• Nenhum resultado encontrado

Conselho da União Europeia Bruxelas, 23 de fevereiro de 2015 (OR. en)

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Conselho da União Europeia Bruxelas, 23 de fevereiro de 2015 (OR. en)"

Copied!
8
0
0

Texto

(1)

Conselho da União Europeia Bruxelas, 23 de fevereiro de 2015 (OR. en) 6473/15 AGRI 74 AGRIORG 8 DELACT 18 NOTA DE ENVIO

de: Secretário-Geral da Comissão Europeia, assinado por Jordi AYET PUIGARNAU, Diretor

data de receção: 20 de fevereiro de 2015

para: Uwe CORSEPIUS, Secretário-Geral do Conselho da União Europeia n.° doc. Com.: C(2015) 861 final

Assunto: REGULAMENTO DELEGADO (UE) …/... DA COMISSÃO de 20.2.2015 que altera o Regulamento (CE) n.º 376/2008 no que diz respeito à

obrigação de apresentar um certificado de importação de álcool etílico de origem agrícola, e que revoga o Regulamento (CE) n.º 2336/2003 que estabelece certas normas de execução do Regulamento (CE) n.º 670/2003 do Conselho que estabelece medidas específicas relativas ao mercado do álcool etílico de origem agrícola

Envia-se em anexo, à atenção das delegações, o documento C(2015) 861 final.

Anexo: C(2015) 861 final

6473/15 mjb

(2)

COMISSÃO EUROPEIA

Bruxelas, 20.2.2015 C(2015) 861 final

REGULAMENTO DELEGADO (UE) …/... DA COMISSÃO de 20.2.2015

que altera o Regulamento (CE) n.º 376/2008 no que diz respeito à obrigação de apresentar um certificado de importação de álcool etílico de origem agrícola, e que revoga o Regulamento (CE) n.º 2336/2003 que estabelece certas normas de execução do Regulamento (CE) n.º 670/2003 do Conselho que estabelece medidas específicas relativas

(3)

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

1. CONTEXTODOATODELEGADO

O Regulamento (CE) n.º 670/2003 do Conselho, que estabelece medidas específicas relativas ao mercado do álcool etílico de origem agrícola, impôs aos Estados-Membros a obrigação de comunicarem à Comissão as informações necessárias à elaboração de um balanço da situação desse mercado. Além disso, o Regulamento (CE) n.º 670/2003 habilita a Comissão a sujeitar a importação e a exportação de álcool etílico à exigência de um certificado. Consequentemente, a Comissão adotou o Regulamento (CE) n.º 2336/2003, que estabelece certas normas de execução do Regulamento (CE) n.º 670/2003 do Conselho que estabelece medidas específicas relativas ao mercado do álcool etílico de origem agrícola.

À luz do programa de simplificação e do respetivo programa de trabalho para 20151, a Comissão definiu como uma prioridade política a identificação das normas em vigor que impõem formalidades e encargos administrativos inúteis, que estão ultrapassadas ou deixaram de corresponder às suas prioridades. O Regulamento (CE) n.º 2336/2003 foi identificado como sendo um desses casos.

No final da década de 90, o mercado da UE de álcool etílico (etanol) registou um excedente de produção, com uma produção de cerca de 2 mil milhões de litros, dos quais 1,3 de origem agrícola, para uma procura de cerca de 1,7 mil milhões de litros.

Entretanto, a situação mudou radicalmente e a UE produz mais de 6 mil milhões de litros de etanol agrícola, para um mercado interno de cerca de 7,9 mil milhões de litros. A UE tornou-se, assim, um importador líquido de etanol. Esta expansão foi impulsionada pela política da UE em matéria de biocombustíveis.

Por outro lado, em 2004, o etanol de vinho representava 18 % do etanol produzido na UE e constituía uma importante saída para o escoamento dos excedentes de vinho. Hoje em dia, o etanol de vinho representa menos de 2 % da produção de etanol da UE. Na sequência da reforma de 2008 da organização comum do mercado vitivinícola, foi revogada uma série de medidas de mercado no setor vitivinícola, incluindo a destilação de castas com dupla classificação, a destilação em álcool de boca e a destilação de crise. Consequentemente, a produção de etanol não pode continuar a ser considerada uma via de escoamento para o excedente de vinho.

Na UE, o etanol é utilizado principalmente para a produção de combustível (mais de 70 % da utilização total em 2013), tendo essa utilização aumentado ao longo dos últimos 10 anos devido ao desenvolvimento da política da UE em matéria de energias renováveis e à fixação do objetivo, para 2020, de utilização de 10 % de energia proveniente de fontes renováveis nos transportes.

A utilização de etanol no setor dos alimentos e das bebidas é estável e absorve cerca de 1 000 milhões de litros/ano, ou seja cerca de 16 % de utilização, ao passo que, em 2004, a sua utilização representava 35 % do consumo total.

Na UE, os cereais são atualmente a principal matéria-prima utilizada para a produção de etanol (67 %), seguidos de melaços obtidos a partir da beterraba açucareira (27 %). No

1 Programa de trabalho da Comissão para 2015 – Um novo começo. COM(2014) 910 de 13.12.2014.

PT

2

PT

(4)

entanto, a produção de etanol apenas absorveu 3 % da produção cerealífera da UE e, por conseguinte, não desempenha um papel importante no mercado dos cereais.

Espera-se que a produção de etanol a partir de cereais continue a aumentar no período 2014-2024, passando de 2,2 milhões de toneladas de equivalente-petróleo para 2,7 milhões de toneladas de equivalente-petróleo, o que cobriria cerca de 50 % do etanol utilizado na UE. Não se espera, porém, que tal represente mais de 5 % da produção de cereais2, não devendo, por conseguinte, ter um impacto significativo nos mercados agrícolas na UE.

Nos termos das diretrizes recentemente adotadas em matéria de auxílios estatais para a proteção ambiental e a energia de 2014-20203, deixaram de se justificar os auxílios ao investimento em capacidades novas e existentes para os biocombustíveis que têm como base géneros alimentícios. Todavia, são permitidos os auxílios ao investimento para efeitos de conversão de centrais de biocombustíveis a partir de alimentos em centrais de biocombustíveis avançados, a fim de cobrir os custos dessa conversão. Com exceção deste caso específico, os auxílios ao investimento em biocombustíveis só podem ser concedidos para biocombustíveis avançados.

A Comissão propôs igualmente a fixação de um limite de 5 % para a contribuição dos biocombustíveis e biolíquidos produzidos a partir de culturas alimentares, como as baseadas em cereais e noutras culturas ricas em amido, e culturas açucareiras e oleaginosas, para o cumprimento dos objetivos da Diretiva «Energias Renováveis» relativamente aos atuais níveis de consumo, sem fixar limites para o seu consumo geral. Essa proposta está a ser negociada entre o Parlamento Europeu e o Conselho4.

Todas as mudanças de política devem resultar em alterações na utilização de matéria-prima para a produção de etanol, de modo a que cesse, a médio prazo, a produção a partir de culturas alimentares.

À luz dessas alterações, deixaram de ser justificar, para a gestão dos mercados agrícolas, o estabelecimento de um balanço da UE para o etanol de origem agrícola e a exigência de certificados de importação.

Por conseguinte, o Regulamento (CE) n.º 2236/2003 deve ser revogado. Deste modo, simplificar-se-ão e reduzir-se-ão significativamente os encargos administrativos da Comissão, das administrações dos Estados-Membros e das partes interessadas.

2 Perspetivas para os mercados e rendimento agrícolas da UE em 2014-2024, dezembro de 2014 —

Direção-Geral da Agricultura e do Desenvolvimento Rural

http://ec.europa.eu/agriculture/markets-and-prices/medium-term-outlook/index_en.htm.

3 http://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/PDF/?uri=CELEX:52014XC0628(01)&from=PT

4 Proposta da Comissão de diretiva do Parlamento Europeu e do Conselho que altera a Diretiva 98/70/CE

relativa à qualidade da gasolina e do combustível para motores diesel e a Diretiva 2009/28/CE relativa à promoção da utilização de energia proveniente de fontes renováveis.

(5)

2. CONSULTASANTERIORESÀADOÇÃODOATO

A fim de efetuar uma consulta adequada, foram realizadas em 29 de outubro e 10 de dezembro de 2014 duas reuniões de peritos, para as quais todos os Estados-Membros foram convidados. Foram igualmente convidados peritos do Parlamento Europeu.

As posições expressas pelos peritos dos Estados-Membros dividiram-se entre a defesa da revogação do Regulamento (CE) n.º 2336/2003 e a defesa da manutenção da exigência dos certificados de importação. Quanto ao balanço, embora a maioria dos Estados-Membros tenha reconhecido as dificuldades em recolher dados de boa qualidade, os peritos dividiram-se entre os que consideram que deve eliminar-se a apresentação de um balanço da UE e os que preferem mantê-lo, mas num formato melhorado.

As partes interessadas foram consultadas no âmbito de uma reunião do grupo de diálogo civil sobre culturas arvenses, em 12 de dezembro de 2014. Em carta de 24 de outubro de 2014, ePURE, a organização profissional europeia sobre etanol renovável, informou a Comissão de que considera importante manter o balanço anual da UE. Esta organização alega que, para a indústria de etanol da UE, é importante dispor de uma avaliação global da situação do mercado de energias renováveis da UE uma vez que, em sua opinião, os produtores de etanol da UE enfrentam uma concorrência cada vez maior das importações isentas de direitos aduaneiros.

Por carta datada de 9 de dezembro de 2014, COPA COGECA, representante europeia dos interesses dos agricultores e das cooperativas agrícolas, manifestou a sua oposição à supressão da obrigação de apresentação do certificado de importação para o etanol de origem agrícola. A COPA COGECA considera que os certificados de importação são necessários para assegurar a rastreabilidade e garantir a proveniência das importações de etanol. Argumenta, além disso, que são necessárias estatísticas atualizadas, para efeitos de informação e transparência do mercado e para a definição de políticas.

3. ELEMENTOSJURÍDICOSDOATODELEGADO

O ato delegado suprimirá a obrigação de a UE elaborar e publicar um balanço do o álcool etílico de origem agrícola, bem como a obrigação trimestral de os Estados-Membros prestarem informações sobre produção, escoamento e existências.

O ato delegado suprimirá igualmente a obrigação de apresentação de um certificado de importação para a importação de álcool etílico de origem agrícola na UE, assim como a constituição de uma garantia.

(6)

REGULAMENTO DELEGADO (UE) …/... DA COMISSÃO de 20.2.2015

que altera o Regulamento (CE) n.º 376/2008 no que diz respeito à obrigação de apresentar um certificado de importação de álcool etílico de origem agrícola, e que revoga o Regulamento (CE) n.º 2336/2003 que estabelece certas normas de execução do Regulamento (CE) n.º 670/2003 do Conselho que estabelece medidas específicas relativas

ao mercado do álcool etílico de origem agrícola

A COMISSÃO EUROPEIA,

Tendo em conta o Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia,

Tendo em conta o Regulamento (UE) n.º 1308/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 17 de dezembro de 2013, que estabelece uma organização comum dos mercados dos produtos agrícolas e que revoga os Regulamentos (CEE) n.º 922/72, (CEE) n.º 234/79, (CE) n.º 1037/2001 e (CE) n.º 1234/2007 do Conselho1, nomeadamente o artigo 177.º, alínea a), e o artigo 223.º, n.º 2,

Considerando o seguinte:

(1) O Regulamento (CE) n.º 2336/2003 da Comissão2 dispõe que, a fim de estabelecer o balanço de álcool etílico da União, os Estados-Membros devem comunicar à Comissão os dados relativos às quantidades de álcool produzido, importado, exportado e escoado, bem como as existências de final de campanha e as estimativas de produção. (2) O Regulamento (CE) n.º 2336/2003 estabelece igualmente normas de execução para a

aplicação do regime de certificados de importação para as importações de álcool etílico de origem agrícola.

(3) O Regulamento (CE) n.º 376/2008 da Comissão3 estabelece que a importação de álcool etílico de origem agrícola está sujeita à apresentação de um certificado de importação, exceto para efeitos de operações relativas a quantidades não superiores às estabelecidas no seu anexo II, parte I, secção L.

(4) Em 2003, a transformação de matérias-primas agrícolas permitiu a eliminação de produtos de qualidade não satisfatória e de excedentes conjunturais suscetíveis de causar problemas em certos setores, incluindo o setor vitivinícola.

1 JO L 347 de 20.12.2013, p. 671.

2 Regulamento (CE) n.º 2336/2003 da Comissão, que estabelece certas normas de execução do

Regulamento (CE) n.º 670/2003 do Conselho que estabelece medidas específicas relativas ao mercado do álcool etílico de origem agrícola (JO L 346 de 31.12.2003, p. 19).

3 Regulamento (CE) n.º 376/2008 da Comissão, de 23 de abril de 2008, que estabelece normas comuns de

execução do regime de certificados de importação, de exportação e de prefixação para os produtos agrícolas (JO L 114 de 26.4.2008, p. 3).

(7)

(5) Entretanto, o Regulamento (CE) n.º 479/20084 revogou várias medidas de mercado no setor vitivinícola, nomeadamente as relacionadas com a destilação de castas com dupla classificação, a destilação em álcool de boca e a destilação de crise.

(6) Desde 2004 que a produção de álcool etílico de origem agrícola na União aumentou significativamente e o setor do álcool etílico baseado em produtos alimentares pode ser considerado uma indústria madura.

(7) Tendo em conta a evolução do mercado de álcool etílico da União, o regime de certificados de importação para o álcool etílico de origem agrícola deixou de se justificar. Por conseguinte, o álcool etílico deve ser retirado da lista de produtos sujeitos à obrigação em matéria de certificados constante do anexo II do Regulamento (CE) n.º 376/2008.

(8) O Regulamento (CE) n.º 376/2008 deve, pois, ser alterado em conformidade.

(9) O álcool etílico de origem agrícola é utilizado principalmente como combustível, proporcionando o balanço da UE de álcool etílico informações de pouca relevância para o mercado dos combustíveis. O estabelecimento de um balanço de álcool etílico da União deixou, portanto, de ser considerado necessário, devendo o Regulamento (CE) n.º 2336/2003 ser revogado.

(10) Por razões de clareza, convém estabelecer as regras aplicáveis aos certificados de importação emitidos para o álcool etílico que continuem a ser válidos à data de entrada em vigor do presente regulamento,

ADOTOU O PRESENTE REGULAMENTO:

Artigo 1.º

No anexo II, parte I, do Regulamento (CE) n.º 376/2008, a secção L é suprimida.

Artigo 2.º

É revogado o Regulamento (CE) n.º 2336/2003.

Artigo 3.º

A pedido dos interessados, as garantias constituídas para efeitos da emissão de certificados de importação de álcool etílico de origem agrícola serão liberadas quando estiverem satisfeitas as seguintes condições:

a) O período de eficácia dos certificados não expirou na data de entrada em vigor do presente regulamento;

4 Regulamento (CE) n.º 479/2008 do Conselho, de 29 de abril de 2008, relativo à organização comum do

mercado vitivinícola, que altera os Regulamentos (CE) n.º 1493/1999, (CE) n.º 1782/2003, (CE) n.º 1290/2005, (CE) n.º 3/2008 e revoga os Regulamentos (CEE) n.º 2392/86 e (CE) n.º 1493/1999 (JO L 148 de 6.6.2008, p. 1).

PT

6

PT

(8)

b) Os certificados foram utilizados apenas parcialmente ou não foram utilizados na data de entrada em vigor do presente regulamento.

Artigo 4.º

O presente regulamento entra em vigor no sétimo dia seguinte ao da sua publicação no

Jornal Oficial da União Europeia.

O presente regulamento é obrigatório em todos os seus elementos e diretamente aplicável em todos os Estados-Membros.

Feito em Bruxelas, em 20.2.2015

Pela Comissão O Presidente

Referências

Documentos relacionados

A cor “verde” reflecte a luz ultravioleta, porém como as minhocas castanhas são mais parecidas com as minhocas verdadeiras, não se confundem com a vegetação, sendo

Com o objetivo de compreender como se efetivou a participação das educadoras - Maria Zuíla e Silva Moraes; Minerva Diaz de Sá Barreto - na criação dos diversos

8- Bruno não percebeu (verbo perceber, no Pretérito Perfeito do Indicativo) o que ela queria (verbo querer, no Pretérito Imperfeito do Indicativo) dizer e, por isso, fez

Combinaram encontrar-se às 21h

Quero ir com o avô Markus buscar a Boneca-Mais-Linda-do-Mundo, quero andar de trenó, comer maçãs assadas e pão escuro com geleia (17) de framboesa (18).... – Porque é tão

O processo de gerenciamento da capacidade foi desenhado para assegurar que a capacidade da infraestrutura de TI esteja alinhada com as necessidades do negócio. O

Conclui-se, portanto, que o processo de implementação da nova organização curricular, que traz o Trabalho de Conclusão de Curso como requisito obrigatório para obtenção do

Assunto: Decisão de execução do Conselho que institui uma recomendação para suprir as graves deficiências identificadas na avaliação de 2015 da aplicação pela Grécia do