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Seminário. expert PDF. Trial. PMEs - Demonstração dos Fluxos de Caixa. Junho Elaborado por:

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(1)

Seminário

PMEs

-Demonstração

dos Fluxos de

Caixa

Elaborado por:

Vicente Rossetto

O conteúdo desta apostila é de inteira

responsabilidade do autor (a).

A reprodução total ou parcial,

bem como a reprodução de

apostilas a partir desta obra

intelectual, de qualquer forma

ou por qualquer meio eletrônico

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somente poderá ocorrer com a

permissão expressa do seu

Autor (Lei n.º 9610/1998).

TODOS OS DIREITOS

RESERVADOS:

É PROIBIDA A REPRODUÇÃO

TOTAL OU PARCIAL DESTA

APOSTILA, DE QUALQUER

FORMA OU POR QUALQUER

MEIO.

CÓDIGO PENAL BRASILEIRO

ARTIGO 184.

Junho 2015

(2)

BALANÇO PATRIMONIAL

Ordem e formato dos itens no balanço patrimonial

“Este Pronunciamento não prescreve a ordem ou formato para

apresentação dos itens no balanço patrimonial, mas lembra a

necessidade do atendimento à legislação vigente [...]”

(Pronunciamento CPC PMEs (R01), item 4.9)

BALANÇO PATRIMONIAL – INFORMAÇÃO A SER APRESENTADA

A entidade deve divulgar, no balanço patrimonial ou nas notas explicativas, obedecida a legislação vigente, as seguintes subclassificações de contas:

(a) ativo imobilizado, nas classificações apropriadas para a entidade;

(b) contas a receber e outros recebíveis, demonstrando separadamente os valores relativos a partes relacionadas, valores devidos por outras partes, e recebíveis gerados por receitas contabilizadas pela competência mas ainda não faturadas;

(c) estoques, demonstrando separadamente os valores de estoques: (i) mantidos para venda no curso normal dos negócios; (ii) que se encontram no processo produtivo para posterior venda;

(iii) na forma de materiais ou bens de consumo que serão consumidos no processo produtivo ou na prestação de serviços;

(d) fornecedores e outras contas a pagar, demonstrando separadamente os valores a pagar para fornecedores, valores a pagar a partes relacionadas, receita diferida, e encargos incorridos; (e) provisões para benefícios a empregados e outras provisões;

(f) grupos do patrimônio líquido, como por exemplo, prêmio na emissão de ações, reservas, lucros ou prejuízos acumulados e outros itens que, conforme exigido por este Pronunciamento, são reconhecidos como resultado abrangente e apresentados separadamente no patrimônio líquido”.

(Pronunciamento CPC PMEs (R01), item 4.11)

(3)

BALANÇO PATRIMONIAL

Segregação do Ativo e do Passivo

Liquidez

Exigibilidade

BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO CIRCULANTE

PASSIVO CIRCULANTE

ATIVO NÃO CIRCULANTE

PASSIVO NÃO CIRCULANTE

Realizável a Longo Prazo

Investimentos

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Imobilizado

Capital Social

Intangível

Reservas de Capital

Ajustes de Avaliação Patrimonial

Reservas de Lucros

Ações em Tesouraria

Prejuízos Acumulados

ATIVO CIRCULANTE

As contas do ativo circulante serão classificadas em: “disponibilidades, os direitos

realizáveis no curso do exercício social subsequente e as aplicações de recursos

em despesas do exercício seguinte”;

(Lei nª 6.404/76, art. 179, I)

disponibilidades

caixa, depósitos bancários à vista,numerários em trânsito, equivalentes de caixa

direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente

clientes (ajuste para perdas esperadas), estoques, instrumentos financeiros,

tributos a compensar, etc.

aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte

alugueis/seguros pagos antecipadamente

(4)

ATIVO NÃO CIRCULANTE

“composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e

intangível”

(Lei nº 6.404/76, art. 178, II)

Realizável a Longo Prazo

“os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os

derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou

controladas (artigo 243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da

companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da

companhia”;

(Lei nº 6404/76, art. 179, II)

Investimentos

as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer

natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à

manutenção da atividade da companhia ou da empresa;

(Lei nº 6404/76, art. 179, III)

obras de arte (com valor econômico); propriedades para investimento (não destinadas às operações da empresa ou revenda); participações societárias permanentes (inclusive controladas e coligadas); ajuste para o valor recuperável

ATIVO NÃO CIRCULANTE

Imobilizado

os direitos que tenham por objeto bens corpóreos (g.n.) destinados à manutenção

das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade,

inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios,

riscos e controle desses bens (g.n.);

(Lei nº 6404/76, art. 179, III)

terrenos, edificações, máquinas, equipamentos, instalações, veículos, imobilizações em curso, benfeitorias em imóveis de terceiros, ativos biológicos (animais, vegetais, florestais) depreciação, amortização, exaustão acumuladas. ajuste para o valor recuperável

Intangível

“os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos (g.n.) destinados à

manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de

comércio adquirido”

(Lei nº 6404/76, art. 179, VI)

marcas, softwares, licenças, franquias, direitos autorais, concessões. ajuste para o valor recuperável

(5)

PASSIVO CIRCULANTE

“As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos

do ativo não circulante, serão classificadas no passivo circulante, quando se

vencerem no exercício seguinte, e no passivo não circulante, se tiverem

vencimento em prazo maior, observado o disposto no parágrafo único do art. 179

desta Lei”.

(Lei nº 6.404/76, art. 180)

fornecedores , tributos e contribuições a recolher, obrigações previdenciárias , contas a pagar, IR/CSLL, empréstimos, duplicatas descontadas, debêntures, provisões

PASSIVO NÃO CIRCULANTE

As obrigações da companhia, inclusive financiamentos, quando vencerem após o

exercício seguinte (ou após o ciclo operacional) e não se caracterizem como

passivo circulante.

empréstimos e financiamentos de longo prazo, debêntures, contas a pagar de longo prazo, provisões de longo prazo, passivos fiscais diferidos

(Adaptado de IUDÍCIBUS, S. et al. Manual de Contabilidade Societária. FIPECAFI. São Paulo. Atlas. 2010. p. 277-278)

(6)

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

corresponde à diferença entre o ativo e passivo (capital próprio) e compreende:

Capital

Reservas de Capital

Ajustes de Avaliação Patrimonial

Reservas de Lucros

Ações em Tesouraria

Prejuízos Acumulados

(Adaptado do art. 182 da Lei nº 6.404/76)

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

“Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada.

§ 1º Serão classificadas como reservas de capital (g.n.) as contas que registrarem:

a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias;

b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;

§ 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial (g.n.), enquanto não computadas no

resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, com

base na competência conferida pelo § 3odo art. 177 desta Lei.

§ 4º Serão classificados como reservas de lucros (g.n.) as contas constituídas pela apropriação de lucros da companhia.

§ 5º As ações em tesouraria (g.n.) deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do

patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição”.(Lei nº 6.404/76)

(7)
(8)

DEMONSTRAÇÃO

DO

RESULTADO

DO

EXERCÍCIO (DRE)

“O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros

eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente

do recebimento ou pagamento”

(Res. CFC nº 1282/10)

A Lei das S/A determina a adoção da competência de exercícios

(Lei nº 6.404/76, art. 187,§1º):

“ § 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados:

a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente

da sua realização em moeda; e

b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos,

correspondentes a essas receitas e rendimentos”.

Confrontação entre Receitas e Despesas

“O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de

receitas e despesas correlatas”

(Res. CFC nº 1282/10)

DRE – ESTRUTURA BÁSICA

A DRE evidencia a formação do resultado líquido das transações

efetuadas pela empresa no exercício social, mediante o confronto das

receitas e despesas referentes a esse período.

Receita Operacional Bruta

(-) Deduções de Vendas

(=) Receita Operacional Líquida

(-) Custo das Vendas

(=) Lucro Bruto

(+/-) Despesas/Receitas Operacionais

(+/-) Receitas/despesas Financeiras

(=) Lucro Operacional

(+/-) Outras receitas e despesas

Resultado antes dos Tributos

(-) Tributos s/o Lucro

(-) Participações no Lucro

Lucro (prejuízo líquido) do exercício

(Adaptado de IUDÍCIBUS, S. et al. Manual de Contabilidade Societária. FIPECAFI. São Paulo. Atlas. 2010. p. 478-479)

(9)

DRE – INFORMAÇÕES MÍNIMAS

Complementarmente à legislação societária, a DRE da entidade deverá contemplar, no mínimo, as contas relacionadas abaixo

(a) receitas;

(b) custo dos produtos, das mercadorias ou dos serviços vendidos; (c) lucro bruto;

(d) despesas com vendas, gerais, administrativas e outras despesas e receitas operacionais; (e) resultado da equivalência patrimonial;

(f) resultado antes das receitas e despesas financeiras;

(g) despesas e receitas financeiras; (h) resultado antes dos tributos sobre o lucro;

(i) despesa com tributos sobre o lucro excluindo o tributo alocado nos itens (k) deste item e os de

“outros resultados abrangentes”;

(j) resultado líquido das operações continuadas;

(k) valor líquido dos seguintes itens:

(i) resultado líquido após tributos das operações descontinuadas;

(ii) resultado após os tributos decorrente da mensuração ao valor justo menos despesas de venda ou na baixa dos ativos ou do grupo de ativos à disposição para venda que constituem a unidade operacional descontinuada;

(l) resultado líquido do período;

(adaptado do Pronunciamento CPC PMEs (R01), item 5.7)

(10)

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE

Outros Resultados Abrangentes

“receitas, despesas e outras mutações que afetam o PL, mas que não são reconhecidas (ou não foram reconhecidas ainda) na demonstração do resultado do exercício”. (Iudícibus, S. et al. Manual

de Contabilidade Societária. FIPECAFI. São Paulo. Atlas. 2010. p. 480)

Estrutura da DRA

A demonstração do resultado abrangente deve começar com o resultado do período como primeira linha, transposto da demonstração do resultado, e evidenciar, no mínimo, as contas que apresentem valores nos itens a seguir:

(a) cada item de outros resultados abrangentes (ganhos e perdas derivados de conversão de demonstrações contábeis de operações no exterior; ganhos e perdas atuariais em planos de pensão com benefício definido; algumas mudanças nos valores justos de instrumentos de hedge) classificado por natureza;

(b) parcela dos outros resultados abrangentes de coligadas, controladas e controladas em conjunto, contabilizada pelo método de equivalência patrimonial;

(c) resultado abrangente total. (adaptado Pronunciamento CPC PME (R01), itens 5.4 e 5.7 A)

(11)

DEMOSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (DFC)

OBJETIVOS

análise da capacidade de geração de caixa de uma entidade e de suas

necessidades para utilizar esses fluxos entre duas datas.

avaliação da capacidade da empresa honrar seus compromissos.

a liquidez, a solvência (estrutura financeira)

flexibilidade financeira da empresa em alterar valores e prazos (adaptar os

fluxos de caixa às circunstâncias e oportunidades)

comparação do desempenho operacional de diversas entidades (atenua

diferenças de tratamentos contábeis para as mesmas transações e eventos)

(Adaptado de IUDÍCIBUS, S. et al. Manual de Contabilidade Societária. FIPECAFI. São Paulo. Atlas. 2010. p. 565-566)

OBRIGATORIEDADE

“Art. 176.Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na

escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações

financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio

da companhia e as mutações ocorridas no exercício:

[...]

IV – demonstração dos fluxos de caixa;”

(Lei nª 6.404/76)

“3.17

O

conjunto

completo

de

demonstrações

contábeis

da

entidade

deve incluir todas as seguintes demonstrações:

[...]

e) demonstração dos fluxos de caixa para o período de

divulgação;”

(Pronunciamento CPC PME’s (R01))

(12)

DFC - FLUXOS DAS ATIVIDADES

CONCEITOS DE CAIXA E DE EQUIVALENTE DE CAIXA

Caixa

Para fins da DFC o conceito de “caixa” abrange também os “equivalentes de

caixa”)

Equivalentes de Caixa

Aplicações financeiras (com risco insignificante de perda de valor) de curto prazo

(três meses ou menos da data de aquisição), de alta liquidez (conversibilidade

imediata), que são mantidas com a finalidade de atender a compromissos de

caixa de curto prazo e não para investimento ou outros fins.

(adaptado do Pronunciamento CPC PMEs (R01), item 7.2 e de IUDÍCIBUS, S. et al. Manual de Contabilidade Societária. FIPECAFI. São Paulo. Atlas. 2010. p. 50-53)

(13)

FLUXOS DAS ATIVIDADES

ATIVIDADES OPERACIONAIS

São as principais atividades geradoras de receita da entidade e os fluxos de

caixa decorrentes dessas atividades geralmente resultam de transações e de

outros eventos e condições que entram na apuração do resultado.

recebimentos de caixa pela venda de mercadoria, prestação de serviços; royalties, honorários,

comissões e outras receitas.

pagamentos de caixa a fornecedores de mercadorias e serviços; salários, pagamentos ou restituição de tributos sobre o lucro (exceto se especificamente identificados com as atividades de financiamento ou de investimento)

(Adaptado do Pronunciamento CPC PMEs ( R01, item 7.4)

O fluxo dessas atividades indica como a empresa gera caixa (sem recorrer a

financiamentos externos) para manter sua capacidade operacional, amortizar

empréstimos,

fazer

novos

investimentos,

pagar

dividendos

e

outros

compromissos.

(Adaptado de IUDÍCIBUS, S. et al. Manual de Contabilidade Societária. FIPECAFI. São Paulo. Atlas. 2010. p. 567)

FLUXOS DAS ATIVIDADES

ATIVIDADES DE INVESTIMENTO

Compreendem a aquisição ou alienação de ativos de longo prazo e outros

investimentos não incluídos em equivalentes de caixa.

desembolsos para a aquisição de ativo imobilizado (incluindo os ativos imobilizados construídos internamente), ativos intangíveis e outros ativos de longo prazo; instrumentos de dívida ou patrimoniais de outras entidades e participações societárias em empreendimentos controlados em conjunto

recebimentos de caixa resultantes da venda de ativo imobilizado, intangível e outros ativos de longo prazo; recebimentos de caixa resultantes da venda de instrumentos de dívida ou

patrimoniais de outras entidades e participações societárias em empreendimentos

controlados em conjunto

(Adaptado do Pronunciamento CPC PMEs (R01), item 7.5).

(14)

FLUXOS DAS ATIVIDADES

ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO

“são as atividades que resultam das alterações no tamanho e na composição do

patrimônio líquido e dos empréstimos da entidade”

(Pronunciamento CPC PMEs (R01), item 7.6).

emissão de ações ou outros instrumentos patrimoniais, obtenção de empréstimos

pagamento de dividendos, juros sobre o capital próprio, resgate de ações, pagamento de empréstimos

Fluxos de caixa das atividades de financiamento são úteis dimensionar o serviço

da dívida e a capacidade da entidade financiar suas atividades operacionais e de

investimento por meio de recursos externos

.(Adaptado de IUDÍCIBUS, S. et al. Manual de Contabilidade Societária. FIPECAFI. São Paulo. Atlas. 2010. p. 569)

DIVULGAÇÃO DOS FLUXOS DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS

MÉTODO INDIRETO

“Pelo método indireto, o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais é

determinado ajustando-se o resultado (g.n.) quanto aos efeitos de:

a) mudanças ocorridas nos estoques e nas contas operacionais a

receber e a pagar durante o período;

b) itens que não afetam o caixa, tais como depreciação, provisões,

tributos diferidos, receitas (despesas) contabilizadas pela

competência, mas ainda não recebidas (pagas), ganhos e perdas de

variações cambiais não realizadas, lucros de coligadas e controladas

não distribuídos, participação de não controladores; e

c) todos os outros itens cujos efeitos sobre o caixa sejam decorrentes

das atividades de investimento ou de financiamento”.

(Pronunciamento CPC PMEs (R01), item 7.8)

(15)

DIVULGAÇÃO DOS FLUXOS DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS

MÉTODO DIRETO

“Pelo método direto, o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais é

apresentado por meio da divulgação das principais classes de recebimentos e

pagamentos brutos de caixa (g.n.). Tal informação pode ser obtida:

a) dos registros contábeis da entidade; ou

b) ajustando-se as vendas, os custos dos produtos e serviços vendidos e outros itens da demonstração do resultado e do resultado abrangente referentes a: (i) mudanças ocorridas nos estoques e nas contas operacionais a receber e a

pagar durante o período;

(ii) outros itens que não envolvem caixa; e

(iii) outros itens cujos efeitos no caixa sejam decorrentes dos fluxos de caixa de financiamento ou investimento”. (Pronunciamento CPC PMEs (R01), item 7.9)

“É incentivada a apresentação da conciliação entre o resultado líquido e o fluxo

de caixa das atividades operacionais”.

(Pronunciamento CPC PMEs (R01), item 7.9 A)

DFC - OBSERVAÇÕES

Juros e dividendos

“A entidade pode classificar os juros pagos e os juros e dividendos e outras distribuições de lucro recebidos como fluxos de caixa operacionais porque eles estão incluídos no resultado. Alternativamente, a entidade pode classificar os juros pagos e os juros e dividendos e outras distribuições de lucro recebidos como fluxos de caixa de financiamento e fluxos de caixa de investimento respectivamente, porque são custos de obtenção de recursos financeiros ou retorno sobre investimentos”.(Pronunciamento CPC PMEs (R01), item 7.15)

Tributos sobre o Lucro

“A entidade deve apresentar separadamente os fluxos de caixa derivados dos tributos sobre o lucro e deve classificá-los como fluxos de caixa das atividades operacionais a não ser que eles possam ser especificamente identificados com as atividades de investimento e financiamento. Quando os fluxos de caixa derivados dos tributos forem alocados para mais de uma classe de atividade, a entidade deve evidenciar o valor total de tributos pagos”.

(Pronunciamento CPC PMEs (R01), item 7.17)

(16)

DFC - OBSERVAÇÕES

Transações que não envolvem caixa (caixa virtual)

“A entidade deve excluir as transações de investimento e financiamento que não envolvam o uso de caixa ou equivalentes de caixa da demonstração dos fluxos de caixa. A entidade deve evidenciar tais transações em outra parte das demonstrações contábeis de maneira a fornecer todas as informações relevantes acerca dessas atividades de investimento e financiamento”

.

(Pronunciamento CPC PME (R1), item 18).

Muitas atividades de investimento e de financiamento não possuem impacto direto nos fluxos de caixa correntes, embora elas afetem a estrutura de capital e de ativos da entidade. A exclusão das transações que não envolvem caixa é consistente com o objetivo dessa demonstração porque esses itens não envolvem fluxos de caixa no período corrente

(Pronunciamento CPC PMEs (R1), item 7.19)

aquisição de ativos assumindo diretamente o passivo relacionado ou por meio de arrendamento financeiro (leasing);

aquisição de entidade por meio de emissão de ações; conversão de dívida em capital.

Balanços Patrimoniais x1 x2 X1 X2 Disponível 200 400 Fornecedores 200 300 Clientes 400 600 Estoques 300 200 Empréstimos LP 500 Real. LP 500 Imobilizado 1000 1000 Capital 1700 1700 (-) D. Ac. (50) L/P Acum. 150 ATIVO 1900 2650 PASSIVO + PL 1900 2650 Demonstração do Resultado X2 Vendas 1000 (-) CMV (600) Lucro Bruto 400 (-) despesas gerais* (200) (-) despesa de depreciação (50) Lucro Líquido 150 (*) pagas no período

Caixa Operacional - Método Direto

recebimento de clientes 800

pagamento de fornecedores (400)

pagamento despesas (200)

Caixa Operacional 200

Caixa Operacional - Método Indireto

Lucro Líquido 150 (+) depreciação 50 (-) aumento clientes -200 (+) redução estoques 100 (+) aumento fornecedores 100 Caixa Operacional 200 Conciliação Lucro Líquido Cx das Operações

eXPert PDF

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(17)

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

MÉTODO DIRETO MÉTODO INDIRETO

recebimento de clientes 800 Lucro Líquido 150

pagamento de fornecedores (400) (+) depreciação 50

pagamento despesas (200) (-) aumento clientes (200)

(+) redução estoques 100

(+) aumento fornecedores 100

Fluxo de caixa das atividades

operacionais 200

Fluxo de caixa das atividades

operacionais 200

Fluxo de caixa das atividades de investimentos

Fluxo de caixa das atividades de investimentos

Fluxo de caixa das atividades de financiamento

Fluxo de caixa das atividades de financiamento

Variação do Disponível 200 Variação do Disponível 200

Início Período 200 Início Período 200

Fim do Período 400 Fim do Período 400

Balanços Patrimoniais ($) 31-12-Xo 31-12-X1

Caixa e Equivalentes 5.600 12.300

Duplicatas a Receber 10.000 20.000

(-) Perdas ECLD (1.000) (1.500)

Estoques 12.000 15.000

Seguros Pagos Antecip. 3.000 5.000

Imobilizado 30.000 35.000 (-) Depreciação Acumulada (6.000) (4.500) TOTAL DO ATIVO 53.600 81.300 Fornecedores 10.000 23.000 IR s CSLL a Pagar 2.000 1.300 Salários a Pagar 15.000 8.000

Empréstimo Curto Prazo 20.000 30.000

Capital 5.000 15.000 Reservas de Lucros 1.600 4.000 TOTAL DO PASSIVO + PL 53.600 81.300 Demonstração do Resultado ($) X1 Vendas 40.000 CMV (20.000) Lucro Bruto 20.000 Despesa de Salários (14.000) Depreciação (1.500) Receitas Financeiras 300 Despesas Financeiras (1.000) Despesa PECLD (1.000) Despesas Seguros (600)

Lucro na venda de Imobilizado 3.000

Lucro antes IR/CS 5.200

(-) IR/CS (1.300)

Lucro Líquido 3.900

(Adaptado de IUDÍCIBUS, S. et al. Manual de Contabilidade Societária. FIPECAFI. São Paulo. Atlas. 2010. p. 575-578)

(18)

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PL X1 Capital Reservas Lucros TOTAL Saldo em 31-12-Xo 5.000 1.600 6.600 Aumento de Capital 10.000 10.000 Lucro Líquido 3.900 3.900 Dividendos pagos (1.500) (1.500) Saldo em 31-12-X1 15.000 4.000 19.000 INFORMAÇÕES ADICIONAIS

a) custo do imobilizado vendido = $ 15.000, já depreciado em $ 3.000 b) as despesas financeiras foram pagas

(Adaptado de IUDÍCIBUS, S. et al. Manual de Contabilidade Societária. FIPECAFI. São Paulo. Atlas. 2010. p. 575-578)

MÉTODO DIRETO MÉTODO INDIRETO

Atividades Operacionais

Lucro Líquido 3.900

(+) depreciação 1.500

Atividades Operacionais

(+) lucro venda imobilizado (3.000)

Recebimento de Clientes 29.500 Lucro Ajustado 2.400

Recebimento de Juros 300 aumento em duplicatas a receber (10.000)

Pagamentos aumento em Perdas Est. Cred. Liq. Duvidosa 500

a fornecedores de mercadorias (10.000) aumento em estoques (3.000)

de impostos (2.000) aumento em seguros pagos antecipadamente (2.000)

de salários (21.000) aumento em fornecedores 13.000

de juros (1.000) redução na Prov. para IR a Pagar (700)

de seguros pagos antecipadamente (2.600) redução em salários a pagar (7.000)

Caixa Líquido Consumido nas

Atividades Operacionais (6.800)

Caixa Líquido Consumido nas

Atividades Operacionais (6.800)

(Adaptado de IUDÍCIBUS, S. et al. Manual de Contabilidade Societária. FIPECAFI. São Paulo. Atlas. 2010. p. 575-578)

(19)

Atividades de Investimento

Recebimento pela venda de imobilizado 15.000

Pagamento para compra de imobilizado (20.000)

Caixa Líquido Consumido nas

Atividades de Investimento (5.000)

Atividades de Financiamento

Aumento de Capital 10.000

Empréstimo de curto prazo 10.000

Pagamento de dividendos (1.500)

Caixa Líquido Gerado nas

Atividades de Financiamento 18.500

Aumento Líquido no Caixa e Equivalentes 6.700

Saldo de Caixa e Equivalentes em Xo 5.600

Saldo de Caixa e Equivalentes em X1 12.300

(Adaptado de IUDÍCIBUS, S. et al. Manual de Contabilidade Societária. FIPECAFI. São Paulo. Atlas. 2010. p. 575-578)

(20)

BIBLIOGRAFIA

ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e Análise de Balanços. 10ª. ed.

São Paulo: Atlas, 2012

IUDÍCIBUS, Sérgio, et al. Manual de Contabilidade Societária.

FIPECAFI. São Paulo. Atlas. 2010

.

BRASIL.

Resolução CFC nº. 1.255/09: Aprova a NBC TG 1000 –

Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas.

(21)

PROGRAMA

Estrutura do balanço patrimonial, demonstração de resultado e

resultado abrangente;

Obrigatoriedade de Fluxo de Caixa;

Conceitos de caixa e equivalente de caixa;

Atividades operacionais, de investimentos e de financiamentos;

Método direto na prática;

Método indireto na prática.

Referências

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