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Acadêmica de Serra Talhada- UAST, Serra Talhada, PE- Brasil.

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Potencial alelopático do extrato aquoso de folhas de juazeiro no desenvolvimento

inicial de plântulas de coentro

Luiz Ferreira Coelho Júnior1; Monalisa Alves Diniz da Silva2; Alysson Menezes Sobreira3; Thiago Bezerra Calado3; Elton Carlos Pereira Vieira de Alencar Teles3; Karmile Maria da Silva 4

1Bolsista PIBIC/UFRPE, graduando do curso de agronomia, Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE na

Unidade Acadêmica de Serra Talhada – UAST, Serra Talhada, PE- Brasil. Email: luiz.fc.jr@hotmail.com

2Professor adjunto, Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE na Unidade Acadêmica de Serra Talhada –

UAST, Serra Talhada, PE- Brasil. Email: monallyysa@yahoo.com

3Graduando do curso de agronomia, Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE na Unidade Acadêmica de

Serra Talhada- UAST, Serra Talhada, PE- Brasil. Email: agrosobreira@hotmail.com, thiagobcalado@bol.com.br, eltonteles@hotmail.com

4Estudante de Pós-Graduação em produção vegetal, Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE na Unidade

Acadêmica de Serra Talhada- UAST, Serra Talhada, PE- Brasil. Email:karmilesilva@hotmail.com RESUMO

O objetivo do trabalho foi avaliar o potencial alelopático do extrato aquoso obtido de folhas verdes de juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart.), no desenvolvimento inicial de plântulas de coentro (Coriandrum sativum L.) por se tratar de uma árvore presente nos espaços agrícolas do nordeste brasileiro. As folhas verdes de juazeiro foram trituradas com o auxílio de um liquidificador, adicionando água destilada para facilitar a trituração do material na proporção de 100g.L-1, resultando no extrato bruto correspondendo a concentração de 100%, a partir do extrato bruto, foram feitas diluições para obtenção das concentrações de 20, 40, 60, 80 % do extrato aquoso, sendo utilizado como testemunha apenas água destilada, totalizando seis tratamentos. Foram avaliados: emergência de plântulas, comprimento da parte aérea e da raiz e massa seca da parte aérea e da raiz .Os resultados obtidos mostram que o extrato aquoso de folhas de juazeiro (Ziziphus

joazeiro Mart.), nas diferentes concentrações avaliadas, não interfere negativamente na germinação de diásporos de coentro, porém pode afetar negativamente o desenvolvimento do sistema radicular. PALAVRAS-CHAVE: Caatinga, alelopatia, plântulas

ABSTRACT

The objective of this study was to evaluate the allelopathic effects of aqueous extract obtained from green leaves of juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart.). The initial development of seedlings of coriander (Coriandrum sativum L.) because it is a tree present in agricultural areas of northeastern Brazil. The shells were crushed green jujube with the aid of a blender, adding distilled water to facilitate the grinding of the material at a rate of 100g.L-1, which resulted in the crude extract concentration corresponding to 100% from the crude extractwas made dilutions to obtain the concentrations of 20, 40, 60, 80 % of aqueous extract, and used as a reference only distilled water, five treatments. Were evaluated: seedling emergence, shoot length and root and shoot dry mass and root. The results show that the aqueous extract of leaves of juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart.), evaluated at different concentrations, does not interfere negatively in the germination of seeds of coriander, but has a negative effect on root development.

Keywords: Caatinga, allelopathy, seedling

Os vegetais em seu ambiente natural liberam vários metabólicos primários e secundários que podem ou não influenciar na germinação e no desenvolvimento da vegetação adjacente, sendo este

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A alelopatia pode ser definida como um processo pelo qual, produtos do metabolismo secundário de um determinado vegetal são liberados, impedindo ou estimulando a germinação e o desenvolvimento de outras plantas relativamente próximas, através da liberação de substâncias pelas partes aéreas, subterrâneas ou pela decomposição do material vegetal (Lorenzi, 2000). Para a determinação do potencial alelopático de uma planta, tem-se utilizado inicialmente a técnica dos extratos aquosos e orgânicos, sendo realizada em laboratório e casa de vegetação, esta técnica é considerada a mais simples e usual, fundamentada na capacidade de melhor isolar o efeito alelopático de outras interferências (Gomide, 1993). O solvente mais utilizado nas extrações é a água destilada, seguido por solventes orgânicos de vários graus de polaridade. O emprego de extrato aquoso em testes alelopáticos tem como objetivo simular o que acontece na natureza (Medeiros, 1989). O juazeiro (Zizyphus joazeiro Mart.) é uma planta típica da região da Caatinga, na medicina popular é utilizada como expectorante no tratamento de bronquites e de úlceras gástricas, na fabricação de cosméticos, xampus anti-caspa e creme dental, na alimentação de animais principalmente nos períodos de seca além de apresentar importância ecológica (Lorenzi e Matos, 2002). As partes utilizadas desta planta são o caule, a casca, folha, fruto e raiz.

Segundo Kim et. al. (1998), o fruto é rico em vitamina C e o seu suco é utilizado para controlar a acne e amaciar a pele do rosto. Esta planta é rica em ácido betulínico que possui atividade antibiótica, outros estudos demonstraram que essa substância tem ação anti cancerígena combatendo tumores, carcinomas e melanonas. De acordo com Nadia et. al. (2007), suas flores são importante fonte alimentar para as abelhas indígenas sem ferrão da tribo Meliponini, as quais são utilizadas na meliponicultura, sendo atividade alternativa de renda para produtores de algumas áreas de Caatinga. Várias pesquisas vem sendo desenvolvidas nos últimos anos em plantas arbóreas visando identificar o potencial alelopático de espécies para compor os sistemas agroflorestais e silvipastoris (Jacobi e Ferreira, 1991; Borges et. al. 1993). O coentro (Coriandrum sativum L.) é uma hortaliça herbácea anual pertencente à família Apiaceae, nativa da bacia do Mar Mediterrâneo (Joly, 2002). Apesar de ser considerada uma cultura de “fundo de quintal”, um grande número de produtores está envolvido com sua produção, tornando-se uma cultura de grande importância socioeconômica; e especialmente para a horticultura do Norte e Nordeste do país.

O presente trabalho teve como objetivo avaliar o potencial alelopático do extrato aquoso obtido das folhas de juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart.) no desenvolvimento de plântulas de coentro (Coriandrum sativum L.) por se tratar de uma árvore encontrada nas áreas agrícolas do nordeste brasileiro.

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MATERIAL E MÉTODOS

O presente trabalho foi executado nas dependências da Universidade Federal Rural de Pernambuco na Unidade Acadêmica de Serra Talhada. As folhas verdes de juazeiro foram coletadas no campus Unidade Acadêmica de Serra Talhada, o material coletado foi triturado com o auxílio de um liquidificador, adicionando água destilada para facilitar a trituração do material na proporção de 100g.L-, resultando no extrato bruto correspondendo a concentração de 100%, logo após o extrato obtido foi coado com um auxílio de uma peneira.

A partir do extrato bruto, foram feitas as diluições para obtenção das concentrações de 20, 40, 60 e 80% do extrato aquoso, sendo utilizado como testemunha apenas água destilada, totalizando cinco tratamentos. Os diásporos de coentro (cv. Verdão), foram imersos nas diferentes concentrações, após serem tratados os diásporos foram semeados em bandejas de isopor de 200 células, onde foi semeado um diásporo por célula, as bandejas foram preenchidas com um substrato alternativo, composto de solo coletado há uma profundidade de 20 cm e, esterco bovino curtido na proporção (1:3), ambos autoclavados por uma hora à uma temperatura de 120 ºC.

Para avaliação do potencial alelopático do extrato aquoso de folhas de juazeiro na germinação, foram analisadas as seguintes variáveis:

a) Emergência de plântulas (%): As avaliações foram através da contagem das plântulas emersas com as folhas cotiledonares expandidas, encerrando-se no 21o dia. (Brasil, 2009).

b) Comprimento da parte aérea e da raiz (cm): As avaliações foram realizadas no vigésimo oitavo dia após a semeadura, utilizando 10 plântulas normais, para estas determinações utilizou-se uma régua graduada.

c) Massa seca da parte aérea e da raiz: A parte aérea e o sistema radicular utilizados na avaliação anterior foram submetidos a secagem em estufa a 60°C por 48 horas e depois pesados em balança de precisão de 0,0001g, para determinação da massa .

As médias obtidas foram comparadas pelo o teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados obtidos mostram que o extrato aquoso de folhas de juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart.), não interferiu na emergência de plântulas dos diásporos de coentro, como mostra a tabela 1. Para as variáveis comprimento de parte aérea e massa seca da parte aérea, não se observou diferença significativa nas diferentes concentrações utilizadas. Estudos realizados por Wandscheer et. al. (2011), sobre o efeito da atividade alelopática de folhas e pseudofrutos de Hovenia dulcis thunb.

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por Borella e Pastorini (2010), que verificaram que o extrato aquoso de frutos de umbu interferiu na germinação e no crescimento inicial da alface. Já Ferreira et. al. (2007), ao avaliarem o potencial alelopático de extratos vegetais de folhas de Eucalyptus citriodora e Pinus elliottii na germinação e no crescimento inicial de alface, não encontraram interferência dos extratos nas características avaliadas.

Para o comprimento de raiz, os resultados mostraram potencial alelopático negativo, na concentração de 80 % para o comprimento de raiz, apesar de não terem diferido das concentrações de 20 e 100%. De um modo geral, não houve interferência das diferentes concentrações em relação à testemunha para a massa seca da raiz. Cordeiro et. al. (2011), ao realizarem estudo sobre o potencial alelopático do extrato aquoso de Zizyphus joazeiro mart. (Rhamnaceae) sobre o desenvolvimento inicial de alface, verificaram uma maior sensibilidade no desenvolvimento inicial, o qual foi afetado pelas concentrações à partir de 6% . Também Silveira et. al. (2012), ao avaliarem o potencial alelopático do extrato aquoso de cascas de jurema preta, observaram que o extrato aquoso apresentou efeito fitotóxico sobre o desenvolvimento de plântulas de alface, sendo que as concentrações de 50, 75 e 100% reduziram drasticamente o comprimento da raiz e da parte aérea. O extrato aquoso de folhas de juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart.), nas diferentes concentrações avaliadas, não interfere negativamente na germinação de diásporos de coentro, porém pode afetar negativamente o desenvolvimento do sistema radicular.

REFERÊNCIAS

BORELLA, J.; PASTORINI, L. H. 2010. Efeito alelopático de frutos de umbu (Phytolacca dioica L.) sobre a germinação e crescimento inicial de alface e picão-preto. Ciência e Agrotecnologia 34,

n. 5: 1129-1135.

BORGES, E.E.L.; LOPES, E.S.; SILVA, G. F. 1993. Avaliação de substâncias alelopáticas em vegetação de uma floresta secundária. 1- Árvores. Revista Árvore 17: 69-84.

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CORDEIRO, J.L.T.; NASCIMENTO, F.J.; AGRA, P.FPM.; ANDRADE, L. A.; ALBUQUERQUE, M.B.; FEITOSA, R.C. 2011. Potencial alelopatico do extrato aquoso de

Zizyphus joazeiro mart. (Rhamnaceae) sobre o desenvolvimento inicial de Lactuca sativa L. In: Anais do X Congresso de Ecologia do Brasil. Página??

FERREIRA, M.C.; SOUZA, J.R.P.; FARIA, T.J. 2007. Potenciação alelopática de extratos vegetais na germinação e no crescimento inicial de picão-preto e alface. Ciência e Agrotecnologia 31, n,4: 1054-1060.

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GOMIDE, M. B. 1993. Potencialidades alelopáticas dos restos culturais de dois cultivares de

cana-de-açúcar (Saccharum sp), no controle de algumas plantas daninhas. 1993. 96 f. Tese (Doutorado em Fitotecnia) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba.

JACOBI, U.S. ; FERREIRA, A.G. 1991. Efeitos alelopáticos de Mimosa bimucronata (DC). sobre espécies cultivadas. Pesquisa Agropecuaria Brasileira 26 n,7: 935-943.

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aérea (MSPA),e massa seca da raiz (MSR), de diásporos de coentro, cv.Verdão, submetidos à diferentes concentrações de extrato aquoso de folhas de juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart.). Results Mean seedling emergence (SE), length of the aera (CPA), root length (RL),shoot dry mass (SDM) and root dry mass (RDM) of seeds, coriander seeds, cv.Verdão subjected to different concentrations of aqueous extract of leaves of juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart.).

Letras distintas dentro de cada coluna diferem entre si, pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade (Different letters within each column differ by Tukey test at 5% probability).

CONCENTRAÇÕES EP (%) CPA CR MSPA MSR

(cm) (cm) (g) (g) 0 81 a 3,59 a 3,15 a 0,104 a 0,038 ab 20 87 a 3,42 a 3,05 ab 0,090 a 0,036 ab 40 93 a 3,53 a 3,55 a 0,102 a 0,040 ab 60 90 a 3,59 a 3,12 a 0,108 a 0,042 a 80 93 a 3,65 a 2,39 b 0,106 a 0,026 ab 100 86 a 3,23 a 3,04 ab 0,088 a 0,026 b CV % 12,29 11,14 10,88 16,74 22,11

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