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Programa de trabalho PARTE A: AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

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Programa de investigação, desenvolvimento tecnológico e

demonstração no âmbito do quinto programa-quadro

Programa de trabalho

PARTE A:

AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO

SUSTENTÁVEL

O texto em Português é uma tradução da versão original Inglesa.

NB: Este Programa de Trabalho (edição de 18 de julho 2001) substitui a edição de março de 1999 da Parte A: Ambiente e desenvolvimento sustentável do Programa de Trabalho. Inclui revisões dos contidos e dos roteiros (datas e contidos dos convites)

C(2001)1978

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INTRODUÇÃO 1999

A promoção de um desenvolvimento sustentável que favoreça a competitividade e o emprego exige uma dissociação entre crescimento económico e degradação do ambiente. Por outro lado, a maioria dos problemas e desafios identificados no programa são comuns a todos os Estados-Membros, globais e colocam-se à escala europeia.

O programa «Energia, ambiente e desenvolvimento sustentável» focará seis acções-chave: gestão sustentável e qualidade da água; alterações globais,

clima e biodiversidade; ecossistemas marinhos sustentáveis; a cidade do futuro e o património cultural; sistemas energéticos mais limpos, incluindo as fontes renováveis; energia económica e eficiente para uma Europa competitiva; o programa abrangerá igualmente actividades de carácter

genérico e infra-estruturas e instalações de IDT.

Embora as actividades de IDT no domínio do ambiente e da energia estejam estreitamente ligadas, também possuem as suas próprias especificidade e interesses. Não obstante a existência de orientações comuns, este programa de trabalho trata cada uma das partes separadamente, já que será executado através de dois subprogramas.

Este programa de trabalho baseia-se em experiências anteriores, designadamente no Quarto Programa-Quadro de IDT, embora estabeleça simultaneamente novas orientações, que têm em conta a inovação, a concentração e a convergência necessárias para fazer face a novos desafios ou a uma mudança dos desafios existentes.

A execução de todas as actividades passará por uma abordagem inovadora, baseada em dois elementos fundamentais destinados a tratar questões complexas de carácter social: actividades multidisciplinares e multissectoriais integradas que envolvam, sempre que possível, os principais interessados -parcerias dos sectores privado-público e utilizadores finais dos sectores comercial, industrial e político - e se concentrem na procura de soluções para problemas estratégicos e no apoio exclusivo a propostas de real interesse regional, europeu e global.

Os objectivos quantificados, enunciados no programa de trabalho, poderão ser ambiciosos e de realização pouco fácil. Porém, constituem uma indicação clara da escala de impacto socioeconómico a que cada proposta individual deverá aspirar. Espera-se que o acompanhamento e a execução à escala europeia satisfaçam substancialmente os objectivos especificados.

Este programa de trabalho será revisto e adaptado, se for caso disso, nomeadamente para determinar as prioridades e o conteúdo dos convites para apresentação de propostas a partir de 2000, correspondentes ao orçamento do programa para 2001 e 2002.

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A estratégia é a seguinte:

• nos convites para apresentação de propostas a lançar em 1999, serão incluídas todas as áreas do programa de trabalho, utilizando aproximadamente 44% do orçamento total do programa disponível para actividades de IDT. Por razões orçamentais, os convites relativos a 1999 terão dois prazos-limite, um para compromissos a assumir em 1999 e um para compromissos a assumir no início de 2000;

- no domínio da energia, a implementação terá lugar através de um único convite em 1999 com dois prazos-limite;

- no domínio do ambiente, a implementação terá lugar através de dois convites separados em 1999;

• antes do lançamento de novos convites no segundo semestre de 2000 (energia) e no início de 2001 (ambiente e desenvolvimento sustentável), será efectuada uma revisão intercalar do programa, a fim de definir circunstanciadamente as prioridades destes convites;

• no primeiro semestre de 2001, será igualmente efectuada uma revisão dos resultados dos convites anteriores, a fim de definir circunstanciadamente as prioridades dos convites finais.

Os critérios de selecção a aplicar na execução do programa são enunciados no Anexo I.*

* Um manual de avaliação indica mais pormenorizadamente a forma como estes critérios serão aplicados a todos os programas do 5º programa-quadro, bem como especificamente aos componentes do programa Energia, Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Estes critérios são públicos e podem ser adaptadas para actividades ou convites específicos.

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C(2001)1978

ENERGIA, AMBIENTE E

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Parte A:

AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO 1999 1

AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 3

Melhoria da execução dos programas em 2001-2002, incluindo convites restritos sobre implicações dos desreguladores endócrinos para a saúde e para o ambiente e Rede Europeia de Informação sobre Biodiversidade (desde Maio de 2001) e sobre o alargamento dos contratos existentes "Energia, ambiente e desenvolvimento sustentável" aos parceiros dos países recém-associados . 5

Acções-chave 7

Acção-chave 1: Gestão sustentável e qualidade da água 7

Acção-chave 2: Alterações globais, clima e biodiversidade 18

Acção-chave 3: Ecossistemas marinhos sustentáveis 27

Acção-chave 4: A cidade do futuro e o património cultural 34

Actividades de investigação e desenvolvimento tecnológico de carácter genérico 42

Apoio às infra-estruturas de investigação 48

ADENDAS 51

Adenda 1 52

Adenda 2 57

Anexos 60

Anexo I : Critérios de selecção i

Anexo II : Actividades de coordenação e horizontais iii

Anexo III : Calendário indicative da execução do programa viii

Anexo IV : Modalidades de execução xiv

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Melhoria da execução dos programas em 2001-2002, incluindo convites restritos sobre implicações dos desreguladores endócrinos para a saúde e para o ambiente e Rede Europeia de Informação sobre Biodiversidade (desde Maio de 2001) e sobre o alargamento dos contratos existentes "Energia, ambiente e desenvolvimento sustentável" aos parceiros dos países recém-associados .

A experiência de execução do subprograma Ambiente e Desenvolvimento Sustentável até meados de 2000 revelou três importantes aspectos da investigação que exigem uma revisão do programa de trabalho para os dois próximos anos de 2001 e 2002.

- O primeiro aspecto refere-se à eficiência de execução do programa na perspectiva da apresentação das propostas e da convergência das tarefas em prioridades devidamente definidas. Afigura-se necessário reduzir o volume de propostas que chegam à fase de avaliação e, consequentemente, aumentar a taxa de êxito; uma melhoria da convergência das tarefas e um estabelecimento rigoroso de prioridades neste domínio permitirão limitar o número de propostas, o que também trará vantagens em termos de melhoria da qualidade (por exemplo, o domínio secundário de planeamento estratégico da acção-chave «Água» limita a sua prioridade ao desenvolvimento de instrumentos europeus de aferição; a recuperação das instalações fabris nas cidades está actualmente concentrada na acção-chave «Cidade do futuro»). Tais disposições permitirão evitar a duplicação de determinadas tarefas de investigação e terão igualmente em conta os domínios relativamente aos quais foram recebidas poucas propostas no passado comparativamente a outros que registaram uma elevada participação. - O segundo aspecto refere-se à inclusão de novas tarefas científicas e

técnicas nas diversas acções-chave ou actividades genéricas. Surgem frequentemente novas necessidades de investigação que são muitas vezes urgentes no domínio do ambiente; as inúmeras iniciativas políticas em evolução neste sector exigem igualmente cada vez mais apoio científico e técnico, o que não podia prever-se na origem da criação do programa de trabalho (por exemplo, os aspectos da ciência em linha e o fenómeno das tempestades foram aditados à acção-chave «Alterações globais»). Por conseguinte, as necessidades de investigação também conduzem a ajustamentos das tarefas e a uma selecção de prioridades numa perspectiva dinâmica.

- Por último, a criação do espaço europeu de investigação (EEI) promove o lançamento de iniciativas que garantem a sua rapidez e eficiência de realização, respeitando simultaneamente as prioridades contidas na decisão do Conselho relativa ao quinto programa-quadro e ao programa específico EADS. Os objectivos do EEI no que respeita às infra-estruturas, às redes de excelência das relações ciência-sociedade-cidadão e, nomeadamente, aos aspectos relacionados com o sistema científico de referência, a investigação

(7)

socioeconómica ou o apoio às diversas políticas começam, por conseguinte, a manifestar-se no texto revisto do programa de trabalho.

A melhoria da actividade de investigação não reside apenas no conteúdo das suas tarefas, mas na sua execução. Neste contexto, os anexos do programa de trabalho relacionados com os critérios de avaliação, as actividades horizontais e as modalidades de execução demonstram melhor as necessidades em termos de contribuição máxima para a realização dos objectivos (científicos e sociais) do programa e para um elevado valor acrescentado europeu. Estes anexos contribuem igualmente para a promoção da coordenação e das acções concertadas necessárias à realização rápida do espaço europeu de investigação (por exemplo, desenvolvimento das infra-estruturas da rede electrónica). Será salientada a necessidade de reduzir o excesso de apresentação de propostas através de uma maior convergência naquelas que abrangem prioridades manifestas e envolvem orçamentos mais significativos do que no passado, de forma a ter em conta o seu carácter mais integrante (aspectos científicos-tecnológicos-sociais-económicos). Será sublinhada a possibilidade de explorar outras modalidades do programa e um roteiro alterado recapitulará os melhoramentos supracitados.

Além disso, novas necessidades de investigação são tratadas através de convites restritos. A informação relacionada com estes convites está disponível na adenda ao programa de trabalho e nas alterações ao roteiro. As prioridades de investigação e as modalidades de execução descritas na adenda só são aplicáveis a estes convites restritos.

A fim de promover a participação de parceiros de Estados recém-associados e de apoiar e desenvolver meios mais eficientes de cooperação com estes países, será publicado um convite restrito específico para a apresentação de propostas. Estão abrangidas todas as acções-chave e actividades genéricas. No Anexo V são descritas todas as modalidades de apresentação e tipos de acções abrangidas.

(8)

Acções-chave

Acção-chave 1: Gestão sustentável e qualidade da água Objectivos e prestações concretas

As pressões económicas, sociais e culturais sempre crescentes que se exercem a nível dos recursos de água doce - incluindo a poluição e as utilização excessiva - constituem uma ameaça que contribui para o aumento dos custos externos e para a multiplicação dos conflitos entre os utilizadores deste recurso estratégico para fins domésticos e para a produção industrial, agrícola e alimentar. Estas pressões podem igualmente afectar as funções reguladora e regeneradora dos ecossistemas no ciclo da água.

Os desafios principais consistem em oferecer água de alta qualidade em quantidades suficientes e a custos acessíveis e em protegê-la, mantendo simultaneamente as diversas funções dos ecossistemas, e em adaptar melhor a procura de água à disponibilidade deste recurso. Os resultados desta acção favorecerão a aplicação de diversas políticas da UE relacionadas com a gestão sustentável dos recursos hídricos e a normalização (investigação pré-normativa e co-normativa). A fim de alcançar estes objectivos, serão

combinados esforços multidisciplinares de investigação e demonstração com a participação dos interessados e dos utilizadores finais dos resultados. As seguintes linhas de acção descritas constituem elementos essenciais de uma abordagem integrada da gestão sustentável dos recursos hídricos.

Muitos esforços multidisciplinares foram iniciados logo após os dois primeiros convites desta acção-chave a fim de abordar diversas questões relacionadas com a gestão sustentável da água e os progressos tecnológicos (ver página de entrada http://www.cordis.lu/eesd/). Consequentemente, as novas propostas de investigação deverão focar os temas prioritários de IDT abaixo

identificados.

Por outro lado, a fim de estabelecer uma ligação mais apropriada entre

resultados da investigação fundamental e política hídrica e uma maior sinergia entre abordagens de investigação executadas separadamente, deverá

realizar-se um número seleccionado de estudos que sintetizem e integrem os resultados de projectos de investigação passados e em curso bem sucedidos. Estes deverão tratar, nomeadamente, os temas mencionados na secção «Estudos», no final do presente documento.

1.1 Gestão integrada e utilização sustentável dos recursos

hídricos à escala da zona de captação/bacia ou sub-bacia

hidrográfica

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– desenvolver os conhecimentos e tecnologias necessários para a gestão racional dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos;

– adaptar a oferta à procura de água em condições economicamente eficientes e sustentáveis;

– combinar os melhores conhecimentos científicos, metodologias, modelos preditivos, sistemas de apoio à tomada de decisões, instrumentos de gestão disponíveis e suas limitações em sistemas/programas de gestão integrada da água tendo em vista a sua aplicação prática à escala da zona de

captação/bacia ou sub-bacia hidrográfica, a fim de contribuir para a execução de políticas hídricas avançadas – nomeadamente a directiva-quadro «Água» recentemente adoptada – e de controlar a sua eficácia. Isto deverá ter em conta as diversas funções e valores dos sistemas hídricos e das zonas húmidas naturais e artificiais, aspectos de qualidade da água, as relações entre as diversas utilizações da água, a disponibilidade de água, o estado de qualidade da água, o ordenamento do território, nomeadamente alterações da utilização dos solos e interacções meio rural/urbano, e o

desenvolvimento socioeconómico de todos os tipos de água, designadamente rios, lagos, águas de transição e costeiras1, massas de águas superficiais artificiais e altamente modificadas e aquíferos de águas subterrâneas.

Prestações concretas previstas: instrumentos e métodos europeus de aferição da gestão integrada dos recursos hídricos à escala da zona de captação/bacia ou sub-bacia hidrográfica que associam factores ambientais, económicos e sociais e integram sistemas de gestão hídrica; orientações com vista à

utilização racional dos recursos hídricos e à melhoria dos sistemas de gestão hídrica; avaliação da eficácia de diversas medidas de gestão, instrumentos políticos e mecanismos institucionais; sistemas de informação integrados.

Prioridades de IDT – apenas serão aceites as acções de IDT que focam as prioridades abaixo descritas:

1.1.1 Planeamento estratégico e metodologias e instrumentos de gestão integrada à escala da zona de captação/bacia hidrográfica

– Desenvolvimento de instrumentos de modelização harmonizados comuns tendo em vista a gestão integrada da água à escala da bacia ou sub-bacia hidrográfica, incluindo a interface com a zona costeira, a fim de obter um número seleccionado de «modelos europeus de aferição» para os diversos requisitos de gestão integrada da água a ambas as escalas. Esta acção deverá ser coordenada através de uma acção concertada em larga escala sobre a modelização de zonas de captação/bacias ou sub-bacias

hidrográficas com projectos de IDT conexos sobre a harmonização de instrumentos de modelização, apoiando-se em estudos de casos relativos a zonas de captação/bacias ou sub-bacias hidrográficas seleccionadas. Estas zonas de captação/bacias ou sub-bacias hidrográficas representativas (que cobrem o espectro existente de tipos de água e regiões ecológicas definidas na directiva-quadro «Água») deverão ser seleccionadas entre aquelas que foram objecto, no passado, de actividades de investigação e/ou

1

As interacções entre processos, poluição e fluxos de água doce à escala das zonas de captação ou das bacias hidrográficas e a zona costeira serão abordadas em cooperação com a acção-chave «Ecossistemas marinhos sustentáveis».

(10)

monitorização a longo prazo, com o objectivo de lançar uma rede europeia de «estudos de casos» representativos para a comparação, verificação e validação dos diversos modelos e de encontrar a solução para problemas hídricos bem definidos (ver igualmente 1.4.2).

1.1.2 Aspectos socioeconómicos da utilização sustentável da água − Avaliação comparativa do estatuto jurídico dos recursos hídricos, da

legislação no domínio da água e dos quadros institucionais dos Estados-Membros e países em fase de pré-adesão e análise dos obstáculos jurídicos à aplicação da directiva-quadro «Água».

− Utilização de instrumentos económicos de promoção da utilização racional e sustentável da água (incentivos e desincentivos, estratégias de formação do preço da água, tarifas e equidade, abordagens da internalização dos custos ambientais e dos recursos). Desenvolvimento de instrumentos económicos de controlo da poluição a nível comunitário.

− Efeitos dos diversos cenários de liberalização do mercado da água nas estruturas de governação, regimes regulamentares, defesa do consumidor e ambiente, autoridades locais, competitividade e emprego.

− Desenvolvimento de metodologias tendo em vista abordagens de

participação dos interessados e questões de percepção relacionadas com a gestão sustentável da água (incluindo questões de saúde, obstáculos à conservação da água, reutilização da água, etc.).

1.1.3 Programas de gestão operacional e sistemas de apoio à tomada de decisões

− Desenvolvimento de sistemas operacionais de apoio à tomada de decisões largamente aplicáveis para uma gestão integrada da água à escala da zona de captação (bacias hidrográficas, lagos ou zonas costeiras), capazes de fazer face à complexidade dos sistemas de recursos hídricos e à incerteza da tomada de decisões (deverão ser desenvolvidos módulos para diversas zonas da UE e para toda a gama de diferentes condições climáticas, topográficas, ambientais e socioeconómicas); validação, aplicação, monitorização e avaliação destes sistemas.

1.2 Qualidade ecológica dos ecossistemas de água doce e das

zonas húmidas

Os objectivos gerais consistem em proporcionar uma base científica sólida e definir os objectivos de qualidade de orientação ecológica para os

ecossistemas aquáticos e zonas húmidas, bem como apoiar o

desenvolvimento de abordagens de gestão integrada da água à escala da bacia ou sub-bacia hidrográfica. Por outro lado, serão desenvolvidos critérios, parâmetros e indicadores quantitativos adequados para a gestão hídrica e políticas respectivas, tendo em vista apoiar, designadamente, a directiva-quadro «Água» da UE.

Prestações concretas previstas: quantificação de processos e parâmetros biológicos, físico/químicos, hidrológicos, limnológicos e ecológicos

fundamentais, incluindo a sua dinâmica sazonal; grupos de critérios,

(11)

de qualidade ecológica da água e dos ecossistemas tendo em vista a gestão e as políticas nesta matéria; métodos de manutenção e reabilitação destinados a reforçar ou restabelecer as funções reguladora e regeneradora dos

ecossistemas degradados.

Prioridades de IDT – apenas serão aceites as acções de IDT que focam as prioridades abaixo descritas:

1.2.1 Funcionamento dos ecossistemas. Em apoio da directiva-quadro

«Água» da UE, a investigação deverá focar os seguintes temas: – caracterização do funcionamento de massas de água altamente

modificadas, artificiais e de transição, com especial relevo para a definição do seu estado ecológico comparado com o estado ecológico de referência. Esta caracterização deverá tratar os seguintes aspectos:

a) Desenvolvimento de métodos de classificação e caracterização dos tipos de massa de água supracitados;

b) Desenvolvimento de métodos destinados a estabelecer ou reconstruir condições de referência específicas;

– desenvolvimento de metodologias de modelização unificadas para a estimativa do potencial de recuperação de ecossistemas aquáticos perturbados e zonas húmidas marginais (em relação com as actividades indicadas no ponto 1.1.1.), desenvolvimento e verificação de metodologias de reabilitação;

– melhoria da compreensão dos efeitos dos desreguladores endócrinos e de misturas destes no funcionamento dos ecossistemas;

– impacto da dispersão de espécies não nativas no funcionamento de ecossistemas de água doce e na sua adequação para diversos usos.

1.2.2 Objectivos de qualidade ecológica

– melhoria das metodologias actuais de avaliação de riscos tendo em vista o estabelecimento de prioridades a nível dos poluentes à escala da zona de captação/bacia hidrográfica. Isto pode incluir métodos de avaliação

estatísticos tendo em vista um agrupamento mais adequado de dados de monitorização, a validação de modelos de exposição orientados para políticas, abordagens de mais ampla aplicação para previsão das concentrações e efeitos da poluição ambiental, a avaliação de efeitos antagónicos e sinérgicos, a avaliação de riscos integrada, etc.;

– desenvolvimento de parâmetros e indicadores largamente aplicáveis e representativos que caracterizam o funcionamento dos diversos tipos de massas de água e suas zonas húmidas marginais, a fim de alargar o sistema de classificação da directiva-quadro «Água» (exclusivamente acções concertadas).

Ao abrigo do domínio 1.7, será levada a cabo investigação co-normativa para o desenvolvimento de metodologias tendo em vista a definição do estado de qualidade das massas de água, em apoio da directiva-quadro «Água».

(12)

Os objectivos gerais consistem em desenvolver tecnologias de prevenção e tratamento da poluição da água, de depuração da água e de utilização e/ou reutilização desta2 racionalmente, incluindo abordagens em circuito fechado, e em garantir a fiabilidade das redes de recolha e distribuição; melhorar a

eficiência do abastecimento de água e do tratamento de águas residuais, minimizar os impactos ambientais resultantes do tratamento de águas residuais e prevenir potenciais efeitos para a saúde.

Prestações concretas previstas: Melhoria dos sistemas de gestão hídrica – incluindo instrumentos económicos -, nomeadamente em cidades e zonas suburbanas, no que respeita ao funcionamento dos sistemas existentes de abastecimento de água e de esgotos, optimização da concepção de novas redes, reutilização local da água em condições economicamente eficientes e seguras, técnicas inovadoras de co-tratamento de resíduos líquidos e sólidos, instalações de tratamento compactas, ecológicas e economicamente eficientes para efluentes específicos, melhoria da gestão, tratamento e redução de

biossólidos e lamas.

Prioridades de IDT – apenas serão aceites as acções de IDT que focam as prioridades abaixo descritas:

1.3.1 Gestão da água no contexto urbano

− estratégias, tecnologias e melhores práticas de gestão3- incluindo instrumentos económicos – para sistemas urbanos sustentáveis de distribuição e saneamento;

− estratégias, tecnologias e práticas de gestão sustentável das águas pluviais em zonas urbanas e sua relação com os sistemas urbanos de águas

superficiais e subterrâneas, numa perspectiva de gestão integrada das águas urbanas;

− integração de estratégias, tecnologias e práticas de gestão destinadas a tratar da vasta gama de ameaças biológicas e químicas emergentes na produção e distribuição de água para consumo humano (e.g.: biotoxinas, produtos químicos de desregulação endócrina, metabólitos de pesticidas, vírus) e respectivas abordagens de regulamentação avançadas

relativas.

1.3.2. Tratamento e reutilização das águas residuais

– Desenvolvimento de tecnologias em circuito fechado (reutilização e reciclagem) e das melhores práticas de gestão tendo em vista a

minimização da poluição e de uma utilização industrial da água de alta qualidade, em relação com a aplicação da directiva IPPC4;

2

Os projectos especificamente relativos aos instrumentos, técnicas e abordagens biológicos são melhor tratados na acção-chave 3 do programa «Qualidade de vida».

3

Apenas serão tidos em conta projectos que, no seu conjunto, incluam a dimensão estratégica, de gestão e tecnológica dos problemas enunciados no ponto 1.3.1.

4

Um número suficiente de projectos da UE já trata das indústrias do papel e têxtil, pelo que estes dois sectores industriais não constituem uma prioridade.

(13)

– Estratégias, tecnologias e práticas de gestão para uma reutilização local, segura, publicamente aceitável, economicamente viável e sustentável de águas residuais tratadas para fins urbanos, periurbanos e agrícolas5;

– Novas abordagens da prevenção do biofouling em instalações industriais de refrigeração tendo em vista minimizar a dispersão de subprodutos de

desinfecção na atmosfera, sem reduzir o nível de protecção dos operadores das instalações contra riscos biológicos de origem hídrica;

– Estratégias, tecnologias e práticas de gestão sustentável para redução das quantidades de lamas e melhoria da qualidade respectiva tendo em vista a sua utilização segura e publicamente aceitável através da identificação de fontes de poluentes e da sua intercepção.

1.4 Prevenção da poluição

Os objectivos gerais consistem em desenvolver abordagens globais de prevenção da poluição de massas de água, avaliar e minimizar a poluição proveniente de locais de eliminação de resíduos e sedimentos contaminados, bem como prevenir ou reduzir a poluição difusa resultante de práticas de utilização dos solos.

Prestações concretas previstas: novas técnicas de reposição in situ e no local6

e opções de gestão economicamente eficientes; orientações no domínio das boas práticas de utilização dos solos e métodos de gestão destinados a reduzir o risco de poluição difusa.

Prioridades de IDT – apenas serão aceites as acções de IDT que focam as prioridades abaixo descritas:

1.4.1 Diminuição da poluição da água resultante de solos, aterros e sedimentos contaminados

melhoria da relação custo-eficácia das tecnologias de reposição in situ (ou quase in situ) para águas subterrâneas e sítios contaminados;

− avaliação da biodisponibilidade dos poluentes (e misturas de poluentes) e dos seus riscos ecotoxicológicos;

− monitorização e previsão da migração temporal e espacial da

contaminação das águas subterrâneas tendo em vista abordagens de gestão dos sítios economicamente eficientes e baseadas nos riscos,

aplicadas igualmente à atenuação natural controlada enquanto abordagem de reposição das águas subterrâneas;

− avaliação do destino final e impacto dos contaminantes nas lamas e sedimentos de dragagem e soluções sustentáveis para a sua gestão e tratamento.

5

Os projectos que tratam exclusivamente do desenvolvimento de técnicas de produção agrícola tendo em vista uma melhoria da gestão hídrica e dos solos à escala da exploração agrícola podem ser remetidos para o programa «Qualidade de vida», acção-chave 5. 6

Os projectos que tratam especificamente do desenvolvimento de técnicas e instrumentos biológicos de reposição podem ser remetidos para o programa «Qualidade de vida», acção-chave 3.

(14)

Os temas a seguir mencionados apenas podem ser tratados mediante acções concertadas

– Questões relacionadas com os aterros, nomeadamente avaliação de riscos, sistemas de detecção precoce, monitorização da poluição resultante dos aterros, medidas paliativas tendo em vista a melhoria da sua gestão e a protecção das águas superficiais e subterrâneas;

− Descontaminação das águas subterrâneas mediante a utilização de barreiras reactivas permeáveis;

− Atenuação natural controlada para reposição de solos contaminados.

1.4.2 Combate à poluição difusa

- Avaliação do destino final a longo prazo e dos riscos ambientais associados aos poluentes orgânicos persistentes, produtos químicos de desregulação endócrina, resíduos de medicamentos e COM misturas de poluentes e desenvolvimento conexo de medidas paliativas e das melhores práticas de gestão.

O aspecto da modelização da poluição difusa provocada por nutrientes e pesticidas será tratado através da acção concertada e dos projectos de IDT conexos mencionados no ponto 1.1.1. e mediante a organização de uma rede europeia de bacias hidrográficas experimentais tendo em vista o

desenvolvimento, ensaio e validação de instrumentos de modelização da poluição difusa, procedimentos de avaliação de riscos e abordagens políticas.

1.5 Sistemas de vigilância, alerta precoce e comunicação

O objectivo geral consiste em desenvolver e validar diversos sistemas capazes de reagir em escalas de tempo e espaço diferentes, essencialmente sistemas de alerta precoce com retroacção directa às fontes de poluição, para o controlo das instalações de tratamento ou de apoio à gestão das inundações que

tenham em conta os resultados da avaliação de riscos.

Prestações concretas previstas: sistemas de detecção rápidos, robustos e de custo reduzido e instrumentos analíticos de caracterização dos poluentes e avaliação dos riscos ecotoxicológicos que se lhes encontram associados. Melhoria dos instrumentos de vigilância e controlo da poluição e de previsão

de inundações7.

Prioridades de IDT – apenas serão aceites as acções de IDT que focam as prioridades abaixo descritas:

1.5.1 Vigilância e controlo da poluição

7

As propostas que tratam das inundações enquanto risco natural ou antropogénico deverão ser remetidas para a actividade genérica respectiva do programa ESD.

(15)

– Desenvolvimento de sistemas de alerta precoce eficazes, incluindo sistemas de medição, gestão e controlo, para poluentes de aquíferos, massas de água superficiais, esgotos e redes de abastecimento e distribuição da água. – Integração de elementos (e.g. redes robustas de dispositivos de detecção,

dados ecotoxicológicos, modelos de mobilidade, sistemas de apoio à tomada de decisões) tendo em vista o desenvolvimento de sistemas de monitorização inovadores para localização rápida de fontes de poluição.

1.5.2 Melhoria da capacidade de previsão de inundações

– Validação dos sistemas existentes, quantificação das incertezas a nível dos sistemas de previsão de inundações e harmonização/aproveitamento das bases de dados existentes (exclusivamente acções concertadas).

– Os projectos de IDT tratarão de sistemas novos/inovadores de previsão e alerta (incluindo modelos, combinação de modelos, sistemas especializados e de apoio à tomada de decisões, técnicas de aquisição de dados e

utilização economicamente eficiente de dados sobre teledetecção, mas excluindo o desenvolvimento de novos sistemas de detecção).

1.6 Regulação das reservas e tecnologias para as regiões

áridas e semiáridas e para as regiões geralmente deficitárias

em água

A gestão dos recursos hídricos nas regiões áridas e semiáridas exige uma abordagem integrada e políticas de ordenamento a longo prazo. A

investigação necessária para desenvolver metodologias e instrumentos de gestão integrada da água é geralmente abrangida pelo domínio 1.1 do

programa de trabalho. Consequentemente, o objectivo geral deste domínio é tratar das necessidades e problemas específicos da investigação associados à escassez de água, a fim de reforçar e proteger os recursos hídricos e optimizar a sua gestão. Atendendo a que a seca é mais provável em regiões áridas e semiáridas, a sua previsão e gestão encontra-se incluída neste domínio.

Prestações concretas previstas: melhoria do cálculo dos recursos hídricos; avaliação dos impactos ambientais da gestão dos recursos hídricos;

estratégias e orientações para a gestão de águas cársicas e a prevenção da intrusão salina; melhoria das estratégias de gestão da procura de recursos; melhoria das técnicas de monitorização para gestão e previsão de secas; tecnologias de dessalinização com um bom rendimento energético.

Prioridades de IDT – apenas serão aceites as acções de IDT que focam as prioridades abaixo descritas:

1.6.1 Melhoria do conhecimento da utilização e gestão dos recursos hídricos

(16)

- Análise, avaliação e consolidação dos resultados de projectos de

investigação da UE e outros passados e em curso sobre a disponibilidade de água a curto e longo prazo (variabilidade das precipitações,

evapotranspiração, recarga de solos, etc.) numa perspectiva integrada (exclusivamente acções concertadas).

- Desenvolvimento de cenários sobre a futura procura/disponibilidade de água a fim de apoiar a tomada de decisões e o desenvolvimento de instrumentos para uma melhor atribuição dos recursos hídricos, bem como tendo em vista a aplicação da directiva-quadro «Água».

- Previsão e gestão de secas.

1.6.2 Prevenção e atenuação da intrusão salina

– Desenvolvimento de estratégias e orientações para a gestão de recursos de águas cársicas costeiras a fim de melhorar a recarga e minimizar a intrusão salina.

– Avaliação integrada de diversas técnicas geofísicas em diferentes condições hidrogeológicas a fim de obter dados adequados para a validação de

modelos e a caracterização hidrogeológica.

1.6.3 Instrumentos de desenvolvimento tecnológico e gestão para a conservação da água

– Metodologias, técnicas e instrumentos de gestão economicamente eficientes e favorável ao meio ambiente para a conservação, recarga e regulação adequadas das águas subterrâneas e superficiais.

– Desenvolvimento e aplicação de tecnologias de dessalinização melhoradas, economicamente eficientes e com um bom rendimento energético.

1.7 Investigação pré-normativa e co-normativa e normalização

A investigação pré-normativa8 e co-normativa9 em apoio da normalização apenas focará os aspectos relacionados com:

– apoio à aplicação da directiva-quadro «Água», nomeadamente para o desenvolvimento de metodologias normalizadas destinadas à definição de estado de qualidade das massas de água, à definição de protocolos de monitorização e à integração e utilização de conjuntos de dados existentes sobre recursos hídricos;

– normalização no domínio da água para consumo humano, águas residuais e tratamento e reutilização de lamas;

– normalização de dispositivos de ensaio e monitorização, métodos de amostragem e analíticos em apoio da aplicação de diversas directivas e políticas da UE distintas da directiva-quadro «Água» (e.g. directivas «Água para consumo humano», «Lamas», «Tratamento de águas residuais

urbanas», «Nitratos», produtos químicos prioritários, produtos químicos de desregulação endócrina).

8

Quando não se encontra ainda prevista nenhuma norma mas a investigação tem probabilidades de produzir resultados que poderão ser aplicados através – ou por meio - de normas.

9

(17)

Os organismos de normalização devem considerar-se um dos principais utilizadores finais, devendo por esse motivo participar o mais rapidamente possível na evolução do projecto.

Estudos (a aplicar como medidas de acompanhamento10)

– Avaliação da gama de concentrações geológicas de fundo de metais em tipos representativos de águas europeias11 e dos parâmetros que

influenciam estes níveis de fundo, a fim de estabelecer a base de referência das concentrações geológicas de fundo de metais nas bacias hidrográficas da UE.

– Integração e síntese dos resultados finais de projectos sobre interacções terra-mar tendo em vista a sua utilização em abordagens europeias ou regionais da gestão integrada de zonas costeiras, políticas ambientais, regionais e de pescas e em programas internacionais sobre a interacção terra-mar (e.g. o programa de base do IGBP, denominado LOICZ ). – Comparação e avaliação de estratégias nacionais de diversos tipos de

parcerias dos sectores público-privado no domínio dos serviços

relacionados com a água, da regulamentação do mercado e dos serviços e das abordagens de formação do preço da água na União Europeia e nos países em fase de pré-adesão.

– Tecnologias e práticas de gestão avançadas tendo em vista minimizar a produção de subprodutos de desinfecção nas redes urbanas a fim de

garantir o abastecimento de água em condições seguras para o consumidor.

10

No que respeita às medidas de acompanhamento, a chamada encontra-se aberta em permanência a todos os domínios da acção-chave; os prazos-limite distintos dos que se encontram estabelecidos para outras acções a custos repartidos são mencionados na página Web CORDIS (www.cordis.lu/eesd/).

11

As concentrações de referência de metais nas águas subterrâneas já estão a ser avaliadas pelo projecto de IDT em curso do 5º PQ EVK1-CT-1999-00006; os resultados da investigação em curso deverão ser incorporados no estudo.

(18)

Prioridades e conteúdo do terceiro convite para apresentação de propostas em 2001, primeiro prazo-limite

Acções concertadas e redes temáticas:

• Toda a acção-chave

Projectos de IDT a custos repartidos:

1.1.1 Planeamento estratégico e metodologias e instrumentos de gestão integrada à escala da zona de captação/bacia hidrográfica

1.2.1 Funcionamento dos ecossistemas 1.2.2 Objectivos de qualidade ecológica

1.4.1 Diminuição da poluição da água resultante de solos, aterros e sedimentos contaminados

1.4.2 Combate à poluição difusa

1.6.1 Melhoria do conhecimento da utilização e gestão dos recursos hídricos

1.6.2 Prevenção e atenuação da intrusão salina

1.6.3 Instrumentos de desenvolvimento tecnológico e gestão para a conservação da água

1.7 Investigação pré-normativa e co-normativa e normalização (limitada a aspectos em apoio da directiva-quadro «Água» - ver texto do programa de trabalho)

Prioridades e conteúdo do terceiro convite para apresentação de propostas em 2001, segundo prazo-limite

Acções concertadas e redes temáticas:

• Toda a acção-chave

Projectos de IDT a custos repartidos:

1.1.1 Planeamento estratégico e metodologias e instrumentos de gestão integrada à escala da zona de captação/bacia hidrográfica

1.1.2 Aspectos socioeconómicos da utilização sustentável da água

1.1.3 Programas de gestão operacional e sistemas de apoio à tomada de decisões

1.3.1 Gestão da água no contexto urbano

1.3.2. Tratamento e reutilização das águas residuais 1.5.1 Vigilância e controlo da poluição

1.5.2 Melhoria da capacidade de previsão de inundações

1.7 Investigação pré-normativa e co-normativa e normalização (excluindo aspectos em apoio da directiva-quadro «Água» - ver texto do programa de trabalho)

(19)

Acção-chave 2: Alterações globais, clima e biodiversidade

Objectivos e prestações concretas

O objectivo desta acção-chave consiste em desenvolver a base e os instrumentos científicos, tecnológicos e socioeconómicos necessários para o estudo e compreensão das alterações ambientais. A acção foca problemas ambientais mundiais e regionais que possuem um impacto potencialmente significativo na Europa, nomeadamente alterações climáticas, destruição da camada de ozono, perda da biodiversidade, perda de habitats e de solos férteis, perturbações da circulação oceânica, no contexto de um desenvolvimento sustentável. É concedida prioridade a questões contempladas por tratados ou convenções internacionais de que a Comunidade Europeia e/ou os seus Estados-Membros são signatários. Os aspectos de integração e síntese no âmbito dos problemas das alterações globais assumirão especial prioridade. É incentivada a aplicação de técnicas de ciência em linha (e-science techniques) (i.e. intercâmbio de dados, laboratórios conjuntos virtuais, etc.) no contexto do espaço europeu de investigação. Os pontos que se seguem identificam os problemas a solucionar e resumem as questões científicas prioritárias em mais pormenor.

2.1

Compreensão, detecção, avaliação e previsão dos

processos de alterações globais

A fim de avaliar plenamente as implicações das alterações naturais e das alterações antropogénicas e de efectuar a distinção entre ambas, é necessário compreender melhor e detectar essas alterações como base de avaliação e previsão da sua dimensão e consequências.

Prestações concretas previstas: quantificação da mudança da composição atmosférica; quantificação e previsão da destruição da camada de ozono; quantificação da variabilidade natural do sistema climático, melhoria da previsão da alteração e variabilidade climática regional e das alterações climáticas bruscas.

Prioridades de IDT – apenas serão aceites as acções de IDT que focam as prioridades abaixo descritas:

2.1.1 Mudança da composição atmosférica, em apoio do Protocolo de

Quioto e da Convenção sobre Poluição Atmosférica Transfronteiras a Longa Distância. O objectivo consiste em controlar melhor as espécies químicas que possuem impacto na qualidade do ar e no clima. Isto implica a quantificação e previsão das emissões antropogénicas e biogénicas e da concentração dos gases com efeito de estufa quimicamente activos e radioactivos (incluindo vapor de água); concentração de ozono e aerossóis, designadamente partículas de menores dimensões, e seus precursores. Quantificação e previsão à escala regional e mundial dos seus orçamentos, propriedades radioactivas e previsão de tendências futuras; processos físicos e químicos

(20)

relacionados com estas espécies; seu transporte e deposição a longa distância; interacções dos aerossóis com as nuvens.

2.1.2 Diminuição do ozono estratosférico, em apoio do Protocolo de

Montreal. O objectivo é a quantificação e a previsão da diminuição do ozono

na estratosfera e do aumento dos níveis de radiações UV à superfície da Terra. Isto envolve a quantificação das emissões antropogénicas e naturais

das substâncias que diminuem a camada de ozono, o seu transporte e transformações; redução do grau de incerteza a nível dos processos de

intercâmbio entre a estratosfera e a troposfera e do impacto das emissões das aeronaves; quantificação da perda de ozono na estratosfera da Europa e ligações com as regiões polares, as regiões tropicais e a camada superior da troposfera; compreensão do arrefecimento estratosférico e suas ligações com o aquecimento troposférico mundial e melhor quantificação dos seus impactos; determinação rigorosa do campo de radiação UV atmosférico e suas

alterações na região europeia.

2.1.3 Previsão das alterações climáticas e cenários respectivos, em apoio

da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (CQNUAC). O objectivo consiste em melhorar as previsões das alterações

climáticas regionais, avaliar os seus impactos e quantificar e reduzir o grau de incerteza. Elaboração de cenários mais fiáveis, incluindo tratamento e

quantificação sistemáticos do grau de incerteza da alteração climática e dos seus impactos no período de várias décadas a um século ao nível europeu; verificação da capacidade de simulação de alterações climáticas por parte dos modelos ao longo das últimas décadas e séculos; modelização da variabilidade climática e avaliação da capacidade de previsão do clima; detecção e explicação da alteração climática; melhoria da representação dos modelos de processos físicos, químicos e biológicos, do ciclo hidrológico, de cenários de alterações da escala e frequência de fenómenos extremos (e.g. tempestades, inundações12, secas) e seus impactos nos recursos naturais, sistemas socioeconómicos e na saúde humana.

2.1.4 Dinâmica climática e alterações climáticas bruscas. O objectivo

consiste em identificar e modelizar melhor os importantes processos do sistema climático, incluindo a variabilidade natural, e em avaliar o risco de alterações bruscas. Melhoria da descrição dos processos físicos, químicos e

biológicos nos oceanos, na criosfera, na atmosfera e no solo e na biosfera, incluindo as suas interacções. Isto deverá basear-se no estudo e na modelização directos dos processos, mediante a reconstrução e análise de registos paleoclimáticos e paleoambientais.

12

As propostas relativas à previsão de inundações na perspectiva da gestão integrada de zonas de captação deverão ser remetidas para a acção-chave «Água». As propostas que tratam das inundações enquanto risco natural ou antropogénico deverão ser remetidas para a actividade genérica respectiva. As propostas destinadas a desenvolver sistemas, serviços ou instrumentos de informação integrados relacionados com as inundações deverão ser

remetidas para a acção-chave 1 do programa «Tecnologias da sociedade da informação» (TSI).

(21)

2.2

Promoção de uma melhor compreensão dos

ecossistemas terrestres (incluindo de água doce) e marinhos e

das suas interacções

Os objectivos consistem em compreender e avaliar as interacções e efeitos da pressão antropogénica e das alterações globais nos principais ecossistemas, nos ciclos do carbono e do azoto e na biodiversidade.

Prestações concretas previstas: avaliação da alteração e da vulnerabilidade dos ecossistemas; quantificação dos orçamentos em matéria de carbono e azoto; métodos racionais de conservação da biodiversidade.

Prioridades de IDT – apenas serão aceites as acções de IDT que focam as prioridades abaixo descritas:

2.2.1 Vulnerabilidade dos ecossistemas, em apoio das Convenções sobre

alterações climáticas, desertificação e biodiversidade.

O objectivo consiste em avaliar a vulnerabilidade de importantes ecossistemas terrestres naturais, seminaturais e geridos e o funcionamento das paisagens europeias (incluindo águas doces) afectadas por alterações climáticas mundiais, do nível do mar e da utilização dos solos.

Melhoria da compreensão dos processos que afectam os ecossistemas e da dinâmica que se lhes encontra associada a escalas espaço-temporais adequadas. Avaliação das interacções entre impactos antropogénicos, pressões nos ecossistemas resultantes de alterações naturais, alteração climática, nível do mar, mudança da utilização dos solos e da cobertura biofísica e vulnerabilidade e capacidade de resistência de importantes ecossistemas terrestres da Europa.

Desenvolvimento de critérios ao nível da paisagem destinados a avaliar o papel e a função da gestão da paisagem para a protecção/conservação de importantes paisagens naturais e seminaturais na Europa, tendo em conta a interacção das dimensões socioeconómica, histórica e ecológica; desenvolvimento de conceitos sustentáveis de utilização dos solos, tendo igualmente em conta a «perspectiva europeia de desenvolvimento espacial». Identificação de processos motores e de interacções que contribuem para a degradação e desertificação dos solos em ecossistemas frágeis, tendo em vista avaliar a sua dimensão, dinâmica e tendências na Europa.

2.2.2 Interacções entre ecossistemas e os ciclos do carbono e do azoto,

em apoio do Protocolo de Quioto.

O objectivo consiste em melhorar a quantificação das fontes, sumidouros e fluxos biosféricos de carbono e azoto13.

Contribuição de diversos ecossistemas terrestres (naturais e geridos) para os ciclos do carbono e do azoto, com especial destaque para os ecossistemas não florestais; efeito das perturbações do ecossistema, nomeadamente incêndios, pragas, alteração da utilização dos solos e práticas de gestão

13

Os aspectos relacionados com a gestão de sistemas de produção florestal serão tratados no programa «Qualidade de vida», acção-chave 5.

(22)

florestal/agrícola, nas existências e emissões de carbono; função dos ecossistemas marinhos numa perspectiva global; quantificação da magnitude e distribuição das fontes e sumidouros oceânicos de carbono; melhoria da compreensão da variabilidade espacial e temporal (interanual) das fontes e sumidouros marinhos e terrestres de carbono; investigação sobre os ciclos do carbono e do azoto em condições climáticas diversas, integração mundial das fontes/sumidouros marinhos, aquáticos e terrestres de carbono e azoto, determinação da permuta de carbono entre os reservatórios e da sua variabilidade.

2.2.3 Avaliação e conservação da biodiversidade†, em apoio da

Convenção sobre diversidade biológica e da estratégia europeia em matéria de biodiversidade.*

O objectivo consiste em estabelecer os critérios, métodos, indicadores e a estratégia que contribuirão para a manutenção da biodiversidade e para a promoção da utilização sustentável de recursos biológicos num contexto de mudança dos modelos de utilização dos solos e de alterações globais.

A finalidade é desenvolver métodos de avaliação da biodiversidade, incluindo indicadores, e desenvolver e promulgar normas de monitorização dos componentes da biodiversidade; quantificar e compreender a situação e as tendências a nível da biodiversidade, incluindo percentagens passadas e actuais de perda da biodiversidade; desenvolver métodos de quantificação e compreensão e manter a biodiversidade no âmbito das espécies e ecossistemas, incluindo ecossistemas isolados e habitats fragmentados, ou impedir a invasão ou outras ameaças para a biodiversidade provenientes de espécies, subespécies ou variedades não nativas, incluindo organismos geneticamente modificados.

2.3

Cenários e estratégias para dar resposta a questões

relacionadas com as alterações globais

O objectivo consiste em desenvolver cenários e estratégias mundiais e regionais, incluindo questões de fixação de calendário, de prevenção e atenuação do impacto das actividades humanas nas alterações globais, e de eventual adaptação a estas, e de conservação da biodiversidade no contexto

A característica comum das propostas seleccionadas neste domínio é o facto de tentarem analisar a biodiversidade, melhorar o nosso conhecimento da biodiversidade e da sua conservação ou compreender a forma de conservar a biodiversidade no contexto de actividades humanas potencialmente nocivas. As propostas destinadas a analisar o modo como as actividades económicas (nomeadamente agricultura, silvicultura, aquicultura e desenvolvimento rural) podem incorporar preocupações com a biodiversidade adaptam-se provavelmente melhor ao programa «Qualidade de vida».

A investigação sobre biodiversidade no contexto da acção-chave «Alterações globais» trata fundamentalmente da biodiversidade terrestre e das águas doces, embora as propostas de trabalho sobre a biodiversidade dos estuários, águas salobras e zona intertidal possam igualmente ser abrangidas, caso não foquem essencialmente as espécies marinhas. As propostas de investigação sobre biodiversidade marinha deverão geralmente ser remetidas para a acção-chave «Ecossistemas marinhos».

Chama-se a atenção do leitor para a secção «Orientações relativas às políticas da UE:

relevância das propostas de IDT para a política de ambiente da UE: Biodiversidade» da Parte II do Guia dos Proponentes.

(23)

de um desenvolvimento sustentável e dos compromissos da UE no âmbito de acordos multilaterais.

Prestações concretas previstas: estratégias e acções de gestão tangíveis para enfrentar as consequências adversas das principais questões mundiais, tendo em conta a viabilidade económica, técnica, institucional e política e a aceitabilidade social, dissociando o crescimento económico da deterioração ambiental.

Prioridades de IDT – apenas serão aceites as acções de IDT que focam as prioridades abaixo descritas:

2.3.1 Atenuação das alterações climáticas e adaptação a estas e atenuação da diminuição do ozono

Os objectivos consistem em oferecer soluções e estratégias de redução das emissões e concentrações de gases com efeito de estufa, tendo em conta a viabilidade económica, as potenciais vantagens em termos de políticas de ambiente mais vastas, a aceitabilidade social e os efeitos colaterais, e reduzir a utilização de substâncias que diminuem a camada de ozono.

Integrar os mecanismos de Quioto noutros instrumentos políticos e políticas sectoriais, desenvolver opções para a concepção de sistemas de licenças de emissão de gases com efeito de estufa na UE compatíveis com os incentivos. Desenvolver métodos de avaliação das relações entre atenuação e inovação, progresso tecnológico e emprego.

Desenvolver opções de regimes internacionais de gestão das alterações globais a longo prazo e de integração dos países em desenvolvimento na estratégia mundial.

Avaliar estratégias de substituição dos compostos clorados e bromados que diminuem potencialmente o ozono estratosférico. Avaliação socioeconómica de opções tendo em vista o aumento da armazenagem de CO2 na biosfera.

Desenvolver metodologias para medidas de monitorização, verificação e cumprimento relacionadas com os Protocolos de Quioto e Montreal.

Adaptação

O objectivo é oferecer opções políticas para uma gestão eficaz dos recursos naturais e de sectores económicos fundamentais e investigar formas de melhorar a capacidade de a sociedade se adaptar aos impactos das alterações climáticas, incluindo estratégias de utilização dos solos e no domínio das secas.

As prioridades são o desenvolvimento de metodologias em condições de incerteza no domínio da previsão das alterações climáticas e seus impactos, bem como a síntese e tradução dos resultados da investigação sobre alterações climáticas em opções políticas e a avaliação do potencial impacto socioeconómico destas.

(24)

2.3.2 Conciliação entre conservação da biodiversidade† e actividades humanas potencialmente incompatíveis, em apoio da Convenção sobre

diversidade biológica e da estratégia europeia em matéria de biodiversidade*. O objectivo consiste em desenvolver, ensaiar e, se possível, aplicar estratégias que contribuam para conciliar a conservação da biodiversidade com outras actividades humanas potencialmente incompatíveis.

A finalidade é desenvolver e ensaiar métodos destinados a avaliar e melhorar a percepção e consciência do público para a biodiversidade e o seu valor não monetário e expressar e avaliar a viabilidade científica, económica, técnica e política das opções de conservação da biodiversidade e a sua aceitabilidade social; contribuir para conciliar a conservação da biodiversidade com as actividades humanas, incluindo a gestão dos solos tendo em vista o ganho económico, o desenvolvimento urbano e o turismo; compreender os métodos tradicionais, incluindo os utilizados pelas populações indígenas, de

conservação da biodiversidade ou de utilização dos seus componentes de forma sustentável; promover a integração de medidas de incentivo, da partilha de benefícios, das zonas protegidas e de outros conceitos, técnicas e

tecnologias de conservação da biodiversidade nas estratégias de gestão, incluindo o controlo das espécies, subespécies ou variedades que possuem efeitos ecologicamente indesejáveis e que são favorecidas pelas actividades humanas.

2.3.3 Luta contra a degradação e a desertificação dos solos

Em apoio da Convenção sobre a Desertificação, o objectivo consiste em oferecer métodos e instrumentos de apoio a opções de desenvolvimento sustentável de zonas sensíveis (através de interacções com os interessados). Será prestada atenção aos seguintes aspectos: avaliação dos impactos da agricultura, silvicultura, políticas hídricas e de ordenamento nas alterações da utilização dos solos e na degradação dos solos em regiões ameaçadas; avaliação da eficácia de políticas de ordenamento espacial (a escalas adequadas) na garantia de coerência e na prevenção de conflitos e impactos; desenvolvimento e avaliação da eficácia de métodos e instrumentos personalizados de prevenção e atenuação da degradação dos solos e desenvolvimento de estratégias de melhoria da gestão sustentável dos solos de regiões europeias ameaçadas. Serão igualmente investigadas as sinergias com as Convenções sobre alterações climáticas e biodiversidade.

2.3.4 Compatibilidade entre as políticas de ambiente da UE e internacionais e relações com o sector do comércio

O objectivo consiste em aconselhar os decisores políticos sobre as interacções reais ou potenciais entre políticas de desenvolvimento económico ou de comércio internacional e protecção do ambiente. Por outro lado, pretende-se igualmente aconselhar sobre a forma de interacção dessas políticas com as políticas e medidas escolhidas pela UE para dar resposta a questões ambientais mundiais num contexto de mundialização económica. Avaliação de eventuais sinergias e potenciais conflitos entre os objectivos constantes dos diversos acordos internacionais e das suas implicações, tendo igualmente em conta quaisquer outros instrumentos e estruturas pertinentes para as políticas da UE. Análise dos impactos dos acordos multilaterais sobre ambiente e das implicações da utilização de medidas de carácter comercial para reforço da eficácia dos acordos ambientais (tendo em conta as normas da OMC). Será

(25)

concedido relevo à análise do aconselhamento político sobre questões ambientais mundiais em condições de incerteza científica ou dados incompletos, o que incluirá o estudo da aplicação do princípio da precaução.

2.4

Componente europeia dos sistemas mundiais de

observação

O objectivo consiste em apoiar o desenvolvimento da componente europeia dos sistemas mundiais de observação do clima, dos sistemas terrestres e dos oceanos. O objectivo é identificar e contribuir para o preenchimento de lacunas fundamentais a nível da capacidade existente dos sistemas de observação, a fim de garantir a recolha coordenada dos conjuntos necessários de dados consolidados a longo prazo bem como a avaliação da qualidade e acesso a esses dados tendo em vista a previsão e a avaliação do impacto e a formulação de opções de resposta às alterações globais14. As actividades devem focar a satisfação dos requisitos e prioridades dos utilizadores e a integração desta acção-chave com outras actividades.

Prestações concretas previstas: capacidade de observação pré-operacional em apoio das necessidades europeias actuais ou previstas decorrentes da aplicação de tratados internacionais; parceria efectiva entre os responsáveis pela recolha de dados, as autoridades ambientais e outros interessados: melhoria do posicionamento da indústria europeia nos mercados mundiais de sistemas de observação.

Prioridades de IDT – apenas serão aceites as acções de IDT que focam as prioridades abaixo descritas:

2.4.1 Melhoria da utilização dos dados existentes e adaptação dos sistemas de observação actuais. O objectivo consiste em garantir a

utilização efectiva dos grupos de dados e das tecnologias existentes. Isto implica: identificação de lacunas a nível das observações e instalações de observação actuais; desenvolvimento de instrumentos e técnicas de integração dos dados existentes provenientes de diversas fontes para utilizações múltiplas; concepção e implementação de aplicações inovadoras que utilizam a capacidade de observação actual para a recolha de dados sobre novas variáveis.

2.4.2 Desenvolvimento de novas capacidades de observação a longo prazo

O objectivo consiste em identificar as necessidades e em contribuir para o desenvolvimento, se necessário, de novos sistemas de observação economicamente eficientes. Isto pode incluir a identificação de requisitos de

14

As propostas no contexto marinho apresentadas no domínio 2.4 deverão contribuir para os sistemas mundiais de observação e tratar de temas pertinentes para esta acção-chave. As propostas de sistemas de previsão operacional marinhos à escala regional que tratam de questões de carácter regional, nacional ou local deverão ser remetidas para o domínio 3.4 do presente programa de trabalho (previsão operacional dos condicionalismos ambientais nas actividades offshore).

(26)

utilização, prioridades e do valor científico e económico da informação e uma avaliação de opções para operações a longo prazo (incluindo cenários de financiamento futuros e eventuais parcerias dos sectores público-privado); desenvolvimento de elementos essenciais para sistemas de observação in situ e telecomandados.

(27)

Prioridades e conteúdo do terceiro convite para apresentação de propostas em 2001, primeiro prazo-limite

Acções concertadas e redes temáticas:

• Toda a acção-chave

Projectos de IDT a custos repartidos:

2.1.1 Mudança da composição atmosférica 2.1.2 Diminuição do ozono estratosférico

2.1.3 Previsão das alterações climáticas e cenários respectivos 2.2.2 Interacções entre ecossistemas e os ciclos do carbono e do

azoto

2.2.3 Avaliação e conservação da biodiversidade

2.3.3 Luta contra a degradação e a desertificação dos solos

Prioridades e conteúdo do terceiro convite para apresentação de propostas em 2001, segundo prazo-limite

Acções concertadas e redes temáticas:

• Toda a acção-chave

Projectos de IDT a custos repartidos:

2.1.4 Variabilidade climática e alterações climáticas bruscas 2.2.1 Vulnerabilidade dos ecossistemas

2.3.1 Atenuação e adaptação às alterações globais

2.3.2 Conciliação entre conservação da biodiversidade e desenvolvimento económico

2.3.4 Compatibilidade entre as políticas de ambiente da UE e internacionais e relações com o sector do comércio

2.4.1 Melhoria da utilização dos dados existentes e adaptação dos sistemas de observação actuais

(28)

Acção-chave 3: Ecossistemas marinhos sustentáveis Objectivos e prestações concretas

Atendendo à diversidade, importância e utilização internacional dos mares europeus, é necessária uma base de conhecimentos aplicada que inclua técnicas de avaliação e previsão fiáveis, a fim de compreender os impactos de diversas actividades nos ecossistemas, contribuir para a protecção dos ecossistemas contra a poluição e as espécies nocivas e não nativas e desenvolver estratégias de gestão viáveis a longo prazo. À medida que as operações comerciais se deslocam para águas mais profundas, o desafio da gestão para uma utilização sustentável que, anteriormente, se limitava à zona costeira e à plataforma continental, alarga-se actualmente até ao declive continental e às planícies abissais.

O objectivo desta acção-chave é favorecer a emergência de novos conceitos de gestão integrada dos mares europeus em mar aberto e na zona costeira, à escala local ou das bacias, desenvolver orientações e instrumentos e contribuir para as convenções pertinentes. A investigação deverá contribuir para uma melhoria da utilização e gestão do ambiente costeiro e marinho, não só mediante a acumulação de conhecimentos e tecnologias pertinentes como da integração de processos interligados, a análise das forças motrizes e reacções socioeconómicas e a possibilidade de obter uma melhoria das previsões dos parâmetros ambientais com impacto nas actividades marinhas.

As actividades de IDT nos mares europeus serão prioritárias; a investigação noutros domínios deverá ser indispensável para os objectivos desta acção-chave.

3.1. Melhoria do conhecimento dos processos, ecossistemas

e interacções no ambiente marinho

.

O objectivo consiste em facilitar, com base em novos conhecimentos científicos, a utilização sustentável do ambiente e dos recursos marinhos, em mar aberto e na zona costeira, respeitando totalmente a integridade e o funcionamento dos ecossistemas, apoiar a aplicação e a adopção de nova legislação comunitária e internacional e desenvolver novos conceitos e instrumentos de gestão integrada.

Prestações concretas previstas: capacidade de previsão das variações naturais do funcionamento dos ecossistemas; conceitos de utilização segura e responsável numa perspectiva ambiental dos recursos dos fundos e dos subfundos marinhos; conceitos de gestão tendo em vista uma utilização sustentável dos recursos marinhos, indicadores de qualidade ecológica.

(29)

Prioridades de IDT – apenas serão aceites as acções de IDT que focam as prioridades abaixo descritas:

3.1.1. Melhoria da avaliação dos mecanismos naturais de funcionamento dos ecossistemas. O objectivo consiste em desenvolver uma capacidade de

previsão das variações do funcionamento e estrutura dos ecossistemas em pequena, média e larga escala, a fim de permitir a utilização sustentável do

ambiente e dos recursos marinhos (e.g. pescas e aquicultura15, zonas

costeiras, outros recursos não vivos, etc.) e apoiar a aplicação e ulterior desenvolvimento da legislação comunitária no domínio da água. As actividades

de IDT tratarão das relações entre forçagem física, factores ambientais e intervenção humana, por um lado, e funcionamento e alteração dos ecossistemas (incluindo eutrofização, seus mecanismos, impactos e

monitorização), por outro. A análise retrospectiva e os estudos de processos,

incluindo o ciclo do carbono16, podem ser apoiados, desde que orientados para a melhoria da utilização sustentável do ambiente e dos recursos marinhos, o estabelecimento de uma distinção entre variabilidade natural e antropogénica, incluindo efeitos das alterações globais nos ecossistemas árcticos, e a análise das tendências a longo prazo da variabilidade dos ecossistemas mediante a integração da modelização inovadora. Será concedida especial atenção ao desenvolvimento de indicadores de qualidade ecológica em apoio de conceitos de gestão avançada.

3.1.2. Avaliação dos sistemas sedimentares para a gestão e utilização sustentáveis da plataforma continental, do declive continental e do fundo abissal. O objectivo consiste em facilitar o acesso ao fundo marinho e a sua

utilização, bem como o aproveitamento e exploração dos seus recursos, no contexto de operações industriais a profundidades cada vez maiores. As

prioridades de IDT consistem em avaliar processos e sequências de sedimentação antigos e modernos em diversos contextos europeus tectónicos marginais. Os estudos integrados incidirão na evolução de sistemas sedimentares desde a costa até ao fundo abissal, tendo em conta os gases hidratados, os fluidos e a estabilidade do declive.

3.2. Redução do impacto antropogénico na biodiversidade e

no funcionamento sustentável dos ecossistemas marinhos e

promoção do desenvolvimento de tecnologias de valorização

seguras, económicas e sustentáveis.

O objectivo consiste em reduzir o impacto das actividades humanas na biodiversidade e no funcionamento sustentável dos ecossistemas marinhos e desenvolver as tecnologias necessárias para permitir uma valorização segura, económica e sustentável dos recursos marinhos.

15

As propostas relativas ao funcionamento dos ecossistemas marinhos devem ser remetidas para o programa temático 4 (acção-chave 3 – Ecossistemas marinhos sustentáveis), ao passo que as propostas capazes de contribuírem para a execução da política de pescas comum devem ser remetidas para o programa temático 1 (acção-chave 5 – Agricultura, pescas e silvicultura sustentáveis).

16

Propostas relativas a os processos de intercâmbio de CO2 em grande escala deverão ser apresentadas ao abrigo da Acção-Chave 2 (Alterações globais, clima e biodiversidade).

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