• Nenhum resultado encontrado

Relatório de estágio curricular obrigatório na área de fomento em suinocultura

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Relatório de estágio curricular obrigatório na área de fomento em suinocultura"

Copied!
48
0
0

Texto

(1)

Maria Eduarda Coelho

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO NA ÁREA

DE FOMENTO EM SUINOCULTURA

Curitibanos 2019

Universidade Federal de Santa Catarina

Centro de Ciências Rurais

Curso de Medicina Veterinária

Relatório de Estágio Curricular

(2)

Maria Eduarda Coelho

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO NA ÁREA DE FOMENTO EM SUINOCULTURA

Relatório apresentado ao Curso de Graduação em Medicina Veterinária, do Centro de Ciências Rurais, da Universidade Federal de Santa Catarina, como requisito para a obtenção do título de Médico Veterinário.

Orientador: Prof. Dr. Álvaro Menin Supervisora: Bruna Larissa Portela

Curitibanos 2019

(3)
(4)

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO NA ÁREA DE FOMENTO EM SUINOCULTURA

Maria Eduarda Coelho

Este relatório foi apresentado ao Curso de Graduação em Medicina Veterinária, do Centro de Ciências Rurais, da Universidade Federal de Santa Catarina, como requisito para a obtenção

do título de Médico Veterinário e julgado aprovado em defesa pública realizada em 09/07/2019.

Banca Examinadora

_________________

Prof. Dr. Álvaro Menin – orientador Centro de Ciências Rurais/UFSC

____________________

Prof.ª Dr.ª Aline Félix Schneider Bedin Centro de Ciências Rurais/UFSC

______________________

Prof.ª Dr.ª Francielli Cordeiro Zimermann Centro de Ciências Rurais/UFSC

(5)

AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, pela dádiva da vida e toda a sua criação.

Aos meus pais, Maria Alice Coelho e Enor Jailson Coelho, por fazerem de mim o ser humano que sou hoje, além de todo o apoio e esforço para tornar meus sonhos possíveis.

Aos meus irmãos, Tiago Enor Coelho e Sara Eulália Coelho, por serem exemplo e pelos preciosos conselhos passados todos esses anos.

Aos amigos que estiveram ao meu lado durante toda esta trajetória, teria sido mais difícil sem vocês.

Ao meu orientador, Prof. Dr. Álvaro Menin, por ter aceitado me guiar nesta jornada e por toda a atenção dada tanto no estágio quanto durante a graduação.

E por fim, aos meus supervisores de estágio Bruna Larissa Portela e Rosiel M. Cavalcante Filho, pela confiança depositada e ensinamentos passados, de suma importância para meu crescimento pessoal e profissional.

(6)

“A persistência é o caminho do êxito”. Charles Chaplin

(7)

ESTÁGIO NA ÁREA DE FOMENTO EM SUINOCULTURA

IDENTIFICAÇÃO DO ESTÁGIO

Empresa: Agroceres PIC Matrizes de Suínos Ltda. Nome Fantasia: Agroceres PIC

Área: Melhoramento genético de suínos – Setor de serviços técnicos e validação de produtos. Endereço: Rua 1 JN, 1411 – Jardim Novo, Rio Claro/SP.

Supervisora do Estágio: Bruna Larissa Portela. Período de Estágio: 15/01/2019 a 31/05/2019. Carga Horária: 784 horas.

(8)

RESUMO

O estágio curricular obrigatório na área de fomento em suinocultura realizado entre os dias 15 de janeiro e 31 de maio de 2019, no setor de serviços técnicos e validação de produtos da empresa Agroceres PIC matrizes de suínos Ltda., teve como supervisora a Médica Veterinária Bruna Larissa Portela e como orientador o Prof. Dr. Álvaro Menin, totalizando 784 horas. Os ambientes de trabalho foram granjas de suínos localizadas nas cidades de Videira/SC, Ponte Nova/MG, Cachoeiro de Itapemirim/ES e Papanduva/SC, onde o foco foi o desenvolvimento de experimentos na área de genética animal. Durante o período de estágio, foram realizadas atividades de identificação de leitões em maternidade, acompanhamento de coberturas em gestação, além de manejos diários de alimentação, sanidade e de ambiente em creche, recria e terminação. A disciplina foi importante para a assimilação de conteúdos aprendidos em sala de aula, bem como da aquisição de experiência nos processos experimentais, não realizados durante a graduação.

(9)

ABSTRACT

The compulsory curricular internship in the field of pig farming, held between January 15 and May 31, 2019, in the technical services and product validation sector of the company Agroceres PIC gilts Ltda., had as supervisor Medical Veterinary Bruna Larissa Portela and as advisor Prof. Dr. Álvaro Menin, totaling 784 hours. The work environments were pig farms located in the cities of Videira / SC, Ponte Nova / MG, Cachoeiro de Itapemirim / ES and Papanduva / SC, where the focus was the development of experiments in the area of animal genetics. During the internship period, were performed activities of identification of piglets in maternity, follow-up of artificial insemination in the gestation sector, as well as daily feeding, sanitary and environmental management in nursery, growing and finishing. The discipline was important for the assimilation of contents learned in the classroom, as well as for the acquisition of experience in the experimental processes, not realized during the graduation.

Keywords: Animal genetics. Experiment. Pig farming.

(10)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Imagem de satélite da Granja São Roque I. ... 19

Figura 2 - Sala de maternidade. ... 21

Figura 3 - Tatuagens já cicatrizadas. ... 22

Figura 4 - Mossa australiana. Técnica de identificação de leitões. ... 23

Figura 5 - Mossa australiana recém feita (esquerda) e já cicatrizada (direita). ... 23

Figura 6 - Balança utilizada para a pesagem individual dos leitões. ... 24

Figura 7 - Matrizes identificadas com tinta spray na cor correspondente a casa genética que deveriam ser inseminadas. ... 25

Figura 8 - Sêmen utilizado na inseminação das matrizes do experimento. As cores facilitavam a identificação da casa genética. ... 25

Figura 9 - Baias coletivas para gestação. ... 26

Figura 10 - Galpão de gestação onde eram feitas as inseminações artificiais. ... 27

Figura 11 - Marcação no lombo das fêmeas após identificação de cio e inseminação. ... 28

Figura 12 - Placas para identificação da casa genética e do sexo dos animais... 29

Figura 13 - Sala de creche antes do alojamento. Observa-se as duas fileiras de baias. ... 30

Figura 14 - Pesagem do grupo de 20 leitões (esquerda) e balança com o livro de registros (direita). ... 30

Figura 15 - Desperdício de ração por erro na regulagem do comedouro. ... 31

Figura 16 - Pesagem de ração. ... 32

Figura 17 - Necropsia realizada durante a creche... 33

Figura 18 - Leitão apresentando prolapso retal (esquerda) e após correção cirúrgica (direita). ... 34

Figura 19 - Animais sendo encaminhados à balança (esquerda) e já sendo pesados (direita). 35 Figura 20 - Embarque dos leitões no caminhão. ... 36

Figura 21 - Animais redistribuídos nas salas antes do embarque para a terminação. ... 36

Figura 22 - Imagem de satélite do Sítio JK. ... 37

Figura 23 - Galpão de maternidade convencional (esquerda) e climatizado (direita). ... 38

Figura 24 - Sala de recria. ... 40

Figura 25 - Imagem de satélite do Sítio Bimbinho. ... 41

Figura 26 - Leitões após identificação e pesagem. ... 42

Figura 27 – Imagem de satélite da Granja Ruthes. ... 43

(11)

Figura 29 - Local da pesagem e estocagem de ração (esquerda) e forma de apresentação da ração (direita). ... 45 Figura 30 - Pesagem dos animais e anotação no livro de registros. ... 45 Figura 31 - Imunocastração. ... 46

(12)

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Planilha para anotação dos dados referentes a matriz e sua leitegada. ... 21

Quadro 2 - Planilha de cobertura. ... 28

Quadro 3 - Planilha para anotação dos dados referentes a matriz e sua leitegada. ... 39

(13)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Número de leitões mortos de acordo com o sistema acometido. ... 33 Tabela 2 - Número de leitões removidos de acordo com a causa... 33

(14)

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CA – Conversão Alimentar ES – Espírito Santo

GnRH – Hormônio liberador de gonadotrofina LTDA – Limitada

MG – Minas Gerais SC – Santa Catarina

SISTRATES – Sistema de Tratamento de Efluentes da Suinocultura UDG – Unidade de Disseminação de Genes

(15)

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 17

1.1 OBJETIVO ... 18

2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ... 19

2.1 SÃO ROQUE – VIDEIRA/SC ... 19

2.1.1 Maternidade ... 20 2.1.1.1 Tatuagem ... 21 2.1.1.2 Mossa Australiana ... 22 2.1.1.3 Peso individual ... 24 2.1.2 Gestação ... 24 2.1.3 Creche ... 29

2.1.3.1 Manejos diários de creche ... 31

2.1.3.2 Manejos semanais de creche ... 34

2.2 SÍTIO JK – PONTE NOVA/MG ... 36

2.2.1 Maternidade ... 38

2.2.2 Creche e recria ... 39

2.3 SÍTIO BIMBINHO – CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM/ES ... 40

2.3.1 Maternidade ... 41

2.4 GRANJA RUTHES – PAPANDUVA/SC ... 43

3 CONCLUSÃO ... 47

(16)
(17)

17

1 INTRODUÇÃO

A suinocultura mundial produziu no ano de 2017, 110,961 mil toneladas de carne, sendo o Brasil responsável por 3,758 mil toneladas, o que o coloca na quarta posição dentre os maiores criadores de suínos, atrás apenas da China, União Europeia e Estados Unidos (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PROTEÍNA ANIMAL, 2019). E para que estes números se tornassem possíveis, muito foi investido em pesquisa e tecnologias, transformando o suíno tipo banha do passado, na carne magra e saudável de hoje, rica em proteínas, vitaminas do complexo B, potássio, ferro e muitos outros nutrientes (SARCINELLI; VENTURINI; SILVA, 2007).

Dentro destes avanços, o melhoramento genético animal foi de suma importância para a mudança da conformação e composição dos suínos abatidos hoje, onde inicialmente houve a introdução de raças como Landrace e Lage White no país, tornando os animais mais produtivos e com uma carne de melhor qualidade. Posteriormente, visando competitividade com o mercado externo e maiores avanços, foram introduzidas empresas especializadas em genética suína no Brasil (casas genéticas), intensificando a seleção de características economicamente importantes nos animais e formando as linhagens existentes hoje no mercado (FÁVERO; FIGUEIREDO, 2009).

A Agroceres PIC matrizes de suínos Ltda. teve origem em 1977 com a associação entre a empresa brasileira Agroceres, produtora e comercializadora de milho híbrido, com a PIC (Pig Improvement Company), empresa britânica de melhoramento genético suíno. A partir disso, foram trazidos animais melhorados da Inglaterra e a primeira granja-núcleo de melhoramento genético suíno do Brasil foi implantada, em Patos de Minas/MG (FORTES, 2015). Hoje a empresa é a líder em genética suína no país, apresentando cinco Unidades de Disseminação de Genes (UDG) em diferentes regiões do Brasil e sendo dona da maior estrutura de genética líquida da América Latina (AGROCERES PIC, 2019).

O estágio realizado no Setor de serviços técnicos e validação de produtos da Agroceres PIC, sob supervisão da Médica Veterinária Bruna Larissa Portela, teve como ambientes de trabalho a granja São Roque da empresa Master Agroindustrial, situada na cidade de Videira/SC, o Sítio JK pertencente ao senhor Tito Soares, localizado no município de Ponte Nova/MG, o Sítio Bimbinho, estabelecido na cidade de Cachoeiro de Itapemirim/ES, cujo proprietário é o senhor José Carlos Correia Cardoso, e a granja Ruthes, pertencente ao senhor José Argemiro Ruthes e localizada em Papanduva/SC.

(18)

18

Em ambas as granjas, os trabalhos desenvolvidos faziam parte de experimentos da empresa para os proprietários, onde eram testadas linhagens paternas de diferentes casas genéticas de suínos, com a finalidade de identificar a que mais se adequava aos parâmetros zootécnicos, sanitários e econômicos de cada local.

1.1 OBJETIVO

Este relatório tem por objetivo descrever as atividades desenvolvidas pela acadêmica durante o período de estágio, no Setor de serviços técnicos e validação de produtos da empresa Agroceres PIC Matrizes de Suínos Ltda.

(19)

19

2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

2.1 SÃO ROQUE – VIDEIRA/SC

A granja São Roque é uma das seis Unidades Produtoras de Leitões (UPL) da Master Agroindustrial e está localizada na cidade de Videira, Santa Catarina (SC). Ela apresenta capacidade de 9.500 matrizes, produzindo cerca de 250.000 suínos por ano e está dividida em três sítios. A São Roque I, onde o experimento está sendo desenvolvido, possui aproximadamente 4.500 matrizes de genética Agroceres PIC, em gestação e maternidade, e cerca de 15.000 leitões em creche. Além disso, possui instalações de fábrica de ração, escritório, oficina de manutenção e um sistema de tratamento de efluentes (SISTRATES), montado em parceria com a Embrapa Suínos e Aves (Figura 1).

O experimento realizado pela Agroceres PIC dentro da granja São Roque I, iniciou em maio de 2018 e será finalizado em novembro de 2019. Nele, estão sendo testadas linhagens paternas de três empresas de genética suína (casas genéticas), a fim de identificar a que proporcionará leitões com melhor produtividade para a empresa Master Agroindustrial, focando em conversão alimentar (CA) e ganho de peso.

Figura 1 - Imagem de satélite da Granja São Roque I.

Fonte: Adaptado de Google Maps (2019). Destacado em amarelo está a gestação, em vermelho a maternidade, em verde o sistema de tratamento de efluentes, em azul a creche, em roxo a fábrica de ração e em laranja o escritório e oficina de manutenção.

(20)

20

Para garantir o sucesso e maior confiabilidade nos dados coletados e resultados, o teste está sendo realizado em três ciclos experimentais, cada qual iniciando pela inseminação das fêmeas na gestação, acompanhamento do parto, identificação e pesagem dos leitões na maternidade, acompanhamento de creche e terminação e finalizando no frigorífico, com o abate dos animais, análise das carcaças e dos cortes.

Durante o período de estágio, foi possível acompanhar e realizar as etapas de maternidade, creche e terminação pertencentes ao segundo ciclo do experimento e de gestação e maternidade do terceiro ciclo. A seguir, serão relatadas de forma mais detalhada as atividades desenvolvidas em cada setor.

2.1.1 Maternidade

Os trabalhos realizados na maternidade ocorreram entre os dias 15 a 21 de janeiro e 15 a 31 de maio de 2019, no período da noite, onde a função da estagiária era acompanhar os partos das matrizes inseminadas com sêmen pertencente ao experimento, e assim que os mesmos estivessem finalizados, prosseguir com a identificação e pesagem individual de todos os leitões nascidos vivos.

Na rotina, após o alojamento das fêmeas nas salas de maternidade, aos 112 dias de gestação, era feito um mapa de cada uma destas salas, com a localização de cada matriz cujos leitões deveriam ser identificados. Cada galpão deste setor apresentava capacidade para comportar 66 porcas, divididas em dois corredores (Figura 2), onde cada baia possuía um número de um a 33 e cada corredor uma letra (A ou B). Uma exceção a esta regra era a sala 14, que também apresentava capacidade para alojar 66 fêmeas, porém divididas em três corredores (A, B e C), cada qual com 22 gaiolas de maternidade.

Para a identificação dos leitões, inicialmente eram anotados em uma planilha os dados da fêmea (número do brinco e tatuagem), data do parto e turno (diurno ou noturno), ciclo de gestação, se houve indução do parto ou não, número de leitões vivos, animais natimortos e mumificados, além da contagem de machos e fêmeas vivos da leitegada (Quadro 1).

(21)

21

Figura 2 - Sala de maternidade.

Fonte: Arquivo pessoal (2019). (A) vista lateral e (B) vista central da sala de maternidade.

Quadro 1 - Planilha para anotação dos dados referentes a matriz e sua leitegada.

Controle de identificação de animais ao nascer

DataPt Turno IDPorca Ciclo NV NT Sexo Mossa Gen (AVG) Lt nº Peso (Kg) Ind.

Dia S

Noite N

Fonte: Arquivo pessoal (2019). DataPt = data do parto; IDPorca = identificação da matriz (brinco e tatuagem); NV = nascidos vivos; NT = nascidos totais; Gen (AVG) = genética do macho; Lt nº = número do leitão; Ind. = indução; S = sim; N = não.

A partir disso, era observada a casa genética que a fêmea foi inseminada para a marcação correspondente dos leitões, de forma individual e em ambas as orelhas, com tatuagem e mossa australiana e posterior pesagem também individual. Estes dados coletados deveriam ser digitalizados e repassados aos supervisores de estágio semanalmente. Ao todo, foram identificados e pesados 7.670 animais.

2.1.1.1 Tatuagem

Cada casa genética recebeu uma cor para sua identificação, sendo elas azul, verde e vermelho. Da mesma forma, os leitões eram tatuados com a letra inicial da cor correspondente

(22)

22

a sua genética (A=azul; G=verde [green]; V=vermelho) e uma sequência numérica ordinal (Figura 3).

Figura 3 - Tatuagens já cicatrizadas.

Fonte: Arquivo pessoal (2019).

2.1.1.2 Mossa Australiana

Da mesma forma que na tatuagem, cada empresa de genética recebeu um número de mossa australiana para a identificação dos leitões (Figura 4), sendo elas 11 para azul, 33 para vermelho e 0 para verde (não era realizado este tipo de marcação nos animais) (Figura 5).

(23)

23

Figura 4 - Mossa australiana. Técnica de identificação de leitões.

Fonte: S.O.S Suínos (2019).

Figura 5 - Mossa australiana recém feita (esquerda) e já cicatrizada (direita).

(24)

24

2.1.1.3 Peso individual

Posterior a identificação, cada leitão era pesado em uma balança (Figura 6) e seu valor era anotado na planilha, ao lado de sua sequência de tatuagem.

Figura 6 - Balança utilizada para a pesagem individual dos leitões.

Fonte: Arquivo pessoal (2019).

2.1.2Gestação

O período de acompanhamento no setor de gestação foi de 21 de janeiro a 13 de fevereiro de 2019. Neste, a acadêmica era responsável por conferir a identificação de todas as matrizes que iriam ser inseminadas (tatuagem e brinco), verificando se pertenciam a lista do experimento ou não. Além disso, aquelas que entrariam no teste eram marcadas com tinta spray no lombo e recebiam um adesivo em sua ficha, ambos na cor da casa genética a qual deveriam ser inseminadas (Figura 7). Ainda, foi acompanhada a rotina de coberturas da granja para garantir que cada fêmea receberia as doses de sêmen na cor correta (Figura 8), assim como possíveis descartes, retornos ou morte por enfermidades.

(25)

25

Figura 7 - Matrizes identificadas com tinta spray na cor correspondente a casa genética que deveriam ser inseminadas.

Fonte: Arquivo pessoal (2019).

Figura 8 - Sêmen utilizado na inseminação das matrizes do experimento. As cores facilitavam a identificação da casa genética.

(26)

26

No setor, a cada semana eram desmamados leitões com 21 dias de vida, de aproximadamente 140 matrizes, 90 na segunda-feira, 90 na quarta-feira e 60 sexta-feira, todas entrando na sala 2 de gestação, que tem capacidade para alojar 254 porcas e onde eram realizadas as inseminações artificiais. Nestes mesmos dias, as fêmeas confirmadas, ou seja, que manifestavam cio, eram inseminadas e paravam de demonstrar sinais de estro, eram realojadas nas demais salas de gestação, em baias coletivas, onde passariam 112 dias do período de gestação (Figura 9).

Figura 9 - Baias coletivas para gestação.

Fonte: Arquivo pessoal (2019).

Para a identificação do cio e inseminação das fêmeas, todos os dias pela manhã era passado um cachaço pelo corredor central da sala, enquanto quatro funcionários passavam nos corredores laterais, dois de cada lado, observando o comportamento das porcas (Figura 10). Matrizes que permanecessem paradas com a passagem do macho e que não reagissem ao teste de pressão lombar feito pelos funcionários, eram consideradas em cio e marcadas com um traço longitudinal no dorso, com bastão. Aquelas que haviam sido inseminadas e já não aceitavam mais o macho, recebiam um traço transversal no lombo, representando que poderiam ser transferidas para a baia coletiva.

(27)

27

Figura 10 - Galpão de gestação onde eram feitas as inseminações artificiais.

Fonte: Arquivo pessoal (2019).

Após esta identificação era feita a inseminação artificial. Primeiro limpava-se a vulva da fêmea com papel toalha, após, era introduzida a pipeta previamente lubrificada pelo canal vaginal até a cérvice, seguida pela introdução de um cateter intrauterino no interior da pipeta, permitindo a deposição do sêmen no corpo uterino. Acoplava-se ao cateter a bisnaga de sêmen na cor correspondente a casa genética e então prosseguia-se com a inseminação propriamente dita. Ao final do processo, a matriz era marcada com um ponto acima do traço longitudinal, para indicar que já foi inseminada (Figura 11).

(28)

28

Figura 11 - Marcação no lombo das fêmeas após identificação de cio e inseminação.

Fonte: Arquivo pessoal (2019).

A quantidade de doses feitas em cada fêmea variava da sua aceitação ao macho, sendo que em média, cada porca passava por duas a três inseminações, com intervalo de 24 horas entre cada uma.

Todas as fêmeas inseminadas eram registradas em planilhas, onde sua identificação (brinco e tatuagem), ordem de parto e a cor da casa genética já constavam. Nestas, anotava-se a data da primeira inseminação, bem como o número de doses feitas, o número de série de cada dose de sêmen e o status da fêmea, ou seja, se tudo ocorreu bem ou se ela deveria ser descartada do experimento (Quadro 2).

Quadro 2 - Planilha de cobertura.

Sow Color Cicle Date Color (1) Color (2) Color (3) SalaG Status

AM0371 -

367MAX GREEN 6 AZ2844 –

213NMT BLUE 6

Fonte: Arquivo pessoal (2019). Sow = identificação da matriz (brinco e tatuagem); Color = cor da casa genética a ser inseminada; Cicle = ordem de parto; Date = data da primeira inseminação; Color (1), Color (2) e Color (3) = número de série da dose de sêmen utilizada; SalaG = sala de gestação para a qual foi encaminhada após as inseminações; Status = se correu tudo bem ou se foi descartada.

(29)

29

Da mesma forma que na maternidade, os dados coletados eram digitalizados e enviados aos supervisores de estágio semanalmente. Ao total, foram inseminadas 613 porcas, 204 com a genética azul, 207 com a verde e 202 com sêmen da genética vermelha.

2.1.3 Creche

O período de creche compreendeu de 07 de fevereiro a 27 de março de 2019, porém entre os dias 09 e 23 de março, a acadêmica foi enviada para fazer trabalhos em outro experimento.

Os leitões oriundos da maternidade, foram alojados na creche com uma média de 21 dias de vida e em dois dias diferentes (07/02 e 12/02). Nos dois desmames, o trabalho da acadêmica junto a uma equipe era de selecionar e alojar os animais em três salas experimentais, cada uma com capacidade para comportar 560 animais.

Em cada sala haviam 28 baias com capacidade para 20 leitões cada, divididas em duas fileiras, porém apenas 24 foram utilizadas para o teste, ficando as quatro demais, para armazenamento de ração e formação de baia enfermaria. Estas 24 baias ainda foram separadas por casa genética e sexo, e identificadas com placas (Figura 12). Desta forma, em cada sala experimental foram alojados 160 leitões de cada genética, sendo 80 machos e 80 fêmeas, distribuídos aleatoriamente nas duas fileiras (Erro! Fonte de referência não encontrada.).

Figura 12 - Placas para identificação da casa genética e do sexo dos animais.

(30)

30

Figura 13 - Sala de creche antes do alojamento. Observa-se as duas fileiras de baias.

Fonte: Arquivo pessoal (2019). (A) sala experimental antes do alojamento e (B) depois do alojamento.

Ainda durante o alojamento, assim que era formado um grupo de 20 leitões de uma mesma casa genética e sexo, estes eram pesados e o valor anotado em um livro de registros (Figura 14). A partir disso, conseguiu-se ter o controle do peso inicial de cada baia em cada sala, para que fosse possível o acompanhamento do ganho de peso e conversão alimentar ao longo de todo o período de creche.

Figura 14 - Pesagem do grupo de 20 leitões (esquerda) e balança com o livro de registros (direita).

Fonte: Arquivo pessoal (2019).

(31)

31

Para um maior controle, ainda foi anotada a tatuagem de cada leitão alojado em cada baia, nas três salas experimentais, para formulação de um mapa, onde caso um animal viesse a trocar de baia ou passar para o corredor, fosse possível identifica-lo e colocá-lo de volta. Após o alojamento, os trabalhos realizados em creche foram de pesagem semanal dos animais, pesagem de ração, arraçoamento das baias, manejo sanitário e manejo ambiental.

2.1.3.1 Manejos diários de creche

Diariamente, assim que se chegava pela manhã nas salas experimentais de creche era realizado o manejo de cortinas, aumentando a ventilação dentro das salas para promover a saída de gases tóxicos formados durante a noite.

Após, eram verificados os comedouros de todas as baias e feito o arraçoamento daqueles que necessitavam, ou seja, que apresentavam pouca ou nenhuma ração disponível, anotando-se no livro de registros as quantidades fornecidas e as baias, em cada dia. Era também verificada a regulagem dos comedouros e bebedouros, para favorecer o consumo ou evitar desperdícios pelos animais (Figura 15). Caso houvesse excesso de ração no chão da baia, esta era recolhida, pesada e descontada do consumo da semana.

Figura 15 - Desperdício de ração por erro na regulagem do comedouro.

Fonte: Arquivo pessoal (2019).

Toda a ração fornecida para os leitões era fabricada na granja e armazenada em silos na creche. Para o experimento, pela necessidade de avaliar conversão alimentar e ganho de peso, a acadêmica era encarregada de encher e estocar sacos de ráfia contendo 10kg de ração cada, nas três salas experimentais, para o posterior fornecimento aos animais (Figura 16).

(32)

32

Durante o período, os leitões receberam ração pré-inicial 2, inicial 1 e inicial 2 a vontade, todas fareladas.

Figura 16 - Pesagem de ração.

Fonte: Arquivo pessoal (2019).

Diariamente, também eram observados os animais nas baias, a fim de identificar doentes e alguma possível morte. Caso houvesse, o leitão era registrado em uma planilha de removidos, onde anotava-se sua localização (número da sala e baia), casa genética pertencente, sexo, peso e tatuagem. Além disso, de acordo com a causa da remoção, alguma providência era tomada:

 Remoção por morte: todos os animais que vinham a morte necessitavam ser necropsiados e a causa da morte devia ser registrada (Figura 17). Ao todo foi realizada a necropsia de 22 leitões e o sistema acometido está demonstrado na Tabela 1.

(33)

33

Figura 17 - Necropsia realizada durante a creche.

Fonte: Arquivo pessoal (2019).

Tabela 1 - Número de leitões mortos de acordo com o sistema acometido.

Sistema acometido Sistema respiratório Sistema digestório

Nº de leitões 16 6

Fonte: Arquivo pessoal (2019).

 Remoção por enfermidade: os animais que necessitavam ser removidos por algum tipo de doença, recebiam medicação de acordo e eram alojados em baia enfermaria, não fazendo mais parte do experimento. Ao todo, 27 leitões foram removidos e as causas estão demonstradas na Tabela 2.

Tabela 2 - Número de leitões removidos de acordo com a causa.

Causa da

remoção Encefalite

Baixa

viabilidade Fraco Canibalismo

Prolapso retal

Nº de leitões 3 17 3 1 3

(34)

34

Ainda, nos leitões removidos por prolapso retal foi feita a correção cirúrgica, além de medicação (Figura 18).

Figura 18 - Leitão apresentando prolapso retal (esquerda) e após correção cirúrgica (direita).

Fonte: Arquivo pessoal (2019).

Além do fornecimento de ração pela manhã (7:00 horas), era passado as 11:00 e as 17:00 horas verificando os comedouros e administrando ração aos que necessitavam. As 17:00 horas era realizado novamente o manejo de cortinas, reduzindo-se a ventilação, para manter as salas e os animais aquecidos.

2.1.3.2 Manejos semanais de creche

Semanalmente, nas terças e quintas-feiras pela manhã, era feita a pesagem dos animais de cada baia, seguindo o mapa construído nos dias de desmame, ou seja, as baias formadas no dia 07/02 (quinta-feira) eram pesadas nas quintas-feiras e as formadas no dia 12/02 (terça-feira) eram pesadas nas terças-feiras.

Para isso, todos os animais de uma mesma baia eram encaminhados até a balança e pesados em conjunto, observando-se o número de animais e tendo seu peso anotado no livro de registros (Figura 19). Caso o número total de animais não fechasse, os leitões eram conferidos individualmente, através de mossa e tatuagem, para encontrar aquele que faltava ou que estava sobrando no grupo e posterior correção. Além disso, também eram pesadas as sobras de ração de cada uma destas baias, para descontar da quantidade total de ração fornecida naquela semana.

(35)

35

Figura 19 - Animais sendo encaminhados à balança (esquerda) e já sendo pesados (direita).

Fonte: Arquivo pessoal (2019).

Outro manejo realizado uma vez na semana, era a observação minuciosa dos animais de cada baia, a procura de enfermos. Quando identificados, os leitões eram marcados com bastão e medicados de acordo com o seu problema. Através desta observação, também era possível notar a presença de animais herniados, os quais eram registrados em uma planilha.

Durante o período de creche, devido a um surto de Influenza, fez-se necessário o uso de medicação via água, realizado com os fármacos florfenicol (sete dias) e dipirona (três dias). Estes eram soluções em pó, diluídas em água e adicionadas a água de pequenas caixas d’água presentes em cada uma das salas experimentais, para o fornecimento via bebedouro aos leitões.

Aos 49 dias de alojamento e 70 dias de vida, no dia 27 de março de 2019, os animais embarcaram em caminhões para serem transferidos à terminação (Figura 20), sendo separados por casa genética e sexo. Para isso, no dia anterior todas baias foram abertas em cada uma das salas e os animais foram redistribuídos nestas, sendo que cada sala ficou destinada a uma casa genética e cada lado a um sexo (Figura 21).

(36)

36

Figura 20 - Embarque dos leitões no caminhão.

Fonte: Arquivo pessoal (2019).

Figura 21 - Animais redistribuídos nas salas antes do embarque para a terminação.

Fonte: Arquivo pessoal (2019).

2.2 SÍTIO JK – PONTE NOVA/MG

O Sítio JK é uma das três granjas pertencentes ao senhor Nélio Soares, que foi passada a seu filho mais velho Tito Soares, acionista majoritário do Frigorífico Saudale. Ela está localizada no município de Ponte Nova, em Minas Gerais (MG) e conta com ciclo completo de produção de suínos, ou seja, dentro de uma mesma propriedade há instalações de

(37)

37

gestação, maternidade, creche, recria e terminação, além de fábrica de ração e sistema de tratamento de dejetos (Figura 22). A granja possui cerca de 2.000 matrizes da genética Agroceres PIC, em gestação e maternidade e aproximadamente 6.000 leitões em creche, 6.000 suínos em recria e o mesmo número em terminação.

Figura 22 - Imagem de satélite do Sítio JK.

Fonte: Adaptado de Google Maps (2019). Destacado em amarelo está a gestação, em vermelho a maternidade, em azul a creche, em verde o sistema de tratamento de efluentes, em marinho a recria, em roxo a terminação e em laranja a fábrica de ração. *Galpão de maternidade climatizado.

O experimento realizado pela Agroceres PIC no Sítio JK iniciou em setembro de 2018 e será finalizado em julho de 2019. Nele, estão sendo testadas duas casas genéticas de suínos (DB e Agroceres PIC), cada qual com suas linhagens paternas, DB com sêmen de macho LQ1250 e Agroceres PIC com sêmen dos cachaços AGPIC359 e AGPIC415, este último já usado na propriedade. A pesquisa tem a finalidade de encontrar o animal que proporcionará filhos com maior produtividade, focando em conversão alimentar e ganho de peso, com certa rusticidade (resistência a desafios sanitários).

(38)

38

O período de estágio realizado no Sítio JK foi de 09 a 23 de março de 2019, onde a principal função da acadêmica era de identificar os leitões nascidos do experimento, com tatuagem e mossa australiana, além do alojamento em creche e recria destes animais. A seguir, serão tratados de forma mais detalhada estes trabalhos.

2.2.1 Maternidade

O setor de maternidade era composto por seis galpões de tamanho e capacidade variados, onde cinco eram convencionais e um era climatizado (Figura 23). Nestes, as fêmeas eram alojadas quando apresentavam cerca de 110 dias de gestação e permaneciam até 21 dias pós-parto, data em que ocorria o desmame e as mesmas eram encaminhadas para a gestação.

Figura 23 - Galpão de maternidade convencional (esquerda) e climatizado (direita).

Fonte: Arquivo pessoal (2019).

Assim que as fêmeas pertencentes ao experimento eram alojadas e pariam, o trabalho da acadêmica era identificar todos os leitões nascidos vivos de acordo com a casa genética e o macho doador do sêmen. Para isso, a mossa australiana utilizada era de número 200 para leitões DB e de número 0 para Agroceres PIC (este tipo de marcação não era realizado), enquanto a tatuagem era composta por duas letras, uma representando a linhagem genética paterna (A = AGPIC359; G = LQ1250 e Z = AGPIC415) e outra representando o sexo do leitão (M = macho e F = fêmea), além de uma sequência numérica ordinal.

Diferente do experimento acompanhado em Santa Catarina, no Sítio JK era utilizado um número de tatuagem por leitegada, enquanto para a Master Agroindustrial, foi utilizado um número de tatuagem por leitão. Da mesma forma, na Granja São Roque I foi realizada inseminação de porcas com sêmen das três casas genéticas ao longo de todo o período,

(39)

39

enquanto neste, as coberturas eram realizadas com sêmen de somente uma linhagem paterna a cada duas semanas, trocando posteriormente.

Dados também eram anotados em planilhas, digitalizados e enviados aos supervisores de estágio, tais como: identificação da fêmea (número do brinco), data do parto, linha genética do reprodutor, número de leitões vivos, animais natimortos e mumificados, além da contagem de machos e fêmeas vivos da leitegada (Quadro 3).

Quadro 3 - Planilha para anotação dos dados referentes a matriz e sua leitegada.

Controle de identificação de animais ao nascer

DataPt IDPorca LG. Repr. NV NM MM NT Nº Tatuados Gen (AGZ) Lt nº

Fonte: Arquivo pessoal (2019). DataPt = data do parto; IDPorca = identificação da matriz (brinco); NV = nascidos vivos; NM = natimortos; MM = mumificados; NT = nascidos totais; Nº Tatuados = número de machos e fêmeas da leitegada; Gen (AGZ) = genética do macho; Lt nº = número da leitegada.

2.2.2 Creche e recria

Assim que os animais do teste chegavam aos 21 dias de vida, eram desmamados e alojados nas salas de creche. Cada sala comportava 1.200 animais, distribuídos em baias suspensas, com capacidade para 50 leitões por baia. Para o experimento, cada sala de maternidade deveria alojar apenas filhos de uma mesma linhagem paterna, sendo descartadas as salas em que eventualmente houve mistura de linhagens.

A função da estagiária era de acompanhar o processo de desmame e de realizar junto aos funcionários da granja a uniformização dos lotes e separação por sexo. Ainda, era necessário separar os leitões filhos de avós e bisavós, que não faziam parte do teste. Ao final era feito um mapa da sala e anotado o número total de leitões alojados.

Os trabalhos realizados na recria seguiam os mesmos padrões da creche, onde era feito o acompanhamento da transferência dos animais, homogeneização dos lotes junto aos funcionários, separação por sexo e descendência, deixando os filhos de avós e bisavós em uma única baia. Assim como na creche, as salas de recria apresentavam capacidade para alojar 1.200 leitões, em baias suspensas (Figura 24).

(40)

40

Figura 24 - Sala de recria.

Fonte: Arquivo pessoal (2019).

2.3 SÍTIO BIMBINHO – CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM/ES

O Sítio Bimbinho é uma das duas granjas de suínos pertencentes ao senhor José Carlos Correia Cardoso, também proprietário do Frigorífico Cofril, situado no município de Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo (ES). Conta com ciclo completo de produção, apresentando 250 matrizes de genética DB e Topigs Norsvin em gestação e maternidade, cerca de 800 leitões em creche e a mesma quantidade em terminação (Figura 25).

(41)

41

Figura 25 - Imagem de satélite do Sítio Bimbinho.

Fonte: Adaptado de Google Maps (2019). Destacado em amarelo está a gestação, em vermelho a maternidade, em azul a creche e em roxo a terminação.

O período de estágio realizado dentro do Sítio Bimbinho foi de 03 a 19 de abril de 2019, onde a acadêmica deu continuidade a um experimento da Agroceres PIC que iniciou em dezembro de 2018 e será finalizado em outubro de 2019, com a inseminação de 22 matrizes. Nele, a função era de identificação dos leitões provenientes do teste logo após a primeira mamada, com tatuagem e mossa australiana, além de, pesagem individual dos animais nascidos vivos. A seguir, será descrito mais detalhadamente este trabalho.

2.3.1 Maternidade

Na granja, a estagiária identificou todas as matrizes do experimento na sala de gestação e acompanhou a subida das mesmas para a sala de maternidade, que ocorreu quando estavam com aproximadamente 112 dias de gestação. Ainda, fez o acompanhamento dos partos iniciados durante o dia, auxiliando os funcionários no amarrio e cura de umbigo dos leitões, e eventual necessidade de intervenção obstétrica manual. Após o término do parto, os leitões eram colocados para mamar o colostro e então prosseguia-se com a identificação e pesagem dos animais.

Neste experimento, foram testadas duas casas genéticas (DB e Agroceres PIC), cada uma com uma linhagem paterna, DB com sêmen de cachaço LQ1250, já utilizado na propriedade, e Agroceres PIC com sêmen de macho AGPIC359. Para a marcação dos leitões, utilizou-se mossa australiana de número 200 para DB e de número 0 para Agroceres PIC (não

(42)

42

era feita a mossa). Na composição da tatuagem, foi aplicada a letra V para DB e A para Agroceres PIC, além de uma sequência numérica ordinal, onde cada leitão recebeu um número (Figura 26).

Figura 26 - Leitões após identificação e pesagem.

Fonte: Arquivo pessoal (2019).

Após a identificação de cada leitão, seu peso era coletado de forma individual, com balança digital com gancho anexada a um balde. Os dados de peso e marcação de cada leitão, bem como sexo, número de nascidos vivos, natimortos e mumificados da leitegada, data do parto, turno (diurno ou noturno), identificação da matriz (brinco) e identificação do

(43)

43

reprodutor, eram anotados em planilhas, que deveriam ser digitalizados e enviados aos supervisores de estágio (Quadro 4).

Quadro 4 - Planilha para anotação dos dados referentes a matriz e sua leitegada.

Controle de identificação de animais ao nascer

DataPt Turno IDPorca Ciclo NV NT Sexo Mossa Gen (AV) Lt nº Peso (Kg) Dia

Noite

Fonte: Arquivo pessoal (2019). DataPt = data do parto; IDPorca = identificação da matriz (brinco); NV = nascidos vivos; NT = nascidos totais; Gen (AV) = genética do macho; Lt nº = número do leitão.

2.4 GRANJA RUTHES – PAPANDUVA/SC

A granja Ruthes, localizada no município de Papanduva/SC, é uma das integradas da Master Agroindustrial, responsável por alojar animais em terminação. A propriedade conta com dois galpões, com capacidade para aproximadamente 1.500 leitões cada, onde os animais são alocados em baias (Figura 27).

Figura 27 – Imagem de satélite da Granja Ruthes.

(44)

44

Para o experimento realizado pela Agroceres PIC, que iniciou na granja São Roque I em Videira/SC e cujas etapas de gestação, maternidade e creche já foram descritas, um destes galpões foi alugado para o alojamento de 1.200 animais. Estes foram alojados em 24 baias no dia 27 de março de 2019, em grupos de 50 leitões por baia, separados de acordo com casa genética e sexo, tendo desta forma, 400 leitões de cada genética, 200 machos e 200 fêmeas, distribuídos aleatoriamente no galpão (Figura 28).

Figura 28 - Galpão de terminação após o alojamento dos leitões do experimento.

Fonte: Arquivo pessoal (2019).

O período acompanhado na granja Ruthes foi de 02 a 14 de maio de 2019 e os manejos realizados na terminação seguiram os mesmos padrões de creche, com pesagem de ração e pesagem semanal dos leitões, remoção de enfermos e mortos, realização de necropsia, manejo sanitário e ambiental. As diferenças observadas foram no peso dos sacos de ração, que neste eram sacos de ráfia de 25kg, e na forma de apresentação da alimentação, que era peletizada (Figura 29).

(45)

45

Figura 29 - Local da pesagem e estocagem de ração (esquerda) e forma de apresentação da ração (direita).

Fonte: Arquivo pessoal (2019).

Além disso, devido ao maior peso dos animais e menor tamanho da balança, os leitões eram pesados em grupos de 10 a 12 e mantidos em uma baia reserva, até que toda a unidade experimental era pesada, podendo então, voltar para sua baia de origem. Os pesos eram somados, bem como o número de animais para conferência no livro de registros (Figura 30).

Assim como na creche, metade das baias do experimento eram pesadas na terça-feira e a outra metade na quinta-feira. As sobras de ração também eram pesadas e descontadas do total consumido na semana. Os animais herniados eram registrados na planilha de herniados da mesma forma, assim como aqueles que necessitaram ser removidos ou que morreram.

Figura 30 - Pesagem dos animais e anotação no livro de registros.

(46)

46

Outro diferencial da terminação foi a imunocastração realizada no período. Para ela, previamente foi ligado o sistema de gotejamento nas baias, a fim de umedecer os dejetos, facilitar sua retirada e consequentemente, limpeza dos animais, tornando-os aptos a receberem a primeira dose da vacina anti-GnRH Vivax. Esta foi aplicada somente nos machos, na dose de 2ml intramuscular, por profissional treinado da empresa Zoetis (Figura 31).

Figura 31 - Imunocastração.

(47)

47

3 CONCLUSÃO

O estágio realizado no setor de serviços técnicos e validação de produtos da Agroceres PIC possibilitou a acadêmica a associação dos conteúdos aprendidos em sala de aula com a vivência prática, através do trabalho diário dentro de granjas de suínos. Além disso, permitiu adquirir experiência nos processos experimentais, os quais não foram possíveis durante a graduação.

Ainda, o período trouxe um enriquecimento pessoal através do convívio com profissionais que atuam dentro da cadeia de produção de suínos, dos trabalhos realizados em diferentes sistemas de produção, da responsabilidade e confiança depositadas pelos supervisores de estágio e da real descoberta da paixão pela área escolhida.

(48)

48

REFERÊNCIAS

AGROCERES PIC. A empresa. [s.d.] Disponível em: <https://agrocerespic.com.br/a-empresa/>. Acesso em: 10 jun. 2019.

ASSOCIAÇÃO BRASILIERA DE PROTEÍNA ANIMAL. Relatório anual 2018. [s.d.] Disponível em: <http://abpa-br.com.br/storage/files/relatorio-anual-2018.pdf>. Acesso em: 10 jun. 2019.

FÁVERO, J. A.; FIGUEIREDO, E. A. P. Contribuições do melhoramento genético de suínos no Brasil. Ceres, v. 56, n. 4, p. 420–427, 2009.

FORTES, G. Agroceres 70 anos. [s.l: s.n.].

SARCINELLI, M. F.; VENTURINI, K. S.; SILVA, L. C. DA. Características da Carne Suína.

Referências

Documentos relacionados

Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo,

Este adesivo indica alguns cuidados ao utilizar o equipamento: -Não exceder a capacidade máxima de uso de 150kg para RTE; -Não exceder a capacidade máxima de uso de 180kg para

Como o caracter Tao, enquanto verbo, está associado também a tudo o que na mente flui no fluir do tem‑ po (pensar, falar, raciocinar ou seguir um método) e como este capítulo

(grifos nossos). b) Em observância ao princípio da impessoalidade, a Administração não pode atuar com vistas a prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, vez que é

No entanto, para aperfeiçoar uma equipe de trabalho comprometida com a qualidade e produtividade é necessário motivação, e, satisfação, através de incentivos e política de

servidores, software, equipamento de rede, etc, clientes da IaaS essencialmente alugam estes recursos como um serviço terceirizado completo...

Quero ir com o avô Markus buscar a Boneca-Mais-Linda-do-Mundo, quero andar de trenó, comer maçãs assadas e pão escuro com geleia (17) de framboesa (18).... – Porque é tão

Para entender os resultados, os principais fatos a recordar são: (i) As transições observadas para moléculas diatômicas com momentos de dipolo permanentes são