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INTRODUÇÃO AO DIREITO PENAL

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(4)

Conceito:

Conjunto de leis e princípios

destinados a combater a prática de

uma infração penal, mediante a

(5)
(6)

 Relação do Direito Penal com outros

ramos (principais caracteristicas):

 Processo penal: instrumentaliza a

jurisdição

 Constitucional: cria parâmetro de

legitimidade das leis penais e delimitam o âmbito de aplicação

(7)

 Administrativo: organiza o

funcionamento da administração pública

 Civil: o ilícito nasce no direito civil

 Internacional: dita posturas a serem

(8)
(9)

 Funções do Direito Penal:

 Instrumento de convivência dos homens

em sociedade, exercendo diversas funções (tais como):

 - proteger bens jurídicos

 - exercer controle social e preservação

da paz

 - instrumento de garantia prévia  - etc

(10)
(11)

 Direito Penal Fundamental:

 Normas e princípios aplicados a todas as

infrações

 Parte Geral e excepcionalmente regras

específicas (conceito de domicílio – art. 150 §§ 4º e 5º / conceito de funcionário público – art. 327 , etc)

(12)

 Direito Penal Complementar:

 Conjunto de normas que integram o

acervo da legislação penal especial

 (Violência Doméstica, Drogas, Sistema

(13)

 Direito Penal Comum:

 Conjunto de normas que aplicam-se a

todas as pessoas

 (Código Penal, Lei de Drogas, Lei de

(14)

 Direito Penal Especial:

 Conjunto de normas que aplicam-se a

determinadas pessoas

 (Código Penal Militar, Crimes de

(15)

 Direito Penal Geral:

 Conjunto de normas que aplicam-se em

todo o território nacional (art. 22, I da CF)

 Direito Penal Local:

 Conjunto de normas que aplicam-se

somente em determinada localidade do

território nacional, por questões específicas (art. 22, parágrafo único da CF)

(16)

 Direito Penal Objetivo:

 Conjunto de normas em vigor

 Direito Penal Subjetivo:  Direito de Punir

(17)

 Direito Penal Material (ou subtantivo):

 Direito Penal propriamente dito (Leis em

vigor)

 Direito Penal Formal (ou adjetivo):  Leis processuais penais em vigor

(18)
(19)

FONTES DO DIREITO PENAL

FONTES

MATERIAL

FORMAL

IMEDIATA

(20)

 Material: União (art. 22, I, CF) e

Excepcionalmente os Estados (art. 22, p. único, CF)

 Formal Imediata: Lei (única que pode

criar crimes e cominar penas)

 Formal Mediata (ou secundária):

Costumes, princípios gerais do Direito, atos administrativos e Súmula Vinculante

(21)
(22)

 Reserva Legal (estrita legalidade) :  Somente a lei poderá criar crimes e

penas

 Dá origem aos princípios da

(23)

 Culpabilidade:

 Não há punição sem responsabilidade

(24)

 Insignificância:

 O Direito Penal não deve se ocupar de

(25)
(26)

Ementa: PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO

ESPECIAL. TENTATIVA DE

FURTO. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. PRINCÍPIO D A INSIGNIFICÂNCIA. DIMINUTO VALOR. RESTITUIÇÃO À VÍTIMA. PREPONDERÂNCIA SOBRE A REITERAÇÃO DELITIVA. AGRAVO PROVIDO. 1. Sedimentou-se a orientação jurisprudencial no sentido de que a incidência do princípio da insignificância pressupõe a concomitância de quatro vetores: a) mínima ofensividade da conduta do agente; b) nenhuma periculosidade social da ação; c) reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento e d) inexpressividade da lesão jurídica provocada. 2. A reiteração delitiva tem sido compreendida (segue)

(27)

como obstáculo inicial à tese da insignificância, ressalvada excepcional peculiaridade do caso penal. 3. Em razão da coisa que se tentou furtar (dois cosméticos), seu diminuto valor (R$ 8,38 - oito reais e trinta e oito centavos), com restituição à vítima, estabelecimento comercial, admite-se a insignificância, excepcionando-se a condição de reiteração delitiva do agente. 4. Agravo regimental provido. Recurso especial a que se nega provimento. (STJ – Agravo Regimental no Recurso Especial 1377789 – MG – 2013)

(28)

FURTO SIMPLES. RECURSO DEFENSIVO DESEJANDO A ABSOLVIÇÃO POR ATIPIA DA CONDUTA, SOB A ALEGAÇÃO DE ÍNFIMA LESIVIDADE AO BEM JURÍDICO PENALMENTE TUTELADO. EM SEDE ALTERNATIVA, ALMEJA A MITIGAÇÃO DA RESPOSTA PENAL, COM A SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS. A prova que foi judicializada demonstra que a recorrente ingressou na Loja Zara do Shopping Leblon e subtraiu 01 (uma) calça estampada em preto e branco, no valor de R$199,00 (cento e noventa e nove reais); 01 (um) lenço estampado com flores azuis, no valor de R$159,00 (cento e cinquenta e nove reais) e 01 (uma) sandália rasteira preta com detalhes dourados, no valor de R$189,00 (segue)

(29)

(cento e oitenta e nove reais), todos os bens de propriedade do referido estabelecimento comercial. Os bens subtraídos possuíam à época do fato o valor total de R$ 547,00, valor este que está longe de ser considerado bagatela. Como já assentou o Supremo Tribunal Federal o princípio da insignificância incide quando presentes as seguintes condições objetivas: a) mínima ofensividade da conduta do agente; b) nenhuma periculosidade social da ação; c) grau reduzido de reprovabilidade do comportamento, e d) inexpressividade da lesão jurídica provocada. De acordo com a doutrina e a jurisprudência pátrias, o princípio da insignificância ou da bagatela, embora não previsto em lei, tem aplicação para fazer afastar a tipicidade penal em situações de (segue)

(30)

ínfima ofensividade da conduta, de modo a torná-la penalmente irrelevante. Tal postulado decorre dos princípios da fragmentariedade e da intervenção mínima do Estado em matéria criminal, pois o Direito Penal só deve alcançar os fatos que acarretem prejuízo efetivo ao titular do bem jurídico ou à sociedade. A tipicidade penal ocorre quando a conduta do agente se amolda à descrição abstrata da norma. Se a lesão não chega a atingir o bem jurídico tutelado, diante de sua insignificância, não há que se falar em adequação entre o fato e o tipo penal. Não é o que ocorre na hipótese vertente, onde o valor dos bens subtraídos quase atingem o valor do salário mínimo vigente à época do fato (R$ 724,00), não podendo ser considerado irrisório ou (segue)

(31)

incapaz de afetar o bem jurídico penalmente tutelado. Requesto absolutório de impossível agasalho. No tocante ao sancionamento, o apelo desafia acolhida. As penas básicas foram distanciadas do patamar mínimo legal sem aponte de elemento concreto lídimo para tal. O julgador fez menção genérica à personalidade da recorrente e sua conduta social, apontando a FAC e as informações de fls. 31/32. Tais peças nada espelham, senão meras anotações inconclusivas, cuja utilização não pode ser tolerada, sob pena de tangenciar o verbete n.º 444, da súmula do STJ. De igual modo, o mesmo Superior Tribunal de Justiça já firmou o entendimento, segundo o qual a aplicação do privilégio a que alude o § 2º, do art. 155, do CP não é (segue)

(32)

um ato discricionário do julgador. Em outras palavras, preenchidos os requisitos legais, o condenado possui o direito subjetivo ao amealho da aludida benesse. “In casu”, mesmo não havendo pleito recursal nesse sentido, vê-se que a recorrente é primária e o valor da res é inferior ao salário mínimo vigente à época do fato, parâmetro este também utilizado pela jurisprudência para o seu dimensionamento, fazendo, portanto, jus ao privilégio. O regime aberto foi bem fixado. Preenchidos os requisitos do art. 44, do CP, deve a pena privativa de liberdade ser substituída por uma pena restritiva de direito, na modalidade de prestação de serviços à comunidade. (segue)

(33)

RECURSO CONHECIDO E, PARCIALMENTE, PROVIDO, para afirmar que a recorrente realizou a conduta descrita no art. 155 c/c § 2º, do CP, mitigando suas penas, tudo na forma do voto do relator. (TJRJ -0391017-51.2014.8.19.0001 - APELAÇÃO - 1ª Ementa Des(a). GILMAR AUGUSTO TEIXEIRA -Julgamento: 15/02/2017 - OITAVA CÂMARA CRIMINAL APELAÇÃO CRIMINAL)

(34)

 Individualização da Pena:

 Preceito constitucional (art. 5º XLVI, CF) –

a aplicação da pena leva em conta a

norma penal em abstrato e os aspectos subjetivos e objetivos do crime

(35)

 Alteridade:

 (Claus Roxin) Proíbe a incriminação de

atitude meramente interna do agente (pensamentos, condutas moralmente censuráveis, etc)

(36)

 Confiança:

 Todos devem esperar por parte das

demais pessoas comportamentos

responsáveis e em consonância com o ordenamento jurídico

(37)

 Subsidiariedade:

 Atuação do Direito Penal apenas quando

os outros ramos do Direito e os demais meios de controle social forem

(38)

 Fragmentariedade:

 O Direito Penal não protege todos os

(39)

 Adequação Social :

 Não pode ser punido o comportamento

humano tipificado em lei que não

afrontar o sentimento social de Justiça (p. ex. trotes acadêmicos)

(40)

 Intervenção Mínima:

 O Direito Penal deve tutelar os bens

(41)

 Proporcionalidade:

 A criação de tipos penais gera um ônus

para os cidadãos e, por isso deve conter na essência uma vantagem para os

(42)

 Ofensividade (ou Lesividade) :

 Não há infração penal quando a conduta

não tiver oferecido ao menos perigo de lesão ao bem jurídico

(43)

 Intranscendência (ou da Personalidade):  Ninguém pode ser responsabilizado por

fato cometido por terceiro, não podendo a pena passar da pessoa do condenado

(44)

Ne bis in idem

:

 Não se admite a dupla punição pelo

(45)

 Isonomia :

 Tratar com igualdade os iguais e com

desigualdade os desiguais (p. ex.

condenado por tráfico primário e com pequena quantidade de droga merece pena menor do que o reincidente com maior quantidade)

(46)
(47)

 Incriminadoras :

 Não-incriminadoras: (permissivas,

exculpantes, interpretativas,

complementares, diretivas, integrativas)

 Completas (ou perfeitas) :

 Incompletas (ou imperfeitas) : (lei penal

em branco homogênea, lei penal em branco heterogênea, tipo aberto)

(48)
(49)
(50)

 É a tarefa mental que procura

estabelecer a vontade da lei

(51)

 Classificação quanto ao sujeito:  * autêntica (legislativa)

 * judicial

(52)

 Classificação quanto aos meios:  * gramatical (literal, sintática)

(53)

 Classificação quanto ao resultado:  * declaratória (declarativa, estrita):

perfeita sintonia entre o texto de lei e a sua vontade

 * Extensiva: quando a lei disse menos do

que queria dizer (p. ex. extorsão mediante cárcere privado)

 * Restritiva: quando a lei disse mais do

(54)

 Interpretação progressiva (adaptativa ou

evolutiva):

(55)

 Interpretação analógica (

intra legem

) :  A lei contém uma fórmula casuística

seguida de uma fórmula genérica (p. ex. art. 121, §2º inc. I, CP)

(56)

 Analogia

 - não é interpretação e sim forma de

integração

 - a lei pode ter lacunas, mas não o

ordenamento jurídico

 - tratamento igual dado a casos

semelhantes

(57)
(58)

 Princípio da continuidade das leis:  Revogação:

 - absoluta ou total – ab-rogação  - parcial – derrogação

 - expressa  - tácita

 - global 

(59)

LEI PENAL NO TEMPO

CONFLITO DE LEIS PENAIS NO TEMPO

DIREITO PENAL INTERTEMPORAL NOVATIO LEGIS IN PEJUS NOVATIO LEGIS IN MELLIUS

ABOLITIO

CRIMINIS

NOVATIO LEGIS INCRIMINADORA

(60)

 Conflito Aparente de Normas:  Soluções:

 - princípio da especialidade (p ex.

homicidio culposo de trânsito)

 - princípio da subsidiariedade (ex.

ameaça)

 - princípio da consunção (ou da

absorção) (p. ex. furto qualificado aborvendo a violação de domicílio)

(61)

 Teorias sobre o tempo do crime:  - atividade

(62)

 Leis Penais Especiais:  - temporária

(63)
(64)

A lei das Olimpíadas trouxe crimes

que estarão em vigor até 31.12.2016.

Vejam: Lei 13.284/16

(65)

Seção V

Das Disposições Penais

Utilização indevida de símbolos oficiais

Art. 17. Reproduzir, imitar, falsificar ou modificar

indevidamente quaisquer símbolos oficiais de titularidade das entidades organizadoras:

Pena – detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano ou multa. Art. 18. Importar, exportar, vender, distribuir, oferecer ou expor à venda, ocultar ou manter em estoque, sem

autorização das entidades organizadoras ou de pessoa por elas indicada, símbolos oficiais ou produtos resultantes da reprodução, imitação, falsificação ou modificação não

autorizadas de símbolos oficiais para fins comerciais ou de publicidade:

(66)

Pena – detenção de 1 (um) a 3 (três) meses ou multa. Marketing de emboscada por associação

Art. 19. Divulgar marcas, produtos ou serviços, com o fim de alcançar vantagem econômica ou publicitária, por meio de associação direta ou indireta com os Jogos, sem

autorização das entidades organizadoras ou de pessoa por elas indicada, induzindo terceiros a acreditar que tais

marcas, produtos ou serviços são aprovados, autorizados ou endossados pelas entidades organizadoras:

Pena – detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano ou multa. Parágrafo único. (segue)

(67)

Na mesma pena incorre quem, sem autorização das

entidades organizadoras ou de pessoa por elas indicada,

vincular o uso de ingressos, convites ou qualquer outro tipo de autorização ou credencial para os eventos oficiais a

ações de publicidade ou atividades comerciais com o intuito de obter vantagem econômica ou publicitária.

Marketing de emboscada por intrusão (segue)

(68)

Art. 20. Expor marcas, negócios, estabelecimentos,

produtos ou serviços ou praticar atividade promocional,

sem autorização das entidades organizadoras ou de pessoa por elas indicada, atraindo de qualquer forma a atenção

pública nos locais oficiais com o fim de obter vantagem econômica ou publicitária:

Pena – detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano ou multa. Art. 21. Nos crimes previstos neste Capítulo, somente se procede mediante representação das entidades

organizadoras. (segue)

(69)

Art. 22. Na fixação da pena de multa prevista neste Capítulo, o limite a que se refere o § 1º do art. 49 do

Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), pode ser acrescido ou reduzido em até 10 (dez)

vezes, de acordo com as condições financeiras do autor da infração e com a vantagem indevidamente auferida.

Art. 23. Os tipos penais previstos neste Capítulo terão vigência até o dia 31 de dezembro de 2016.

(70)
(71)

 Princípio da Territorialidade (regra):

 É o espaço em que o Estado exerce a sua

soberania política. Compreende:

 - espaço delimitado por fronteiras, sem

solução de continuidade

 - mar territorial ou marginal (12 milhas

marítimas de largura)

 - plataforma continental (200 milhas

marítimas

(72)

 - espaço aéreo

 - navios e aeronaves particular em

alto-mar ou em espaço correspondente a território nacional

 - navios ou aeronaves de natureza

(73)

 Territorialidade mitigada ou temperada

(Exceção )

 Brasileiro que comete crime no

estrangeiro ou estrangeiro que comete crime no Brasil

(74)

 Princípio da personalidade (ou da

nacionalidade)

 Aplica-se a lei brasileira para brasileiros

que cometeram crimes no estrangeiro (extraterritorialidade condicionada) ou para brasileiros que foram vítimas no estrangeiro (extraterritorialidade

(75)

 Princípio do domicílio

 Autor deve ser julgado de acordo com as

leis do país em que for domiciliado (p. ex. Genocídio) (extraterritorialidade

(76)

 Princípio da defesa (real ou de proteção)  Aplica-se a lei brasileira quando bens

jurídicos brasileiros forem atingidos (vida ou liberdade do Presidente da República, patrimônio ou fé pública da União, do

Distrito Federal, de Estado, de Município, de empresa pública, de sociedade de

economia mista, de autarquia ou

Fundação instituída pelo Poder Público) (extraterritorialidade incondicionada)

(77)

 Princípio da Justiça Universal (justiça

cosmopolita)

 Cooperação internacional (de acordo

com convenções e tratados

internacionais) (p. ex. tráfico de drogas)

(78)

 Princípio da representação (pavilhão,

bandeira)

 Crimes cometidos em navios ou

aeronaves mercantes, em território estrangeiro e ai não for julgado

(79)
(80)

 Diplomáticas e de Chefes de Governo

Estrangeiro

 - Princípio da reciprocidade do Direito

Internacional

 - Convenção de Viena (incorporado pelo

Decreto 56.435/65)

 - Irrenunciável

 - No caso dos Cônsules, limitada aos atos

de ofício

 - não se aplicam aos empregados

(81)

 Parlamentares

 - Prerrogativas ou garantias inerentes ao

exercício do mandado parlamentar

 * Poderá ser:

 - Absoluta, material, real, substantiva (art.

53, “caput” da CF)

 - Processual, formal, adjetiva ou imunidade

propriamente dita (art. 53, §§1º ao 5º da CF)

(82)

 - Absoluta, material, real, substantiva (art.

53, “caput” da CF)

 “Os Deputados e Senadores são invioláveis,

civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos”

(83)

 - Processual, formal, adjetiva ou imunidade

propriamente dita (art. 53, §§1º ao 5º da CF)

 “§ 1º Os Deputados e Senadores, desde a

expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal

(84)

 “§ 2º Desde a expedição do diploma, os

membros do Congresso Nacional não

poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro

horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão”.

(85)

 “§ 3º Recebida a denúncia contra o

Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal

Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela

representado e pelo voto da maioria de

seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação”.

(86)

 “§ 4º O pedido de sustação será apreciado

pela Casa respectiva no prazo

improrrogável de quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora”.

 “ § 5º A sustação do processo suspende a

(87)
(88)

A sentença estrangeira, quando a

aplicação da lei brasileira produz na

espécie as mesmas conseqüências,

pode ser homologada no Brasil (pelo

Superior Tribunal de Justiça) para:

(89)

I - obrigar o condenado à reparação

do dano, a restituições e a outros

efeitos civis;

(90)

A homologação dependerá de pedido

da parte interessada para o caso de

obrigar o condenado à reparação do

dano, a restituições e a outros efeitos

civis

(91)

Para outros efeitos, a homologação

dependerá da existência de tratado de

extradição com o país de cuja

autoridade judiciária emanou a

sentença, ou, na falta de tratado, de

requisição do Ministro da Justiça

(92)
(93)

Conduta

Conceito

É a ação ou omissão humana

consciente e dirigida a determinado

fim (Damásio)

(94)

Conduta

Características

- Humana

- Repercussão externa

- Dirigida a um fim

(95)

Conduta

Elementos

- Aspecto psíquico (comando cerebral)

- Aspecto mecânico ou neuromuscular

(96)

Conduta

* Diferença entre um ato:

- espontâneo

 autodeterminação

- voluntário

 decisão, nem sempre voltada a um fim  domina a ação dolosa ou culposa

(97)

Conduta

Formas de conduta

- Ação ou Comissão

 movimento corpóreo

- Omissão

 inatividade, abstenção de movimento, não

(98)

Conduta

 Omissão penalmente punível

 - Quando o agente tenha por lei

obrigação de cuidado, proteção ou vigilância

 - Quando o agente de outra forma,

assumiu a responsabilidade de impedir o resultado

 - Quando o agente, com o seu

comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado

(99)

Conduta

O garantidor tem que agir.

Se não agir responderá dolosamente ou

culposamente ?

(100)

Conduta

Dolosamente

- Se há vontade de não impedir o

resultado

OBS: não é necessário o desejo do

(101)

Conduta

Culposamente

- erro na apreciação da situação (ex.:

salvamento de criança x brincadeira)

- erro na execução da ação (ex.:

gasolina para apagar incêndio)

- erro sobre a possibilidade de agir

(102)

Conduta

- Caso fortuito (inesperado, acidental,

da natureza, etc)

- Força Maior (força coativa)

excluem a tipicidade do resultado

(103)
(104)

Resultado

Conceito:

Lesão ou perigo de lesão de um

interesse protegido pela norma penal

(Mirabete)

(105)

Resultado

Dessa forma, o resultado pode ser:

- Físico (externo ao homem)

- Fisiológico (ao homem)

(106)
(107)

Relação de Causalidade

(108)

Relação de Causalidade

O sentido jurídico, causa deve ser

(109)

Relação de Causalidade

- causalidade adequada (condição

mais adequada a produzir o resultado)

- eficiência (condição mais eficiente

para produzir o resultado)

- relevância jurídica (tudo que

(110)

Relação de Causalidade

O Código Penal adotou (art. 13) a

“Teoria da Equivalência das

Condições” ou “Teoria da Equivalência

dos Antecedentes”

(sem a força concorrente o fato não

(111)

Relação de Causalidade

Para verificação do nexo de

causalidade:

“Processo Hipotético de Eliminação”

(112)
(113)

PENAL E PROCESSUAL PENAL- RECURSO EM SENTIDO ESTRITO - REDUÇÃO A CONDIÇÃO ANÁLOGA À DE ESCRAVO - FRUSTRAÇÃO DE DIREITO ASSEGURADO POR LEI TRABALHISTA E AUSÊNCIA DE ANOTAÇÕES NAS CARTEIRAS DE TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIAL - ARTS. 149 , 203 , 297 , § 4º , DO CÓDIGO PENAL

-DENÚNCIA QUE IMPUTA A PRÁTICA

DELITUOSA SEM DEMONSTRAR O NEXO

CAUSAL ENTRE O CRIME IMPUTADO E O ACUSADO - NÃO-RECEBIMENTO. a) Recurso em Sentido Estrito. b) Decisão de origem - Rejeitada a Denúncia em relação a um dos acusados por falta de indícios de autoria. (segue)

(114)

1 - A verificação da narração de fato típico, antijurídico e culpável, da inexistência de causa de extinção da punibilidade e da presença das condições exigidas pela lei para o exercício da persecução criminal, incluída a justa causa, revela-se fundamental para o juízo de admissibilidade de deflagração da Ação Penal. 2 -Conforme preceitua o art. 13 do Código Penal, o resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. A Denúncia, apesar de não se exigir a descrição minuciosa da ação do acusado, precisa estabelecer algum vínculo mínimo entre o investigado e o crime que lhe é atribuído. 3 - Recurso denegado. 4 - Decisão confirmada. (TRF-1 - RECURSO EM SENTIDO ESTRITO RSE 1530920134014302 TO 0000153-09.2013.4.01.4302 – 20/09/2013)

(115)

HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO CULPOSO. VÍTIMA - MERGULHADOR PROFISSIONAL CONTRATADO PARA VISTORIAR ACIDENTE MARÍTIMO. ART.

121, §§ 3º E 4º, PRIMEIRA PARTE, DO CÓDIGO

PENAL. TRANCAMENTO DE AÇÃO PENAL.

AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA. 1. Para que o agente seja condenado pela prática de crime culposo, são necessários, dentre outros requisitos: a inobservância do dever de cuidado objetivo (negligência, imprudência ou imperícia) e o nexo de causalidade. 2. No caso, a denúncia imputa ao paciente a prática de crime omissivo culposo, no forma imprópria. A teor do § 2º do art. 13

(116)

delito quem se encontrar dentro de um determinado círculo normativo, ou seja, em posição de garantidor. 3. A hipótese não trata, evidentemente, de uma autêntica relação causal, já que a omissão, sendo um não-agir, nada poderia causar, no sentido naturalístico da expressão. Portanto, a relação causal exigida para a configuração do fato típico em questão é de natureza normativa. 4. Da análise singela dos autos, sem que haja a necessidade de se incursionar na seara fático-probatória, verifico que a ausência do nexo causal se confirma nas narrativas constantes na própria denúncia. 5. Diante do quadro delineado, não há falar em negligência na conduta do paciente (engenheiro naval), dado que (segue)

(117)

prestou as informações que entendia pertinentes ao êxito do trabalho do profissional qualificado, alertando-o sobre a sua exposição à substância tóxica, confiando que o contratado executaria a operação de mergulho dentro das regras de segurança exigíveis ao desempenho de sua atividade, que mesmo em situações normais já é extremamente perigosa. 6. Ainda que se admita a existência de relação de causalidade entre a conduta do acusado e a morte do mergulhador, à luz da teoria da imputação objetiva, seria necessária a demonstração da criação pelo paciente de uma situação de risco não permitido, não-ocorrente, na hipótese. 7. Com efeito, não há como asseverar, de forma efetiva, (segue)

(118)

que engenheiro tenha contribuído de alguma forma para aumentar o risco já existente (permitido) ou estabelecido situação que ultrapasse os limites para os quais tal risco seria juridicamente tolerado. 8. Habeas corpus concedido para trancar a ação penal, por atipicidade da conduta.

(STJ _ HC 68871 PR 2006/0233748-1 - Orgão Julgador - SEXTA TURMA – Publicação DJe 05/10/2009 – Rel. Min. MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA)

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