde Ocupacional, visando à promoção da saúde, prevenção de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, recuperação e manutenção da saúde dos funcionários da empresa;

- garantir melhor qualidade de vida no trabalho gerando aumento da produtividade, da qualidade e da competitividade da empresa;

- criar e manter uma cultura prevencionista adequada à responsabilidade social da empresa, em todos os níveis hierárquicos, integrando esta, à atividade profissional; - padronizar e normatizar as ações voltadas à prática da Saúde Ocupacional;

- informar todos os funcionários dos riscos a que estão expostos, ou a ausência deles; - conscientizar os funcionários e empregadores, da divisão de responsabilidades, no

que concerne à prevenção de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, incluindo o uso de equipamentos de proteção individual (EPI), quando necessário; - aperfeiçoar o conhecimento técnico - científico dos funcionários e empregadores; - cumprir a legislação trabalhista em vigor.

4.1.6 Acidente de Trabalho

Acidente de trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.

Com relação ao acidente de trabalho cabe considerar os seguintes elementos: - o evento caracterizado como acidente;

- o nexo causal do evento com o exercício do trabalho; - o dano ocorrido;

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Conhecendo este conceito podemos, portanto, classificar os acidentes de trabalho como sendo:

- típicos - no conceito de acidente típico está implícito tratar-se de acidente no sentido restrito - evento súbito, fortuito, e inesperado - e relacionado diretamente com exercício do trabalho, ou seja, o que decorre diretamente ao exercido do trabalho, durante sua realização;

- trajeto - aqueles que são sofridos no percurso entre a residência e o trabalho; no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção;

- doenças ocupacionais - aquelas adquiridas ou desencadeadas em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente - doenças do trabalho; incluem também as doenças profissionais, aquelas produzidas ou desencadeadas, pelo exercício do trabalho especifica e diretamente.

As consequências determinadas pelo acidente de trabalho ocorrido podem ser:

- incapacidade temporária - consequente de acidentes que geraram afastamento no trabalho e que se subdividem em:

 menos de 15 dias: não geram benefícios previdenciários;  mais de 15 dias: geram benefícios previdenciários;

- incapacidade permanente - consequente de acidentes que geraram invalidez permanente;

- óbito - consequência de acidentes fatais;

- acidentes graves - serão considerados acidentes graves: acidentes com funcionário menor de 18 anos independente da gravidade; acidente ocular fratura fechada; fratura aberta ou exposta; fratura múltipla; traumatismo crânio-encefálico; traumatismo de nervos e medula espinhal-eletrocussão; asfixia traumática ou

estrangulamento; politraumatismo; afogamento; traumatismo de

tórax/abdome/bacia, com lesão; ferimento com menção de lesão visceral ou de músculo ou de tendão; amputação traumática; lesão por esmagamento; queimadura de III grau; traumatismo de nervos e da medula espinhal.

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4.1.6.1 Diferenças entre Acidentes e Incidentes

Um “incidente” pode ser definido como sendo um acontecimento não desejado ou não programado que venha a deteriorar ou diminuir a eficiência operacional da empresa. Os incidentes podem ser classificados como “quase acidentes” e não os acidentes com danos a propriedade ou com lesões leves não incapacitantes. Um quase acidente é uma ocorrência inesperada que apenas por pouco deixou de ser um acidente com um funcionário ou um acidente com um equipamento. Os “quase acidentes”, assim como os acidentes que não causam ferimentos ou outros tipos de lesão devem ser investigados quando reportados ou observados. Eles se constituem em “avisos” daquilo que pode ou provavelmente vai acontecer.

4.1.6.2 Procedimentos em Casos de Acidentes do Trabalho 4.1.6.2.1 Acidente no Local de Trabalho

A chefia imediata deverá acionar logo o serviço de segurança do trabalho ou o serviço social para as providências necessárias.

Na ausência da chefia o próprio funcionário acidentado poderá se dirigir ao serviço médico para o atendimento devido, enquanto o serviço de segurança do trabalho e ou serviço social serão acionados, a fim de que as providências imediatas sejam tomadas para emissão da CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho).

4.1.6.2.2 Esclarecimentos

A CAT é o instrumento oficial de comunicação de acidente do trabalho e que deve ser emitida sempre que ocorrer acidente do trabalho com ou sem afastamento.

4.1.6.3 Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT)

A empresa deverá comunicar o acidente de trabalho à Previdência Social, através da emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho - CAT, até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato à autoridade policial competente. A CAT deve ser feita independente de: haver morte ou perda ou redução da capacidade para o trabalho,

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seja essa permanente ou temporária e/ou ter provocado qualquer tipo de lesão corporal ou perturbação funcional ou ter exigido atenção médica.

O comunicado deve ser feito através do formulário próprio de Comunicação de Acidente do Trabalho - CAT adquirido nas papelarias ou nas Agências da Previdência Social ou através da Internet. Deverá ser preenchido em 04 (Quatro) vias, com a seguinte destinação:

- lª via - ao INSS; - 2ª via - à empresa;

- 3ª via - ao segurado ou dependente;

- 4ª via - ao sindicato de classe do trabalhador.

Nos 15 primeiros dias de afastamento do trabalho por acidente ou doença o funcionário receberá sua remuneração normalmente pela empresa.

Em caso de incapacidade para o trabalho por mais de 15 dias o funcionário acidentado deverá se dirigir ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) para requerer o beneficio acidentário e informar ao Setor de Registro e Controle de Pessoal.

Ocorrendo acidente do trabalho, será procedida pelo Serviço de Segurança cio Trabalho e pela CIPA a análise e investigação do acidente, quando serão levantadas as causas e circunstâncias que deram origem ao acidente, sendo emitido respectivo relatório contendo propostas de medidas preventivas e de ações corretivas para se evitar futuros acidentes.

4.1.6.4 Reabertura de CAT

As reaberturas deverão ser comunicadas ao INSS pela empresa ou beneficiário, quando houver reinício de tratamento ou afastamento por agravamento de lesão de acidente do trabalho ou doença ocupacional comunicado anteriormente ao INSS.

Na CAT de reabertura deverão constar as mesmas informações da época do acidente exceto quanto ao afastamento, último dia trabalhado, atestado médico e data da emissão, que serão relativos à data da reabertura.

4.1.6.5 Acidente na Via Pública

Ocorrendo Acidente no trajeto da residência-trabalho e vice-versa e ainda em serviços externos, providências idênticas às descritas no item acima deverão ser tomadas.

Caso não haja condições de avisar de imediato o serviço de segurança do trabalho da empresa, o funcionário acidentado deve se dirigir a um Pronto Socorro vinculado ao SUS

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(Sistema Único de Saúde). Os atestados de atendimento médico serão sempre exigidos confirmando data, horário e a ocorrência.

Caso o funcionário sofra agressão física, durante seu trajeto da residência-trabalho e vice versa, além dos procedimentos acima, deverá fazer registro através de ocorrência policial. O boletim de ocorrência policial deve ser apresentado quando de ocorrência externa onde se faz necessária como em casos de agressões e acidentes de trânsito.

4.1.7 Atividades do Programa

Foram realizados os exames Admissional, Periódico, Retorno ao Trabalho, Mudança de Função e Demissional, previstos na Norma Regulamentadora nº 7 (NR-7).

4.1.7.1 Exame Admissional

Foi realizado antes que o funcionário assuma suas atividades. Constará de anamnese geral e ocupacional para todas as funções. Os exames complementares, quando necessários, serão realizados conforme orientações.

Em função de características epidemiológicas, regionais e do estilo de vida, outros exames complementares poderão ser solicitados, a critério médico.

4.1.7.2 Exame Periódico

Fica estabelecido que o exame periódico será anual, independentemente da idade do funcionário, para todas as funções.

Em casos especiais, quando se fizer necessário, a periodicidade do exame poderá ser diminuída a critério médico ou acordo coletivo da classe laboral.

O exame periódico constará de anamnese geral e ocupacional para todas as funções. 4.1.7.3 Exame de Retorno ao Trabalho

No caso do funcionário afastar-se por período igual ou superior a 30 (trinta) dias por motivo de doença ou acidente, de natureza ocupacional ou não, ou parto, o exame de retorno ao trabalho deverá ser realizado obrigatoriamente no primeiro dia de volta à atividade laboral.

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Os exames complementares serão realizados a critério do Médico Examinador, considerando-se fundamentalmente o motivo do afastamento.

4.1.7.4 Exame de Mudança de Função

Entende-se por mudança de função toda e qualquer alteração de atividade, posto de trabalho ou de setor que implique na exposição do funcionário a risco diferente daquele a que estava exposto antes da mudança.

Deverá ser realizado sempre antes de o trabalho assumir a nova função laboral, sendo feita avaliação clínica e os exames complementares sugeridos para o exame admissional da nova área de risco proposta.

4.1.7.5 Exame Demissional

Deverá ser realizado, obrigatoriamente até a data da homologação, caso o último exame periódico tenha sido efetuado há mais de 90 dias que antecedem o desligamento definitivo do funcionário.

Constará de avaliação clínica para todas as funções.

A execução dos exames fica sob responsabilidade do Corpo Técnico da Clínica SOL Saúde Ocupacional Ltda. - Segurança e Medicina do Trabalho.

4.1.8 Implantação

Após os cumprimentos de todos os procedimentos a que os candidatos foram submetidos, será emitido o ASO (Atestado de Saúde Ocupacional), com duas vias, as quais serão assinadas pelo funcionário e pelo Médico Coordenador ou Médico Examinador (designado pelo Coordenador do PCMSO), devendo o funcionário ficar com a segunda via e a primeira deverá ficar arquivada no local de trabalho à disposição da fiscalização.

O conteúdo do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional deverá ser de conhecimento dos funcionários da empresa.

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4.1.8.1 Elaboração do Prontuário Médico

Nesta etapa deve ser realiza-se a anamnese clínica ocupacional dos funcionários, exames clínicos e quando necessários exames complementares e de acordo com análise dos riscos ambientais, lista de doenças e vacinas necessárias ao controle de endemias do local. Fornecida pela OMS (Organização Mundial de Saúde), teve ser traçada as respectivas periodicidades das vacinações e dos exames clínicos e complementares dos funcionários.

Os dados obtidos nos exames médicos, incluindo avaliação clínica e exames complementares, as conclusões e as medidas aplicadas deverão ser registradas em prontuário clínico individual, que ficará sob a responsabilidade do médico-coordenador do PCMSO. Os registros dos prontuários clínicos individuais deverão ser mantidos por período mínimo de 20 (vinte) anos após o desligamento do trabalhador, conforme item 7.4.5 e 7.4.5.1 da NR. 7. 4.1.8.1.1 Exames Complementares

A partir da avaliação clínica durante o exame Admissional de acordo com a função, idade e sexo, os exames Complementares serão solicitados a critério do Médico do Trabalho. 4.1.8.1.2 Critério para a Realização dos Exames

Adota-se critério clinica epidemiológico para análise da relação entre a saúde e o trabalho.

O caráter dos exames e preventivo de investigação e diagnóstico antecipado de problemas que possam alterar a saúde relacionada aos trabalhos.

Deve ser analisada também a existência de doenças profissionais ou de possíveis danos à saúde dos funcionários.

Após análise criteriosa dos exames, será fornecido o ASO (Atestado de Saúde Ocupacional).

4.1.8.2 Atestado de Saúde Ocupacional (ASO)

No ASO deverá ser emitido sempre e somente após a realização dos exames médicos sendo em 2 vias (uma da empresa e urna do funcionário). O ASO deverá conter:

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- nome completo do funcionário;

- nome da empresa ou subcontratada, número do contrato; - CPF ou RG;

- idade; - função;

- riscos e exames de acordo com o PCMSO atualizado; - exames realizados com as datas corretas;

- indicação de apto ou inapto; - nome do médico coordenador;

- carimbo e assinatura legíveis do médico examinador; - assinatura do funcionário.

4.1.9 Programa de Conservação Auditiva – PCA

O Programa de Conservação Auditiva – PCA – consiste de uma série de medidas intermediárias aplicadas enquanto as definitivas de engenharia estão em curso, e que visam à prevenção da PAIR ou de seu agravamento. Em resumo são as seguintes as medidas de ordem ocupacional a serem seguidas neste PCA:

- exames médicos admissional, periódico anual, de mudança de função, retorno ao trabalho e demissional, considerando dados importantes na anamnese e exame clinico no que se refere ao sistema auditivo;

- exame audiométrico realizado por equipe de fonoaudióloga treinada nas seguintes situações:

 no momento da admissão, no sexto mês após a primeira Audiometria e depois anualmente e na demissão do funcionário;

 no caso da Audiometria demissional poderá ser aceito exame realizado até 90 (noventa) dias retroativos em relação ao exame;

- encaminhar todos os funcionários com perda auditiva para avaliação especializada com otorrinolaringologista, inclusive os casos de perdas auditivas não-ocupacionais;

- comunicar ao INSS os casos definidos de PAIR e os Ca505 de agravo;

- providenciar o afastamento do trabalho ou mudança de função no caso de PAIR com Audiometria inicial normal ou agravo de exame, emitindo CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho);

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- reavaliar anualmente o PCA em conjunto com os responsáveis da empresa; - redução do ruido na fonte, quando aplicável.

4.1.9.1 Limites de Tolerância

A legislação atual estabelece limites de tolerância para exposição ao ruído e a jornada diária permissível para cada nível medido. Devemos entender esses limites como níveis de pressão sonora e de exposição, aos quais a maioria dos funcionários podem estar exposta cem que disto resulte um efeito adverso. No entanto, é importante salientar que cada indivíduo tem uma sensibilidade diferente e os dados referem-se à maioria dos Funcionários. Em consequência disto, uma pequena porcentagem de funcionários pode apresentar efeitos nocivos apesar de estarem expostos a valores inferiores aos referidos, ou seja, isso torna os exames médico periódicos realmente importantes; A tabela 1 apresenta os limites de tolerância para ruídos.

Tabela 1 NR -15 - Limites de tolerância para ruído contínuo e intermitente

Nível de Ruído dB (A) Máxima Exposição Diária Permissível

Horas (h) e Minutos ( ´ ) Nível de Ruído dB (A)

Máxima Exposição Diária Permissível Horas

(h) e Minutos ( ´ ) 85 8 h 98 1 h e 15´ 86 7h 100 1h 87 6h 102 45´ 88 5h 104 35´ 89 4h e 30´ 105 30´ 90 4h 106 25´ 91 3h e 30 ´ 108 20´ 92 3h 110 15´ 93 2h e 40´ 112 10´ 94 2h e 15´ 114 8´ 95 2h 115 7´ 96 1h e 45´

4.1.9.2 Ruído e Perda Auditiva Induzida pelo Ruído

Ruído é um fenômeno físico que, no caso da Acústica, índica uma mistura de sons cujas frequências não seguem nenhuma lei precisa. E frequente encontrar ‘ruído’ sendo utilizado como sinônimo de barulho, no sentido de som indesejável, de percepção desagradável. Das variadas características dos sons, existem duas que nos interessam para aplicações na Saúde Ocupacional. São a amplitude e a frequência. A amplitude define a intensidade (ou o “volume”) do som. A frequência define se determinado som é grave (baixa frequência) ou agudo (alta frequência).

(41)

A amplitude é medida numa unidade denominada decibel (dB) que é um logaritmo da pressão sonora medida. Sendo um logaritmo, não podemos pensar em decibéis no raciocínio matemático comum. Ou seja, se uma máquina produz 90 dB em seu funcionamento e colocamos outra máquina idêntica ao seu lado, o total medido no ambiente não é s8o dB. Por cálculos mais complexos, sabemos que o total de 93 dB. Consideramos esta informação de grande importância, pois quando iniciamos um programa para sanear o ambiente de trabalho, deve-se ter em mente que reduzir 3 dB do nível de ruído requer muito esforço e planejamento. A frequência do som é medida em Hertz (Hz), e o ouvido humano tem sensibilidade variada para cada faixa de frequência. Na comunicação oral as faixas de frequência mais utilizadas são as de 500, 1000 e 2000 Hz. Esta informação é importante para entendermos, adiante, o que ocorre na Perda Auditiva Induzida pelo Ruído (PAIR).

4.1.9.3 Efeitos do Ruído

Os efeitos do ruído vão desde uma ou mais alterações passageiras até graves defeitos irreversíveis.

4.1.9.4 Efeitos sobre o Sistema Auditivo Basicamente são de três tipos:

- perda auditiva temporária: ocorre após a exposição do indivíduo a ruído intenso, mesmo por um curto período de tempo. Isto pode ser observado, na prática, quando, após termos estado em um local ruidoso por algum tempo, notamos certa dificuldade de audição, ou precisamos falar mais forte para sermos ouvidos. A condição de perda permanece temporariamente, sendo que a audição normal retorna após algum tempo;

- trauma acústico: é a perda auditiva repentina após a exposição a ruídos intenso como, por exemplo, uma explosão. Dependendo da extensão do trauma, a perda auditiva pode ser temporária ou permanente e sua recuperação pode ser total ou parcial;

- perda auditiva induzida pelo ruído (PAIR): é a surdez permanente que se origina da exposição repetida ao ruído durante anos de trabalho. E a nossa grande preocupação porque, como existe lesão nas células nervosas, ela é irreversível. Ou seja, nunca mais recuperamos o que perdemos. Além disso, a perda auditiva inicia-se em

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