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PARFOR/LETRAS. LOCAL: Baião PERÍODO: 21/07/2014 A 26/07/2014. PROFESSOR(A)-FORMADOR(A): Ellen Cristiane Oliveira

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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE EDUCAÇÃO

PLANO DE AÇÕES ARTICULADAS FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA - PARFOR

PARFOR/LETRAS

LOCAL: Baião_________________________________

PERÍODO: 21/07/2014 A 26/07/2014

PROFESSOR(A)-FORMADOR(A): Ellen Cristiane Oliveira

DISCIPLINA: Psicolinguística e Ensino da Leitura e da Escrita

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Caro Professor,

Neste nosso primeiro encontro faremos a leitura e reflexão do texto “Concepção de leitura: abordagens psicolinguísticas em interface com abordagens da neurociência”. Em seguida redija um texto expondo a(s) concepção(ões) de leitura que você conhece e/ou trabalha com seus alunos e os aspectos positivos e negativos dessa(s) concepção(ões); apresente, também, suas considerações acerca das concepções da psicolinguística e da neurolinguística sobre a leitura, expostas no texto-base. Bom trabalho!

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Concepção de leitura: abordagens psicolinguísticas em interface com

abordagens da neurociênciai

Samanta Demetrio da Silva1 A leitura é um dos processos fundamentais da comunicação humana. As concepções de leitura existem sob diversos modelos teóricos. O foco de nossa atenção, no presente texto, são dois modelos que se entrelaçam: a psicolinguística em interface com a neurociência. Segundo Leonor Scliar Cabral, em entrevista à revista Revel, a psicolinguística, como o nome indica, é uma ciência híbrida que resultou da intersecção entra a linguística e a psicologia, acrescidas pela teoria da informação, no que elas têm em comum.

As bases epistemológicas que possibilitaram o surgimento da psicolinguística no seminário de verão, na Universidade de Cornell, realizado de 18/06 a 10/08 de 1961, eram semelhantes. A interdisciplinaridade passou a prevalecer cada vez mais no cenário científico atual em que as neurociências dominam. O olhar da linguística até meados do séc. XX, tanto sob a influência do pensamento saussureano, quanto nos Estados Unidos, sob a ótica do distribucionalismo, era focado sobre o objeto língua, desvinculado de como era processado por falantes e ouvintes ou leitores e escritores. Sendo assim, a interface proposta é fundamental e elucida com bases teóricas o processo tanto de aquisição da linguagem quanto de compreensão da leitura.

Pesquisas psicolinguísticas entendem que o ato de ler é interagir com o texto. As relações texto-autor-leitor regem pesquisas realizadas por inúmeros autores em que essa interação, muitas vezes, rege o processamento da leitura. De acordo com Smith, a leitura não pode ser separada da escrita e do pensamento. Para esse teórico, ler não é simplesmente extrair informações do que está impresso. Sabemos que existe um conjunto de enfoques necessários para dar conta do que é o ato de ler. Existem necessidades tais como objetivos e expectativas de leitura. Nesse processo estão embricados o conhecimento prévio, a compreensão, as previsões tanto globais quanto focais, as estratégias de processamento do texto entre outras. Stanislas Dehaene, em seu livro Reading in the brain, descreve pesquisas pioneiras de como nosso cérebro processa a linguagem, sob diversos aspectos. Em se tratando da leitura, propriamente dita, Dehaene afirma que temos a ilusão de que a leitura é algo simples e que não demanda esforço porque através de vários anos de prática desenvolvemos essa habilidade. É

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Graduada pelo Centro Universitário Leonardo Da Vinci – UNIASSELVI – em Letras em 2009. Email: samidemetrio@hotmail.com.

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através desse cenário teórico das contribuições psicolinguísticas e das recentes pesquisas e contribuições das neurociências que discorremos nosso artigo. Para tanto, contaremos com uma divisão em tópicos em que desenvolveremos, separadamente, elementos dessas duas grandes áreas.

Leitura: abordagem psicolinguística

Muito tem se discutido acerca do ato de ler. Pesquisas sob a perspectiva da Psicolinguística sugiram a fim de dar conta de todo o processo de leitura e todo o conjunto cognitivo envolvido na leitura. Para Goodman (1976, p. 498), existe na leitura uma espécie de jogo psicolinguístico de adivinhação, envolvendo, através de tentativas, processamento de informações. Em seu modelo nos coloca, ainda, que a eficiência na leitura não é resultado da identificação exata de todos os elementos nem da percepção precisa, mas da habilidade e a capacidade de selecionar a maior quantidade de “pistas” necessárias para elaborar as “adivinhações” que estavam certas desde o início. Sendo assim, nesse jogo de adivinhações consideramos que as “adivinhações” e as “pistas” são de suma importância para a compreensão do que está sendo lido. Esse conjunto cognitivo engloba as inferências e as predições. As inferências são as pistas que nos levam às adivinhações, o que pode estar ou está implícito, e as predições são as habilidades de antecipar o que será dito, as informações a seguir. Ao analisarmos esse processo percebe-se a importância em encontrar o sentido na leitura. As predições e as inferências configuram estratégias de leitura que dão sentido ao que está sendo lido.

Uma série de fatores faz parte do processamento da leitura. Segundo Smith (1999, p. 116-119), em princípio, o sentido da aprendizagem da leitura é para encontrar sentido na escrita. As crianças se empenham para encontrar sentido na escrita, e, como consequência, aprendem a ler. É evidente as muitas facetas da leitura a serem dominadas e em situações diferentes. Nesse sentido, atualmente existem estudos que se dedicam, exclusivamente, ao ensino de estratégias para a compreensão leitora, a docência para a proficiência efetiva. Deixemos claro que esse não é o foco central deste texto, mas é uma questão que envolve, também, os tópicos que abordamos.

As estratégias de leitura podem ser classificadas em cognitivas e metacognitivas. Em Kato (2007) e Solé (1998) encontra-se uma distinção entre estratégias cognitivas e metacognitivas. Para essas autoras, estratégias cognitivas são aquelas que regem o comportamento automático e inconsciente do leitor, enquanto que as metacognitivas

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referem-se aos princípios que regulam a desautomatização consciente das estratégias cognitivas.

Metacognição refere-se, assim, ao conhecimento do leitor e ao controle que este tem de seu próprio conhecimento na atividade de leitura. Outro uso das estratégias metacognitivas ocorre quando a leitura é feita com a intenção de memorizar ou de aprender. Kato (2007) postula que as estratégias metacognitivas funcionam como mecanismos detectores de falhas e que são resultados de um esforço maior de nossa capacidade de processamento. Ainda assim, resumidamente, dizemos que estratégias cognitivas são operações inconscientes sem um objetivo pré-estabelecido e as metacognitivas são conscientes, com algum objetivo já em mente. Além dessas estratégias é fundamental no processo de compreensão leitora o conhecimento prévio. Segundo Kleiman (2002, p. 13-17), a compreensão de um texto é um processo que se caracteriza pela utilização de conhecimento prévio: o leitor utiliza o que ele já sabe, o conhecimento adquirido ao longo de sua vida. É mediante a interação de diversos níveis de conhecimento, como o conhecimento linguístico, o textual, o conhecimento de mundo que o leitor consegue construir o sentido do texto. A leitura é considerada um processo interativo porque o leitor utiliza justamente diversos níveis de conhecimento que interagem entre si.

Para Kleiman (2002), sem o conhecimento prévio do leitor não haverá compreensão. Para Frank Smith (1999, p. 73-75), a compreensão depende da previsão. O que já temos em nossa mente é a nossa única base tanto para encontrar o sentido de mundo como para aprender sobre ele. A interface com os estudos cerebrais começa a delinear-se. Smith (1999, p. 73-75) diz que para entender o processo de compreensão precisamos entender como funciona o cérebro humano. Para o autor, o que temos no cérebro é um modelo do mundo intrincadamente organizado e inteiramente consistente, construído como resultado da experiência, não da instrução, e integrado em um todo coerente como resultado de uma permanente aprendizagem e pensamento adquiridos com total desenvoltura. F. Smith fala que em nossas mentes temos uma teoria de como é o mundo, e essa teoria é a base de toda a nossa percepção e compreensão.

Com efeito, para dar sentido ao que lemos utilizamos todo esse conhecimento de mundo, guardado no cérebro, na memória. É essa uma estratégia de leitura que nos leva a realizar mais seguramente as inferências, as previsões e compreender mais eficientemente o texto e o que o texto nos diz. Conforme Smith (1989, p. 32-35), nossa habilidade para extrair sentido do mundo, como nossa habilidade para recordar eventos,

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para agir apropriadamente e para prever o futuro é determinada pela complexidade do conhecimento que já possuímos. Nesse sentido todas as pessoas fazem previsões todo o tempo. Esse constante estado de antecipação é pelo fato de nossa teoria de mundo, nosso conhecimento prévio, funcionar tão bem. Previsão e compreensão estão interligadas. A previsão significa que fazemos perguntas ao lermos um texto, e a compreensão significa que somos capazes de responder a algumas das perguntas formuladas. À medida que fazemos mais perguntas e somos capazes de respondêlas, então compreendemos. Para tanto, a leitura não pode ser separada do pensamento. A leitura é uma atividade carregada de pensamentos. Na visão psicolinguística de Smith, a leitura pode ser definida como um pensamento que é estimulado e dirigido pela linguagem escrita.

Leitura: abordagem da neurociência

Stanislas Dehaene (Collège de France), pesquisador francês considerado uma autoridade mundial na neurociência cognitiva da linguagem e do processamento de números, em sua obra Reading in the brain, descreve pesquisas pioneiras sobre como o cérebro humano processa a linguagem, sob os mais diversos aspectos. De acordo com Dehaene, temos a ilusão de que a leitura é algo simples e que não demanda esforço porque desenvolvemos essa habilidade através de vários anos de prática. Na realidade, esse processo é bastante complexo: ao ser visualizada pela retina, a palavra é dividida em inúmeros fragmentos, visto que cada parte da imagem visual é reconhecida por um fotorreceptor distinto. A questão e o desafio, então, é reorganizar esses fragmentos em forma de letras, colocálos na ordem correta para, finalmente identificar a palavra. Ancorado em pesquisas realizadas com tecnologia de ponta, Dehaene (2009) nos coloca sobre o tema proposto, o que ele denomina de “paradoxo da leitura”. Nosso cérebro é produto de milhões de anos de evolução em um mundo em que não havia escrita; então, ele se adaptou a ponto de reconhecer palavras e símbolos. Segundo o autor, o cérebro humano não foi projetado para a leitura. Como conseguimos, então, dar conta dessa habilidade? Para ele, a ideia de que o cérebro possui uma infinita capacidadede se adaptar à cultura é refutável. Entretanto, propõe uma teoria que tenta resolver o “paradoxo da leitura” que é a hipótese da reciclagem neural. De acordo com essa hipótese, a arquitetura do cérebro humano submete-se a fortes restrições genéticas, mas alguns circuitos cerebrais desenvolveram-se a uma margem de variabilidade. Sendo assim, através dessa reciclagem neural pode-se explicar a alfabetização, seus

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mecanismos no cérebro e sua história. Em seu livro, aborda que cada leitor adapta sua estratégia de exploração visual de acordo com sua língua ou com a língua que estiver lendo. Os movimentos rápidos dos doisolhos para a mesma direção de uma pessoa que está lendo um texto em chinês tendem a ser menores do que uma pessoa que está lendo um texto em português, porque o sistema de escrita chinês é através de ideogramas, que representam ideias e conceitos, e não de letras.

Dessa mesma forma, o reconhecimento de grafemas e fonemas nos remete à questão da invariância, ponto em que as pesquisas de Stanislas também se debruçam. A tarefa realizada pelo cérebro que reconhece que aspectos da palavra não variam independentemente do tamanho ou forma em que a palavra se apresenta. Sob esse princípio conseguimos reconhecer que as palavras SETE, sete e sete são a mesma palavra. A região que processa especificamente a palavra escrita é a região occípito-temporal ventral esquerda. Essa região cerebral é a mesma tanto para leitores de português, japonês ou italiano. O autor, a partir de seus estudos, comprova a ideia de que existem mecanismos universais responsáveis pela leitura. Essa área do hemisfério esquerdo do córtex podem ser visualizadas com o uso de tecnologias de neuroimagem, como PET (Position Emission Tomography), FMRI (Functional Magnetic Resonance

Imaging) e EEG (Eletroencephalography).

Ao longo de muitos estudos concluiu-se que existe uma universalidade fundamental nos circuitos de leitura. Isso significa que, independentemente da diversidade dos sistemas de escrita e das normas ortográficas de uma língua, todas as pessoas solicitam as mesmas áreas cerebrais quando leem. A esse lugar é dado o nome de “caixa de palavras”. Logo os estímulos escritos, ao entrar em contato com o córtex, são canalizados na região da caixa de palavras e então reconhecidos independentemente de seu tamanho ou forma. Esse input visual é enviado para uma de duas rotas principais: uma que converte o input em som (rota fonológica) e outra que converte em significado (rota lexical). As duas rotas, fonológica e lexical, operam de maneira simultânea e paralela.

De acordo com estudos desenvolvidos, Stanislas Dehaene argumenta que existe uma hierarquia de neurônios que respondem a estímulos visuais. Através da hipótese da reciclagem neural, quando aprendemos a ler, parte dessa hierarquia de neurônios se ocupa da nova tarefa de reconhecer letras e palavras. Então, a capacidade de ler, segundo o autor, é resultado de um sofisticado processo evolutivo, e não somente resultado da plasticidade cerebral, que muitas vezes é considerada como uma

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propriedade inata do cérebro. Os estudos e pesquisas realizados por ele defendem a ideia de que a plasticidade do cérebro é fruto da evolução e do instinto de aprender que nós, humanos, possuímos. Portanto, fica mais fácil compreender como pessoas com acidentes cerebrais e até mesmo com parte do cérebro removida conseguem, ainda assim, dar conta da leitura. Retomando a ideia expressa pelo “paradoxo da leitura”, de que nossos genes não se desenvolveram com a finalidade de nos habilitar a ler, o cientista afirma que os sistemas de escrita devem ter se desenvolvido de acordo com as limitações de nosso cérebro. A explosão das atividades em neurociência vem delineando caminhos interessantes para as pesquisas nesse campo. Através da hipótese da reciclagem neural, Dehaene explica as principais fases da aquisição da leitura, dividida em estágios. Primeiro o estágio pictórico, em que a criança registra (fotografa) algumas poucas palavras; o segundo, estágio fonológico, em que a a criança aprende a decodificar grafemas em fonemas; e o terceiro, estágio ortográfico, em que o reconhecimento da palavra se torna rápido e automático.

De acordo com as pesquisas, o autor afirma que estudos envolvendo neuroimagem mostram que muitos circuitos do cérebro são alterados durante esses estágios, principalmente aqueles ligados à caixa das palavras. Para Stanislas, o ponto chave da aquisição da leitura e ponto de partida para a efetiva compreensão leitora, está no estágio fonológico na conversão das letras em sons. Sendo assim, podemos dizer que a psicolinguística contribuiu efetivamente durante décadas e através de estudos, e modelos tais como o conexionista, para a chegada até as pesquisas em neurociência. Um ponto é, ainda, bastante discutido pelos pesquisadores: apenas a espécie humana é capaz de se adaptar as invenções culturais tão sofisticadas quanto a leitura. Para Dehaene, somos a única espécie que criou uma cultura que foi capaz de adaptar seus circuitos cerebrais a novos usos. Ou seja, ao longo de sua trajetória, os homens foram descobrindo progressivamente, que podiam reutilizar seus sistemas visuais como um input substituto à língua e, dessa forma, chegaram à leitura e à escrita.

Os estudos desenvolvidos sobre leitura abrem novas perspectivas a respeito da natureza da interação entre cérebro e cultura. Sob esse olhar, essa fusão de cultura e cérebro, o autor chega a suas conclusões de que sua ideia inicial sobre o paradoxo da leitura na realidade não existe. A evolução biológica, de acordo com o autor, não explica o desenvolvimento do cérebro para essa habilidade da leitura. Para ele, o cérebro humano nunca se desenvolveu para esse fim. A única evolução que aconteceu foi cultural. A habilidade de leitura desenvolveu-se progressivamente para uma forma

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adaptada aos circuitos de nosso cérebro. O ser humano é a única espécie culturalmente sofisticada. Os estudos e as pesquisas, nesse âmbito, são capazes de auxiliar e resolver qualquer problema relacionado à leitura e à escrita. A Psicolinguística e a Neurociência desempenham um papel fundamental para descobrir e desvendar como o cérebro leitor funciona.

Considerações finais

Em suma, de acordo com os estudos teóricos propostos pela Psicolinguística, o processamento da leitura é dinâmico, é resultado da interação do leitor com o texto e do leitor com o autor. Esse processo é altamente ativo na construção de sentidos e envolvem uma série de fatores tais como: estratégias cognitivas e metacognitivas, conhecimentos linguísticos e extralinguísticos, predições e um brilhante esforço cognitivo. Desse modo, o significado na leitura vai sendo construído a partir dessa relação feita com o texto. Os avanços propostos pela neurociência trazem contribuições mais do que efetivas que dão conta de todo o esquema cerebral envolvido nessa tarefa. Nosso trabalho passa por essas etapas revisando-as, com base nas teorias reconhecidas atualmente. Deve ser levado em consideração que todas as pesquisas realizadas nesse âmbito e em outras áreas voltadas para o ensino e a compreensão de tais processos podem se fundir em uma única ciência da leitura. Através de tantos subsídios, chega-se a um ponto fundamental que deve unir todos os esforços: como a leitura deve ser ensinada e como compreender esse processo de ensino da leitura. Para tanto, fica a mensagem de que os avanços de todas as áreas envolvidas devem dar conta de melhorar a compreensão e o ensino da leitura. Os elementos teóricos disponibilizados ao longo do texto elucidam o cerne da questão. Além dos tópicos desenvolvidos, cabe ressaltar em nossas considerações finais que viabilizar esses estudos, colocá-los em prática, só poderá ser possível em um país com políticas públicas voltadas para a educação. São necessárias políticas que assegurem esses conhecimentos a professores e alunos e não só em forma de propostas ou diretrizes.

RESUMO – O presente artigo tem como proposta apresentar uma breve revisão acerca da concepção de leitura sob o olhar teórico da Psicolinguística em interface com algumas abordagens teóricas da Neurociência. O processamento da leitura, conhecimento prévio e estratégias de leitura são os aspectos enfatizados, no presente trabalho, à luz das perspectivas teóricas da Psicolinguística e da Neurociência. O texto

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destaca algumas contribuições recentes de pesquisas pioneiras realizadas pelo renomado cientista Stanislas Dehaene sobre o processo cerebral da leitura em interface com as contribuições psicolinguísticas – ramo da Linguística que analisa os processos cognitivos de produção e recepção da linguagem verbal na compreensão leitora.

Palavras-chaves: Concepção de leitura. Psicolinguística. Neurociência. Processamento da Leitura. Conhecimento Prévio. Estratégias.

ABSTRACT – This article aims to present a brief review on the concept of reading from the perspective of theoretical psycholinguistic interface with some theoretical neuroscience. The process of reading, prior knowledge and reading strategies are emphasized aspects of the present work in light of the theoretical perspectives of psycholinguistics and neuroscience. The following text is intended to highlight the recent contributions of pioneering research conducted by renowned scientist Stanislas Dehaene on the brain’s process of reading in the interface between psycholinguistic contributions - branch of linguistics that examines the cognitive processes, also in reading, which is the difficulty of text comprehension.

Keywords: Concept of reading. Psycholinguistics. Neuroscience. Reading Processing. Prior Knowledge. Strategies.

Referências

KLEIMAN, Ângela. Oficina de leitura: Teoria e Prática. 9ª ed., Campinas, SP: Pontes, 2002.

______. Texto e leitor: Aspectos cognitivos da leitura. 8ª ed., Campinas, SP: Pontes, 2002.

______. Leitura e interdisciplinaridade: tecendo redes nos projetos da escola. Campinas, SP: Mercado de Letras, 1999.

DEHAENE, Stanislas. Reading in the Brain – The Science and Evolution of a Human Invention. Viking Penguim, 2009.

GOODMAN, Kenneth. Reading: A Psicholinguistic Guessing Game. In: SINGER, Harry; RUDDELL, Robert B. (orgs.). Theoretical Models and Processes of Reading. 2ed. Dlawere: International Reading Association, 496-508, 1976.

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KATO, Mary Aizawa. O aprendizado da leitura. 6ª ed., São Paulo: Martins Fontes, 2007.

Revista Virtual de Estudos da Linguagem – ReVEL Vol. 6 – número 11 - agosto de 2008 - ISSN 1678-8931. TEMA: Psicolinguística

SMITH, Frank. Leitura significativa. 3ª ed., Porto Alegre: Editora Artes Médicas Sul Ltda., 1999.

______. Compreendendo a Leitura uma análise psicolingüística da leitura e do aprender a ler. 3ª Ed., Porto Alegre: Editora Artes Médicas Sul Ltda., 1989.

SOLÈ, Isabel. Estratégias de leitura. 6ª ed., Porto Alegre: ArtMed, 1998.

i FONTE: PEREIRA, Vera Wannmacher; GUARESI, Ronei (Orgs.). Estudos sobre leitura:

Referências

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