6 400 500 600 700 800 900 1.000 1.100 1.200 1.300 1.400 Até 5.000 5.001-10.188 10.189-16.980 16.981-30.000 30.001-50.940 30.001-75.000 75.001-101.216 101.217-125.000 125.001-156-216 Acima 156-217 Capitais Faixas Populacionais R$ Per Capita
0% 19% 29% 39% 50% 60% 70% 84% 89% 98% 100% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Po p u laç ão a cu m ulad a
Municípios ordenados conforme sua capacidade fiscal per capita
Não é apenas o tamanho da população e do PIB dos
municípios que explicam a soma das receitas dos municípios, sua composição também é importante.
Municípios em que a atividade industrial tem um
peso maior na composição do PIB recebem uma
parcela maior da cota municipal do ICMS arrecadado pelo respectivo estado.
Municípios em que a prestação de serviços é uma
atividade mais desenvolvida são os que se beneficiam de uma parcela importante da receita do principal
imposto municipal - o ISS
Municípios em que combinam economia fraca e
população pequena recebem um volume expressivo de recursos do FPM
IR retido na Fonte – IR retido de funcionários municipais.Royalties do Petróleo, Gás e
Recursos Hídricos – Receita dos royalties é rateada com base em critérios definidos em lei, que
privilegia o critério territorial.Cota-Parte do IOF-Ouro –70% entregue aos municípios com base na origem da produção.Cota-Parte do ITR – 50% aos municípios proporcionalmente à
localização dos imóveis rurais.Cota-Parte do IPVA – 50% da arrecadação são distribuídos aos municípios com base na origem do recolhimento do imposto.Cota-Parte do ICMS – 25% da
receita são distribuídos aos municípios da seguinte forma: ¾ com base no valor adicionado no município e ¼ conforme o disposto em lei estadual.Fundo de Participação dos Municípios (FPM) – Corresponde a 22,5% da arrecadação do IR e do IPI; 10% desse fundo são repartidos
entre as capitais; 3,6% reservados a municípios com população maior que 90% são repartidos entre os estados e distribuídos entre seus municípios com base em percentuais definidos em 1989 e que privilegiam os municípios de pequeno porte.Fundo de Compensação de
Exportações (FPEx) –25% da parcela dos estados nesse fundo (10% da receita do IPI) é
entregue aos municípios segundo os mesmos critérios aplicados à repartição da cota-parte do ICMS.Transferências aos Estados à conta da Lei Kandir –25% da parcela recebida pelos estados são repartidos entre os municípios com base nos mesmos critérios aplicados à repartição da cota-parte do ICMS.Transferências do SUS – Repassados aos municípios conforme critérios definidos em lei, que leva em conta a população e a natureza dos serviços prestados. Valor fixo per capita é transferido aos municípios para financiar ações básicas de saúde.Fundef – Formado por 15% das transferências do FPE, do FPM, das compensações por exportações e do ICMS. Redistribui recursos entre estados e municípios com base nas
matrículas no ensino fundamental.Transferências Negociadas ou Voluntárias – Recursos do Orçamento da União repartidos por meio de convênios para finalidades diversas.
Próximos, mas distantes: economia versus orçamentos PIB (2012)
R$ per capita
Valor adicionado pela indústria e serviços privados (2012) – R$ per capita
Base para vinculações constitucionais (2013) R$ per capita
Cota-parte do ICMS e ISS (2013) R$ per capita
População 2010
Taxa de crescimento da população (%) 2010 x 2000
% da população com até 14 anos 2010 e 2000
% da população com mais de 65 anos 2010 e 2000
Dependência: Municípios não têm poder de decisão sobre seus orçamentos.
Despesa total (2013) R$ per capita
Despesas legais / obrigatórias (2013) R$ per capita
Despesas com urbanismo, habitação, saneamento e gestão ambiental (2013) – R$ per capita
Metrópoles e demais aglomerados urbanos
concentram o grosso da população, do PIB e do eleitorado brasileiro
O caso do G-100. 4 municípios de SP estão no
grupo: Carapicuíba; Itaquaquecetuba;Ferraz de Vasconcelos e Francisco Morato.
Mas, disparidades, divergências, incoerências e
rivalidades criam limitações à cooperação na ausência de incentivos para isso.
Fragmentação partidária, concentração eleitoral e
LEGENDA
PIB - Microrregiões Partic. no PIB População Partic. na População Eleitorado Partic. no Eleitorado
Cidades Nucleares
regional
Cidades
regional
(2012)
regional
(R$ mil)
(Em %)
Nucleares
(Em %)
(Em %)
NORTE
127.733.686
63,38
8.476.569
53,43
5.672.039
53,51
NORDESTE
331.773.784
65,37
24.080.049
45,37
16.527.054
43,27
SUDESTE
1.145.446.329
54,85
38.311.126
47,68
28.620.348
48,29
SUL
337.523.350
54,25
12.646.778
46,18
9.253.655
44,50
CENTRO-OESTE
256.767.222
73,22
8.342.627
59,38
5.878.686
58,78
BRASIL
2.199.244.371
58,33
91.857.149
48,16
65.951.782
47,49
Com respeito ao montante dos recursos e ao
momento em que estarão de fato disponíveis- prejudicados demandam garantias judiciais.
Mudanças nas normas e instabilidade das regras
que comandam o recebimento de repasses não automáticos de recursos:leis estaduais ICMS, repasses federais SUS, convênios sistemas nacionais
Autorização e execução da despesa não
protegida não coincidem (custeio e investimento em educação inclusive).
Compromete a eficiência e a eficácia da gestão-
O gestor não conhece seu fluxo de caixa- orçamento e execução da despesa
Quem declara conhecer o orçamento tem maior
interesse e vice-versa. No entanto, mais de 25% dos que declararam ter interesse não têm
conhecimento e 15% dos que declararam ter conhecimento não têm interesse.
A maioria acredita que na definição do
orçamento prevalece o interesse dos políticos, concorda com a afirmação de que o governo
decide sobre os gastos pensando nas próximas eleições, e percebe que há uma grande distância entre o previsto no orçamento e o efetivamente executado.
O federalismo não foi devidamente discutido na
Constituinte- A fonte original foi modificada
A desatenção aos possíveis desdobramentos das
modificações efetuadas em 1988.
Os sucessivos remendos aplicados nas últimas décadas contribuíram para acentuar as distorções e agravar os desequilíbrios federativos.
A rigidez resultante distôa de uma paisagem marcada
por enormes transformações no território que a circunda.
E o que se vê agora é uma imagem que não guarda
Uma nova solução para um velho conflito?
Demandas da federação reproduziram velho
padrão: redistribuir receitas tributárias,
ignorando riscos das medidas adotadas para implementar a nova agenda.
Nova agenda do Estado foi centralizada no
governo federal – financiamento e regulação.
Medidas defendidas pelos estados e municípios
para redistribuir receitas facilitaram a ampliação de conflitos (imp únicos, aliquotas, desequilibrios representação, serviços, Confaz, base fundos,
Pela opção adotada para promover o ajuste
fiscal
Pelo ritmo acelerado da urbanização
◦ Concentração populacional e urbanização da pobreza
Pela velocidade das mudanças no perfil
demográfico e socioeconômico da
população.
Pelo novo contexto político - fragmentação
partidária e meios utilizados para sustentar
a governabilidade democrática
Na ausência de uma política de ordenamento
territorial em face do ritmo acelerado da urbanização
◦ Concentração populacional e urbanização da pobreza.
◦ O crescimento descontrolado das cidades e o perfil da rede urbana.
Conjugada com o impacto da abertura da economia
e dos avanços tecnológicos no comércio interregional
◦ A guerra fiscal, e o novo mapa das disparidades regionais
O
reconhecimento da impossibilidade de
solucionar os problemas por meio de arranjos
improvisados e pontuais- cada caso tem suas
particularidades.- a identidade está nos
problemas mas as explicações são diferentes.
A superação das dificuldades para formar uma
agenda coletiva dos interesses municipalistas no contexto das enormes disparidades existentes.
A possibilidade de explorar as implicações do
descolamento da geografia politica da geografia socioeconômica municipal.
Onde foi parar a autonomia?
◦ Qual é o espaço para decidir sobre o uso dos recursos
orçamentários?
◦ Crescente interferência do governo federal nas finanças
municipais (desonerações,base fundos, pisos salariais)- maiores encargos e menores recursos
Centralização e Submissão.
◦ Municípios ganharam status de entes federados- o que
mudou na prática?
◦ Governantes suportam o ônus político gerado pela
incapacidade para evitar a deterioração da infraestrutura urbana e melhorar a qualidade dos serviços públicos.
Seguir as pistas para redescobrir a fonte e
reparar os estragos provocados pelo tempo.
Redirecionar o foco do diagnóstico para o
orçamento – a tripla face dos desequilíbrios financeiros – carência, ingerência e falta de
aderência – vícios da centralização e virtudes da cooperação.
O foco na repartição das receitas estimula o
conflito ( federalismo e seguridade social) O foco no orçamento favorece a cooperação.
Não se trata apenas de discutir a reforma
tributária. Importa tratar de um novo modelo de federalismo fiscal –
A aplicação do estatuto da metrópole criará novos
desafios para os municípios do grupo.
◦ as dificuldades de construir o PDUI e de coordenar a
execução das ações a cargo da União, estados e municípios no espaço metropolitano.
◦ a conformação da estrutura de governança interfederativa,
incluindo a organização administrativa e o sistema integrado de alocação de recursos e de prestação de contas;
A EC 95 criará limitações à obtenção de apoio
financeiro do governo federal.
A inserção dessas questões nos debates sobre as