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A prática pedagógica na formação docente dos alunos do parfor pedagogia do município de Soure na ilha do Marajó-PA / The pedagogical practice in the teaching formation of the students of the parfor pedagogy of the municipality of Soure in the island of Ma

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Academic year: 2020

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A prática pedagógica na formação docente dos alunos do parfor pedagogia do

município de Soure na ilha do Marajó-PA

The pedagogical practice in the teaching formation of the students of the parfor

pedagogy of the municipality of Soure in the island of Marajó-PA

DOI:10.34117/bjdv6n6-444

Recebimento dos originais: 08/05/2020 Aceitação para publicação: 19/06/2020

Monika Reschke

Mestra em Gestão e Organização na Escola Básica pela Universidade Federal do Pará Instituição: Universidade Federal do Pará

Endereço: Universidade Federal do Pará – Rua Augusto Corrêa número 1 – Bairro: Guamá, Belém – PA, Brasil

E-mail: monikareschke@hotmail.com Danielly Campos

Mestra em Gestão e Organização na Escola Básica pela Universidade Federal do Pará Instituição: Universidade Federal do Pará

Endereço: Universidade Federal do Pará – Rua Augusto Corrêa número 1 – Bairro: Guamá, Belém – PA, Brasil

E-mail: danielly.campos@ymail.com João Lucio Mazzini

Mestrando em Gestão e Organização na Escola Básica pela Universidade Federal do Pará Instituição: Universidade Federal do Pará

Endereço: Universidade Federal do Pará – Rua Augusto Corrêa número 1 – Bairro: Guamá, Belém – PA, Brasil

E-mail: jlmazzinidacosta@gmail.com Viviane Dourado

Mestranda em Gestão e Organização na Escola Básica pela Universidade Federal do Pará Instituição: Universidade Federal do Pará

Endereço: Universidade Federal do Pará – Rua Augusto Corrêa número 1 – Bairro: Guamá, Belém – PA, Brasil

E-mail: vivianedrd2@gmail.com Alberto Damasceno

Doutor em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Instituição: Universidade Federal do Pará

Endereço: Universidade Federal do Pará – Rua Augusto Corrêa número 1 – Bairro: Guamá, Belém – PA, Brasil

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RESUMO

O trabalho trata sobre a aplicabilidade do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica – PARFOR - criado para atender professores que já atuavam em sala de aula, no entanto sem a habilitação ou com formação inadequada para o nível educacional em que atuava. Objetiva-se apresentar uma prática pedagógica realizada no Município de Soure localizado na ilha do Marajó no estado do Pará durante o período em que uma disciplina do PARFOR foi aplicada nesta localidade. Utilizou-se uma abordagem qualitativa e observou-se uma carência por parte dos professores da turma, no que diz respeito ao domínio das práticas pedagógicas, ocasionada pela lacuna nos seus conhecimentos pessoais, ou por uma formação híbrida, ou seja, sem uma qualificação adequada para atuação. Revelando-se a qualificação profissional proporcionada pelo PARFOR um aprimoramento e aprofundamento necessários dos saberes ao exercício da docência.

Palavra-Chaves: Prática Pedagógica, Formação Docente, PARFOR. ABSTRACT

The work deals with the applicability of the National Plan for the Training of Teachers of Basic Education - PARFOR - created to serve teachers who already worked in the classroom, however without the qualification or with inadequate training for the educational level in which they worked. The objective is to present a pedagogical practice carried out in the Municipality of Soure located on the island of Marajó in the state of Pará during the period in which a PARFOR discipline was applied in this location. A qualitative approach was used and there was a lack on the part of the class teachers, with regard to the domain of pedagogical practices, caused by the gap in their personal knowledge, or by a hybrid training, that is, without an adequate qualification for acting. Revealing the professional qualification provided by PARFOR, a necessary improvement and deepening of knowledge to exercise teaching.

Key words: Pedagogical Practice, Teacher Education, PARFOR. 1 INTRODUÇÃO

Ao longo do tempo o processo educativo vem passando por constantes mudanças, decorrentes de carências, que muitas vezes, nem a sociedade e nem a própria família conseguem sanar. É aí, que o processo de formação inicial de professores, vai fazer toda a diferença no contexto educacional, pois é necessário, que o professor esteja preparado para dialogar com as famílias e a sociedade em geral, acerca de condições que possibilitem uma educação, a qual privilegie a formação integral do sujeito, onde o comprometimento com a ética, a solidariedade, o respeito para com tudo e com todos, além de preparação, para o mundo do trabalho, sejam o ápice do processo educativo. Nesse sentido, Freire (1998, p. 16) ressalta que a “responsabilidade ética no exercício da tarefa docente” que cada professor carrega consigo e que deve permear a “prática educativa enquanto prática formadora”.

Desse modo, entendemos que além dos saberes didático-pedagógicos, necessários à atuação docente, há de se pensar, que não se pode separar pessoa-professor. Daí, o cuidado que o professor precisa ter consigo mesmo, porque nos tornamos professores a partir da nossa bagagem de vida, e vamos ressignificando nossos sentidos e nossas possibilidades a partir das experiências vividas. Essa concepção é confirmada por Nóvoa (2009, p. 37), quando expressa que “ao longo dos últimos anos,

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temos dito (e repetido) que o professor é a pessoa, e a pessoa é o professor. Que é impossível separar as dimensões pessoais e profissionais. Que ensinamos aquilo que somos e que, naquilo que somos se encontra muito daquilo que ensinamos”.

A partir dessa perspectiva é que se estabelece um grande desafio, na luta por uma autonomia intelectual do professor, autonomia esta, que o possibilite atuar como sujeito reflexivo, que realize discussões e investigações de sua própria prática. Entretanto, a reflexão sobre a prática, não resolve todos os problemas do cotidiano da sala de aula, fazendo-se necessário, a busca por estratégias e procedimentos, os quais conduzam por um mesmo caminho o fazer e o pensar.

Em face a este novo cenário educacional surgiu o Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica – PARFOR criado para atender professores que já atuavam em sala de aula, porém não possuíam habilitação e/ou não possuíam formação adequada para o nível educacional atendido. Segundo documento oficiais do PARFOR essa é uma estratégia de preparar o professor para o efetivo exercício da docência e para a efetivação de um ensino transformador.

2 CAMINHOS PERCORRIDOS, NOVAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS CONSTRUÍDAS Durante a ministração da disciplina Prática Pedagógica em uma turma do curso de Pedagogia da UFPA de Soure na ilha do Marajó, pudemos perceber, entre outras coisas, que a maioria dos alunos já atuava em sala de aula, porém, diante do relato da maioria, observamos que a maior dificuldade apresentada por eles, durante a atuação em sala de aula, era saber como lidar com os alunos “desatentos”, “bagunceiros” ou que apresentavam dificuldades ou transtornos de aprendizagens, ou seja, eles estavam ávidos em saber quais práticas pedagógicas eles deveriam utilizar para conduzir o processo de ensino aprendizagem desses alunos.

Diante dessa inquietação apresentada, por grande parte da turma, buscamos no primeiro momento, trabalhar os conteúdos da Disciplina de uma forma que os alunos percebessem que o professor, tem um papel fundamental no processo de aprendizagem dos alunos, e que os mesmos, em muitos dos casos, percebem, quando existe alguma alteração, fora do comportamento esperado em sala de aula. O que Sacristán (1999), chama atenção nesse caso e nos afirma que o professor acaba assumindo a função de guiar as ações em sala de aula e em determinados momentos interfere de forma significativa na construção do conhecimento dos alunos. Evidencia-se, assim, que ao realizar essa função, o professor proporciona reflexões, sobre a prática pedagógica, parte-se do pressuposto, de que, ao assumir a atitude problematizadora da prática, modifica-se e é modificado, gerando uma cultura objetiva da prática educativa. Nesse contexto “a prática educativa é o produto final a partir do qual os profissionais adquirem o conhecimento prático que eles poderão aperfeiçoar” (SACRISTÁN, 1999, p. 73).

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No segundo momento da Disciplina, tratamos da atuação em sala de aula, e no caso desta turma, fomos para as Escolas Municipais de Ensino Fundamental “Lucilene Daher Fernandez” e “Dom Alonso”, onde observamos durante 01 (um) dia as atividades e as práticas pedagógicas desenvolvidas pelos alunos do PARFOR, em turmas de Educação Infantil e de Ensino Fundamental. Durante tal observação, pudemos constatar uma carência por parte da turma, no que diz respeito ao domínio das práticas pedagógicas, com o público atendido. Carência esta, que pode ter sido ocasionada pela lacuna nos seus conhecimentos pessoais, ou por uma formação híbrida, ou seja, sem uma qualificação adequada para atuação.

Diante do fato, ficou evidente a necessidade da reflexão constante no trabalho docente, que é uma atitude esperada de todo professor, quando se depara com situações de conflitos e incertezas em sua formação inicial. Pois, a educação é vista como “processo de reconstrução e reorganização da experiência, pelo qual lhe percebemos mais agudamente o sentido, e com isso nos habilitamos a melhor dirigir o curso de nossas experiências futuras” (DEWEY, 1959, p.17). Assim, é através da reflexão e do conhecimento implícito que se encontram as respostas às situações problemas, inerentes à prática pedagógica.

Nesse contexto, buscamos mostrar, que o professor precisa dinamizar suas aulas, tornando-as claras e objetivas, com atividades que sejam interessantes, motivadoras e que as inovações didático-metodológicas utilizadas nas aulas, sejam claras, objetivas, de forma que ocorra de acordo com ritmo de aprendizagem e o interesse de cada um. Mostramos ainda, que o espaço físico da sala de aula, também contribui para aprendizagem, ou seja, a organização das cadeiras, também é um fator importante, principalmente, quando existe a possibilidade de se trabalhar em grupos. Para Barkley (2002), durante atividades realizadas em grupo, a atenção dos alunos “pode ser melhorada com um estilo de aula mais entusiasmado, breve e que permita a participação ativa da criança” (BARKLEY, 2002, p. 244). Portanto, para que se concretize a construção do conhecimento, o professor deve propiciar ambientes que favoreçam a aprendizagem dos alunos. Em síntese, a sala de aula é um espaço onde podemos ministrar conteúdos, sem deixar de vivenciar as diferentes culturas do nosso alunado, taisdiferenças, nos possibilitam, proporcionar o desenvolvimento das emoções e expressar a beleza que envolve a prática pedagógica.

3 CONCLUSÃO

Foi possível, a partir deste estudo, perceber que a disciplina Prática Pedagógica como integrante da base curricular e o PARFOR, constitui-se como uma importante possibilidade de qualificação, aprimoramento e aprofundamento dos saberes necessários ao exercício da docência, das

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reflexões acerca da formação de professores, de suas práticas pedagógicas e para a ressignificação do processo de ensino e de aprendizagem.

Apoiado no referencial teórico aqui já apresentado, bem como nas inquietações feitas por parte da turma, este trabalho trouxe subsídios que comprovam ser a formação inicial de professores um dos caminhos mais eficientes para que se constitua uma Educação Básica de qualidade, na qual professores, alunos e sociedade se sintam comprometidos com o processo educativo. Percebemos, desse modo, que é no diálogo, na partilha de saberes, no respeito aos saberes do outro, no convívio com a diversidade que se desenvolve a capacidade de intervir no mundo. Nesse sentido, Freire (1998) afirma ser importante estar aberto ao contorno geográfico, social dos educados sem o que se tornaria impossível ensinar ou formar cidadãos.

REFERÊNCIAS

BARKLEY, R. A. Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH):guia completo para pais, professores e profissionais da saúde. Porto Alegre: Artmed, 2002. 327p.

DEWEY, J. Como pensamos. SP: Companhia Editora Nacional, 1959.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1998. (Coleção Leitura).

GIMENO SACRISTÁN, J. Poderes instáveis em educação. Porto Alegre: ARTMED, Sul, 1999.

NÓVOA, A. Formação de professores e profissão docente. In: Congresso Nacional de Formação Contínua de Professores. Formação Contínua de Professores; realidades e perspectivas, 1.Anais.1991. Aveiro.

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