1ª QUESTÃO
O primeiro período do fragmento de texto apresenta um recurso de linguagem por meio de:
I - Repetição de termos, que gera uma gradação nas ideias do texto, requisito da continuidade exigida pela coerência.
II - Reiteração de palavras, que propicia a progressividade textual e
não compromete a clareza do que é dito.
III - Sequenciação lexical, que ocasiona um jogo linguístico para
caracterizar uma sinonímia perfeita.
Marque a alternativa abaixo que apresenta a(s) proposição(ões) verdadeira(s), apenas. a) I e III b) II e III c) I e II d) II e) III 2ª QUESTÃO
Em “A tendência para a morte” [...] até [...] “Para a violência demente, não para a conciliação e a humanidade.” (linhas 1-3), a autora se utiliza de:
I - Paralelismos semânticos que consistem numa associação de ideias para provocar efeitos de sentido e dar sequência ao texto.
II - Eufemismos como recursos de linguagem que tornam as ideias
mais expressivas e mais originais.
III - Paralelismos que expressam por meio de antíteses o
posicionamento da autora.
Analise as proposições e marque a alternativa, abaixo, que apresenta apenas a(s) verdadeira(s).
a) II e III b) I e III c) I d) II e) III 1 2 3 4 5 6 7 3ª QUESTÃO
Em “E vi que isso daria livros e mais livros [...]” (linha 3), pode-se concluir que:
( ) Há uma construção sintática em que a segunda oração exerce
papel de dependência em relação à oração principal.
( ) Há na primeira oração um sujeito desinencial que se revela no
contexto.
( ) O termo “que” no enunciado pode ser identificado
morfossintaticamente como um pronome relativo.
Analise as proposições e coloque V para as verdadeiras e F para as falsas.
Marque a alternativa correta.
a) F V F b) V F V c) F V V d) V V F e) F V V 4ª QUESTÃO
Pode-se inferir, a partir dos questionamentos do segundo parágrafo do fragmento de texto que:
a) A bondade e a maldade são movidas pelas circunstâncias que
animam o porco que existe em nós.
b) O porco em nós consegue evocar o anjo que existe em cada ser
humano.
c) A constituição de porco e de anjo em cada pessoa se mostra
equivalente na maioria de nós.
d) As pessoas exalam seu veneno mortal, mas conseguem domesticar
sua sordidez.
e) A maledicência reside e se manifesta no ser humano como um
traço de perversão.
PARTE I
Leia o fragmento de texto e responda às questões de 1 a 5.
A
sordidez humana
A
ndo refletindo sobre nossa capacidade para o mal, a sordidez, a humilhação do outro. A tendência para a morte, não para a vida. Para a destruição, não para a criação. Para a mediocridade confortável, não para a audácia e o fervor que podem ser produtivos. Para a violência demente, não para a conciliação e a humanidade. E vi que isso daria livros e mais livros: se um santo filósofo disse que o ser humano é um anjo montado num porco, eu diria que o porco é desproporcionalmente grande para tal anjo.Que lado nosso é esse, feliz diante da desgraça alheia? Quem é esse em nós (eu não consigo fazer isso, mas nem por essa razão sou santa), que ri quando o outro cai na calçada? Quem é esse que aguarda a gafe alheia para se divertir? Ou se o outro é traído pela pessoa amada ainda aumenta o conto, exagera, e espalha isso aos quatro ventos – talvez correndo para consolar falsamente o atingido?
[...]
Lya Luft Revista Veja. Ano 42, nº 20, 20 de maio de 2009, p. 24.5ª QUESTÃO
No enunciado “[...] se um santo filósofo disse que o ser humano é um anjo montado num porco, eu diria que o porco é desproporcionalmente grande para tal anjo” (linhas 3-4), pode-se inferir que:
( ) Há no início do enunciado uma ideia hipotética em relação à afirmação feita. ( ) Há uma construção metafórica em relação ao “ser humano”.
( ) O termo “anjo” repetido no enunciado exerce função morfossintática idêntica no contexto linguístico.
( ) O termo “desproporcionalmente” expressa uma circunstância, cujo teor semântico indica uma equivalência entre o “anjo” e o “porco”.
Analise as proposições e coloque V para as verdadeiras e F para as falsas. Marque a alternativa correta.
a) V V F F d) F F F V
b) V F V F e) V V V F
c) F V F V
Leia o fragmento de texto e responda às questões de 06 a 10.
O
internetês na escolaO
internetês – expressão grafolinguística criada por adolescentes na última década – foi durante algum tempo um bicho de sete cabeças para gramáticos e estudiosos da língua. Eles temiam que as abreviações fonéticas (onde “casa” vira ksa; e “aqui” vira aki) comprometessem o uso da norma culta do português para além das fronteiras cibernéticas. Mas ao que tudo indica o temido internetês não passa de um simpático bichinho de uma cabecinha só. Ainda que a maioria dos professores e educadores se preocupe com ele (alertando os alunos em sala), a ocorrência do internetês nas provas escolares, vestibulares e em concurso públicos é insignificante. O “problema” é, no fim das contas, menor do que se imaginou.[...]
Fabiano Rampazzo Revista Língua Portuguesa. Ano 3, nº 40, fevereiro de 2009, p. 28. 1 2 3 4 5 6 7 6ª QUESTÃOPode-se depreender do texto acima que:
a) As formas verbais utilizadas no texto conotam um destemor dos estudiosos da língua, atualmente, em relação ao uso do internetês. b) Os usos do internetês são comprometedores para o domínio dos hábitos de escrever e de se comunicar por ser mais um instrumento de
interação entre adolescentes.
c) O internetês pode ser usado em todos os gêneros textuais, pois consolida estilo informal e afetivo da comunicação escrita que se
popularizou no mundo todo.
d) Os educadores chamam a atenção sobre os prováveis problemas causados pelo internetês, embora admitam que esse uso resgata a
normatividade da língua na escrita.
e) O uso do internetês em textos escolares é muito comum e rompe com a forma padrão do idioma, enfatizando uma escrita carregada de
abreviações, muito mais prática.
7ª QUESTÃO
O enunciado grafado entre hífens (linha 1) pode ser considerado:
I - Uma expressão intercalada que declara ao leitor uma possibilidade de construção de sentidos.
II - Um enunciado que representa escolhas linguísticas para sinalizar, de forma interpretável, as intenções do autor. III - Uma construção linguística que viola a regularidade da organização textual.
Analise as proposições e marque a alternativa que apresenta, apenas, a(s) verdadeira(s).
a) III d) I
b) II e III e) I e II
c) I, II e III
8ª QUESTÃO
A expressão “um bicho de sete cabeças” (linha 2) consiste no emprego de palavras
a) com a intenção de substituir uma palavra por outra, em razão de haver uma relação metonímica, ou seja, de interdependência. b) de sentido coloquial e de cunho popular, constituindo pobreza vocabular do autor.
c) em sentido figurado, resultado de uma relação de semelhança, denominada metáfora. d) com significado irônico, menosprezando o uso do internetês.
9ª QUESTÃO
A expressão “para além das fronteiras cibernéticas” (linha 3-4) pode ser considerada um
( ) recurso de textualização, cujo efeito de sentido contribui na ativação dos conhecimentos prévios do leitor. ( ) elemento de coesão que faz referência a termos linguísticos já citados, colaborando com a progressividade textual. ( ) recurso utilizado para explorar o foco da informação por meio da intertextualidade.
Analise as proposições, coloque V para as verdadeiras e F para as falsas. Marque a alternativa correta.
a) V V F d) F F V
b) V F F e) V F V
c) F V V
10ª QUESTÃO
Em “ainda que a maioria dos professores e educadores se preocupe com ele [...]” (linha 5), pode-se depreender que:
( ) Há uma transgressão da norma, o que viabilizou o uso inadequado da forma verbal “se preocupe”.
( ) O termo “ainda que” estabelece uma relação de concessão e afirma-se como operador argumentativo no texto.
( ) O pronome “ele” funciona no enunciado como sujeito, tendo em vista que faz referência ao “internetês”, que ocupa essa função nos
enunciados anteriores.
Analise as proposições, coloque V para as verdadeiras e F para as falsas e marque a alternativa correta.
a) V V F d) V F V
b) F F V e) V V V
c) F V F
PARTE II
Escreva uma carta ao gramático e lexicógrafo Evanildo Bechara, tecendo comentários críticos
sobre a reforma da ortografia e apresente argumentos, de modo que contribua para a construção
de reflexões sobre essa mudança.
ATENÇÃO: Utilize as páginas posteriores para escrever o seu texto.
Produção Textual
A partir de 2009 começa um período
de transição para a nova ortografia, que
dentro de três ou quatro anos passará a
ser definitivamente adotada no Brasil.
EVANILDO BECHARA