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15º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental

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Academic year: 2021

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15º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental  

 

ATUALIZAÇÃO DA BASE DE DADOS DOS DESASTRES 

HIDROMETEOROLÓGICOS NA MESORREGIÃO DO SUDESTE DO PARÁ 

(PA) ENTRE 2011 A 2014 

  Aldenicy Malcher de Oliveira 1; Milena Marília Nogueira de Andrade ∙.   

Resumo – Os desastres naturais são caracterizados por sua origem natural, que com a        contribuição antrópica, intensificam­se desencadeando efeitos que fogem a capacidade de        resiliência de determinada comunidade para lidar com o evento em questão. Em subsequência,        essas ações não afetam somente a comunidade em seu caráter físico, mas discorre causando        danos materiais, sociais e também biológicos. A região amazônica, em contexto geral, tem sido        impactada por eventos hidrometerológicos extremos. O trabalho a ser apresentado teve como        base a atualização do banco de dados dos desastres até o ano de 2014, complementando os        dados existentes do período de 1991­2010 para a mesorregião do sudeste paraense, resultando        149 eventos oficiais. O enfoque foi para os eventos de estiagem e seca, inundação brusca e        inundação gradual que são comumente registrados no estado do Pará. 

 

Abstract –   Natural disasters are characterized by their natural origin, with the anthropogenic        contribution, intensify ­ triggering effects fleeing the given community resilience to deal with the        event in question. In subsequence, these actions not only affect the community’s physical        character, but also causes material, social and also biological damage. The Amazon region in        general context has been impacted by extreme hydrometeorological events. The work to be        presented was based on updating the disaster of the database by the year 2014, supplementing        existing data from the 1991­2010 period to the middle region of southeastern Pará, resulting 149        official events. The focus was on the drought events and drought, flash flooding and riverine flood        that are commonly reported in the state of Pará.      1. Palavras­Chave  – desastres hidrometerologicos; desastres naturais; Pará  1. Keywords – Hydrometeorological disasters; natural disasters; Pará       1Discente do curso Bacharelado Interdisciplinar em Ciências da Terra, na Universidade Federal do Oeste do Pará, Santarém – Pará. 

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1. INTRODUÇÃO 

 

A mesorregião do sudeste paraense é formada por 39 municípios distribuídos em 6        microrregiões, sendo elas: Conceição do Araguaia, Marabá, Paragominas, Parauapebas,        Redenção, São Felix do Xingu e Tucuruí, tendo como principais rios: Rio Xingu, Rio Tocantins, Rio        Itacaiunas e Rio Fresco. E com uma população estimada de 617 mil habitantes (IBGE, 2010). Ao        longo dos últimos 20 anos essa região foi afetada com mais de 140 registros de desastres        naturais. Esses dados podem ser confirmados através de decretos de situação de emergência        homologados pelo Estado. 

O objetivo do trabalho foi atualizar a base de dados existente dos desastres naturais        hidrometeorológicos na mesorregião do sudeste do Pará, sendo eles: seca e estiagem, inundação        brusca e inundação gradual, dando ênfase principalmente nos dois últimos eventos que são os        mais presentes na região. 

Uma enxurrada ou inundação brusca pode ser caraterizada a partir da ocorrência da precipitação        concentrada e intensa em um local de relevo acidentado, gerando assim uma violenta torrente de        água (Goerl; Kobiyama, 2005). 

E no caso das inundações graduais, que são as mais recorrentes em todo o Estado do

       

Pará, do ano de 1991 a 2010 foram registrados 223 registros oficiais (CEPED, 2011). A inundação        gradual pode ser entendida como a elevação da água de forma lenta e previsível, mantendo­se        em situação de cheia, até que haja a vazão dessa água (Goerl; Kobiyama, 2005). 

 

2. METODOLOGIA   

Inicialmente as informações contidas no Atlas Brasileiro de Desastres Naturais – Volume        Pará, foram atualizadas com buscas no       site Diário Oficial de Estado a partir do ano de 2011,        buscando por decretos de situação de emergência e alerta referente às cidades que compõe a        mesorregião do sudeste paraense. Estes dados foram todos inseridos em um Sistema de        Informação Geográfica (SIG).Também foi levado em consideração notícias não oficias de cidades        da mesorregião onde ocorreram desastres naturais, mas não tiveram decretos municipais        homologados. 

Para elaboração dos mapas foi utilizado o       software ArcGis 10.1. Utilizando os vetores            referentes a cidades do estado do Pará, e o       shape da mesorregião do estado. Foi feita uma       seleção da mesorregião sudeste, e em seguida selecionado os vetores dos municípios que        compõe o estado. Utilizou­se a ferramenta       Export Data    para ser criado shapes referentes ao       objeto de interesse. As informações dos eventos foram organizadas em uma tabela.        3. RESULTADOS    3.1 Estiagem e Seca 

Entretanto, mesmo que em menor escala, não podemos descartar os registros de eventos        relacionados à intensa redução de precipitações hídricas, que totalizaram 28 registros em todo        estado no decorrer de 20 anos, porém, estes são mais frequentes na mesorregião do Baixo       

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eventos que correspondem à estiagem a seca, em todo o estado.       Nenhum evento de estiagem e          seca foi registrado na região entre 2011 a 2014.  

 

3.2 Inundação Brusca 

No estado no Pará, do ano de 1991 a 2010, foram registrados pelo Diário Oficial do Estado        155 eventos caracterizados como inundação brusca, sendo que desse total de eventos, a        mesorregião do sudeste paraense correspondeu a 37,41% dessas ocorrências, o que totalizam a        quantidade de 58 eventos. Do ano de 2011 a 2014 foram registradas mais duas ocorrências na        mesorregião, ambas na cidade de Santana do Araguaia, no ano de 2011 e 2012. 

 

3.3 Inundação Gradual 

Esse tipo de inundações graduais são as mais recorrentes em todo o Estado do Pará, do        ano de 1991 a 2010 foram registrados 223 registros oficiais (CEPED, 2011). 

O sudeste paraense registrou, do ano de 1991 a 2010, 87 ocorrências oficiais, sendo que a        cidade de Marabá foi a cidade que mais registrou ocorrências nesse intervalo de anos, com 15        registros, CEPED (2011). Do ano de 2011 a 2014, foram registrados 6 registros oficias. Para o        período analisado ocorreram mais 9 novos desastres na região. Se levarmos em consideração        também àqueles registrados apenas em decretos municipais, esse número se eleva. Sendo que 2        eventos foram registrados na cidade de Marabá, no ano de 2011 e 2014, mas apenas o evento        2014 foi homologado pela Estado como situação de emergência, da mesma forma aconteceu na        cidade de Parauapebas e Tucuruí, que não tem tiveram nenhum registro oficial, mas 1 decreto        municipal no ano de 2011. As cidades de Santa Maria das Barreiras e São Félix do Xingu,        registraram 1 evento oficial, as duas no ano de 2011. A cidade de Santana do Araguaia foi à        única que teve dois eventos oficiais em anos consecutivos, entre 2013 e 2014. 

É importante a atualização desse banco de dados de forma constante, ficando em alerta        para as regiões em que mais sofrem com eventos de desastres hidrometereologicos, por esses        são os mais frequentes nessa mesorregião do Pará.                               

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3.4 Total de Eventos 

Entre os anos de 1991 a 2010 foram totalizados 141 eventos na mesorregião do sudeste        paraense (CEPED, 2011). Os eventos registrados entre o período de 2011 a 2014, 8 foram        registrados pelo Diário Oficial da União, resultando assim 149 registros de desastres naturais        (FIGURA 1.0).  1.0– Mapa geral de desastre natural, por município, entre 1991 a 2014.                                                             

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4. CONCLUSÕES   

Devido as grandes variáveis que afetam a região, dificultando ainda mais medidas que        possam prever esses desastres, medidas educativas e políticas públicas para informar as        populações afetadas, periodicamente, por esses eventos, ainda é a melhor saída, para que haja        diminuição na taxa de impacto e danos. 

 

REFERÊNCIAS   

   

ROLIM, P.A.M.; SANTOS, D.M.; ROCHA, E.J.P. Variabilidade da Precipitação na Amazônia:        Implicações Sócioeconômicas. In.: XIV Congresso Brasileiro de Meteorologia, 2008, Florianópolis.        Anais eletrônicos. Florianópolis: SBMET, 2006. Disponível em: 

 

FIGUEROA, S.N.; NOBRE, C. Precipitations distribution over Central and Western Tropical South        America. Climanálise­Boletim de Monitoramento e Análise Climática, 2009, pág 36 

 

LOPES, M. N. G.; DE SOUZA, E. B.; FERREIRA, D. B. S. CLIMATOLOGIA REGIONAL DA        PRECIPITAÇÃO NO ESTADO DO PARÁ. In: Revista Brasileira de Climatologia, Ano 9 – Vol. 12 –        JAN/JUL 2013, pag 84 – 102. 

 

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ESTUDO E PESQUISA SOBRE DESASTRES (CEPED).       Atlas 

brasileiro de desastres naturais 1991 a 2010, Vol. Pará                . 2011. Florianópolis. Disponível       

em:<http://150.162.127.14:8080/atlas/Atlas%20Para.pdf>   

Referências

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