ABES
I N F O R M A
05 de maio de 2010173
Visitas fecham encontro da Copasa
Figueira escapa das chuvas
Seis excursões a estações de tratamento de esgoto e de água encerraram na sexta-feira o encontro Técnico promovido pela Copasa. o grupo que participou
da visita à eTa mor-ro Redondo entendeu por que a Copasa pretende automatizar completamente todas as demais unidades semelhantes. Tudo é computadorizado. o sistema, por exemplo, dosa e deposita quan-tidades de flúor, cloro e cal de acordo com a vazão e as condições
da água que entra na eTa. em algumas estru-turas, os valores são determinados pelos ope-radores. em outras, o sistema faz o cálculo.
Há cinco anos, quando a eTa era operada manualmente, o processo era mais lento e su-jeito a erros humanos. a vantagem da automa-ção está no aumento de produtividade, re-dução de custos e pa-dronização do proces-so. o supervisor da estação, alessandro Palhares, disse que o novo sistema pos-sibilita corrigir proble-mas no momento em que eles aparecem. Fez sucesso a expo-sição paralela da aBeS/ mG, em 35 estandes de materiais, equipamentos e serviços para o saneamento. O espaço foi insuficiente para comportar mais expositores. (Fonte: Copasa).
os participantes na visita à estação de Nova Contagem Copasa
Essa figueira bicentenária, no alto da Rua Almirante Alexandrino, em Santa Teresa, no Rio de Janeiro, esca-pou da enxurrada do início de abril que, descendo uma encosta da Floresta da Tijuca, levou tudo que encontrou no caminho, inclusive outra figueira mais nova que fi-cava a montante do caminho dos turistas para o Cris-to RedenCris-tor. A velha figueira está lá firme, a 30 metros do deslizamento. Os funcionários do Ibama que moram no Parque acreditam que ela tenha mais de 200 anos, e que tenha sobrevivido à plantação extensiva de café no século 18. E que ajudou no replantio da mata, em 1862, para preservar as nascentes do rio Carioca. Com sete escravos, o Major Archer replantou toda a região, transformando a área das antigas fazendas de café na maior floresta urbana do mundo. Foram plantadas 80 mil árvores, mais da metade vingou. O poeta Paul Claudel, deslumbrado com a exuberante vegetação nas encostas da cidade, disse que o Rio era “a única cidade grande que não conseguiu expulsar a Natureza”.
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EXPEDIENTE
ABES Informa é um informativo
eletrônico da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental - ABES,
atualizado semanalmente e enviado via internet para todos os sócios da entidade.
DIrETor rESPoNSáVEl:
Cassilda Teixeira de Carvalho
Presidente Nacional da ABES
SUPErINTENDENTE EXECUTIVA:
Maria Isabel Pulcherio Guimarães
EDITor DE CoNTEúDo:
romildo Guerrante (MTB 12.669-rJ)
ProJETo GráFICo:
Flap Design/ Nena Braga
EDITorAção ElETrôNICA:
ABES/ Tirza lima
e-mail: abes@abes-dn.org.br
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A evolução de um sonho
A PAlAVrA DA PrESIDENTE
Lendo os jornais na semana passa-da, uma notícia atraiu minha atenção: o telescópio espacial Hubble completava 20 anos no espaço. Nascido de um so-nho do astrônomo Lyman Spitzer, que descreveu sua viabilidade em artigo publicado em 1946,
o telescópio levava para o espaço um conceito novo, uma nova visão: em vez de mandar observa-dores ao espaço, co-mo o homem havia feito pouco antes ao chegar à Lua, trou-xe o espaço até nós.
Por que não
insta-lar fora da órbita terrestre um te-lescópio poderoso que não ficasse sujeito às interferências atmosfé-ricas? e assim nasceu o Hubble, uma idéia tímida que sofreu vários ajustes em suas lentes e só 3 anos depois come-çou a emitir as imagens de forma nítida. assim nascem os grandes projetos. Pe-quenos e cheios de erro, mas ousados.
Veio então à minha lembrança o nasci-mento do PNQS, o Prêmio Nacional da Qualidade em Saneamento, criado há
14 anos para apenas algumas edições bienais, mas que, no final do primeiro ano, já passou a ser anual. apesar de ser um instrumento utilizado pelo setor de saneamento brasileiro, eminentemente público, e portanto sujeito a fortes
tur-bulências políticas, transformou-se em referência consolidada de qualidade no setor de saneamen-to no Brasil e na américa Latina. assistimos hoje a uma ade-são generalizada das principais empresas/serviços
responsá-veis pelo abastecimen-to de água e sanea-mento a este projeto transformado no “os-car” do nosso setor. avanços técnicos e científicos são assim. Nascem de sonhos, cometem erros, esmeram-se na pesquisa e na elabo-ração, consolidam-se com a persistên-cia do trabalho na busca dos objetivos de avançar, de ir além, de fazer ca-da vez melhor. No espaço ou na terra.
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EVENToS
Prêmio octávio Brandão: 40 inscritos
arquivo Geraldo PereiraABES/Al: licença ambiental
CUrSoSQuarenta e sete jornalis-tas que atuam em veículos de comunicação de alago-as participam este ano do Prêmio octávio Brandão de Jornalismo ambiental, pro-movido pela seção alagoa-na da aBeS, com patrocí-nio da Braskem e apoio do Sindicato dos Jornalistas de alagoas. eles concor-rem com 63 reportagens ligadas ao meio ambiente, publicadas no período de abril/2009 a março/2010.
Sétima edição
a categoria com mais trabalhos é Telejornalismo (24), seguida de Jornalismo impresso Texto (23) e Jor-nalismo impresso imagem (16). Nesta 7ª edição do concurso, que é patrocinado pela Braskem e tem o apoio do Sindicato dos Jornalistas, foi lançada a categoria es-tudante, que registra cinco trabalhos inscritos. a pouca participação do segmento se deu em função do tem-po exíguo para a produção e publicação das matérias nos veículos-laboratório.
Estudantes
a exemplo de 2009, os jornalistas da TV Gazeta voltaram a liderar as ins-crições este ano, com 19 reportagens. em seguida aparecem os profissionais
de O Jornal, com 18 tra-balhos, jornal Gazeta (12),
Tribuna Independente (5), TV Educativa (5) e Alago-as em Tempo (4). a
pre-miação, além de troféus, será de R$ 4 mil, R$ 3 mil e R$ 2 mil nas três cate-gorias. Para a categoria estudante, o prêmio será único, no valor de R$ 1 mil.
a solenidade de en-trega do Prêmio octávio Brandão de Jornalismo ambiental será no dia 29 deste mês, em maceió.
Octávio Brandão era farmacêutico. É considerado o primei-ro ambientalista brasileiprimei-ro. Escreveu, em 1916, o livprimei-ro Canais
e Lagoas, um registro da natureza sobre o complexo lagunar
Mundaú-Manguaba, em seu estado natal de Alagoas, quan-do a intervenção humana ainda não havia provocaquan-do mudan-ças significativas nesse notável ecossistema. O livro traça um roteiro da exuberância da Mata Atlântica e seus recursos hídricos à época em que foi escrito. Militante do Partido Co-munista Brasileiro, foi o primeiro vereador eleito pelo partido no Rio de Janeiro com a redemocratização no pós-guerra.
a seção alagoana da aBeS montou parceria com diversas entidades para ministrar em maceió, de 26 a 28 de abril, o Curso de Licenciamento e avaliação de impacto am-biental. ministrado pelo pro-curador do estado de mato Grosso Carlos Teodoro José irigaray, o curso teve 52 par-ticipantes oriundos de
licen-ciadores, técnicos que pro-duzem estudos ambientais e estudantes de graduação.
o elevado índice de parti-cipação foi possível graças às parcerias da aBeS/aL com a Casal, a companhia de saneamento de alagoas, o CRea local, a Secretaria municipal de meio ambiente e a Teia Serviços ambientais.
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Destinação final, o gargalo do lixo
rESíDUoS SólIDoS
recursos para a transição
das 150 mil toneladas de lixo coletadas dia-riamente no Brasil, 45% não têm uma desti-nação final adequada e vão parar em lixões. além de degradar o meio ambiente, prejudi-cam a saúde da população que vive no en-torno. esses dados levantados pela abrelpe – associação Brasileira de empresas de Lim-peza Pública e Resíduos Especiais atestam que o grande gargalo da gestão de resíduos sólidos no país ainda é a disposição final. Daí a preocupação do Governo Federal em criar no PAC 2 uma linha de recursos específica pa-ra tpa-ratamento do lixo, da ordem de R$ 1 bilhão.
“Essa situação reflete a carência de inves-timentos no setor. Para se ter uma idéia, os municípios brasileiros gastam hoje, mensal-mente, em média, R$ 9,00 por habitante para custear todos os serviços de limpeza urbana”, diz Carlos Roberto Vieira da Silva Filho, diretor executivo da abrelpe. ele acrescenta que a si-tuação tende a piorar, já que a geração de re-síduos está diretamente ligada ao crescimen-to populacional e aos hábicrescimen-tos de consumo.
Por tudo isso, segundo o diretor executivo da abrelpe, “faz-se necessária a implementa-ção imediata no Brasil dos princípios da hierar-quia na gestão de resíduos, com a integração de ações no sentido de minimizar a geração de resíduos, incrementar a reciclagem, rea-proveitar o resíduo como recurso e só depois encaminhá-lo para disposição sobre o solo”.
o projeto de lei da Po-lítica Nacional de Resídu-os SólidResídu-os, aprovado em março pela Câmara dos deputados e em discus-são no Senado, estabelece um prazo de 4 anos para que os municípios brasi-leiros adequem a
destina-ção final de seus resíduos. Para cumprir essa meta, especialistas defendem a necessidade de aumento no volume de recursos para o setor fazer os investimentos indispensáveis a essa tran-sição e indicam a criação de consórcios intermunicipais
como um dos principais caminhos para viabilizar a solução. “o projeto está em harmonia com vários instrumentos legais, entre eles a Lei dos Consórcios Públicos”, comenta Silva-no da Costa, secretário de Recursos Hídricos do mma.
destinação inadequada e usual em rios e córregos
PrêMIoS
Empresas públicas ou privadas, organi-zações não governamentais, de pesquisa e inovação tecnológica, organismos de bacia, ensino e imprensa têm até o dia 31 de maio para se inscreverem na terceira edição do Prêmio aNa, cujo tema este ano é “Água: o Desafio do Desenvolvimento Sustentável”.
Para mais informações, acesse o si-te da aNa (www.ana.gov.br/premio), envie e-mail para premioana@ana.gov.br ou li-gue para (61) 2109-5412. (Fonte: MMA)
Prêmio ANA: inscrições
abertas até 31 de maio
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Embrapa sugere reforçar extensão rural
AGrICUlTUrA
No grupo, gestores da Saerb
ABES/rS faz simpósio de qualidade
EVENToS
o presidente da embrapa - empresa Brasi-leira de Pesquisa agropecuária, Pedro arra-es, defendeu a necessidade da expansão da extensão rural. Segundo ele, é preciso que a emater, as cooperativas, sindicatos e uni-versidades atuem na disseminação das ex-periências promovidas na área agrícola. ar-raes disse em entrevista que, considerando as necessidades do país, o fato de 10% dos
fazendeiros responderem por 75% da produ-ção brasileira “é muito pouco”. o objetivo da embrapa, explicou, é atrair pequenos e mé-dios produtores em condições de exercerem a atividade com renda e sustentabilidade. Para isso, ele salientou a importância de se oferecer apoio tecnológico a cultivos pionei-ros em diversas áreas, “a exemplo do que foi feito para as culturas de soja no Cerrado”.
A seção gaúcha da ABES, em parceria com a PUC/RS, vai promover em Porto ale-gre, de 17 a 19 de maio, o Vii Simpósio internacional de Qualidade ambiental. o ob-jetivo do evento, que terá em paralelo uma mostra expo-ambiental e uma jornada de comunicação, é o de reunir profissionais, pesquisadores e estudantes que atuam na área ambiental para discutir a te-mática “inovação Tecnológica e Gerenciamento ambiental”, enfocando, em palestras, pai-néis e trabalhos científicos, as
novas tecnologias e proces-sos sob os aspectos ambien-tais, econômicos e sociais.
No dia 18, será realizada, com inscrições gratuitas e va-gas limitadas, a Jornada de Comunicação, para debater o papel social do jornalista frente às questões tais e como o meio ambien-te é tratado pelos meios de comunicação. Participarão dos debates jornalistas dos principais veículos de comu-nicação do Rio Grande do Sul. mais informações: www. abes-rs.org.br/qualidade.
Termina no dia 15 de junho o prazo para envio de tra-balhos na forma de pôsters para o 12º Congresso mun-dial de digestão anaeróbia, que será promovido de 31
de outubro a 4 de novembro pela iWa – international Wa-ter association, na cidade de Guadalajara, méxico. mais informações no site http:// www.ad12mexico.unam.mx/
IWA promove em outubro congresso
de digestão anaeróbia em Guadalajara
o Saerb – Serviço de Água e esgoto de Rio Branco, em parceria com a seção da aBeS no acre, promoveu durante três dias o curso “Licen-ciamento ambiental na Constituição Federal”, a cargo da advogada am-biental Susi mara Rosin-do. o curso é destinado a qualificar técnicos e gestores do próprio Sa-erb e das secretarias mu-nicipais e estaduais de meio ambiente e obras.
CUrSoS
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Diagnóstico do saneamento: mais água
SErVIçoS
o ministério das Cidades divulgou em abril o diagnós-tico dos Serviços de Água e esgotos 2008, do SNiS - Sistema Nacional de infor-mações sobre Saneamento.
água - os sistemas de
abastecimento passaram a atender 1,3 milhão de li-gações novas (acréscimo de 3,3%); as redes de água cresceram cerca de 12,1 mil quilômetros (acréscimo de 2,6%); a produção de água manteve-se no mesmo pata-mar de 2007; enquanto que o volume de água consumido teve um acréscimo de 2,7%.
Esgoto - Constata-se que
os sistemas de esgotamento sanitário passaram a atender novas 905 mil ligações (acrés-cimo de 5,0%); as redes de esgotos cresceram cerca de 7,8 mil quilômetros (acrés-cimo de 4,2%); o volume de esgotos coletado teve cresci-mento de 3,4%; enquanto que no volume de esgoto tratado o crescimento foi de 8,8%.
índices de atendimento -
os índices médios nacionais de atendimento da população total (urbana e rural) identifica-dos pelo SNiS em 2008 foram de 81,2% para o abastecimen-to de água e de 43,2% para a coleta de esgotos. Conside-rando somente a população urbana, os dados evidenciam um elevado atendimento pelos serviços de água, com índice
médio nacional igual a 94,7%, enquanto que na coleta de es-gotos esse índice foi de 50,6%. Quanto ao tratamento do volume de esgotos gerados, o índice médio de todo o con-junto participante do SNiS em 2008 foi de 34,6%, represen-tando acréscimo de 2,1 pon-tos percentuais em relação a 2007. outro importante as-pecto positivo é o bom índice de tratamento dos esgotos coletados, da ordem de 66%.
Consumo de água - o
con-sumo médio per capita do pa-ís em 2008 foi de 151,2 l/hab. dia, sendo que nas médias regionais resultaram em 135,7 l/hab.dia na região Norte, 110,5 l/hab.dia na região Nor-deste, 178,1 l/hab.dia na re-gião Sudeste, 137,2 l/hab.dia na região Sul e 143,8 l/hab. dia na região Centro-oeste.
Perda de água - No que se
refere aos dados do SNiS em 2008, o valor médio das per-das de faturamento para todo o conjunto de prestadores de serviços foi de 37,4%, menor valor de toda a série histórica de 14 anos do SNiS, iniciada em 1995. o segundo menor valor da série ocorreu há dez anos, em 1999, e foi de 38,0%. em relação ao ano anterior, de 2007, verifica-se que houve re-dução de 1,7 ponto percentual.
receitas e despesas -
No conjunto, os prestadores de serviços participantes do
SNiS em 2008 obtiveram receita operacional total de R$ 27,1 bilhões, valor 8,8% maior que o obtido em 2007, e despesa total com os ser-viços de R$ 25,6 bilhões, 11,3% maior que em 2007. em ambos os casos, a varia-ção foi superior à inflavaria-ção de 2008, medida pelo iPCa, que apresentou índice de 5,9%.
Tarifas - a tarifa média
pra-ticada foi de R$ 1,95/m3, re-presentando um crescimento de 4,3% em relação ao valor de 2007, que foi de R$ 1,87/ m3. os dados mostram que as tarifas médias tiveram crescimento inferior à inflação no período, medida pelo iP-Ca, que foi de 5,9%, enquan-to que as despesas médias tiveram crescimento superior.
Amostragem - No ano de
referência 2008, a amostra de prestadores de serviços correspondeu aos dados de 4.627 municípios atendidos com serviços de água e de 1.468 com serviços de esgo-to (respectivamente, 83,1% e 26,4% do total dos municí-pios brasileiros). a amostra-gem abrange municípios com população urbana de 153,6 milhões de pessoas, no caso dos serviços de água, e 121 milhões, no caso dos serviços de esgoto (respectivamente, 97,6% e 76,9% do total do pa-ís). o diagnóstico está dispo-nível no site www.snis.gov.br.