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Aula 14 - Análises microbiológicas

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Academic year: 2021

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Cap 3 - Microrganismos

Indicadores

1.  Coliformes Totais

2.  Coliformes Fecais e Escherichia coli

3.  Enterococcus

4.  Bactérias Aeróbias Mesófilas

5.  Bactérias Psicrotróficas e Termófilas

6.  Bactérias Anaeróbias

7.  Bolores e Leveduras

Coliformes Totais

•  Família Enterobacteriaceae

•  Capazes de fermentar a lactose com produção de gás (35 - 37ºC/ 48 horas)

•  Bacilos gram-negativos •  Não formadores de esporos

•  Fazem parte do grupo: Escherichia, Enterobacter,

Citrobacter e Klebisiella.

•  Apenas a Escherichia tem como habitat primário o trato intestinal do homem e animais. Os demais podem ser encontrados nas fezes, vegetais e solo e são mais persistentes que as bactérias patogênicas de origem intestinal como a

Salmonella e Shigella.

•  A ocorrência de Coliformes Totais não indica, necessariamente, a contaminação fecal recente ou ocorrência de enteropatógenos.

Método de Análise de Coliformes

Totais

•  MEIOS DE CULTURA

–  Caldo Lauril sulfato triptose

–  Caldo lactose Bile Verde Brilhante ( CLBVB ) •  TESTE PRESUNTIVO

A partir da amostra pura, fazer as respectivas diluições, e semear volumes de 1 mL em séries de três tubos contendo 10mL de caldo Lauril Sulfato Triptose e tubos invertidos de Durhan. Quando a semeadura for iniciada a partir da diluição 10-1, semear 10ml utilizando meio de cultura preparado com dupla concentração de ingredientes, para com isso ter amostra pura (10°).

Homogeneizar com cuidado e incubar 35 ± 1°C por 24 – 48 horas.

Fazer leitura em 24 e 48 horas, registrar os tubos com presença de gás e dar continuidade passando para o teste

Esquema de Análise do Coliformes

Totais – Teste Presuntivo

(2)

•  TESTE CONFIRMATIVO

Com a utilização de uma alça de platina,

transferir 1 alçadas de cada tubo positivo no tubo de

Caldo Lauril Sulfato Triptose para os tubos de Caldo

Lactose Bile Verde Brilhante (CLBVB) com tubos

invertidos de Durhan.

Incubar a 35 ± 1°C por 24 – 48 horas.

A formação de gás confirma a presença de

bactérias do grupo coliformes totais. Anotar os tubos

positivos e consultar a tabela NMP para expressar os

resultados em NMP de coliformes totais / g ou ml.

Método de Análise de Coliformes

Totais

Esquema de Análise do Coliformes

Totais – Teste Confirmativo

Coliformes Fecais e Escherichia coli

•  Pertencem aos Coliformes Totais, porém são capazes de fermentar a lactose com produção de gás quando incubados à temperatura de 44 - 45,5ºC.

•  Dentro do grupo do Coliformes fecais está presente a espécie

Escherichia coli, capaz de causar doença ao homem. Embora

possa ser introduzida nos alimentos a partir de fontes não fecais, é o melhor indicador de contaminação fecal conhecido até o momento.

•  Um grande número de coliformes fecais pode indicar falhas higiênicos sanitárias como: contaminação cruzada e higiene pessoas precária dos manipuladores.

Método de Análise de Coliformes

Fecais

•  MEIOS DE CULTURA

Caldo Escherichia coli com tubos de Durhan invertidos. •  TESTE CONFIRMATIVO DE COLIFORMES FECAIS

Como o auxílio da alça de platina, transferir 1 alçadas de cada tubo positivo do Caldo Lauril Sulfato Triptose para os tubos contendo Caldo EC e tubos invertidos de Durhan.

Incubar em banho-maria à temperatura de 44,5°C por 24 e 48 horas.

Considerar positivos os tubos com produção de gás nos tubos de Durhan.

Verificar na Tabela de NMP o número correspondente e expressar o resultado em NMP de coliformes fecais / g ou ml.

(3)

Esquema de Análise do Coliformes

Fecais

Esquema de Análise de E. coli

Enterococcus

•  Antes um subgrupo do gênero Streptococcus, a partir de 1984 passaram a pertencer ao gênero Enterococcus, com 16 espécies reconhecidas atualmente.

•  Enterococcus faecalis e Enterococcus faecium mais comumente encontrados em alimentos

•  São utilizados como indicadores de contaminação fecal com algumas restrições porque são encontrados no solo, vegetais, e em alimentos (desidratados, que sofreram ação de desinfetantes e flutuações de temperatura por serem mais resistentes) com maior sobrevida do que os enteropatógenos. •  Sua presença em número elevado indica práticas sanitárias

inadequadas ou armazenamento inadequado do alimento. •  Em alimentos fermentados a presença de um número elevado

de Enterococcus não tem o mesmo significado porque são

Enterococcus

•  São bactérias láticas na forma de cocos

ou cocobacilos

•  Gram positivos

•  Catalase

negativo

e

anaeróbios

facultativos

•  Crescem de 10 ºC a 45ºC

(4)

Método de Análise de

Enterococcus

•  MEIOS DE CULTURA

Ágar KF Streptococcus ou Ágar Gentamicina Tálio Carbonato fluorogênico (fGTC).

•  TESTE Enterococcus

Selecionar 3 diluições adequadas e inocular 1 ml de cada diluição, em profundidade, no Ágar KF Streptococcus Ágar Gentamicina Tálio Carbonato fluorogênico.

Aguardas completa solidificação e Incubar à temperatura de 35°C por 48 horas para Ágar KF e a 35°C por 18 a 24 horas para o ágar fGTC .

Contar as colônias típicas:

Ágar KF – colônias vermelhas ou róseas Ágar fGTC – colônias todas as colônias.

Esquema de Análise de

Enterococcus

Contagem de Placas de Bactérias

Aeróbias Mesófilas

•  É utilizada para indicar a qualidade sanitária dos alimentos •  Um número elevado de microrganismos indica que o alimento é

insalubre (exceto alimentos fermentados), mesmo quando estes não sejam conhecidos como patógenos e não haja alteração de forma apreciável nos caracteres sensorias do alimento, segundo a Comissão Internacional de Padrões Microbiológicos para Alimentos (I.C.M.S.F. – International Commission on

Microbiological Specification fo Foods). Esta afirmação

prende-se aos seguintes fatos:

Contagem de Placas de Bactérias

Aeróbias Mesófilas

1. Contagens altas em alimentos estáveis, em geral, indicam matérias-primas contaminadas ou tratamentos não satisfatórios do ponto de vista sanitário. Nos produtos perecíveis podem indicar também condições inadequadas de tempo e/ou temperatura durante seu armazenamento. A presença de um número elevado de bactérias aeróbias mesófilas que crescem bem à temperatura corporal ou próximo a ela, significa que podem ter existido condições favoráveis à multiplicação de microrganismos patógenos de origem humana ou animal.

(5)

Contagem de Placas de Bactérias

Aeróbias Mesófilas

2. Algumas cepas de bactérias mesófilas comuns, não

geralmente

consideradas

como

agentes

transmissores de enfermidades por alimentos, por

exemplo, Proteus spp, Streptococcus spp e

Pseudomonas mesófilas, já foram incriminadas

como causa de enfermidades quando existia um

número elevado de células viáveis no alimento.

3. Todas as bactérias patogênicas conhecidas,

veiculadas por alimentos, são mesófilas e em

alguns casos contribuem com sua presença para

as contagens em placas encontradas.

Contagem de Placas de Bactérias

Aeróbias Mesófilas

4. A causa mais freqüente de alteração nos alimentos é

devida ao desenvolvimento de microrganismos,

podendo-se esperar, nos mesmos contagens

elevadas. Os níveis de população necessários para

produzir modificações sensoriais ostensivas variam

amplamente segundo o tipo de alimento e, de

modo particular, a classe dos microrganismos. No

momento em que a decomposição pode ser

detectada pelo odor, gosto ou aspecto, a

maioria dos alimentos contém mais de

10

6

microrganismos por grama.

Contagem de Placas de Bactérias

Psicrotróficas e Termófilas

Bactérias Psicrotróficas

•  Microrganismos Psicrotróficos são capazes de se desenvolver entre 0ºC a 7ºC, com produção de colônias ou turvação do meio de cultura em 7 a 10 dias.

•  A contagem de bactérias psicrotróficas avalia o grau de deterioração de alimentos refrigerados.

Bactérias Termófilas

•  O termófilos são microrganismos com temperatura mínima de crescimento ao redor de 45ºC, ótima entre 50ºC a 60ºC e máxima de 70ºC ou acima.

•  A contagem de bactérias termófilas avalia o grau de deterioração de alimentos submetidos a tratamento térmico.

Contagem de Placas de Bolores e

Leveduras

•  Os bolores e leveduras crescem mais lentamente que as bactérias nos alimentos não ácidos que conservam umidade e, por isso, poucas vezes determinam problemas em tais alimentos. Entretanto, nos alimentos ácidos e nos de baixa atividade de água, crescem com maior rapidez que as bactérias, determinando, dessa forma, importantes perdas por alteração de frutas frescas e sucos, vegetais, queijos, produtos derivados de cereais, alimentos curtidos, bem como em alimentos congelados e desidratados, quando seu armazenamento se dá em condições inadequadas.

(6)

Contagem de Placas de Bolores e

Leveduras

Existe também o perigo da produção de micotoxinas pelos bolores micotoxigênicos. Para eliminar ou reduzir tais problemas, os manipuladores de alimentos suscetíveis de contaminação deverão:

•  reduzir a carga de esporos, observando boas práticas higiênicas;

•  reduzir os tempos de armazenamento e vender os alimentos o quanto antes possível;

•  armazenar os alimentos congelados em temperaturas inferiores a -12 °C;

•  eliminar ou reduzir o contato com o ar (mediante envase ou por outros procedimentos);

•  aquecer os alimentos em seu envase final para destruir as células vegetativas e os esporos;

Contagem de Placas de Bolores e

Leveduras

•  Os bolores são quase sempre aeróbios estritos. As

leveduras geralmente crescem tanto na presença

quanto na ausência de oxigênio.

•  Nos alimentos frescos e nos congelados, podem ser

encontrados números reduzidos de esporos e células

vegetativas de leveduras, porém sua presença

nesses alimentos é de pouco significado. Somente

quando os alimentos apresentarem contagens

elevadas de leveduras ou bolores visíveis é que o

consumidor se dará conta da alteração. A alteração

por leveduras não constitui um perigo para a saúde.

•  adicionar conservantes químicos, tais como os

sorbatos e os benzoatos.

Contagem de Placas de Bolores e

Leveduras

•  Nem o homem, nem os animais devem consumir

alimentos visivelmente contaminados por bolores e

leveduras, exceto os produtos nos quais o

microrganismo faz parte da técnica de produção,

como em alguns queijos, tais como Roquefort ou

Camembert, e certos salames, que devem seus

sabores especiais para alguns bolores. As leveduras

crescem mais rapidamente que os bolores, porém

com freqüência, crescem juntamente com eles.

Método de Análise de Bactérias Aeróbias

Mesófilas, Psicrotróficas e Termófilas

•  MEIO DE CULTURA:

Plate Count Ágar

TTC ( 2,3,5 Cloreto de Trifenil Tetraxílico ) – ajuda a colorir as colônias •  PROCEDIMENTO

Para mesófilos (profundidade): após a preparação das diluições pipetar assepticamente 1 mL de cada diluição e transferí-la para placas de Petri devidamente identificadas. Adicionar a cada placa 15 mL de Ágar, previamente fundido e mantido em banho-maria a temperatura entre 40 – 50 °C. Homogeneizar com movimentos suaves, em forma de “oito”, 10 vezes, deixar solidificar e incubar as placas invertidas.

Para Psicrotróficas e Termóflilos (superfície): semear sobre a superfície do ágar 0,1mL da amostra pura e de cada diluição utilizando a alça de drigalsk ou bastão em “L”. Espalhar cuidadosamente o inóculo até que tenha sido totalmente absorvido.

Incubar:

Mesófilos : 35 ± 1°C por 48 horas Psicrotróficos: 7 ± 1 °C por 10 dias. Termófilos: 55 ± 1 °C por 48 horas.

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Método de Análise de Bactérias

Aeróbias Mesófilas

•  RESULTADO

Após o período de incubação fazer a contagem usando os seguintes critérios:

•  Ausência de crescimento em 10-1, expressar como “abaixo de 10 UFC/

grama”.

•  Leituras acima de 300 colônias na maior diluição expressar como “maior que 300 x 104 UFC/grama”.

•  Leituras entre 30 e 300 colônias, expressar o resultado multiplicando-se o valor encontrado, pelo fator de diluição correspondente. Por exemplo: 3 x 10 –2 = 300 UFC/g

Atenção: Para contagens em duplicata, na obtenção dos resultados, utilizar a média aritmética das contagens nas placas que apresentarem entre 30 e 300 colônias.

.

Método de Análise de Bolores e

Leveduras

•  MEIO DE CULTURA

Ágar D. R. B. C. ou PCA-clorafenicol ou PDA acidificado •  PROCEDIMENTO

Semear sobre a superfície do ágar 0,1mL da amostra pura e de cada diluição, utilizando a alça de drigalsk ou bastão em “L”. Espalhar cuidadosamente o inóculo até que tenha sido totalmente absorvido. Inverter as placas e incubar ã temperatura de 20 – 25 °C, por 05 dias. •  RESULTADO

Após o período de incubação, selecionar as placas que apresentarem colônias rosadas, contá-las, e multiplicar o número obtido pelo respectivo fator de diluição expressando os resultados em unidades formadoras de colônias por grama de produto (UFC/g ).

Por exemplo 3 x 10-2 = 300 UFC/g.

Esquema de Análise de Bactérias Aeróbias

Mesófilas, Psicrotróficas, Termófilas e Bolores e

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