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A relação das fábricas de 1788
Autor(es):
Cordeiro, F. I. J.
Publicado por:
Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra
URL
persistente:
URI:http://hdl.handle.net/10316.2/27005
Accessed :
25-Aug-2021 19:44:25
digitalis.uc.pt impactum.uc.pt
Notas e Comentários
A Relação das fábricas de 1788
(Co,.clw.40) Mapa comparativo das unldad~. fabril
Instaladas d~ 1150 a 1188
""Oear refinado. Agua Forle
."Dla. camurça. e palicu Ileatluque de arroz . Ataoadol. aola e eortume!J .
A1~ile relioado
Azeite u lrafdo do Bagaço . Band~ju d~ cobre e ferro . Dnerros
Bombu p.-fogo-m6quin .. 8010ea de ",riu espéoies Branquearia. tinturaria e
estamparia Brocbu e Sovelu Bugl .. de Cera Cadeira, de Palha Caixas p - relógioa Calx .. de ouro e prata CaixaA de Sola Caixas de papello Coi
Calaodrar Seda
Caracteres para Impreuio Cardar Sedlt
Carl .. de jogar Chapaa p .• mOsica Cbapeua FinOA
Cbafneiras para fivelas ido p •• chapeus de Sol Chitas D. Jo~
•
2 1 2,
,
2 1 3•
2 1,.
16 17 !km data 11 18 2•
7 1,
21 1 1 2"
2 2 1 26 2 18"
-D.JO-' D. MuI. Selll daL.& T ....(10 UOS. Ohumbo (muDi~iol 00041' de vldrOI I Enxarola I Escov" . I O Elpelhos I Fio de ouro e prata
,
O•
Fil .. e galOel de linho
•
atgadlo I FU •• de linho ou nutro r'Jvell1 de Cuq.' . 1 de Metal • O de Aço e terro Folha de rllodrel 1 FolheI .. p.' Hot.·, O O
•
p.- cravaçio de pe· dra ••Froco.
Fundiçlo de ferro de Metlis ou fero ngeol parapape-leiras 2 O
,
Fundição de peças para rel6· gloa de torre
Oal08a de ouro fi prata
•
galoaa talaDa de sada .Grude
.
3 8 11 LI p.' botões e p,' Bordu Lacre 3 Llocelas I Llolejoulll.,
I•
Leques 3 3 Lellrl. O O Limas O,
1.0018 O Louça flna O II 3 16 Louça de Fogo rtllrCI8 de 0 •• 0 p.- bolOel I Mtrroquioa.,
O•
Mei ..,
"
,
"
Obra de culelaria. I•
•
de ferraria O,
de folha branoa. O,
,
de ourhea de prata"
O, ... (1D. 0 lüril UM) St.4"" T ... Obra de lerulblfll,
6 10 de .erigueiro 1 de lurradores,
,
de tornelros . 2 fi 7 Ole.dos . 3 Oroltol da Igrej. 1 Papel Fino _,
•
Plpel Rlllmpado Pentes de Marftm. Pergaminho. Póh'ofllo • 1 1 Pute.r Mela Ia. 11 IS"
JUmul" 2,
Rel6giol Rendu de Seda llelinll5 Sufulin T.peulriu 1 2 Tecido. de Algodlo 6,
11 de Li . 7,
"
de Linho. 3 2•
de Seda,
,
•
de Seda do Estreito,
,
Tlntunria 2"
I
.
Ternol de Ieda crua.
•
•
Verdete. 1
Vidros ordinirio8
Vidrol crist.linos fi
.di,-m.otlr vidrol
.
3,
Olstrlbulçlo d .. Indústri . . pelo Pata, segundo a ~elaçlo de 1788 Abra"'t.: Chapéua floo.; tecidoa de algodio e de linho. Alrnn,no: lIflrroquln •.
,tlroborll: Meia. do .eda, de aigodio e do li: tecldol de algodio 0-de linbo.
Altlll/wI!': Chitas. Almudu: Meiu de Ieda.
Atelro.. Louça flol e leeldOI de algodão.
A1tItOO: Baetllhu eltllnpadu; ehltla: lecido. de algodlo e de II.
BOlo: EnXlrcl, e 100".
Hlltal/lo: Grude.
BrofJl.I: G.IOea de Ouro e Prall. galOIll ralso. de sedl, rend .. de ouro II pnll, lecldol de IOda.
IJr(l!JGllro: Tecidoll de aeda e Ilnlunrla. E no Itrlno: grude. RtlllJ: Louça Hna.
But:du... Chapéus fiool.
[tllII/IO .lta,or: Curtume. II alaoadol.
Cru'lUl/a,' Louçl flna.
CaIU"': (termo de) ehlt .. e tecides de Iii.
Chorlln,' lecidol de lledl. C/I/,rr.,' Chapéua flool.
ChI/cu: Chit ...
Cul/rll: (lermo de) Papel floo.
Com,brl.l: aalõel de ouro e prata; galOea fal,ol de Ieda; louça nn.; quíoquilb.rilll; lecidol de li e de seda.
Corll/ui,' Agua forte, 8aetOel de ndrez e matizado. 00 tear, com. agulha. rlmulll. tecidol de Iii, tioluraria.
Co,·o: (lermo da Feira) Vidrai ordinirios.
COIJIII': Branquearia e estamparia, tinturaria e chitll. Elrll.,' Chapéus nnol.
trora,' Chlpéua flllO,.
Foro: Curtumes e lecldol de linho. Frll.tO.' Tacidos de seda.
F"ndúo: Tecidol de li.
Gl.lltlrol.' Curtumes e ala nados.
G/lllnQrãl'l,' Charooiras para ohapéul e tecldol de linho. JllllqUl'trll: Curtumel e stanldol.
"
Lt'MO: Grude e tecidol de algodAio.Lu/toQ: Refto.~io de ludear; vidrol; UI." o.murou li perglml. nbol; curtumes: blodeju de oobre e ferro: bnerro.; bamb ..
par. fogo: bOIGea de ouqulobl li bordado_; broohu fi 80"01 ..
pira ,.pltelros; cldei,., de palha; calus pirA rfllóglOI; oaiua
dfl ouro li prata; cain. de papelloi 011: clllndugem de .eda; caracter" de impreuio; cardaçio de seda; carlU pari Jogar:
papeloel: chapu pira mOela.; ohapéu. tinOI; oh.roEM .. pua
ftvel .. e pari ohapéu.; chilll: dooes de vidro; e.oovlI: eapelbOI:
fio de ouro e puta; fllll e galOoa de linho e .Igodlo; fltl' de linho e outro; fivelas de metal; fOlhei" para cravaçio de pedn1i froool; fuodiçio de mell'l: fundlçlo tio peçu par.
reló-gi08 de torre; ga10es de ouro fi prata li gll008 fallOI de !ledl;
grude; InlHrumentol olrOrglcos; Iii pira bOIOu e para bordar;
lacre; Ilocetl8; II01~joull8; leques OOV\.I: letrla; IImu: louça fiol; marcu de 0880 pira botOel; matiz de Ihu: mlrroqulnl:
mel .. de sedl, de algodilo e li: obras de outelarla, de funileiro,
de folha braool, de latoeiro, de lima e de martelo, de ourlvesa·
ria de prata, de lerralhelro. de alrguelro, de aurrador e de
tor-neira; oleadoa; oroatoa de Igreja e pello.il, Dom ouro e pedral;
ourÍl'es; papel ellampado: peoles de marfim; pr.tear metall; quinquilharilll, relógios; rendu de ouro e prall; rendas de seda em tear, lapeuariUi, tecidol de algodAo, de linho, de Ieda;
lin-turaria; lornOI de seda crua; vernizes e xarOe:; iostrumentos
musicai ••
Lul/:';': P.pel fiõJo para escruer.
JlII{'. RotOu de casquinha e de metal.
J}flllIIAlI GI"II/lJt: Vidros .
• VoIOIforro: (enmarea de) Fundição de Ferro.
Jlcnt!,,: CUrtuffiU e 'I.nado.; marroquina.
N.- SnlhorIJ d4 Úlpo: Papel 600.
UoIt"uro.- Curtumes e alaoados.
Ptl/!OJIJ"ftlfa.· Louça de fogo.
Ptll{/~l: Tecidol de li,
Pt'I"lIl1mbtteo .. Atloados de 80la e curtumel.
Prnte.: Umll; obra8 de 8erralharia; verrumas.
PO'lIbul: ChlpéuB f.nol; tecidos de led •.
Ilorla/'9ft: Tecidos de Ui.
forro' Relin.çio de assOcar; 101Ui. camurç .. e pergaminhos; ouro
tumes; botOn de casquioba e de unha; bugill de cera: ch.péua
6nos; chital; 80 de ouro e de prat.: 6"elll de.ço e de ferro; tolba de fl.andres; folheia para cravação de pedras; gllOes de ouro e pr"a; glI088 taleo. de Ieda; grudei lona.: louça 6na; mei .. de Ieda, de aJgodio e de li; obra de torneiroa; pergaminhol; quino
quilbarill; rendai de ouro e pratl; tecido. de li; tecido. de IInbo.
,.
PorlO lU dlÓl: (tormo de) LouQI flDI.Pf1t;O,: Azeite reHnado, IIcoroa e curlllmOI.
lho ti, J(IIl~il1J: DOIOllqUD de Irro!; atanadoa de lola II outrolour. turno ••
n,o
dIlUO": Louça fina.R.o
d. Mouro: Chita,.SorIJttm: Curtumes II Ilanadol: teoldOI de Ilgadio.
&11 RIo.: Chila •.
&'lIhol: Curtumel: chlt ...
Sobral: Chapéu. flnol: mei •• de Ieda, de algodão e de li: tecldol de
8lgedlo; teoldol de ,eda.
T"9<1,..,.0: Curtumes II I'.nadol.
TavlI'll: Tape8llrll.
'límlllr: (o seu termo) Atlnadol o Curtumelj meia, de ledl, de
algo-dio e lã.
Tom', N(f(Ifl4: Chitas: teoidol de IJgodio.
Trmttüo: ADI .. , olmurç .. e pergaminhos.
[111110.; Curtumel e grudei.
Valbo,,,: Curtumes e Illnadol,
VII/OlIgO: (termo do Porto) Tecidos de lIodJ:.
AP~NDlOE 1
Duas carlu para O. Rodrigo de Sousa Coutinho
1I1.1D~ e E.I,IIIO Soro
o
SupllClote Felisberto IgnAclo Jlnulrio Cordeiro, entregando • V. gx.-um. l)i8Serll~ão sobre Il origem da decadência rill Fê.btl· CI'. fi .obre I utilidade da 8ua ampli.çJo, e cnnllerut;'lo: t'Xpô •• V. Ex·, em (I Memorial que I acompanhou, 8ubmlUI, e rellpeho· .. menle, ler aido (I Supliclnl6 (I Autor de lod08 08 tolhel08 anÓnimol, e anteriormente t'ovi,dol a V. Ex.-; pedindo. vi811 • apro\'aelo que hlVia obtido o folheto que Irat.". do 00\'0 impolllo dOI vlnh08, e de que re.ultam tio imporlantl!l interessei 10 ":~tldo. alguma remuoe· rI('io, em Ileo('io I IUI iodigêocl •• fi llUI tio l!éri., e Cttillplicaçào. O Suplicante oio c6sundo de penur nOI meiol de ler OIHao Seu Auguato SabenDo, oferec8 I V. fo;x.- o mcluso Pllno de uml Loteril I fuor di Reli Flzeodl. com nOllçôel Ilis. que aseu pro· vim IIUI utilidade: Ioda quando o meamo Pllno nio mere~llodll
apron~io. 10 menos 1851emunharã os encazes dnejol. que o Supll. elnle lem de se empreglr DO Reli Servi~o, e no de V. Ex·, I bem di lUA 1'6Iril.
À .iall de todo o exposto, e do bem que o Supllclnte lem aer· vido a A. R. no emprego de olicia' da 8ecrelllfla da Heal Junla da FUflada da liarinba. onde lem dado evidente prova de aplulão fi Inteligência: Implora com o maior reapello a V. I<;x,- haja de pres-tlr-Ihe a lua respeillivel prolecçl0, e nUo, faeilhando·lhe a mercê do I.ugar de Almonri!e do Arileoal da Bahia por 6 anOll, cuja
pro-mo~io multo.e exige, e o Suplicante 118 persuane cstar nu olrcuD s-Ilnei . . de ser digno dela, por ser ofl0111 da dilll Secretaria. onde le lhe flClril eoo!lervlndo o leu Ingar, pira o oonllnuar 1 exeroer no regrelso pi fi I Corte: ou I mercê de Ilgum dOI 3 otrcios nsro" na AIfAodeg. do Rio de Janeiro, a slber: O de E,orivio dos Bilhetes di Eml!otl de Aberlura: e 01 de Fellor de Abertura: ou • mercê de outrol de igual Interesse que .e achem \'Igo., em MIo" Oerai8, ou SInl08, ou 00 Rio Grande; Vi610 que a Dumerou r.mUia, que cerca o Suplicante exige dele a pefteo~io de iólidol ellabelecimentos: ou finalmeote • mucA do lugar de OfIcial da Seorelnia de V. EX.-i
"
ondo le propõem a delompenhar, toda e qualquer dlltermlnaçio de
quo V, E.,- so dlgnall8elncumbl-loi vlato ji IlIn'lr em uma feparl
l-Çao tio graduadl.
A inoomparhel benitlcêncla de V. Ex.- facilita o JUliO perdia de aemelhantel Io.pllcu, no que
R,M~ III.IUO e Ex.·' Senhor
Felisberto Igoicio Janulrlo Cordeiro, oficiai lupranumedrlo
da Seoretaria da Heal Junla da Fatenda da Marinha, expõe a V. Ex."
humilde, e rospeilollmentt', tor lido o Autor de todol 01 tolbetos
IInónimol, a V. Ex,· envladoa "'" e osoritOI neste oarlloter de lelra =:
011 qUAIII so perlluade terem obtido alguma aprovaçilo, polI! \'1 16 tem, 6m parle pOlUO em prAtioa, II maior parle du providênolas
neloa apooladu. Muito confirma oals auspeita, o CJhlmo folheIo
anónimo, om quo além do outral provldlnclu, e contribuições ,plí. oada' para o dilllrate, o utinçlo do papol moeda, lembr,ya o Impor. tante, o atendrvel aumento no dlreilo dOI vlnhol. e Águl8 Ardentes; de cujo ultimo folheto enviou Igual cópia ao Ex,.- Morgado de Oli·
yelra, muito antes da pUblicaçlo do próximo Alvar', pelo que te evldeocia, ter aido o dito folheto digno de léria atençilo.
A pobreu, e 01 honrado. lentimentol do Suplicante exigem da !ncomparhel benignidade de V, Ex.·, o justo pllrdin de lua leme·
ridade: Ele ,upoato yiva em conslernaçlo no leio de IIUII numerou
h.mllla, contudo, melmo na sua triste lituação nio celll de pensar noa meios de ser CJIII ao Eatado, e aOIl S6US compatriotaa: elite o Clnico motlyo que o inchou a dirigir a V. Ex.- os dltol rolhelos, nio
8e animando cOlltudo a declarar·le autor delel, pela Incellt'l.a da 8ua apro\'ação; agora porém. que de algum modo o recoohece, otere· cendo novamente a V. Ex.-I I raslelru, e originai I produçõel do 8eu apoucado entendimento. implora l recta e piedolll rodole de V. Ex .• , que em remuneraçio de leUI bonl deuj08, e séria aplloação, hajl de presllr lhe a 8ua respeitAvel protecçlo, a tlm de que .eodo pre· sente a Sua Alteza Real, o quanto o Suplicante forceja por aer Oti/, e digoo do apreciAvel nome, de aeu fiel Y88S810, haja por interyen· çAo ue V. Ex.·, a quem humlldemeute recorre, de ser digno da Heal
oontemplação, adquirindo meioa de sUlVia ... a lua Indigênola, e de mail felizmente se empregar no Real Erério.
11
Oiucrtaçlo sobre a origem da dccadi!:ncia das F'brlu8 sobre
I utilidade d'Admlnlatraçlo d . . mais Importantes por
conia da Real fal.cnda; e sobre os interessu que relu 1
-Iam ao estado da creaçio de estabelecimentos fabri ••
1II,InO e Ex .... • Senhor
Tendo o Senbor Rei D. José Primeiro de glorio81 memória
mO'lndo logo depoiS do Tetnmoto do 1.° de Novembro de 1765.
o qUinto se rnia o&ee lArlo rell_beleeer, e introdu:r.!r 00 gOllO di
N.çio Portugu8Ia o laborl16rlo r.bril; nlo l6 pua que por ena meio, aplicando.se aDI estabelecimento. industrioso., prinoipal. meola Da Capital do !teino, qU11 • cidade de Li,bol, em que havia
sido maior • ruioa, e que nfloflult ... que ti Povo. reedificasse.
preveniodo plU luo deIte modo a 8ua 6xl1l6noil: m .. também, fi
muito prlnolpalmente, pua que com 01 vantajolos lucros que Ildqul-rillem pela mio de obra, interuundo o Estado, fl:r.ellem de Ilgum
medo restituir ii. mesma cld.de, I opulênoia e riqueza de que eSlava
deltilulda; promulgou muito sibi.a, e provldentea Leia, e outr ..
régias rMOlutõea tendentes ao dito fim,
Dirigindo-se sempre ao objecto das fibrio .. , não obuante o grlndlasimo impedimento, que lhe ,obreveio com I guerra de 1762, toi servida msndar eatabeJecer multas F6bricu de diferentes quall -dadea de manufacturai, em que di. pendeu de IUI real "·s:r.enda
muita lVulladu qUlntiaa, com. Indubilhel certe:r.a, de que com a
ulstêneis, e progrello daa mum .. F6brlcn, nio a6 ae resurciaris,
mn aumentaria cODlideril.\'elmente, pOla que Illudo I!I três coluD" em que .e fundio, fi firmio os inlere88ea do Eetado, a Agricultura, .. Artes Fabril, e o Oomérclo; quanto mal8 e8tu .e elevluem, e
ftore,cellem, maior vantlgem se leguirla a08 povo. e lO E,Lado,
E tratando agora a6 pela que respeita ao segundo ramo ,e fu
iDdl.peDllveJ nio plssar em IIIADclo a Real Fábrica das Sedaa, e
aua. ane .... de Tirador, e de OalOel; tll.eDdo rellurgir, o mesmo
Augusto Senhor, dos vestlgiol d .. antIgas, e8te maia brilhante
eata-belecimento, em que se "iriiO, como com efeito vieram, a empregar
"
Providenciou por multOl modOI I IUI 6J[iatêncll; ouldandOltê em gnodf881ma plantação de Amoreira., em que fez conllderlvel do.peu; e por muil.., eou811, que S8U Ilultndo Mlnialérla
tez
pu-1I0llr, _e demonltram II long .. "'atia em que objectlYa I bem do po.blicOi poli qua lIioltamente, fez privativa da l{e.1 F'brlca du Sed .. , a manubcturI dOI g110al, que de necellldade ,"im devera
.er: porque lendo ea'a manuraclun, e toda. as maia de ouro, e praia IUlceplfvel du malorel fraudei, englnOI, e prfljuhol lO
po.blloOi era neoanArlo que a111 118 rabrlo.uem .Omeole em plfle
onde o mesmo "o.blico flrm"'8 I eerte'l.l da verdade com que'8 procedi., Bem deinf lugar I hesitar lobre turto; e lato 'alv8z I
exemplo do que 88 tem pratloado em diferentes Relool da Europa, onde ladu I' manufaolufla de ouro e prlta, de qualquer qualldad&
que aejam, a6 podem sor fabrloadas om rAbrica Heal.
Plrece que nlslo estava demon~trado o perigo do engaon, porém como elte é um ponto, que deve ler da maia léria
conslde-rR~ilo, oio é poufvel que deixe de dizer 01 muitfllimoa enganai, que
podem resullar ao pObllco, se .. manurattur .. deite género ae fize-rem em rAbric .. particularel; pOia q.:ae nilo iOmente a dlmiouiçio de loque 001 quilateI dOI meta i" m .. a troca deelee, lubstituiodo o cobre, ao ouro, e o estaobo, t. prata, oom muito arlinclo .. mallcia chegam 01 opeririol a razer pOr em dClvlda a verdade.
Porém não obstanto lodo o referido, é certo que S. Magellade rol servido permitir A VUlva de Joe6 Francllco de Almeida, o poder ler Ubrioa de galoe8, RI6m da que ji tioha de tirador, e também
lem permitido que na Cidade do Porto, e por peuou partioulares
80 fabriquem os m6lmOl galOes, do que certamenle se tem I6guido
diminuição grandfuima de Intere88e~ oa Real FAbrica: vlllo que ..
por acudir a manuractura particular menoa ao pela, pelo que fica
dito. e pela inrerior qualidade de tecido, deixam 01 arlitlcea de 18 prol'er doa galõel da Real FAbrica, em grave prejubo delta, e do
p6bllco, pola 8U. menor duraçilo, e menor valor intrlnl6co.
A experiência lem m08ludo, o quaoto ê melindroso o ellabe·
lecimento de qualquer fAbrioa, ainda sendo adminlatrada pela Real Fuenda, não obslanle aer Gnioa proprietiria, que msll rAcllmente
pode suportar os excessivoa dispêndios que ttU ccneigo um novo
estabolocimonto: o empate do Fazendas. em quanto ae Dia vulgariza,
e Idopta o seu uso: e apronlar as oecessArill soma., para Impor. tantea custeamentoa.
Seodo carto, que sampre o. estabelecimentoa fabrl., rotlm
muito dispendioaos aos seus Erectorea, e que estea nio podem
con-seguir os lucroa projectadol, se nlo depois de decorrerem multOI anos, rnão por que fioa cllto e e ... ldente, que tendo a Fazenda Real
concorrido para semelhantes cstabelecimentos, e acontecendo paua·
rem·ae aDtes de lampo próprio, 6 por iaso muito cerlo, havia em coole·
qullncia Borrar grandlasimo prejufzo Da traoamil8io a partioularu.
,
..
Como a NICio Porlugue .. 010 lem enlrado no gala de
seme-Ibulel ellabelecimenlos Cabrls: e S8 vê por outra parte cerclda por
todOI 011 ladol de inimigol que delf'jlm Imorllur • IUI Inrlt'latrla,
plrl oon&eguirem leUI 101er8u81; vem por \aso • ler ,umamenle
perigo .. I tranami8lão • plflioulu61, que levando em vlsl'l ,6 o
.eu Intereue, fi 010 o do E~tldo, nlda culdlm no bem pOblloo, e
sucumbem logo" persult;Õ61, ti dillh'u. que I maltel. d •• NI(Oea
Eatrangt!lIrll lhe! oferece com dillimullçlo. par. fn.erem declir
loaeOIOT\'elmeole, e sem que tal)' \'uUo lO pdblico, 01 dilOI eal_bele· clmentol, de que re.ull'Vlm uDI_joloa lotere •• ell: e oomo 6111 80li·
ohat
lO (flr) particular, ,& 010 pode de forma algumA acautelar:
6 portlnlo de primeira necessidade, que 01 mala importantea ellt
a-belecimentos lIejam sôment6 admlniltradol por conlll da Fuenda
Reli, debaixo di qual mais Ulcilmeote le conseguem agigantados
progressos, e io,'eot08 nio a6 l'IIe;1I ao Estsdo, m .. 110 orédlto da
Naçio, que pela completa perteiçilo dll 8Ula mlnuhotural, "'
poder' regosijar de du evidentes (.ic) ds aua aptldio, e indt'luria,
uma vez que S. A. H81118 digne animar, e ter debaixo de 8U18 ilu·
mioadas ,'iatal, objectca de tio importante, e !éria conaldençio, e
que allI% faCilitam em parte. a total iodependência dl8 Monarqull8
como bem o justificou a FnnQI, tellemunha I. Inglaterra, e alé
pro'" a I{Ól.5ia, tio respeithel depois de Pedro o Grande, que mui .blldamente pecsou QOI abjectol fabril, e 01 mais prÓprios, para
tornar uatheis, laboriolos, e Civis os birbaroa Povo. do Norle,
O que ludo.a venfica por ccoalaolel racl08 que puso a expor.
Os Ingl&8e!, que deveodo ser aI nOIlOS malorea amigos. poia
que com a Importaçào d .. SUII manufaclural ulln extraldo de8te
Reino de Portugal II mUIto coo"lider'veis 10m IS com que se tem
reito, e fu-m muitO opulentol: IItes são os maiores, e mais
dissi-muladol inimigos da nO~8I mdÓslria; levando em vistaa, que quanlO
mail dlmmulssem, e aniquillUl~em, Ilnlo maior seria aluI
oonve-niênola; ft por 1880 sempre 16m praticado II mais cavllOlaa, e
UIU-til Idelu; como por exemplo: comprando a FAbrica e leus uleoaf·
1I0s, com que em uma das Ilhas de Portugal se flbricavam 01 exce·
lentei Panol, que vindo para t'sII Capital, rniam frente 101 ll)gle·
aes; e com a dill compra a destruiram, e aniquilaram inteiramente,
em Dono gravlssimo prejuízo. a fim de que oa aeus panos tivessem
fraoco conlumo.
O melmo praticaram a respeito de teares de meill, que exll·
tião nelta Capitll: e com 01 quail 01 leus respectivol flbriclntes
suatentuam IUIII flmfliu; com a qUllartlficiosa compra 8echegou
qUISe a exlin,l!uir alé. notlcil de como se fabricavam mei .. de
Ieda; a tim de que eles InQ'If'lIII"1I inlroduzlasem frlnclmente 88aUII: e querendo o dilO Rei D. Joaé r"atablllecer este ramo de 10dQalria
nesta capital, diapendeu coo~lderhei. loma., em compras de 00,'01
..
pua' doa mestres de melai, que do Reino de FnoQI fez Irlolpor-'ar para flata capilal; (I euabeleC8odo com elel uma Fábrica nell,
aconteceu que depois do I11U Helo.do .e entregallem 108 mestrea
que já havia, pira por IUI pr6pria coota fazerem. dita
mlnursc-IU1I; porém como aem • preciu aujeição continuanm 1:11111
labor.-tório, 8a lem aeguldo dlmlnulr-ae • cnrpor.tio, e Dilo chegar.
tIllOUr'CIUr. 10 ponto de perfeiçio de Ser. aUlcepllvel
r
"o
):
fi por'"0, como de ioferlor qualidade, oio podendo eompelir com ••
mei .. Ingleau. multol do. dito. mestrel enlreglram .euI tearea l
Olreoqio da 1o'.f,brlCI de Sedu, em • qual reparllçio o. haviam com. prldo • orédito; fi • mellma dlreotio 01 tem vendido, par. serem
apllcadoa l manobn de melas de olgodioj e por 1110 imprõpria.
mente aplica doe. em torma contrAria ao orlginll eatlbelecimento;
delltrO em poucos InOl, podort suceder o mesmo que jt aconteceu. Tanto que o dito Senhor Boi O. José 1.-cuidou no eltabel ecl-menta das Ftbrical de LanlUclos, de que so devião seguir muilo .... olajolo. inleresses do E~lado, pela aplicação da IndOatril II pri-mOlfl matéria nacional, quala dl8 Ib; e devendo, pela Real Fa:r.enda,
comprarem-se II que tOllem neces"rl" para o Laborat6r10 dll
FibriClI, e isto peloa pr&<;oa alé elle lempo e8labelecldol; livoram
oa ditos logleses a animosidade e premeditada maUela de tnsrem
comprar, pelos seUl oomlatidos, por alIaS preçOI II me.m .. lia, e iato pUI que ou elas failalgem .. FAbrica, ou pelo alto preço em que
aa punham nio poder fazer oonll, para que oa teoidos fieasaem a
preço c6modo; de oujo taclo, bem constante, rOlulllrl1
Inrallvel-menle a ruioa do bem ~doado estabelecimento, se o moamo Senhor
não oeorreSBe com a providência de que tOlaem por peritol arbi· trados, com justa proporçio, 01 preçOll das diveullS qualidades de
Lh, porque se deviam, como luadol, comprar nu Reaia to'Abrlc,,;
e que E'nquanto estas nilo eativeuem fornecldll, das oompetentel
quantidades, /lilo pudeuem oa ereaderel vender 18 lia • outra
alguma pessoa: providência tio .audAvel, quanto ae deixa ver.lnda aem malar refled.o: porém aoonteceu por infelicidade dos
Portu-guesol, e como prelexto de aor interessante l liberdade do
comér-cio, se abrogasse a dita delerminaçilo, depois do Reinado do mesmo
Hei O. José; dl" que resulta, verem os moradores dosta oiclade, mais
cheios de patriotismo, com o maior lenllmento, ohoia repetidl8
\'8zel a praça do comérCIO do grandlsaimol volumei de Lia que le
exporiam para s Inglaterra quando noste Reioo podiam aer
aplica-du aos teoidol, so II FAbrlCII db L.nurciOI se não tivouem
tranl-mltldo a part1culares, pois, que 01 Proprietirios dei .. , fazendo
coo-listir 01 seus lucrol mail em coméroio de compra, e veoda, do que
em rllbrico, tem em grlnde pllrte abandonado u escol .. de flaelo,
origold .. com IInto trabalho, l ousta da Real Fnenda; e nio tem
oUldado, como deviam, em aumentar o n6mero de learel, querendo
..
comprar 01 pinos 101 pobrel Flbrluolel, que por IUI pr6prll oonta
o. tecem, fi vendem, para elel Proprlet!rlol depola 01 venderem por maior preço; e dialo se tem originado I oprenlo dOI POvo" que
têm 8lCpOltn lote o Real Trono I' IIUU pobreul, e ínfelioldld6lõ
fi oio 16 88 010 tem lementado • quanlldllde de mlnur,clunl, m ..
atê lem perdido uma grande parte do leu crédito, fi e8limltlo.
Sendo ludo ialo diametralmente opOUO As dblu. latare".n. te., fi roolll provldêncilS dadu I bflm dOI Inlerel8el do Eltldo,
que lempre levou em ponlo objeotivo o dho Senhor Hei, fi aeu
Mlnial6rio: fi 6 bem Moi! compreender o qUinto el'i Iberlo. e franco
o oamlnho pira 01 inimigo. da 00688 Industria, conliouarem o leu
ulueioso ,ollnho, para de8truir, fi lançar por lorra um edWolo de lanto merecimento e pnodeucão.
O mesmo Senbor Rei diflpendeu muho grandes quantias, no
eltabelecimento da Fibrica de Lençaria na Vila de Alcobaça; oaendo
aa IUU manufacturas RuOel, EsguiOes, cambralU, eto. todos teoidoa
de Linho para O! quais se aplicava o que se la cultivando no Uelno,
e 01 Hadoa que vinbam de fora, por não bavor ainda a cultura dos
Lloboa 8noa neste Reino, chegado ao ponto que eu necesdrio;
e lendo e.te objecto principal, le v6 ao preaente quase IranSlor
-nado; poil que traosmitindo·se da !leal Fnenda a Parliculares a meema FAbrica: tém os propríeliliol dela apllcando'le mIl, a fuer mei .. de a/godln, e outros tecldol dele, do que aOI outrOI da lua
prlmiti .. instituição; com o que le demonstra, o quanto eltA
desfl-gursdo este brilbautlnimo estabelecimento: e se tn recehel poua vir a anIquilar-se.
E lendo 110 clars, e evidentemente cerla a emullção, e invejl
que III NlçGea Estrangeiras tem aos estabelecimentol Portuguesel,
par~e que fi Indilpensi\'el evitar por todol 01 modos, que ellscon·
sigam diminuir e aniquilar a Indo.strla Portuguesa: devendo por
1110 ser melhor vrevenir de anlemlo o modo de eVllar o golpe do
que depois dele recebido meditar no remédio: e por mais, e maiofea
que lejam .. caulel .. a eue respeito, tah·e:r. nunca poderiO ser
bll-Ilotel a deniar 01 golpes que com muilo premeditlda mlUcia
Intenlam .. dit .. Nlçõe8.
Ficil é propnr IrbhriOI, mu diflcultoso o poderem.se relUZir,
e por 1880 contentando·me com expor o quanto S6 fIZ necessé.ria a
vlgllAncia é de e'perar que os muito ilumlnadoa conhecimentos
de V. Ec.-, terio Dilo 86 lembrado, mil diligenoiado ccrn madura
refledo o porem'le em prAtica. Sendo cerlo, quo a maior parte
d .. FibriCII, que forsm erigidu 00 Reinado do Seohor D. José, e
II que le Iam traoamitindo a particularel, cu ii nio existem, ou
eatio pr6ximlll SUl talai decadencia; ou pouco tem conseguido nl
lua duraçlo, I reapeito de melhoramento, perleiçlo, e exportaçio
de luaa manufaClunl. E é nl verdade !amenlhel infelicidade, que por Cluaa de aemelbanl61 permillõ8l, e lran.millõea, nio tenham
"
apareoldo ao preaento 01 progrOSBOII que 88 olpar'Vlm dOI antlg08 " modernos estabeleolmento., que tanto rOrlm dlspendlosoall Hall
F.z6oda: ludo te,uhaote dn célere. violaaitudea dOI tempo., de
que b'bil e slgnmente 16 lem aproveitado 01 f.laol amigol d.
N'Cio Porlugu8U.
Todll as 'Abrio .. parllculumeole adminlund'a, 110 mal,
.ulcept[vela de ruioa pelol motivOI que vou. dizer.
1.- - Pela falll de fundOI DetollArlal, I l l r l 5of ter qua'aqufor
em paiol COUIOUldol,
ii pela novidade da.
manur.clun .. ji peloUIO que se adopta em p.rte, de outrOI diferente,: e ji BOltmante
por CIU81. de leu a Imporlaotel cUltaamenlol, luJeitol a perigos do mar, de rogo, de guerra eto.; luoumbindo logo AI primei r ..
perdas.
2.° - Pelos ténues ordenado. e Interenes que prclllm I leUI
oper6rIOI; rulo porque f"ollmente tem corrompido, e leduzldo, a
bem de leus luterenel, 01 Autol Ingleses, grlnde pute dOI meslre.,
em que sc lem reconhecido superior mereCImento, e que dirigem ai
fAbricas, cometendo-Ihea mail vant.jolos partldol, I ftm de que
abandonando-u, le liga a lua decadência, e le amortizem alutes Fabril.
a· -
Pela constante oprenAo, que suposto os indlvfduol oel ..empregsdos, com II repetidu rondll, e prisOes para o Ueal Serviço marltimo, e terrestre, pela diversa Inteligênola que le dA às Reall
orden., que os presernm em parle de Icmelbantea extraordlnArloa
procedimentos como homeos multo Otel" e neceuárl08 80 Estado,
DO uso de 8eUI orici08.
~ o _ .; o mail ratai, pelu muit .. rAbriclI que le tem
permi-tido de uma mesma manufaclura, bem como u de ohlu elc,; poil que da sua grande muhiplfcldade. resulta o perigolo emplte dl8 Fazendu, por nio ser pOllfvel tio eXlrlordinAria exporta Cio; e por oonsequência, ceslando ella, ceuam 08 lucrai, que sendo dlvldldol
em muhl8 parlei, le tornam tio diminutol, que ruem Imvrllicivel
a duraçio e progre8l0 du ditu fAbricas; relultando da aua decI'
dência, não já a lamenthel ruina du muital rlmm .. , que le
huilffi convocado e aplioado pan semelhante objccto, maa a'é a
de grande parle dOI oficial', que cooperam para os direrente, ut en-IlIi08, e pertencei do Laboratório dai melm .. FAbric... O que prova e\lidentemente, o muito que le de\'o atender, e cllculu a exporuçllo, e qualidlde de quailquer manufactur .. para em con-sequência se ampliar ou cortar o nOmero de leUI esllbelec
i-meDiol,
Quem poder' oontudo, Ipellr do exposto, duvidar di Iptldio,
inteligêncil, e rApldol progrellol, que tem mostrado I. Naçio
Por-tuguesa em tod . . . . Arlel Flbril, a que se tem Iplicado mail dria·
mente. Quem podcrA helitar na perfeicio dOI noelOI Chlpéul:
glaDII-•
o,
ria (IIC) de teua P,dtOel, II oolorido de IUI' tlntu (I): AS Ingleell,
além de lerem 08 aeul plDOI multO mala 811r81101 II OIrOI, têm
obtido contudo da leviaodadt", II exluuglnoil PorlugUf'U, • pref
e-rência ls do n08 o p,r., 16 pell fulo de ler mlnur.ctur. ellrlo, geira. aio obstanle o grue prejulzo que .uportam aeua oompltrlo_
til, na decadência das F6brlCII Naclooli.. Aa de Cbltu, • 010 le corlar o leu oOmero, infalivelmente se IrfulDlrlo; pUle d .. qua',
do b.Mantemenle dano ... , pell ruindade de panol, de tiniu elo.
Quem poder' igualmente duvidar do aurno grau de perfelQio,
que ohegaram I ter IS e6dll da nOlel Flbrlca Real: jamais em
parte alguma 88 leI. semelhanle mlnufaolura, com mala dUfoel8, II mlgelltolol padrões; aendo neclluirioll muitos Ino., pira le oODie·
gulr a perfeita exeeuçilo de tio sublimei debu:rol. Os lo"rancelel, e
Inglelel, oooheoeodo a luperloridade delas, e 01 001108 progreuos
oeste ramo; com maHelon sublilna, foram pouco 8 pouoo introdu -ziodo o UIO du suas sediohl8, II algodOes, pua que oessando a maoufaotura das OOSI88 lotig .. sedas, le "Iesae lotalmente a amor
-lizu, depois do uso dlS moderolS, com a Introdução e UIO dallual fU60du braDe .. ; Ciltimo golpe que haviam resen'ado pua I extio· (lo daa ledas modern", e pari o lotll elqueolmeolO da raetura
admirAval d .. antigas.
Os repetidos navios ingleles que entram no Rio de Lllboa
aburoladol de contrab.ndol, I8s68 demooetram a fllta de policia,
m' fé, e loberba de uma Naçio, que de"ia de justiç., traiu· DOS com a meama fldelidlde, que nós a Iratlmos, como OOIU latima aliadl.
Oa laglesel, uma vez que oonheçlm a deoldência da Reli F'brica dai 001818 Sedll laberio depoil da ruiol dellR, completar
o leu triunfo, introdu:r.indo novamente aUla du lU I ' ledll, a (1m
de que com um só golpe, causem duaa ferldll morta i.; poil delle
modo CMsuão pUlO futuro, I Dia le dlrem 18 devidas
providên-ci •• , a e:rporlaçlo II o eoolumo das DO III sedls, e fazendas brao· ell, que multo le lem aperfeiçeado, le le não contraminllrem 18 ideias deItes perpétuos inimigol da n0181 indClstri •.
Por 8slel 110 sólidos motivos, S8 tu qUlle indllllendvel a tollll
proibição do U80 dai razeoda. de oonlrahaodo 01 Amérie.; poli
ainda quando não seja pratioável, por polll;oa, e ruOel de I:o:slado,
o realizlr-se em Portugal a mesma exao:a proibição, ao meool le
evitar' a conliderhel, e danola exportaçlo dai dilal Fazendaa pira
o (;ltramar, oode mui perigolo le tar. 8emelhante UIO, pelos delejol que fomeota e excita nOI Amerioanol, de um livre comércio naque-les portal, pela melhor vendi de leu! géner08, e maior IbundAncia de todol oa ellrlogeiros.
Parte dOI nOI8OS comerelantel de maior nome, bomenl ia ..
..
cliveis de obter intereue., ainda sendo pelo. caminho. incito., e Indecorolol, têm conaeguldo por mlol chei •• de ouro, Dilo 86
carre-girem furtivamenle seul Dnlol de contrabando., mil .16 o lova·
rem.lhe 01 meamol I bordo rOrl da barra, em 680llerel do Real
Serviço, penou tio coodecoradu, que nAo permile o reapelto, nem • honrl, so publique o .eu Dome. PIt8Ce, que .e por momsolloea
providência. S6 80(01:011.6 um de8l8S tranlgreuoree d .. Lei., te
lornlrlam menol frequentes aemelhanlea absurdo •.
Seria igualmente muito 61U, II 101ere88,01e um ,igoro.o eXIme • reapeito dOI afllol, bondade, II qualidade de Agu ... II terrenos mal,
próprlol par. o 6atlbelecimento dtl qu.laquer Flbrlcn, po11608rlo,
que das AguII, terrenOI, II r.ollld.d6 dOI tnolporlee, depende o
aumento e perfeiçio delu, e a singularidade d .. plntur .. , e
tempe-ramentos etc_ gste é o melo mais fáoil de prosperar o coméroio,
de dilatar conslderilvelmanle em lodaa IS Provlncl .. a populaçio;
o de animar I agrloulturl: preferlndo-aa em igualdade de AgulS, e
errenoa, os pobres, e pequenos Luglrea, aa VII .. , e ellllh Cid Ides,
I ftm de que crelcendo o nOmero de seua habitantea, se facilitem,
pelo giro do dinheiro, que recebem por aua mão de obra os arll
-ncea ele., meios de mais g081011. e vanlajollmente le empregarem
01 bomena do campo, na cultura du terru, como objecto prlmArio,
o maia ateodlvel: evitando·le assim o conltouo abandono, e deaer· ~ão que exige a pobreu dll terras, e por coosequência 10faUvel a
geral esterilidade do neioo.
AS9h prova elta atendfvel verdade o conalderhel aumento
que le observa em tndu I I terraa, onde le tem erigido Mbrlou:
elll ae traosmutam em pOUCOI anoa, de infructUeral e looullll, em deliciolll e abundlotes campinll, em rructUeros pomarel, em Igrl-dáveis hortll; e em proveitosll vinhas: I lua edinoaqio toma uma
nova torma; e aa aotlgaa Aldeill, represeotam Mrlela e opulentu
\'iI . . ,
Todos sabem a Indlgêocla em que viviam I I ramllias da Vila
de Alcoblça, oode anlea os homena queriam perecer de mlatirll. ou
abandonar 8 Pátria, do que cultivar ali terraa, de que lhe nlo relul-Ilva oulro algum in!ereue mlis do que o trilte nome de mlseroa Eacrlvoa doa Padrea Bernardoa, que absolutOI, e despólioos per oe-bem, além de outrol muitos onUH, o quarto de todll aa oolhell88 (' l,
como Icção InAlogl ao aeu ,istema caritativo, COUII nio 16 impra
-ticável, mas até mui raiai, e rulnolll para o Intere811nte ramo da
Agricultura. Depoil do estlbeleoimento du Ft.bric:u, ji a mlior
parle dOI moradorel, e vi'linhoa da Viii respiram: jA de Ilgum modo
(I) O mesmo le lem ob8ervldo lorelltmenle em todu u
'0
ae regoaljlm da IUI lal ou qUII IndependAnoll. pUI com'l flele-Ilbllea. "OgU881Ug •• : ali jA BlI 010 oonheoe. perniciou ociosidade
fi Indolênoia: •• mulherel Be ooupam vlrluolllmonlo iii tornam menore.
18 precllnol fi ou ida dos dOI Pai. de ,"'amtliu: multOI dOIl quai, pfllu
menores de.puas 00 trato dom611loo, fi pela maia cerla fi IUOrltlva
venda dOI frulOI que lhe 8ubmlnhllra I terra que cullium, CUidam
mail .~ri.meole. fi com maior .. Ult.~lo da aultuu dOI clmpol fi
da pllDIICio de viohll fi pomarel; sofrendo mail pacificamente 01 lalupofl'"eia DOUI que todol p.gam fi toleram de mA vonlad", fi que muito ulilfuimo seria 88 extln,uinem: fi o DOmara dOI habllanlea leodo crelcido, contudo jA oio deserlam, antel la contrArio Baliel.
tlm o próprio estabelecimento da Pitria.
O mesmo ae tem observado na Covilhi, Porto Alegre, elo. de
cujas fAbrioas teria resullado um Inoaloulivel inleresse!lo E8tado,
se se IIvell8 ampliado o nO mero de teares, e operAriO,; e le em
beneficio dei .. 18 tivessem levantado, aual'e e moderadamente, os direito. ao. panos iogl8ies, ou coarlado a lua enlrada: 'UpOllo que
para evitar o uso dl8 Fneodal E!lrangeiru, bUlava que le adop. lasse o UIO dai oloionals, Da Cala Reli, e que III primeiras penou
do Reioo, que lervem de modelo a lod .. a. das OUlrll o.lalae •. vul.
gariSluem o leu UIO; dHle modo la coo.egulrla, sem eXlraordinA.
rios e repariveia procedlmenlol, o geral UIO das nossas fnendu !li o 10111 lbandono d .. estrangeiras, lem Que da algum modo se IIII!.
,.. .. e a poUlicl, e I Imizade que guardl a nOS8a Corle, com a de lnglaterra.
A 'Abrloa erecta em Azeitão, se deveu Igualmente o considerA. vellumflnlo dlQuel1 Viii: os seul clmpos parecem dilatados fi aprl_ dveil Jardios; mil Ipeur dosseua felilel princlpios, pelol motivOI
ji dilOI .e conhece a 8UI deeldênola. Por tli<.o e\'ldentel verdadea
ae reconbece o qUlnlo ae faz recomendhel a vigillocia na durl~io
dll FAbricas, de que tanto depende a Agricultura, I I Artes, e o ComArcio.
l'ro doa mliores e mais singulares monumentos d. nona glÓ' ril, e que bem justifica I I verdadel que teobo dito, é o da 'Abrica
de \'Idroa, ereclI 01 llariohl Graode, Junto a Leiria: todo o seu brio Ihante eltabelecimento se deve lO Proprietirio e Oireotor dele
G. I. O. Stephenl. Este bomem raro, digno dos maiores elogiol, e merecodor de le lhe leunt.r uma e.Uhua, lem totalmente
contri-buldo pira a felicidade daquele. povos: ele Ibe. serve de Pai, e os abriga: ele 01 tem lornado Ilborlolo, e civil: ele Ibes tem flcilrlldo
a abondlncll, e 01 divertimento. qoe tnnquilamente d,Afrulamj ele
lbe. lem inspirado, todos aquelel sentimentos que deve ter um
honrado Par de 1-~.mIIrI.S, e Rei cldadio, construindo i sua pr6prla
cOlla um teltro cómico; dilpendendo com Meltres que ensinlS.em
• lOe,", iOllrumentos e a m6siea aOI aprendizes; introduzindo neltel
.\
que .& tem seguido multo vlarvoll utllidadea, qUI" por exemplo, que .plloando-ao 10 8atudo de 'UII reI pac!!" . . parlOl, fi I IlZor 01
enlllol preclsol par. I' r60itas, aplic"m o tempo I COU8l1
deooro-... , livrando-lo dl8 dlllracç08a que preveriam. mooldade; fi
inl-truindo-as na reoll prol.çio da "aguI, 88 rnem Iprlllvela lO Iralo, fi oivilludo8 para a convivênoia, Iivrando-ae por 611a lorma da
obscuridade e grosseria em Que qUIII8 lodos 01 Aptendh:e. de qUI
I-quer ofloio, vivem submergido •• lllvn que com pr6prlo de.aprnerj o. qUlis pUllndo I 08clll. lem promovido •• 1I10oiaçoe., e CUI.
menloa, que tanto tem cooperado para o aumento daquela povolçio;
e !!lo tio ovldentes aR utilidade. que 16 leguem de aemelhanle In.truçio, que pareoe liupérftuo qualquer perfodo que dl .. o
espe-oialmente tnte: AI quais Intere88sntes ideias ae pratlcuam depola
na Belll Fábrica de Lençaria da Vila de Aloobaça, com OUlrAl maia
(IUO ,6 podiam ser diladu pelo zeloao espirita de paldotlamo, que
lempre se tem divisado em A. R. d'Oliveira. Mult .. d .. melmas
OOUSI8, e a uem pio do rderldo tem reito pratlcu o Intendflnte
Geral da PeHoil. oes aeul louvheia estabelecimentos no Cnlelo de Lisboa, aplicadol pelo leu granfl(nimo zelo PatriótiCO, e porillo
digno des maiores elogiol. Se todoa os Admlnlltradorel, ou pro. prletl'iriOI de FAbricaa. adopllllem semelhante. princIpiei, e
prati-C1l8~m o mesmo que praticI SIf'phens, sempre proplcio a locorrer, e animar os seus op'Jrl'iriOs, de cerlO não lerllo nem experlmeoll-rilo a 8ua triste queda, e ratai rulna da(IUelea Indivlduos, que elel conl'ccanlm e lançnm na Indlgênoia,
Que \'anlll"enl nilo teriilo Iguslmente resultado da elpeoulaçilo
du lellaa no H6ino, que ae ae Ilve88e vigilante, e clrcunltaoclada.
mente proS8f'guidO. e .nimado a planlação de Amoreiru, e a crea-(iio dns bichos de seda; concedendo, ratificando, e ampUando os
mais rele\'lntes prh'tlêgiol, liberdades, e iseD(Oea a todol 01 orea. dores; pua a neceul'irla inteligência dOI quaia fez publicar, distri-buir, e vulgarizar o melmo Augusto Senhor por aeu lIultrldo e perteito Miniltro, Marque:t de Pombal, tratadollmpreuol, a relpelto
de !emelhante objecto.
Um doa objectoa maia (lIeia e interessantea 6 o do IIllIÓrio de algodlo da Vila de Tomar; e é na verdade irriaório, o delculdo que
tem havido em ae ampliar e vulgarizar semelhanteeltabelec!mento,
convocando·ae pessou Inteligentes nelta manuractura, de que muito
easencialmente carecemOI; seodo-nOI muito mala vergoohoaa esla
inacção, por BermOI 011 próprloa que aurlimOI de .Igodio a maior
parte da Europa, e que depoil o compramos por multo maior preço, ji manufaclurado; prellaodo asaim eIceslil'oa lucroa lqueles
mea-mos, que reconhecem a vantagem que aobre elea puder.mol ter, le
manufacturislemoa um género prÓprio, e vulgar em toda a Europa. Eojte objecto é muito digno de atençAo, e do elplrito creldor e Patriótico de V. Ex,-, pela utilidade que pode relultar ao E9lado.
"
em beneffcio comum dOI PO"'Oli cujol est.beleolmentOlle deverl.m
erigir em terr .. pObres, e pequeD", ... 1.110 que du muit'l pellO ..
de .mbol 01 leltOI que exige ooup.r o leu l.bont6r10, relult.rI.
010 .6 o .umento e fertilld.de d .. povo'C:Oet, m . . . pro.perld.de do comércio, ti Agricultura.
