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Academic year: 2021

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Invalidade dos Contratos (Negócios Jurídicos).

Artigo 104 CC – Requisitos de Existência e Validade dos nj.

O nj pode ser analisado em três planos diferentes: Plano da existência, Plano da validade, Plano da eficácia. Uma coisa é analisar se o ato jurídico existe ou não existe, outra coisa é se o ato é válido ou in válido, e se o ato é eficaz ou ineficaz. Não será analisada a eficácia do ato, mas se o ato existe e é válido, ele será também eficaz; só será excepcionalmente ineficaz se ocorrer uma condição, termo ou encargo, que não discutiremos. Ficaremos no plano da existência e da validade.

No Plano de existência, colocaremos os elementos necessários para que o ato exista. No Plano de validade, colocaremos os elementos para que o ato seja válido.

O contrato, o nj tem elementos que lhes são estruturais, essenciais. Se faltar qualquer elemento essencial, nós sequer podemos cogitar que o ato existe; por exemplo: quem assinou o contrato? Ninguém!!! Tem sentido isso? Claro que não, pois para o ato existir tem que haver o agente que o pratica e esse agente é um elemento essencial do ato jurídico. Não existe nj sem que exista um agente que pratique o ato. Para que tenha um ato jurídico obrigatoriamente deve ter atuação humana.

Uma criança de 10 anos de idade pode ser dona de um apartamento pois nasceu com vida, adquiriu personalidade jurídica, adquiriu aptidão para ter direitos e deveres e portanto pode ser dona de um apartamento. Mas ela não pode vender sozinha, pois não tem capacidade de fato, mas pode praticar o ato representada ou assistida pois, apesar de ter capacidade de direito, não a tem de fato. Ela é tratada por incapaz e não poderá vender o apartamento sem representação ou assistência.

Mas ela vendeu o imóvel, mesmo assim, sem autorização do pai, essa venda é válida ou inválida? É inválida! Para ser válida o agente tem que ser capaz.

Portanto, se o agente incapaz pratica o ato sem representação ou assistência, o ato é inválido. O ato existe, porém é inválido pois o agente tem que ser capaz.

Os elementos de validade SEMPRE serão adjetivações dos elementos de existência. Para o ato existir tem que ter o agente, mas para ser válido o agente tem que ser capaz.

No artigo 104, apesar da lei se referir apenas aos elementos de validade há também os elementos de existência, pois quando ele se refere aos elementos de validade posso abstrair tanto os elementos de existência quanto os de validade pois estes adjetivam aqueles.

A validade do ato jurídico requer:

I. Agente capaz. Elemento de existência = ter o agente. Elemento de validade = o agente ser capaz. II. Objeto.

O contrato não pode versar sobre nada, pois não tem sentido. Para ser válido, o objeto tem que ser lícito, possível, determinado ou determinável.

Se eu vendo droga, existe um ato jurídico? Existe, pois tem objeto que é comprar e venda de droga. Mas esse ato é válido ou inválido? É inválido pois o objeto é ilícito.

III. Forma.

O ato tem que ter uma forma, nem que seja livre, por exemplo, forma verbal. E para que seja válido a forma deve ser prescrita ou não defesa em lei. Se vendo um apartamento através de um recibo assinado por duas testemunhas, essa venda existe pois teve uma forma que é o recibo assinado por duas testemunhas, mas a venda não é válida porque o artigo 107 do CC diz que a validade do ato jurídico requer forma especial quando a lei exigir e o artigo 108 diz que venda de bens imóveis com valor acima de 30 salários mínimos tem que ser por escritura pública e não pode ser por recibo subscrito por duas testemunhas.

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Portanto, os três elementos de existência são: agente, objeto e forma. Mas, podemos colocar um quarto elemento unanimemente aceito pela doutrina e não está no 104.

Se eu chegar com uma arma apontada para a cabeça de alguém falando que esse alguém tem que assinar o contrato se não eu te mato, ele não quer assinar mas vai assinar porque tem uma arma apontada para sua cabeça. Esse ato é inválido, ou seja, mesmo sendo agentes capazes, o objeto sendo lícito e a forma prescrita ou não defesa em lei. Ele é inválido porque houve coação.

Completaremos os requisitos de validade, analisando os defeitos do nj.

Defeitos no nj são vícios que tornam o ato inválido. São dois os tipos de defeitos que tornam inválidos o nj: Os vícios de vontade e vício social.

Vícios da vontade ou do consentimento: a minha vontade está viciada. No exemplo anterior é a coação.

Os vícios da vontade são o Erro, Dolo, Coação, Lesão e Estado de Perigo. Vício Social: a minha vontade é perfeita.

Eu faço o que quero, porque quero, sei o que faço, ninguém me engana, ninguém me lesa, mas eu pratico o ato com um único propósito que é enganar as pessoas. A sociedade não pode aceitar como válido, ato para enganar as pessoas. Caio Mário chamou esse vício de vício social.

O único caso de vício social é a Fraude contra credores.

Por exemplo, tenho um patrimônio, mas devo dinheiro na praça e tenho dinheiro para pagar, mas vou doar todo o meu patrimônio para a minha mãe para ficar sem nada pois se vierem me cobrar não terão como receber e eu vou continuar usando e fruindo de todos os bens só que são da minha mãe, agora. Eu sei o que fiz e fiz para enganar os credores. Temos que tomar cuidado, pois Simulação era um vício social no Código Civil de 1916 e agora não é mais defeito do negócio jurídico e sim uma causa autônoma de nulidade, porque em havendo qualquer defeito no nj, o ato é inválido. Só que temos dois tipos de invalidade.

Se o ato tem uma invalidade mais grave, digo que o ato é nulo. Se ato tem uma invalidade menos grave, digo que o ato é anulável.

A diferença entre ato nulo e anulável é que O ATO NULO É NULO E O ATO ANULÁVEL É ANULÁVEL. É ISSO MESMO!!!!

Nós, de bobeira, nos enrolamos na hora de diferenciar ato nulo de ato anulável. É a coisa mais ridícula do mundo e não há razão para errar. É a coisa mais fácil do mundo. A diferença de ato nulo para anulável é que o ato nulo é nulo e o ato anulável é anulável. E isso não é brincadeira. É muito sério.

É só olharmos as palavras para perceber a diferença, ou seja, o ato nulo É NULO e não se discute. O ato anulável NÃO É NULO, é anulável, ou seja ele está esperando alguém pedir para o juiz anular. E ainda há um tempo para pedir para o juiz anular. Se não pedir no tempo que a lei dá, convalece e torna-se válido. Olha como fica fácil:

O juiz pode declarar de ofício o ato nulo pois ele é nulo.

O juiz não pode declarar de ofício o ato anulável porque ele não é nulo, é anulável, ou seja, está esperando alguém pedir para anular.

O ato inválido convalesce pois se eu não pedir no tempo que a lei manda para anular, ele se torna válido. O ato nulo não convalesce pois daqui a 50 anos ele pode ser declarado nulo de ofício pelo juiz.

Numa definição mais técnica:

O ato nulo é inválido, não convalesce com o decurso do tempo e o juiz pode declarar de ofício.

O anulável é aquele ato que é inválido, mas exige requerimento da parte num determinado prazo, sob pena de convalescer.

Quando tem um defeito no nj, a lei diz que o ato é inválido. Mas é nulo ou anulável? É anulável, em razão de Erro, Dolo, Coação, Estado de Perigo e Fraude Contra Credores. A simulação era um defeito do negócio jurídico que tornava o ato anulável, no CC de 1916. Hoje, no artigo 167 do CC, o ato simulado é nulo, mas

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subsiste o que se dissimulou, se válido for na substância, a forma. Então o CC diz que o ato simulado é nulo e portanto não pode mais ser defeito de nj, pois defeito de nj torna o ato anulável.

Artigo 138 fala de Erro. Artigo 145 começa o Dolo; artigo 151 fala de Coação; artigo 156 fala de Estado de Perigo; artigo 157 fala de lesão e 158 fala de fraude contra credores. Não fala mais de simulação pois agora é uma causa autônoma de nulidade.

Então, temos os defeitos do nj e o ato simulado gerando um ato inválido e portanto anulável; e a simulação gerando um ato nulo.

Então, para um ato ser válido, não basta ter um agente capaz, um objeto lícito, possível, determinado ou determinável e forma prescrita ou não defesa em lei. Também é necessário que não hajam vícios jurídicos (erro, dolo, coação, lesão, estado de perigo e nem fraude contra credores) e nem simulação.

O que é CAUSA, como elemento de existência do ato jurídico?

O CC elenca os 3 elementos de existência que são AGENTE, OBJETO E FORMA. A doutrina aceita unanememente um quarto elemento que é a VONTADE.

Para o ato existir tem que ter uma vontade e para existir a vontade, essa tem que ser livre e sem vícios. É nesse elemento vontade que vamos colocar os vícios da vontade (erro, dolo, coação, lesão, estado de perigo).

Só que o ato também é inválido quando tem fraude contra credores e simulação, que são os vícios sociais (anulável na fraude e nulo na simulação).

Como eu fundamento a invalidade do ato jurídico com base no vício social se não tenho um elemento de existência correspondente?

Para os vícios da vontade, tenho os elementos de existência correspondentes. A vontade é um elemento de existência. Violou a vontade é vício social.

Como vou justificar que é inválido o ato de fraude contra credores e simulação, se não tenho o elemento de existência correspondente?

Por isso, a doutrina italiana trabalha a CAUSA como elemento de existência do ato jurídico. Não é unânimemente aceita pela doutrina pátria.

CAUSA é um motivo jurídico determinante. Porque se vende um bem?

O motivo econômico seria para gastar o dinheiro na Europa?

O motivo jurídico seria: vendo um bem para receber o preço dele. Portanto, a causa é o motivo juridicamente determinante para que se pratique um ato jurídico.

Na fraude contra credores a causa para eu doar os meus bens para a minha mãe não foi liberalidade, mas foi para fraudar credores. A minha causa não é verdadeira, ela é falsa.

Para ao to ser válido, a causa tem que lícita e verdadeira, o que não foi na fraude contra credores.

Na simulação eu quero doar um bem par a minha amante e vou simular uma compra e venda. A causa não foi receber o preço, mas simular, esconder uma doação. A doação não é lícita e nem verdadeira e por isso tornou o ato inválido.

Então, numa teoria geral, só consigo justificar um contrato ser inválido por simulação e por fraude contra credores, se eu criar um quinto elemento, a causa. Isso tem sido trabalhado na doutrina italiana e muitos autores não a admitem aqui no Brasil.

Quais são os efeitos produzidos por uma sentença declaratória de nulidade e uma ação anulatória?

Se perguntarmos quais são os efeitos de uma sentença de invalidade do ato jurídico, podemos responder que depende.

Se a sentença declarar o ato nulo, a sentença retroage mata tudo o que foi feito anteriormente a ela. E a sentença anulável só produz efeitos para a frente e não retroage. Esse é um entendimento tradicional que não subsiste mais. Hoje o entendimento é outro.

Por que existe esse entendimento tradicional?

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Se o ato é nulo o juiz pode declarar de ofício. Se o ato é anulável ele não pode declarar de ofício por alguém tem de pedir a sua anulação.

Mas, o juiz também, a requerimento, pode declarar um ato como sendo nulo. Na anulabilidade, exige-se o requerimento, então, eu peço a anulação e o juiz anula o ato.

A nulidade ou anulabilidade é pedida através de uma ação. Embora não precise, o nome da ação para tornar um ato nulo é Ação Declaratória de Nulidade.

Se o ato é anulável, a ação a ser proposta é uma Ação Anulatória. A diferença de nomes não é só uma diferença de nomenclatura. O nome da ação é importante porque demonstra a diferença da natureza da ação.

A ação de conhecimento pode ser de três tipos: Condenatória, Constitutiva e Declaratória.

Ação Condenatória: eu peço para o juiz condenar alguém a fazer algo. Me pagar 10 mil Reais. Se não me pagar por bem, tendo por base o processo sincrético, entramos numa segunda fase que é a execução. Ação Constitutiva: não peço para o juiz condenar alguém a nada. Peço para o juiz constituir ou desconstituir uma situação. O réu vai ter que aceitar. Por exemplo, Excelência, fui coagido e por favor anule o contrato. Provada a coação, o juiz anula. O réu não precisa e nem tem de fazer nada. Só tem que aceitar.

Ação Declaratória: não peço para o juiz constituir e nem desconstituir nada. Peço para o juiz declarar uma coisa que já é assim. E o juiz declara. Embora haja uma certa divergência, uma ação de interdição. Por exemplo, excelência, o meu pai é louco, interdite-o por favor. O meu pai não se torna louco depois que o juiz o declara louco. Ele já era louco e o juiz declara uma situação pré existente.

Então vamos diferencia a ação constitutiva da ação declaratória. Vamos deixar a condenatória de lado. Se o juiz dá uma sentença constitutiva, ele constitui uma situação que vale para a frente. Se a ação é declaratória, ele declara uma coisa que já existe.

Quando falamos que no ato nulo a ação é uma ação declaratória de nulidade, dizemos que se o ato é nulo, a ação é declaratória.

Quando falamos que no ato anulável a ação é uma ação anulatória, estou dizendo que a ação é constitutiva. Saber que o nome da ação é ação declaratória de nulidade ou ação anulatória, é sinalizar qual é a natureza da ação. Se o ato é nulo é uma ação declaratória; se o ato é anulável, é uma ação constitutiva.

Reflexo disso:

Se o ato é nulo, ajuízo uma ação declaratória e o juiz vai me dar uma sentença declaratória. O ato é nulo a partir do momento que o juiz diz ou já é nulo desde o início e o juiz declara algo pré existente? Ele declara algo pré existente.

A doutrina tradicional diz que se o juiz declara a nulidade, a sentença retroage à data da celebração do contrato para matar não só daqui pra frente mas principalmente para matar o que ficou para trás. Efeito ex tunc.

Se o ato é anulável, a sentença é constitutiva. O juiz não declara algo pré existente, ele constitui uma invalidade. Portanto, a doutrina tradicional diz que o efeito é retroativo e só vale dalí para a frente e o que ficou para trás é válido e não é desfeito. Efeito ex nunc.

Esses efeitos, dados pela doutrina tradicional, são baseados na natureza da ação que ajuizamos.

Um cara chamado apenas Pontes de Miranda, há tempos atrás falou: isso não pode ser assim. Esse entendimento do nulo retroagir e do anulável não retroagir é um entendimento esdrúxulo.

Nos termos do artigo 166, I e 171, I, se sou absolutamente incapaz e atuo sem representante o meu ato é nulo. Se sou relativamente incapaz e atuo sem assistente, o ato é anulável.

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Imaginemos alguém com 15 anos de idade que compre o meu apartamento e eu exijo um sinal de 20 mil Reais. O pai fica sabendo e pede a declaração de nulidade do ato do filho. O juiz declara o ato nulo e desfaz-se tudo o que foi feito. O sinal é devolvido e o apartamento é devolvido. Isso é razoável.

Imaginemos, agora, alguém com 17 anos de idade, na mesma situação, compra o meu apartamento e me paga 20 mil de sinal. O pai ajuíza uma ação anulatória e o juiz anula o ato do relativamente incapaz sem assistente.

Pela doutrina tradicional, se entendermos que a ação anulatória só produz efeitos para a frente, aceitamos como válido todo o ato praticado lá atrás, ou seja, eu não tenho que devolver o sinal de 20 mil Reais pois não tenho que desfazer o que foi feito antes. Isso tem sentido? O juiz anula a compra e venda, ele me devolve o apartamento e eu não tenho que devolver os 20 mil de sinal? E mais, se ele devolver o apartamento ele estará desfazendo o que foi feito antes. E sendo assim, eu tenho que devolver os 20 mil.

Pontes de Miranda fala que invalidade o ato é desfazer o ato.

Num jogo de futebol, zero a zero, o time A faz um gol e o juiz invalida o gol. Volta a ficar zero a zero. Se o juiz invalida o ato jurídico, volta a ser o que era antes, tanto o nulo quanto o anulável. Tem que ser desfeito o ato, inclusive quando a sentença for anulatória.

Mas a doutrina tradicional diz que isso é impossível pois a sentença constitui uma situação. Vem Pontes de Miranda e diz que realmente, pela natureza da ação, o efeito de uma ação constitutiva não retroage, porém, se tiver um artigo de lei dizendo que mesmo quando o juiz anula, o efeito retroage e mata tudo para trás. É o caso do artigo 182 do CC, que diz o seguinte: “anulado o negócio jurídico, restituir-se-ão as partes ao estado em que antes do negócio se achavam”, ou seja, desfaz-se tudo.

Então mesmo quando o ato é anulável ele retroage e mata tudo. Não pela natureza da ação mas por ordem de lei.

DIZER QUE O EFEITO DO ATO ANULÁVEL É EX NUNC NÃO EXPLICA O ARTIGO 182.

Então, tanto o ato nulo quanto o ato anulável, seu efeito é ex tunc, ou seja retroativo. Afinal de contas, invalidar é desfazer. Ato inválido não pode produzir efeitos, nem o nulo e nem o anulável. A diferença é que o anulável eu tenho de pedir para anular. O ato anulável convalesce o nulo não convalesce. Mas uma vez determinada a invalidade, retroage e mata tudo, tanto o ato nulo quanto o anulável.

Esse é o entendimento moderno. É possível salvar um ato nulo?

É importante perceber que o ato nulo morreu e o ato anulável está na UTI, porque o ato anulável é inválido mas dá para salvar. O próprio tempo salva, pois se não pedir para o juiz no tempo certo, ele convalesce, o próprio representante, assistente pode ratificar o ato. Portanto, pode ser salvo.

O nulo não tem salvação. Nulo o juiz não salva, artigo 168; nulo o tempo não salva, artigo 169; nulo, representante não salva, não pode ser nem confirmado e nem ratificado, artigo, 169. Então, parece que o nulo morreu. Mas tem apenas um caso que dá para salvá-lo.

O ato nulo não pode ser confirmado e nem convalesce mas pode ser convertido. É a conversão substancial do ato.

Pratico um ato que é nulo. Desfaz-se tudo. Só que as vezes é complicado desfazer tudo e talvez agente consiga transformar esse ato num outro ato que atinge a mesma finalidade e torne-se válido.

Se, quero comprar o seu apartamento, tenho duas forma de fazer isso. Celebrando com você um contrato de compra e venda, onde eu te dou o preço e você me dá a escritura pública que eu registro e viro dono. É difícil ter todo o dinheiro para comprar a vista. Posso celebrar com você um contrato de promessa de compra e venda, que é um pré contrato onde assumo a obrigação de celebrar um contrato definitivo. É o caso de compra de apartamento na planta. Enquanto está sendo construído eu vou pagando e quando acaba a construção recebo a escritura pública que registro no cartório e viro dono.

Artigo 462 CC diz que o pré contrato deve ter todos os elementos essenciais, exceto a forma. As partes são as mesma, o objeto é o mesmo mas a forma não precisa ser a mesma. Quem compra em construção na promessa de compra e venda pode celebrar por instrumento particular. Vamos imaginar que eu comprei de você um apartamento por instrumento particular. Esse ato é nulo. Mas mesmo assim o cartório registra.

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Paguei IPTU, paguei itbi, paguei o preço, reformei todo o apartamento. Passam-se 6 meses vou para outra cidade a trabalho e eu alugo o apartamento. O juiz declara o ato nulo. Tem que desfazer tudo o que já fiz? Não. O ato pode ser salvo tratando o contrato de compra e venda como se fosse uma promessa de compra e venda. O negócio torna-se válido porque a promessa de compra e venda pode ser feita por instrumento particular.

Então, o ato nulo não pode ser convalidado e nem confirmado, mas pode ser transformado. É a chamada conversão substancial do ato jurídico nulo previsto no artigo 170 do CC.

Referências

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