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Direitos Humanos e Gerao Da Paz Fascculo 9

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Academic year: 2021

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Ser: direito de

Ser: direito de

todos e de cada um

todos e de cada um

Maria Aládia Brandão Silveira Guilherme Maria Aládia Brandão Silveira Guilherme Maria Socorro Brandão Everton

Maria Socorro Brandão Everton

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Ser: direito de todos e de cada um

Aprendendo a conviver com as diferenças  Maria Aládia Brandão Silveira Guilherme

 Maria Socorro Brandão Everton

Neste ascículo daremos continuidade enatizando os direitos undamentais da criança, do adolescente, da mulher, do idoso, das pessoas com deciência e dos povos indígenas.

Objetivos:

• Conhecer as políticas públicas, legislações pertinentes e documentos ociais

des-tinados a promover e a garantir o respeito à diversidade e o desenvolvimento de uma cultura de paz e cidadania;

• Reconhecer ações undamentadas em princípios de convivência, com vista à

construção de uma sociedade livre de preconceitos e qualquer tipo de violência, pela via de processos participativos e democráticos;

• Refetir sobre a responsabilidade de cada indivíduo na promoção da paz por meio

do exercício do respeito às dierenças e na luta pela igualdade dos direitos humanos.  Vamos retomar uma questão já levantada em ascículos anteriores: haverá paz sem respeito ao outro, às dierenças, sem eetivação da dignidade humana, sem solidariedade e raternidade entre homens e mulheres? Acreditamos que não! Mas como superar essa “crise ameaçadora” da vida e da pessoa humana?

 A resposta pode estar nas sempre atuais palavras de Martin Luther King Jr.: “Por intermédio da educação, procuraremos mudar mentalidades. [...] procuraremos mu-dar sentimentos internos. Entende-se por sentimentos internos o amor, o preconcei-to, o ódio...” Essa refexão auxilia na compreensão de que o caminho da paz não se az sem uma educação pautada no desenvolvimento umnilateral do homem, expressa no Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. Art. 13, § 1:

A educação deve orientar-se para o pleno desenvolvimento da personali-dade humana e do sentido de sua dignipersonali-dade, e deve fortalecer o respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais.

O desao está em aprender a pensar com liberdade e nos convencer do direito que temos de pensar de orma dierente; mas que esse direito não nos autoriza a desprezar quem pensa dierente de nós. O valioso estará nessa dierença que nos ortalece, complementa e enriquece como sociedade e como povo.

O uturo é agora! Não esperemos o amanhã! Entendamos a solicitação de uma nova postura. Comece agora a ser, a azer e a comprometer-se com a convocação da

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hora presente. Se a violação aos direitos humanos nos oprime, amarra e desumaniza, temos uma orma de vencê-la: tornando-a conhecimento, experiência, refexão e ação. Não podemos dedicar uma etapa à refexão e outra à ação, uma a conhecer os Direitos Humanos e outra a deendê-los, tudo tem que ser simultâneo. E este tempo nos espera.

Envelhecer com dignidade

Olha estas velhas árvores, mais belas Do que as árvores moças, mais amigas, Tanto mais belas quanto mais antigas,  Vencedoras da idade e das procelas(...) Não choremos amigo, a mocidade!  Envelheçamos rindo. Envelheçamos Como as árvores ortes envelhecem(...)

A velhice

Olavo Bilac

O poema “A velhice” ilustra o sentimento que devemos ter em relação ao nos-so envelhecer. Todos, se tivermos nos-sorte, envelheceremos. Crescemos para ver a vida se desdobrar em seu período de maturidade, onde desrutaremos das experiências acumuladas e dos sonhos construídos.

No livro A Velhice,Simone de Beauvoir anuncia que é preciso considerar a própria

 velhice como a época privilegiada da existência, pois ela traz experiência, sabedoria e paz. A velhice deixaria “aberta ao indivíduo uma ampla gama de possibilidades” e que se

assim compreendida, “a vida humana não conheceria declínio.”(Beauvoir ,1990, p. 56).

Loureiro (1998, p. 21) completa: a velhice “é apenas uma ase dierente da existência, mas ainda vida”, que pode e deve ser bem vivida.

Não dierente das outras, essa ase da vida tem suas delícias e suas dores. Ser idoso signica sentir a maravilha de toda uma vida compartilhada com a amília e os ami-gos, a sabedoria das muitas experiências vividas. Mas ser idoso também pode ser um desao diante das injustiças.

 Assim, ser velho é lutar para continuar sendo homem. Continuar sendo homem de direitos, cida-dão. Lutar contra o preconceito contra a exclusão dos idosos numa sociedade que, inevitavelmente, privile-gia o jovem e o novo, considerando, muitas vezes o idoso como um indivíduo “inútil” e “raco”, desqua-licado para compor a orça de trabalho. (Chauí apud

Bosi, 2001). Na nossa sociedade, ser velho signica na maioria das vezes estar excluído de vários lugares

Pensar o cidadão enquanto ser omnilateral é concebê-lo como sujeito de direitos e deveres, construtor de sua história(...).LÚCIO, Antônio Barbosa. A educação no siste-ma capitalista e o homem omnilateral

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sociais. Beauvoir (1990) nos convida a romper o silêncio opressor que opera na ve-lhice, dando vez e voz àqueles que oram silenciados por tanto tempo.

DIGNIDADE FELICIDADE ATIVIDADE VITALIDADE QUALIDADE RESPEITABILIDADE

A pessoa idosa tem direitos que devem ser por todos observados, pois, um dia, esses direitos pertencerão àqueles a quem a vida brindar com a LONGEVIDADE.

 A longevidade do homem é uma realidade incontestável. A cada nova

época prolonga-se o tempo da existência. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil tem 18 milhões de pessoas com mais de 60 anos, representando 10% da população. A expectativa é que até 2025 sejam mais de 30 milhões. As projeções demográcas indicam que o Brasil ocupará o 6º lugar noranking mundial, com o maior número de pessoas idosas. Apesar

do aumento da expectativa de vida, no Brasil, ainda é evidente o descaso, o preconceito e a diculdade no acesso a serviços primários, causando sori-mento àqueles que rumam a nova ase da vida: a terceira idade.

Você sabia?

• No Brasil, idoso é uma pessoa com idade igual ou superior a sessenta

anos, e tem vários beneícios e proteções pela lei.

• Ser idoso não é sinônimo de doença ou limitação. A pessoa com mais de

sessenta anos pode produzir, ter uma vida ativa e um papel central na amília.

• O idoso pode participar de atividades prazerosas: como dançar,

com-partilhar o seu tempo com os amigos, a amília e namorar, já que idade não é sinônimo de mau humor, impotência ou incapacidade.

Conheça alguns dos direitos garantidos por lei e que possibilitam a todos os idosos usuruir melhor desta ase tão importante da vida, a “melhor idade”:

Constituição Federal: artigo 230

O artigo 3º, inciso IV, da Constituição Federal/88, prevê, como objetivo un-damental da República, promover o bem de todos, sem preconceito ou dis-criminação em razão da idade do cidadão. Isso signica que o idoso tem seu espaço no diploma máximo do Direito Brasileiro! O artigo 230 esclarece: “A  amília, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegu-rando sua participação na comunidade, deendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida”.

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Política Nacional do Idoso: Lei nº 8.842/94

 Estabelece as ações governamentais gerais e especícas, tendo como principal objetivo assegurar os direitos sociais do idoso, bem como criar condições para promover sua integração e participação na comunidade, conerindo-lhes os mecanismos necessários para a inclusão social atra- vés da saúde, esportes, lazer, educação, habitação, trabalho e prioridade

nos atendimentos.

Estatuto do Idoso: Lei nº 10.741/03

Regula os direitos assegurados às pessoas com sessenta anos ou mais. Se destaca por garantir os direitos undamentais do idoso, em condi-ções de igualdade, liberdade e dignidade com os outros, como garante o artigo 4º: “Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligên-cia, discriminação, violênnegligên-cia, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na orma da lei.”

Se a legislação vigente estabelece a garantia desses direitos, quem são os responsáveis pela eetivação dos mesmos?

Estado Família Sociedade Idoso

Tem o dever de garantir políticas

públicas para o atendimento pleno

do idoso.

Deve acolher o idoso em seu núcleo, de modo

a possibilitar uma vida digna, com respeito e

afeto.

Tem a obrigação de incluí-lo nas suas atividades, como uma pessoa útil; sem discriminação, respeitando suas limitações e valorizando suas experiências.

Deve conhecer seus direitos e exigi-los sempre

que violados.

 A legislação, por si só, não é suciente. Para concretizar e azer cumprir as determinações é necessária uma ação coletiva. As conquistas só serão plenamente alcançadas se contarmos com participação de todos os cidadãos, inclusive da própria pessoa idosa que tanto contribui para o exercício da cidadania e que tem o direito de  viver em condições de respeito, igualdade e dignidade.

Quem hoje não vê ou não se importa com o descaso, a violência, o abandono com os quais são tratados nossos idosos, amanhã será velho e terá, provavelmente, o mesmo tratamento. O idoso já oi criança e a criança será idosa. Respeitar os direitos do idoso é respeitar a si mesmo! Pense nisso!

Inclusão social da pessoa com defciência. Haverá paz sem inclusão?

Retomemos o Art. 1º da Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948): “Todos os

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e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de raternidade”.

Ora , somos iguais, somos irmãos, pertencemos à mesma amília: a humanidade!

Independentemente das dierenças, temos os mesmos direitos.

O conceito de “deciência” tem passado por inúmeras denições, muitas vezes inadequadas, reorçando o preconceito, a segregação e a discriminação.“  A

terminolo-gia correta é especialmente importante quando abordamos assuntos tradicionalmente eivados de preconceitos, estigmas e estereótipos, como é o caso das deciências que, cerca de, 14,5% da população brasileira possuem” (Sassaki, 2002, p. 6)

Conorme o Artigo 3º do Decreto Federal nº 3.298/1999, deficiência é

enten-dida como “todo e qualquer comprometimento que aeta a integridade da pessoa e traz prejuízos na sua locomoção, na coordenação de movimentos, na ala, na com-preensão de inormações, na orientação espacial ou na percepção e contato com as outras pessoas.”

Breve histórico

Na antiguidade, alguns decientes eram exterminados por serem considerados em-pecilhos à sobrevivência do grupo, já que não podiam cooperar com sua orça de trabalho e dependiam de outros para proteção e sustento.

• Lei das XII Tábuas: na Roma antiga, os patriarcas eram autorizados a matar seus lhos defeituosos. O mesmo acontecia em Esparta;

• Hindus: estimulavam o ingresso dos decientes visuais nas funções religiosas; • Atenienses: por influência de Aristóteles, protegiam seus doentes e

de-cientes em sistema semelhante à nossa Previdência Social;

• Idade Média: sob influência do Cristianismo, os senhores feudais ampara-vam os decientes e os doentes em casas de assistência;

• Revolução Francesa até o século XIX: o deciente era encaminha-do para viver em convento ou em hospícios e o ensino era especial; • Século XX: as duas Guerras Mundiais resultaram em um grande contingente de decientes físicos, o que suscitou a formação de

inúmeros movimentos em defesa dos direitos das minorias e o

fortalecimento do conceito de integração das pessoas com

deci-ência à sociedade.

Fonte: Disponível em: www.cut.org.br

 A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, da ONU,

aprovada em 2006 pela Assembleia das Nações Unidas dene em seu  Art. 1º: “Pessoas com deciência são aquelas que têm impedimentos

de longo prazo de natureza ísica, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua parti-cipação plena e eetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas.”

Defciente é aque-le que não conse-gue modifcar sua vida, aceitando as imposições de ou-tras pessoas ou da sociedade em que vive (...). Louco é quem não procura ser feliz com o que possui. Cego é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria (...) Surdo é aquele que não tem tem-po de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão.(...). Mudo é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia. Paralí-tico é quem não consegue andar na direção daque-les que precisam de sua ajuda. (...) http://pensador. uol.com.br

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 A terminologia “deciência” passou por diversas modicações, acompanhan-do as transormações de valores e conceitos de cada época. O termo correto atu-almente é Pessoa com Defciência, utilizado no texto da Convenção Internacional  sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.

No Brasil, a partir de 1980, com a preparação do Ano Internacional das Pessoas com  Deficiência, iniciou-se um processo de participação e ação política mais organizada que

resultou em avanços, como a Carta de Direitos Específicos da Constituição Federalde 1988,

que assegura às pessoas com deciência a proteção ao trabalho, acesso à educação, saú-de, assistência social e acessibilidade. A partir daí outros decretos e legislações oram aprovados, incentivando estados e municípios a adotarem medidas.

Na prática, tem sido dierente. A discriminação, o desrespeito às leis e a diculdade na implantação de políticas públicas são as maiores barreiras enrentadas pelas pessoas com deciência na busca de seus direitos undamentais e universais.

 Apesar desse cenário de resistência por parte de alguns setores da sociedade à inclusão da pessoa com deciência, a luta organizada do seg-mento tem sido responsável por importantes conquistas, como a educa-ção inclusiva como Política de Estado e a Lei de Cotas (Art. 93 da Lei nº 8213/91), que determina a contratação de trabalhadores com deciência nas empresas privadas. Outro avanço oi a raticação pelo Brasil em 2008 da Convenção da ONU sobre Direitos das Pessoas com Deciência.

 Apesar dos avanços no que diz respeito à legislação, a exclusão se refete até hoje em diversos setores da sociedade. A inclusãoé uma

propos-ta, um ideal. Se quisermos que nossa sociedade seja acessível, que todas as pessoas com deciência participem em igualdade de oportunidades, é preciso azer desse ideal uma realidade. A ação de cada um de nós e das instituições, deve ser pensada e executada no sentido de divulgar os di-reitos legalizados e implementar ações que garantam o acesso de todos.

Ora, mudar essa realidade de exclusão de uma hora para outra é impossí- vel. Mas desejar uma sociedade acessível e, se empenhar pela sua construção, é

possível! Já é hora de a sociedade se preparar para lidar com a diversidade humana. É urgente a inclusão e a equidade de oportunidade para todos. Anal, onde houver exclusão, segre-gação ou discriminação não haverá paz. Maria Teresa Egler Mantoan, pesquisadora na área do direito incondicional de todos os alunos à educação escolar, arma que a “inclusão é o privilégio de conviver com as dierenças”.(Fonte: RevistaNova Escola, 2005, p. 24)

ECA: Diploma legal para efetivação dos direitos da criança e do adolescente

Todos os dias milhões de crianças e adolescentes são vítimas de guerra, violência, discriminação, negligência, crueldade e exploração. Em nosso país, essa realidade não é dierente. Nossas crianças e adolescentes, mesmo tendo uma lei especíca

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que garanta seus direitos e deveres, o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA  (Lei 8.069), continuam tendo seus direitos violados: direitos à vida, saúde, dignida-de, convivência amiliar, educação, cultura, esporte e lazer.

O ECA inaugurou, além de um novo marco legal, uma nova orma de olhar para os meninos e meninas brasileiros. A conquista não “caiu do céu”, antes, é ruto de muitas lutas, mobilização e do trabalho persistente de pessoas que acreditam em um mundo melhor para nossas crianças, e consequentemente, para as uturas gerações.

 A orça da lei não mudou a realidade das crianças e adolescentes como num passe de mágica. Mas vale reconhecer os avanços. A partir de 13 de julho de 1990, uma nova ase de garantia de direitos realmente se iniciou. Hoje, continuamos querendo mudanças, sonhando com um país que proteja, de ato, suas crianças e adolescentes.

As crianças e adolescentes sofrem várias formas de violência. Conheça quais são:

Exploração econômica (trabalho Infantil): quando crianças e adolescentes são constrangidos, convencidos ou obrigados a exercer funções e a assumir respon

-sabilidades de adulto.

Negligência: falta de cuidados com a sua proteção e desenvolvimento.

Abandono: ausência da pessoa de quem a criança ou o adolescente está sob

cuidado, guarda, vigilância ou autoridade.

Violência física: uso da força física para machucar de forma intencional, não-acidental. Violência psicológica: conjunto de atitudes, palavras e ações que objetivam

constranger, envergonhar, censurar e pressionar a criança ou o adolescente de modo permanente.

Violência institucional: qualquer manifestação de violência praticada por insti-tuições formais ou por seus representantes.

Omissão institucional: omissão dos órgãos em cumprir as suas atividades de

assegurar sua proteção e defesa.

Violência sexual: violação dos direitos sexuais, no sentido de abusar ou

explo-rar do corpo e da sexualidade de crianças e adolescentes.

Fonte: portal.mj.gov.br

 Acreditando que a aplicação da legislação é condição básica para a construção de uma sociedade sem violência, mais uma vez levantamos a bandeira da educação como condição primordial para a eetivação e a garantia dos direitos inerentes à pessoa humana, nesse caso, as crianças e adolescentes. Assim será possível eetivar o artigo 4º do ECA :“é dever da amília, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar com absoluta prioridade, a eetivação dos direitos reerentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à prossionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência amiliar e comunitária”.

Por meio da coparticipação das amílias e membros da sociedade civil, incluin-do-se os educadores, será possível que crianças e adolescentes desenvolvam uma cul-tura de não-violência nas escolas, nas ruas, nos bairros, enm, no seu entorno.

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O ECA nos aproxima do alcance da cidadania e da consolidação da dignidade humana anunciada por esse diploma legal. O art. 1º não deixa dúvida: o Estado bra-sileiro tem o dever de garantir as necessidades da pessoa em desenvolvimento [...] e, de acordo com o art. 3º, desenvolvimento ísico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.

 Em 2013, o ECA completa 23 anos e ainda há um longo caminho até que se tenha os direitos das crianças e dos adolescentes garantidos, a começar pela elaboração e execu-ção das políticas públicas, especialmente na área da educaexecu-ção, entendida como um direito estratégico para a garantia da igualdade para crianças e adolescentes. O que temos a ver com isso? Ora, se cuidamos de nossas crianças, cuidamos não só do nosso uturo, mas do presente, uma vez que todas as ormas de violência aetam o crescimento saudável das nossas crianças e adolescentes. Isso incide sobre o país, cujo desenvolvimento não depen-de apenas da área econômica, mas também dos direitos humanos.

 É por isso que a Constituição Federal reorça a responsabilidade da sociedade, amília, comunidade e Estado na garantia dos direitos dos meninos e meninas do país. Cada um de nós az parte disso! Como diz a canção de Ivan Lins: “Depende de nós, quem já oi ou ainda é criança.”  Alertamos para a necessidade de todos conhecerem mais sobre essa le-gislação, pois entendemos que todos somos responsáveis por sua eetiva-ção de orma prática e real no convívio amiliar, escolar e social.

Seja por meio da legislação, seja pelos meios de comunicação, pelas leituras dentro ou ora do contexto escolar, essa mensagem deve ser anunciada aos quatro ventos! Aprendamos com o Cordel do Estatuto da Criança e do Adolescente, com música e dança... o que importa é que

aprendamos a eetivar na prática cotidiana os direitos legais institucio-nalizados. Essa responsabilidade é nossa!

 Vou contar para vocês O que deixou tão contente Todo o nosso país,

Porém especialmente  A quem é a todo instante

Um público tão importante: Criança e adolescente. (...)

Mas é inútil amigos Se carmos todos sós Tentando azer cumpri-lo. Temos que juntar a voz. Sempre que alguém precisar Deve o ECA apresentar Pra se desatar os nós. (...) Cabe a cada um de nós

 Exigir seu cumprimento Indo às autoridades Ou até ao parlamento Pra que o ECA não seja Reclames de quem verseja Palavra lançada ao vento.(....)

(Texto na íntegra disponível em:

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A “guerra entre os sexos” clama por paz há milênios

Nenhuma desigualdade entre as pessoas az parte da natureza hu-mana. Desde os primórdios da civilização, há a perpetuação do poder masculino, por meio do direito, dos costumes, da cultura, que durante muito tempo legitimou a posição inerior tanto social quanto política, da mulher. Inelizmente, entre homens e mulheres ainda é possível constatar prounda discrepância de direitos, apesar dos avanços consideráveis nos últimos anos.

 A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão(1789) oi uma das

cartas pioneiras na conquista de liberdades individuais, que reconhecia o homem – em sentido genérico – como cidadão e sujeito de direitos. Olympe de Gouges, uma mulher revolucionária, escreveu a Declaração dos Direitos da Mulher , em 1791, na tentativa de incluir a mulher como

sujeito de direitos. Por conta do espanto e da repulsa gerados por desse documento, Olympe oi executada na guilhotina em 1793.

 A luta da mulher pelo seu espaço, não como coadjuvante, mas como protagonista ao lado do homem nas relações sociais, começou a ter resultado no m do século XIX, com o movimento pelo voto das mulheres na Inglaterra e com as greves no trabalho industrial. O Dia

Internacional da Mulher oi proclamado no contexto dessa luta, devido à greve

eita pelas operárias em Nova Iorque, em 1857, que culminou em um abominável massacre contra 129 mulheres, que oram queimadas vivas em uma indústria têxtil.

08 de março

E, assim, voltamos ao começo: era uma vez uma mulher (...), duas mulheres (...),

talvez 129 mulheres. A data era 8 de março de 1857; mas bem podia ser de

1914 ou (quem sabe?) de 1917. E voltamos a esse começo mesmo para concluir que o fato de o Dia Internacional da Mulher estar ou não ocialmente ligado a esse ou àquele momento histórico não é o foco mais signicativo da reflexão que ora se apresenta. Anal, o dia 8 de março universalizou-se, isso é fato. E

universalizou-se pela similaridade dos eventos mundiais relacionados à luta das mulheres. Hoje, sem sombra de dúvidas, a data é mais que um simples dia de comemoração ou de lembranças. É, na verdade, uma inegável oportunidade

para o mergulho consciente nas mais profundas reflexões sobre a situação da

mulher: sobre seu presente concreto, seus sonhos, seu futuro real. É dia para pensar, repensar e organizar as mudanças em benefício da mulher e, conse-quentemente, de toda a sociedade. Os outros 364 dias do ano são, certamente, para realizá-las.(Fonte: Senado Federal Online)

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O papel da mulher na sociedade, em geral, vem refetindo uma luta pela sua cidadania, que ao longo da história lhe oi negada. Somente nos anos setenta do sé-culo XX, com o aparecimento da luta eminista, a mulher oi crescendo no cenário mundial e passou a disputar sua posição em um mesmo patamar que o homem.

No longo caminho de construção da cidadania das mulheres, a Constituição Cidadã de 1988 representa um marco histórico: proclama a igualdade jurídica

en-tre homens e mulheres; amplia os direitos civis, sociais e econômicos das mulhe-res; estabelece a igualdade de direitos e responsabilidades na amília; dene como princípio do Estado brasileiro a não-discriminação por motivo de sexo, raça e et-nia; proíbe a discriminação da mulher no mercado de trabalho e estabelece direitos reprodutivos(Art. 5º, 6º, 7º e 226º). Segundo a Carta Magna: “homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações”(Art. 5º).

 Existem várias ormas de violência contra a mulher, incluindo a discriminação.  Apesar do aprimoramento da legislação nacional quanto à deesa dos direitos das mu-lheres, a verdade é que muitas brasileiras ainda não têm consciência da sua igualdade perante os homens, legitimando, assim, o preconceito e a intolerância de gênero.

O que é violência contra a mulher?

Violência é o ato de agressão ou mesmo a omissão que causa sorimento ísico ou

psicológico à vítima. Quando a mulher sore qualquer tipo de agressão, estará am-parada, como todo cidadão, pelas leis comuns, devendo procurar imediatamente a delegacia mais próxima.

Quando a violência é praticada em casa, por amiliares, por pessoas que con- vivem no mesmo ambiente doméstico – mesmo que não sejam parentes – ou pelo marido, companheiro ou companheira, a mulher agredida terá a proteção da Lei nº 11.340/06, denominada Lei Maria da Penha, que cria mecanismos para coibir a  violência doméstica e amiliar contra mulher. Segundo a Lei (Capítulo II, Art. 7º), a violência contra a mulher pode ser ísica, psicológica, sexual, moral e patrimonial:

Física:qualquer conduta que oenda sua integridade ísica ou saúde corporal.

Psicológica ou Emocional: qualquer conduta que lhe cause dano emocional e

diminuição da autoestima.

Sexual: presenciar, manter ou participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da orça.

Patrimonial:qualquer conduta que congure retenção, subtração, destruição

par-cial ou total de bens pertencentes à oendida, por medo, coação ou indução.

Moral:qualquer conduta que atinja a honra e a imagem das mulheres, em orma de

calúnia, diamação ou injúria (oendendo-a diretamente).

 A violência contra a mulher se expressa de diversas maneiras. Vale compreen-der que essa situação ocorre também pela orma como a mulher é vista na sociedade culturalmente machista e patriarcal. Uma cultura que pode e deve ser mudada. A 

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legislação atual reconhece a igualdade da mulher, nas suas especicidades. Por isso, é undamental que as violações aos direitos humanos das mulheres sejam denunciadas.  É preciso procurar ajuda e romper esse ciclo de violência e privações de direitos que

assombra as mulheres.

Nenhuma mudança ocorrerá se não houver disposição e empenho de todos, ho-mens e mulheres! A “guerra entre os sexos” clama por paz há milênios. Muitas batalhas oram vencidas, mas não podemos cruzar os braços. As conquistas precisam ser susten-tadas. Vamos continuar nesta cruzada e esperar que a nova geração dê passos maiores a m de que a Lei vire rotina e as mulheres sejam cada vez mais respeitadas. A busca da igualdade e equidade (entendida como a igualdade, respeitando-se as dierenças) entre mulheres e homens nada mais é do que a busca da paz para a humanidade.

Somos todos índios

 A busca pela paz e por um mundo onde as pessoas vivam e convivam em harmonia exige de cada um de nós a consciência e o reconhecimento da diversidade de povos e culturas, de histórias e pensamentos existentes no Brasil, no planeta. Você já parou para pensar sobre a diversidade de pessoas que habitam o seu entorno? Já observou a sionomia das pessoas que convivem com você na sua rua, sua escola ou em seu ambiente de trabalho? Já percebeu como somos dierentes no ísico, no modo de alar, de sentir e de agir? Agora pense nas diversas ormas de preconceito e discrimi-nação que penalizam os povos indígenas e seus descendentes, desrespeitando seus direitos humanos mais básicos.

 Acreditando que a melhor orma de quebrar preconceitos é através do conhecimento, vale conhecer as lutas e contribuições dos indígenas para a ormação desse país, como preconiza a Lei nº 11.645/08 que, ao alterar a Lei nº 9394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), torna obriga-tório o ensino de história e cultura indígena nas escolas de Educação Básica.  A lei reorça ainda que se deva ensinar a História e a Cultura Aricana e

Aro-brasileira, preceitos já estabelecidos com a Lei nº 10.639/03.

“...Surpreenderá a todos não por ser exótico mas pelo ato de poder ter sempre estado oculto quando terá sido o óbvio”. Nos versos da canção “Um índio”, Caetano Veloso ala da estranheza, do estereótipo e da lamentação por não termos enxergado o índio como de ato ele é e por meio de sua pró-pria ala. Durante séculos de massacres, ora ísico, ora cultural, os indígenas oram invisibilizados, suas culturas relegadas à categoria de selvagem, até ao ponto de serem declarados extintos, como aconteceu no Ceará por decreto ocial (1863). Envergonhados de sua própria origem, oram diminuídos e subjugados. Vale refetir: houve de ato um encontro de culturas entre colo-nizadores e povos indígenas? Qual o signicado deste “encontro de cultu-ras” para estes povos?

Lei Maria da Penha,símbolo de luta contra a violência, essa lei nasceu em homenagem à biofarmacêutica Maria da Penha Fernandes, pro-tagonista de uma história de violên-cia cometida por seu marido Marco Antônio Heredias Viveiros, professor universitário, que por duas vezes atentou contra sua vida, sendo que na segunda vez, deixou-a paraplégica . A violência ocorreu em 1983, porém a trajetória de Maria da Penha para conseguir a aprovação e fazer valer a lei durou 13 anos.

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A Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas protegerá as mais de 370

milhões de pessoas que integram estas comunidades vulneráveis do mundo, constituindo um marco histórico para o movimento indígena e signicando o estabelecimento de padrões mínimos de respeito aos direitos dos povos indí

-genas do mundo.

Ora, os índios oram os primeiros povos desta terra. Mesmo tendo uma cul-tura e línguas dierenciadas azem parte dela e devem gozar dos mesmos direitos. Durante muito tempo, os índios oram estereotipados e tratados como indivíduos exóticos, selvagens. O respeito e a valorização dos povos indígenas como “cidadãos” é o primeiro passo para reconhecer a existência e a permanência destes na sociedade.  É preciso conhecer a diversidade desses povos com tantas histórias, saberes, tradi-ções, culturas e línguas próprias. Assim, contribuir para a geração da paz requer o reconhecimento dos povos indígenas e de seus direitos.

Felizmente, muitos já creem na capacidade de luta de orma organizada e pací-ca. Os resultados já são visíveis documentos ociais, nacionais e internacionais. Vale destacar a aprovação da Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas pela Assembleia Geral

da ONU. No Brasil, o marco do reconhecimento dos Povos Indígenas serem die-rentes é a Constituição Federal de 1988, onde, pela primeira vez, o governo reconhece

no artigo 231 a organização social, costumes, línguas, crenças e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, pro-tegê-las e azer respeitar todos os seus bens. O Projeto de Lei nº 6.001/73,denominado  Estatuto dos Povos Indígenas, visa garantir a proteção e deesa dos direitos indígenas. O

reconhecimento legal, a deesa e a eetivação dos direitos destes povos é o mínimo que o homem considerado “civilizado” pode azer.

Quantas lutas oram travadas, quantas vozes oram caladas, quantos direitos oram violados, quantas vidas oram extintas, quanta sabedoria apagada? Em nome de quê? Que civilidade é essa que dizima comunidades inteiras, num massacre de homens, mulheres e crianças que vivem em harmonia com a natureza, que se uti-lizam dos recursos naturais, preservando-os, que respeitam seus semelhantes e tra-balham para o bem comum? Nesse contexto, quem é o “selvagem”?

Se desejamos um mundo de paz, não podemos calar diante da barbárie hu-mana. É urgente a luta por dignidade e pela vida de todos e de cada um, por um mundo verdadeiramente civilizado e humano. Essa luta é nossa, “depende de mim, depende de nós”, anal, “somos todos índios”.

O caminho da paz só se faz com justiça e direitos iguais

 A edicação da paz só será possível quando construída sob os alicerces sólidos e du-radouros da cultura dos direitos humanos. Dessa orma, a construção de um mundo sem guerras ou qualquer outro tipo de violência à pessoa humana, é responsabilidade

Tráfco de mu-lheres e Redes de prostituição: Uma modalidade de violência que está bastante relacionada com a globalização liberal e à mercan-tilização do corpo e da vida das mulheres é o trá-fco internacional de mulheres para redes de prosti-tuição. Segundo a ONU, o tráfco de mulheres é a terceira atividade econômica ilícita mais rentável, depois do tráfco de drogas e armas. O Brasil é um dos maiores “fornecedores” de mulheres e crianças para o tráfco com fns de exploração sexual.

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escolhermos lutar pela vida, se continuarmos a desaar, mesmo em meio às maiores diculdades, a resposta será SIM. Mas, se do contrário, nos deixarmos dominar pelo medo, pelo conormismo, pelo egoísmo; se ignorarmos ou desprezarmos os direitos humanos, se os interesses particulares prevalecerem sobre o bem comum, então a resposta será NÃO. Sua escolha pode azer a dierença no destino da humanidade.

Como vimos, as leis, por si só, não mudam pessoas nem realidades, não exi-lam preconceitos nem azem regressar valores, às vezes raros como diamantes. Mas nos oerecem caminhos, pontes, acessos, instrumentos para serem garimpados. O direito é um ato em permanente construção, no qual “palavras nascem como fo-res”, como dizia Hordelin. Precisamos do cuidado, para que no terreno da existên-cia não morram as sementes sem brotar para o mundo.

Para quem acredita no que quer e luta dignamente, o que era impossível, se torna possível; o que era sonho, se torna realidade, dando lugar, neste chão da ari-dez humana, à for, ao amor, à elicidade e à satisação do sonho realizado, para que novos sonhos surjam, brotem, foresçam a partir do toque suave de nossas mãos.

Síntese do fascículo

 A necessidade do cuidado com o outro e o reconhecimento dos direitos un-damentais da criança, do adolescente, da mulher, do idoso, das pessoas com deciência e dos povos indígenas são temas que merecem refexões e práticas que garantam o respeito à diversidade e o desenvolvimento de uma cultura de paz e cidadania. É preciso reconhecer que ações undamentadas em princípios de convivência são essenciais para a construção de uma sociedade democrática e livre de preconceitos. A promoção da paz é responsabilidade de todos e de cada um, por meio do exercício do respeito às dierenças e da luta pela igualdade dos direitos humanos. Anal, não pode haver paz sem respeito ao outro e às die-renças, sem a eetivação da dignidade humana, sem o exercício da solidariedade e da raternidade. Conhecer a legislação é um importante passo para o reconhe-cimento dos direitos e dos deveres de cada um, mas não é suciente. É urgente a inclusão e a equidade de oportunidade para todos, pois onde houver exclusão, segregação ou discriminação não haverá paz. A busca da igualdade e equidade nada mais é do que a busca da paz para a humanidade. Busque-a você também!

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Atividades

1.  A inormação é o primeiro passo na luta pela garantia dos direitos humanos.

Por isso, pesquise e conheça os principais documentos criados no Brasil e no mundo a partir da Declaração dos Direitos Humanos e refita: esses documentos

promoveram mudanças sociais visíveis aos grupos socialmente excluídos?

2. Quem são e onde estão os povos indígenas da sua região, do seu estado? Qual o

histórico de preservação de suas terras, de seus direitos?

3. Como vimos, mulheres, crianças, adolescentes, idosos e pessoas com

deciên-cia tem seus direitos assegurados por lei. Mas temos ciêndeciên-cia, também, de que muitos desses direitos não são eetivados, de ato. De que orma podemos con-tribuir para que esses grupos tenham seus direitos respeitados?

4.  É possível perceber, ao seu redor, casos de violência ou discriminação contra

mulheres, crianças, adolescentes, idosos e pessoas com deciência? Se sua res-posta or sim, não tema, denuncie. Nossa omissão nos torna cúmplices. Lute-mos em avor da paz.

Referências

BRASIL. Constituição Federal. Brasília, 05 de Outubro de 1988.

_________. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990. _________. Estatuto do Idoso. Lei 10.741, de 01 de outubro de 2003.

_________. Estatuto do Índio. Lei 6.001, de 19 de Dezembro de 1973.

_________. Declaração Universal dos Direitos Humanos: ideal de justiça, caminhos da paz. Brasília: Se-nado Federal. Secretaria Especial de Editoração e Publicações, 2008. DISPONÍVEL EM: http://www.seSe-nado. gov.br/senadores/Senador/psimon.pd 

_________. Lei Maria da Penha - nº 11.340/06. Brasília, 07 de Agosto de 2006.

BARSTED, Leila Linhares; PITANGUY, Jacqueline. Org. O Progresso das Mulheres no Brasil 2003– 2010. Rio de Janeiro: CEPIA ; Brasília: ONU Mulheres, 2011.

CHAUÍ, M.S. Apresentação: os trabalhos da memória. In: BOSI, E. Memória e sociedade: lembranças de  velhos. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.

COE, Frank Azevedo, HUNTTNER, Edison; RAMOS, André Raimundo Ferreira. Org. Séculos Indíge-nas no Brasil. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2010.

GODOY, Andréa. Direitos das pessoas portadoras de defciência “cartilha da inclusão” Minas Gerais: PUC, 2000.

LOUREIRO, Altair M. L. A velhice, o tempo e a morte. Brasília: UNB, 1998.

ONU. Declaração da Organização das Nações Unidas sobre o direito dos Povos Indígenas , 13 de setem-bro de 2007.

PERRUSO, Camila Akemi. Gênero e Direitos Humanos. São Paulo: CDH, 2005.

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Realização Apoio Cultural

Apoio

PresidenteLuciana Dummar | Coordenação do Curso Rosamaria de Medeiros Arnt | Coordenação Acadêmico-Administrativa |  Ana Paula Costa Salmin|EditoraRegina Ribeiro | Editor Adjunto Raymundo Netto | Coordenador de Produção Editorial Sérgio Falcão |

Editor de Design Amaurício Cortez |Projeto Gráfco e Capas Amaurício Cortez e Welton Travassos | Ilustrações Karlson Gracie | Editoração Eletrônica Welton Travassos | Revisão Tarcila Sampaio | Catalogação na Fonte Kelly Pereira

Expediente ISBN: 978-85-7529-572-4

Autoras

Maria Aládia Brandão Silveira Guilherme: Pedagoga em Regime Especial pela Universi-dade Estadual Vale do Acaraú (Uva), graduada com habilitação em Arte e Educação Física pela Universidade Estadual do Ceará (Uece). Especialista em Gestão Escolar, pela Universidade do  Estado de Santa Catarina (Udesc), Psicopedagogia, pela Faculdades Inta-CE, e Educação

Bio-cêntrica, pela Universidade Estadual do Ceará (Uece). Com experiência na Educação Inantil, inicialmente como proessora e, posteriormente, como assistente técnica pedagógica da célula de Educação Inantil da Secretaria Municipal de Educação de Acaraú, e articuladora pedagógica do Programa Nacional de Formação de Proessores de Educação Inantil (Proinantil). Minis-trou o ensino de Arte, em nível undamental e médio. Atuou como diretora e coordenadora pedagógica de escolas da rede municipal. Em 2010, atuou como proessora e diretora de turma na Escola de Educação Prossional Marta Maria Gioni de Sousa, onde, desde 2011, assume a unção de coordenadora escolar.

Maria Socorro Brandão Everton: Pedagoga em Regime Especial pela Universidade Esta-dual Vale do Acaraú (UVA); graduada em História e Filosoa pela Universidade EstaEsta-dual do Ceará (Uece). Experiência no ensino de História e Arte, em nível undamental e médio e em Nível Superior nas disciplinas de História Antiga, Medieval e História da Árica. Atuou como diretora e coordenadora pedagógica de escolas da rede municipal e como Proessora Coordena-dora da Área (PCA) de Ciências Humanas. Em 2009, atuou como proessora diretora de turma na EEEP Tomaz Pompeu de Souza Brasil, como proessora ormadora do Projeto “Proessor  Aprendiz” e, desde 2010, atua coordenadora regional do Projeto “Proessor Diretor da Turma” na 3ª CREDE. Enquanto especialista em História das Culturas Aro-brasileiras, ministra orma-ções para proessores na área da Educação Étnicorracial e possui vários projetos desenvolvidos nesta área. Possui, ainda, o título de especialista em Gestão Pública pela Universidade Estadual do Ceará (Uece).

Referências

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