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ANO X Nº 75 R$ 25,00 manuseio, movimentação e TRANSPORTE de cargas e materiais

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Academic year: 2021

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ANO X Nº 75 R$ 25,00 manuseio, movimenTAÇÃo e TRANSPORTE de cargas e materiais

BRASIL

CRANE

Nº 52 – ANO VIII – R$ 25,00

CRANEBRASIL.COM.BR

Embora otimista, José Alberto Panzan, do SINDICAMP, alerta sobre custos e realinhamento de tarifas

NOMES & NOTAS MERCADO

Randon estabelece parceria com startup para agilizar a retomada de bens dados como garantia Segurança Segurança Segurança

AMARRAÇÃO

AMARRAÇÃO

CARGAS

AMARRAÇÃO

DE

Com elevado coefi ciente de atrito, mantas antideslizantes protegem e mantêm a carga fi xa - e facilitam seu embarque e liberação

HD52.indd 17 16/02/21 10:00

TENDÊNCIAS

Falta de padronização

limita uso de telemática

na gestão à distância

ACESSÓRIOS

Porque é importante

ter à disposição barras de

içamento multiúso

SEGUROS

Acidentes em 2020

restringem oferta de

apólices para guindastes

TECNOLOGIA

Crosby investe na Verton,

pioneira no sistema de

orientação de cargas

DICAS Proteja suas cintas: ganchos podem estar danificando as lingadas

TRANSPORTES

Mantas antideslizantes

para amarração

de cargas

TENDÊNCIAS

Falta de padronização

limita uso de telemática

na gestão à distância

TRANSPORTES

Mantas antideslizantes

para amarração

de cargas

(2)

10º Congresso Brasileiro de

Minas a Céu Aberto e

Minas Subterrâneas

10

th

Brazilian Congress on

Surface Mining

and

Underground Mining

ORGANIZAÇÃO

Mais informações: www.portaldamineracao.com.br/cbmina

28 E 29 DE ABRIL DE 2021

100 % virtual

(3)

CRANE

BRASIL

3

CRANE Brasil&Revista HD

São publicações da Editora Facto dirigidas aos profissionais da área de movimentação e manuseio de cargas, construtoras, indústrias, projetistas, órgãos públicos, transportadoras,

locadoras, distribuidores e usuários de equipamentos.

Redação: Rua Pereira Stéfano, 114, conjunto 911,

CEP 04144-070 - Brasil – São Paulo (SP), (11) 3477-6768

Editor-Chefe: Wilson Bigarelli (MTB 20.183) editor@cranebrasil.com.br

Redação: Tébis Oliveira (Editora), Fernando Rezende e Marisa Santos Editor de Arte(Crane Brasil): Moacyr MW

Editor de Arte(Revista HD): Ari Maia Fotografia: Gildo Mendes

Publicidade:

Taís Malta (gerente comercial) tais@cranebrasil.com.br

(11) 3477-6768

Há um provérbio judaico que diz que “quando o homem faz planos, Deus ri”. Dá o que pensar quando surgem a cada dia novos desdobramentos da pande-mia, agora em uma segunda “cepa”. Isso, em um momento em que uma parcela ínfima da humanidade já foi vacinada. Trata-se realmente de um processo e não um surto esporádico. Teremos que conviver, portanto, com essa nova realidade durante um bom tempo – e não se-rei eu aqui a fazer previsões.

A imunização em massa ainda é um sonho e as fron-teiras voltaram a ser fechadas. A despeito disso, mesmo no Brasil, a dicotomia entre o “Fique em Casa” e o “Eu preciso trabalhar” do ano passado resolveu-se dialetica-mente e ganhou um contorno mais preciso: “Fique em casa, se você não precisa sair para trabalhar”. E, quando preciso, use máscara e guarde o distanciamento social. Ah, sim, e tome a vacina, assim que ela estiver ao alcan-ce de seu braço.

Quanto aos planos, o ser humano continua a fazer e os negócios têm ocorrido, sem esperar “o dia em que tudo isso acabar”. Grandes projetos estão em curso, locadoras buscam alternativas para a renovação da frota e voltamos a ouvir com freqüência uma pala-vra mágica no setor: “estou no trecho”. É o que temos para o momento e não é pouco. Fecho com as frases de Afonso Mamede, presidente da Sobratema, ao jus-tificar o adiamento, sem nova data definida, da M&T Expo 2021: “Estamos vivenciando uma situação desa-fiadora, que tem exigido de todo o setor resiliência, coragem e perseverança para a segurança e saúde das pessoas e continuidade dos negócios”.

Wilson Bigarelli, editor@cranebrasil.com.br

BRASIL

CRANE

A SEGUNDA ONDA

?

ACESSE WWW.CRANEBRASIL.COM.BR

Nesta edição

UM GUIA PARA IÇAMENTOS SEGUROS 4

DESTAQUES GRUPO CROSBY PARCERIA ENTRE E VERTON DICAS: PROTEJA SUAS CINTAS CONTRA DANOS NOVA MANILHA DE ALTA RESISTÊNCIA À FADIGA ACESSÓRIOS: BARRAS DE IÇAMENTO MULTIUSO OFFSHORE: MUDANÇAS NA NORMA API SPEC 2C

WEBINAR A SEMANA

DOIÇAMENTO

Capa_Crosby_04.indd 1 16/02/21 10:00

4

TELESCÓPIO

Pandemia impede realização da M&T Expo 2021

8

SEGUROS

Obrigado, não aceitamos guindastes...

10

EQUIPAMENTOS

Robustez e versatilidade na linha Liebherr H

12

INDÚSTRIA

Tadano: um legado entre gerações na CBMM

14

TENDÊNCIAS

O que falta para a gestão à distância?

17

REVISTA HD

18

NOMES E NOTAS

Expectativas otimistas no setor

19

SEGURANÇA

Mantas antideslizantes para amarração

22

MERCADO

Retomada de bens em garantia

23

RIG SAFE

24

FORUM

Especialistas respondem dúvidas de içamento

25

COMPONENTES

Nova manilha de alta resistência à fadiga

26

TECNOLOGIA

Parceria entre Crosby e Verton Technologies

28

DICAS

Ganchos podem estar danificando as lingadas

30

ACESSÓRIOS

Barras de içamento multiuso

32

WEBINAR

O que foi a “Semana do Içamento”?

34

OFFSHORE

Mudanças na norma API SPEC 2C

(4)

CRANE

BRASIL

4

A

Locar adquiriu cinco guindastes todo terreno Grove: quatro GMK5250L (250 t) e um GMK5200 (200 t). Os equipamentos são seminovos e foram recondicionados na fá-brica da Manitowoc em Wilhelmshaven, na Alemanha. O programa de máquinas usadas da Manitowoc, além de garantia, também prevê atualizações e acessórios de modelos mais recentes. A Locar contará no Brasil com o suporte Crane Care. “O ano terminou com uma demanda de trabalhos ainda maior do que 2019. Por isso, a Locar vem se preparan-do e investinpreparan-do, apostanpreparan-do no crescimento do mercado e no consequente aumento da necessidade de equipamentos mais novos e capazes”, explica Júlio Eduardo Simões, diretor-presidente da empresa.

A

Guindastes Tatuapé entra no ano de 2021 renovando-se, investindo

e acreditando no crescimento do mercado. O investimen-to em novos equipameninvestimen-tos ocorre em paralelo com uma reestruturação operacional que inclui a contratação de

novos profissionais experientes e qualifi-cados. A começar por Leanderson Breder Dias (à esq.), para o cargo de supervisor Operacional e Anderson Geraldi Silva, para o cargo de supervisor. Ambos são técnicos, com experiência de pelo menos 20 anos no mercado operacional. Duas qualidades foram decisivas em sua contratação, segundo a diretoria da Guindastes Tatuapé: perfil arrojado e dinâmico.

O

s brasileiros estão tão acostumados a reivindicar, dos

sucessivos governos, investimentos em infraestrutura que tendem a achar que esse problema é uma exclusivida-de nossa. Não é bem assim.Uma coalizão exclusivida-de associações do setor de construção em Ottawa, capital do Canadá, incluin-do associações de empreiteiros, empresas de engenharia e consultoria e a recém-criada associação de distribuidores de equipamentos (AED), se aliou para instar os governos fede-ral e provincial a entregar os investimentos em infraestrutu-ra. “O setor de construção está pronto para reconstruir a eco-nomia do Canadá, mas todos os níveis de governo devem fazer investimentos em infraestrutura agora para iniciar os projetos”, afirmou Brian McGuire, presidente e CEO da AED.

Embora a reconstrução da economia do Canadá dos im-pactos da pandemia exija um plano de estímulo abrangente, o Fórum de Políticas Públicas do país revelou que para cada dólar investido em infraestrutura pública, os governos podem esperar um retorno de dois a quatro dólares. “A história mos-tra que os investimentos em infraestrutura não são apenas a melhor forma de estimular a economia, mas também criam oportunidades imediatas de emprego e melhoram a quali-dade de vida econômica”, disse Sandra Skivsky, presidente do NTCCC (Conselho Nacional de Empreiteiros do Canadá).

Por Redação Crane Brasil

CINCO GROVE

seminovos

na Locar

TATUAPÉ REFORÇA

equipe técnica

Canadenses fazem

CORO POR INFRA

Telesc

ópio

? Fot os: Divulgação Fot o: R en tal S er vic es

(5)
(6)

CRANE

BRASIL

6

A

Prumo, empresa brasileira controlada pela EIG Global Energy Partners, a bp, a Siemens e a

SPIC Brasil anunciaram, dia 1º de fevereiro, a conclusão da transação previamente anunciada, através da qual a SPIC adquiriu 33% dos projetos GNA I e GNA II, localizados no Porto do Açu (RJ). A SPIC concluiu também o acordo para potencial participação nos futuros projetos GNA III e GNA IV, que preveem a utilização combinada do GNL e de gás doméstico das vastas reservas de pré--sal do Brasil. Em conjunto, GNA I e GNA II compõem o maior parque de geração a gás natural da América Latina, com 3 GW de capacidade instalada. GNA I, que tem uma capacidade instalada de 1,3 GW, entrará em operação no primeiro semestre de 2021. Já GNA II firmou um contrato de fi-nanciamento de US$ 737 milhões com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Com 1.7 GW de capacidade instalada, GNA II deverá gerar até 5.000 postos de trabalho durante a fase de construção, e outros 500 empregos após a entrada em operação.

O

conglomerado chinês de setor de cons-trução (CCCC) deu mais um passo no mercado. Já está sendo analisado pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Eco-nômica) a aquisição da construtora portuguesa Mota-Engil definida no ano passado. A Mota-En-gil tem oito empresas no Brasil, dentre as quais a Ecoss Ambiental, de limpeza urbana, em São Paulo. Já a CCCC, cabe lembrar, também controla oito empresas no país, tem 80 % de participação na Concremat e foi a vencedora do leilão da pon-te Salvador-Itaparica, na Bahia.

D

epois do AC 450-7, para 450 t, com sete eixos, lançado em dezembro do ano passa-do, a Tadano Demag confirmou mais uma vez sua intenção de ampliar as opções da linha Demag. No início de fevereiro, a fabricante apresentou o modelo Demag AC 80-4, para 80 t. Na verdade, é um upgrade do bem sucedido modelo Demag AC 80.2, mas já com a chancela tecnológica da Tadano. Segundo Michael Klein, gerente

de marketing de produto da Tadano Demag, como modelo intermediário entre o AC 60.3

(60 t) e o AC 100 (100 t), “o AC 80-4, com quatro eixos, em muitas aplica-ções pode superar, em potência e de-sempenho, representantes da classe de 90 t”. Com a vantagem de ser bas-tante compacto, com comprimento de 12,15 m, largura de 2,55 m e altura que não ultrapassa 3,85 m. O novo AT da linha Demag tem lança principal de 60 m e pode manipular uma carga de até 5,4 t com ela totalmente esten-dida em um raio de 30 m.

Por Redação Crane Brasil

PARCERIA EM ENERGIA e infraestrutura

Grupo chinês

AVANÇA NO BRASIL

Tadano lança

DEMAG AT PARA 80 T

Telesc

ópio

? Fot o: Divulgação GNA

(7)

CRANE

BRASIL

7

A

gestão do ministro Tarcísio de Freitas à

frente do Ministério da Infraestrutura tem um novo desafio pela frente: a aprova-ção do novo marco legal das ferrovias. Já existe um projeto de lei nesse sentido (PL 261), encaminhado ao Senado em 2018 e agora o ministro o apresentará como

priori-tário aos novos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). A principal novidade é que a construção de ferrovias poderá ser iniciada mediante autorização e licenciamen-to ambiental dos órgãos competentes – como já ocorre nos terminais privados. Enquanto que, hoje, isso depende de uma concessão e pos-terior licitação pública. O empreendedor privado também passa a ser dono da ferrovia, terá liberdade de preços e não precisará devolver a ferrovia para a União ao final do contrato. Contudo, estará sujeito a fis-calização e penalidade em relação a falhas técnicas, operacionais, am-bientais e econômicas.

E

m comunicado, divulgado dia 28 de janeiro, Rolf

Pickert, CEO da Messe Muenchen do Brasil, co-re-alizadora junto com a Sobratema da feira M&T Expo, reconhecia que “o atual cenário ainda inspira insegu-rança e incerteza em relação aos próximos meses de 2021”. “A evidência de que a epidemia não acabou e que a evolução do número de pessoas imunizadas está aquém do necessário, leva os organizadores a “estudar os possíveis cenários acerca do evento que se aproxima”. O evento estava previsto para aconte-cer entre os dias 5 e 8 de julho. Dia 11 de fevereiro fi-cou estabelecido que a feira será realizada em nova data ainda não definida. “Estamos vivenciando uma situação desafiadora, que exige resiliência, coragem e perseverança para garantir a segurança das pesso-as e a continuidade dos negócios”, explicou Afonso Mamede, presidente da Sobratema.

A

Bracell levantou empréstimo de US$ 980 milhões para financiar a expansão do Projeto Star, de celulo-se, em Lençóis Paulista (SP), com o objetivo de construir uma das maiores fábricas de celulose solúvel do mundo. O financiamento foi assinado em 22 de janeiro de 2021, envolvendo Bradesco e o Banco da China, com a parti-cipação do Banco Itaú e Banco do Brasil. A nova fábrica contará com a melhor tecnologia do mercado, além de uma linha flexível projetada prioritariamente para a pro-dução de celulose solúvel. Depois de concluído, o projeto vai empregar cerca de 6.650 trabalhadores nas atividades industriais, florestais e de logística. O lançamento da ope-ração está previsto para o segundo semestre de 2021.

N

o final de janeiro,, a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) re-cebeu a Certificação de Conteúdo Local da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que habilita a planta cearense a fornecer chapas de aço para a indústria de Petróleo e Gás Natural no Brasil. O documento atesta a conformidade do produto CSP com a Resolução nº. 19/2013, comprovando que as placas de aço CSP são produtos com conteúdo 100% local. Agora, a CSP está quali-ficada para fornecer aço a esse mercado, que possui grande potencial de consumo de aços de alta tecnologia (HTS). Em 2020, a CSP desen-volveu mais 30 aços HTS, atingindo 117 no total.

BRACELL VIABILIZA

expansão do projeto Star

PECÉM ENTRA NO

MERCADO DE

Óleo e Gás

Fot o: M ar celo C amar go/A gência Br asil

COVID IMPEDE

REALIZAÇÃO DA

(8)

CRANE BRASIL 8 ?

Segur

os

Renovação das apólices dependerá cada vez mais

de segurança operacional, controle de manutenção dos

equipamentos, gestão de pessoal e responsabilidade

frequência desta resposta para seu corretor está cada vez mais comum. São poucas as seguradoras que estão se propondo oferecer a seus consulto-res de seguro a apconsulto-resentação de cus-tos e condições para o risco de seu Guindaste. Dependendo do limite e do valor, a resposta negativa já é frequente e a tendência de mercado é de se tornar cada vez mais restrita.

No ano que acaba de terminar, sinistros deixaram sequelas para o Mercado Segurador e, em minha opinião, demandará algum tempo para que as empresas de seguro te-nham “apetite” em ofertar garantias securitárias para alguns tipos de máquinas e equipamentos.

Para que você leitor tenha um melhor entendimento do porquê isto acontece, inicialmente vou re-lembrar que, em 2020, não foram poucas as ocorrências de sinistro envolvendo guindastes. Você que é do mercado sabe disto!! A frequên-cia e os valores indenizados acende-ram um alerta nas seguradoras e

res-A

OBRIGADO,

não aceitamos

guindastes....

seguradoras para a carteira de Riscos Diversos: GUINDASTE não é um bom negócio.

reclamações de indenização ou, na melhor das hipóteses, quando o resultado final dos prejuízos recla-mados e os prêmios arrecadados fi-caram no positivo, caso contrário, o padrão da resposta será: “AGRA-DECEMOS SUA CONSULTA, MAS NÃO APRESENTAREMOS PROPOSTA PARA O RISCO EM QUESTÃO. RISCO DECLINA-DO. FORA DA POLÍTICA DE ACEITAÇÃO”.

Vou tentar, de forma sucinta, ex-plicar ao leitor como o mercado de seguro e as seguradoras absorvem seus riscos e como um evento in-denizado impacta tanto em quase todas as seguradoras de mercado, ainda que saibamos que o conceito principal do seguro é o mutualismo. A seguradora que assume o risco proposto tem por trás de si algu-mas ferramentas de proteção que lhe garante a capacidade financeira em absorver impactos indenizató-rios, muitas vezes superiores ao vo-lume de negócios de determinadas carteiras.

“Sinistros

deixaram sequelas

no mercado.

Demandará algum

tempo para que

as seguradoras

tenham “apetite”

em ofertar

garantias

securitárias”

No atual momento, as seguradoras só querem abrir a tratativa de reno-vação, para aqueles que não tiveram

“Sinistros

deixaram sequelas

no mercado.

Demandará algum

tempo para que

as seguradoras

tenham “apetite”

em ofertar

garantias

securitárias”

(9)

Existem algumas maneiras para uma seguradora se garantir destes impactos, mas vou focar em duas delas.

A primeira, oferecendo ao (s) ressegurador(es) toda a sua carteira (todos os riscos aceitos e emitidos) através de contratos automáticos, onde ela seguradora retém um de-terminado percentual de todos os riscos aceitos (o que chamamos de retenção) e repassa a responsabilida-de do exceresponsabilida-dente para uma ou diver-sas resseguradoras (o que chamamos de resseguro). Desta forma, todos os seguros que ela fechar, respeitan-do-se os limites de automaticidade, serão repassados de acordo com a proporcionalidade pactuada.

Ao final de cada ano de contrato, as resseguradoras se sentam à mesa para repactuar com as seguradoras suas condições contratuais, e então todos os parâmetros serão revisados de acordo com o resultado obtido da carteira. Assim, taxas, condições de cobertura, limites de aceitação automática, gerenciamento de risco, tipo de bem aceito, percentuais de participação, serão itens abordados e novo contrato será celebrado por mais um ano.

A segunda forma, se o risco não se encaixar na primeira possibilidade, é a de se propor o risco ao mercado ressegurador de forma facultativa (FAC), ou seja, a seguradora ofe-rece o risco a todos resseguradores que atuam na modalidade, e cada um deles, após a análise, oferece um percentual de participação até que o painel de aceitação atinja 100% do risco. Quando isto acontece, a segu-radora tem a garantia da colocação integral dos riscos contratados.

ginou? Pronto, este é o cenário: a maioria das seguradoras tem por trás dos seus contratos automáti-cos de aceitação, na sua maioria, os mesmos resseguradores, ou seja, na prática, na ponta da linha, teremos os mesmos fundos garantidores dos sinistros.

Eis o porquê um grande sinistro ou uma série de sinistros indeni-zados por seguradora (s) acaba in-fluenciando o mercado como um todo e as condições de renovação de sua apólice ficam cada vez mais Dito isto, imaginem que existem poucas seguradoras que gostam de operar com o segmento específico de máquinas e equipamentos e, ao mesmo tempo, poucas ressegurado-ras que queiram garantir contratos automáticos de resseguro.

Ima-dependentes de um mercado sadio e responsável.

A tendência das seguradoras para este ano de 2021, muito provavel-mente, será a aceitação de riscos de menor tamanho, ou seja, focar mais em seguros de equipamen-tos de menor porte e valor, sendo que, equipamentos acima de R$ 10 milhões ou serão negados ou serão ofertados dentro da modalidade fa-cultativa, uma proteção da segura-dora para não comprometer o resul-tado do contrato automático.

Além das limitações dos valores segurados, o mercado de seguro exi-girá para a aceitação: mais seguran-ça operacional, controle de manu-tenção dos equipamentos, gestão de pessoal e responsabilidade.

As seguradoras não mais aceitarão explicações tais como: “esqueceu de colocar contrapeso, esqueceu de es-tender patola, deixou de colocar os mats, não limpou os filtros de óleo, não revisou as lingadas...”. Não que ela mudará o contrato, mas, para fa-zer o seu seguro, exigirá maior con-trole da empresa e suas operações.

Gostou do tema? Dê sua opinião ou envie sua sugestão e poderemos abordar nas próximas edições.

CRANE BRASIL 9

“Não serão

mais aceitas

explicações

como: esqueceu

de colocar

contrapeso, de

estender patola,

limpar os filtros,

revisar as lingadas

ou colocar os

mats”

* Alberto Garufi é engenheiro mecânico e consultor de seguros especializado em máquinas e equipa-mentos. Trabalhou nas multinacionais Marsh e Zurich.

Sugestões e comentários enviar para alberto@garufiseguros.com.br

Não serão

mais aceitas

explicações

como: “esqueceu

de colocar

contrapeso, de

estender patola,

limpar os filtros,

revisar as lingadas

ou colocar os

mats”

engenheiro mecânico e consultor de seguros especializado em máquinas e equipa-mentos. Trabalhou nas multinacionais Marsh e Zurich.

Sugestões e comentários enviar para alberto@garufiseguros.com.br

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?

Equipamen

tos

Responsável pela área na Liebherr Brasil,

Gustavo Cintra comenta os novos recursos

embarcados nos guindastes sobre esteiras

de até 300 t e as particularidades da linha

“heavy duty cycle” (HD)

o final do ano passado, a Liebherr revelou em evento on-line, transmitido global-mente, o novo design de sua nova gera-ção de equipamentos – onde o amarelo tradicional da marca ganha detalhes em preto, cinza e branco. Na ocasião, também lançou três novas máquinas, para fundações profundas, manuseio de materiais e içamento de cargas. O maior destaque, pela inovação que re-presenta, foi o LR 1230.1, para 250t, da linha Unplugged, o primeiro guindaste sobre esteiras movido a bateria no mundo, junto com a versão para 200 t, o LR 1200.1. Mas também não se pode deixar em segundo plano o lançamento do HS 8070.1, para 70 t, o mais recente

N

modelo da nova geração Heavy-Duty.

E a terceira novidade apresentada: a per-furatriz e bate-estaca compacta modelo LRB 23, que preenche uma lacuna entre a LRB 16 e a comprovada LRB 355.

No Brasil, a Liebherr tem uma área específica para guindastes sobre estei-ras com capacidade de até 300 t, o que inclui: guindastes convencionais, para elevação de cargas pesadas e guindastes “heavy duty cycle” (HD), para aplica-ções severas. Essa área, desde janeiro de

2015, está sob responsabilidade de Gustavo Cintra. Engenheiro mecânico, com MBA em Gestão empresarial, o executivo de ven-das está na Liebherr desde 2007 e conhece bem a demanda e a necessidade dos usuários desse tipo de equipamento.

CRANEBRASIL: Você poderia

comentar as mais importantes novida-des em sua área anunciadas na Premie-re de dezembro de 2020?

Gustavo Cintra: O modelo LR 1250.1 Unplugged é uma grande contribuição da Liebherr para o futu-ro do nosso planeta. Atualmente, em todo o mundo, ações urbanas bus-cam a redução da emissão de gases, riscos climáticos, além da promoção de saúde e bem-estar à população. Emissão zero, baixo nível de ruídos e custo com energia são fatores cada vez mais valorizados pelos clientes e sociedade. Estamos certos de que es-tamos caminhando para o futuro.

CRANEBRASIL: E os dois ou-tros equipamentos?

Robustez e

VERSATILIDADE

Por Redação Crane Brasil

CRANE

BRASIL

(11)

Gustavo Cintra: O lançamento do novo HS 8070.1, com as diver-sas melhorias implementadas, reforça a boa reputação do seu predecessor, trazendo ainda mais vantagens aos nossos clientes. O sistema modular de contrapesos é ideal, pois permite uma grande variedade de aplicações. Já com a nova perfuratriz e bate-estacas LRB 23, a Liebherr oferece ao mercado equipamento de porte intermediário à série de equipamentos LRB , com motor impressionante de 600 kW e assim fornece a capacidade necessária para todos os trabalhos comuns de fundação profunda, como perfuração Kelly, dupla rotação, equipamento de deslocamento total e hélice contínua, bem como soil mixing e aplicações

com um vibrador ou martelo hidráu-lico, complementando, assim, o seu portfólio de sucesso.

CRANEBRASIL: Quais s prin-cipais aplicações da linha de guindas-tes Liebherr para até 300 t que está sob responsabilidade?

Gustavo Cintra: Os guindastes convencionais, para elevação de cargas pesadas, possuem uma am-pla área de aplicação: Construção civil (especialmente em trabalhos com elementos estruturais metáli-cos e pré-moldados de concreto); Indústria (movimentação de com-ponentes para manutenção e insta-lação de sistemas industriais); Portos (movimentação de carga portuária); Parques eólicos (montagem e manu-tenção de torres eólicas); e Fundação profunda (equipamento de apoio para execução de estacas)

Já os guindastes HD, além da movi-mentação de cargas pesadas, podem ser equipados com diversos tipos imple-mentos, especialmente para aplicação em projetos de fundação profunda (pa-rede diafragma, cravação, perfuração e compactação do solo) e manipulação de materiais (dragagem, escavação, der-rocamento, boleamento – drop ball e demolição).

CRANEBRASIL: Quais os guin-dastes dessa linha que atendem tanto o mercado de fundações quanto o de elevação de cargas? São equipamentos com grande disponibilidade de acessó-rios e, por isso, multifuncionais?

Gustavo Cintra: Tanto os guindas-tes sobre esteiras convencionais quanto os guindastes sobre esteiras HD podem atender ambos os mercados, em situa-ções planejadas. No entanto, devido às características específicas de projeto de cada uma dessas linhas de equipamen-to, de maneira geral, os guindastes HD são mais indicados para o mercado de fundação, assim como os guindastes convencionais são mais indicados para o mercado de elevação de carga.

CRANEBRASIL: Quando se fala

em “duty cycle crawler cranes”,

signifi-ca que as operações para as quais esses equipamentos foram dimensionadas são mais severas do que as elevações tí-picas de elevação de cargas? Mais seve-ras em que sentido? Condições opera-cionais? Regime de horas de trabalho? Solicitação maior do equipamento?

Gustavo Cintra: Sim. Os guin-dastes sobre esteiras HD (heavy duty cycle) são projetados e fabricados para atender operações mais severas. Além de movimentar cargas pesadas, tais máquinas têm capacidade para supor-tar grandes esforços dinâmicos, em regimes de trabalho intensos e com ciclos de trabalho contínuos, fazendo tudo isso de maneira mais eficiente, segura, e sem comprometer a sua dis-ponibilidade e vida útil.

CRANEBRASIL: Em termos de

tecnologia, o que caracteriza e diferen-cia os equipamentos para fundações dos guindastes da linha Liebherr?

Gustavo Cintra: Em termos de tecnologia, encontramos muitas si-milaridades, em diversos aspectos: recursos de segurança, sistema de au-tomontagem, ergonomia, softwares, sistemas de controle, além é claro, da intercambialidade de componentes. Comparado com os guindastes para elevação de carga, os guindastes para fundação (assim como toda linha de guindastes sobre esteiras HD) pos-suem sua parte estrutural mais pesa-da e robusta, motorização, guinchos e mecanismos de acionamento mais potentes, e recursos adicionais que permitem a utilização de diversos acessórios e ferramentas para realizar trabalhos de fundação com mais se-gurança, eficiência e economia. Por sua vez, os guindastes para elevação de cargas possuem maiores possibili-dades de configuração de lança e op-ção de recursos especiais de contra-peso, podendo assim, atingir maiores alturas e alcances de trabalho. A es-trutura mais leve da sua lança contri-bui para um melhor aproveitamento das capacidades de içamento em dife-rentes raios de trabalho.

CRANE

BRASIL

(12)

CRANE

BRASIL

12

GR-350XL chega à CBMM com a

responsabilidade de confirmar a

performance e durabilidade dos

equipamentos Tadano

ouco se sabia sobre nió-bio, quando a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) inciou suas atividades há mais de 60 anos, na região de Araxá, em Minas Gerais. Foi, portanto, com pioneirismo, que a empresa desenvolveu a rota

tecno-lógica e os próprios mercados con-sumidores, tornando-se líder mun-dial no fornecimento de produtos de níobio – com exportações para mais de 40 países.

Para tanto, foi preciso também muita inovação, buscando sempre melhorias para dar continuidade ao

P

Indústr

ia

?

bem sucedido trabalho realizado por gerações anteriores. Na utilização de guindastes, há um caso exemplar nesse sentido. No já distante ano de 1999, a CBMM adquiriu um truck crane com capacidade para 25 t, o modelo TS-250E-1, da Tadano. Na ocasião e até hoje, pois continua em operação, o equipamento respondeu a todas as solicitações de içamento – tanto na manutenção quanto na expedição, dentre outra aplicações.

A atual equipe de Equipamentos da CBMM considera o TS-250E-1 como um importante legado dos seus predecessores e também traba-lha no sentido de deixar um mar-co de sua passagem na história da empresa para as gerações futuras. Esse objetivo foi revelado à equipe Tadano ao final das negociações e durante a entrega técnica, em julho do ano passado, do RT industrial Tadano GR-350XL adquirido pela empresa. A maior expectativa, por-tanto, é de longevidade, mas não só, evidentemente.

O equipamento atende a uma ne-cessidade de renovação para aumen-tar a segurança nos içamentos roti-neiros na planta de mineração e de processamento de nióbio. A CBMM buscou um guindaste com

capaci-CRANE BRASIL 12

Um legado entre

GERAÇÕES

O RT industrial Tadano GR-350XL já mobilizado na CBMM

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dade superior a 20 t e com dimensões compactas, de modo a atender os espaços restritos na planta. Assim, os principais fatores conside-rados no processo de aqui-sição foram: o tamanho do GR-350XL, sua capacidade de içamento, a capacidade de altura de elevação e seus recursos e dispositivos de se-gurança, visto que as aplica-ções são muitas e não podem ocorrer acidentes em uma planta de alto desempenho e com alto compromisso com segurança.

O equipamento é mais utilizado na CBMM nas manutenções diárias, içan-do bombas, motores elétri-cos, válvulas, tubulações, estruturas metálicas; e é também utilizado na parada geral de manutenção.Outra aplicação frequente são os içamentos de bolsas com materiais sólidos nos setores de estocagem e tratamento de resíduos sólidos.

Em relação ao velho tru-ck crane, o RT industrial GR-350XL obviamente é

um equipamento super moderno (made in japan) com diversos siste-mas em favor da segurança. A come-çar pelo computador que controla diversas funções, como a capacidade de carga, altura, raio, ângulo de in-clinação, carga máxima e momento de carga. O equipamento também possui parada lenta no giro e parada lenta na elevação da lança, caso uma carga seja movimentada de uma re-gião/quadrante para outro, sem o devido apoio e a devida capacidade necessária. Também torna possivel fazer set-up de altura de elevação da lança e do giro do guindaste, confi-gurar a operação de movimento do guindaste para que o mesmo traba-lhe dentro de uma área industrial fe-chada – e o mesmo não bata/atinja teto, paredes ou obstáculos que es-tão ao redor do guindaste.

O equipamento fornecido pela Tadano à CBMM é o modelo pa-drão (veja principais especificações ao lado). O fabricante também dis-ponibilizou treinamentos técnicos para reciclagem do conhecimento dos operadores, com ênfase na segu-rança, e um programa de inspeção de manutenção pela Tadano Brasil, para o segundo ano de utilização do guindaste. CRANE BRASIL 13 Principais especificações: Capacidade 31.800 kg a 2,4 m (35 ton) Lança 4 seções. 9,7 m – 31 m Comprimento total aprox. 11.245 mm

Largura total aprox. 2.620 mm Altura total aprox. 3.535 mm Peso bruto do veículo 27.400 kg -eixo dianteiro 13.830 kg -eixo traseiro 13.570 kg Velocidade máx. de percurso 50 km/h

Moitão Capacidade de 31,8 t, com 4 roldanas, gancho giratório e trava de segurança Gancho principal Velocidade variável, com tambor ranhurado

acionado por motor hidráulico de pistão axial, com redutor planetário. Controle motorizado para descida e subida de carga GUINCHO AUXILIAR Controlado independentemente do gancho principal Contrapeso Integrado à estrutura de giro do equipamento - 2.380 kg Tanque de combustível 300 litros

Motor Cummins, 6 cilindros, 4 ciclos, turbo e arrefecimento à água.160 kW {220 HP) e torque máximo de 843 N-m {86 kgf-m} a 1.600 min-1 {rpm}

Eixos Tipo flutuante, direcionável e com tração e acionamento com redução planetária Tração Motor traseiro, direção pela esquerda,

seleção do tipo de tração por chave manual. 4x2 (dianteira) e 4 x 4 (dianteira e traseira) Estabilizadores Hidráulicos do tipo H. Cada viga e patola é controlada

independentemente ou simultaneamente na cabine do operador. As sapatas estão anexadas às patolas eliminando a necessidade de anexá-las e removê-las, ajustando-se à largura do veículo.

O truck crane TS-250E-1, em operação desde 1999 Equipe de Equipamentos da CBMM, da área de manutenção e operação, com Fábio Rabello, técnico e instrutor de guindastes da Tadano Brasil

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CRANE

BRASIL

14

izer que a telemática, contro-le e gerenciamento à distân-cia de equipamentos, é uma ferramenta imprescindível, e mais ainda em tempos de pandemia, é “chover no molhado”. O fato é que, além dos cus-tos envolvidos, há muitas dificuldades para a disseminação dessa tecnologia. E é reconfortante saber que mesmo em mercados com uma infraestrutura de telecomunicações muito mais ampla e sofisticada que a do Brasil – como a dos Estados Unidos, por exemplo – o trân-sito de dados telemáticos entre usuários e seus equipamentos no campo ainda é bastante restrito e muito aquém do que seria desejado. Um sinal de que existem outros desafios a serem superados.

No início deste ano, os informativos da AEM (a associação norte-americana de fabricantes de equipamentos), por conta do surto de Covid-19 certamente,

D

lemática estão à frente da curva em tec-nologias de coleta de dados”, reconhece David Thornton, gerente de produto técnico sênior do Fleet Cost & Care, ferramenta para gerenciar a manuten-ção preventiva e reduzir os custos de mão de obra. “O que os usuários que-rem saber agora é como utilizar todos esses dados. Ter apenas um repositório de cada relatório de inspeção diária de veículos não é suficiente. Os clientes estão perguntando: ‘Como podemos usar essas informações? Como pode-mos combinar essas informações com nosso (s) sistema (s) existente (s)?’ A in-tegração, a capacidade de dois ou mais sistemas funcionarem juntos, é uma força motriz no processo de tomada de decisão hoje”.

“À medida que a integração da API (Interface de Programação de Aplicati-vo) se torna mais difundida na coleta de dados telemáticos de vários fabricantes e fornecedores terceirizados, será mais fá-cil para as empresas que possuem vários tipos e marcas de equipamentos utiliza-rem as informações”, diz Tawnia Weiss, presidente da A1A Software. “Quando o padrão ISO para guindastes estiver

O que falta para a

GESTÃO À DISTÂNCIA

Telemática é a grande

promessa, mas ainda há

um longo caminho

a ser percorrido

têm batido nessa tecla, entrevistando vá-rios associados e especialistas de empre-sas fornecedoras de sistemas de gestão à distância. E os depoimentos revelam, além dos beneficios potenciais, as difi-culdades atuais para implementação em larga escala de serviços telemáticos.

A primeira é a falta de padronização nos sistemas de sensoriamento remo-to dos diversos tipos de equipamenremo-tos móveis – algo que já cria um problema de saída para os usuários que, em sua maioria, trabalham com frotas de várias marcas, com sistemas próprios que não conversam com os “concorrentes”, in-compatíveis. “Esse é um dos maiores pro-blemas, sem dúvida”, diz Scott Crozier, vice-presidente da área de Engenharia e Construção da Trimble. Para ele, é vital que sejam concluídos os trabalhos do comitê da International Organization for Standardization (ISO) para padronizar os dados digitais do setor de construção como um todo (ISO 15143). “A frag-mentação da indústria é que está cau-sando as ineficiências. A criação de um ambiente colaborativo padronizado trará eficiências significativas’.

“No momento, os provedores de

te-?

Tendências

Por Redação Crane Brasil *

Fot o: ZTR C on tr ol S yst ems

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completo, também programaremos o iCraneTrax para compartilhar esses dados”, exemplifica ela. O iCraneTrax combina vendas, despacho e manu-tenção de frota em um aplicativo para gerenciar de forma mais eficaz as opera-ções de locação.

Thornton lembra que se faz necessá-ria, ainda, outra integração. Ele diz que os provedores de telemática oferecem uma ótima interface para identificar a necessidade de manutenção de um veículo, mas é o sistema de gerencia-mento de frota que responde por esse processo. “Combinar essas informações por meio de uma integração economiza tempo, dinheiro e melhora a precisão dos registros. Com um forte sistema de gerenciamento de frota que aproveite os dados coletados pelos fornecedores de telemática, as empresas podem ir além da capacidade de qualquer sistema. A integração é uma ferramenta incrivel-mente poderosa.”

“Ninguém previu o início da Co-vid-19 e o grau de impacto da pande-mia no setor. Mas, de muitas manei-ras, isso nos impulsionou para frente”, diz Paul Wilson, diretor sênior de De-senvolvimento Comercial da Divisão Industrial IoT da ZTR Control Sys-tems LLC, um fornecedor global de soluções telemáticas off-road e de ge-renciamento de equipamentos indus-triais inteligentes. Ele acredita que as empresas que já investiram em conec-tividade remota sairão da pandemia mais fortes. E aquelas que não investi-ram precisarão recuperar o atraso em 2021 e estar prontas para um futuro operacional diferente. Wilson aponta um cenário em 2021 (e 2022, com a persistência da Covid) marcado pelo crescimento exponencial da necessi-dade de acesso remoto e à distância.

Em sua visão os dados fluirão como resultado da expansão dos serviços, incluindo: diagnóstico e controle re-moto; monitoramento automatizado, manutenção preditiva e à distância apri-morada; e interfaces de usuário mais intuitivas e orientadas ao contexto. Os

fabricantes de equipamentos, em seu entender, irão além da venda de tecno-logia de monitoramento remoto, para capitalizar sobre a maior oportunidade de receita de longo prazo. “Aproveitando a telemática e o poder de conexão, eles fornecerão um design de máquina apri-morado, maior segurança, novos serviços e suporte ao cliente expandido que não podiam oferecer anteriormente”.

Para Scott Crozier, da Trimble, o tema da tecnologia da construção é tão amplo, abrange tantas áreas diferentes, como BIM, energia elétrica e híbrida, drones, automação e controle remoto que pode ser difícil saber por onde começar. É por isso que pode ser bom voltar ao básico e reiterar a importância de que as pessoas da indústria o adotem. “A nova tecnolo-gia exige investimento - tanto financeiro quanto emocional. Para qualquer em-presa, mudar a forma como opera, e tem operado por anos ou mesmo décadas, é preciso um certo grau de coragem. No entanto, se a tecnologia de construção for implementada adequadamente, po-derá economizar tempo e dinheiro”.

“Ele pode ajudá-lo a reduzir custos, es-tendendo a vida útil de seu equipamento e tornando suas operações mais eficien-tes. A capacidade de planejar a manuten-ção programada, diagnosticar problemas de equipamento remotamente e rastrear a localização do equipamento para envio em tempo hábil ou recuperação de rou-bo são resultados de uma solução tele-mática integrada.”

“Quando se trata de telemática e ge-renciamento de frota, o produto não é apenas o dispositivo físico ou aplicativo que rastreia as informações - é também

a interface do usuário, atendimento ao cliente, capacidade de integração com outros sistemas e confiabilidade geral das informações rastreadas, lembra Da-vid Thornton, da Fleet Cost & Care. “A indústria da telemática está indo além do simples monitoramento e se moven-do mais rapidamente em direção à con-figuração e controle, não apenas para entender o que está acontecendo, mas para controlar, prever e atender os clien-tes com protocolos remotos ou hands--off”, complementa Paul Wilson.

“Aqueles que têm usado ferramentas digiais por um período de tempo, agora estão voltados para dados e análises para ajudá-los a encontrar eficiências adicio-nais”, diz Radoine Bouajaj, diretora de vendas da AMCS Technologies, empre-sa que desenvolveu um aplicativo tele-mático chamado IoT Lifting, que com-bina dispositivos móveis e web. “Muitos projetos de construção foram adiados, mais pessoas estão trabalhando em um escritório doméstico e os bloqueios ace-leraram a demanda e a necessidade de ferramentas de gerenciamento remoto”.

Weiss da A1A Software, diz que o iCraneTrax vem sendo adotado também por várias locadoras de menor porte com grande sucesso. Mas reconhece que empresas maiores - tanto empreiteiras quanto locadoras - são mais propensas hoje a investir em telemática para ge-renciamento de frota devido ao retorno sobre o investimento que é obtido por meio de alto volume. Há, portanto, também a questão do custo de imple-mentação de um sistema telemático.

Um problema que precisará ser equa-cionado a se acreditar no que diz Scott Crozier: “Se você não usar tecnologia em cinco anos, não será capaz de ser competitivo”. E talvez a resposta venha de uma proposição bastante otimista de Paul Wilson: “Quando a indústria trabalha em conjunto, combinando efe-tivamente seus OEMs individuais, loca-doras e empreiteiros em um propósito coletivo, o compartilhamento de dados torna-se um modelo chave do que sig-nifica operar mais fortemente juntos”.

?

Tendências

CRANE BRASIL 16 Fot o: A1A S of tw ar e

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Nº 52 – ANO VIII – R$ 25,00

CRANEBRASIL.COM.BR

Embora otimista, José Alberto Panzan, do SINDICAMP, alerta sobre custos e realinhamento de tarifas

NOMES & NOTAS MERCADO

Randon estabelece parceria com startup para agilizar a retomada de bens dados como garantia

Segurança

Segurança

Segurança

AMARRAÇÃO

AMARRAÇÃO

CARGAS

AMARRAÇÃO

DE

Com elevado coefi ciente de atrito, mantas antideslizantes

protegem e mantêm a carga fi xa - e facilitam seu embarque e liberação

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18| REVISTA HD • JAN/FEV ACESSE CRANEBRASIL.COM.BR

Nomes&Notas

CUSTOS E REALINHAMENTO DE TARIFAS

Na visão do presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Campinas e Região, José Alberto Panzan, apesar de otimistas, os transportadores encontrarão difi culdades neste ano. “Acredito que 2021 será um ano muito próspero, de retomada, e positivo ao setor, pois apesar de tudo que ocorreu em 2020 por conta da pandemia, as empresas se reestruturaram, revisaram suas operações e o planejamento estratégico, implementando novas tecnologias e buscando maior efi ciência. Entretanto, teremos muitas difi culdades para controlar custos e realinhar tarifas”, diz ele. Panzan vê com bons olhos o início da aplicação da vacina, mas pondera: “Acredito ser uma ferramenta para acabarmos com a pandemia, mas não com o vírus. Precisamos nos cuidar mais, mantermos as práticas de prevenção e nos preocuparmos não somente conosco, mas com o próximo também”.

GEODIS AMPLIA

LEQUE LOGÍSTICO

A GEODIS, provedora líder de serviços de logística, está ampliando sua gama de serviços em todo o mundo. A mudança de nome – de GEODIS Projetos Industriais para GEODIS Project Logistics – indica o objetivo do grupo em avançar do segmento industrial ao atendimento de outros setores, principalmente Óleo e Gás. “Embora os desafi os logísticos de cada setor possam ser muito diferentes, todos têm requisitos muito importantes em comum: expertise no manuseio, atenção aos detalhes e qualidade do serviço”, explica Luke Mace, vice-presidente sênior de logística de projetos da GEODIS.

OTIMISMO NA INDÚSTRIA DE CAMINHÕES

Projeção da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) indica que o mercado de caminhões poderá crescer 15%, na comparação com o período anterior. A Scania está otimista e anuncia novidades em sua N ova Geração, além do lançamento do Acelerador Inteligente Scania, que promete elevar de 15 para 20% a redução de consumo em relação aos caminhões da geração passada. A Volvo inicia 2021 aumentando o ritmo da operação industrial da marca em Curitiba (PR). A empresa contratou novos funcionários para atender um aumento consistente na demanda por seus caminhões. A empresa vê bons sinais de recuperação no Brasil, principal mercado do continente.Com a retomada de alguns segmentos da economia a partir do segundo semestre de 2020 e indicadores positivos para 2021, a Volvo estima que o mercado total de caminhões pesados e semipesados, segmentos em que atua, tenha um crescimento de até 40% este ano. “A América Latina é a maior região de negócios de caminhões da Volvo no mundo, mesmo diante do cenário econômico adverso criado pelo coronavírus”, declara Wilson Lirmann, presidente do Grupo Volvo América Latina.

DEMANDA AQUECIDA EM JANEIRO

A indústria de implementos rodoviários iniciou 2021 com variação positiva de 31% no volume de

emplacamentos. Em janeiro o setor produziu e entregou ao mercado 11.270 produtos ante 8.610 implementos em janeiro de 2020. O total de emplacamentos de Reboques e Semirreboques em janeiro de 2021 foi de 6.728 unidades, contra 4.646 implementos comercializados no mesmo mês de 2020.A variação positiva registrada foi de 45%. No setor de Carroceria sobre chassis o volume distribuído ao mercado no primeiro mês do ano foi de 4.542 produtos, ante 3.964 unidades no mesmo período de 2020. Isso representa crescimento de 15%.

UMA NOVA

MERCEDES-BENZ

EM 2021

Nem bem assumiu e a executiva Karin Rådström terá pela frente a gestão independente da Mercedes-Benz dentro do Grupo Daimler. A decisão de dividir o negócio Ônibus e Caminhões da área de carros de luxo e vans foi tomada no início deste ano. A Daimler Truck é a maior fabricante mundial de caminhões e ônibus, ocupando posições de liderança na Europa, América do Norte e Ásia, possuindo mais de 35 fi liais ao redor do mundo. A expectativa é que a listagem da Daimler Truck na Bolsa de Valores de Frankfurt seja completada antes do fi nal de 2021. Além disso, a Daimler também planeja trocar seu nome para Mercedes-Benz no momento apropriado. Karin Rådström substituiu Stefan Buchner e assumiu como membro do Conselho de Administração da Daimler Truck AG e chefe mundial da Mercedes-Benz Trucks.

JAN/FEV • REVISTA HD | 19

Segurança

por»Fernando Fuertes (*)

Antideslizantes, protegem, seguram e reduzem as propriedades de deslizamento

em superfícies de carga lisas. Sem contar a redução do custo da mão de obra e a

economia de tempo para a liberação da carga

Toda carga deve ser fi xada

considerando uma força correspondente a 80% do seu peso para frente, e 50% para as laterais e a traseira

MANTAS ESPECIAIS

PARA AMARRAÇÃO DE CARGAS

Um número signifi cativo de todos os aci-dentes de trânsito envolvendo o trans-porte de mercadorias e cargas é causado por cargas insufi cientemente amarradas. De acordo com a resolução 552/2015 do Contran, o CTB – Código de Trânsito Brasileiro e a norma técnica ABNT NBR 15.883-1, toda carga deve ser amarrada de forma que permaneça fi xada com segurança no veículo também em situ-ações extremas, como frenagens brus-cas, manobras evasivas, acelerações e em vias em más condições de conserva-ção. Os equipamentos de amarração de cargas devem, portanto, fornecer a força de retenção necessária para manter a carga fi xa no lugar nessas situações. De acordo com a norma técnica ABNT NBR 15.883-1, toda carga deve ser fi xada considerando uma força correspondente a 80% do seu peso para frente, 50% para as laterais e para a traseira.

Equipamentos de amarração de car-gas em quantidade e formato sufi cien-tes devem evitar que a carga se mova devido às forças centrífugas e de mas-sa que podem ocorrer especialmente durante as frenagens ou em curvas. Um fator muito importante na amarra-ção de cargas é a força de atrito, a qual mantém a carga na superfície de carre-gamento até certo ponto para conter o deslocamento da carga. Aumentar a for-ça de atrito é o meio mais efi caz e bara-to para viabilizar a amarração de cargas. Com elevado coefi ciente de atrito ci-nético, as mantas antideslizantes es-peciais protegem, seguram e reduzem

as propriedades de deslizamento em superfícies de carga lisas. O risco de deslizamento da carga é reduzido, ge-rando benefícios consideráveis como a redução substancial do número de equipamentos na amarração de topo ou a redução da capacidade de carga dos equipamentos na amarração di-reta. Deve-se considerar também a impactante redução do custo da mão de obra aplicada durante a amarração e a economia de tempo para a libera-ção da carga, permitindo mais carre-gamentos ao longo do tempo.

A norma técnica nacional ABNT NBR 15.883-1 (EN 12.195) e a norma ale-mã VDI 2700 são reconhecidas como um guia fundamental para a amarra-ção de cargas e como referência téc-nica para as regras nelas envolvidas. Elas descrevem as forças que afe-tam uma carga durante o transporte e os métodos básicos para fixação de cargas em veículos de transporte. A VDI 2700 – Parte 15 apresenta os requisitos técnicos para fabricação e uso das mantas antideslizantes. Este produto deve possuir qualida-de e resistência suficientes para se alcançar uma força de 0,6 N/mm2 e seu alongamento na ruptura ser de, no mínimo 60%. Materiais resis-tentes ao deslizamento ou mantas antideslizantes devem ser testadas por um laboratório ou instituto inde-pendente e devem ser utilizadas e inspecionadas até alcançarem o limi-te de desgaslimi-te abrasivo constanlimi-te na norma técnica.

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JAN/FEV • REVISTA HD | 19

Segurança

por»Fernando Fuertes (*)

Antideslizantes, protegem, seguram e reduzem as propriedades de deslizamento

em superfícies de carga lisas. Sem contar a redução do custo da mão de obra e a

economia de tempo para a liberação da carga

Toda carga deve ser fi xada

considerando uma força correspondente a 80% do seu peso para frente, e 50% para as laterais e a traseira

MANTAS ESPECIAIS

PARA AMARRAÇÃO DE CARGAS

Um número signifi cativo de todos os aci-dentes de trânsito envolvendo o trans-porte de mercadorias e cargas é causado por cargas insufi cientemente amarradas. De acordo com a resolução 552/2015 do Contran, o CTB – Código de Trânsito Brasileiro e a norma técnica ABNT NBR 15.883-1, toda carga deve ser amarrada de forma que permaneça fi xada com segurança no veículo também em situ-ações extremas, como frenagens brus-cas, manobras evasivas, acelerações e em vias em más condições de conserva-ção. Os equipamentos de amarração de cargas devem, portanto, fornecer a força de retenção necessária para manter a carga fi xa no lugar nessas situações. De acordo com a norma técnica ABNT NBR 15.883-1, toda carga deve ser fi xada considerando uma força correspondente a 80% do seu peso para frente, 50% para as laterais e para a traseira.

Equipamentos de amarração de car-gas em quantidade e formato sufi cien-tes devem evitar que a carga se mova devido às forças centrífugas e de mas-sa que podem ocorrer especialmente durante as frenagens ou em curvas. Um fator muito importante na amarra-ção de cargas é a força de atrito, a qual mantém a carga na superfície de carre-gamento até certo ponto para conter o deslocamento da carga. Aumentar a for-ça de atrito é o meio mais efi caz e bara-to para viabilizar a amarração de cargas. Com elevado coefi ciente de atrito ci-nético, as mantas antideslizantes es-peciais protegem, seguram e reduzem

as propriedades de deslizamento em superfícies de carga lisas. O risco de deslizamento da carga é reduzido, ge-rando benefícios consideráveis como a redução substancial do número de equipamentos na amarração de topo ou a redução da capacidade de carga dos equipamentos na amarração di-reta. Deve-se considerar também a impactante redução do custo da mão de obra aplicada durante a amarração e a economia de tempo para a libera-ção da carga, permitindo mais carre-gamentos ao longo do tempo.

A norma técnica nacional ABNT NBR 15.883-1 (EN 12.195) e a norma ale-mã VDI 2700 são reconhecidas como um guia fundamental para a amarra-ção de cargas e como referência téc-nica para as regras nelas envolvidas. Elas descrevem as forças que afe-tam uma carga durante o transporte e os métodos básicos para fixação de cargas em veículos de transporte. A VDI 2700 – Parte 15 apresenta os requisitos técnicos para fabricação e uso das mantas antideslizantes. Este produto deve possuir qualida-de e resistência suficientes para se alcançar uma força de 0,6 N/mm2 e seu alongamento na ruptura ser de, no mínimo 60%. Materiais resis-tentes ao deslizamento ou mantas antideslizantes devem ser testadas por um laboratório ou instituto inde-pendente e devem ser utilizadas e inspecionadas até alcançarem o limi-te de desgaslimi-te abrasivo constanlimi-te na norma técnica.

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Segurança

A amarração de cargas é aplicada em sua maioria com conjuntos de amar-ração sintéticos (cintas com catraca móvel ou fi xa) ou com conjuntos de amarração de correntes grau 8 ou grau 10 (tensionadores + correntes com ganchos e encurtadores) através

de dois métodos principais: Amarra-ção de topo (vertical) e AmarraAmarra-ção direta (diagonal).

Para visualizarmos o efeito do coefi -ciente de atrito nos sistemas de amar-ração de cargas, apresentamos as ta-belas abaixo:

As mantas antideslizantes produzidas em conformidade com norma VDI 2700-15 deverão ser homologadas e testadas para um coefi ciente de atrito mínimo de 0,6. Este valor deverá ser utilizado nas fórmulas de cálculo para se reali-zar o dimensionamento do sistema de amarração e contenção de cargas. Na tabela abaixo encontramos as varia-ções dos coefi cientes de atrito entre os tipos mais comuns de materiais:

Quantidade de conjuntos para amarração de topo (catracas com Stf = 300 kgf) PREMISSAS DE

ENTRADA PESO DA CARGA (KG)

µ Ângulo α STF 1000 2000 3000 4000 5000 6000 8000 1000012000140001600020000 0,1 83° - 90° 300 16 31 - - - -0,1 45° - 83° 300 22 44 - - - -0,1 30° - 45° 300 31 62 - - - -0,2 83° - 90° 300 7 13 20 - - - -0,2 45° - 83° 300 9 19 28 - - - -0,2 30° - 45° 300 13 27 40 - - - -0,3 83° - 90° 300 4 7 11 15 19 22 - - - -0,3 45° - 83° 300 5 10 16 21 26 31 - - - -0,3 30° - 45° 300 7 15 22 30 37 44 - - - -0,4 83° - 90° 300 2 4 7 9 11 13 18 22 27 31 36 45 0,4 45° - 83° 300 3 6 9 13 16 19 25 31 38 44 50 63 0,4 30° - 45° 300 4 9 13 18 22 27 36 44 53 62 71 89 0,5 83° - 90° 300 1 3 4 5 7 8 11 13 16 19 21 27 0,5 45° - 83° 300 2 4 6 8 9 11 15 19 23 26 30 38 0,5 30° - 45° 300 3 5 8 11 13 16 21 27 32 37 43 53 0,6 83° - 90° 300 1 1 2 3 4 4 6 7 9 10 12 15 0,6 45° - 83° 300 1 2 3 4 5 6 8 10 13 15 17 21 0,6 30° - 45° 300 1 3 4 6 7 9 12 15 18 21 24 30 PREMISSAS DE

ENTRADA PESO DA CARGA (KG)

µ Ângulo α STF 1000 2000 3000 4000 5000 6000 8000 10000 12000 14000 16000 20000 0,1 83° - 90° 750 6 13 19 25 - - - -0,1 45° - 83° 750 9 18 26 35 - - - -0,1 30° - 45° 750 12 25 37 50 - - - -0,2 83° - 90° 750 3 5 8 11 13 16 21 - - - - -0,2 45° - 83° 750 4 8 11 15 19 23 30 - - - - -0,2 30° - 45° 750 5 11 16 21 27 32 43 - - - - -0,3 83° - 90° 750 1 3 4 6 7 9 12 15 18 21 24 30 0,3 45° - 83° 750 2 4 6 8 10 13 17 21 25 29 34 42 0,3 30° - 45° 750 3 6 9 12 15 18 24 30 36 41 47 59 0,4 83° - 90° 750 1 2 3 4 4 5 7 9 11 13 14 18 0,4 45° - 83° 750 1 3 4 5 6 8 10 13 15 18 20 25 0,4 30° - 45° 750 2 4 5 7 9 11 14 18 21 25 28 36 0,5 83° - 90° 750 1 1 2 2 3 3 4 5 6 8 9 11 0,5 45° - 83° 750 1 2 2 3 4 5 6 8 9 11 12 15 0,5 30° - 45° 750 1 2 3 4 5 6 9 11 13 15 17 21 0,6 83° - 90° 750 0 1 1 1 1 2 2 3 4 4 5 6 0,6 45° - 83° 750 0 1 1 2 2 3 3 4 5 6 7 8 0,6 30° - 45° 750 1 1 2 2 3 4 5 6 7 8 9 12

Quantidade de conjuntos para amarração de topo (catracas com Stf = 750 kgf)

AMARRAÇÃO DE TOPO (VERTICAL)

DADOS TÉCNICOS

Produto padrão para ampla faixa de distintos tipos de carga

Caracteríticas Especial (partícula vermelhas e brancas na Design protegido e registrado superfície) Material Granulado de borracha mesclado com PU Formatos Placas ou rolos sob medida Espessura 3,4,5,6,8,10,12,15,20 mm(+/- 0,5mm) Variações máximas de carga de

superfície (máxima compressão de 30%

conforme)

de 125 t/m2 á 500 t/m2 (variando com o modelo e a

espessura)

Coefi ciente de atrito (µ) 0,80 á 0,92 (variando com o modelo e a espessura) Alongamento na ruptura mín. 60% (DIN EN ISO 1798) Resistência á tração mín. 0,6N/mm2 (DIN EN ISO 1798)

COMBINAÇÃO DE

MATERIAIS SECO MOLHADO MANTA* madeira/madeira 0,20-0,50 0,20-0,25 0,60

aço/madeira 0,20-0,50 0,20-0,25 0,60

aço/aço 0,10-0,25 0,10-0,0,25 0,60

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Segurança

A amarração de cargas é aplicada em sua maioria com conjuntos de amar-ração sintéticos (cintas com catraca móvel ou fi xa) ou com conjuntos de amarração de correntes grau 8 ou grau 10 (tensionadores + correntes com ganchos e encurtadores) através

de dois métodos principais: Amarra-ção de topo (vertical) e AmarraAmarra-ção direta (diagonal).

Para visualizarmos o efeito do coefi -ciente de atrito nos sistemas de amar-ração de cargas, apresentamos as ta-belas abaixo:

As mantas antideslizantes produzidas em conformidade com norma VDI 2700-15 deverão ser homologadas e testadas para um coefi ciente de atrito mínimo de 0,6. Este valor deverá ser utilizado nas fórmulas de cálculo para se reali-zar o dimensionamento do sistema de amarração e contenção de cargas. Na tabela abaixo encontramos as varia-ções dos coefi cientes de atrito entre os tipos mais comuns de materiais:

Quantidade de conjuntos para amarração de topo (catracas com Stf = 300 kgf) PREMISSAS DE

ENTRADA PESO DA CARGA (KG)

µ Ângulo α STF 1000 2000 3000 4000 5000 6000 8000 1000012000140001600020000 0,1 83° - 90° 300 16 31 - - - -0,1 45° - 83° 300 22 44 - - - -0,1 30° - 45° 300 31 62 - - - -0,2 83° - 90° 300 7 13 20 - - - -0,2 45° - 83° 300 9 19 28 - - - -0,2 30° - 45° 300 13 27 40 - - - -0,3 83° - 90° 300 4 7 11 15 19 22 - - - -0,3 45° - 83° 300 5 10 16 21 26 31 - - - -0,3 30° - 45° 300 7 15 22 30 37 44 - - - -0,4 83° - 90° 300 2 4 7 9 11 13 18 22 27 31 36 45 0,4 45° - 83° 300 3 6 9 13 16 19 25 31 38 44 50 63 0,4 30° - 45° 300 4 9 13 18 22 27 36 44 53 62 71 89 0,5 83° - 90° 300 1 3 4 5 7 8 11 13 16 19 21 27 0,5 45° - 83° 300 2 4 6 8 9 11 15 19 23 26 30 38 0,5 30° - 45° 300 3 5 8 11 13 16 21 27 32 37 43 53 0,6 83° - 90° 300 1 1 2 3 4 4 6 7 9 10 12 15 0,6 45° - 83° 300 1 2 3 4 5 6 8 10 13 15 17 21 0,6 30° - 45° 300 1 3 4 6 7 9 12 15 18 21 24 30 PREMISSAS DE

ENTRADA PESO DA CARGA (KG)

µ Ângulo α STF 1000 2000 3000 4000 5000 6000 8000 10000 12000 14000 16000 20000 0,1 83° - 90° 750 6 13 19 25 - - - -0,1 45° - 83° 750 9 18 26 35 - - - -0,1 30° - 45° 750 12 25 37 50 - - - -0,2 83° - 90° 750 3 5 8 11 13 16 21 - - - - -0,2 45° - 83° 750 4 8 11 15 19 23 30 - - - - -0,2 30° - 45° 750 5 11 16 21 27 32 43 - - - - -0,3 83° - 90° 750 1 3 4 6 7 9 12 15 18 21 24 30 0,3 45° - 83° 750 2 4 6 8 10 13 17 21 25 29 34 42 0,3 30° - 45° 750 3 6 9 12 15 18 24 30 36 41 47 59 0,4 83° - 90° 750 1 2 3 4 4 5 7 9 11 13 14 18 0,4 45° - 83° 750 1 3 4 5 6 8 10 13 15 18 20 25 0,4 30° - 45° 750 2 4 5 7 9 11 14 18 21 25 28 36 0,5 83° - 90° 750 1 1 2 2 3 3 4 5 6 8 9 11 0,5 45° - 83° 750 1 2 2 3 4 5 6 8 9 11 12 15 0,5 30° - 45° 750 1 2 3 4 5 6 9 11 13 15 17 21 0,6 83° - 90° 750 0 1 1 1 1 2 2 3 4 4 5 6 0,6 45° - 83° 750 0 1 1 2 2 3 3 4 5 6 7 8 0,6 30° - 45° 750 1 1 2 2 3 4 5 6 7 8 9 12

Quantidade de conjuntos para amarração de topo (catracas com Stf = 750 kgf)

AMARRAÇÃO DE TOPO (VERTICAL)

DADOS TÉCNICOS

Produto padrão para ampla faixa de distintos tipos de carga

Caracteríticas Especial (partícula vermelhas e brancas na Design protegido e registrado superfície) Material Granulado de borracha mesclado com PU Formatos Placas ou rolos sob medida Espessura 3,4,5,6,8,10,12,15,20 mm(+/- 0,5mm) Variações máximas de carga de

superfície (máxima compressão de 30%

conforme)

de 125 t/m2 á 500 t/m2 (variando com o modelo e a

espessura)

Coefi ciente de atrito (µ) 0,80 á 0,92 (variando com o modelo e a espessura) Alongamento na ruptura mín. 60% (DIN EN ISO 1798) Resistência á tração mín. 0,6N/mm2 (DIN EN ISO 1798)

COMBINAÇÃO DE

MATERIAIS SECO MOLHADO MANTA* madeira/madeira 0,20-0,50 0,20-0,25 0,60 aço/madeira 0,20-0,50 0,20-0,25 0,60 aço/aço 0,10-0,25 0,10-0,0,25 0,60 concreto/madeira 0,30-0,60 0,30-0,50 0,60 HD52.indd 20 16/02/21 10:00 JAN/FEV • REVISTA HD | 21

(*) Fernando Fuertes é engenheiro, especialista em projeto, dimensionamento, cálculo,, especifi cação e inspeção de equipamentos de amarração e elevação de cargas com a utilização de cabos de aço, cintas sintéticas, correntes, olhais e seus acessórios com mais de 20 anos de experiência em operações de movimentação e transporte de cargas com vários cursos de especialização e inspeção feitos no Brasil e no exterior. Atualmente atua como gestor técnico na Amarração Serviços Consultoria e Treinamentos e na Fuertes Indústria e Comércio de Produtos para Movimentação de Cargas. Sugestões e comentários enviar para fernando@amarracaodecargas.com.br

Determinação da amarração direta (diagonal) Capacidade de carga (LC) individual - 4 amarrações

Coefi ciente de atrito (μ)

Peso da carga(kg) μ=0,1 μ=0,2 μ=0,3 μ=0,6 50.000 - - - 10.000 46.000 - - - 6.300 42.000 - - - 6.300 40.000 - - 20.000 6.300 35.000 - - 20.000 6.300 30.000 - - 16.000 4.000 26.000 - - 16.000 4.000 22.000 - 20.000 16.000 4.000 20.000 - 20.000 10.000 4.000 16.000 - 16.000 10.000 2.500 10.000 16.000 10.000 6.300 1.500 8.000 16.000 10.000 4.000 1.500 5.000 10.000 6.300 2.500 750 4.000 6.300 4.000 2.000 750 3.000 6.300 4.000 1.500 500 2.000 4.000 2.000 1.000 500 1.000 1.500 1.000 500 250

Ângulo vertical α entre 20° e 65°, ângulo horizontal β entre 6° e 55°. Todos valores da tabela foram arredondados para cima de forma que os valores de LC (capacidade de carga) se enquadrem nas tabelas de mercado.

Quanto á inspeção, as mantas antides-lizantes deverão ser retiradas de servi-ço ao se detectar:

• Deformações permanentes ou marcas de compressão • Abrasão superfi cial • Buracos

• Áreas inchadas

• Danos devido ao contato com substâncias agressivas • Fragmentação

• Sujeira que afeta a função antiderrapante

Tanto na amarração de topo como na amarração direta, percebe-se a enorme infl uência do coefi ciente de atrito. O investimento em mantas antidesli-zantes certifi cadas viabiliza a imple-mentação do sistema de amarração e contenção de cargas profi ssional com elevado nível de segurança, confi abili-dade e com signifi cativa economia.

AMARRAÇÃO DE TOPO (VERTICAL)

» Di vul gação » Di vul gação HD52.indd 21 16/02/21 10:00

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22| REVISTA HD • JAN/FEV ACESSE CRANEBRASIL.COM.BR

por»Ednilson Hummig

A transformação digital fi nalmente está chegando para integrar todos os elementos díspares da cadeia de crédito, cobrança e recuperação de garantias. Uma inovação que inte-ressa de forma muito direta para os envolvidos na produção, aquisição e venda de ativos fi nanceiros. No caso do setor de engenharia e movimen-tação, estamos falando, por exem-plo, de veículos pesados, içadeiras, guindastes e todo o tipo de equipa-mentos. Equipamentos que são, a um tempo, objeto de fi nanciamento e garantia creditícia.

O caráter fragmentado dessa ca-deia de negócios provoca um forte descompasso entre os vários entes imbricados no ciclo que vai do fi nan-ciamento eventual à retomada. Dados ofi ciais do Banco Central demonstram o grande buraco que se forma pelas difi culdades de sincronização e agili-zação dessas camadas díspares. Um gap que fi ca patente na hora de con-verter os bens da inadimplência em garantia efetivamente recuperada. Para cada R$ 482 bilhões em unida-des fi nanciadas num período de três anos, entre veículos leves e pesados, as empresas registraram uma perda líquida permanente em torno de R$ 16 bilhões. E isto não inclui diversos

tipos de implementos. Pelos dados correntes do BR, que a taxa de frus-tração defi nitiva na recuperação de bens dados em garantia atinge a es-tratosférica taxa de 10% no Território. A realidade retratada pelo Bacen é velha conhecida de empresas como a Con-sórcio Randon, pertencente ao Grupo Randon, um dos mais fortes do Brasil no fi nanciamento de bens e equipa-mentos pesados. Para superá-la, a Consórcio Randon passou a prestar atenção em novos modelos de opera-ção de processos trazidos pelo mundo fi ntech. Assim, em 2020 o grupo abriu passagem para a parceria com a nossa startup globalizada – a Onmihunter. A partir daí, iniciou a incorporação de in-teligência investigativa na gestão ope-racional e estratégica de sua cadeia de valor do ciclo de retomadas.

Ao invés de anotações em pranche-tas, a introduzimos o uso técnicas de vídeo analítico para reconhecimento de objetos codifi cados. E os proces-sos foram automatizados através de regras de negócio. Dessa forma, o ganho de efi ciência é operacional em torno de 84% nos tempos das equi-pes envolvidas em retomadas. Isto possibilita mais foco no processo investigativo e uma produtividade de até 600% maior dos entes envolvidos.

A Randon rompeu com a fragmenta-ção e centralizou num único console a base informações sobreas garan-tias alvos, classifi cando-as como passíveis de entregas amigáveis, ou de busca e apreensão. Isto inclui os dados e documentos que compõem as fi chas encaminhadas simultanea-mente aos escritórios jurídicos e aos “agentes localizadores”.

Através de aplicativos móveis, os agentes AL passaram a receber e ge-renciar de forma online as fi chas dos bens e todos os dados e documentos com atualização dinâmica. A troca de mensagens entre o Consórcio e os Escritórios e com os ALs passou a ser rastreável e organizada dentro de cada caso jurídico trabalhado. Um App criado para organizar a jor-nada do “agente de localização” permite identifi car por GPS os alvos suspeitos de apreensão de cada escritório, bem como realizar dili-gências, receber notifi cações, trocar mensagens seguras com seu gestor, registrar vistorias de apreensões, e acompanhar a performance com to-tal compliance. Tudo isto com base em computação por imagem e inte-rações cognitivas com baixa neces-sidade de interação escrita ou uso do teclado alfanumérico do celular.

Mercado

A RETOMADA DE BENS

DADOS EM GARANTIA

Com uso de aplicativo, Randon passou a receber e

gerenciar de forma online as fi chas dos bens e todos

os dados e documentos com atualização dinâmica

*Ednilson Hummig é sócio fundador da OMNIHUNTER, uma fi ntech voltada à transformação digital da cadeia de valor de crédito, cobrança e retomada.

A OMNIHUNTER é investida e referendada pelos Fundos de Participações BOSSA NOVA e DARWIN Startups, composto por [B]3 (Brasil, Bolsa, Balcão), TransUnion, RTM, NeoWay, CNSegPar. Em 2020, a OMNIHUNTER foi classifi cada como TOP10 no ranking 100 Open Statups, competindo com 1.117 empresas de inovação.

Referências

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