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RECURSO ADMINISTRATIVO

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Academic year: 2021

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À

FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S.A. Att: Agente de Licitação

Ref.: Divulgação de Resultado da Licitação: LI.GS.A.00076.2020

Assunto: RECURSO

TRIÂNGULO MINEIRO ENGENHARIA EIRELI, empresa com sede à Av. Bárbara Eleodora, nº 177 – Bairro Nossa Senhora das Graças, em Uberlândia/MG, inscrita no CNPJ sob o nº 18.012.358/0001-08, por intermédio de seu representante legal, abaixo subscrito, vem respeitosamente, apresentar, tempestivamente,

RECURSO ADMINISTRATIVO

contra a decisão dessa digna Comissão de Licitação que declarou vencedora a empresa: GPM ARQUITETURA E CONSTRUÇÃO LTDA, pelas razões a seguir articuladas:

DA TESPESTIVIDADE DO RECURSO

O presente Recurso Administrativo é plenamente tempestivo, uma vez que a Decisão Administrativa ora atacada foi publicada no dia 15/12/2020.

Sendo o prazo legal para apresentação da presente medida recursal de 05 (cinco) dias úteis, são as razões ora formuladas plenamente tempestivas, uma vez que o termo final do prazo recursal na esfera administrativa se dará em 22/12/2020, razão pela qual deve essa respeitável Comissão de Licitação conhecer e julgar a presente medida.

DA AUTORIDADE RECORRIDA E DA RECONSIDERAÇÃO DA DECISÃO ORA IMPUGNADA

O presente recurso administrativo é interposto da decisão de ter declarada como vencedora do certame a concorrente GPM ARQUITETURA E CONSTRUÇÃO LTDA, e dirigida à Agente de Licitação. Não obstante, à luz dos argumentos aqui expostos, requer, em juízo de retratação, ao douto Agente de Licitação, e considerando o princípio da celeridade e o da autocorreção dos atos administrativos, que a decisão impugnada seja

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reconsiderada e que a concorrente GPM ARQUITETURA E CONSTRUÇÃO LTDA seja considerada INABILITADA/DESCLASSIFICADA.

DOS FATOS:

Primeiramente vale enaltecer o brilhante trabalho do Agente de Licitação frente aos trabalhos executados neste certame.

Em resumo, a empresa GPM ARQUITETURA E CONSTRUÇÃO LTDA foi considerada habilitada, contudo, vale destacar o equívoco na habilitação desta licitante, conforme resumo abaixo:

1) GPM ARQUITETURA E CONSTRUÇÃO LTDA:

- Não apresentou Atestado de Capacidade Técnica-Profissional, em nome de Engenheiro Civil, que comprove os serviços descritos no item 5.1.2.1 “c” do edital; em desacordo com os requisitos do edital.

- Apresentou Certidão de Acervo Técnico com Atestado de profissional formado em Arquitetura e Urbanismo, formação não compatível com as exigências editalícias e incompatível com a execução do futuro contrato.

DOS FUNDAMENTOS

Com a devida vênia, a decisão pela HABILITAÇÃO da empresa GPM ARQUITETURA E CONSTRUÇÃO LTDA, é passível de reavaliação.

Nos itens seguintes, indicaremos, objetiva e pontualmente, a irregularidade insanável encontrada na documentação de habilitação que estão a exigir a reconsideração pelo Agente de Licitação do ato ora impugnado para, finalmente, INABILITAR a empresa:

1) GPM ARQUITETURA E CONSTRUÇÃO LTDA:

De acordo com o item 5.1.2.1 “c” do edital, dispositivo tido como violado, a empresa GPM deveria ter juntado no mínimo 01 (um) Atestado de Capacidade Técnica, em nome de Engenheiro Civil, que comprove ter executado serviços semelhantes aos especificados na alínea “b” do item 5.1.2.1, cuja parcela de maior relevância dos serviços à serem fiscalizados é de característica civil, e não elétrica, consequentemente deveria ser apresentado atestado em nome de Engenheiro Civil, e não de Engenheiro Eletricista.

“b) Comprovação de Capacidade Técnico-operacional, mediante apresentação de Atestado(s) emitido(s) em nome do LICITANTE, por pessoa(s) jurídica(s) de direito público ou privado, que comprove ter executado serviços de Gerenciamento ou Supervisão ou Fiscalização ou Execução de atividades de engenharia, parcela de maior relevância dos serviços objeto desta licitação.” (Grifo Nosso).

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Tanto no Termo de Referência (Anexo I), quanto nas Especificações Técnicas do Edital em referência, será objeto de fiscalização e acompanhamento as seguintes Atividades:

Em nenhum momento na descrição das atividades previstas houve menção de serviços de caráter elétrico, portanto, é claro e notório que a parcela de maior relevância dos serviços é de caráter civil, e não elétrico, devendo portanto ser apresentado atestado de capacidade técnica emitido em nome de Engenheiro Civil, o que oportunamente não foi apresentado pela empresa GPM.

Mesmo as formações serem de engenharia, são formações com características distintas, com focos distintos, portanto, como um profissional da área de engenharia elétrica pode realizar a fiscalização e acompanhamento de obra cujo escopo é de engenharia civil?

Não obstante, roga pela não consideração do Acervo Técnico 0000000457376, emitido pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo em nome do profissional Gustavo Pimentel Moreno, com título profissional de Arquiteto e Urbanista, visto não ser atribuição deste ramo profissional a execução do objeto ora licitado, e como consequência, a

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inabilitação da empresa GPM pelo não atendimento dos requisitos técnicos exigidos no edital.

Na pior das hipóteses a referida empresa deveria ter apresentado atestado em nome de engenheiro civil, e na melhor das hipóteses em nome de engenheiro civil e eletricista, pois o serviço a ser executado não preza de compatibilidade com as atribuições de Engenheiro Eletricista, tampouco de Arquiteto, pois como se verifica na Nota Técnica NT.GIG.E.021.2020, os serviços de maior relevância técnica é: Estabilização através de Cortina Atirantada, Recuperação de Pavimentação Asfáltica, etc..., serviços estes cuja atribuição profissional é exclusiva de Engenheiro Civil. Tal vício percebido no acervo apresentado deve ser objeto de diligência junto ao próprio CREA que o emitiu, uma vez que não foi observado o fato da incompatibilidade profissional e competências técnicas que foram vinculadas ao documento.

Em respeito ao princípio da vinculação ao instrumento convocatório, a regra é que os licitantes apresentem documentação capaz de refletir, desde logo, o atendimento das condições estabelecidas no edital, sendo vedado a inclusão posterior de documento ou informação que deveria constar originariamente da proposta.

Por fim, registra-se que não se mostraria possível juntar documentos novos aptos a suprir tais omissões, conforme ampla e consolidada jurisprudência, havendo simplesmente operado, in casu, a preclusão da oportunidade na juntada de documentos. A esse respeito, confiram-se os julgados abaixo:

“Mandado de segurança. Licitação. Inabilitação. Correta a decisão de não habilitação ao certame licitatório pela Comissão de Licitação quando é deixado de apresentar documento exigido pelo edital. Apelação provida” (TJRS, Apelação Cível 70008750390, 2ª

Câmera Cível, Rel. Túlio de Oliveira Martins, j. 08/02/2006, grifo nosso).

“Agravo de instrumento – Licitação – Mandado de segurança – Liminar – Ausência dos requisitos para o deferimento. Se o agravante não apresentou todos os documentos exigidos em conformidade com o edital, não há como deferir a liminar em mandado de segurança para obstar o prosseguimento do certame licitatório ou determinar a inclusão da proposta de preços dentre aquelas que serão analisados pela Comissão de Licitação. Agravo improvido”. (TJDFT, Agr. Instr. 2005.00.2.000793-6, 6ª Turma Cível, Rel.

Des. Sandra de Santis, j. 25/04/05, grifo nosso).

“Licitação. Documentos. Apresentação. Edital. Inabilitação. Se o instrumento

convocatório da licitação por convite exige os documentos relativos à regularidade fiscal e à qualificação técnica, cuja dispensa se permite nessa na modalidade, o licitante obriga-se a apresentá-los no momento designado para a respectiva fase, e o seu descumprimento enseja a sua inabilitação” (TJRJ, Agr. Instr. 2003.001.13564, 5ª Câmera Cível, Rel.

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DOS PEDIDOS

Isto posto, a Recorrente aguarda serenamente que as razões ora invocadas sejam detida e criteriosamente analisadas, e ao final, seja dado provimento ao recurso para o fim de INABILITAR a empresa GPM ARQUITETURA E CONSTRUÇÃO LTDA na CONCORRÊNCIA LI.GS.A.00076.2020.

Nestes termos, pede deferimento.

Uberlândia/MG, 22 de dezembro de 2020.

_____________________________________________ TRIÂNGULO MINEIRO ENGENHARIA EIRELI

CNPJ: 18.012.358/0001-08 Christian Vilete – CREA 78529/D

Referências

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