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DIAGNÓSTICO E ESTRATÉGIAS INSTITUCIONAIS DE APOIO À PERMANÊNCIA E CONCLUSÃO NA GRADUAÇÃO - UFMT

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DIAGNÓSTICO E ESTRATÉGIAS INSTITUCIONAIS DE APOIO À

PERMANÊNCIA E CONCLUSÃO NA GRADUAÇÃO - UFMT

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

DIAGNÓSTICO E ESTRATÉGIAS INSTITUCIONAIS DE APOIO À PERMANÊNCIA E CONCLUSÃO NA GRADUAÇÃO - UFMT

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

ELABORAÇÃO

Dra. Maria Daniele de Jesus Teixeira – Economista – GDIEE/PROPLAN Ms. Fábio de Moraes Quito – GDIEE/PROPLAN

Dr. Thiago Meirelles Ventura- EPP Dra. Jozanes Assunção Nunes – PROEG

Ms. Lívia Ribeiro Viegas - PROEG

COLABORAÇÃO

Dra. Tereza Christina Mertens Aguiar Veloso Dra. Erivã Garcia Velasco

Dra. Lisiane Pereira de Jesus Anne Cristine Betoni Cardoso

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SUMÁRIO 1 IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ... 5 2 APRESENTAÇÃO ... 6 2.1 Objetivo ... 6 2.2 Justificativa ... 6 3 BASE CONCEITUAL ... 7 4 METODOLOGIA ... 9 4.1 Indicadores Acadêmicos ... 9

4.2 Instrumentos para Diagnóstico ... 13

4.3 Disseminação do diagnóstico ... 13

5 INDICADORES ACADÊMICOS - RESULTADOS ... 15

6 ESTUDOS SOBRE EVASÃO NA UFMT ... 17

7 DIAGNÓSTICO INSTITUCIONAL ... 22

7.1 Discentes Desvinculados ... 22

7.2 Discentes Egressos ... 26

7.3 Discentes Vinculados ... 29

7.4 Dificuldades Ponderadas ... 33

7.5 Considerações sobre o diagnóstico discente ... 35

7.6 Perspectiva Colegiados de cursos ... 36

8 ESTRATÉGIAS E ORIENTAÇÕES GERAIS ... 40

9 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 48

REFERÊNCIAS ... 49

APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO PARA COLEGIADOS DE CURSOS ... 52

APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO PARA DISCENTES EVADIDOS ... 55

APÊNDICE C – QUESTIONÁRIO PARA DISCENTES COM VÍNCULO ... 60

APÊNDICE D – QUESTINÁRIO PARA DISCENTES EGRESSOS ... 65

APÊNDICE E – DIFICULDADES AGREGADAS ... 70

APÊNDICE F – QUANTIDADE DE RESPONDENTES ... 72

ANEXO 1 – PORTARIA ATUALIZADA DO GT ... 76

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IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

1 IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) foi criada em 1970 a partir da fusão de duas instituições já constituídas, a saber: a faculdade de Direito, existente desde 1952, e o Instituto de Ciências e Letras de Cuiabá, instituído no ano de 1966, respondendo às demandas sociais e de formação de mão de obra qualificada (CAMPOS, 2012). As décadas que seguiram, anos 1980 e 1990, foram importantes na estruturação da instituição e em sua interiorização:

Em 1980 deu-se a integração do Centro Universitário de Rondonópolis, na época vinculado à Universidade do Estado de Mato Grosso, sediada em Campo Grande – MS, quando foi criado o Centro Pedagógico de Rondonópolis (...). Em 1981 houve a criação do Centro Pedagógico de Barra do Garças, posteriormente, Centro de Ensino Superior do Médio Araguaia (CESMA), Instituto de Ciências e Letras do Médio Araguaia (ICLMA) e Instituto Universitário do Araguaia (IuniAraguaia). No início da década de 1990, com o intuito de expandir o processo de interiorização, a UFMT criou, na cidade de Sinop, o Núcleo Pedagógico Norte Mato-Grossense, que veio a tornar-se o Centro Universitário de Sinop. Conforme Resolução 011/2012 do Conselho Diretor da UFMT, foi estruturado o campus de Várzea Grande, que passou a ofertar vagas no ano de 2014 (UFMT, Relatório de Gestão, 2016, p. 25).

Em 2018, a UFMT contabilizou mais de 23.000 alunos, distribuídos em 106 cursos de graduação presencial, 11 cursos de graduação e pós-graduação a distância e 52 programas de pós-graduação stricto sensu, ofertados em seus 32 Institutos e Faculdades. Conta ainda com 1.864 professores, 1.585 técnicos administrativos e 899 terceirizados. Na pesquisa, registrou 1.430 projetos, integrando redes nacionais e internacionais de investigação. Na extensão, houve o registro de 1.347 atividades de extensão em execução no ano de 2018 (PDI, 2019; Anuário Estatístico, 2018). A Figura 01 ilustra alguns números da universidade.

Figura 01 - Os números da UFMT – Graduação Presencial e Pós-Graduação

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APRESENTAÇÃO

A UFMT possui além dos 05 (cinco) campi, 24 (vinte e quatro) pólos de educação a distância, uma Fazenda Experimental em Santo Antônio do Leverger (30km da sede), dois Hospitais Veterinários, um Hospital na cidade de Cuiabá, Teatro Universitário, Museus, Parque aquático, Ginásio de esportes, Quadras poliesportivas, Campo de atletismo, além de outras estruturas fundamentais para a região.

2 APRESENTAÇÃO

O “Diagnóstico e Estratégias Institucionais de Apoio à Permanência e Conclusão na Graduação da UFMT” constitui uma iniciativa de institucionalizar e sistematizar ações que iniciarão o processo de consolidação efetiva da equidade quanto às condições de permanência de estudantes. Orientando-se no sentido de oferecer instrumentos que possibilitem condições para reduzir os índices de evasão e retenção universitária, materializando, por consequência, maior contribuição no sentido do papel social da instituição.

2.1 Objetivo

Sistematizar mecanismos para elevar os índices de permanência e conclusão dos discentes de graduação presencial na Universidade Federal de Mato Grosso, por meio de diagnóstico e programa de ações efetivas.

2.2 Justificativa

A elaboração do documento constitui uma ferramenta essencial, considerando o que consta no Plano de Desenvolvimento Institucional (2019 a 2023), especificamente nos objetivos: 1) Melhorar a qualidade do ensino de graduação; 2) Ampliar a oferta de egressos no mundo do trabalho e 3) Evoluir os processos institucionais e seu acompanhamento.

A Permanência estudantil, embora seja tema de constante reflexão, visto sua importância em nível federal e local no que diz respeito ao índice de conclusão dos cursos de graduação no âmbito das IFES, na UFMT, sua discussão é pouco disseminada. Portanto, há a necessidade de mensurar as causas da evasão e retenção, de forma institucional, mapeando as ações desenvolvidas, além de sistematizar as possíveis ações e procedimentos frente a permanência estudantil na universidade.

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7

BASE CONCEITUAL

3 BASE CONCEITUAL

O processo de expansão das IFES, a partir dos anos 2000, trouxe mudanças significativas no perfil do/a estudante universitário/a. Com a aprovação do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), juntamente com o sistema de seleção do ENEM/SISU e a Lei de Cotas, houve a abertura de novos cursos e, consequentemente, a ampliação do quantitativo de vagas nas universidades, aumentando, assim, o número de ingressantes. Através do ENEM/SISU o/a estudante pode se inscrever para diversas instituições, em qualquer região do país, sem precisar se deslocar até a cidade para a realização da prova.

Essas mudanças, todavia, criam para as IFES o compromisso em assegurar as condições necessárias para o acesso e permanência dos/as estudantes na instituição. Neste sentido, a UFMT tem como desafio possibilitar uma expansão qualificada, que contribua com a democratização do acesso e permanência na educação superior pública. Que haja uma conexão lógica entre o processo de expansão das vagas nas IFES e, de igual maneira, dos investimentos financeiros para os programas e ações de assistência estudantil. Isto porque, o ato de permanecer e concluir não se restringe ao recebimento de determinados auxílios, apesar destes serem fundamentais para a permanência de estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica (MOTA, 2018).

Permanecer envolve fatores de ordem material e/ou simbólica, que podem corresponder a desejos e interesses afetos ao estudante, aos relacionamentos que se estabelecem na academia, a características da instituição formadora, a situações pessoais e familiares, entre tantos outros. Não menos importante, a assistência estudantil guarda a particularidade de considerar fatores socioeconômicos e culturais diretamente afetos ao estudante em situação de carência material (NOGUEIRA; SILVA, 2016, p. 125).

As demandas apresentadas à instituição não se restringem às necessidades materiais, mas se apresentam também de forma simbólica, relacionada às problemáticas de violência, uso de drogas, creches, saúde mental, acompanhamento psicossocial e pedagógico, entre outras (MOTA, 2018). É relevante destacar, também, que “não permanecer” pode estar relacionado à mudança de curso, de cidade e até mesmo de projeto de vida, não significando necessariamente uma desistência ou fracasso.

Portanto, o acesso à universidade implica em outros tipos de acesso, quer dizer, que o ingresso por si só não garante a continuidade ou término do curso de graduação, sendo necessário “considerar a dimensão de permanência, que sinaliza o percurso sequente e bem-sucedido” (SILVA, VELOSO, 2013, p.730).

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8

BASE CONCEITUAL

Um dos indicadores utilizados para avaliar a trajetória estudantil é a taxa de evasão. Para Gaioso (2005), evasão é definida como toda e qualquer interrupção no ciclo de estudos. Desse modo, se faz necessário, compreender a concepção de permanência no âmbito da UFMT e, promover ações que possibilitem ao/à estudante à conclusão de forma satisfatória do seu curso dentro do período de integralização.

A Comissão Especial de Estudos sobre a Evasão nas Universidades Públicas Brasileiras (BRASIL, 1997) define três tipos de evasão: 1) do curso – relacionada ao desligamento do curso quando o aluno deixa de se matricular em disciplinas (abandono), desistência oficial, transferência, mudança de curso e exclusão por norma institucional; 2) da instituição – relacionada ao desligamento da instituição mas permanência no sistema; e 3) do sistema de ensino superior – relacionada ao abandono definitivo ou temporário do ensino superior. Comumente os estudos abordam apenas dois tipos de evasão previstos: a do curso, também chamada de evasão aparente, e do sistema ou evasão real (POLYDORO, 2000; CARDOSO, 2008). Neste documento, abordaremos a evasão do curso. Existem inúmeras situações registradas na trajetória do discente, estas podem ser relacionadas às possibilidades evidenciadas na Figura 2.

Figura 2 - Possibilidades de situação (status) de matrícula dos discentes.

Fonte: GDIEE/PROPLAN, 2019.

A Figura 2 evidencia as situações possíveis na trajetória que o aluno pode percorrer até sua saída do curso. Esta saída pode ser com êxito, quando a matrícula é finalizada com a situação de “Formado” ou sem êxito, quando descreve outra trajetória.

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9

METODOLOGIA

4 METODOLOGIA

A elaboração do Diagnóstico e Estratégias Institucionais de Apoio à Permanência e Conclusão na Graduação será realizada em três etapas: a primeira consiste na elaboração das diretrizes e instrumentos, a segunda consiste na disseminação e aplicação dos instrumentos, a terceira na análise de resultados, elaboração do plano de ação, assim como a definição de metodologias para acompanhamento das ações.

A 1ª etapa - elaboração das diretrizes e instrumentos - consiste em:

• Estruturar a parte inicial do documento, contendo referencial teórico e procedimentos; • Analisar os estudos realizados para UFMT, buscando analisar as principais causas de

evasão e retenção;

• Elaborar instrumentos para diagnóstico da evasão e retenção de curso. A 2ª etapa - disseminação e aplicação dos instrumentos - consistem em:

• Realizar fórum para comunidade acadêmica visando compreensão do documento, assim como dos instrumentos;

• Envolver a gestão dos cursos para colaborar na disseminação e aplicação dos instrumentos.

A 3ª etapa – organização dos resultados discentes e aplicação de questionário para colegiados

• Tabular e disseminar os resultados dos questionários dos discentes; • Elaborar diagnóstico detalhado e geral dos discentes por curso; • Aplicar questionário para colegiados.

A 4ª etapa – análise das percepções dos colegiados e sugestão de estratégias • Tabular e disseminar os resultados dos questionários dos colegiados;

• Priorizar e sugerir estratégias, contendo práticas que elevem os índices de aprovação e conclusão nos cursos, assim como metodologias para acompanhamento.

4.1 Indicadores Acadêmicos

Para analisar a situação da UFMT como um todo, referente à retenção, evasão, permanência e conclusão nos últimos anos, coletou-se dados quantitativos e procedeu-se a elaboração de indicadores baseados em metodologias desenvolvidas pelo Inep (2017), assim como pelo TCU, entre outros. Para facilitar a compreensão, as fórmulas são apresentadas nos Quadros I a VII.

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METODOLOGIA

I – Taxa de Reprovação Anual de 30%:

II – Taxa de Reprovação Anual de 50%:

III - Taxa de Sucesso na Graduação (TSG) do TCU:

Detalhamento Descrição

Nome/Sigla Taxa de Reprovação Anual de 30% /𝑇𝑅𝐴30% Objeto de mensuração Percentual de reprovação da instituição.

Fórmula de Cálculo

𝑇𝑅𝐴30%=

𝑁º 𝑑𝑒 𝐷𝑖𝑠𝑝𝑙𝑖𝑛𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑇𝑥 𝑑𝑒 𝑅𝑒𝑝𝑟𝑜𝑣. 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 𝑜𝑢 𝑖𝑔𝑢𝑎𝑙 𝑎 30% 𝑁º 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝐷𝑖𝑠𝑐𝑖𝑝𝑙𝑖𝑛𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑚𝑒𝑛𝑜𝑠 𝑢𝑚𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟í𝑐𝑢𝑙𝑎 𝑥100

Unidade de medida Porcentagem

Periodicidade Anual

Fonte Dados do Siga.

Intepretação Percentual de disciplinas cursadas no ano de referência com taxa reprovação de alunos maior ou igual a 30%.

Detalhamento Descrição

Nome/Sigla Taxa de Reprovação Anual de 50% /𝑇𝑅𝐴50% Objeto de mensuração Percentual de reprovação da instituição.

Fórmula de Cálculo

𝑇𝑅𝐴50%=

𝑁º 𝑑𝑒 𝐷𝑖𝑠𝑝𝑙𝑖𝑛𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑇𝑥 𝑑𝑒 𝑅𝑒𝑝𝑟𝑜𝑣. 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 𝑜𝑢 𝑖𝑔𝑢𝑎𝑙 𝑎 50% 𝑁º 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝐷𝑖𝑠𝑐𝑖𝑝𝑙𝑖𝑛𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑚𝑒𝑛𝑜𝑠 𝑢𝑚𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟í𝑐𝑢𝑙𝑎 𝑥100

Unidade de medida Porcentagem

Periodicidade Anual

Fonte Dados do Siga.

Intepretação Percentual de disciplinas cursadas no ano de referência com taxa reprovação de alunos maior ou igual a 50%.

Detalhamento Descrição

Nome/Sigla Taxa de Sucesso/TSG

Objeto de mensuração Percentual do somatório de número de estudantes que se formaram no curso j no ano t (todos concluintes no ano t) de integralização mínima desse curso j em relação ao número de ingressantes do curso j no ano T de ingresso.

Fórmula de Cálculo 𝑇𝑒𝑓𝑗,𝑇,𝑝𝑖 = ∑ 𝐹𝑜𝑟𝑖,𝑗,𝑡 𝑛5,𝑗,𝑡 𝑖=1 ∑𝑛 𝐼𝐺𝑖=𝑗𝑇 𝑖=1 𝑥100 Em que: T = Ano de ingresso t = Ano de referência

For = Estudante com situação de vínculo igual a “Formado” no curso j no ano t. ∑𝑛 𝐼𝐺𝑖=𝑗𝑇

𝑖=1 = Número total de ingressantes no curso j no ano T das bases de dados. Unidade de medida Porcentagem

Periodicidade Anual

Fonte Fórmula do TCU aplicada aos dados ajustados do Siga.

Intepretação Percentual de estudantes que se formam no período de integralização mínimo, considerando todos os concluintes do ano em relação a todos ingressantes do ano em questão. Quando todos os concluintes do ano são somados pode haver concluintes que ingressaram em outros anos, diferentes de T.

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METODOLOGIA

IV - Taxa de Eficiência (TEF):

V - Taxa de Sucesso do Inep (TAS):

Detalhamento Descrição

Nome/Sigla Taxa de Eficiência/TEF

Objeto de mensuração Percentual de estudantes ingressantes no ano T ingresso que se formaram no curso j até o prazo de integralização pi do curso j em relação ao número de ingressantes do curso j no ano T. (apenas concluintes com ano de ingresso T)

Fórmula de Cálculo 𝑇𝑒𝑓𝑗,𝑇,𝑝𝑖 = ∑ ∑ 𝐹𝑜𝑟𝑖,𝑗,𝑝𝑖 𝑛5,𝑗,𝑤 𝑖=1 𝑡𝑝𝑖 𝑤=𝑇 ∑𝑛 𝐼𝐺𝑖=𝑗𝑇 𝑖=1 𝑥100 Em que: T = Ano de ingresso t = Ano de referência

pi= Prazo de integralização mínimo.

For = Estudante com situação de vínculo igual a “Formado” no curso j no ano t. ∑𝑛𝑖=1𝐼𝐺𝑖=𝑗𝑇 = Número total de ingressantes no curso j no ano T das bases de dados Unidade de medida Porcentagem

Periodicidade Anual

Fonte Fórmula do Inep adaptada pela PROPLAN e aplicada aos dados ajustados do Siga.

Intepretação Percentual de estudantes que se formam no período de integralização mínimo, considerando apenas os concluintes do ano que realmente ingressaram no ano T, em relação aos ingressantes do ano em questão. Quando apenas os concluintes do ano T são considerados, o número de formados é reduzido, pois não são considerados concluintes com ingresso em outros anos.

Detalhamento Descrição

Nome/Sigla Taxa de Sucesso/TAS

Objeto de mensuração Percentual de estudantes ingressantes no ano T que se formaram no curso j até o final do prazo de acompanhamento pa do curso j, em relação ao número de ingressantes do curso j no ano T de ingresso.

Fórmula de Cálculo 𝑇𝑎𝑠𝑗,𝑇,𝑝= ∑ ∑ 𝐹𝑜𝑟𝑖,𝑗,𝑝𝑎 𝑛5,𝑗,𝑤 𝑖=1 𝑡 𝑤=𝑇 ∑𝑛 𝐼𝐺𝑖=𝑗𝑇 𝑖=1 𝑥100 Em que:

pa= Prazo de integralização máximo que corresponde a 1,5 vezes o período de integralização mínimo.

T = Ano de ingresso t = Ano de referência

For = Estudante com situação de vínculo igual a “Formado” no curso j no ano t.

∑𝑛 𝐼𝐺𝑖=𝑗𝑇

𝑖=1 = Número total de ingressantes no curso j no ano T das bases de

dados

Unidade de medida Porcentagem

Periodicidade Anual

Fonte Fórmula do Inep adaptada pela PROPLAN e aplicada aos dados ajustados do Siga.

Intepretação Percentual de estudantes que se formam no período de integralização

máximo, considerando apenas os concluintes do ano que realmente

ingressaram no ano T, em relação aos ingressantes do ano em questão. Quando

apenas os concluintes do ano T são considerados, o número de formados é

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METODOLOGIA

VI- Total de Alunos Equivalentes: Detalhamento Descrição

Nome/Sigla Total de Alunos Equivalentes na IES j/𝑇𝐴𝐸𝐺𝑗 Objeto de mensuração Total de alunos Equivalentes em determinada IES

Fórmula de Cálculo I - Total de Alunos Equivalentes para Cursos de Graduação Consolidados: 𝑇𝐴𝐸𝐺𝑗= ∑ {[𝑁𝐴𝐶𝐺 𝑖× (1 + 𝑅𝑖) + (𝑁𝑖−𝑁𝐴𝐶𝐺𝑖) 4 ] × 𝑃𝐺𝑖× 𝐷𝐺𝑖× 𝐵𝑇𝑖× 𝐵𝐹𝑆𝑖} 𝑛 𝑖=1

II - Total de Alunos Equivalentes para Cursos de Graduação Novos: 𝑇𝐴𝐸𝐺𝑗= ∑ 𝑁𝑀𝐺

𝑖× 𝑃𝐺𝑖× 𝐵𝑇𝑖× 𝐵𝐹𝑆𝑖 𝑛

𝑖=1

III- Total de Alunos Equivalentes para Cursos de Graduação sem Ingressantes ou com Número de Ingressantes Menor que Concluintes:

𝑇𝐴𝐸𝐺𝑗= ∑[𝑁𝐴𝐶𝐺

𝑖× (1 + 𝑅𝑖)] × 𝑃𝐺𝑖× 𝐷𝐺𝑖× 𝐵𝑇𝑖× 𝐵𝐹𝑆𝑖 𝑛

𝑖=1

Em que:

𝑁𝐴𝐶𝐺𝑖= Número de alunos concluintes no curso de graduação i;

𝑁𝑀𝐺𝑖= Número de alunos matriculados no curso de graduação i;

𝑅𝑖= Retenção-padrão do curso de graduação i;

𝑁𝑖= Número de alunos ingressantes no curso de graduação i;

𝑃𝐺𝑖= Peso do grupo do curso de graduação i;

𝐷𝐺𝑖= Duração-padrão do curso de graduação i;

𝐵𝑇𝑖= Bônus por turno noturno do curso de graduação;

𝐵𝐹𝑆𝑖= Bônus por curso i de graduação fora da sede. Unidade de medida Número absoluto

Periodicidade Anual

Fonte Nota Técnica nº 24 do INEP (diretoria de Estatísticas Educacionais Coordenação-Geral do Censo da Educação Superior) Brasília, 05 de setembro de 2014.

Intepretação O número total de alunos Equivalentes em determinada IES, leva em consideração o número de concluintes, matriculados e ingressantes nos cursos, relacionando à taxa de retenção, pesos e bônus divulgados pelo INEP. Lembrando que dependendo da característica de cada curso, como novo, consolidado ou em extinção, haverá uma fórmula diferente para o cálculo. É utilizado para direcionar parte do orçamento das universidades.

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METODOLOGIA

VII- Índice Geral de Cursos (IGC):

4.2 Instrumentos para Diagnóstico

Para identificar os fatores que contribuem para a evasão, retenção assim como para a permanência e êxito dos discentes, elaborou-se quatro instrumentos de pesquisa destinados para os colegiados de cursos, discentes evadidos, vinculados e egressos, conforme detalhados a seguir:

Apêndice A - Questionário para colegiados de cursos; Apêndice B - Questionário para discentes evadidos; Apêndice C - Questionário para discentes vinculados; Apêndice D - Questionário para egressos.

4.3 Disseminação do diagnóstico

Para possibilitar maior alcance, conhecimento e colaboração na elaboração do documento, serão realizadas algumas ações, dentre elas, divulgação via sei, publicação na página da universidade e um fórum voltado a coordenadores, professores, discentes e técnicos dos cursos de graduação, com vistas a fornecer-lhes subsídios para que possam realizar diagnósticos em suas unidades acadêmicas sobre permanência, evasão e retenção nos cursos. O evento ocorreu em novembro de 2019 com a participação de representantes dos cursos de todos os campi da instituição.

As ações do grupo de trabalho constituem-se em: Detalhamento Descrição

Nome/Sigla Índice Geral de Cursos (IGC)

Objeto de mensuração Indicador de qualidade institucional -

Aspectos considerados - Média dos últimos CPCs da instituição, dos últimos três anos, ponderada pelo

número de matrículas em cada um dos cursos computados;

- Média dos conceitos de avaliação dos programas de pós-graduação stricto sensu atribuídos pela CAPES na última avaliação trienal disponível, ponderada pelo número de matrículas em cada um dos programas de pós-graduação

correspondentes;

- Distribuição dos estudantes entre os diferentes níveis de ensino, graduação ou pós-graduação stricto sensu. (Matrículas).

Metodologia A metodologia para o cálculo encontra-se detalhada na Nota Técnica n. 39/2017/CGCQES/DAES (INEP, 2017b). O link para acesso encontra-se nas referências.

Fonte: Os valores do Índice Geral de Cursos (IGC) foram disponibilizados pelo INEP, através do Censo da Educação Superior.

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METODOLOGIA

a) Organizar o Fórum e fomentar a participação dos coordenadores, professores, técnicos e alunos:

b) Preparar o material que será apresentado; c) Disponibilizar os instrumentos para aplicação; d) Compilar os dados e encaminhar para os cursos.

As ações dos participantes do Fórum constituem-se:

a) Multiplicar o conhecimento adquirido no Fórum com todos da unidade acadêmica; b) Sensibilizar os discentes sobre a importância do preenchimento dos instrumentos; c) Preencher o instrumento destinado ao curso/colegiado;

d) Utilizar o diagnóstico e as estratégias descritas no documento como apoio na elaboração do Plano de Desenvolvimento da Unidade Acadêmica (PDUA).

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INDICADORES ACADÊMICOS - RESULTADOS

5 INDICADORES ACADÊMICOS - RESULTADOS

Após aplicação da metodologia descrita na seção 4.1, elaborou-se a Tabela 5.1, que contém os resultados dos indicadores acadêmicos relacionados à permanência e conclusão na UFMT para os últimos anos (2014 a 2018). Destaca-se que todos os indicadores possuem metodologias baseadas em documentos institucionais do Inep, TCU, Censo Superior, entre outros. Algumas alterações foram realizadas, para possibilitar adequação à realidade da instituição.

Tabela 5.1 – Evolução dos Indicadores acadêmicos para UFMT (2014 a 2018).

Taxa 2014 2015 2016 2017 2018

Ia - Taxa de Reprovação Anual de 30% (% de disciplinas com taxa de reprovação igual ou superior a 30%)

– 28% 27% 26% 29%

Ib - Taxa de Reprovação Anual de 50% (% de disciplinas com taxa de reprovação igual ou superior a 50%)

– 10% 8% 8% 10%

II – Taxa de Sucesso na Graduação (TSG) do TCU – 45% 44% 41% 40%

III – Taxa de Eficiência (TEF) 18% 18% 17% 19% -

IV – Taxa de Sucesso do Inep (TAS) 50% 43% 39% 39% -

V – Aluno Equivalente 34.724 35.072 36.186 34.492 34.744

VI - Índice Geral de Cursos (IGC) 3,0990 3,0586 3,0500 3,1077 3,1649

Fonte: Elaboração GDIEE, 2019. Dados: Censup, 2018; SIGA, 2018, Inep 2017.

Figura 5.1 – Evolução dos indicadores acadêmicos para UFMT (2014-2018)

Fonte: Elaboração GDIEE, 2019. Dados: Censup, 2018; SIGA, 2018.

28% 27% 26% 29% 10% 8% 8% 10% 45% 44% 41% 40% 18% 18% 17% 19% 50% 43% 39% 39% 2014 2015 2016 2017 2018

Ia - Taxa de Reprovação Anual de 30%

Ib - Taxa de Reprovação Anual de 50%

II – Taxa de Sucesso na Graduação (TSG) do TCU

III – Taxa de Eficiência (TEF)

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INDICADORES ACADÊMICOS - RESULTADOS

Figura 5.2 – Evolução do quantitativo de alunos equivalentes na graduação da UFMT (2014 a 2017).

Fonte: Elaborado por GDIEE/PROPLAN, dados Censup, 2018.

Figura 5.2 – Evolução de Indicadores de Qualidade da Educação Superior: Índice Geral de Cursos – Ciclo 2017 na da UFMT (2014 a 2017).

Fonte: Elaborado por GDIEE/PROPLAN, dados GAI/PROPLAN, 2018.

34.724 35.072 36.186 34.492 34.744 2014 2015 2016 2017 2018 3,0990 3,0586 3,0500 3,1077 3,0200 3,0400 3,0600 3,0800 3,1000 3,1200 2 0 1 4 2 0 1 5 2 0 1 6 2 0 1 7

ÍND ICE G ERAL D E CU RS O S - IG C CO NT ÍNU O

4 4 4 4 3,1 3,1 3,0 3,1 2,9 2,8 2,8 2,8 4,3 4,3 4,3 4,3 4,6 4,6 4,6 4,7 2014 2015 2016 2017

IGC Faixa IGC contínuo

Conceito Médio da Graduação Conceito Médio do Mestrado Conceito Médio do Doutorado

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ESTUDOS SOBRE EVASÃO NA UFMT

Na UFMT, a redução do quantitativo de alunos equivalentes de 2016 para 2017 (5%) pode ser explicada por alguns fatores. Primeiro pela redução de concluintes em torno de 8%, e também, pela mudança da fórmula de cálculo, diante da alteração de cursos considerados novos, para cursos consolidados. Cabe salientar, que cursos com até 10 anos são considerados “cursos novos” e sua fórmula desconsidera o número de concluintes.

O aluno equivalente é o principal indicador utilizado para fins de análise dos custos de manutenção das Instituições Federais de Educação Superior - IFES, nas rubricas referentes ao orçamento de custeio e capital (OCC). O aluno equivalente de Graduação coletado pelo Censo é responsável por aproximadamente 85% do Orçamento de OCC das IFES.

6 ESTUDOS SOBRE EVASÃO NA UFMT

No Brasil, as pesquisas sobre evasão se tornaram mais frequentes a partir de 1995, quando foi constituída a Comissão Especial de Estudos sobre Evasão, através de Portaria SESu/MEC, com o objetivo de desenvolver um estudo, sobre o desempenho das Instituições Federais de Ensino Superior. O estudo, concluído em outubro de 1996, reúne um conjunto significativo de dados sobre desempenho das IFES, relativos aos índices de diplomação, retenção e evasão de seus cursos de graduação (VELOSO; ALMEIDA, 2013).

A UFMT possui além das pesquisas publicadas, algumas iniciativas para compreender as causas da evasão, neste sentido foram inseridas algumas questões relacionadas com a temática em questionários aplicados aos discentes. A Tabela 6.1 evidencia o número de alunos que afirmaram possuir dificuldades para dar continuidade nos estudos em 2018.

Tabela 6.1 – Resposta da questão sobre dificuldades para dar continuidade nos estudos UFMT, 2018.

Você tem enfrentado dificuldades para dar continuidade em seus estudos no curso escolhido na UFMT?

Frequência Porcentagem

Não 1.745 45%

Sim 2.101 55%

Total 3.846 100%

Fonte: GDIEE/PROPLAN, 2019. Dados questionário da CPA, 2018.

Nota-se que 55% dos respondentes enfrentam algum tipo de dificuldade para dar continuidade nos estudos. A Figura 6.1 descreve as principais dificuldades, citadas no mesmo estudo realizado pela Comissão Própria de Avaliação (CPA, 2018).

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ESTUDOS SOBRE EVASÃO NA UFMT

Figura 6.1 – Dificuldades citadas pelos graduandos para dar continuidade nos estudos UFMT, 2018.

Fonte: GDIEE/PROPLAN, 2019. Dados questionário da CPA, 2018. *Cada aluno poderia assinalar até 5 dificuldades.

Os cinco fatores mais citados somam 70% das dificuldades; Greves, Metodologias de ensino do professor, Reprovação em disciplinas, Motivação para os estudos e Conciliação com o Trabalho. A pesquisa conduzida pelo fórum de pró-reitores de assistência estudantil, Fonaprace (2019), também questionou sobre as dificuldades que interferem significativamente, na vida, ou no contexto acadêmico dos estudantes da UFMT, a Figura 6.2 mostra as maiores dificuldades.

Figura 6.2 – Dificuldades que interferem significativamente em sua vida ou no contexto acadêmico UFMT (2018).

Fonte: GDIEE/PROPLAN, 2019. Dados FONAPRACE, 2018. *Cada aluno poderia assinalar todas opções que desejasse. 95 106 135 199 351 356 481 530 690 764 1.015 1.036 - 200 400 600 800 1.000 1.200 ACESSIBILIDADE FORMAÇÃO ESCOLAR ANTERIOR FALTA DE IDENTIFICAÇÃO COM CURSO SEGURANÇA DO CAMPUS TRANSPORTE SAÚDE PROBLEMAS FINANCEIROS CONCILIAÇÃO COM TRABALHO MOTIVAÇÃO PARA OS ESTUDOS REPROVAÇÃO EM DISCIPLINAS METODOLOGIAS DE ENSINO DO PROFESSOR GREVES 9% 3% 4% 5% 6% 6% 6% 7% 7% 7% 9% 9% 11% 11% 0% 2% 4% 6% 8% 10% 12% Outros Dificuldades de acesso a materiais e meios de…

Relações amorosas / conjugais Tempo de deslocamento pra a universidade Relação professor (a) - estudante Carga horária excessiva de trabalho Relacionamento social / interpessoal Relacionamento familiar Dificuldades de aprendizado Adaptação a novas situações (Cidade,… Carga excessiva de trabalhos estudantis

Problemas emocionais Dificuldades financeiras Falta de disciplina / hábito de estudo

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ESTUDOS SOBRE EVASÃO NA UFMT

Figura 6.3 –Razões que fizeram os graduandos pensar em abandonar o curso, UFMT (2018).

Fonte: GDIEE/PROPLAN, 2019. Dados FONAPRACE, 2018. *Cada aluno poderia assinalar todas opções que desejasse.

Conforme Figuras 6.2 e 6.3, os discentes também citam outras dificuldades e dentre estas, as razões que os fizeram pensar em abandonar o curso. As cinco razões mais citadas somam 64%, dentre elas o nível de exigência (carga de trabalho acadêmico), dificuldades financeiras, dificuldade de conciliar trabalho e estudo, problemas familiares e problemas de saúde (físico/mental). Para analisar também outras razões e perspectivas no que tange à permanência e evasão na UFMT, a Tabela 6.2 destaca alguns estudos publicados.

Tabela 6.2 - Estudos sobre evasão realizados para UFMT.

Título e Autor Objetivo Alguns Resultados

Análise de Sobrevivência Aplicada ao Trancamento de Matrícula no Curso de Graduação em Estatística de uma Universidade Federal

Kirsch, Neisse e Veloso 2019

Objetivo de identificar o tempo até o primeiro trancamento de matrícula e sua dependência com o sexo, o estado civil, a naturalidade, a faixa etária e o tipo de ingresso do estudante (processo seletivo, transferência ou admissão de graduado).

Conclui-se que existe uma alta proporção de trancamentos no período em que os alunos ainda estão cursando as disciplinas introdutórias do curso e, portanto, destaca-se a importância de ações preventivas nos semestres iniciais para evitar a ocorrência excessiva de trancamento do curso.

Diversidade de gênero e a evasão universitária em cursos de graduação em administração, ciências contábeis, ciências econômicas e sistemas de informação da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT - Rondonópolis)

Cardoso e Nagai, 2018.

Comparar os motivos que provocaram a evasão de alunos dos cursos de administração, ciências contábeis, ciências econômicas e sistemas de informação da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT-Campus Rondonópolis) levando em conta as percepções de homens e mulheres. Público-alvo alunos não matriculados em seus

Os resultados apontam para diferenças estatisticamente significativas entre os motivos de evasão e o gênero, mas apenas para dois fatores, cidade e aprendizagem. Além disso, os dados qualitativos revelaram problemas em relação à didática

em sala de aula e à pressão psicológica proveniente dos professores, a falta de preparo de outros alunos, a falta de professores e o fato de o curso ser novo.

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ESTUDOS SOBRE EVASÃO NA UFMT

Título e Autor Objetivo Alguns Resultados

respectivos cursos, em dezembro de 2014

relacionados à segurança, falta de linhas de pesquisa, projetos de extensão e programa de iniciação científica

Análise sobre a influência do sistema de seleção unificada (SISU) na evasão do curso de administração da Universidade Federal de Mato Grosso

Backes, 2019

Investigar o nível de impacto do Sistema de Seleção Unificada - SiSU sobre a evasão universitária do curso de Administração da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)

Os resultados atestam que apesar dos esforços para ampliar o número de vagas ofertadas no ensino superior, o número de

alunos concluintes não corresponde à quantidade de alunos ingressantes, além

de que a quantidade de estudantes que não renovam suas matrículas semestralmente é crescente, indicando uma perspectiva cada vez menor para formandos dentro do

período de integralização mínima do

curso Evasão na Universidade

Federal de Mato Grosso

Pereira, Zavala e Santos 2011

Objetivo quantificar e traçar o perfil da evasão nos cursos de graduação do campus de Cuiabá da Universidade Federal de Mato Grosso.

Os dados por área do conhecimento revelam que as áreas de Linguística, Letras e Artes, seguida de Ciências Exatas e da Terra, e Engenharias lideram o ranking com as mais elevadas taxas de evasão. Os cursos noturnos, apesar de menor evasão, apresentam maior retenção dos alunos. Os jovens com menos de 21 anos, do sexo masculino, oriundo de escola pública, cursando até o segundo ano de curso e com coeficiente de rendimento até 4.9, têm duas vezes mais chance de evadir que os demais alunos.

O estudante egresso da escola pública e os elementos que possibilitam a permanência na UFMT, campus de Cuiabá

Andrade, 2019

Tem como objetivo geral analisar os elementos que possibilitam a permanência de estudantes egressos das escolas públicas nos cursos de graduação presenciais ofertados pela UFMT, Campus de Cuiabá. Na quarta fase realizou-se a aplicação do questionário aos

estudantes dos cursos

selecionados; Licenciatura em Pedagogia, Licenciatura em Física e Bacharelado em Direito que estavam no último ano/semestre para conclusão do curso.

Quantos aos elementos que dificultam a permanência, consideramos:

• O ingresso quando se dá em curso porque era mais fácil ingressar ou quando o curso foi escolhido devido seu prestígio social; • Os programas acadêmicos quando a carga horária é prejudicial ao estudante e quando o valor da bolsa não se faz atrativo ou suficiente para a permanência no programa; • A assistência estudantil quando não é amplamente divulgada;

• O professor quando não motiva os estudantes e não reconhece sua importância no processo da permanência;

• A satisfação com o curso quando o estudante se demonstra insatisfeito com curso;

• O mundo do trabalho quando o estudante não reconhece que o curso lhe prepara para o mercado de trabalho e quando o curso não lhe proporciona boas perspectivas profissionais.

• O capital cultural quando a sua falta ou o baixo nível em que se apresenta no estudante não possibilita os conhecimentos, as vivências e as orientações necessárias para seu bom desenvolvimento na educação superior (...)

Evasão nos cursos de graduação da Universidade Federal de Mato Grosso,

Acrescentar a abordagem qualitativa ao enfoque quantitativo dos estudos sobre

Os resultados obtidos nos levam a supor que a evasão nos cursos de graduação da Universidade Federal de Mato Grosso,

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ESTUDOS SOBRE EVASÃO NA UFMT

Título e Autor Objetivo Alguns Resultados

Campus Universitário de Cuiabá – um processo de exclusão.

Veloso e Almeida, 2013

evasão universitária existentes, tendo como desafio explicar os índices de evasão dos cursos de graduação da Universidade Federal de Mato Grosso sob a ótica institucional, optando por pesquisar os Coordenadores de Curso e a Pró-Reitoria

Acadêmica, tendo como

pressuposto de que quem evade o faz de algum lugar, por algum motivo e com o consentimento de alguém.

campus de Cuiabá, mais do que um processo dependente do aluno, é um fenômeno institucional, reflexo da ausência de uma política de permanência do aluno no curso de sua opção.

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DIAGNÓSTICO INSTITUCIONAL

7 DIAGNÓSTICO INSTITUCIONAL

As informações disponibilizadas nesta seção foram obtidas por meio de questionários específicos descritos nos Apêndices. Inicialmente, abordaremos os formulários encaminhados aos estudantes desvinculados, vinculados (matriculados e com matrícula trancada) e egressos do período 2013 a 2019 da graduação presencial. Após, na seção 7.6 será tratado da perspectiva dos colegiados.

Os instrumentos de pesquisa enviados para os discentes abordaram, além de informações socioeconômicas e acadêmicas, as dificuldades enfrentadas pelos estudantes durante sua trajetória na instituição. Os questionamentos têm como objetivo principal identificar em quais questões a universidade pode atuar visando a permanência e diplomação de seus estudantes (os questionários e a quantidade de respondentes estão disponíveis nos apêndices).

Considerando que esse diagnóstico será utilizado para estabelecimento de futuras políticas educacionais, foram tabulados e analisados os dados dos quatro campus da UFMT, a saber: Araguaia, Cuiabá, Sinop e Várzea Grande, uma vez que o Campus de Rondonópolis foi recentemente transformado na Universidade Federal de Rondonópolis (UFR) e, portanto, possui autonomia para o estabelecimento de suas políticas educacionais.

As informações sobre as dificuldades acadêmicas foram distribuídas em três aspectos principais: individuais, institucionais e externos. Essa classificação não é taxativa, apesar de ter sido baseada na literatura científica, desta forma, uma adversidade pode permutar por mais de um grupo. Os gráficos foram organizados em ordem decrescente de frequência, de maneira que as dificuldades com maior percentual de respostas com “Sim, foi um motivo determinante para mim” e “Foi em parte” aparecessem no topo do gráfico. Diante da quantidade de variáveis, serão analisadas aquelas adversidades mais frequentes, além disso esses dados poderão ser acessados por campus, curso, grau acadêmico, turno; proporcionando aos gestores conhecer as especificidades dos discentes.

7.1 Discentes Desvinculados

Os estudantes considerados desvinculados são aqueles que, independentemente do motivo, abandonaram o curso por vontade própria, ou por normativas da instituição. O questionário foi encaminhado para os estudantes desvinculados entre 2013 e 2019, e obteve 1.672 respostas de 94 cursos de graduação. Destes, 52% são do sexo feminino e 48% do sexo masculino. Em torno de 35% afirmam ter renda per capita familiar de até 1,5 salário mínimo, 25% recebem entre 1,5 e 3 salários mínimos e 41% mais de 3 salários mínimos. Além disso,

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DIAGNÓSTICO INSTITUCIONAL

52% relataram que na época em que estavam matriculados estudavam e trabalhavam, enquanto os demais (48%) somente estudavam.

Quanto ao tempo de permanência na instituição dessa amostra, compreendido como a diferença entre o ano de desligamento do curso e o ano de ingresso, constata-se que 46% foi desligado no período de 1 ano ou menos e 22% entre 2 anos ou menos, ou seja, cerca de 68% desta amostra saíram antes de completar os dois primeiros anos de estudo. Após o desligamento do curso, 44% não retornaram aos estudos, 25% migraram para instituições privadas de ensino, 17% continuaram a estudar em outras instituições públicas de ensino e 14% continuaram na UFMT em outro curso de graduação.

Gráfico 7.1.1 - Dificuldades individuais relatadas pelos estudantes desvinculados.

Fonte: Elaborado por GDIEE (2020), dados dos questionários da pesquisa.

A adversidade pessoal mais relatada por esse grupo de estudantes é a falta de tempo para os estudos. Destaca-se que, de acordo com os dados, essa dificuldade tem relação direta com a atividade laboral do estudante quando estava matriculado, uma vez que para os estudantes que relataram esta dificuldade, cerca de 80% estudavam e trabalhavam e 20% apenas estudavam.

18% 21% 17% 15% 16% 12% 15% 15% 14% 12% 14% 9% 14% 9% 14% 8% 7% 4% 6% 8% 7% 4% 4% 5% 21% 16% 18% 19% 17% 20% 17% 15% 16% 17% 14% 18% 11% 14% 9% 13% 14% 15% 11% 7% 6% 5% 5% 3% 61% 63% 65% 67% 67% 68% 68% 70% 71% 71% 72% 73% 76% 77% 77% 78% 78% 81% 83% 85% 87% 91% 92% 92% Falta de tempo Falta de recursos para se manter Escolha inadequada do curso Decepção com o curso Problemas emocionais Falta de motivação para estudos Descoberta de outros interesses Decepção com a universidade Sem vocação para o curso Problemas na família Necessidade de sustentar a família Dificuldade de aprendizado Não consegui o curso desejado Falta de dinheiro para material didático Mudança de emprego Acúmulo de reprovações Falta de conhecimento sobre o curso escolhido Falta de hábito de estudo Base escolar insuficiente Necessidade de cuidar dos filhos Doenças Bullyng e discriminação Assédio e perseguição Gravidez

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DIAGNÓSTICO INSTITUCIONAL

De maneira análoga, a falta de recursos para se manter durante os estudos, segunda dificuldade mais relatada, correlaciona-se com a renda familiar per capita do estudante evadido, visto que dos que apontaram essa barreira cerca de 60% têm renda per capita de até um salário mínimo, enquanto que o grupo que não relatou essa dificuldade, mais da metade recebem mais de três salários mínimos.

A terceira e quarta dificuldades mais frequente entre os evadidos estão relacionadas, principalmente, à falta de conhecimento prévio do curso escolhido ou à falta de opção. Dentre os que apontaram a escolha inadequada do curso como uma dificuldade, somente 8% apresentaram a identificação com o curso como motivo de escolha do curso, e 46% relataram que escolheram o curso por falta de opção. De forma semelhante, os que informaram a decepção com o curso como uma adversidade, 12% possuíam uma identificação com o curso, 25% relataram falta de opção e 26% escolheram o curso por influência de amigos e parentes.

Os aspectos institucionais são aqueles que a instituição tem maiores condições de melhorias, pois estão associados à infraestrutura e ao programa curricular do curso. O Gráfico 7.1.2 mostra as questões que consistiram em uma dificuldade para os estudantes desvinculados. Gráfico 7.1.2 - Dificuldades institucionais relatadas pelos estudantes desvinculados.

Fonte: Elaborado por GDIEE (2020), dados dos questionários da pesquisa.

20% 19% 14% 11% 12% 12% 13% 13% 9% 8% 8% 8% 8% 8% 5% 6% 5% 5% 6% 4% 3% 2% 16% 15% 18% 19% 14% 14% 12% 12% 15% 14% 14% 13% 13% 10% 12% 10% 10% 10% 9% 10% 6% 4% 64% 66% 69% 70% 74% 74% 75% 75% 76% 78% 78% 79% 80% 82% 83% 84% 84% 85% 86% 86% 91% 94% Turno do curso Horário incompatível Metodologia de ensino do docente Estrutura curricular do curso Falta de opções de horários para disciplinas e outras…

Relacionamento docente/aluno Falta de Bolsas e auxílios Atividades obrigatórias em turnos incompatíveis Qualidade do curso Falta de ações de apoio ao aprendizado Qualidade dos docentes Carga excessiva de trabalhos estudantis Forma de avaliação praticada Curso não prepara para o mercado de trabalho Instalações inadequadas Falta de carga horária prática Falta de auxílio para material didático Laboratórios e equipamentos insuficientes Assiduidade e pontualidade do docente Salas de aula desconfortáveis Falta de material bibliográfico Falta de acessibilidade

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DIAGNÓSTICO INSTITUCIONAL

Os dois aspectos institucionais que geraram maior nível de dificuldade segundo os respondentes, turno do curso e horário incompatível, estão inter-relacionados, pois dentre os que relataram essas dificuldades em torno de 67% estavam matriculados em cursos com turno integral. Esse problema demonstrado, principalmente, pelos estudantes do turno integral, pode ser explicado pela incompatibilidade de horário entre trabalho e estudo, uma vez que 66% do grupo que relatou algum grau de dificuldade em relação ao turno do curso estavam trabalhando e estudando antes do desligamento do curso.

Além dessa dificuldade em conciliar trabalho e estudo, os demais problemas mais relatados estão relacionados aos diversos componentes do processo de ensino-aprendizagem (metodologia de ensino do docente, estrutura curricular do curso, relacionamento docente-aluno, qualidade do curso) e a situação socioeconômica desses estudantes (falta de bolsas e auxílios) em virtude de 69% dos que tiveram este obstáculo recebem até 1,5 salário mínimo per

capita. Ressalta-se que as dificuldades relacionadas à infraestrutura dos cursos, tais como,

laboratórios e equipamentos insuficientes, falta de material bibliográfico, instalações inadequadas, sala de aulas desconfortáveis estiveram entre as adversidades menos relatadas pelos estudantes desvinculados, este fato pode ser explicado por dois motivos. Primeiro, a infraestrutura realmente não seja o principal problema, ou, o segundo, como a maioria dos estudantes desta amostra permaneceu por menos de dois anos, não demandaram a infraestrutura completa do curso.

Os aspectos externos compreendem as questões que, via de regra, não dependem exclusivamente da instituição, dependendo muito mais da conjuntura socioeconômica do país ou da região na qual a instituição está inserida. O gráfico 7.1.3 elenca as principais dificuldades mencionadas.

Gráfico 7.1.3 - Dificuldades externas relatadas pelos estudantes desvinculados.

Fonte: Elaborado por GDIEE (2020), dados dos questionários da pesquisa.

22% 10% 9% 16% 8% 9% 7% 7% 21% 18% 17% 7% 15% 13% 13% 8% 57% 72% 74% 76% 77% 78% 80% 85% Greves Expectativa de baixa remuneração Mercado de trabalho (pouca oferta de emprego) Mudança de cidade Pouca expectativa de ascensão social Distância do campus Segurança no campus e arredores Localidade (dificuldades de se adaptar à cidade)

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DIAGNÓSTICO INSTITUCIONAL

A dificuldade externa mais apontada são as greves, aliás, considerando todas as adversidades dos três conjuntos de aspectos (individuais, institucionais e externos), as greves foram as maiores dificuldades apontadas, com 43% dos respondentes informando, em algum grau, essa adversidade. A expectativa de baixa remuneração, segundo motivo externo mais relatado, foi determinante para a mudança de curso dos estudantes que evadiram do curso, mas continuaram estudando na UFMT ou em outras instituições públicas ou privadas. Deste grupo, 93% mudaram de curso e apenas 7% mudaram somente de instituição e continuaram no mesmo curso de graduação.

7.2 Discentes Egressos

O questionário foi encaminhado aos estudantes da UFMT que se diplomaram entre 2013 e 2019, tendo sido obtidas 1.486 respostas de 81 cursos de graduação presencial. Desta amostra, 59% são do sexo feminino e 41% do masculino. A análise deste grupo de discentes é fundamental, pois constitui um grupo que percorreu toda a trajetória do curso e conseguiu diplomar, além da maioria ter permanecido na instituição por cerca de 6 anos.

Na época dos estudos, 60% apenas estudavam, enquanto 40% estudavam e trabalhavam. Além disso, cerca de 24% recebem renda per capita familiar de até 1,5 salário mínimo, 28% entre 1,5 e 3 salários mínimos e 49% mais de três salários mínimos. O tempo até a conclusão médio desses estudantes, compreendido como a diferença entre o ano de conclusão e o ano de ingresso, foi de 5,98 anos e aproximadamente 84% deles formaram-se entre o quinto e o sétimo ano de estudo.

Quando questionados sobre os fatores que mais contribuíram para a conclusão do curso, 38% responderam que foi a ajuda familiar, 32% identificação com o curso, 17% atividades extracurriculares e 13% assistência estudantil. Questionou-se também o que contribuiu de forma fundamental para conclusão do curso, e destaca-se o apoio de professores, amigos, força de vontade, apoio psicológico, atividades de pesquisa e extensão. Para exemplificar, cita-se algumas frases dos discentes: “A paixão pelo curso e a força de vontade. Além de muitos professores serem inspiradores”; “Amor pela profissão, apoio da família e alguns professores que me inspiraram”; “Estar envolvida em projetos de pesquisa por meio da minha bolsa PIBIC”. Durante a trajetória, também passaram por diversas dificuldades, o Gráfico 7.2.1 elenca as dificuldades individuais relatadas pelos respondentes.

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DIAGNÓSTICO INSTITUCIONAL

Gráfico 7.2.4 - Dificuldades individuais relatadas pelos egressos.

Fonte: Elaborado por GDIEE (2020), dados dos questionários da pesquisa.

A principal dificuldade individual mais relatada pelos egressos foi relacionada à questão emocional. Essa adversidade é bem distribuída entre os grupos, ou seja, ela apresenta-se uniforme entre os gêneros, entre a renda familiar, o grau acadêmico e o turno do curso do diplomado. A falta de motivação para os estudos, segunda dificuldade mais apontada, pode ter relação com o tempo de conclusão do curso, na medida em que 57% dos que apontaram diretamente essa adversidade terem se formado em 6 anos.

A decepção com a universidade foi uma adversidade mais sentida pelos estudantes oriundos do ensino médio privado, visto que destes 14% relataram essa dificuldade, por outro lado, apenas 8% dos estudantes vindos de escola pública informaram essa mesma adversidade. No Gráfico 7.2.2, são apresentadas as dificuldades relacionadas à instituição relatadas pelos egressos. 16% 9% 11% 11% 9% 11% 7% 6% 4% 5% 6% 7% 4% 5% 4% 3% 5% 5% 3% 4% 2% 2% 2% 2% 29% 32% 29% 27% 28% 23% 26% 26% 25% 25% 23% 21% 21% 15% 16% 16% 10% 11% 10% 7% 6% 7% 4% 1% 55% 58% 61% 62% 63% 66% 67% 68% 70% 70% 71% 72% 75% 79% 80% 81% 84% 84% 87% 89% 91% 91% 94% 97% Problemas emocionais Falta de motivação para estudos Decepção com a universidade Falta de recursos para se manter Decepção com o curso Base escolar insuficiente Falta de dinheiro para material didático Falta de hábito de estudo Falta de conhecimento sobre o curso escolhido Dificuldade de aprendizado Falta de tempo Problemas na família Escolha inadequada do curso Acúmulo de reprovações Descoberta de outros interesses Sem vocação para o curso Não consegui o curso desejado Doenças Necessidade de sustentar a família Assédio e perseguição Mudança de emprego Bullyng e discriminação Necessidade de cuidar dos filhos Gravidez

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DIAGNÓSTICO INSTITUCIONAL

Gráfico 7.2.2 - Dificuldades institucionais relatadas pelos egressos.

Fonte: Elaborado por GDIEE (2020), dados dos questionários da pesquisa.

As três principais dificuldades elencadas no Gráfico 7.2.2 apontam para aspectos distintos do contexto acadêmico. A primeira está relacionada ao docente e sua metodologia de ensino, a segunda à estrutura pedagógica do curso e a terceira à sua infraestrutura física. A metodologia de ensino do docente, tal como a falta de motivação para os estudos, mostra uma possível relação com o tempo de conclusão do curso. Dentre os que relataram essa dificuldade, 61% deles formaram-se em aproximadamente seis anos de estudo.

A informação de que o curso não prepara para o mercado de trabalho foi mais relatada pelos estudantes dos cursos de bacharelado 30%. Em contrapartida com os cursos de licenciatura, nos quais 15% dos egressos explicitaram esse problema.

A terceira circunstância institucional de maior empecilho dos egressos, laboratórios e equipamentos insuficientes, foi expressada majoritariamente nos cursos de bacharelado e turno integral. Isto é explicado pelo fato de que os cursos com maior demanda de equipamentos e

18% 27% 21% 21% 11% 12% 9% 10% 11% 13% 11% 13% 12% 9% 10% 7% 9% 7% 7% 8% 4% 3% 44% 31% 38% 33% 40% 36% 36% 35% 34% 30% 29% 26% 25% 27% 24% 28% 25% 26% 22% 19% 15% 10% 37% 41% 42% 46% 49% 52% 55% 55% 55% 57% 60% 61% 63% 64% 65% 66% 66% 67% 71% 73% 81% 87%

Metodologia de ensino do docente Curso não prepara para o mercado de trabalho Laboratórios e equipamentos insuficientes Falta de carga horária prática Estrutura curricular do curso Instalações inadequadas Qualidade dos docentes Forma de avaliação praticada Relacionamento docente/aluno Falta de opções de horários para disciplinas e…

Falta de ações de apoio ao aprendizado Falta de Bolsas e auxílios Carga excessiva de trabalhos estudantis Salas de aula desconfortáveis Falta de material bibliográfico Assiduidade e pontualidade do docente Falta de auxílio para material didático Baixa qualidade do curso Turno do curso Atividades obrigatórias em turnos incompatíveis Horário incompatível Falta de acessibilidade

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DIAGNÓSTICO INSTITUCIONAL

laboratórios, devido as suas especificidades, serem ofertados neste turno e grau, tais como os da área da saúde e as engenharias. No Gráfico 7.2.3 estão dispostos os aspectos externos que dificultaram a conclusão do curso.

Gráfico 7.2.3 - Dificuldades externas relatadas pelos egressos.

Fonte: Elaborado por GDIEE (2020), dados dos questionários da pesquisa.

Como o ocorrido na análise dos desvinculados, a greve também foi o fator que mais dificultou a permanência e conclusão, segundo os respondentes. Tanto na greve quanto na expectativa de baixa remuneração, segunda principal dificuldade, não houve distinção preponderante entre turnos, grau e tipo de escola no ensino médio. Entretanto, dentre os que relataram a greve com uma dificuldade, 70% concluíram o curso em até seis anos.

O terceiro fator mais relatado pelos egressos, segurança nos campi e arredores, é reflexo dos problemas sociais vivenciados, principalmente, nas capitais e regiões metropolitanas. Enquanto nos campi do Araguaia e Sinop esse problema foi explicitado por 11% dos respondentes, nos campi de Cuiabá e Várzea Grande esse índice sobe para 20%.

7.3 Discentes Vinculados

No grupo denominado “discentes vinculados” foram incluídos os estudantes que possuem matrícula ativa ou trancada, neste grupo são evidenciados os aspectos que mais dificultam ou contribuem para a permanência e conclusão. Foram obtidas 1.885 respostas dos estudantes de 91 cursos de graduação presencial. Deste grupo, 59% são do sexo feminino e 41% do sexo masculino e 75% são oriundos do ensino médio público. Quanto às atividades desenvolvidas

42% 25% 17% 19% 16% 6% 6% 5% 38% 35% 33% 30% 31% 18% 14% 10% 21% 40% 50% 51% 53% 77% 80% 85% Greves Expectativa de baixa remuneração Segurança no campus e arredores Mercado de trabalho (pouca oferta de emprego) Pouca expectativa de ascensão social Distância do campus Mudança de cidade Localidade (dificuldades de se adaptar à cidade)

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DIAGNÓSTICO INSTITUCIONAL

atualmente, 58% informaram que estão somente estudando, 36% estão trabalhando e estudando, 4% estão somente trabalhando, portanto, com matrícula trancada, e 1% não está estudando nem trabalhando. Além disso, 37% participam ou participaram de projeto de extensão, 31% de projeto de extensão e 31% recebem ou já receberam algum auxílio financeiro da instituição (bolsa). A renda mensal per capita de 57% dos respondentes é de até 1,5 salário mínimo, 22% entre 1,5 e 3 salários mínimos e 21% mais de 3 salários mínimos. A maioria, 71%, relatam dificuldades para permanecer no curso e 73% já pensaram em abandonar o curso, nos gráficos a seguir serão apresentadas e analisadas as principais dificuldades informadas pelos estudantes vinculados.

Gráfico 7.3.1 - Dificuldades individuais relatadas pelos estudantes vinculados.

Fonte: Elaborado por GDIEE (2020), dados dos questionários da pesquisa.

Os cinco principais aspectos que dificultam a permanência e conclusão do curso em pelo menos em algum grau, segundo os estudantes vinculados, estão relacionados à saúde emocional (problemas emocionais), aos recursos financeiros (falta de recursos para se manter) e às questões relativas ao aprendizado (falta de motivação para os estudos, dificuldade de aprendizado, base escolar insuficiente).

30% 23% 31% 17% 17% 17% 10% 15% 17% 13% 7% 6% 6% 4% 9% 8% 6% 6% 6% 6% 3% 35% 39% 26% 36% 29% 29% 35% 28% 24% 17% 18% 18% 18% 19% 13% 13% 11% 9% 7% 6% 3% 35% 38% 43% 47% 54% 55% 55% 57% 60% 70% 74% 76% 76% 76% 77% 79% 83% 85% 86% 88% 94% Problemas emocionais

Falta de motivação para estudos Falta de recursos para se manter Dificuldade de aprendizado Base escolar insuficiente Falta de tempo Falta de hábito de estudo Problemas na família Acúmulo de reprovações Necessidade de sustentar a família Descoberta de outros interesses Sem vocação para o curso Escolha inadequada do curso Falta de conhecimento sobre o curso escolhido Doenças Não consegui o curso desejado Mudança de emprego Bullyng e discriminação Assédio e perseguição Necessidade de cuidar dos filhos Gravidez

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DIAGNÓSTICO INSTITUCIONAL

Os problemas emocionais, diferentemente do ocorrido com os egressos, têm mais frequência no sexo feminino, visto que dos estudantes que informaram esse item como uma dificuldade determinante para sua permanência e conclusão, 70% são do sexo feminino e 30% do sexo masculino. Além disso, existe uma relação inversa entre a ocorrência de problemas emocionais e a renda per capita familiar, na medida em que no grupo dos que percebem até 1,5 salário mínimo, 33% informaram esse tipo de problema; nos de renda entre 1,5 e 3 salários mínimos, 29% relataram essa adversidade; já nos que recebem mais de 3 salários, 23% declararam ter problemas emocionais.

Conforme esperado, a falta de recursos para se manter é mais frequente nos estudantes de menor renda, enquanto 44% destes informam que esse é um motivo determinante para sua permanência e conclusão, no grupo de estudantes com renda acima de 3 salários mínimos essa taxa cai para 6%. Ademais, a insuficiência de recursos financeiros tem reflexo na dificuldade em permanecer no curso. Quando questionados sobre o assunto, dentre os que relataram dificuldades de permanecer no curso, 39% também disseram que a falta de recursos é um motivo determinante para conclusão do curso, enquanto dentre os que revelaram não ter dificuldade para permanecer apenas 10% relatam problemas com insuficiência de recursos.

Acerca das questões relativas ao aprendizado, existe uma associação entre a motivação para os estudos e a participação em atividades acadêmicas. Dos estudantes que participam ou participaram de projeto de pesquisa, 18% relataram a falta de motivação para os estudos; por outro lado, no grupo que não participaram de projetos esse índice sobe para 25%. Além disso, a dificuldade de aprendizado e a base escolar insuficiente são mais percebidas nos estudantes provenientes do ensino médio público.

Dos estudantes oriundos de escola pública, 18% informaram dificuldade de aprendizado e 21% base escolar insuficiente, já nos de escola privada essas taxas caem para 13% e 5%, respectivamente. No Gráfico 7.3.2 são apresentados os temas institucionais adversos à permanência e conclusão dos estudantes vinculados.

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DIAGNÓSTICO INSTITUCIONAL

Gráfico 7.3.2 - Dificuldades institucionais relatadas pelos estudantes vinculados.

Fonte: Elaborado por GDIEE (2020), dados dos questionários da pesquisa.

A metodologia do docente, principal dificuldade apontada pelos estudantes, não demonstrou evidente diferença entre os diversos grupos analisados, nem mesmo nos estudantes mais engajados com as atividades acadêmicas. Ou seja, o grau de dificuldade informado com a metodologia docente foi praticamente o mesmo entre os grupos que participaram de projetos de pesquisa e extensão em relação aos que não participaram.

A insuficiência de recursos financeiros por boa parte dos estudantes aparece, novamente, como uma das principais dificuldades dos estudantes, principalmente, nos que detém menor renda. Os dados revelam que entre os estudantes com renda per capita familiar de até 1,5 salário mínimo essa dificuldade é sentida por 42% dos respondentes. Por outro lado, entre os estudantes com renda maior de 3 salários mínimos esse índice é de 11%.

A falta de opções de horários para as disciplinas e outras atividades é uma adversidade, ligeiramente, mais exposta pelos estudantes trabalhadores. Destes, 28% relataram essa dificuldade, em contrapartida com 23% dos que somente estudam. As dificuldades consideradas externas à instituição, relatadas pelos estudantes vinculados, são apresentadas no Gráfico 7.3.3.

24% 32% 25% 24% 19% 16% 21% 17% 20% 17% 19% 18% 14% 17% 15% 11% 15% 13% 7% 7% 6% 41% 26% 33% 31% 33% 36% 31% 31% 29% 30% 27% 25% 29% 24% 26% 29% 25% 20% 20% 20% 14% 35% 42% 42% 45% 48% 48% 48% 51% 51% 53% 55% 57% 57% 59% 60% 60% 61% 67% 73% 73% 80% Metodologia de ensino do docente

Falta de Bolsas e auxílios Falta de opções de horários para disciplinas Falta de ações de apoio ao aprendizado Forma de avaliação praticada Estrutura curricular do curso Carga excessiva de trabalhos estudantis Relacionamento docente/aluno Laboratórios e equipamentos insuficientes Qualidade dos docentes Falta de carga horária prática Turno do curso Instalações inadequadas Atividades obrigatórias em turnos incompatíveis Salas de aula desconfortáveis Qualidade do curso Curso não prepara para o mercado de trabalho Horário incompatível Falta de material bibliográfico Assiduidade e pontualidade do docente Falta de acessibilidade

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DIAGNÓSTICO INSTITUCIONAL

Gráfico 7.3.3 - Dificuldades externas relatadas pelos estudantes vinculados.

Fonte: Elaborado por GDIEE (2020), dados dos questionários da pesquisa.

As greves, novamente, aparecem como o aspecto externo que mais trazem dificuldade aos estudantes, 69% dos respondentes tendo sentido essa adversidade pelo menos em parte. Tal como na análise realizada nos dados dos egressos, a segurança nos campi e arredores é mais frequente nos campi localizados na capital, 30% dos estudantes de Cuiabá e Várzea Grande relataram como um problema externo relevante, enquanto nos campi do Araguaia e Sinop o índice é de 14%.

7.4 Dificuldades Ponderadas

Diante da variedade de informações relacionadas às dificuldades discentes, assim como as diferenças que surgem quando se analisa no âmbito dos cursos, elaborou-se outra abordagem. Nesta abordagem, denominada “dificuldades ponderadas” são atribuídos valores para as respostas dos discentes, sendo o valor de “2” quando afirmam que “sim, foi uma dificuldade”, “1” quando “foi em parte” e “0” quando “não foi um motivo”. Desta forma, foi possível ponderar aquelas mais citadas. Esta análise possibilita desagregar e agregar as dificuldades por curso, por grau, por turno, entre outros.

Para possibilitar uma análise geral, as dificuldades ponderadas foram agregadas levando em consideração os temas aos quais estavam relacionadas. Desta forma, o gráfico 7.4.1 relaciona as dificuldades agregadas para a UFMT como um todo.

38% 24% 15% 11% 10% 13% 9% 7% 31% 29% 35% 29% 29% 20% 16% 17% 31% 47% 50% 60% 61% 67% 75% 76% Greves Segurança no campus e arredores Expectativa de baixa remuneração Mercado de trabalho (pouca oferta de emprego) Pouca expectativa de ascensão social Distância do campus Mudança de cidade Localidade (dificuldades de se adaptar à cidade)

Referências

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