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19-TESEDEDOUTORADO-APÊNDICEK-RESULTADOSDEMOGRAFIA

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Academic year: 2021

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APÊNDICE K

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Apêndice K - Resultados da Análise de Dados Demográficos

Nesta Seção dos Resultados, faz-se o relato dos dados demográficos que foram colhidos através do questionário enviado à amostra aleatória estratificada de 1.188 sujeitos. Responderam à solicitação do pesquisador 421 moradores, em posição de responsabilidade dentro de seus domicílios.

Sexo

Dos 421 respondentes, 187 (44,4%) são do sexo masculino, 225 (53,5%) são do sexo feminino, e 9 (2,1%) não declararam o sexo. Considera-se as proporções dos sexos na faixa etária média dos respondentes (50,49 anos), segundo o anuário Estatístico do Distrito Federal (2001). Para a população do DF, há 46,48% de homens e 53,52% de mulheres. Verifica-se que a diferença entre essas proporções não é estatisticamente significativa (z = -0,44; p = 0,3336). Ou seja, a distribuição das idades médias do conjunto de respondentes não difere da distribuição de idades médias de população do DF, dentro de um intervalo de confiança de ± 5,995% (p = 0,05).

Na Asa Sul, registrou-se 123 respondentes do sexo feminino e 97 respondentes do sexo masculino, sendo que 8 respondentes não declararam seu sexo. Essa diferença entre os números de respondentes de Superquadras da Asa Sul com base em seus respectivos sexos não é estatisticamente significativa (p = 0,3336). Na Asa Norte, registrou-se 90 respondentes do sexo masculino e 102 respondentes do sexo feminino, sendo que apenas 1 respondente não declarou seu sexo. Essa diferença entre os números de respondentes de Superquadras da Asa Sul com base em seus respectivos sexos não é estatisticamente significativa (p = 0,3192).

Para o conjunto dos respondentes constatou-se:

- Correlação positiva estatisticamente significativa (r= 0,258; p<0,01, bilateral), entre o sexo dos respondentes e seu estado civil. Ou seja, os moradores do sexo masculino, e casados, teriam maior probabilidade de ser respondentes; os moradores do sexo feminino e não-casadas – solteiras ou em outra condição civil - teriam maior probabilidade de ser respondentes;

- Correlação positiva estatisticamente significativa (r= 0,258; p<0,01, bilateral), entre o sexo dos respondentes e sua formação - Primeiro Grau completo ou incompleto, Segundo Grau completo ou incompleto, Curso Superior completo ou

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incompleto, Mestrado ou Doutorado completo ou incompleto, ou outra formação. Ou seja, os moradores do sexo masculino e com menor grau de formação teriam maior probabilidade de ser respondentes; as moradoras com maior grau de formação teriam maior probabilidade de ser respondentes.

- Correlação positiva estatisticamente significativa (r= 0,144; p<0,01), entre o sexo dos respondentes e o tempo de habitação no Distrito Federal; os moradores do sexo masculino e com menos anos de habitação no Distrito Federal teriam maior probabilidade de ser respondentes; os moradores do sexo feminino e não-casadas – solteiras ou em outra condição civil - teriam maior probabilidade de ser respondentes;

Idade

Para a análise estatística da idade dos respondentes foram utilizadas duas escalas: a) uma escala com as contagens das idades declaradas pelas pessoas; e b) uma escala intervalar, de classes etárias, onde 1 = idade de 10 a 19 anos; 2 = idade de 20 a 29 anos; 3 = idade de 30 a 39 anos; 4 = idade de 40 a 49 anos; 5 = idade de 50 a 59 anos; 6 = idade de 60 a 69 anos; 7 = idade de 70 a 79 anos; 8 = idade de 80 a 89 anos.

Tabela K-37. Freqüências de respondentes por classe etária

Freqüência Percentual Percentual Válido Percentual Cumulativo Classes Etárias 1,00 2 0,5 0,5 0,5 2,00 20 4,8 5,0 5,5 3,00 68 16,2 16,9 22,3 4,00 115 27,3 28,5 50,9 5,00 90 21,4 22,3 73,2 6,00 59 14,0 14,6 87,8 7,00 39 9,3 9,7 97,5 8,00 10 2,4 2,5 100,0 Não responderam 18 4,3 Total 421 100,0

Nota: 1 = idade de 10 a 19 anos; 2 = idade de 20 a 29 anos; 3 = idade de 30 a 39 anos; 4 =

idade de 40 a 49 anos; 5 = idade de 50 a 59 anos; 6 = idade de 60 a 69 anos; 7 = idade de 70 a 79 anos; 8 = idade de 80 a 89 anos.

A média de idade do conjunto dos respondentes é de 50,50 anos, com um desvio padrão σ = 14,24 anos. Para o conjunto dos respondentes, a média de idade dos homens é

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51,60 (σ = 15,16 anos); a média de idade das mulheres é 49,46 anos (σ = 13,31). O Distrito Federal, nessa faixa etária de 50-54 anos, registrava no ano de 2000 um total de 11.455 pessoas, das quais 5.125 (44,74%) do sexo masculino e 6.330 (55,26%) do sexo feminino (Governo do Distrito Federal, 2008). Consideradas as proporções dos sexos no contexto da amostra de respondentes e no contexto da população do Distrito Federal, essas diferenças etárias não são significativamente diferentes (t = 1,17; p = 0,1210, para as mulheres, num teste unilateral).

A média de idade dos respondentes da Asa Norte (188 forneceram a idade, 5 não forneceram) é de 46,87 anos, com um desvio padrão σ = 12,89 anos. A média de idade dos respondentes da Asa Sul (214 forneceram a idade, 14 não forneceram) é de 53,66 anos, com um desvio padrão σ = 14,63 anos. Considerou-se a Asa Norte e a Asa Sul como amostras aleatórias independentes, o teste t de Student aplicado às duas idades médias produz um valor de t (187)= 4,946, que tem probabilidade p < 0,001. A diferença entre as idades médias dos respondentes da Asa Norte (de menos idade) e da Asa Sul (mais idosos) é estatisticamente significativa.

Tabela K-38. Freqüências e porcentagens de respondentes por classe etária e localidade Grupo Etário / Localidade Até 19 anos 20 a 29 anos 30 a 39 anos 40 a 49 anos 50 a 59 anos 60 a 69 anos 70 a 79 anos 80 a 89 anos Asa Norte - (6,2%) 12 (23,8%) 46 (30,1%) 58 (22,8) 44 (9,8%) 19 (3,1%) 6 (1,6%) 3 Asa Sul 2 (0,9%) 8 (3,5%) 22 (9,6%) 57 (25,0%) 47 (20,6%) 40 (17,5%) 32 (14,0%) 7 (3,1%) Total (0,5%) 2 (4,9%) 20 (16,2%) 68 (27,4%) 115 (21,7%) 91 (14,2%) 59 (9,2%) 38 (2,6%) 10 Grupo Etário / Sexo

Asa Sul Até 19 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 a 79 80 a 89 Sexo Masc. (0,9%) 2 (2,3%) 5 (4,4%) 10 (7,4%) 16 (9,8%) 21 (8,8%) 20 (7,9%) 17 (2,3%) 5 Sexo Fem - (1,4%) 3 (5,6%) 12 (19,0%) 4 (12,0%) 26 (8,8%) 20 (6,5%) 15 (0,9%) 2 Grupo Etário /

Sexo

Asa Norte Até 19 20 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 a 69 70 a 79 80 a 89

Sexo Masc. - 7 16 30 23 10 2 2

Sexo Fem - 5 30 28 21 9 4 1

Na Asa Norte, 28 respondentes declararam ter mais de 60 anos de idade. Quatorze (n = 14) desses respondentes são do sexo feminino. Na Asa Sul, 79 respondentes declararam ter mais de 60 anos de idade. A maioria desses respondentes é do sexo masculino (42), contra 37 respondentes do sexo feminino. Essa diferença não é estatisticamente significativa (p = 0,2877).

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Observa-se que as coortes da população masculina de respondentes da Asa Sul são aproximadamente iguais nos grupos etários de 40-49 anos, 50-59 anos, 60-69 anos, e 70-79 anos. A média da idade dos respondentes do sexo masculino da Asa Sul é de 55,23 anos (desvio padrão de 16,19 anos). Já a população feminina de respondentes da Asa Sul apresenta-se concentrada nos grupos etários de 40-49 anos e 50-59 anos, em proporções significativamente superiores às correspondentes coortes masculinas. A média da idade dos respondentes do sexo feminino da Asa Sul é de 52,24 anos (desvio padrão de 13,11 anos). Numericamente, os homens são mais numerosos nessas coortes (37 homens contra 30 mulheres). A diferença entre essas proporções médias (15,5% para as mulheres, 8,6% para os homens), contudo, não é estatisticamente significativa (valor-z para as proporções é de z = 1,16; p = 0,1230) nessas coortes.

Para o conjunto dos respondentes constatou-se:

- Correlação negativa estatisticamente significativa (r= - 0,128; p<0,05) entre a classe de idade dos respondentes e o número de pessoas com que coabita no seu atual apartamento; os moradores de mais idade que moram sós ou coabitam com um número menor que a mediana, na sua classe de idade, de pessoas em seus respectivos apartamentos teriam maior probabilidade de ser respondentes; os moradores de menos idade que coabitam com um número maior que a mediana, em suas respectivas classes de idade, de pessoas em seus respectivos apartamentos teriam maior probabilidade de ser respondentes;

- Correlação positiva estatisticamente significativa (r= 0,552; p<0,01) entre a classe de idade dos respondentes e o número de anos de habitação no seu atual apartamento; os moradores de mais idade que habitam há um número relativamente maior de anos em seus respectivos apartamentos teriam maior probabilidade de ser respondentes;

- Correlação positiva estatisticamente significativa (r= 0,541; p<0,01) entre a classe de idade dos respondentes e o número de anos de habitação na superquadra; os moradores de mais idade que habitam há um número relativamente maior de anos na atual superquadra teriam maior probabilidade de ser respondentes;

- Correlação positiva estatisticamente significativa (r= 0,406; p<0,01) entre a classe de idade dos respondentes e o número de anos de habitação no Distrito Federal; os moradores de mais idade que habitam há um número relativamente maior de anos no Distrito Federal teriam maior probabilidade de ser respondentes;

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- Correlação negativa estatisticamente significativa (r= - 0,129; p<0,01) entre a classe de idade dos respondentes e o número de anos de habitação no Distrito Federal e a sua formação - Primeiro Grau completo ou incompleto, Segundo Grau completo ou incompleto, Curso Superior completo ou incompleto, Mestrado ou Doutorado completo ou incompleto, ou outra formação; os moradores de mais idade com um grau de formação relativamente menor, em sua classe de idade teriam maior probabilidade de ser respondentes; os moradores de menos idade com um grau de formação relativamente maior, em sua classe de idade teriam maior probabilidade de ser respondentes;

O perfil etário dos respondentes, sua ocupação, educação e estado civil, nos permite afirmar que a pesquisa foi respondida, de modo geral, por lideranças dos settings residenciais: (a) um dos dois “cabeças do casal”, ou (b) a pessoa com maior responsabilidade no setting residencial, apta a assumir sua representação. Contudo, os dados obtidos não nos permitem ser conclusivos quanto ao caráter de tipo de representação obtida ou desejada, de cada tipo de setting residencial. Essa informação efetivamente conduziria a um desenho de pesquisa baseado em tipos de settings residenciais, e numa teoria ad hoc acerca do papel dessa representação, sobretudo aplicada ao uso de instrumentos de survey pelos correios, como é o caso do desenho da presente pesquisa.

Tempo de Moradia no Apartamento, na Superquadra, no Distrito Federal

O tempo médio de moradia dos respondentes no atual apartamento, como sede física do setting residencial ou domicílio, na superquadra e no Distrito Federal, para o conjunto dos respondentes é, respectivamente, de 11,69 anos (σ = 10,83 anos); 12,43 anos (σ = 10,95 anos); e 27,44 anos (σ = 13,06 anos). Esses dados mostram que os respondentes são, em média, moradores que tiveram tempo suficiente para conhecer a rede local de

settings. Não se obtiveram dados sobre o tempo médio de habitação no atual apartamento,

na superquadra, no Distrito Federal, dos moradores dessa faixa de superquadras 300. Não é possível afirmar que esse grupo respondente de veteranos moradores se destaca significativamente da população.

Para a Asa Norte, o tempo médio de moradia dos respondentes no atual apartamento, na superquadra e no Distrito Federal é, respectivamente, de 8,78 anos (σ = 7,93 anos); 9,34 anos (σ = 8,11 anos), e 24,95 anos (σ = 13,34 anos). Para a Asa Sul, tempo médio de moradia dos respondentes no atual apartamento, na superquadra e no

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Distrito Federal é, respectivamente, de 14,19 anos (σ = 12,30 anos); 15,12 anos (σ = 12,34 anos), e 29,61 anos (σ = 12,42 anos).

Foram registradas as seguintes correlações entre os tempos de moradia dos respondentes:

- Correlação positiva estatisticamente significativa (r= 0,935; p<0,01), com uma extraordinária aderência, entre o tempo que respondentes habitam no seu atual apartamento e o tempo em que respondentes habitam na respectiva superquadra; os moradores que habitam por mais tempo na respectiva superquadra e por mais tempo nos atuais apartamentos que ocupam teriam maior probabilidade de ser respondentes;

- Correlação positiva estatisticamente significativa (r= 0,360; p<0,01), entre o tempo que respondentes habitam no seu atual apartamento e o tempo que os respondentes habitam no Distrito Federal; os moradores que habitam por mais tempo no Distrito Federal e por mais tempo nos atuais apartamentos que ocupam teriam maior probabilidade de ser respondentes;

- Correlação positiva estatisticamente significativa (r= 0,380; p<0,01), entre o tempo que respondentes habitam na respectiva superquadra e o tempo que os respondentes habitam no Distrito Federal; os moradores que habitam por mais tempo no Distrito Federal e por mais tempo na respectiva superquadra teriam maior probabilidade de ser respondentes;

- Correlação positiva estatisticamente significativa (r= 0,524; p<0,01), entre a idade dos respondentes e o tempo de habitação na respectiva superquadra; os moradores com mais idade e com mais tempo de habitação na respectiva superquadra teriam maior probabilidade de ser respondentes;

- Correlação positiva estatisticamente significativa (r= 0,386; p<0,01), entre a idade dos respondentes e o tempo de habitação no Distrito Federal; os moradores com mais idade e com mais tempo de habitação no Distrito Federal teriam maior probabilidade de ser respondentes; os moradores com menos idade e com menos tempo de habitação no Distrito Federal teriam maior probabilidade de ser respondentes;

- Correlação positiva estatisticamente significativa (r= 0,935; p<0,01), entre o tempo de habitação no seu respectivo apartamento e o tempo de habitação na sua superquadra; os moradores com mais tempo de habitação no seu respectivo

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apartamento e com mais tempo de habitação na sua superquadra teriam maior probabilidade de ser respondentes;

- Correlação positiva estatisticamente significativa (r= 0,360; p<0,01), entre o tempo de habitação no seu respectivo apartamento e o tempo de habitação no Distrito Federal; os moradores com mais tempo de habitação no seu respectivo apartamento e com mais tempo de habitação no Distrito Federal teriam maior probabilidade de ser respondentes;

Status da Moradia

Para o conjunto da amostra pesquisada, as informações sobre o status da moradia foi fornecida por 405 respondentes (97,60% do total). Resulta que os apartamentos de 305 (72,4%) respondentes são próprios; os apartamentos de 60 (14,3%) respondentes são alugados; os apartamentos de 40 (9,5%) respondentes são funcionais. Dos apartamentos em “outra situação”, o dado é que os apartamentos de 6 (1,4%) respondentes são cedidos, do total da amostra.

Na Asa Norte, as questões sobre a situação da moradia (ver Dados Demográficos, p. 95) foram respondidas por 189 pessoas (97,9% dos respondentes). A maioria das moradias dos respondentes é própria (133 domicílios, ou 68,90%). Dos respondentes que indicaram “outra situação” de moradia (4 respondentes), apenas 2 respondentes explicitaram a condição de domicílio “cedido”. Na Asa Sul, as questões sobre a situação da moradia foram respondidas por 216 pessoas (94,70% dos respondentes). A maioria das moradias dos respondentes é própria (172 domicílios, ou 75,40%). Dos respondentes que indicaram “outra situação” de moradia (12 respondentes), apenas 4 respondentes explicitaram a condição de domicílio “cedido”.

Tabela K-39. Status da moradia

Localidade Apto. Próprio Apto. Alugado Apto. Funcional Outro

Asa Norte 133 (68,9%) 30 (15,5%) 26 (13,5%) 4 (2,1%)

Asa Sul 172 (75,40%) 30 (13,20%) 14 (6,10%) 12 (5,30%)

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Examinaram-se as correlações entre essas variáveis relativas ao status do domínio sobre o apartamento, se é próprio, alugado, funcional, ou cedido. Constata-se, que para o conjunto dos respondentes:

- Correlação negativa estatisticamente significativa (r= -0,308; p<0,01) entre o status de moradia e a idade dos respondentes; os moradores de mais idade que são proprietários do apartamento que habitam teriam maior probabilidade de ser respondentes;

- Correlação negativa estatisticamente significativa (r= -0,295; p<0,01) entre o status de moradia e o tempo que respondentes habitam no atual apartamento; os moradores que são proprietários do apartamento que habitam e com relativamente mais tempo de moradia nesse seu apartamento teriam maior probabilidade de ser respondentes;

- Correlação negativa estatisticamente significativa (r= -0,288; p<0,01) entre o status de moradia e o tempo que respondentes habitam na atual superquadra; os moradores que são proprietários do apartamento que habitam e com relativamente mais tempo de moradia na atual superquadra teriam maior probabilidade de ser respondentes;

- Correlação negativa estatisticamente significativa (r= -0,440; p<0,01) entre o status de moradia e o tempo que respondentes habitam no Distrito Federal; os moradores que são proprietários do apartamento que habitam e com relativamente mais tempo de moradia no Distrito Federal em questão teriam maior probabilidade de ser respondentes;

Número de Moradores nos Settings Residenciais

A média de moradores por setting residencial, com base nas declarações dos respondentes (n = 406), é de 3,16 moradores (σ = 1,34); na Asa Norte é de 3,20 (σ = 1,33; n = 188), na Asa Sul é de 3,13 (σ = 1,36; n = 218).

Examinaram-se as correlações entre essas variáveis relativas ao status do domínio sobre o apartamento, se é próprio, alugado, funcional, ou cedido.

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Tabela K-40. Número de moradores por setting residencial Número de moradores por setting residencial

Freqüencias Um Dois Três Quatro Cinco Seis Sete Subtotal

Não declararam Total Freqüência de settings correspondente 46 (10,9%) 94 (22,3%) 99 (23,5%) 101 (24,0%) 49 (11,6%) 15 (3,6%) 2 (0,5%) 406 (96,4%) 15 (3,6%) 421 (100,0%) Freqüência de settings correspondente – Asa Norte 20 (10,4%) 43 (22,3%) 43 (22,3%) 51 (26,4%) (11,9%)23 8 (4,1%) - 188 (97,4%) 5 (2,6%) 193 (100,0%) Freqüência de settings correspondente – Asa Sul 26 (11,4%) 51 (22,4%) 56 (24,6%) 50 (21,9%) 26 (11,4%) 7 (3,1%) 2 (0,9%) 218 (95,6%) 10 (4,4%) 228 (100,0%)

Constata-se, que para o conjunto dos respondentes:

- Correlação negativa estatisticamente significativa (r= -0,124; p<0,05), entre o número de moradores no respectivo setting residencial, ou a densidade do setting, e a sua idade; os moradores de mais idade que habitam os settings residenciais menos populosos teriam maior probabilidade de ser respondentes;

- Correlação negativa estatisticamente significativa (r= -0,378; p<0,01), entre o número de moradores no respectivo setting residencial, ou a densidade do setting, e seu estado civil; os moradores casados que habitam os settings residenciais mais populosos teriam maior probabilidade de ser respondentes.

Estado Civil

Dos 421 respondentes, 249 (59,14%) se declararam casados, 60 (14,30%) se declararam solteiros, 102 (24,2%) se disseram em outra situação, e 10 (2,4%) respondentes omitiram essa informação pessoal. Dentre os casados, registrou-se 137 respondentes do sexo masculino e 112 respondentes do sexo feminino. A diferença entre suas respectivas proporções (55% e 45%) é estatisticamente significativa (z=1,71; p=0,0436), ou seja, os homens casados estão mais representados do que seria de se esperar, para um erro amostral de ± 0,0497 no valor-z.

Dentre os solteiros, tem-se 24 respondentes do sexo masculino e 36 respondentes do sexo feminino. A diferença entre suas respectivas proporções (40% e 60%) é estatisticamente significativa (z=3,43; p<0,01), ou seja, as mulheres solteiras estão mais representadas do que seria de esperar, para um erro amostral de ± 0,0998 no valor-z.

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Dentre os que assinalaram “outra condição civil”, tem-se 25 respondentes do sexo masculino e 76 respondentes do sexo feminino. A diferença entre suas respectivas proporções (24,74% e 75,26%) é estatisticamente significativa (z=8,67; p<0,01), ou seja, as mulheres em “outra condição” civil estão acentuadamente mais representadas do que seria de esperar, para um erro amostral de ± 0,2522 no valor-z.

Na Asa Norte (n = 192), registrou-se 130 (67,7%) respondentes casados, 23 respondentes solteiros (12,0%), e 39 respondentes em outro estado civil (20,3%). Na Asa Sul (n = 219) registra-se 119 respondentes casados (54,3%), 37 respondentes solteiros (19,6%), e 63 respondentes em outro estado civil (28,8%). Ao examinar as proporções de sexos em cada grupo de estado civil, para a Asa Norte, para a Asa Sul, e total (Tabelas L-43, L-44 e L-45) verifica-se que:

- A proporção de mulheres casadas na Asa Sul é significativamente sub-representada entre os respondentes (n = 51; z = -1,81; p = 0,0351);

- A proporção de mulheres em outra condição civil (não são casadas, não são solteiras), na Asa Sul, é significativamente super-representada entre os respondentes (n = 49; z = 1,89; p = 0,0294);

- A proporção de mulheres casadas na Asa Norte é significativamente super-representada entre os respondentes (n = 61; z = 1,98; p = 0,0239).

Tabela K-41. Freqüências dos respondentes por sexo, estado civil e localidade

Casado Solteiro Outro Total

Masculino 69 9 12 90 Feminino 61 14 27 102 Asa Norte Total 130 23 39 192 Masculino 68 15 13 96 Feminino 51 22 49 122 Asa Sul Total 119 37 62 218 Masculino 137 24 25 186 Feminino 112 36 76 224 Geral Total 249 60 101 410

Examinaram-se as correlações entre essas variáveis relativas ao estado civil dos respondentes, se casados, solteiros ou em outra condição.

Constata-se, que para o conjunto dos respondentes:

- Correlação positiva estatisticamente significativa (r= 0,104; p<0,05), entre o estado civil dos respondentes e o tempo de habitação no seu respectivo apartamento; os moradores casados e com menos anos de habitação no seu

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respectivo apartamento teriam maior probabilidade de ser respondentes; os moradores não-casados – solteiros ou em outra condição civil – e com mais anos de habitação no seu respectivo apartamento teriam maior probabilidade de ser respondentes;

- Correlação positiva estatisticamente significativa (r= 0,101; p<0,05), entre o estado civil dos respondentes e o tempo de habitação no seu atual apartamento; os moradores casados e com menos anos de habitação no seu atual apartamento teriam maior probabilidade de ser respondentes; os moradores do sexo feminino, e moradoras com mais anos no seu atual apartamento, teriam maior probabilidade de ser respondentes;

- Correlação positiva estatisticamente significativa (r= 0,130; p<0,01), entre o estado civil dos respondentes e o tempo de habitação na sua respectiva superquadra; os moradores casados e com menos anos de habitação na sua respectiva superquadra teriam maior probabilidade de ser respondentes; os moradores do sexo feminino e moradoras com mais anos na sua respectiva superquadra teriam maior probabilidade de ser respondentes;

- Correlação positiva estatisticamente significativa (r= 0,151; p<0,01), entre o estado civil dos respondentes e o tempo de habitação no Distrito Federal; os moradores casados e com menos anos de habitação no Distrito Federal teriam maior probabilidade de ser respondentes; os moradores do sexo feminino e moradoras com mais anos de habitação no Distrito Federal teriam maior probabilidade de ser respondentes;

Emprego

Dos 421 respondentes, apenas 300 (71,26%) responderam ao item do questionário sobre seu atual emprego, escolhendo entre opções como: Empregado do Setor Público, Empregado do Setor Privado, Desempregado, Autônomo ou Empresário, Profissional Liberal em Atividade Privada.

Dos 300 respondentes, 192 (64%) declararam ser Empregados do Setor Público; 34 (11,3%) declararam ser Empregados do Setor Privado; 11 (3,7%) disseram-se desempregados; 43 (14,3%) disseram-se Autônomos ou Empresários; e 20 (6,7%) disseram-se Profissionais Liberais em Atividade Privada. Contudo, 114 pessoas responderam à variável que complementa esse item (variável OUTEMPRE), em que

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poderiam escrever a sua atual situação de emprego e ocupação. Desses respondentes, tem-se que 99 (86,44%) pessoas distem-seram-tem-se apotem-sentados; 5 pessoas (4,18%) distem-seram-tem-se de prendas domésticas; 7 (6,10%) pessoas disseram-se estudantes; 2 (1,71%) pessoas disseram-se militares, e 1 (1,71%) pessoa se disse político profissional; 6 (1,42%) pessoas, do total de 421 respondentes, não deram a informação solicitada.

Examinaram-se as correlações entre essas variáveis demográficas. Constatou-se pouco relacionamento entre a variável de emprego e as demais variáveis demográficas. Para o conjunto dos respondentes verifica-se:

- Correlação negativa estatisticamente significativa (r = - 0,126; p < 0,05) entre o status da moradia e o tipo de emprego; os moradores empregados do setor público ou do setor privado e proprietários de seus respectivos imóveis eram mais provavelmente respondentes; os moradores autônomos, empresários ou profissionais liberais que moravam em imóveis alugados eram mais provavelmente respondentes.

Formação

Dos 421 respondentes, 413 responderam a esse item. Um total de 5 (1,2%) pessoas disse ter o Primeiro Grau Completo ou Incompleto; 34 (8,2%) pessoas disseram ter o Segundo Grau Completo ou Incompleto; 253 pessoas (61,3%) disseram ter Curso Superior Completo ou Incompleto; 121 (29,3%) pessoas disseram ter Mestrado ou Doutorado Completo ou Incompleto.

Na Asa Norte, dos 193 respondentes, apenas 1 pessoa não respondeu a esse item; 4 (2,1%) pessoas disseram ter o Primeiro Grau Completo ou incompleto; 9 (4,7%) pessoas disseram ter o Segundo Grau Completo ou incompleto; 117 pessoas (60,9%) disseram ter Curso Superior Completo ou incompleto; 62 (32,3%) pessoas disseram ter Mestrado ou Doutorado Completo ou Incompleto. Na Asa Sul, dos 228 respondentes apenas 7 pessoas não responderam a esse item. 1 (0,5%) pessoa disse ter o Primeiro Grau Completo ou incompleto; 25 (4,7%) pessoas disseram ter o Segundo Grau Completo ou incompleto; 136 pessoas (61,5%) disseram ter Curso Superior Completo ou incompleto; 59 (25,9%) pessoas disseram ter Mestrado ou Doutorado Completo ou Incompleto.

O exame das proporções entre os graus de formação dos respondentes da Asa Norte e da Asa Sul, permite constatar diferenças significativas nos grupos com Segundo Grau Completo ou incompleto. Na Asa Norte, esse grupo é significativamente inferior à média

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(n = 9; z = - 1,76; p = 0,0392); na Asa Sul esse grupo é significativamente superior à média (n = 25; z = 1,67; p = 0,475). Essa diferença pode ser explicada, em parte, porque a Asa Sul é habitada por grupos populacionais mais ligados às primeiras décadas de ocupação do Plano Piloto, quando havia oportunidades para pessoas relativamente pouco qualificadas. No caso desse grupo, é notável que 77,77% dos respondentes na Asa Norte têm menos de 50 anos de idade; na Asa Sul, tem-se que 75% desses respondentes têm mais de 50 anos de idade (considere-se que a média de idade do conjunto de 421 respondentes é de 50,49 anos).

Examinaram-se as correlações entre essas variáveis demográficas. Para o conjunto dos respondentes verifica-se:

- Correlação negativa estatisticamente significativa (r = - 0,148; p < 0,01) entre os graus de formação e o estado civil dos respondentes; os moradores casados e com maior grau de formação eram mais provavelmente respondentes; os moradores viúvos ou amasiados, com menor grau de educação formal, eram provavelmente respondentes;

- Correlação negativa estatisticamente significativa (r = - 0,217; p < 0,01) entre os graus de formação e o tempo de moradia no atual apartamento; os moradores com maior grau de formação e com menos tempo de habitação no atual apartamento eram mais provavelmente respondentes;

- Correlação negativa estatisticamente significativa (r = - 0,212; p < 0,01) entre os graus de formação e o tempo de moradia na superquadra; os moradores com maior grau de formação e com menos tempo de habitação na superquadra eram mais provavelmente respondentes;

- Correlação negativa estatisticamente significativa (r = - 0,181; p < 0,01) entre os graus de formação e o tempo de moradia no Distrito Federal; os moradores com maior grau de formação e com menos tempo de habitação no Distrito Federal eram mais provavelmente respondentes.

Um grande volume de resultados não foi reportado, por não ser imprescindível para a análise da hipótese da homologia entre settings e redes de settings. Os perfis dos respondentes expõem uma variedade de caminhos de análise que deve permitir desdobramentos da presente pesquisa em outros trabalhos: por exemplo, verificou-se várias interessantes assimetrias entre Asa Norte e a Asa Sul, em termos de gênero, estado civil, faixa etária, e ocupação dos respondentes. Essas assimetrias convidam para o aprofundamento de estudos comparativos, envolvendo as diferenças morfológicas que

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ocorrem nos projetos urbanísticos das superquadras Norte e Sul. Efetivamente se obteve um grupo de respondentes que pertence a faixa etária e ocupacional que permite caracterizá-los como os responsáveis ou co-responsáveis pelos settings residenciais. Outro aspecto importante do perfil dos respondentes é que são, majoritariamente, proprietários dos imóveis, e seu trabalho ou ocupação é relacionada ao setor público. Essas constatações dão robustez ao exame das relações entre moradores, como vizinhos e membros das respectivas redes de settings de vizinhança, pois são líderes de seus respectivos settings residenciais, com interesses radicados na comunidade da sua superquadra. Além disso, trata-se de vizinhanças urbanas com uma população de líderes de settings residenciais que é formalmente muito educada. A proporção de respondentes com nível superior, inclusive os pós-graduados, é notável: 90,06%. Mas não se tem dados censitários acerca da distribuição dos níveis de formação dos responsáveis pelos domicílios nas superquadras para que possamos inferir se esse grupo de respondentes é significativamente diferente da população de responsáveis pelos domicílios, para o conjunto das superquadras do Plano Piloto de Brasília. As relações entre esses líderes de settings residenciais, entre si, e com as demais instâncias das respectivas redes de settings são analisadas a seguir.

Referências

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