• Nenhum resultado encontrado

DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO"

Copied!
6
0
0

Texto

(1)

DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO

Mudança dos hábitos alimentares dos portugueses

A dieta alimentar dos portugueses alterou-se significativamente. O consumo alimentar per capita por grupos de alimentos cresceu de forma significativa, acompanhando naturalmente o desenvolvimento económico do país e o maior poder de compra das famílias.

Os hábitos alimentares da população portuguesa tendem a ajustar-se aos das economias mais desenvolvidas e industrializadas e a afastar-se da chamada dieta mediterrânica. Globalmente, verificou-se um crescimento muito significativo do consumo de produtos de origem animal, em particular leite e carnes, um aumento igualmente expressivo na capitação de frutos e hortícolas e um crescimento relativamente moderado no consumo de cereais. No caso do vinho, verificou-se uma forte diminuição no consumo.

Entre 1989 e 2001 o consumo per capita de carnes cresceu 41,7%, isto é, passou de 74,1 kg/hab./ano para 105,0 Kg/hab./ano. Em igual período, o consumo per capita de carnes vermelhas aumentou mais do que o de carnes brancas.

A capitação de carne de porco, a mais elevada no total das carnes, cresceu 54,5% e a de bovino cresceu 2,7%;

a capitação de animais de capoeira aumentou 70,7%.

15 de Outubro de 2002 Informação à

Comunicação Social

Evolução do consumo "per capita" de carnes por espécie 1989 a 2001

105,0 Total de carnes

74,1

B ovinos Suínos

A nim ais de capoeira

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110

(2)

No consumo de leite registou-se, igualmente, uma progressão. Em 1989 o consumo anual de cada português situava-se nos 84,6 litros, enquanto em 2001 foi de 89,6 litros, o que significa que cada português bebeu, em média, cerca de 2 copos de leite por dia.

A evolução das capitações de frutos e hortícolas foi, também, de crescimento, respectivamente, 50,5% e 47,3%

entre os anos de 1989 e 2000.

No caso dos cereais observa-se, em igual período, um crescimento mais moderado do consumo, cerca de 9%.

Evolução do consumo "per capita" do total de Frutos

1989/90 a 2000/01

132,1

87,8

70 80 90 100 110 120 130 140

Evolução do consumo "per capita" dos Produtos Hortícolas

1989/90 a 2000/01

80,6

118,7

40 50 60 70 80 90 100 110 120 130

Evolução do consum o "per capita" dos Cereais 1989/90 a 2000/01

118,2

128,9

105 110 115 120 125 130 135

Evolução do consumo "per capita" de leite 1989 a 2001

84,6

89,6

70 75 80 85 90 95 100

(3)

Evolução do consumo "per capita" de óleos e gorduras vegetais

1990 a 2001

20,0

21,5 Total de gorduras e óleos

vegetais

3,3

5,9 A zeite

0,0 2,5 5,0 7,5 10,0 12,5 15,0 17,5 20,0 22,5 25,0

Igualmente moderada tem sido a evolução do consumo de óleos e gorduras, que registou um crescimento de 7,5% entre 1990 e 2000.

De salientar que no caso particular do azeite se verificou, em igual período, um forte crescimento, o qual foi mais acentuado a partir de meados dos anos 90.

Assinale-se, contudo, que o consumo de azeite representa, apenas, pouco mais de

¼ do total de óleos e gorduras consumidas.

O consumo per capita de vinho tem vindo a evoluir negativamente durante a década de noventa. Em 1989 cada português consumia em média, por ano, 60,8 litros de vinho, enquanto em 2000 este valor cai para os 46,9 litros (-23%).

Preponderância da alimentação na despesa total dos agregados familiares

Desde 1989 até 2000 verificou-se que os “produtos alimentares” perderam significativamente expressão no total da despesa de consumo das famílias, com uma diminuição de 11 pontos percentuais (p.p.), já que, no início deste período, esta rubrica da despesa representava 29% do total, tendo o seu peso caído para 18% da globalidade da despesa em 2000.

Quanto às bebidas, enquanto que as não alcoólicas mantiveram a sua representatividade (0,7%), as alcoólicas diminuíram a sua preponderância de 2,3% para 1,2% em 2000.

As “despesas em restaurantes, cafés e similares” evidenciaram um crescimento gradual ao longo da década, atingindo, em 2000, um valor médio por agregado familiar que representava 49% da despesa em “produtos alimentares e bebidas não alcoólicas”, enquanto que esta proporção se situava em apenas 30% em 1989.

As tendências evolutivas mencionadas foram mais acentuadas na primeira metade da década.

Evolução do consumo "per capita" de Vinho 1989/90 a 2000/01

46,9 60,8

30 40 50 60 70 80

(4)

Despesa média anual do agregado familiar em alimentação, bebidas e tabaco, bem como em restaurantes, cafés e similares

(preços correntes)

As rubricas da alimentação

Os agregados familiares portugueses têm aplicado a maior fatia da sua despesa de consumo destinada a

“produtos alimentares e bebidas não alcoólicas” em “carne e derivados” (28% em 2000), seguindo-se o

“peixe e derivados” (17% neste ano) e, em terceira ordem de grandeza, os “cereais e produtos à base de cereais” (14%). Apesar das variações sentidas ao longo da década em análise, estas três rubricas têm mantido a sua posição no ranking das parcelas mais importantes.

Repartição da despesa média do agregados familiar em “produtos alimentares e bebidas não alcoólicas”

Considerando o intervalo temporal em estudo, enquanto que a “carne e derivados” evidenciou a maior diminuição percentual face à globalidade da despesa em “produtos alimentares e bebidas não alcoólicas”

(31, 29 e 28% respectivamente em 1989, 1995 e 2000), o “peixe e derivados” distinguiu-se pelo maior ganho de importância relativa dessa despesa, crescendo de 15% em 1989 para 17% em 2000.

39

% % %

TOTAL DA DESPESA 6 506 100,0 11 569 100,0 13 828 100,0

do qual :

1 919 29,5 2 435 21,0 2 579 18,7

01.1 Produtos alimentares 1 873 28,8 2 356 20,4 2 478 17,9

01.2 Bebidas não alcoólicas 45 0,7 79 0,7 101 0,7

241 3,7 325 2,8 391 2,8

02.1 Bebidas alcoólicas 149 2,3 157 1,4 171 1,2

02.2 Tabaco 92 1,4 168 1,5 218 1,6

02.3 Narcóticos e estupefacientes .. .. .. .. .. ..

11.1 Despesas em restaurantes, cafés e similares 569 8,7 1 026 8,9 1 267 9,2 2000 1989

02

1995

BEBIDAS ALCOÓLICAS, TABACO E NARCÓTICOS/ESTUPEFACIENTES

PRODUTOS ALIMENTARES E BEBIDAS NÃO ALCOÓLICAS

COICOP

01

IOF 1989

Peixe e derivados 15%

Águas minerais, refriger. e sumos

1%

Legumes e outr. hortíc., batatas e outr.tubérc.

9%

Cereais e prod.

à base de cereais

14%

Carne e derivados Leite, queijo e 31%

ovos 12%

Óleos e gorduras 7%

Frutos 8%

Açúcar, confeitaria, mel

e o.p. açúcar 2%

Café, chá e cacau

1%

P.alim.n.d.

0%

IOF 2000

P.alim.n.d.

1%

Café, chá e cacau Açúcar, 1%

confeitaria, mel e o.p. açúcar

3%

Frutos 8% Óleos e

gorduras 5%

Leite, queijo e ovos 12%

Carne e derivados 27%

Cereais e prod.

à base de cereais

14%

Legumes e outr.

hortíc., batatas e outr.tubérc.

9%

Águas minerais, refriger. e

sumos 3%

Peixe e derivados 17%

(5)

A despesa em “cereais e produtos à base de cereais” traduziu-se, em 2000, aproximadamente na mesma proporção que já se tinha verificado em 1989, ou seja, 14% do total de “produtos alimentares e bebidas não alcoólicas”, apesar do acréscimo de 1 p.p. a meio da década de 90.

Despesa média anual do agregado familiar em “produtos alimentares e bebidas não alcoólicas”

(preços correntes)

A rubrica “leite, queijo e ovos”, que tem representado a 4ª maior fatia da despesa em “produtos alimentares e bebidas não alcoólicas” verificou um andamento ligeiro, mas crescente, ao longo da década, partindo de 11,6%

em 1989 e chegando a 2000 com 12,3% da despesa naqueles produtos.

Pelo contrário, os “óleos e gorduras” têm pesado cada vez menos na despesa das famílias, já que representavam 6,8% dos “produtos alimentares e bebidas não alcoólicas” em 1989, mas em 2000 já só absorveram 4,6% desta despesa.

Comportamento muito estável tem caracterizado tanto os “legumes e outros hortícolas, incluindo batatas e outros tubérculos” (9,2%) como os “frutos” (7,5%).

Destacaram-se ainda as “águas minerais, refrigerantes e sumos”, na medida em que, enquanto que em 1989 representavam 48% da totalidade das “bebidas não alcoólicas”, chegam ao ano 2000 representando 70%

daquela rubrica, por contrapartida da correspondente perda de expressão de “café, chá e cacau”. Também em termos mais agregados as “águas minerais, refrigerantes e sumos” se demarcaram, na medida em que, considerando todos os “produtos alimentares e bebidas não alcoólicas”, evoluíram de um peso que se situava em 1,1% em 1989 para 2,7% em 2000.

Relativamente à despesa em “bebidas alcoólicas”, tem sido o vinho a absorver a maior fatia (82% em 2000). A grande diminuição de peso desta despesa em 1995 (menos 14,3 p.p.) foi apenas recuperada em parte em 2000 (+ 7,7 p.p.). A cerveja abarcou 11% da despesa em “bebidas alcoólicas” em 2000. Neste ano, a despesa em

“bebidas alcoólicas” foi 70% superior à despesa em “bebidas não alcoólicas”.

39

% total % classe % total % classe % total % classe 6 506 100,0 - 11 569 100,0 - 13 828 100,0 - do qual :

1 919 29,5 100,0 2 435 21,0 100,0 2 579 18,7 100,0

1 873 28,8 97,6 2 356 20,4 96,8 2 478 17,9 96,1

01.1.1 Cereais e produtos à base de cereais 265 4,1 13,8 368 3,2 15,1 370 2,7 14,3

01.1.2 Carne e derivados 594 9,1 30,9 711 6,1 29,2 716 5,2 27,8

01.1.3 Peixe e derivados 286 4,4 14,9 371 3,2 15,2 436 3,2 16,9

01.1.4 Leite, queijo e ovos 222 3,4 11,6 286 2,5 11,7 317 2,3 12,3

01.1.5 Óleos e gorduras 130 2,0 6,8 137 1,2 5,6 119 0,9 4,6

01.1.6 Frutos 144 2,2 7,5 179 1,5 7,4 194 1,4 7,5

01.1.7 Legumes e outros hortícolas, incluíndo batatas e out.tubérculos 177 2,7 9,2 231 2,0 9,5 237 1,7 9,2

01.1.8 Açúcar, confeitaria, mel e outros produtos à base de açúcar 46 0,7 2,4 62 0,5 2,5 73 0,5 2,8

01.1.9 Produtos alimentares n.d. 9 0,1 0,5 11 0,1 0,5 16 0,1 0,6

45 0,7 2,4 79 0,7 3,2 101 0,7 3,9

01.2.1 Café, chá e cacau 24 0,4 1,2 33 0,3 1,3 30 0,2 1,2

01.2.2 Águas minerais, refrigerantes e sumos 22 0,3 1,1 46 0,4 1,9 70 0,5 2,7

2000

1989 1995

TOTAL DA DESPESA COICOP

PRODUTOS ALIMENTARES E BEBIDAS NÃO ALCOÓLICAS Produtos alimentares

Bebidas não alcoólicas 01

01.1

01.2

(6)

Despesa média anual do agregado familiar em bebidas alcoólicas e tabaco, bem como em restaurantes, cafés e similares

(preços correntes)

FICHA TÉCNICA

BALANÇOS DE APROVISIONAMENTO

CAPITAÇÃO – Consumo humano médio expresso em quilogramas ou litros/ habitante, durante o período de referência, tomando para base do seu cálculo a população residente no seu território a meio ou no fim do ano, consoante o período de referência observado.

INQUÉRITO AOS ORÇAMENTOS FAMILIARES – 2000

ÂMBITO : agregados familiares residentes em alojamentos não colectivos, no território nacional.

MÉTODO DE INQUIRIÇÃO : misto - entrevista directa e auto-preenchimento.

NOMENCLATURA PARA A DESPESA : COICOP (do inglês, Classificação do Consumo Individual por Objectivos).

% total % grupo % total % grupo % total % grupo 6 506 100,0 - 11 569 100,0 - 13 828 100,0 - do qual :

241 3,7 - 325 2,8 - 391 2,8 -

149 2,3 100,0 157 1,4 100,0 171 1,2 100,0

02.1.1 Licores e vinhos generosos 4 0,1 2,9 19 0,2 12,2 12 0,1 6,8

02.1.2 Vinhos 132 2,0 88,8 117 1,0 74,4 140 1,0 82,1

02.1.3 Cervejas com ou sem álcool 12 0,2 8,3 21 0,2 13,3 19 0,1 11,1

92 1,4 100,0 168 1,5 100,0 218 1,6 100,0 569 8,7 100,0 1 026 8,9 100,0 1 267 9,2 100,0

11.1.1 Despesas em restaurantes e cafés 526 8,1 92,3 902 7,8 88,0 1 136 8,2 89,6

11.1.2 Despesas em cantinas 44 0,7 7,7 123 1,1 12,0 132 1,0 10,4

2000

1989 1995

TOTAL DA DESPESA COICOP

BEBIDAS ALCOÓLICAS E TABACO

Tabaco 02.2

02

11.1 Despesas em restaurantes, cafés e similares 02.1 Bebidas alcoólicas

Referências

Documentos relacionados

Atribuições: Na área comercial: • Responsável por buscar envolvimento com o cliente, através de visitas de atendimento, junto às áreas de relacionamento tais como: compras,

Os pagamentos dos rendimentos periódicos e o reembolso parcial antecipado das Unidades serão realizados trimestralmente (com início no Dia Útil que anteceda em

No caso dos dispositivos para testes de rastreio do sangue (à excepção dos testes de HBsAg e anti-HBc), todas as amostras verdadeiras positivas devem ser identificadas como

O modelo depois de seco fica muito mais claro e o facto de continuar a aplicar tapa poros não o escurece consegue-se sim uma dureza desejável que permite um bom polimento antes

Neo Decapeptyl pode ser usado como tratamento alternativo quando a orquiectomia (retirada dos testículos) ou a administração de estrógenos não são indicados ou não são aceitos

Preliminarmente, alega inépcia da inicial, vez que o requerente deixou de apresentar os requisitos essenciais da ação popular (ilegalidade e dano ao patrimônio público). No

Lembre-se que, durante o governo Collor, a Comissão era presidida pelo presidente do Banco e contava com até doze membros (sete do setor privado e quatro do governo)

O gerenciamento é realizado pelos sócios ou por pessoas ligadas aos mesmos por vinculo de parentesco ou amizade, ou seja, raramente possuem um gerenciamento profissional e eficaz,