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Revista RN Econômico - Julho de 1974

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A n o V - No. 57 - J u l h o / 7 4 - C r $ 10,00

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QUEIROZ OLIVEIRA, FERRO-MADEIRA S/A

confiança a quem constroí

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REVISTA MENSAL „.;:kiiui;:CÍ»>MIV Diretores-Edltores MARCOS AURÉLIO DE SA MARCELO FERNANDES DE OLIVEIRA Gerente

Núbia Fernandes de Oliveira

Redatores

Sebastião Carvalho

Nelson Hermógenes Freire Nelson Patriota

Jorge {Batista

Arte

Reinaldo Azevedo

Fotos

João Garcia de Lucena

Colaboradores Alvamar Furtado Antônio Florêncio Benivaldo Azevedo Cortez Pereira Dalton Melo

Domingos Gomes de Lima Edgar Montenegro Fabiano Veras Fernando Paiva Genário Fonseca Hélio Araújo Hênio Melo Joanilson P. Rego João de Deus Costa João Wilson M. Melo Jopiar Alecrim Luiz Carlos A. Galvõo Manoel Leão Filho Moacyr Duarte Ney Lopes de Souza Nivaldo Monte Otto de Brito Guerra Severino Ramos de Brito Túlio Fernandes Filho Ubiratan Galvão

RN-ECONÔMICO, revista mensal es-pecializada em assuntos econômico-fi-nanceiros do Rio Grande do Norte, é de propriedade da Editora RN-ECO-NOMICO Ltda. C.G.C.M.F. 08423279.

Rua Princesa Isabel, 670 — Térreo —Fone 2-0706 — Natal (RN). Im-pressa na Gráfica RN-ECONÔMICO —

Rua Prudente de Morais, 1524 — Natal (RN). — Ê proibida a repro-dução total ou parcial de matérias contidas nesta edição. Preço de

assi-natura anual: Cr* 40,00; Preço do exemplar: Cr$ 8,00- Número atrasado: Cr$ 10,00.

sumario

M. A- T E l X E I f l / l ^ ^

EPORTACENS

T a r c í s i o M a i a GOVERNO EM NOVO E S T I L O E s p e c i a l

fi HORA DE PENSAR NO PORTO DE NATAL 18 P r o p a g a n d a

NORTE PLACA S I N A L I Z A NATAL

SEM ÔNUS PARA A PREFEITURA 26 E l e i ç õ e s

QUANTO CUSTARÁ UM MANDATO?

28

Comercio

G A S O L I N A NÃO fi MAIS UM BOM NEGÓCIO 32 T e l e c o m u n i c a ç õ e s

Cr$ 400 MILHÕES PARA MAIS TELEFONES NO RN 34

P r e v i d ê n c i a S o c i a l

QUANTO VALE O FUNRURAL PARA A ECONOMIA DO Ri 42

HOMENS & EMPRESAS

PÁGINA DO E D I T O R 7

BASTIDORES 39

CARÊNCIA DE MÃO-DE-OBRA E S P E C I A L I Z A D A PREJUDICA O

DESENVOLVIMENTO DAS EMPRESAS 3 7

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Mauto Madeiros

HOMENS

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GUARARAPES

t OITAVA N O PAIS

Estudo publicado em revista es-pecializada do Sul coloca as Con-fecções Guararapes S/A em oitavo lugar dentre todas as empresas do ramo têxtil do país. De acordo com este estudo, em primeiro lugar en-contra-se a Alpargatas. Nevaldo afirma que ao fim deste ano a sua indústria passará de 8.° para 6.° lugar. O lucro previsto da Guara-rapes em 1974 é da ordem de Cr$ 60 milhões, enquanto o seu faturamen-to será superior a Cr$ 320 milhões.

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ANCAR P O D E R Á SER EMPRESA

A ANCAR-RN poderá se trans-formar em empresa de economia mista, tão logo sejam concluídos os projetos de viabilidade que estão sendo elaborados por firmas espe-cializadas do Rio de Janeiro. Vin-do a se concretizar essa transforma-ção, a ANCAR ficaria, em termos de linha de ação, ao nível das duas empresas de economia mista do go-verno do Estado — COFAN e C I P A R N .

O

SOCIC

N O INPS

Sinval Moreira Neto

A SOCIC Industrial venceu a concorrência para a instalação da central de ar condicionado do pré-dio do INPS, em Natal, disputando com quatro outras grandes empre-sas do ramo. O orçamento apresen-tado pela SOCIC girou em torno de Cr$ 1,4 milhão. Por outro lado, o F R I G O N O R T E está adquirindo à SOCIC todas as câmaras frigorí-ficas e balcões expositores para os seus postos de venda, operação que atinge a casa dos Cr$ 600 mil. Tam-bém o Motel Tahyti, com inaugu-ração marcada para os próximos dias, comprou Cr$ 120 mil de equi-pamentos de refrigeração. Diante do volume de negócios no Rio Grande do Norte, a SOCIC Indus-trial já pensa em implantar em Natal uma linha de montagem de máquinas.

O

NEVALDO R O C H A

FALA DE MOSSORÓ O industrial Nevaldo Rocha, di-retor-presidente das Confecções; Guararapes S/A, afirma que a sua empresa implantará uma unidade

industrial na cidade de Mossoró, atendendo apelo do f u t u r o gover-nador Tarcísio Maia e depois de mandar efetuar estudos técnicos que indicaram a viabilidade do empre-endimento. Declara ainda Nevaldo que a fábrica de confecções em Mossoró será construída com o di-nheiro das deduções de ICM (Cr$ 5 milhões) que a Guararapes possui retido no Banco do DeSlenvolvi-mento do Estado, há mais de um ano.

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C I M O B C O N S T R Ó I PARA O G O V E R N O A CIMOB, firma construtora liderada por Benedito Marcondes Leite, executa duas obras do go-verno do Estado, ambas de impor-tância no campo da urbanização de Natal: a Cidade da Criança e o Bosque dos Namorados. A primeira visa transformar a maltratada La-goa Manoel Felipe, no bairro do T i r o l , num parquer infantil "sui generis", onde as crianças poderão brincar e ao mesmo aprender mui-to sobre história e folclore do Rio Grande do Norte; a segunda, fará do atual bosque da C A E R N , no fim da av. Alexandrino de Alencar o grande parque de Natal, com área verde entrecortada de alame-das, play grounds, restaurante, clí-nicas de relax e fisioterapia, etc. T a n t o a Cidade da Criança como o Bosque dos Namorados serão inau-gurados em dezembro.

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P O T Y C R E T FAZ

C O N T R A T O COM CA VIM A Potycret, indústria que fabrica postes e premoldados de concreto, está fechando negócio com a Com-panhia Agro Industrial Vicente Martins para a construção da sua fábrica, que será toda em estrutu-ras premoldadas de cimento armado.

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EMPRESAS

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S E R V I Ç O S

T É C N I C O S

Dois técnicos em problemas de administração de empresas — os economistas A n t ô n i o L a u r e n t i n o R a m o s e Alcyr Veras da Silva — se associaram e criaram u m a f i r m a es-pecializada em d a r apoio técnico à indústria < ao comércio. Trata-se da M á x i m a — Organização d e Ser-viços Técnicos p a r a Empresas, com sede no Ed. Sisal, sala 301. E n t r e outros trabalhos, eles executarão pesquisas de mercado, a u d i t o r i a ex-terna, implantação de sistemas admi-nistrativos, elaboração de projetos e t r e i n a m e n t o e seleção de pessoal.

O

N O R T E P L A C A E M E V I D Ê N C I A

A N o r t e Placa, fábrica de pla-cas acrílipla-cas e esm;i' «rias, venceu a concorrência p a r a e m p i a c a m e n t o das 2.000 ruas de Natal. Este serviço será executado, segundo i n f o r m a Sinval Moreira Dias N e t o , sem ne-n h u m ône-nus p a r a a P r e f e i t u r a de N a t a l , u m a vez q u e o comércio e a indústria p o d e r ã o financiar as pla-cas, usando p a r t e delas p a r a men-sagens publicitárias. A m á sinali-zação da cidade é u m assunto q u e já vem merecendo críticas, de m o d o q u e o t r a b a l h o q u e a N o r t e Placa executará vai receber o apoio de toda a população.

O

S O R I E D E M C R E S C E MAIS

A área coberta das • Confecções Soriedem S / A será a u m e n t a d a em mais 2,5 mil metros q u a d r a d o s , ten-d o em vista a necessiten-daten-de ten-de am-pliação da p r o d u ç ã o da empresa. P r o d u z i n d o h o j e 8.000 camisas e calças masculinas por dia, a Sorie-d e m alcançará em o u t u b r o a m a r c a das 10 mil peças e, em 1975, che-gará à p r o d u ç ã o de 12 mil, com a c o m p r a de novas m á q u i n a s e uti-lização de u m novo g a l p ã o indus-trial.

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N A T A L V E Í C U L O S C O M P R A T E R R E N O J á foi fechado o negócio de com-p r a dc terreno com-pela N a t a l Veículos e Peças S / A , concessionária Che-vrolet. Agora, ela p a r t i r á p a r a a construção de sua loja e oficina às margens da rodovia BR-101, logo após o v i a d u t o de Ponta Negra. O p r o j e t o da o b r a será fornecido pela G e n e r a l Motors do Brasil. I n f o r m a A d a u t o Medeiros q u e iniciará a construção m u i t o em breve.

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M E T A L Ú R G I C A A U M E N T A C A P I T A L A Metalúrgica d o N o r d e s t e ele-vará o seu capital de Cr$ 2,5 mi-lhões para Cr$ 7 mimi-lhões, p a r t i n d o em agosto p r ó x i m o p a r a o início da construção da sua fábrica de perfis de a l u m í n i o , em Macaíba. O p r o j e t o final da Metalúrgica < o Nordeste prevê inversões da o r d e m de Cr$ 18 milhões, e já foi devi-d a m e n t e a p r o v a devi-d o pelo Banco Na-cional de Desenvolvimento Econô-mico. M a r i o W a n d e r l e y , diretor da empresa, enche-se de entusias-m o q u a n d o fala do crescientusias-mento da Metalúrgica e a p o n t a o seguinte d a d o : criada em 1969 com u m ca-pital social de Cr$ 10.000,00, a fir-ma, em 5 anos, passou para a casa dos Cr$ 2,5 milhões, o q u e signi-fica um a u m e n t o de 250 vezes. As esquadrias de a l u m í n i o fabricadas em N a t a l pela Metalúrgica do Nor-deste estão p e n e t r a n d o com abso-luto sucesso no mercado do Sul do país, especialmente em São Paulo.

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B I C H O D A SEDA T E M A P R O V A Ç Ã O J ú l i o Rosado, c o o r d e n a d o r das experiências com o bicho-da-seda n o R i o G r a n d e do N o r t e , está entusi-asmado com os p r i m e i r o s resulta-dos da análise tecnológica do fio-de-seda a q u i produzido. Ele recebeu ofício do I n s t i t u t o d e Zootecnia de São Paulo, j u n t o ao q u a l v i n h a o certificação de classificação atestan-do a excelente q u a l i d a d e atestan-do pro-d u t o .

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T A R C Í S I O N O B A N D E R N

Tarcísio Pereira assumiu a pre-sidência do Banco do R i o G r a n d e do N o r t e S/A, s u b s t i t u i n d o D a l t o n Melo de A n d r a d e . A sua p r i m e i r a meta já está d e f i n i d a : l u t a r pela a b e r t u r a de u m a agência do BAN-D E R N no R i o de J a n e i r o , o cjue consolidaria a política financeira e daria maior d e s t a q u e à instituição de crédito. J á existe u m entrosa-m e n t o e n t r e o Banco d o R i o Gran-de do N o r t e e o Banco do Estado da G u a n a b a r a , q u e assumiu o con-trole dr iianco Halles, a fim de q u e ^ e f e t u a d a u m a troca de u i das agências do B A N D E R N c a N a t a l p o r uma do antigo Halles, no Rio.

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ESTAI HO P R O N T O A N T E S D O P R A Z O íSe o G o v e r n o do Estado e a P r e f e i t u r a não deixarem de c u m p r i r 0 c r o n o g r a m a de desembolso esta-1 eciclo p a r a a conclusão do Está-dio de Lagoa Nova, até dezembro p r ó x i m o as construtoras E C O C I L e E N A R Q concluirão as marquises e as obras de revestimento das arqui-bancadas, ciando por t e r m i n a d a a mais i m p o r t a n t e obra no setor es-portivo já levada a cabo pelo po-der público no R i o G r a n d e do Norte. O c o n t r a t o de conclusão das obras do Castelão dá o prazo até o mês de fevereiro de 1975 p a r a q u e as firmas c o n s t r u t o r a s se desimcum-bam do t r a b a l h o .

O

P O U P A N Ç A R E N D E 5 % G e r e n t e s das e n t i d a d e s q u e trab a l h a m com cadernetas de p o u p a n -ça indicam q u e neste trimestre elas p o d e r ã o r e n d e r até 5 % ao mês, p o r conta dos novos índices de corre-ção m o n e t á r i a fixados pelo Banco C e n t r a l . Assim sendo, as cadernetas de p o u p a n ç a são, hoje, a f o r m a mais r e n t á v e l de investimento, prin-c i p a l m e n t e p o r q u e do saldo m é d i o a i n d a se deduz 2 0 % do imposto de r e n d a .

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PÁGINA DO EDITOR

P r i m e i r o os de casa!

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e m p r e s á r i o que e s t á f i x a d o no E s t a d o há mais tempo, que aqui c r i o u r a í z e s , e x p a n d i u o s s e u s n e g ó c i o s e tem c o n t r i b u í d o de forma d i r e t a e o b j e t i v a para o d e s e n v o l v i m e n t o da t e r r a , merece p r i o r i d a d e na hora da c o n c e s s ã o de i n c e n t i v o s g o v e r n a m e n t a i s ? Ou é mais v a n t a j o s o , economicamente, dar melhor t r a t a m e n t o aos que possam v i r de f o r a p a r a d e n t r o , t r a z e n d o c a p i t a l e t é c n i c a para i m p l a n t a r n o v a s i n d ú s t r i a s no R i o Grande do N o r t e ?

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c r i t é r i o l ó g i c o e j u s t o , sem d ú v i d a , é o da c o n c e s s ã o de t r a t a m e n t o i g u a l . Mas o c r i t é r i o mais humano e até mais p a t r i ó t i c o é o de b e n e f i c i a r p r i m e i r o aos de c a s a , d e p o i s os e s t r a n h o s . A q u i l o que os de c a s a não e s t ã o c a p a c i t a d o s a e x e c u t a r , deve p a s s a r a s e r t a r e f a de t e r c e i r o s ; os ramos econômicos aqui d e s e n v o l v i d o s , a p e r f e i ç o a d o s ,

c r i a d o s do nada e m a n t i d o s em c o n s t a n t e e v o l u ç ã o , devem c o n t i n u a r , p r e f e r e n c i a l m e n t e , em mãos c o n t e r r ê n e a s . S e r i a , por exemplo, o c a s o da

i n d ú s t r i a de c o n f e c ç õ e s , que a f o r ç a e a c a p a c i d a d e de um punhado de homens, t o d o s daqui e gente n o s s a , t r a n s f o r m o u num s e t o r a l t a m e n t e r e n t á v e l e n a c i o n a l m e n t e c o n h e c i d o .

O

s i n d u s t r i a i s do Sul p a s s a r a m a v e r com o l h o s muito g r a n d e s os l u c r o s das empresas de c o n f e c ç õ e s do R i o Grande do N o r t e , em p a r t i c u l a r das C o n f e c ç õ e s G u a r a r a p e s S / A , que em menos de q u i n z e anos p a s s o u da o b s c u r i d a d e para um h o n r o s o o i t a v o l u g a r d e n t r e t o d a s as i n d ú s t r i a s t ê x t e i s do B r a s i l e para o p r i m e i r o l u g a r d e n t r e as de

c o n f e c ç o e s . A s s i m , um t e r r e n o que h a v i a s i d o desmaiado e c u l t i v a d o por gente n o s s a , daqui mesmo, um campo que j á começava a render o s s e u s abundantes f r u t o s , a t r a i u gente de f o r a , que v e i o e c o n t i n u a v i n d o p a r t i c i p a r da e x p l o r a ç ã o b e n é f i c a d e s s a t e r r e n o . Os i n c e n t i v o s acenados e o f e r e c i d o s p e l o Poder P ú b l i c o têm, i n c l u s i v e , s e r v i d o de a t r a t i v o e s p e c i a l para o s e m p r e s á r i o s s u l i s t a s , fazendo com que s e j a f a c i l i t a d a a sua d e c i s ã o de aqui e s t a b e l e c e r s u a s a t i v i d a d e s .

/

s s o não é c o n d e n á v e l . P e l o c o n t r á r i o , é uma p r o v a da p r e o c u p a ç ã o do g o v e r n o com o d e s e n v o l v i m e n t o . E n t r e t a n t o , os i n d u s t r i a i s do ramo de c o n f e c ç õ e s que aqui e s t ã o há mais tempo, têm se q u e i x a d o de não r e c e b e r t r a t a m e n t o i g u a l , em termos de i n c e n t i v o s f i s c a i s do g o v e r n o , na hora em que pensam em a m p l i a r s u a s f á b r i c a s . A l g u n s d e l e s , por e s s a

r a z ã o , têm p a r t i d o para f a z e r i n v e s t i m e n t o s f o r a do E s t a d o . P o d e - s e mesmo a f i r m a r que e x i s t e um c l i m a de mal e s t a r e n t r e o s c o n f e c c i o n i s t a s e os homens e n c a r r e g a d o s da e x e c u ç ã o da p o l í t i c a f i s c a l e i n d u s t r i a l .

m e r i a a h o r a , e n t ã o , de se p r o c u r a r c o r r i g i r um e r r o , p o n d o - s e em \ p r á t i c a o j u s t o c r i t é r i o do t r a t a m e n t o i g u a l , uma vez que t a l v e z " J á s e j a t a r d e , no s e t o r das c o n f e c ç õ e s , para se empregar o segundo c r i t é r i o , o mais humano, o do t r a t a m e n t o p r i v i l e g i a d o p a r a o s de c a s a , como se tem c o n s e g u i d o f a z e r em o u t r o s s e t o r e s da i n d ú s t r i a como, por exemplo, o da c o n s t r u ç ã o c i v i l .

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Tarcísio Maia

GOVERNO

EM NOVO ESTILO

Tarcísio de Vasconcelos Maia, 58 anos, médico

em disponibilidade q u e lamenta não ter sido agrônomo; político há mais de dez anos

distanciado das campanhas eleitorais, é o homem q u e — sem ter disputado a função — será o próximo governador do R i o G r a n d e do Norte. Pode parecer u m a punição aos que cobiçavam o cargo com tanta veemência e que, por conta da ambição, usaram armas às vezes condenáveis, mas o fato é q u e o escolhido foi exatamente o homem q u e afirma serenamente, para quem quiser ouvir: "Se para ser escolhido candidato ao governo dependesse de u m a demarche, u m gesto, u m passo de m i n h a parte, eu não teria sido o escolhido". Empresário r u r a l bem sucedido, a m a n t e da terra e dos roçados, pai de três filhos bem encaminhados na vida, irmão d o ex-governador João Agripino, Tarcício Maia é u m paraibano de Catolé do Rocha q u e tem vivido ou dedicado mais da metade da sua vida ao R i o G r a n d e do Norte. Extremamente fiel aos seus amigos e aos seus princípios, jamais m u d o u de partido (foi da U D N desde a sua criação até a sua extinção). Conhecedor dos problemas sociais e econômicos do Estado, faz questão de frisar q u e fará u m governo de trabalho e de justiça.

Na hora de citar u m vulto na vida do R i o G r a n d e do Norte, ele não deixa de se referir ao senador Dinarte Mariz, seu companheiro de lutas políticas no decorrer de 30 anos.

Ele não pretende governar como empresário. Vai agir como político, por estar convencido de q u e na hora das decisões administrativas q u e m trabalha melhor é o político. Mas as suas metas todas, todos os seus sonhos, se voltam para a criação de novas riquezas. O q u e ele deseja, no governo, é encontrar os meios de extinguir o desemprego e o subemprego nas cidades; é elevar

RN-ECONÔMICO/Julho/74 "

a produção nos campos; é ampliar a indústria de confecções e ver Natal transformada n o maior p a r q u e têxtil do país; é ver o Estado com u m a refinaria de petróleo, com muitas fábricas de cimento, com maiores salinas, com u m a

grande produção de barrilha, com mais e melhores estradas, com indústrias de transformação da scheelita em tungstênio puro; sua vontade maior é r e m u n e r a r melhor os funcionários públicos, para q u e eles façam do seu trabalho u m a profissão; sua preocupação se volta para a ausência de 40% da população escolar das salas de aula, pois ele acha q u e povo q u e não sabe ler, escrever e contar não está preparado para se desenvolver.

O f u t u r o governador é u m otimista q u e revela, na sua vida privada, jamais ter se deixado abater por u m problema. Ele poderia ser apontado como um homem frio. N ã o tem preferências esportivas. O único jogo q u e lhe agrada é o gamão, q u e costumava praticar nos fins de tarde quentes de Mossoró, muitos anos atrás, q u a n d o terminava o dia de trabalho em sua movimentada clínica de médico do interior.

Quase nunca levanta a voz.

Prefere falar baixo, compassadamente, acentuando a entonação das palavras q u e deseja t e n h a m mais força. Ele fala pensando duas vezes n o q u e está dizendo e vai sempre direto ao assunto, sem floreios e sem arrodeios. O seu riso é cauteloso. O seu raciocínio é ligeiro, capaz de identificar n u m relance as primeiras e as segundas intenções do quem o procura.

£ esse o homem q u e foi d e p u t a d o federal; q u e venceu e q u e também foi derrotado nas eleições, a p r e n d e n d o assim as lições mais difíceis da política. É o homem q u e assumirá em 15 d e março de 1975 o lugar de Cortez Pereira, sem pretensão de m u d a r por completo os rumos da administração, mas p r e t e n d e n d o administrar o Estado com estilo e critérios próprios.

(10)

"SE DEPENDESSE DE UM GESTO DE MINHA

PARTE, NÃO SERIA EU O CANDIDATO

A GOVERNADOR"

A H I S T Ó R I A

Tarcísio Maia, com onze anos incompletos, fêz o exame de admis-são e iniciou o curso secundário no Colégio Santa Luzia, de Mossoró. Só saiu de lá para fazer a última série do curso no Liceu Paraibano, d e onde seguiu para a Faculdade de Medicina, em Salvador. Em 1940 estava de volta a Mossoó, casado, médico, p r o n t o para exercer a pro-fissão q u e o p r e n d e u por quinze anos. Acha q u e não foi m a u médi-co, mas reconhece q u e a sua vocação era para a agronomia. É t a n t o que, ao longo do tempo em q u e exercia a medicina, investia o dinheiro q u e ganhava na compra de terras. Em 1956, depois de ter ingressado em lutas eleitorais a j u d a n d o ami-gos, foi convidado pelo então go-vernador Dinarte Mariz para ser secretário da educação. Daí para a candidatura, em 1958, para uma ca-deira na Câmara Federal foi um pulo. Elegeu-se. Na legislatura se-guinte, foi candidato a senador e a d e p u t a d o federal, p e r d e n d o ambas as eleições. Depois, candidatou-se à vice-governador e também foi derro-tado. Julgou, então, q u e chegara a lTora de se retirar. Saiu, segundo as suas palavras, sem ressentimentos de ninguém. N o governo de Cas-tello Branco, foi convocado para a presidência do IPASE. E, agora, dez anos depois do seu afastamento da política, foi convocado para um posto que não ambicionava, o de governador do R i o G r a n d e do Norte.

— "Eu estava t r a t a n d o dos meus interesses privados, tratando com êxito dos meus negócios. Mas, nesses dez anos, n ã o deixei d e con-tinuar estudando os problemas do R i o G r a n d e do Norte. Digo até com certo orgulho q u e conheço b e m os

problemas deste Estado. E se dis-sesse q u e não estava p r e p a r a d o para ser governador estaria m e n t i n d o a m i m mesmo. Acho q u e esses dez anos q u e passei afastado m e deram condições para q u e eu pudesse exer-cer este cargo com isenção, com cor-reção, vendo as coisas mais de cima, sem ressentimentos de ninguém, sem feridas abertas, para fazer aquilo q u e eu p r e t e n d o fazer e q u e eu vou fazer: u m governo austero, sério, um governo q u e distribua justiça a q u a n t o s queiram viver e trabalhar nesta terra".

UM H O M E M R I C O ?

Q u a n d o se referem a Tarcísio Maia como um homem rico, empre-sário de sucesso — o q u e quase sempre ocorre, principalmente ago-ra — ele rí e diz q u e a coisa não é assim como falam. E diz:

— " N a verdade, eu n ã o sou rico. T e n h o algumas propriedades agrícolas e cuidar delas é a m i n h a atividade, o q u e faço com boa apti-dão. Sou u m homem q u e tenho muitas gerações atrás de m i m de trabalhadores da terra, de modo q u e este é o trabalho q u e eu faço com mais amor e o q u e eu faço melhor. T e n h o u m a propriedade q u e f u n d e i e q u e fiz, em Mossoró, e q u e é a q u e me p r e n d e mais a atenção e o m e u tempo, onde exis-te uma c u l t u r a d e algodão q u e n ã o é p e q u e n a e o n d e desenvolvo como atividade correlata a pecuária bo-vina. T e n h o , recebida por herança d e m i n h a m u l h e r , u m a propriedade com cultura cacaueira, no Sul da Bahia. E estou, recentemente, im-p l a n t a n d o u m a s glebas d e terra n o M a r a n h ã o , n o vale d o Mearim. São terras d e m u i t o boa q u a l i d a d e q u e se prestam em condições

excepcio-nais para a pecuária bovina do tipo indiano. É pré-amazônia, de modo q u e lá a pastagem viceja em condi-ções ideais e o gado Zebu se com-porta muito bem. Comprei umas glebas lá. Estou i m p l a n t a n d o u m a fazenda de gado q u e não é peque-na. T i n h a , antes disso, u m a parti-cipação na Mossoró Agro Industrial S/A — MAIS A, q u e tem u m gran-de projeto gran-de cultura d e cajueiro. É u m a firma bastante conhecida, para a q u a l entrei com proprieda-des q u e eu tinha comprado d u r a n t e os quinze anos em q u e exerci a mi-n h a profissão em Mossoró. Depois, vèndí a m i n h a p a r t e e com o mon-tante adquiri estas glebas n o Ma-r a n h ã o . Estas são m i n h a s ativida-des, q u e eu desenvolvo com m u i t o gosto p o r q u e me agrada cuidar da terra e do gado. É a atividade q u e mais proporciona prazer interior a q u e m gosta de trabalhar. Fora disso, t e n h o pouco mais ou nada".

T A R C Í S I O E A R E V O L U Ç Ã O

A p o n t a d o por muitos como u m político da linha de Castello Bran-co, Tarcísio se considera não isso, mas u m homem com ligações

(11)

"OS MEUS SECRETÁRIOS TERÃO DE

DEIXAR DE LADO AS SUAS ATIVIDADES

PARTICULARES PARA SE DEDICAREM

SÓ AO GOVERNO"

soais na área revolucionária, em toda a sua extensão, desde Castello até Geisel. Os q u e o classificam de Castelista, apenas fazem uma inter-pretação sem maior p r o f u n d i d a d e , baseados no fato de q u e ele parti-cipou do primeiro governo da Re-volução e manteve amizade com o falecido Presidente e com muitos dos seus antigos auxiliares, muitos dos quais se encontram de novo no poder.

Falando na Revolução de 1964, ele afirma:

— "A Revolução marca um pon-to em q u e tudo se modificou neste país. Quem tiver serenidade e ar-gúcia para analisar os fatos, há de ver que antes de 1964 o Brasil era um, e que depois, principalmente nos últimos anos, o Brasil é outro. Antes, era a vida política em ter-mos demagógicos, os polítcios pro-metendo o q u e não podiam fazer, falando ao povo sem falar a verda-de, usando os mandatos para usu-fruir e não para servir a quem os elegia. É evidente q u e isso não era regra geral. Hoje, a política se faz em termos mais comedidos e a vida pública em termos mais honestos. O pais m u d o u completamente de fisionomia; está organizado e

en-RN-ECONÔMICO/Julho/74

f r e n t a n d o os seus problemas com galhardia. Se verificarem a situa-ção do m u n d o todo em conseqüên-cia da crise do petróleo e se com-pararem o modo como o Brasil a está enfrentando, hão de ver q u e as dificuldades enfrentadas pelo Brasil têm sido suportadas muito mais à vontade do q u e em todos os países da Europa. Países como a Inglaterra e a Itália estão com a balança de pagamento totalmente desequilibrada, e n q u a n t o o Brasil está suportando a crise e encontran-do os meios de continuar crescenencontran-do à razão de mais de 10% ao ano. Agora, com a perspectiva de aumen-tarmos a nossa produção de petró-leo de 23 para 50 ou 60 por cento do nosso consumo, aí sim, esta na-ção será dentro de um prazo rela-tivamente curto uma das maiores nações do mundo".

O M O D O DE G O V E R N A R

— "Eu vou governar como po-lítico, usando os técnicos e aprovei-tando a sua competência e especia-lização em benefício das tarefas a serem realizadas. É difícil

gover-nar o Rio G r a n d e do Norte, mas não tão difícil. Este é um Estado de grandes potencialidades que têm de ser exploradas e usadas em be-nefício do povo. Q u a n d o conversei com o Presidente Geisel, após a mi-nha indicação, ele me dizia que o Rio G r a n d e do Norte não é mais aquele Estado de economia precá-ria e difícil. E, realmente, as nossas potencialidades são muitas, a come-çar pela agricultura, q u e tem pos-sibilidade de melhorar substancial-mente, a u m e n t a n d o a produtivida-de das suas culturas básicas, espe-cialmente a cultura do algodão, transformando essa matéria prima em fios, os fios em tecidos, os teci-dos em confecções. J á pensaram no que significa, em vez de exportar o algodão "in n a t u r a " para as fir-mas do Sul, mandar d a q u i o pro-d u t o acabapro-do, a roupa, o tecipro-do ? J á pensaram o q u a n t o isto signi-fica, em termos de riqueza que fica aqui ? Além disso, outras culturas existem que podem ser dinamiza-das: o sisal, as próprias culturas de subsistência, a cana de açúcar, a cultura nova do cajueiro, e até a amoreira, que é a base para o bi-cho-da-seda. As oleaginosas são ou-tro caminho que pode ser percor-rido: a mamona, o amendoim, o gergelim. Enfim, na área agrícola há muitos caminhos a serem segui-dos pelo Rio G r a n d e do Norte, se bem que com muitas dificuldades. E uma delas é o preço dos fertili-zantes. Mas, para tudo tem um jeito. Q u e m sabe se não se pode subsidiar ainda mais o emprego dos fertilizantes ? Para se comprar fer-tilizantes, já se consegue dinheiro emprestado sem juros. Por que, en-tão, não pagar uma parte do preço do fertilizante e entregá-lo ao pro-d u t o r para q u e ele apro-dube as suas

terras e veja a produção aumen-tada, a riqueza dobrada ou tripli-cada".

U M E S T A D O R I C O E M M I N É R I O S O f u t u r o governador se entu-siasma q u a n d o se fala em minérios e toma a palavra:

— "Em produtos de origem mi-neral, os recursos do Rio G r a n d e cio N o r t e são muito grandes; são, talvez, os maiores do Nordeste, a começar pelo calcáreo. Aqui exis-tem 20 mil quilômetros quadrados

(12)

"ESTE É UM ESTADO DE GRANDES

POTENCIALIDADES QUE PRECISAM SER

EXPLORADAS EM BENEFÍCIO DO POVO"

ile território localizados na região sedimentar, quase toda ela forrada de calcáreo da melhor qualidade. Para se ter uma idéia, o governo federal se propõe a implantar uma siderúrgica em Itaqui, no Mara-nhão, utilizando o ferro da serra dos Carajás e, possivelmente, o cal-cáreo do Rio G r a n d e do Norte, pois o calcáreo é f u n d a m e n t a l para esse tipo de indústria. Já pensaram o (jne significa remeter, por ano, cerca de 4 milhões de toneladas de calcáreo para Itaqui ? Isto só, sig-nifica a necessidade de dobrar ou triplicar o porto-ilha de Areia Branca, restaurar, ampliar o porto de Natal, ou mesmo construir um novo porto nesta capital. O calcá-reo é matéria prima para a produ-ção de cimento. O Estado já conta com uma moderna fábrica, em Mos-soró, produzindo 16 mil sacos por dia. Mas isso é apenas uma parcela do que se pode esperar em matéria de cimento. Embora a demanda regional esteja satisfeita com a pro-dução da fábrica de Mossoró, de-certo surgirão outras fábricas que serão atraídas por essas condições excepcionais. O cimento pode ser exportado semi-acabado, em forma de "klinker". Já existe o porto graneleiro de Areia Branca. Então não há quem evite se instalarem novas fábricas naquela região de Mossoró. E a barrilha ? O sal ? O Rio G r a n d e do Norte é responsá-vel pelo abastecimento de mais de f>0 por cento do sal consumido no Brasil. No estuário dos rios Açu e Apodi se tem condições de produ-zir 10 milhões de toneladas de sal, e n q u a n t o no presente se produz pouco mai; de 1,2 milhão de tone-ladas. Co, a existência do porto ile Areia Branca, abre-se a possibi-lidade de exportar sal para o ex-terior. Então, o que é preciso é estimular essa produção de sal, é promover os meios para que as grandes empresas que estão sendo implantadas aumentem a sua pro-dução, quer seja para a exportação, quer seja para consumo interno. Com a recente descoberta do petró-leo, com o calcáreo existente na orla marítima, com o sal produ-zido no estuário do rio Açu, a re-gião de Macau será, decerto, um polo industrial. Lá será implantada uma fábrica de barrilha, q u e ini-cialmente se propõe a produzir 200 mil toneladas, mas as condições são de t;il modo favoráveis que já se laia em produzir 400 mil. E digo

P á y i n a 12

mais: se se evidenciar a presença de gás na região, com o calcáreo que lá está, com o sal q u e se en-contra próximo, aí as condições para a produção de barrilha não se repetem em lugar n e n h u m do mun-do. Então, em vez de uma fábrica de 400 mil toneladas, nós teremos uma muito maior, capaz de expor-tar barrilha para o exterior, em grande quantidade. Ainda no setor mineral, o Estado tèm inúmeras reservas de caulim. T e m uma ja-zida bem perto de Natal, a 12 qui-lômetros do porto, outra em Equa-dor, tem na serra do Martins e na serra de Santana. O caulim tem hoje grandes aplicações, principal-mente na fabricação de papel, pro-d u t o q u e o m u n pro-d o inteiro procura. A scheelita do Seridó é outro po-tencial de grande expressão. O que é preciso é encontrarmos a maneira de transformá-la em tungstênio puro. A venda da scheelita é feita por um preço. Se transformada em tungstênio, esse preço se multiplica dezenas de vezes".

T A R C Í S I O E OS F U N C I O N Á R I O S P Ú B L I C O S

Tarcísio Maia reconhece o Nor-deste como a região mais atrasada

e pobre do país, q u e só poderá se desenvolver pela educação do seu povo para o trabalho. Ele encara o problema da carência de recursos humanos sob vários aspectos, anali-sando desde a situação do funcio-nário público até a do operário e do trabalhador rural.

— "Sou convencido de que para governar uma das tarefas principais é treinar pessoal, é preparar o ma-terial h u m a n o , desde o servidor pú-blico que precisa ser profissionali-zado e melhor remunerado. Essa ta-refa não é fácil, mas em relação ao serviço público o meu pensa-mento é este. Nós temos de dar a ele um sentido de profissionaliza-ção. O Estado precisa ter menos funcionários e estes funcionários ganharem melhor. O f u n c i o n á r i o ganhando bem, tem condições de executar mais tarefas do q u e nor-malmente executa. Ele hoje exerce <» profissão como um "bico" q u a n d o deveria exercer como uma profissão e um meio de vida. Mas para q u e ele assim fizesse, seria preciso q u e ele ao sair de casa para o trabalho não deixasse o problema dos re-cursos insuficientes para a manu-tenção própria e da família. Acho q u e o Estado tem muitos funcio-nários; tem funcionário sobrando em inúmeras repartições. N ã o vou RN-ECONÔMICO/Julho/74

(13)

"HÁ FUNCIONÁRIOS SOBRANDO EM

MUITAS REPARTIÇÕES. O ESTADO

PRECISA É DE TER MENOS FUNCIONÁRIOS

E ESTES GANHAREM MELHOR"

demitir funcionários, é evidente. Vou procurar conter as admissões e melhorar os níveis salariais deles".

O E L O G I O A C O R T E Z

O f u t u r o governador não tem n e n h u m a crítica a fazer ao atual governo. Discorda de alguns méto-dos ora usaméto-dos, não porque os con-sidere errados, mas porque não co-incidem com os seus próprios mé-todos. Considera os projetos em execução pelo governador Cortez Pereira absolutamente válidos e, em particular, é um entusiasta das vilas rurais q u e "tem a virtude de incorporar à economia do Estado zonas praticamente improdutivas, como era a serra do Mel, onde nada existia e onde agora estão 60 mil hectares de teras aproveitadas". São suas as palavras:

— "Cortez é um homem de mui-ta inteligência, de muimui-ta imagina-ção, de modo q u e os caminhos no-vos q u e ele tem procurado desco-brir, alguns com sucesso, outros ain-da em dúviain-da, são absolutamente válidos. A atividade política dá margem a muitos boatos e um

de-RN-ECONÔMICO/Julho/74 "

les diz que eu estaria impressiona-do com o volume das dívidas impressiona-do Es tado. Realmente, o Estado está en-dividado. Mas, isso não ocorre só no Rio G r a n d e do Norte. Não é possível, n u m Estado pobre, reali-zar obras administrativas sem sacar para o f u t u r o . Cortez está no pe-ríodo final do seu governo e, evi-dentemente, está procurando con-cluir obras. Porisso, tomou dinhei-ro emprestado, mas eu espedinhei-ro e confio em q u e tudo seja feito den-tro de normas, denden-tro de comedi-mento, e que ele me entregue o Estado em ordem para q u e eu possa começar, no dia seguinte, a administrá-lo. Existe um entendi-mento completo entre a pessoa do governador e este modesto candi-dato a governador. Nós não vamos ter problemas maiores. Ele não vai cometer excessos. E se o Estado está endividado, e se as dívidas pare-cem altas, mesmo assim nós encon-tramos meios de transpor os obstá-culos".

I G U A L D A D E DE T R A T A M E N T O

Na preocupação de promover um governo de justiça, Tarcísio

Maia fala do tratamento que dis-pensará ao setor industrial:

— "Todos os estímulos q u e fo-rem concedidos aos que viefo-rem im-plantar suas indústrias aqui e que constarem de devolução de parcelas de tributos arrecadados, serão de-volvidos em tempo, porque o di-nheiro não é do Estado. O didi-nheiro deve ser devolvido. O que aconte-ceu no atual governo, com relação às Confecções Guararapes e a ou-tras indústrias de confecções, foi um episódio em decorrência da conjun-tura que o Estado atravessava e, por conta da qual, não pôde de-volver em tempo as parcelas dedu-zidas do ICM, q u e deviam ser de-volvidas. Mas, o erro vai ser corri-gido e o dinheiro será devolvido. Os estímulos que se dão aos de fora é m a p justo que se dê aos que aqui já estão. A Guararapes vai re-ceber estímulos do meu governo, vai implantar uma fábrica em Mos-soró e vai ampliar a capacidade de produção da fábrica de Natal. Ela vai crescer no Rio G r a n d e do Nor-te, segundo a vontade dos seus di-rigentes".

Interrogado se se estava deixan-do de dar incentivos aos industriais daqui para beneficiar apenas os de fora que aqui estão chegando, T a r -císio Maia respondeu:

"Eu não sei se se está deixando de dar atenção aos daqui. Eu sei q u e é questão de justiça dar aos d a q u i o mesmo q u e se dá aos que vêm de fora. Os que estão aqui merecem a mesma coisa, senão mais dos que os que estão chegando. Q u e m já correu os riscos, quem já está trabalhando e lutando conosco, quem vem ombro a ombro ao nosso lado tem bastante merecimento para receber os estímulos e os in-centivos do governo. E esta vai ser a minha conduta. Os de fora, eu q u e r o que venham. Eu lhes darei apoio e procurarei atraí-los. Mas eu prestarei muita atenção aos q u e já estão aqui. Primeiro a gente da casa, os nossos !"

Segundo o f u t u r o governador, a indústria têxtil virá para o R i o G r a n d e do Norte não p o r q u e aqui exista o melhor algodão nem por-que a mão de obra aqui seja mais barata. Virá p o r q u e o empresário do Sul tem bastante visão e não vai perder a o p o r t u n i d a d e de contar com os incentivos do F u n d o Têxtil, q u e só este Estado oferece no Bra-sil. Só este atrativo será capaz de dar-nos o maior p a r q u e têxtil do país, segundo ele.

(14)

"OS ESTÍMULOS QUE SE DÃO AOS

EMPRESÁRIOS QUE VÊM DE FORA É MAIS

JUSTO QUE SE DÊ AOS QUE AQUI ESTÃO"

"EMBORA O CANDIDATO DE DINARTE

FOSSE DIX-HUIT - QUE TAMBÉM ERA O

MEU CANDIDATO NA HORA EM QUE

NÃO FOI POSSÍVEL FAZER A CANDIDATURA

DE DIX-HUIT ELE PASSOU A ME APOIAR"

A R E F I N A R I A DE P E T R Ó L E O

— , essoalmente, estou conven-./ de que a refinaria da Petro-orás para o Nordeste virá se loca-lizar no Rio G r a n d e do Norte, mas este é um assunto q u e será resol-vido em termos muito técnicos. A luta pela refinaria é uma coisa m u i t o relativa e dizer que o meu governo vai lutar porisso é uma

ex-pressão muito forte. A Petrobrás

construirá onde as condições forem, tecnicamente, as mais favoráveis e mais recomendáveis. T u d o indica q u e nós temos essas condições, uma vez q u e haverá exploração de pe-tróleo nas costas do Rio G r a n d e do Norte. Mas eu jamais ousaria dizer se ela viesse para cá, q u e foi por-fqlie eu trabalhei para isso. Não adianta a gente querer ser impor tante sem ser".

N U N C A A A R E N A ESTEVE T Ã O U N I D A As palavras são de Tarcísio Maia, q u e se revela surpreendido com a realidade do seu partido, pois não esperava tanta facilidade no comando político:

— "Nunca ví coisa mais fácil de dirigir do q u e a Arena do R i o G r a n d e do Norte. Está tudo em ordem, tudo direito. Pequenos

pro-blemas de emulação entre candida-tos, sem maiores conseqüências, co-muns na vida partidária, mas den-tro da ética política. A Arena se guirá unida para a eleição e vai disputá-la esperando resultados mui-to favoráveis e já mais ou menos previsíveis. T e n h o estado com os políticos quase q u e diariamente e acho q u e a Arena nunca teve a sua atividade tão facilitada como agora".

Sobre o pequeno n ú m e r o de candidatos, ele afirmou:

— "A atração política continua existindo. Mas, na verdade, aquele tipo de política partidária em q u e se apresentavam os chamados líde-res populalíde-res q u e acenavam para o povo com o que não podiam dar, desapareceu. Às figuras demagógi-cas não existem mais. Agora, en-tram na política os q u e estão dis-postos a fazer política com segu-rança, seriedade e firmeza. Talvez seja esta a razão do n ú m e r o de can-didatos ser menor do q u e no pas-sado".

A U X I L I A R E S C O M T E M P O I N T E G R A L

Na verdade, Tarcísio Maia ain-da não pensou na constituição do seu secretariado. Pelo menos, ainda não convidou ninguém para a sua equipe. Mas já traçou u m a regra geral q u e terá de ser obedecida por quem esteja disposto a integrar seu governo:

— "Meus auxiliares não o serão apenas por serem meus amigos, mas por terem aptidões para ocupar os respectivos postos. Este será o cri-tério f u n d a m e n t a l : o da aptidão para o lugar. Mas tem outro re-quisito importante: da mesma ma-neira como eu tive a disposição de largar as minhas atividades parti-culares para me dedicar ao gover-no, exijo q u e se comportem como eu vou me comportar. Espero es-colher os melhores, os mais capa-zes, d e n t r o dos próprios quadros do Estado".

D I N A R T E M A R I Z E A O P O S I Ç Ã O

Como faz questão de ressaltar, ele não lutou pelo cargo e consi-dera importante para q u e a sua es-colha tenha sido efetivada o apoio q u e lhe deu Dinarte Mariz. Sobre o processo da escolha do sucessor de Cortez Pereira, ele afirma:

— "Sei q u e a m i n h a indicação decorreu da inviabilidade de uma primeira lista de candidatos. Tive-ram de partir para outra lista com outros candidatos. Desses

candida-tos, se fixaram no meu nome. Na hora de opinar, as lideranças foram convidadas. Cortez Pereira foi cha-mado e o fêz favoravelmente. Di-narte Mariz, também, embora o candidato dele não fosse eu — o candidato dele era Dix-huit Rosa-do, que também era o meu can-didato. Na hora em que não foi possível fazer a candidatura de Dix-huit ele veio *:ar o meu nome.

Os outros c ,janheiros apoiaram minha indica iO. Se houve restri-ções, partiram de alguns que dispu-taram também o posto e evidente-mente, não podiam opinar favora-velmente a mim, pois eles mesmos eram candidatos".

Dizendo o que espera da oposi-ção e do tratamento q u e lhe dis-pensará, Tarcísio Maia conclui a sua entrevista exclusiva ao R N -E C O N Ô M I C O :

— Espero não ter problemas com a oposição. Quero q u e ela exista e q u e ela me ajude, exerci-tando o papel que lhe compete, fis-calizando a administração pública, censurando e criticando o meu go-verno, a p o n t a n d o erros. T e n h o dito muitas vezes que f r e q ü e n t e m e n t e os erros, os descertos, as possíveis irre-gularidades do governo não che-gam ao conhecimento do gover-nante porque os amigos gostam mais cie trazer as boas notícias do q u e as ruins. De modo q u e este é um papel q u e eu desejo q u e ela desempenhe, com correção, com se-riedade e com espírito público. Es-tes dez anos de afastamento da vida pública me deram condição de não ter inimizades com ninguém, de poder ter diálogo com todo mun-do. Não pretendo destruir a opo-sição. Ela vai existir lá, nós vamos existir cá, e vamos conviver bem".

(15)

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(16)

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Natal ganhou mais uma

Especial — Em solenidade realizada com as presenças do Prefeito Jorge Ivan Cascudo Rodrigues, re-presentantes de grandes fábricas de eletrodomésti-cos, comerciantes e outras autoridades locais, foi inau-gurada em Natal mais uma moderna loja de eletrodo mésticos da SOCIC, à rua Ulisses Caldas, esquina com a rua Dr. José Ivo.

Esta é a quarta filial da conceituada organiza ç ã o nordestina na cidade, que servirá à população nos mesmos moldes das 46 fi-liais SOCIC espalhadas do Rio Grande do Norte a Ser-Ijipe, com bom atendimen-to, melhores preços, crédito imediato, entrega rápida e adequadas condições de pa-gamento

A INAUGURAÇÃO

O ato inaugural teve iní-cio com a benção das ins-talações pelo frei Egídio, do Convento Santo Antonio, seguindo-se o discurso pro-ferido pelo gerente da SO-CIC em Natal, Sr. José An-chieta de Figueiredo, que declarou ser a inauguração da nova casa uma "retribui-ção indireta que durante os anos temos recebido dos nossos clientes e amigos", pois para eles e para toda a população da cidade e do Estado 'esta loja represerv ta a abertura de amplas portas e maiores perspecti-vas de noperspecti-vas opções".

Ao final de suas palavras, o Sr. José Anchíeta pediu ao Prefeito Jorge Ivan Cas-cudo Rodrigues que decla-rasse inaugurada a filial, desatando a fita simbólica juntamente com a Sra. Sa-ra Barreto da Costa, esposa do Diretor Comercial da

or-ganização, Dr. Antonio Cha-ves da Costa.

O Prefeito do Natal, em discurso que proferiu ns oportunidade, e fala n d o também em nome do Go-vernador Cortez Pereira, ressaltou que não poderia deixar de comparecer àque-le at0 para "felicitar os que

fazem a Socic, "não apenas pelo fato de ser uma em-presa vitoriosa que, surgin-do há 32 anos na Paraíba, hoje alcança cinco Estados do Nordeste, destacando-se como indústria e comércio de eletrodomésticos e re-frigeração comercial, mas principalmente por " s e r uma honra para nós receber a quarta loja de um grupo tão esforçado e dinâmico".

Aproveitando a presença de elementos da alta dire-ção da Socic, o Prefeito di-rigiu apelo no sentido de que seja estudada pela em-presa a possibilidade de vir a instalar em Natal uma indústria de refrigeradores comerciais, a exemplo do que já fez em João Pessoa e no Recife. E, numa de-monstração de confiança no grupo, prometeu incentivos

A fita

fiscais, com a isenção por dez anos de todos os tribu-tos municipais, assim como garantiu — falando em no-me do Governador Cortez Pereira — outros incentivos através do Banco de De-senvolvimento do Rio Gran-de do Norte.

No término da solenidade, foi servido um coquetel às autoridades, que

percorre-ram as modernas instala-ções da nova loja da Ulis-ses Caldas.

HISTORIA E PRESENÇAS A Socic completa neste mês 32 anos de existência. Surgiu na cidade de João Pessoa e hoje abrange os Estados d0 Rio Grande do

Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe, através de uma rede de 46 lojas de eletrodomésticos e duas fá-bricas de refrigeradores co-merciais {uma no Recife e cutra em João Pessoa). Em Natal, a organização conta agora com quatro filiais. N3 Cidade Alta — avenida Rio Branco e rua Ulisses Cal-das; no Alecrim — ruas Amai o Barreto e Mário Ne-gócio.

Na inauguração da manhã de ontem foram anotadas as '.ites presenças:

jior Comercial da So-cic — Dr. Antonio Chaves Costa; Assessores Comer-ciais da empresa — Drs. Raimundo Nonato e Edgar Costa Filho; Gerente da fi-lial de Natal — Sr. José An-chieta de Figueiredo; Ge rente da filial do Recife —-Sr. Leon; Gerente da Pilai de Campina Grande — Sr. Edval Leite; Gerente da fi-lial de Patos — Sr. José Palmeira; Gerente da filial de Caruaru — Sr. Pedro Francisco; Gerente da fi-lial de Goiana — Sr. Sue-tonio Santos; Gerente da filial de Limoeiro — Sr. Clóvis Pereira; Gerente da filial de Aracaju — Sr. An-tão Alexandre; Gerente da filial de Guarabira — Sr. Francisco Teixeira; Gerente de João Pessoa — Sr Dur-val Fernandes; Prefeito Jor-ge Ivan Cascudo Rodrigues (representando também o Governador do Estado); Re-presentante do Presidente do Senac — professor Or-neles Neves; Representante do Comando da Policia

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Mi-Fala do Prefeito

pias portas e maiores ners-pectivas de novas opções. O consumidor está, na-turalmente e com toda ra-zão, cada vez mais exigen-te. Ele quer, obviamente, um melhor atendimento e maiores oportunidades de escolha. Parei nós, ele, o cliente, está sempre em primeiro lugar.

Por acreditar no desen-volvimento do Estado, noã bons propósitos de seus go-vernantes, na sábia e sadia política desenvolvimentista que eles têm imprimido ao Rio Grar.de do Norte, nos levam a crescer, ampliar, modernizar e modificar nos-sas estruturas de comercia-lização, cuja finalidade pre-cípua é servir

bem-A modernização da agri-cultura, aliada ao surt0 de

desenvolvimento industrial, Já é uma realide.de entre nós. Se alguém já disse qud a "Indústria é sustentácu*

Io da dinamização regional e o ponto de apoio de alta significação para a trans-formação da região" nã« pode nem deve esquecer, porém, que f.o comércio ca-be a difícil tarefa de satis-fazer às necessidades da população.

A par de tudo isso, o crescimento urbano

existen-te em nossa cidade, aumen-ta e diversifica as necessi-dades de bens e serviços. Isso significa, mais empre-gos, negócios mais

próspe-ros, salários mais altos t vida mais confortável, t, para a comodidade, o bem estar e o agasalhamínto da vida, aqui estamos, com a oferta dos bens indispensá- . veis.

Sem a existência de uma ; comunidade vigorosa e pro- i gressista, nada prospera, ; nada fecunda, nada cresce. O desenvolvimento de uma cidade pode-se medir pela quantidade e qualidade das opções da atividade comer' ciai. Assim é que, além des-sa nova loja, concluímos uma área de 600 metros quadrados no bairro da» Quintas, que se transformou em outra loja, para atendi-mento da população daque-le populoso bairro. Não nos animam vaidades, porque n*i humildade de nossa po-sição jamais perdemos con-tato com o chão.

Pedimos ao Excelentíssi-mo Sr. Prefeito Jorge Ivan Cascudo Rodrigues que de-clare inaugurada estas ins-talações, ao mesmo tempo que agradecemos á presen ça de todos vocês".

Fala o sr. José Anchieta.

litar — Sr- José Ribamar Rocha; Diretor Presidente dos Supermercados Mini-Preço — Sr. Sales Asfora; Representante do Diretor da Polícia Federal — Sr. Pitágores Costa; Gerente

Regional da Philco — Sr.

Cláudio Moreira; Diretor Còmercial da Indústria de Móveis Noiva da Colina — (SP) — Sr. Luiz Braga; Re-presentantes das indústrias Philips, Singer, Elgin Es-maltec, Formoveis, Man, e Estofados lovamel, além do coronel Osvaldo Monte do Sr. João Olímpio é muitos outros comerciantes convi-dados.

ALEGRIA DA RETRIBUIÇÃO

Na íntegra, é este o dis-curso que foi oroferido pe-lo Gerente José Anchieta de Figueiredo na inauguração da nova loja Socic:

"É com a maior alegria que recebemos todos os presentes em nossa nova casa. O que inauguramos hoje nada mais é que a re-tribuição indireta que du-rante os anos temos rece-bido dos nossos clientes e amigos. Esta loja represen-ta para eles e para toda a população da cidade e do Estado, a abertura de

(18)

am-«jmmm.

Reportagem de NEISCN HEFMÕCENES Fotos de JOÃO GARCIA EE

F F E I F E LüCENA

Ê hora de

Muito se tem falado sobre o porto de Natal, porém em nada dei-xa de ser proveitoso uma volta ao assunto, sem dúvida de grande im-portância para nossa 'economia, que tem vivido muito de promessa. Abor-damos o problema, agora, confron-tando p com o porto-ilha de Areia Branca, que ainda não iniciou suas atividades e que se constitui numa expectativa entre os próprios sali-neiros, que em grande número não se agradaram do empreendimento.

Com seu cais de 4 0 0 metros e seus equipamentos já obsoletos, o movimento de carga atual do porto de Natal não justifica qualquer ini-ciativa no sentido.de modernizá-lo ou mesmo ampliá-lo. Porém, as pers-pectivas futuras são um pouco mais otimistas, o que talvez tenha justi-ficado o fato do Departamento Na-cional de Portos e Vias Navegáveis elaborar planos específicos para ele.

(19)

z M i r r

pensar no porto de Natal

AS C O R R E N T E S DO PORTO Formaram-se já há algum tem-po duas correntes distintas mas com os mesmos objetivos: uma defen-dendo a tese de que a possível im-plantação de uma unidade de pro-dução da barrilha pela Cia. Nacio-nal de Álcalis, bem comoTà

utilização d o p o r t o d e N a t a l p a r a e x p o r

-tação do sal ensacado ( e já agora a descoberta de petróleo em Macau) forçariam fatalmente uma amplia-* ção no nosso porto; outra, achando que a ampliação e modernização do porto é que serviria de chamariz para o desenvolvimento destes

e d e o u t r o s e m p r e e n d i m e n t o s . N ã o d e i x a d e ser, r e a l m e n t e , a p e n a s u m

problema de colocação.

O que é um fato, infelizmente, é que todas essas cogitações dos ho-mens não modificam o panorama atual.

RN-ECONÔMICO/Julho/74 "

O porto de Natal vem sendo deficitário desde muitos anos e pro-blemas em torno dele existem aos montes. Para se ter uma idéia, basta ver que em 1973 houve unia recei-ta de Cr$ 1 . 8 3 2 . 5 0 5 , 0 8 contra uma despesa de Cr$ 3 . 7 1 9 . 5 3 8 , 3 9 , apresentando um déficit de exata-mente Cr$ 1.787.033,31. "E com

t u d o isso devese e s c l a r e c e r , n o e n

-tanto, que esse déficit vem diminu-indo paulatinamente rios dois últi-mos anos" — frizou o Administra-dor do Porto ' de Natal, almirante

Alcio Poggi. » De fato, com a exportação do

sal ensacado a partir de 1971 pelo nosso porto, houve um aumento na sua receita de mais de

ou seja, uma contribuição em ter-mos percentuais de 2 0 % na redu-ção do déficit.

O caso é bastante constrangedor e se agrava por trazer consigo

ou-tros fatores correlatos de grande im-portância e que precisam ser anali-sados separadamente.

O PORTO DE NATAL E SEU M O V I M E N T O

i

Com 25 pés de calado e locali-zado na embocadura do Potengi, na sua margem direita, o porto de Na-tal está no semi-círculo que envolve, num raio de mil quilômetros, a re-gião compreendida do Estado do Maranhão à Bahia. Ê o único porto de carga geral do Estado e sua lo-calização faz dele o melhor porto natural-díi região. Em que pesem to-das essas condições, é um porto de-ficitário apreséntando um movimen-to de carga Baixíssimo, diminuindo praticamenté ano após ano.

Atualmente suas instalações para armazenamento são precárias, com três armazéns a seco com 4 . 8 2 2 m2

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PARA MANOEL C A S A D O , A P E N A S AS GRANDES E M P R E S A S S E U T I L I Z A R Ã O DO P O R T O - I L H A .

de área total, além de um armazém frigorífico com 950 m2. Seus equi-pamentos são antigos e constam de dois guindastes elétricos para 2 ton., dois auto-guindastes, oito empilha-deiras e guindastes a vapor para 5 ton.

De um modo geral, o transpor-te marítimo no país sofreu uma que-da enorme, motivaque-da por vários fa-tores, de que tão bem trata o Almte. Tertius Rebello em livro publicado pela Fundação José Augusto: "A Viabilidade Técnico-Econòmica do Porto de Natal". A indústria auto-mobilística de dez anos para cá se desenvolveu assustadoramente, o que tornou imprescindível a cons-trução de novas estradas, permitin-do a comunicação de lugares longín-quos com os grandes centros do país, favorecendo ao esccrfmento de pro-dutos e mercadorias diversas num menor espaço de tempo. E esse foi o ponto de partida para o sucesso do transporte rodoviário, em que pese seus fretes mais caros. O pro-dutor carrega na porta e sua mer-cadoria chega ao destinatário da mesma maneira, dando maior segu-rança ao produtor, além de um ho-rário cumprido à risca, que faz ele optar por esse tido de transporte. Daí, surgem as três motivações para essa substituição: o prazo marítimo não respeitado; a segurança da car-ga transportada, que nos navios é e pouco observada; e, finalmente, o custo de frete, que em relação com a marinha mercante de outros países é elevado. Além disso, os navios só atracam quando há carga suficiente para compensar sua permanência no porto.

T e r t i u s publicou t r a b a l h o provando v i a b i l i d a d e do p o r t o

Entretanto, apesar, desses en-traves, no nosso caso outras razões persistem, como por exemplo a eva-são de carga do nosso porto para os de Estados vizinhos, ocasionada por deficiências técnicas existentes, mas superáveis. Hoje, nossa lagosta, pes-cada na costa do Rio Grande do Norte, é exportada nos portos de Recife e Fortaleza, o mesmo ocorren-do com nosso minério, principalmen-te a scheelita.

Em 1973 aportaram,em Natal 174 navios, sendo. 61 de Longo Curso e 113 de Cabotagem. A ex-portação alcançou 13.125 toneladas em transporte de cabotagem e as importações chegaram a 1 0 8 . 3 4 5 toneladas. Para o mesmo ano, a ex-portação significou 2 6 . 9 7 3 t. em transporte de longo curso e as im-portações ficaram nas 2 8 . 9 4 0 t. Se bem que o porto esteja interessado em aumentar seu movimento, inde-pendente de ser importação ou ex-portação, nota-se uma preocupação no que diz respeito aos nossos

pro-dutos exportados, que vêm sendo superados pelo total de importações, tanto de outras regiões do país como do Exterior.

Os produtos mais exportados são o agave, a scheelita, e a partir de

1971 o sal ensacado, que bateu to-dos os recordes, tendo inclusive sua tarifa reduzida, por influência do almirante Poggi, que considerou a importância dessa exportação pelo porto de Natal. Sua tarifa igualhou-se ao algodão, este por sinal de sig-nificado quase ínfimo no cômputo geral das exportações. Entre os im-portados, destacam-se o trigo e os derivados de petróleo. Até 1971, o porto de Natal recebeu carregamen-tos de café, que desde então optou pelo tjansporte rodoviário, fato que diminuiu sensivelmente o fatura-mento do porto. O consumidor final do café hoje paga sem perceber o resultado dessa transferência, que acarretou, na época, um aumento de quase 1 0 0 % no preço de venda do produto.

No ano passado, o valor das mercadorias movimentadas, ou seja, o total das exportações mais as im-portações,' chegou a atingir a casa dos Cr$ 1 7 9 . 8 3 1 . 2 9 2 , 4 6 contra Cr$ 1 1 5 . 8 0 8 . 6 9 5 , 1 6 no ano ante-rior. Abaixo, vemos o quadro do to-tal das despesas e receitas nos anos de 1971, 1972 e 1973, onde acom-panhamos o aumento do déficit no segundo ano considerado, e uma li-geira reabilitação no ano seguinte, conseqüência do incremento do saí no movimento portuário. Para dar uma idéia do seu valor, basta lem-brar que são exportadas 36 mil toneladas por ano de sal, contra ape-nas 500 mil quilos de agave.

1 9 7 1 1 9 7 2 1 9 7 3 R e c e i t a D e s p e s a D é f i c i t 8 9 6 . 9 3 8 , 8 1 2 . 5 0 6 . 0 6 4 , 3 8 1 . 6 0 9 . 0 8 0 , 5 7 1 . 1 3 0 . 3 5 6 , 8 6 3 . 0 4 7 . 9 5 7 , 2 8 1 . 9 1 7 . 6 0 0 , 4 2 1 . 9 3 2 . 5 0 5 , 0 8 3 . 7 1 9 . 5 3 8 , 3 9 1 . 7 8 7 . 0 3 3 , 3 1

Fonte: Administração do Porto de Natal.

(21)

A F A B R I C A DE B A R R I L H A EM MACAU É MOTIVO DE ESPERANÇA PARA OS QUE LUTAM P E L O PORTO DE N A T A L .

AS PERSPECTIVAS

Para o almirante Alcio Poggi, analisando o atual movimento de carga do nosso porto, as suas insta-lações antigas e seus 25 pés de ca-lado não se constituem em entrave de grande importância. Isso porque não seria economicamente viável modificar sua estrutura atual e ain-da porque as suas dimensões conti-nuam satisfazendo as exigências de hoje. Novas máquinas e equipamen-tos ficariam ociosos se fossem im-plantados agora e quanto ao seu ca-lado, basta lembrar que o porto da capital gaúcha tó tem 18 pés e vem atendendo ao seu movimento nor-mal.

Entretanto, a partir das hipóte-ses nas quais residem a esperança da redenção do porto de Natal, tor-na-se necessário uma mudança de colocação, inclusive porque assim sendo o déficit persistente seria eli-minado, bem como a deficitária Re-de Ferroviária do NorRe-deste seria ati-vada como atividade de apoio.

Basta citar que a exportação de sal ensacado por Natal acarretou Para a Rede Ferroviária um contra-to com uma empresa salineira ( a CIRNE) para transporte de 4 . 0 0 0 toneladas mensais.

Se bem que atualmente o porto esteja vivendo mesmo com

proble-mas econômicos e técnicos, tendo sua capacidade operacional limitada

RN-ECONÔMICO/Julho/74 "

pelas áreas de acesso e de evolução, com um canal de acesso de apenas 100 metros de largura e uma pro-fundidade da barra medindo 9 me-tros, além da bacia de evolução ter

24 m de largura e 8 m de profun-didade, tanto para um como para o outros aspecto há condições a médio prazo para que eles sejam supera-dos. Como melhorias técnicas, en-tre outras, estão: a dragagem do Banco das Velhas; a demolição de parte dos arrecifes na entrada da barra; um novo cais a ser feito para navios de 10 metros de calado; a implantação de um porto de pesca; além da dragagem do Potengi (en-seada de N a t a l ) ; e a concretização de um terminal para granéis sólidos e outra para granéis líquidos, em lo-cais a serem determinados.

UM T E R M I N A L SALINEIRO Um terminal em Natal seria uma ótima idéia, aproveitando as vantagens das águas tranqüilas, o que não ocorre em Areia Branca, e que serviu de subsídio para a cogi-tação do nosso porto como terminal salineiro, bem como a utilização do sistema ferroviário, com as vanta-gens já citadas. Tal fato é susten-tado ainda por causa da Cia. Nacio-nal de Álcalis, que pretende iniciar a produção em 1977 com 2 0 0 mil toneladas de barrilha, aumentando no ano seguinte para uma produção bastante superior, o que obrigará a

construção de um terminal em lo-cal ainda não revelado, podendo ser na margem direita ou esquerda. O nosso porto ainda receberá as 140 mil toneladas de combustível reque-rido pela fábrica, o que dará outra dimensão ao seu movimento de car-ga. Sem dúvida, a fábrica de barri-lha de Macau está sendo motivo de esperança para os que lutam pelo porto.

Um outro fator positivo é o pró-prio programa de expansão do par-que de combustíveis líquidos, fe;to

pela Petrobrás, que tem animado bastante, pois haverá um acréscimo na tancagem de quase 13 mil me-tros cúbicos para a gasolina, cerca de 3 mil para óleo diesel e 3 mil para óleo de caldeira, conforme in-formou o vice-governador Tertius Rebello.

Dentro dos três citados planos do DNPVN, possivelmente estará o da utilização da margem esquerda do rio Potengi, pois para tanto estão sendo coletados todos os dados pre-cisos, enviados ao Ministério dos Transportes, para que no momento oportuno seja feito um estudo mais amplo e completo das condições téc-nicas e econômicas para sua realiza-ção. Sem dúvida, é um grande so-nho acalentado de há muito, tendo seu principal defensor o vice-gover-nador do Estado, que agora conta com o handcap, até bem pouco ines-perado, da fábrica de barrilha no Rio Grande do Norte.

A Petrobrás também irá concor-rer sensivelmente para a efetivação desse plano dependendo apenas da sua decisão relativa ao petróleo de Macau, que já foi constatado ser de melhor qualidade além de existir em maior quantidade do que no pró-prio Recôncavo Bahiano. Para tan-to, o governo Estadual já está ini-ciando uma grande campanha para que seja instalada no Rio Grande do Norte uma refinaria, cujo movi-mento de exportação fatalmente se-ria feito pelo porto de Natal, já-Ále-vidamente ampliado e moderniza-do. Porém, para esse detalhe há con-trovérsias, inclusive alguns técnicos apontam Fortaleza como mais indi-cada para ter a refinaria em virtude de já existir no Ceará uma fábrica

(22)

O MOVIMENTO DO PORTO DE NATAL VEM D I M I N U I N D O DE ANO PARA A N O . MAS A SITUAÇÃO PODE MUDAR.

de asfalto. Por outro lado, outros alegam ser Recife, tendo em vista outras condições, inclusive o maior consumo da região. Porém, nada es-tá definido e sem dúvida o Estado entrará numa árdua luta para conse-guir a instalação aqui da refinaria de petróleo.

O PORTO ILHA

Várias sugestões foram apresen-tadas para a localização de um ter-nvnal salineiro no Rio Grande do Norte. Pensou-se em Macau, Areia Branca, e inclusive Natal, o que já foi citado. Como se sabe a decisão fi-nal foi favorável a Areia Branca e em seguida se iniciou a construção da obra, ímpar no mundo, sinal de maturidade da engenharia naçional. De início as opiniões divergiam e os salineiros ainda hoje acham que um outro sistema teria sido me-lhor, ou seja: o sal ser apanhado em terra diretamente par o navio, por um sistema teleférico, projeto que foi inclusive estudado sem maiores conseqüências. As vantagens do porto-ilha residem no fato da pouca demora do navio, pois o que era fei-to antigamente em 9 dias mais ou menos, virá a ser feito em poucas horas. Além disso, há o escoamen-to mais rápido do sal e o baratea-mento do frete.

As contestações dos salineiros hoje são praticamente as mesmas da época do projeto. Muitos acham que o sal, sendo um produto de bai-xo custo, quanto menos operações tiver, melhor será economicamente. No porto-ilha eles dizem que as duas operações realizadas ( a retira-da do sal na terra e o depósito na ilha) encarecem a produção. Abor-dam, ainda, o problema do empilha-mento, misturando o sal das diversas salinas, motivado pela falta de es-paço físico, bem como da escassez de navios e da falta de especialização destes, que sendo de carga geral, nem sempre estão adaptados para o transporte do sal a granel.

Para o sr. Manoel Casado, Su-perintendente da CIRNE, apenas as grandes empresas se utilizarão

Página 22

do porto-ilha e isso se deve unica-mente ao fato da localização e da falta de equipamentos mecânicos para embarque rápido. Caso contrá-rio, haveria distorções das taxas já estabelecidas pela TERMISA. O porto-ilha depois de três meses de inaugurado, não está em funciona-mento e alegam que isto é motivado pela falta de material flutuante (barcaças de 540 toneladas, moto-rizadas, que não foram entregues pe-los estaleiros dentro dos prazos esta-belecidos).

O custo de produção do sal é reduzidíssimo, a ponto de na sacaria a embalagem vir a ser mais cara que o produto. Uma tonelada de sal cus-ta na terra Cr$ 7 0 , 0 0 e deverá che-gar ao porto-ilha pelo dobro. Valen-do-se disso, os salineiros na sua qua-se totalidade não reconhecem de uti-lidade o grande complexo tecnoló-gico implantado em Areia Branca.

Na realidade, o porto-ilha não aca-bou com o grande problema das bar-caças que já se constituía em impe-cilho ao escoamento.

O frete rodoviário para o sal es-tá na base de Cr$ 1 50,00 por tone-lada. O frete marítimo não chega aos Cr$ 100,00 e o ferroviário se aproxima mais deste último. Para o almirante Tertius, o porto-ilha deve ser encarado por outro prisma, di-nâmico e não estático. Subentende-se, dessa maneira, que somente a um longo prazo é que poderemos

realmente responder às dúvidas exis-tentes hoje em dia. Há inclusive condições para aperfeiçoamentos fu-turos, dizem seus defensores, se bem que alguém já diga o contrário, dan-do por encerradan-do o capítulo dan-do por-to-ilha como porto especializado.

O problema de Macau com tu-do isso não foi sanatu-do. Ventu-do o quadro abaixo, verificamos que o sal produzido naquela cidade é superior em volume ao produzido em Areia Branca, mesmo acrescido de Mosso-ró. O problema de um terminal em Macau já está cogitado na legislação que determinou a criação da Ter-misa, e o almirante Poggi não he-sita em afirmar que "daqui a alguns anos teremos um terminal em Ma-cau para a exportação do sal a gra-nel". E no caso desse possível termi-nal, metade da produção sairia por Macau e a outra metade viria para Natal, acarretando já uma preocu-pação para o governo Federal, quan-to à melhoria do nosso sistema ferro-viário, o que já deve estar sendo es-tudado.

A carga de sal saída por Macau é sujeita a taxa imposta pelo porto de Natal, conforme a tabela N, de Cr$ 0,47 por tonelada, o mesmo acontecendo com o sal de Areia Branca, em virtude de estarem na zona de jurisdição do porto de Na-tal, um dos 21 portos organizados do país, e que tem sua faixa de cos-ta predeterminada.

RN-ECONÔMICO/Julho/74

M o v i m e n t o em T o n e l a d a s

ANOS MACAU A . B R A N C A TOTAL

1 9 7 1 4 5 9 . 3 0 3 2 0 9 . 7 4 6 6 6 9 . 0 4 9 1 9 7 2 5 9 4 . 5 0 0 3 3 6 . 2 7 3 9 3 0 . 7 7 3 1 9 7 3 5 8 6 . 8 0 0 2 8 5 . 1 3 7 8 7 1 . 9 3 7

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