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Alt Risco. Jornal da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais Instituição de Utilidade Pública

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Jornal da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais Instituição de Utilidade Pública

Diretor: Filomena Barros Nº.214 - ano 22 Julho/Agosto de 2020 Publicação Mensal Preço: €0,50 (iva incluído)

Alt Risco

Segurança não

faz teletrabalho

Segurança não

faz teletrabalho

Pedrógão: Diabo espreita

floresta ainda por limpar

Pedrógão: Diabo espreita

floresta ainda por limpar

Bombeiros

sempre ativos

Bombeiros

(2)

O INFARMED deu luz verde à uti-lização de um ventilador, de origem portuguesa, em contexto hospitalar na luta contra a COVID19. O anúncio foi feito pelo Centro de Engenharia e Desenvolvimento em Matosinhos, que desenvolveu o projeto, através da sua página de facebook, no dia 14 de julho.

Dois militares da GNR morreram depois da viatura em que se encon-travam ter sido abalroada por outro veículo, no dia 8 de julho. O aci-dente foi provocado por um homem de 68 anos, ex-agente da PSP, mas as causas do acidente não foram ainda apuradas.

Um bombeiro dos Bombeiros Vol-untários de Miranda do Corvo mor-reu num incêndio, ocorrido a 12 de julho, na Lousã. Outros dois bombei-ros, da mesma corporação, receber-am atendimento hospitalar.

Dois bombeiros da corporação de Bombeiros Voluntários de Oeiras fic-aram feridos num combate a um in-cêndio urbano, naquela localidade, no dia 12 de julho. Doze moradores receberam assistência médica por in-alação de fumos.

Quatro bombeiros ficaram feridos na sequência de um incêndio ocor-rido a 14 de julho, em Castro Verde. Um operacional, de 40 anos, ficou ferido, com 95% do corpo queimado.

Cinco elementos de uma brigada aerotransportada do GIPS, da GNR, ficaram feridos no dia 28 de agosto, em Cabeceiras de Basto.

editorial

ficha técnica

Jornal da Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais

Alto Risco

Instituição de Utilidade Pública

cupão de assinatura

Diretor

Filomena Barros

Diretor-Adjunto

Sérgio Rui Carvalho

Redação

Cátia Godinho Paulo Parracho

Fotografia

Gab. Audiovisual ANBP

Grafismo João B. Gonçalves Paginação João B. Gonçalves Publicidade Gabinete de Comunicação Impressão Gráfica Funchalense Propriedade Associação Nacional de Bombeiros Profissionais Av. D. Carlos I, 89, r/c 1200 Lisboa Tel.: 21 394 20 80 Tiragem 25 000 exemplares registo n.º 117 011 Dep. Legal n.º 68 848/93 Nome: Morada: Código Postal: Profissão: Telefone: Tlm.: Email:

Assinatura Anual do Jornal Alto Risco: 8 euros | Despesas de envio: 2 euros | Total: 10 euros Enviar Cheque ou Vale de Correio para:

Associação Nacional de Bombeiros Profissionais - Av. Dom Carlos I, 89, r/c - 1200 Lisboa

Consulte o nosso site

em www.anbp.pt e o

nosso Facebook

Este jornal está escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico

Foto ANBP

Por Fernando Curto,

Presidente da ANBP

Menos

Mais

Posto de Vigia

A segurança

não faz

teletrabalho!

M

arço, Abril, Maio, Jun-ho, JulJun-ho, Agosto... e já chegámos a Setembro, com o País envolto numa pan-demia e todas as consequências que daqui resultam.

Consequências para a Econo-mia (muitas empresas em apu-ros...), para a Saúde (dizem que vêm aí a segunda vaga... mas só a COVID -19 é que importa?),

máscara, sem “gastar a pele” com tanta lavagem das mãos com gel desinfectante. Por ago-ra, continua a ser a solução mais eficaz para nos protegermos e para protegermos os outros.

Mas assisto a estas mani-festações COVID, anti--vacina, anti-medidas, anti “qualquer coisa”... Começou lá fora, mas o movimento já chegou cá. Porque a (des)in-formação está presente, serve interesses (seja quais forem...) o povo alinha, para um lado ou para o outro.

Não temos, cidadãos co-muns, acesso a conhecimentos técnicos ou informação sen-sível que nos permita discernir a verdade e as fake news. Pelo menos, como gostaríamos.

Pede-se, por isso, à Comu-nicação Social que atue como verdadeiro mediador da reali-dade, que transmita os factos tal como são. Para que o leitor, ouvinte ou telespectador tire as suas conclusões.

E depois temos os especial-istas que desfilam todos os dias nos Media, e desfiam a sua opinião sobre isto e aquilo.

Este ano, os especialistas COVID tomaram o lugar dos especialistas dos incêndios... também eles, presença habitu-al durante os meses de Verão e durante a ocorrência dos incên-dios florestais no País.

Neste cenário, nós - os Bombeiros - continuamos a tra-balhar. Desde o início, em Mar-ço, durante o Verão, e continu-amos... nos quartéis, a socorrer pessoas, a apagar incêndios e, este ano, a transportar suspei-para a Educação (com o ano

lec-tivo à porta, as escolas, profes-sores, pais e alunos estão ainda à espera de orientações), para a Política (é seguir as notícias....), para o Desporto (tirando o fute-bol sem público... ), enfim, em várias áreas de atividade fazem-se contas, adaptam-fazem-se procedi-mentos e formas de trabalhar.

Não sabemos quando poder-emos desconfinar totalmente, quando poderemos sair à rua sem receio de contágio, sem

tos ou doentes COVID.

Em várias Corporações de Bombeiros registaram-se casos de infecção afectando vários bombeiros e, como pronta-mente denunciou ANBP/SNBP, colocando em causa a resposta de socorro e emergência.

Os Bombeiros não podem trabalhar de casa. O nosso trab-alho não está à distância de um clique, tem mesmo de ser feito com proximidade e prontidão, perante qualquer risco ou ocor-rência.

Foi assim há 3 anos, nos incêndios de Pedrogão, que re-cordamos nesta edição.

Foi assim há 32 anos no in-cêndio do Chiado, em Lisboa, que também assinalamos neste jornal.

Vitória

No meio desta pandemia, ANBP e SNBP continuam a tra-balhar, em prol dos seus asso-ciados.

E quero assinalar o fim do factor de sustentabilidade para as reformas de trabalhadores de regime especiais, que passa a abranger os bombeiros. Me-dida válida para os pedidos a entrar este ano. Uma medida tão óbvia que só peca por tar-dia... mas, lá está!, mais vale agora do que nunca.

11 de Setembro

Este ano, devido à pan-demia e restrições do convívio social, a ANBP e o SNBP assi-nalam o dia 11 de Setembro - Dia do Bombeiro Profissional - com uma cerimónia simbólica na AH BV Carnaxide.

sindicato

Por Sérgio Rui Carvalho,

Presidente do SNBP

Crise, crise, crise!

Para nós, Bombeiros,

N

ão podemos ficar indife-rentes à situ-ação atual resultante da p a n d e m i a . Quer a nível mundial, euro-peu e nacional, já se começam a sentir os efeitos da crise. Os bombeiros também estão in-seridos nesta realidade.

Esperam-nos momentos difíceis, de muita negociação, ponderação e de tomada de decisões, em alguns casos, que poderão ser difíceis.

ANBP/SNBP estão atentas ao evoluir de toda a situação e às problemáticas que devem ser resolvidas, corrigidas e melhoradas, quando surge a possibilidade de renegociar alguma proposta que vise melhorar as condições de tra-balho de todos.

Vamos estar perante um paradigma negocial e aqui, uma vez mais, ANBP/SNBP têm de assumir a sua identi-dade histórica, que sempre se baseou na negociação, sem-pre com o objetivo de garan-tir boas condições de trabalho para todos e melhorando es-sas condições sempre que possível em mesa negocial.

Do ponto de vista sindical, estamos perante um paradig-ma que surge sempre quando as grandes crises se aproxi-mam. Podemos ter duas abor-dagens à crise:

- Abordagem mais simples para o sindicato e radical: con-testar tudo, apresentar contra propostas ou propostas que, do ponto de vista da situação

que estamos a atravessar, se tornam irreais e impossíveis de aplicar, e muitas vezes não sendo entendidas por quem é externo ao sector, mesmo nós sabendo que temos razão.

Esta abordagem, para os sindicatos e para o sindicato, facilita o aumento de associa-dos, facilita o discurso junto dos bombeiros, todos ouvem um discurso que gostam de ouvir, mas na prática, a realidade de anos e de cri-ses anteriores, d e m o n s t r a m -nos que no fi-nal acabamos todos por perder ao nível das condições de trabalho. Esta per-spetiva de luta que se adivinha não tem a porta fechada.

Poder-emos ter de radicalizar algu-mas posições quando verifi-carmos que, com a desculpa da crise, nos querem aplicar medidas que ultrapassam to-dos os limites.

- Abordagem que ANBP/ SNBP adotou sempre, até hoje, e que nos trouxe algumas ga-rantias: promover sempre a negociação e o diálogo, dis-cutir propostas e apresentar contra- propostas sobre todas as temáticas que nos sejam apresentadas, mesmo quan-do, em acordos de negocia-ção, não se consigam aprovar

chão, sem divagações e men-tiras e que digam sempre a verdade aos seus associados.

Temos de estar conscientes do que se passa, do que nos rodeia e dos problemas que nos são apresentados.

Apelo, por isso, aos bom-beiros que tudo façam para garantir os acordos que foram conseguidos até hoje e que tentem melhorá-los. É um erro tentar criar problemas onde não existem sob o risco de tudo se perder.

Nos últimos tempo temos assistido ao surgimento de muitas dúvidas relativas a horários de trabalho, que le-vam a que já se oiça falar, por parte das entidades patronais, que se há tantas duvidas com o horário de trabalho, calculo de Horário Extraordinário, descansos e marcações de férias, o mais simples é aplicar horários de sete horas, como tem a administração pública, e assim, acabam-se as dúvidas e confusões. A isto chama-se “mexer no vespeiro”.

Afinal, a quem interessa tanta confusão e desestabiliza-ção numa altura de crise?

Temos de estar preparados para saber quando estamos

preparados para jogar ao ataque e quando temos de jogar à defesa, e a crise sempre foi e será, um aliado das en-tidades patronais e que serve de “ponta de lança” para nos ata-car e tentar reti-rar algumas das condições que c o n q u i s t á m o s, em alguns ca-sos, com lutas de anos.

Relativamente a todo o sector, ele está em grande evolução e temos conseguido negociar com a administração central, governo e ministérios. Não es-tamos sempre de acordo, mas há negociações e tem havido evolução.

Temos negociado com a administração local e também com algumas autarquias. Nu-mas, temos conseguido acor-dos e com evolução favorável, noutras (as mesmas de sem-pre), haja crise ou não, nunca estiveram de acordo connosco nem aceitam nenhuma das nossas propostas. Mas não é o pleno das nossas propostas.

Como é óbvio, numa negocia-ção estão sempre duas partes e para chegarmos a acordo, por vezes têm de haver cedên-cias de ambas, sempre com o objetivo de mais tarde, melho-rar essas condições.

Exemplo disso são os acor-dos relativos à

regulamenta-ção do horário de trabalho, que ao longo dos anos tem so-frido evoluções e melhorias. Noutros casos, têm -se regis-tado retrocessos, não por nos-sa vontade, mas por vontades das entidades que tutelam os bombeiros e que apenas olham para os números, es-quecendo-se das condições de trabalho dos seus trabalha-dores.

Nesta fase de crise, é fun-damental termos uma ANBP/ SNBP fortes que apoiem os seus associados, que lutem com os pés bem assentes no

por isso que vamos deixar de apresentá- las e de lutar por elas, porque não faz parte da nossa identidade desistir.

Com a Liga dos Bombeiros Portugueses, há 15 anos que estamos em negociação e até ao momento não conseguimos chegar a um consenso ou acor-do. Não por culpa nossa, mas porque até hoje a LBP nunca o quis.

Vamos continuar a lutar por uma carreira e por um acordo coletivo para o setor e não duvido que o mesmo será uma realidade, porque é impossível fugir à evolução da história, da legislação e da sociedade. É esse o compro-misso que ANBP/SNBP têm para com os seus e não vão abdicar.

Os próximos tempos vão ser muito importantes para o setor dos bombeiros e se os responsáveis pelas várias entidades representativas dos bombeiros não quiserem ne-gociar e sentar-se a mesma mesa que ANBP/SNBP os bombeiros vão perder, uma vez mais, uma oportunidade de ouro para poderem, de uma vez por todas, ocuparam o seu espaço a nível nacional, que é seu, não deixando que outras forças o estejam a ocupar por inoperância de algumas en-tidades que dizem representar os bombeiros.

Por último, em relação à crise que atravessamos e aq-uilo que nos espera, está nas mãos dos bombeiros serem inteligentes e ponderados nas suas lutas, saber agir quando for necessário e lutar por mel-hores condições de trabalho. Não se podem é deixar levar por discursos fáceis, muitas vezes venenosos e que mais tarde nos levam para terre-nos movediços, que terre-nos tiram qualquer possibilidade de ne-gociação e colocam a outra parte em vantagem negocial.

Deixo, por fim, esta frase, para quem conhece o jornal da caserna e para os nossos, que percebem bem:

“NÃO QUEIRAM MATAR A GALINHA”.

Temos de ser inteligentes e saber definir quando devemos jogar ao ataque ou à defesa.

Aos dirigentes de ANBP/ SNBP faço um apelo porque, neste momento, têm todos uma responsabilidade acres-cida sobre todo o setor porque a crise não pode ser desculpa para tudo.

(3)

Governo dá passo atrás

na gestão da COVID19

Madeira ardida nos

incêndios de 2017 no Pinhal

de Leiria vendida na China

A

s medidas ali-adas à situação de contingên-cia deverão ser reveladas de-pois da retoma das reuniões com o INFARMED (cujo regresso foi também anunciado) e da aprovação em sede de conselho de ministros.

Recorde-se que as medi-das associamedi-das ao Estado de Contingência vigoram, nesta altura, apenas na Área Met-ropolitana de Lisboa (AML). Entre elas, estão o confina-mento domiciliário ou hospita-lar para pessoas infetadas com

A

madeira quei-mada no incên-dio no Pinhal de Leiria, em 2017, está quase toda vendida e boa parte foi exportada para o mer-cado chinês.

A notícia foi avançada pelo Jornal de Notícias (JN) do dia 31 de agosto que contactou a as-sociação que representa as em-presas do setor.

Segundo aquela fonte, a matéria-prima que podia servir COVID19, limitação de 10

pes-soas em ajuntamentos, proi-bição de venda de bebidas al-coólicas em áreas de serviço e postos de combustíveis.

Alerta da Organização Mundial de Saúde

Sobre o atual momento que se vive na Europa, a Organiza-ção Mundial de Saúde diz que o regresso às aulas é um “mo-mento traiçoeiro”, diz a OMS.

Citado pela Agência Re-uters, a 27 de agosto, o diretor regional da Organização Mun-dial da Saúde (OMS) para a Eu-ropa, Hans Kluge, alertou que

as indústrias de transformação nacionais acabou por sair para a China. O jornal adianta que depois dos incêndios em outu-bro de 2017— os madeireiros reuniram com negociantes es-trangeiros, averiguando a pos-sibilidade de vender a madeira queimada para o mercado in-ternacional. Ainda de acordo com o diário, foram criados 33 parques de madeira queimada para receber um milhão de toneladas. Porém, estes apenas registaram 158.318 toneladas,

Subsídio de doença por

COVID19 vai ser pago a 100%

O subsídio de doença em caso de infeção por COVID19 vai ser pago na totalidade du-rante os primeiros 28 dias. Além disso, os trabalhadores que

ten-ham de cumprir o isolamento profilático recebem o corre-spondente a 100% da remune-ração de referências, durante o mesmo período máximo. A

me-dida, anunciada a 27 de agosto, já tinha sido aprovada em sede do Orçamento Suplementar e tem agora efeitos retroativos a partir de 25 de julho.

Estudo português

relaciona idade

com mortalidade

por COVID19

Um estudo nacional divul-gado a 31 de Agosto pela Agên-cia Lusa, e que avaliou mais de 20 mil casos de pessoas infeta-das com o novo coronavírus, revela que a idade é o fator que mais peso tem na mortalidade por Covid-19. E das doenças preexistentes, as que mais au-mentam o risco de morte são as cardíacas e renais. O estudo concluiu ainda que, depois dos problemas cardíacos e renais, as deficiências imunológicas, como o vírus da sida, a doença neurológica e a doença hema-tológica crónica são os fatores que maior risco de morte têm para os doentes com COVID19. A doença hepática, a doen-ça pulmonar, a doendoen-ça on-cológica e a diabetes também são fatores de risco.

O trabalho foi elaborado por um grupo de investigadores portugueses de sete institutos/ departamentos da Faculdade de Medicina (Universidade de

Lis-boa) e de outras instituições, como o Instituto Ricardo Jorge e a Universidade Católica. Re-colheu informação cedida pela Direção-Geral da Saúde (DGS) de 20.293 pessoas infetadas com SARS-CoV-2 entre 1 de ja-neiro e 21 de abril 2020.

De acordo com os autores desta investigação, os resultados apurados “devem ser interpreta-dos com precaução” pois têm limitações como o facto de ser-em referentes ao primeiro perío-do de infeção em Portugal, com-preendido entre janeiro e abril 2020, “podendo sofrer alterações se entretanto novos dados forem cedidos pela DGS” e não haver dados sobre os sintomas e resul-tados dos testes laboratoriais.

Apontam ainda como limi-tações a possibilidade de “ex-istir um sub-relatório de casos com manifestações ligeiras”, a “impossibilidade de ajustar a se-quência temporal dos eventos” e a falta de alguns dados.

Portugal terá direito a vacinas

O

primeiro-min-istro António Costa asse-gurou que a vacinação con-tra a covid-19 em Portugal será feita de forma “progressiva, universal e gratuita”. No final de uma visita ao Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, a 20 de agosto, para inaugurar o novo Serviço de Internamento, António Costa anunciou que o Conselho de Ministros

ele-trónico aprovou a “autorização para o investimento de 20 mi-lhões de euros” que permite a Portugal participar da primeira fase de investigação de vaci-nas para a COVID19, que está a ser financiada pela Comissão Europeia.

Com esta participação na primeira fase da investigação, Portugal assegurou uma quota de 6,9 milhões de vacinas, que a UE já estabeleceu para Por-tugal.

De acordo com o Jornal

Público, os contratos com seis laboratórios farmacêuticos estão a ser negociados pela União Europeia, e Portugal, ao participar nesta primeira fase, assegurou que será dos Estados-membros a receber as vacinas quando elas existirem.

De acordo com o comunica-do comunica-do Conselho de Ministros, foi aprovada uma “autorização para o investimento de 20 mi-lhões de euros em contratos a celebrar para a aquisição de vacinas contra a covid-19”. a Europa está prestes a iniciar o ano escolar num “momento traiçoeiro”, caracterizado por um aumento dos contágios en-tre a população mais nova.

Kluge esclarece que estes con-tágios têm surgido em encontros sociais noutros contextos que não o escolar e verificaram um au-mento em vários países europeus ao longo do Verão. “Existem cada vez mais estudos que sustentam a ideia de que as crianças despen-ham um papel central da trans-missão do vírus, mas que estes contágios estão frequentemente relacionados com encontros soci-ais”, explica Kluge.

com direito a apoio estatal, se-gundo dados do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) — que diz desconhecer o destino final da madeira.

A Mata Nacional de Leiria, também conhecida por Pinhal de Leiria e Pinhal do Rei, é pro-priedade do Estado. Tem 11.062 hectares.

No incêndio de 15 de outu-bro de 2017 arderam 9.480 hec-tares de área, equivalente a 86% da Mata Nacional de Leiria.

Observatório dos

incêndios diz que

recomendações não

são ouvidas

“Drones” no

combate a incêndio

O Presidente do Obser-vatório Independente para os incêndios lamenta que ainda não tenha sido criado um novo plano florestal global. Em de-clarações à TSF no dia 26 de agosto, Francisco Rego queixa-se que as recomendações feitas às autoridades não são ouvidas.

“Muitas das recomendações

O

s ‘drones’ para vigilância aérea e deteção de incên-dios florestais es-tão a operar a par-tir da Lousã, Beja e Mirandela, tendo realizado até ao final de agosto cerca de 100 horas de voos. Os números foram di-vulgados a1 de setembro pela Força Aérea Portuguesa.

A Força Aérea Portuguesa (FAP) avança que adquiriu 12 sistemas de aeronaves não tripuladas (‘drones’) para reforçar a capacidade de vigilância aérea e deteção de incêndios no âmbito do Dis-positivo Especial de Combate a Incêndios Rurais em Portu-gal (DECIR), com capacidade de descolagem e aterragem à vertical

e opiniões que temos não têm tido a sequência que gostaría-mos que tivessem, portanto é um bocadinho... uma certa frustração”

O presidente do organismo lamenta também que ainda não tenha sido criado um novo plano florestal global, depois do último ter terminado há dois anos.

Segundo a FAP, atualmente estão a operar seis aeronaves de asa fixa e duas com capa-cidade de descolagem e ater-ragem à vertical estão em fase de testes e qualificação, aguar-dando a Força Aérea a entrega pelo fabricante dos restantes quatro ‘drones’.

A FAP indica que atual-mente a vigilância com recurso a este tipo de aparelhos cobre as regiões norte, centro e sul do país, através de três bases de operação, tendo sido já realiza-das cerca de 100 horas de voo.

A FAP refere que a opera-ção na Lousã, iniciada em 27 de julho, permitiu identificar vários eventos, alguns deles na fase inicial, tendo sido tam-bém monitorizados eventos na fase de rescaldo.

Francisco Castro Rego criti-ca ainda o Instituto de Conser-vação da Natureza e Florestas por não trabalhar em ligação com as estruturas locais. Adi-antou ainda que, em breve, será publicado um relatório so-bre a reflorestação do Pinhal de Leiria, que ardeu em outubro de 2017.

Retomadas reuniões

com o INFARMED

STAYAWAY COVID

Já se encontra disponível a aplicação “STAYAWAY COVID”, que vai permitir rastrear contatos de infeção por COVID19.

Máscara deverá ser

obrigatória na rua

Portugal deverá adotar brevemente a utilização obrigatória de máscaras na rua. A notícia avançada pelo Jornal de Notícias de 28 de agosto, com base em informações da DGS, aponta para a possibilidade de seguir o exemplo de países como França, onde a máscara passou a ser obrigatória no espaço público. De acordo com o diário, a decisão pode surgir na sequência do estado de contingência, que deverá ser decretado a partir de 15 de setembro.

A Polícia Judiciária da Guarda, em colaboração com a GNR e NPA de Almeida e de Vilar Formoso, detiveram um casal por ser suspeito de ter ateado cinco incêndios florestais, entre 11 e 29 de agosto, em várias localidades dos concelhos de Almeida e de Pinhel, no distrito da Guarda.

O casal atuava em conjunto e usava um motociclo para atear sucessivos focos de incêndio em locais distantes entre si. O último aconteceu no dia 29 de agosto, cerca das 18:00, “na estrada que liga as localidades de Valverde a Senouras, no concelho de Almeida, quando deram início a mais três incêndios, separados entre si por uma distância de aproxima-damente 1.600 metros”.

“No seu conjunto, estes três incêndios levaram à destruição de aproximadamente 2,6 ha de coberto vegetal”, acrescentou nota da Polícia Judiciária.

Os suspeitos têm 47 e 26 anos, estão os dois desemprega-dos, e desconhecem-se as “razões minimamente explicativas de tão perigosos comportamentos”

As reuniões do INFARMED vão ser retomadas, depois de terem sido suspensas. Os encontros que reuniam especialistas, políticos e parceiros sociais no INFARMED para analisar a evolução da pan-demia, vão ser retomadas a 7 de setembro, passando a parte da exposição dos dados a ser em transmissão aberta.

Breves

PJ detém suspeito

de atear incêndios

em Braga

(4)

Pedrógão três anos depois

E se o diabo voltar?

População

mobiliza-se

em projetos

de prevenção

O

projeto “Al-deias Resili-entes”, que procura criar uma cultura de autode-fesa na zona afetada pelo grande incêndio de Pedrógão Grande, é uma das poucas ideias que conseguiu sair do papel das promessas feitas em 2017, para passar à prática.

A iniciativa formou quatro equipas em quatro aldeias dos concelhos de Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, que estarão este ano, pela primeira vez, aptas a atuar em situação de um incên-dio numa fase inicial, após for-mação ministrada pela Associa-ção para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial (ADAI) da Universidade de Coimbra.

Porém, as boas-vontades manifestadas pelos que inte-gram estas equipas, na sua maioria pessoas que viveram de

“As boas práticas que se vão adquirindo com este projeto poderiam ser replicadas pelo plano Aldeias Seguras, Pessoas Seguras”, para as pessoas não terem apenas um ponto onde se podem dirigir para serem retiradas da aldeia, mas elas próprias terem alguém na aldeia que possa combater numa fase inicial e ajude a proteger a lo-calidade” defende a presidente da Associação das Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande (AVIPG), Dina Duarte.

O projeto-piloto, que contou com o apoio da Fundação Calo-uste Gulbenkian, deveria ser perto a tragédia de há três anos,

poderá não chegar para evitar novos episódios de fogo flores-tal em toda aquela zona.

Isto porque é voz corrente na região que “as coisas estão praticamente na mesma, ou piores ainda” no que toca ao es-tado da floresta. As 66 mortes, os mais de 250 feridos, as cerca de 500 casas destruídas e os 193 milhões de euros de prejuízos causados pelo fatídico incên-dio de 17 de junho de 2007 de-ram azo a um sem número de promessas por parte da classe política nas visitas constantes ali efetuadas.

Todavia, da promessa con-stante de uma nova identidade florestal para substituir as cen-tenas de hectares de eucaliptal dizimados pelo fogo que atingiu onze concelhos dos distritos de Leiria, Coimbra e Castelo Branco pouco ou nada se vê no terreno. Quem percorrer a Na-cional 236-1, popularmente ba-tizada como “estrada da morte”

agora replicado com “o apoio do Estado ou de entidades que estão no terreno”, defendeu.

Segundo Dina Duarte, o projeto “Aldeias Resilientes” e o “Aldeia Segura”, promovido pelo Governo, “complementam-se”. “É impossível ter este equi-pamento que está neste projeto em todas as aldeias e nem to-das têm pessoas com capacid-ade física para agir ou colaborar numa situação de incêndio, mas algumas práticas de combate deveriam ser aprendidas pelas aldeias que possam aderir”, vincou, considerando que neste projeto a população assume

for possível seria muito interes-sante replicar”.

As equipas do projeto são formadas por pessoas de dife-rentes idades e nacionalidades. “Nós vemos muitas vezes popu-lares a combaterem e a estarem dispostos a combater até noutras aldeias. Mas temos uma força de trabalho que muitas vezes está a prejudicar. Vão de chinelos, calções, impreparados e acabam por complicar mais do que aju-dam. É uma pena porque têm vontade e força para isso. Se estiverem organizados e devida-mente instruídos e preparados para desempenhar um bom pa-pel, é uma mais-valia”, realçou

No projeto, foram formadas equipas de cinco a seis pessoas, estando representadas diversas idades, homens e mulheres, bem como diferentes nacionali-grande parte da serra da Lousã,

a regeneração florestal dá-se ao ritmo que a natureza impõe. As novas espécies misturam-se com restos de árvores queidas e ainda com pilhas de ma-deira que tornam todo aquele cenário num “autêntico barril de pólvora”. A expressão não é nova, mas assenta como uma luva ao cenário que ali se pode

obstruídas por madeira de 2017. Em 2019, depois dos vendavais, ficaram pinheiros no meio da estrada em que carros ligeiros não conseguiam passar”, revela José Domingues, com a autori-dade que lhe conferem os seus 62 anos, a maioria dos quais como Bombeiro. “São estas pequenas grandes coisas que põem em causa a dimensão do incêndio ou um ataque inicial bem ponderado”, adverte.

Aquele operacional aponta ainda outro perigo, constatado no local pela reportagem do Alto Risco. Numa das principais entradas de Castanheira de Pera jazem centenas de lotes de tron-cos de madeira empilhados. Se-gundo o Alto Risco apurou, toda esta madeira tinha a vizinha Es-panha como destino, mas aca-bou por ficar ali armazenada devido à pandemia de COVID19 que ainda afeta o nosso país. “É uma bomba que pode explodir a qualquer momento”, alerta-nos um popular no momento

to das limpezas de terrenos e das faixas junto às estradas, o autarca referiu que a maioria dos proprietários, com peque-nos terrepeque-nos e reformas baixas, não tem capacidade financeira para investir ou para pagar lim-pezas.

Segundo José Lourenço, desde o incêndio de 2017 que já recebeu vários contactos de proprietários que estavam dis-postos a entregar “os terrenos de borla à junta de freguesia”.

“Os terrenos, antes do in-cêndio, sem pinhal, eram ven-didos a 50 cêntimos por metro quadrado. Agora, até os vendem a 10 cêntimos e não há quem os compre”, constatou, conside-rando que vai ser “muito difícil trabalhar-se no sentido de pre-venção de incêndios daqui por diante”.

Para além da Comissão de Inquérito em curso, relacio-nada com a aplicação e distri-buição de verbas destinadas à recuperação de habitações nos

por ali terem perecido 47 das 66 vítimas dos incêndios daquele dia, logo se apercebe que das múltiplas promessas de altos responsáveis governamentais, incluindo o primeiro-ministro, e até do próprio Presidente da República, pouco foi cumprido.

A espaços nota-se a criação das chamadas faixas de segu-rança junto à via que liga Cas-tanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos e ao longo do IC8. Mas o que mais salta à vista em todo o percurso , sobretudo quando entramos nas estradas interi-ores, é que há já uma mancha verde a cobrir os esqueletos e troncos de árvores queimadas que teimosamente se mantêm ainda de pé. É a natureza a sub-stituir-se à (in)ação do homem, com novos eucaliptos, acácias e outras espécies infestantes, todas altamente combustíveis, a brotar um pouco por todo o lado.

Noutros pontos dos três concelhos, que se estende a

uma postura “proativa” numa situação de combate a incêndio numa fase inicial.

De acordo com a presidente da AVIPG, as equipas forma-das nas aldeias de Vila Facaia, Pobrais, Arega e Pêra já estão prontas a atuar, apesar de ser necessário fazer mais treinos.

Também o investigador da ADAI, Miguel Almeida, que representou a instituição nas formações dadas, considerou que o projeto “tem um grande potencial e deveria ser repli-cado”, admitindo, porém, que “nem todas as aldeias têm gente jovem e com força, mas onde

dades, referiu.

Durante o projeto, houve formação teórica, teórico-práti-ca e exercícios de simulação, tendo as equipas recurso a uma moto-bomba, material de sapa-dor, uniformes e equipamento de proteção individual contra incêndios.

O papel da equipa “é muito vasto”, passando por uma in-tervenção numa fase inicial do incêndio, apoio às entidades que combatem os incêndios e a proteção das casas caso os bom-beiros não tenham capacidade de chegar a determinada locali-dade, aclarou.

O projeto, que começou em 2019, não termina, salientou Miguel Almeida, esclarecendo que a iniciativa entende a for-mação como “um processo con-tínuo”.

observar.

De resto, é o próprio coman-dante dos Bombeiros Volun-tários de Castanheira de Pera a admitir receio de voltar a viver as memórias negras que guarda desde 2017. “Nada mudou. O que temos aí são eucaliptos e pinheiros plantados à beira das estradas em que passam carros. Temos estradas completamente

que fotografávamos o local. A presidente da Câmara Mu-nicipal de Castanheira de Pera reconheceu recentemente (a 8 de julho) numa audição par-lamentar que quase tudo está por fazer nas florestas do seu concelho. Alda Carvalho, eleita pelo PSD quatro meses após os fogos, defendeu um investimen-to diferente do Estado na flo-resta, com “mais apoios” e uma aposta no ordenamento, que, segundo a autarca, continua por fazer. “A floresta é uma conta-poupança que muitas pessoas não podem ter numa instituição bancária”, referiu.

Também o presidente da União de Freguesias de Castan-heira de Pera e Coentral, ou-vido em comissão de inquérito na Assembleia da República, realçou que aquilo que se vê relativamente à floresta “não augura nada de bom, porque onde havia um eucalipto estão lá hoje dez”.

Apesar de notar um

aumen-municípios atingidos pelo fogo de 2017, o assunto Pedrógão foi também chamado ao hemici-clo. Num debate solicitado pela bancada do PSD, que contou com a presença dos ministros do Ambiente e da Administra-ção Interna, ficaram patentes muitas críticas à ação do Poder Central. Porém, Eduardo Cabri-ta desvalorizou todos os aler-tas e receios apresentados por deputados de quase todas as forças partidárias, considerando mesmo que “três anos depois, a melhor e única homenagem às 66 vítimas é garantir que tudo será feito, sem esconder pro-blemas, mas sem fazer dema-gogia. Isso é o que temos feito”. Numa curta intervenção, após ouvir as declarações de to-das as bancato-das parlamentares, Eduardo Cabrita enumerou al-gumas das mudanças ocorridas após o incêndio.

“Nunca tinham sido pa-gas indemnizações com tanta celeridade. Nunca tinham sido

recuperadas casas com tanta celeridade. Tudo mudou na vigilância. Nunca se falou tanto na limpeza [da floresta] e não foi a lei que mudou, mas sim a consciência dos cidadãos”, apontou.

O governante referiu-se igualmente ao cadastro das terras, sublinhando que a me-dida já foi concluída em 10 municípios portugueses. “No futuro haverá incêndios certa-mente, mas todos juntos, sem demagogia, faremos tudo para que isso não aconteça”, disse.

Por seu lado, dando exem-plo do (não) investimento em Pedrógão, a deputada social-democrata Claudia André de-fendeu a necessidade de o Go-verno apostar na reflorestação e na gestão das florestas: “Inves-tir nos meios de combate sem investir na floresta é o mesmo que se o Ministério da Saúde para fazer face à pandemia da COVID19 investisse apenas nos cuidados intensivos.”

covid19

Três anos volvidos após a tragédia de Pedrógão Grande, que atingiu onze

concel-hos dos distritos de Leiria, Coimbra e Castelo Branco, está quase tudo por fazer no

que toca ao reordenamento florestal. Pior, a floresta ardida está já pejada de

espé-cies infestantes e por todo o lado há pilhas de madeira esquecidas que transformam

a zona num autêntico “barril de pólvora”.

Para evitar que em caso de sinistro a tragédia se repita, a população mobiliza-se

em torno do projeto “Aldeias Resilientes”, mas todos estão cientes que “só isto não

chega”. A iniciativa, que começou em 2019, formou quatro equipas de autodefesa

distribuídas por Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos.

viseu

reportagem

(5)

Pedrógão Grande: Três anos

depois responsabilidades

ainda por esclarecer

O

incêndio que d e f l a g r o u há três anos em Pedrógão Grande e que alastrou a concelhos vizinhos provocou a morte de 66 pessoas e 253 feridos, sete dos quais graves, e destruiu cerca de meio milhar de casas e 50 empresas.

Mais de dois terços das víti-mas mortais (47 pessoas) se-guiam em viaturas e ficaram cercadas pelas chamas na Es-trada Nacional 236-1, entre Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, no interior Norte do distrito de Leiria, ou em acessos àquela via.

As chamas, que eclodiram pelas 14 horas de 17 de Junho de 2017, foram extintas passado uma semana (24 de Junho), de-pois de, em 20 de Junho, se ter-em juntado ao fogo que, cerca de dez minutos depois do início daquele incêndio, no concelho de Pedrógão Grande (em Es-calos Fundeiros), deflagrou no

município de Góis (distrito de Coimbra), em Fonte Limpa.

Cerca de 53 mil hectares de território, 20 mil hectares dos quais de floresta, foram atingi-dos por estes fogos, sobretudo nos municípios de Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, no distrito de Leiria, de Góis e Pampilhosa da Serra (Coimbra) e da Sertã (Castelo Branco).

Além de terem destruído total ou parcialmente mais de meio milhar de casas -- 264 das quais habitações permanentes, cerca de 200 secundárias e mais de cem devolutas --, as chamas também atingiram quase meia centena de empresas, afectando o emprego de quase 400 pessoas.

Estimativas feitas pou-co tempo depois dos incên-dios apontavam para que os prejuízos provocados na flores-ta ultrapassassem os 83 milhões de euros, enquanto os danos em habitações estimavam mais de 27,6 milhões de euros, na in-dústria e turismo perto de 31,2 milhões de euros, na agricultura

vice-presidente do município de Pedrógão Grande.

Aguardam julgamento os presidentes dos municípios de Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande em funções à data dos factos: Fernando Lopes, Jorge Abreu e Valdemar Alves, respectivamente.

O tribunal decidiu ainda levar a julgamento a então en-genheira florestal no município de Pedrógão Grande, Margari-da Gonçalves; o comanMargari-dante dos Bombeiros Voluntários de Pedrógão Grande, Augusto Ar-naut; o subdirector da área com-ercial da EDP José Geria; o sub-director da área de manutenção do Centro da mesma empresa, Casimiro Pedro; e três arguidos com cargos na Ascendi Pinhal Interior: José Revés, António Berardinelli e Rogério Mota.

O Ministério Público de Lei-ria, para onde transitou o pro-cesso, recorreu da decisão, que se encontra neste momento no Tribunal da Relação de Coimbra a aguardar o despacho final.

Também o processo de re-construção das casas ardidas levou o Ministério Público de Coimbra a abrir um inquérito.

A investigação resultou 20 milhões de euros e noutras

actividades económicas mais de 27,5 milhões de euros. Os danos provocados em infra-estruturas municipais eram avaliados em cerca de 20 milhões de euros e na rede viária nacional em perto de 2,6 milhões de euros.

O Conselho para a atribuição de indemnizações às vítimas destes incêndios (e dos de 17 de Outubro de 2017) fixou, em final de novembro desse ano, em 70 mil euros o valor mínimo para privação de vida.

As mortes provocadas pelo incêndio levaram o Departamen-to de Investigação e Acção Penal de Coimbra a abrir um inquérito, que investigou as responsabili-dades no fogo com início em Pe-drógão Grande. O despacho de pronúncia acusava 13 arguidos.

Na abertura da instrução, o juiz do Tribunal de Leiria de-cidiu deixar de fora da acusa-ção o comandante distrital de operações de socorro de Leiria à data dos factos, Sérgio Gomes, o segundo comandante distrital, Mário Cerol, e José Graça, então

numa acusação contra 28 argui-dos pela alegada prática de 20 crimes de burla, 20 crimes de prevaricação de titular de cargo político, 20 crimes de falsifica-ção de documentos, um crime de falsidade informática e um crime de falsas declarações.

O processo foi para Leiria devido à competência territo-rial. O presidente da Câmara de Pedrógão Grande, Valdemar Alves, o ex-vereador Bruno Gomes e o construtor civil João Paiva pediram a abertura da in-strução. A juíza entendeu que todos devem ser julgados em tribunal colectivo.

O fogo de Pedrógão Grande foi “muito provavelmente aquele que, em Portugal, liber-tou mais energia e o fez mais rapidamente (com um máximo de 4.459 hectares ardidos numa só hora), exibindo fenómenos extremos de vorticidade e de projecção de material incan-descente a curta e a longa dis-tância”, afirma o relatório da Comissão Técnica Independen-te (CTI), criada para avaliar os incêndios ocorridos entre 17 e 24 de junho, em 11 concelhos dos distritos de Leiria, Coimbra e Castelo Branco.

As mortes provocadas pelo incêndio levaram o Departamento de Investigação e

Acção Penal de Coimbra a abrir um inquérito, que investigou as responsabilidades no

fogo com início em Pedrógão Grande. O despacho de pronúncia acusava 13 arguidos.

“Foi uma coisa muito pres-sionada e foi tudo para ‘por-tuguês ver’ ou para que se diga que se está a fazer al-guma coisa, mas o problema é mais profundo, o problema é estrutural, a floresta portu-guesa tem estado nos últimos 30 anos, no interior do país a norte do Tejo, com alguns problemas de gestão: não é gerida, nem é gerível”, afirma o presidente da FNAPF, Luís Damas, referindo-se ao pa-cote legislativo aprovado em 2017, após os grandes incên-dios registados nesse ano, nomeadamente em Pedrógão Grande.

Em declarações à agência Lusa, Luís Damas refere que a legislação de 2017 veio “pôr a culpa nos produtores flo-restais”, inclusive devido à falta de limpeza junto a casas e estradas, em que se fez “leg-islação quase avulso e às vez-es sem conceitos técnicos”, porque obriga a cortar tudo

para o fogo não chegar aos aglomerados populacionais.

“Agora temos um prob-lema que é: todos os anos isto tem custo para o país, porque limpar estas áreas todas sem um rendimento ou sem uma ocupação de solo é um grande esforço financeiro para o país e para quem tem essas ob-rigações, tanto câmaras como proprietários”, indica o presi-dente da FNAPF, federação que representa cerca de 15 mil proprietários e produtores florestais.

No âmbito das alterações legislativas, Luís Damas de-staca o Programa de Sapadores Florestais, em que “houve um grande esforço, nesta reforma, de capacitar e de proporcio-nar estas equipas”, assumindo uma nova projeção perante o panorama florestal, com o re-conhecimento “pelo bem que produzem tanto na sociedade e na área florestal e que são el-ementos fundamentais”.

a alguns produtores também da mudança da paisagem de agrícola para florestal, e cor-reu bem e houve aderentes”.

“Estamos de acordo que haja esse rendimento, não ficávamos nada desagrada-dos se a duração, em vez de 20 anos, fosse 30 anos, mas concordámos com esse princípio de proporcionar, nos primeiros 20 anos, um investimento à manutenção do povoamento”, declara Luís Damas, sustentando que a proposta do Governo “é um começo” na transformação da paisagem.

“Floresta deve ser gerida como um todo” Sobre o programa Empar-celar para Ordenar, o repre-sentante dos proprietários flo-restais diz que “tem de haver um grande esforço”, devido à dimensão das propriedades, sobretudo de minifúndio, que faz com que o território seja “tão recortado”, devido à falta de rendimento florestal e dev-ido à burocracia para investi-mentos nesta área.

“Começa-se a dar uns pas-sos nesse desenvolvimento, porque já se percebeu que, com o minifúndio, a divisão da propriedade, o relevo e as espécies que estão em cima do território, este problema vai sempre existir - dos fogos - e a produção dos bens que a floresta dá não compensam o produtor reinvestir, tem de se arranjar alternativas”, expôs.

Para o presidente da FNAPF, o proprietário florest-al não deve perder o direito “A legislação tem de ser

amiga do proprietário florest-al, que o incentive a entrar neste bem comum e ser um veículo de produzir esse bem comum, mas também ser res-sarcido, portanto, receber por isso”, avança o representante dos proprietários florestais, referindo que o pacote legisla-tivo aprovado em 21 de maio deste ano dá os primeiros pas-sos nesse âmbito, mas “mais de 90% da floresta portu-guesa é privada e, para haver alguma mudança, os privados tem de ser ouvidos”.

Quanto ao Programa de Transformação da Paisagem, o presidente da FNAPF con-sidera que pode produzir al-terações “tanto a nível de resiliência ao fogo como de produtividade para os produ-tores florestais”, destacando o apoio ao rendimento e lemb-rando que “já houve program-as nesse sentido, o Estado já fez isso e ainda está a pagar

de propriedade, mas a floresta deve ser gerida num todo, pelo que a legislação tem de ser implementada nesse sen-tido.

“Não é fácil fazer uma rev-olução destas, mas tem de se começar por alguma lado e está-se a dar alguns passos nesse sentido, achamos sem-pre que é pouco, mas em flo-resta os resultados não se vêm logo de imediato, não é como plantar batatas ou tomates”, ressalva Luís Damas, afirman-do que se deve gastar mais dinheiro em prevenção do que em combate dos incêndios, apostando nos trabalhos de redução de combustível e no ordenamento da floresta.

Neste âmbito, o repre-sentante dos proprietários florestais defende que “o Es-tado tem de dar o exemplo”, fazendo a gestão correta das matas públicas, no sentido de incentivar os proprietários privados.

“Agora começa a fazer isso, mas não podemos esquecer que o Pinhal de Leiria, que era um pinhal de referência, ardeu e é do Estado”, adverte.

Reagindo às declarações do secretário de Estado das Florestas, João Catarino, de que é preciso mais do que a limpeza de matos para evitar a ocorrência de incêndios, nomeadamente alteração da ocupação do solo, o presiden-te da FNAPF considera que “tem alguma razão”, propon-do medronheiros, pomares ou olivais nas faixas de gestão de combustível, para que essa limpeza seja rentável.

A reforma da floresta de 2017 “foi tudo para ‘português ver’”, com legislação “quase

avulso e às vezes sem conceitos técnicos”, avança a Federação Nacional das

Asso-ciações de Proprietários Florestais (FNAPF), defendendo que o problema é estrutural.

Incêndios: Proprietários

florestais consideram

que reforma de 2017

foi para ‘português ver’

(6)

viseu

incêndios

A

Associação Nacional de B o m b e i ro s Profissionais reuniu-se no dia 9 de julho com a Secre-tária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar.

Na reunião foram debatidos vários temas relativos à prob-lemática dos bombeiros e das suas carreiras, nomeadamente a regularização dos precários, a definição das carreiras, a criação de companhias de bombeiros e fardamentos.

De acordo com declarações dos dirigentes de ANBP, à saída da reunião, sobre o PREVPAP e os precários que prestam serviço na ANEPC, foi assumido pela gov-ernante que só deverá haver con-curso quando todas as carreiras estiverem enquadradas na nova estrutura orgânica da ANEPC.

De acordo com a Secre-tária de Estado, falta a valida-ção por parte dos ministérios da administração interna e da administração pública e finan-ças, relativamente à carreira em que os operadores da Sala de Gestão de Emergência serão enquadrados.

Sobre este assunto, a ANBP “espera que este processo seja célere dentro dos constrangi-mentos que o país atravessa, e tal como sempre defendemos desde o início, que fiquem todos enquadrados numa força única, sendo reconhecida a necessi-dade de a carreira ser especial”.

Foi também debatida a questão do Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro (SIOPS) e comando das

opera-ções (situação que ANBP assu-miu que tem vindo a discutir com os comandantes dos corpos de bombeiros sapadores), tendo a secretária de estado assumido que essa situação terá de ser dis-cutida, no âmbito da revisão do SIOPS.

ANBP referiu ainda que, durante a reunião, assumiu a necessidade da criação de Com-panhias Bombeiros Sapadores, defendendo que “devem ser criadas o mais rápido possível, tendo em conta a alteração legis-lativa que ocorreu com a revisão do Decreto-Lei de 106/2002. Foi ainda abordada a regulamenta-ção dos fardamentos”.

Também a situação dos bom-beiros das Associações Humani-tárias de Bombeiros Voluntários foi abordada. A ANBP defendeu a necessidade “de reorganizar, do ponto de vista profissional, a carreira dos bombeiros que prestam serviço nas AHBV, com definição de tabelas salariais e respetiva carreira estruturada, não esquecendo a importância dos Acordos de Empresa”.

A ANBP pediu ainda a re-visão do funcionamento e do financiamento, bem como da organização das Equipas de In-tervenção Permanente, defen-dendo a criação de uma carreira para estes profissionais, “dado que se está a criar uma nova força de precários do Estado”, alertam.

Quanto aos Sapadores Bom-beiros Florestais, A ANBP solicitou, uma vez mais, a regulamentação do funcionamento dos mesmos, defendendo que não podem ser dissociados da organização das restantes forças de sapadores.

Reunião com Secretária

de Estado: ANBP pede

regulamentação de carreiras,

regularização de precários

e a criação de Companhias

O

mês de julho ficou marcado por aumento da tempera-tura, pelos in-cêndios que deflagraram em todo o país e pelos incidentes com bom-beiros, a operar no terreno.

Entre os dias 11 e 17 de julho, e com as temperaturas a chegarem aos 40 graus em algumas localidades, os in-cêndios voltaram a lavrar em território nacional.

A 12 de julho, um bom-beiro da corporação de Moi-menta da Beira morreu e out-ros quatro ficaram feridos, na sequência do combate às chamas na Lousã.

A 13 de julho, dois bom-beiros da corporação de Cuba, Alentejo, ficaram feridos com gravidade quando combatiam um incêndio em Castro Verde. Um deles acabou por morrer, a 30 de julho, não resistindo às queimaduras sofridas.

A 16 de julho, um bom-beiro ficou ferido num incên-dio em Cascais, na localidade

de Alvide (freguesia de Alca-bideche). Um civil teve tam-bém de receber assistência. O incêndio terá começado numa zona de mato, mas atingiu a cobertura de dois edifícios. Outros quatro tiveram de ser evacuados. Oito casas ficaram inabitáveis.

Também na tarde de 16 de julho um incêndio deflagrou numa das encostas do Bom Je-sus de Braga e chegou a aproxi-mar-se de uma zona industrial. O incêndio obrigou à interven-ção de oito meios aéreos e de mais de 800 operacionais.

Um dia depois, no distrito do Porto, um incêndio em Va-longo ardeu durante todo o dia 17 de julho. Cinco meios aéreos estiveram envolvidos no combate às chamas.

A 18 de julho, cinco bom-beiros ficaram feridos num acidente, em Ourém, em que um autotanque se despistou numa curva apertada e aca-bou por capotar.

A 19 de julho, um bombeiro dos bombeiros voluntários de Leiria morreu quando fazia a

vigilância a um incêndio no Ar-rabal. Filipe André Pedrosa, de 34 anos, sentiu-se mal, perdeu a consciência, entrou em paragem cardiorrespiratória, sendo a sua morte confirmada duas horas depois no hospital de Leiria.

A 22 de julho, dois bom-beiros ficaram feridos num incêndio em Abrantes, que envolveu 400 operacionais e oito meios aéreos.

Um incêndio em Oleiros, a 25 de julho, provocou a morte a um bombeiro de 21 anos, que ficou encarcerado dentro da viatura em que seguia, e que se tinha despistado.

Mais de 200 bombeiros morreram em 40 anos

Nos últimos 40 anos, 230 bombeiros morreram ao ser-viço, a maioria em incêndios florestais ou em acidentes rodoviários. Os dados citados pelo Jornal de Notícias, a 23 de julho, são da Autoridade Nacional de Emergência e Pro-teção Civil. Nestes incluem-se os bombeiros falecidos duran-te o mês de julho de 2020.

M

ais de 200 hect-ares de floresta foram destruídos pelo incêndio de Pampilhosa da Serra que defla-grou a 4 de julho.

De acordo com o presi-dente da autarquia, José Brito, citado pela Agência Lusa no dia 6 de julho, além da man-cha florestal ardida, de pin-heiro e eucalipto, não há reg-isto de outro tipo de prejuízos significativos, designadamente em casas e bens.

Segundo o autarca, a floresta agora atingida tem perto de 20 anos, referindo que se trata de árvores que resultaram de “re-generação natural, na sequência

O Governo autorizou, a 6 de julho, o reforço da dotação da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil para pagamento aos bom-beiros que integraram o Dis-positivo Especial de Combate a Incêndios Rurais em junho.

Num comunicado conjunto, os Ministérios das Finanças e da Administração Interna adi-antavam a transferência da verba de 4.107.960 euros aos

do último grande incêndio”, em 2001, naquela zona.

O fogo deflagrou pelas 13:00 do dia 4 de julho, em Janeiro de Baixo, no concelho de Pampil-hosa da Serra, e foi dominado pouco depois das 22:00. Mobi-lizou perto de 600 operacionais, mais de centena e meia de mei-os terrestres e 15 meimei-os aéremei-os.

“Não fora a mobilização de tão elevado número de meios e teríamos tido incêndio para dias”, admitiu José Brito.

O facto de se estar perante uma área florestal “muito den-sa e desordenada e os acentua-dos declives do terreno dificul-taram o combate às chamas, explicou.

operacionais pela Autoridade Nacional de Emergência e Pro-teção Civil (ANEPC).

Uma informação que surgiu depois de, o PSD ter questio-nado o Governo sobre o atraso nos pagamentos aos bombeiros do Dispositivo Especial de Com-bate a Incêndios Rurais (DECIR), referentes a junho, acusando o executivo de “total desrespeito pelos bombeiros” e “incom-petência no planeamento”.

Incêndio de

Pampilhosa

queimou duas

centenas de hectares

Governo garante

pagamento em

atraso de Bombeiros

do DECIR

Mês de Julho “infernal”

viseu

notícias

O

s dados pro-visórios do Instituto da C o n s e r va ç ã o da Natureza e Florestas, refer-entes aos incêndios florestais e recolhidos até 18 de agosto apontam para 6685 ocorrências e uma área ardida de 36 570 hectares. Os incêndios regis-taram-se em povoamentos flo-restais (44%), em matos (41%)

e em terrenos agrícolas (14%). De acordo com o 3º relatório da mesma instituição sobre os incêndios rurais de 2020, o número de ignições disparou na última quinzena de julho. Até ao dia 31, o número fixou-se nos 5294, das quais resul-taram 26680 hectares de área ardida. Ou seja, na última quinzena registaram-se 1911 in-cêndios que provocaram uma área ardida de 17 198 hectares.

Mais de 70% dos incêndios com

origem em mão humana

De acordo com Instituto da Conservação da Natureza, sete em cada dez incêndios que deflagraram em Portugal até ao dia 31 de julho tiveram origem em mão humana, de forma criminosa, por neg-ligência ou fator acidental. Apenas 3% dos incêndios têm origem acidental.

Mais de 36 mil hectares

ardidos até 15 de Agosto

E

ntre os me-ses de janeiro e meados de agosto a Polí-cia Judiciária deteve 76 in-c e n d i á r i o s , 47 dos quais estavam já diciados pela prática de in-cêndios florestais. A PJ está neste momento a braços com 1191 inquéritos por crime de incêndio, 679 dos quais em área florestal. De acordo com o jornal Correio da Manhã do dia 24 de agosto, as diretorias de Lisboa e Vale do Tejo e do Porto detêm o maior número de inquéritos. Já no que toca ao número de detenções por incêndios florestais, a lista é liderada pelo distrito de Vila Real. Os incêndios urbanos

aconteceram em maior núme-ro na Grande Lisboa.

Bombeiros estão entre os detidos por fogo posto

A Polícia Judiciária (PJ) deteve, a 17 de agosto, um bombeiro, de 29 anos, sus-peito de atear um incêndio florestal, na zona de Pataias, em Alcobaça.

Em comunicado, a auto-ridade explica que o suspeito residia na zona onde ocorreu o incêndio e que o fogo foi at-eado com recurso a chama di-reta. O detido foi presente às autoridades judiciárias com-petentes tendo-lhe sido apli-cada a medida de coação de prisão preventiva.

Já a 14 de agosto, Uma mulher de 29 anos tinha sido

detida “em flagrante delito por um militar da GNR e um agente da PSP que se encon-travam de folga”, explicou o Comando Territorial do Porto da Guarda- Republicana.

Em comunicado, o Coman-do acrescenta que “a suspeita estava a espalhar álcool gel numa área de mato, tendo de seguida ateado fogo com re-curso a um isqueiro, quando foi intercetada”.

De acordo com a GNR, ar-deram cerca de 200 metros quadrados de mato adjacente a um aglomerado populacio-nal, “tendo a rápida interven-ção dos envolvidos prevenido que o foco tomasse proporções maiores”. O incêndio acabou extinto pelos Bombeiros Vol-untários de São Pedro da Cova.

Polícia Judiciária

deteve 76 incendiários

em oito meses

viseu

reuniões

Incendiários detidos

Dois homens, ambos de 21 anos, foram detidos pelo Co-mando Territorial do Porto da

Guarda Nacional Republicana, através do Posto Territorial de Paços de Sousa, pela prática

do crime de incêndio florestal, no concelho de Penafiel. A de-tenção ocorreu a 18 de julho.

(7)

N

a segunda se-mana do mês de agosto o INEM trans-portou 1.984 utentes com sintomas compatíveis de in-feção por SARS-CoV-2, mais 130 transportes que na sema-na anterior. Os meios afetos à área da Delegação Regional do Norte (DRN) efetuaram 791 transportes, os da Delegação Regional do Sul (DRS) 688. Na Delegação Regional do Centro (DRC) foram transportados 414 utentes e na Delegação Regional do Sul - Algarve, 91. Desde o dia 1 de março foram transportados 34.717 utentes com suspeita de infeção com o novo coronavírus. A definição de caso suspeito de COVID-19 é, entre outros e

O

presidente da A s s o c i a ç ã o Nacional de B o m b e i r o s Profissionais classificou de “grave” a atual situação cri-ada pelo COVID19, e

consid-O

s surtos de CO-VID19 existentes na Região de Lisboa ficaram a dever-se mais à coabitação e convívio do que à partilha de transporte fer-roviário.

O anúncio, feito pelo Pres-idente da República, ocorreu a 8 de julho, depois de uma reunião no INFARMED, com

O diretor-geral da Organiza-ção Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou, a 9 de julho, que a pandemia da Covid-19 «conti-nua a acelerar», que «o vírus não está controlado», e que «está a ficar pior». Em causa está a duplicação de casos “nas últimas seis semanas”, depois do relato de “mais de 11,8 milhões de casos e mais

A

Rede Nacio-nal de Pos-tos de Vigia foi reforçada com 153 pos-tos, na rede secundária, desde o dia 29 de junho. Juntaram-se, assim, aos 77 da rede primária, que estavam em funcionamento desde o dia 7 de maio e até 6 de novembro.

Até o dia 15 de outubro vão estar ativos 230 postos

de acordo com as normas em vigor¸ qualquer situação de falta de ar (dispneia) triada pelos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU).

As equipas de recolha de colheitas de material biológi-co para análise à COVID-19 do INEM realizaram entre os dias 3 e 9 de agosto 147 col-heitas. Houve uma diminu-ição de 94 colheitas efetua-das por estas equipas neste período em comparação com a semana anterior. Estas equi-pas são constituídas por dois enfermeiros(as) que efetuam a recolha de material biológico no local onde se encontram os utentes, reduzindo as desloca-ções e, consequentemente, a possibilidade de novos con-tágios. Trabalham em colabo-ração com as Autoridades de

erou que “não há bombeiros disponíveis para garantirem substituições de quarentena”.

Assim a reação de Fernan-do Curto, recolhida no dia 29 de junho, à situação vivida nos bombeiros voluntários de Queluz. Catorze efetivos,

especialistas, governantes e representantes políticos.

De acordo com o Presi-dente Marcelo Rebelo de Sousa, a situação em Lisboa e Vale do Tejo “mereceu at-enção especial” e que os es-pecialistas salientaram que a coabitação é o fator “mais importante” para explicar os surtos surgidos, logo seguido pela “convivência social”.

de 554 mil vítimas mortais”. As informações foram di-vulgadas pelo jornal ‘The Guardian’.

O responsável considera que os governos a nível mundial ain-da não sabem como gerir a crise de saúde pública da melhor for-ma, o que contribui para que a epidemia «continue a acelerar». Para o diretor da OMS, esta situ-ação, expõe, simultaneamente

O estudo apresentado nesta reunião, sobre a re-lação entre o contágio e a utilização de transportes públicos, o Chefe de Estado salientou que o estudo apre-sentado na sessão “parece demonstrar que não há liga-ção entre o transporte fer-roviário, as linhas no quadro desta região e o surto pan-démico”.

as desigualdades sociais e tam-bém nos sistemas de saúde.

«O vírus explorou todas as desigualdades presentes nos nossos sistemas de saúde, bem como nas nossas sociedades, ampliando e aprofundando as diferenças entre nós», disse o diretor geral da OMS, acres-centando que a pandemia prejudicou sobretudo as nações mais pobres.

com 920 operacionais, que as-seguram o funcionamento du-rante 24 horas por dia.

A Rede Nacional de Postos de Vigia é coordenada pela Guarda Nacional Republicana e integra o Dispositivo Espe-cial de Combate a Incêndios Rurais, 2020.

O incêndio mais grave até agora registado foi em Oleiros, distrito de Castelo Branco. O incêndio, que durou três dias, consumiu 6000 hectares.

Saúde e são ativadas através da Sala de Situação Nacional do INEM, que se encontra a trabalhar desde o início de março e a acompanhar e coor-denar a atividade do INEM na resposta à COVID19.

No dia 9 de agosto não ha-via registo de qualquer trab-alhador ou colaborador diag-nosticado com COVID19. A 9 de agosto havia seis profis-sionais em isolamento profi-lático e 14 sob vigilância da Comissão de Controlo de In-feção e Resistência aos Anti-microbianos do INEM.

O INEM recorda que o novo coronavírus continua a circu-lar e que depende de cada um de nós travar esta pandemia. Seguir as recomendações da Direção-Geral da Saúde é fun-damental.

entre os quais o comandante, acusaram positivo a COVID19, no fim-de-semana de 27 e 28 de junho.

A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Queluz conta, no seu quadro de efetivos, com 120 elementos.

COVID19 nos Bombeiros:

“situação grave”,diz ANBP

Estudo não estabelece

relação entre transporte

ferroviários e surto

de COVID19

OMS alerta para

agravamento do

COVID19 no mundo

Rede de Postos

de vigia reforçada

Bombeiros de

Coimbra reforçados

Dez corpos de bombeiros do distrito de Coimbra foram re-forçados no início de julho, com 54 novos operacionais. Os es-tagiários concluíram em junho as provas de ingresso na carreira de bombeiros voluntários e estão aptos a integrar o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) deste ano.

Há dois cães da raça Pas-tor Belga, Malianois, que já detetam urina de infetados com COVID19. É o primeiro resultado de uma investiga-ção portuguesa cujas con-clusões só chegarão dentro de cinco meses, altura em que os dados recolhidos pe-los cientistas serão valida-dos e publicavalida-dos em revista científica.

O estudo, designado de “K9s4COVID” é da respon-sabilidade do Centro de

In-vestigação do Centro de Química da Universidade da Madeira e do Grupo de trab-alho Mondioring, em parceria com o Serviço de Saúde da Região Autónoma (Sesaram).

De acordo com o jornal Correio da Manhã do dia 24 de junho, o grupo de cientis-tas adianta que existem dois cães na Madeira capazes de distinguir as urinas de doen-tes infetados com coronavírus daquela que é produzida por pessoas saudáveis.

Estudo português:

cães podem detetar

COVID19

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) realizou entre 3 e 9 de agosto

1.984 transporte de utentes com suspeita de infeção por SARS-CoV-2 e recolheu 147

amostras biológicas para análise à COVID19.

COVID19: INEM efetua

1.984 transportes de

casos suspeitos e recolhe

147 amostras biológicas

Integravam uma equipa do Grupo de Intervenção, Proteção e Socorro da GNR e combatiam o fogo florestal que deflagrou no dia 28 de agosto, pelas 16h45, em Padornelos, Cabeceiras de Basto.

Os cinco militares sofreram queimaduras e foram levados

de helicóptero para o Centro de Meios Aéreos de Fafe. Três sofreram ferimentos graves e, destes, dois foram para o Hospital de S. João, Porto, e o outro para o Hospital de Gaia.

Os dois militares que sofre-ram ferimentos ligeiros fosofre-ram hospitalizados em Guimarães.

Cinco militares da GNR

ficaram queimados

durante combate a

incêndio em

Cabeceiras de Basto

O Governo aprovou, no dia 27 de agosto, o fim do fa-tor de sustentabilidade para trabalhadores dos regimes especiais. A medida abrange profissões de desgaste rápi-do, onde se incluem os bom-beiros, e também os mineiros e bailarinos profissionais, por exemplo.

Em causa estão os regimes especiais de acesso à pensão. Ou seja, algumas profissões que tinham acesso às pen-sões antes da idade geral, eram penalizados pelo fator de sustentabilidade e viam ser reduzido o valor da re-forma.

De acordo com Governo, a eliminação do fator de sus-tentabilidade no acesso à reforma por parte dos trab-alhadores destes regimes

es-peciais vai aplicar-se a todos os pedidos de entrada na re-forma efetuados em 2020.

A idade de acesso à pen-são está atualmente fixada nos 66 anos e cinco meses, sendo mais baixa para os tra-balhadores dos regimes espe-ciais, aos quais não é aplica-do o corte de 0,5% por cada mês de diferença face à idade legal da reforma, o mesmo não acontecendo em relação ao fator de sustentabilidade, que agora este diploma vem eliminar.

A medida estava previs-ta desde 2019 e tinha sido uma das ideias defendidas pela Associação Nacional de Bombeiros Profissionais e do Sindicato de Bombeiros Pro-fissionais e evidenciadas nas manifestações de classe.

Governo aprova

fim do fator de

sustentabilidade para

regimes especiais

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