PÓS – GRADUAÇÃO: Gestão de Projetos Prof. Ms. Cesar Augusto Campos Claro
Gestão de Projetos
Cronograma de aulas
1.Introdução ao Gerenciamento de Projeto
2.Fundamentos do PMO, seus instrumentos e como implementá-lo; características, ciclo de vida e stakeholders.
3.Planejamento aplicado à Gestão de Projetos: atividades, escopo, recursos e comunicação. Planejamento de custos aplicado à Gestão de Projetos.
4.Execução, Controle e Finalização de Projetos; definir e implementar um processo de gestão de portfólio; Modelos de avaliação de maturidade em gestão de projetos
existentes.
Gestão de Projetos
Gestão de Projetos
Gestão
de
Projetos:
Uma abordagem global
Ralph Keeling
Sumário
Capítulo 1 A natureza de um projeto
Capítulo 2 Desenvolvimento do conceito e análise do ambiente
Capítulo 3 Proposta inicial, análise de viabilidade e formalização do projeto
Capítulo 4 Evitando as armadilhas gerenciais
Capítulo 6 Estruturas de administração de projetos Capítulo 7 Montando a equipe do projeto
Capítulo 8 Recursos: a energia vital de um projeto Capítulo ? Planejamento, requisito e esboço
Capítulo 10 Ferramentas de planejamento e controle Capítulo 11 Comunicação, conflito, riscos e revisões
1
CAPÍTULO
A natureza de
um projeto
Definição de projeto
“Um esforço
temporário
empreendido
para criar um
produto, serviço
ou resultado
único”
De acordo com o PMI (2012),
projeto é definido como:
Definição de projeto
Todos os projetos apresentam as
seguintes características em
comum:
•são empreendimentos independentes;
•possuem propósito e objetivos específicos;
•têm duração limitada (início e fim bem
definidos);
•entregam um resultado único;
•recursos próprios (incluindo financeiros e
humanos); e
•administração e estrutura administrativa
Definição de projeto
Um projeto finaliza quando:
•as metas são alcançadas; ou
•por decisão o projeto não é mais viável
(ex: tecnicamente ou economicamente);
ou
•as necessidades que o motivaram não
existirem mais.
Diferenças entre projeto e
atividades contínuas
Rotinas contínuas, de longo
prazo Projeto
Objetivo principal é manter a
organização funcionando. Objetivo principal é de atingir suas metas e ser concluído. Trabalho contínuo, sem data de
término.
Data de início e término bem definidas.
Mesmos processos produzindo os mesmos resultados.
Processos de gerenciamento de projetos entregando resultados únicos.
Grande previsibilidade com relação aos resultados da produção.
Várias incertezas relacionadas ao desenvolvimento das atividades.
Exemplos de diferenças entre
projeto e atividades contínuas
Rotinas contínuas, de longo prazo Projeto
Administrar um negócio consolidado. Estabelecer um novo negócio. Gerenciar o fornecimento das peças
para a linha de montagem do tablet. Lançar um novo modelo de tablet. Operar um terminal aeroportuário. Construir um novo aeroporto.
Administração rotineira de estoque. Introdução de um novo sistema controle de estoque. Produção lucrativa de minério. Desenvolver uma concessão para exploração de minério.
Manutenção das informações do
website. Levantamento dos requisitos e desenvolvimento de um website. Fornecer suprimento constante de
Interessados (Stakeholders)
Interessados (ou
stakeholders, em inglês)
são as pessoas que, de
alguma forma, serão (ou
se consideram) afetadas
pelo projeto, seja de
forma positiva ou
Gerenciamento de projetos
Recorrendo novamente ao PMI (2012),
gerenciamento de projetos pode ser definido
como:
“a aplicação de
conhecimentos,
habilidades,
ferramentas e técnicas
às atividades do projeto
a fim de atender aos
Características e benefícios
da gestão de projetos
Programa
Programa pode ser definido como um grupo de
projetos que apresentam relação e que são
gerenciados de forma coordenada, com o
objetivo de alcançar benefícios e resultados
que não seriam conseguidos se fossem
desenvolvidos individualmente.
Também apresentam elementos de controle
integrado que aumentam as chances de ter um
melhor resultado global (como, por exemplo,
Portfólio
Portfólio pode ser entendido com o
agrupamento de projetos,
programas e portfólios menores
que estão alinhados com a
estratégia organizacional.
Diferente dos
programas, os
projetos e
programas dentro
de um portfólio não
estão
necessariamente
relacionados entre
si.
Estratégia organizacional,
portfólio, programas e
projetos
Fonte: Adaptado de Valle et al, 2007.
Comparação entre projeto,
programa e portfólio
(fonte: PMI, 2012)Comparação entre projeto,
programa e portfólio
(fonte: PMI, 2012)Planejamento em ondas
sucessivas e séries de
projetos
Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3O planejamento do projeto é detalhado de acordo com seu avançamento, uma vez que as dúvidas,
com relação às fases seguintes, vão sendo esclarecidas
O planejamento do projeto é detalhado de acordo com seu avançamento, uma vez que as dúvidas,
com relação às fases seguintes, vão sendo esclarecidas
O projeto é planejado em detalhes até
onde as definições permitem
Nas mudanças de fase, existe um evento formal, onde é revisto e
analisado o trabalho já
desenvolvido e é planejada a fase seguinte.
Nas mudanças de fase, existe um evento formal, onde é revisto e
analisado o trabalho já
desenvolvido e é planejada a fase seguinte.
Organizações de múltiplos
projetos
• Atendem vários projetos ao mesmo tempo;
• Diversidade de recursos especialistas e rateio de
custos em diversos projetos (economia de
escala);
• Conflito e disputa por recursos;
• Análises e balanceamento da carga de trabalho;
• Execução pautada pela prioridade do portfólio;
Administração de
conhecimento
Projetos desenvolvem conhecimentos, que podem
ser encarados como ativos organizacionais.
Sabbag (2009) propõe quatro processos para a
gestão do conhecimento em projetos:
•Planejar gestão do conhecimento;
•Ativar base de conhecimentos;
•Disseminar conhecimento;
Ambientes multiculturais
• Operações são, cada vez mais, transferidas para
áreas onde existe mão de obra abundante;
• Devem ser considerados aspectos sociais,
religiosos e governamentais;
• Estes fatores pode afetar, significativamente, o
projeto;
Principais responsabilidades
de um gerente de projetos
1. Responsável pelo bom desempenho do projeto;
2. O principal agente para a realização da
integração das informações das diferentes
frentes do projeto;
3. O elo entre stakeholders internos e externos e as
organizações;
4. Regulador do progresso, velocidade, qualidade e
custo;
5. Líder e motivador do pessoal do projeto;
6. Comunicador e negociador em todas as coisas
relacionadas ao projeto;
Principais características de
um gerente de projetos
(Fonte: Turner, 2008)• personalidade forte, enérgica, mas tolerante –
diplomacia e defesa de causa devem ser traços
marcantes;
• inteligência com espírito independente;
• bom conhecimento sobre o trabalho essencial ao
projeto;
• preferência por áreas de trabalho que estejam fora da
sua experiência e habilidade para ver as coisas como
um todo;
• interesse e preocupação vitais em ver o projeto
concluído;
• habilidade para dirigir e delegar trabalho técnico;
• tino comercial – procedimentos financeiros,
contratuais/legais etc. – e dinamismo empreendedor;
• energia e persistência.
Vulnerabilidade à fraude
• A natureza transitória dos projetos torna-os
vulneráveis a atos de desonestidade;
• Devem ser feitos todos os esforços e
definidos controles suficientes para eliminar
estas possíveis vulnerabilidades e impedir
ou assegurar a descoberta antecipada de
desonestidade;
O ciclo de vida do projeto
O ciclo de vida de um projeto se divide em
alguns estágios:
•Conceituação;
• Proposta do projeto; • Estudo de viabilidade;
•Planejamento;
• Definição do plano e das linhas de base;
•Implementação;
• Execução;• Monitoramento; • Controle;
Diferentes naturezas –
diferentes ciclos de vida
Relação entre projetos e o
ciclo de vida do produto
2
CAPÍTULO
Desenvolvimento
do conceito
O nascimento de um
projeto
• Um projeto nasce para atender uma necessidade de progresso;
• Existem rodadas de discussões sobre as ideias até que se forme um conceito;
• Uma vez definido o conceito, é necessário esclarecer o propósito exato do projeto (rascunhar objetivo, escopo, resultado e custo e identificar os interessados e suas expectativas);
• Premissas são assumidas e monta-se a tática para desenvolver o projeto.
• Deve-se buscar apoiadores para o projeto – porém, cuidado ao buscar estes confidentes, pois, alguns podem ter algum tipo de oposição secreta, buscando ser contra a mudança;
Pesando as alternativas
Teste o conceito indagando:
1. O que exatamente deve ser alcançado?
2. Quais resultados são importantes (necessidades), quais são desejáveis, mas não tão importantes (desejos)?
3. O que não deve ser incluído (exclusões do projeto)?
4. Como o “objetivo” do projeto (produto do projeto) poderia ser mais bem alcançado?
5. Quanto tempo levará para que se alcancem resultados e quando seria sensato começar?
6. Quanto custará e de onde virão os recursos?
7. Quem pode apoiar o projeto e como podemos atender às suas expectativas?
8. Que oposição poderia ser encontrada, por que e por parte de quem? Como neutralizar esta oposição?
Considerando a
metodologia
Vários métodos podem ser utilizados na busca do
resultado do projeto.
Luecke (2006) apresenta um processo de cinco passos
para a tomada de decisão e que podem auxiliar na escolha
do método:
1.Definir o ambiente para o sucesso;
2.Contextualizar a questão adequadamente;
3.Gerar alternativas;
4.Avaliar as alternativas;
Os fatores ambientais
Devemos considerar o ambiente interno e externo ao
projeto.
De acordo com o PMI (2012), alguns exemplos são:
•Cultura, estrutura e processos organizacionais;
•Regras governamentais ou do setor;
•Infraestrutura disponível;
•Recursos humanos existentes e disponíveis;
•Administração de pessoal;
•Sistemas de autorização de trabalho da empresa;
(continua)
Os fatores ambientais
Uma ferramenta que pode ser utilizada para
analisar os fatores ambientais é a análise SWOT
(Strengh, Weakness, Oportunities and Threads).
Identificando os
interessados e suas
expectativas
O PMI (2012) recomenda que diferentes ações
sejam tomadas para as diferentes classificações.
Identificando os
interessados e suas
expectativas
Mitchel (apud Trentim e Lyra, 2010) apresenta um
modelo de caracterização de interessados, com os
seguintes padrões:
•Adormecido: possui poder para impor sua vontade, porém não tem legitimidade ou urgência;
•Arbitrário: possui legitimidade, mas não tem poder de influenciar a organização e nem urgência;
•Reivindicador: apresenta urgência sem poder nem legitimidade; •Dominante: possui poder e legitimidade, mas não tem urgência; •Perigoso: possui poder e urgência, podendo impor sua vontade mesmo sem legitimidade;
•Dependente: possui urgência e legitimidade, porém depende do poder de outros interessados; e
Identificando os
interessados e suas
expectativas
Caso BP – Vazamento de
Petróleo no Golfo do
México
Caso BP – Vazamento de
Petróleo no Golfo do
México
Estudo de Caso
Armadilhas e preservação
do conceito do projeto
A comunicação mal realizada pode ser um grande
problema para o alinhamento do conceito do
projeto.
Se o conceito não for bem esclarecido no início do
projeto, percepções discordantes podem se
transformar em falsas expectativas.
Existe uma grande chance de que, no futuro, estas
falsas expectativas se transformem em conflitos
com aqueles cuja cooperação poderia levar ao
sucesso no lançamento do projeto.
Cozinheiros demais – o
projeto de treinamento
de jovens
Cozinheiros demais – o
projeto de treinamento
de jovens
Estudo de Caso
Engenharia simultânea
Segundo Muniz, Plonski e Lourenção (1996),
engenharia simultânea pode ser definida como:
“o enfoque no qual grupos
interfuncionais trabalham
interativamente e formalmente
no projeto e no ciclo de vida
completo do produto/serviço
para encontrar e realizar a
melhor combinação entre as
metas de qualidade, custo e
prazo”
Engenharia simultânea
Engenharia sequencial
Engenharia simultânea
Kerzner (2006) apresenta os seguintes benefícios
da combinação de gestão de projetos com os
conceitos de engenharia simultânea:
•Redução do tempo de desenvolvimento de novos
produtos;
•Aumento da vida média do produto;
•Aumento das vendas;
•Aumento das receitas; e
Caso Embraer –
Utilização da Engenharia
Simultânea no
Desenvolvimento do Jato
Comercial ERJ-145
Caso Embraer –
Utilização da Engenharia
Simultânea no
Desenvolvimento do Jato
Comercial ERJ-145
Estudo de Caso
Buscando aceitação e
apoio para o conceito do
projeto
• Investir tempo e dinheiro de “antemão”, identificando interessados e suas preocupações;
• Envolver os interessados;
• Arregimentar apoio dos “crentes fieis”;
• Mostrar benefícios em condições realistas, mas atraentes); • Não menosprezar dificuldades ou problemas;
• Avaliar os riscos e mostrar maneiras de superá-los • Ser realista sobre custos e riscos, mas enfatizar os
benefícios;
• “Cercar os graúdos” (apoio da cúpula); • Antecipar oposição e ficar de sobreaviso;
• “Dar uma tacada direta” (não encobrir os problemas);
Amortecendo o impacto de
variação, ajuste e revisão
Devido à estreita relação entre tempo, custo e
qualidade, é prudente dar uma margem de
variação no tempo e custo totais como medida de
segurança contra imprevistos.
Por outro lado, grandes margens encorajam a
extravagância e a indolência na administração.
O dimensionamento destas seguranças varia em
função do ambiente em que está sendo
desenvolvido o projeto, as políticas organizacionais
e incertezas associadas.
Revisões do proprietário
durante o projeto
Um proprietário normalmente não alterará o
conceito do projeto, mas não são raras suas
exigências por alguma forma de revisão.
É necessário ter um processo para tratar estas
eventuais solicitações. A análise integrada da
mudança pode mostrar que custos e prazos
adicionais talvez sejam necessários.
Uma vez aprovada a mudança e seus consequentes
impactos, a decisão deve ser registrada e as linhas
de base atualizadas.
6
CAPÍTULO
Estruturas de
administração de
projetos
A estrutura administrativa
influi no sucesso do projeto
A estrutura administrativa
correta é fundamental para o
sucesso do projeto;
Escolher
uma
estrutura
inadequada ou gerenciar mal
a
estrutura
existente
aumenta,
em
muito,
a
chance
de
conflitos
e
fracasso do projeto;
Funções da estrutura
organizacional
• Traçar a hierarquia administrativa;
• Mostrar canais de comando;
• Definir redes de comunicação formal;
• Esclarecer as funções paralelas de
coordenação;
• Indicar áreas de delegação e cooperação;
• Definir os elos entre as estruturas
externas, internas e elementos
gerenciais;
Organizações externa e
interna
• Organização externa: como o projeto se
relaciona com a administração externa
(seja
uma
empresa
ou
órgão
governamental);
• Organização interna: diz respeito como o
projeto está organizado dentro dos seus
limites
Organizações externa e
interna
Em projetos pequenos, o elemento externo
pode se limitar ao quadro de diretores e
presidência da empresa;
Em projetos maiores, poderá haver um
grupo externo constituído por
patrocinadores, organizações financiadoras,
entidades governamentais e conselhos
Organizações externa e
interna
A forma da estrutura organizacional interna
depende de alguns fatores:
•Caráter do projeto;
•Tamanho e complexidade do projeto;
•Tecnologia, processos ou procedimentos
envolvidos;
•Pontos geográficos de elementos do
projeto; e
Patrocinador
Geralmente é um membro da alta gerência
da organização ou influente no ambiente e
que tem interesse real e autoriza
formalmente o projeto;
Assume duas principais figuras:
•Financeira (deve conseguir recursos para o
projeto);
•Patronal (deve auxiliar na solução dos
entraves e negociações políticas);
Patrocinador
Luecke (2010) apresenta uma lista de
quatro afazeres para o patrocinador:
•Garantir a comunicação do andamento do projeto
para o restante da organização;
•Assegurar apoio da gerencia sênior ao projeto;
•Estar atento às mudanças nos objetivos da
empresa e que podem afetar o projeto;
•Negociar a disponibilidade dos recursos
necessários para o projeto;
Tipos de estrutura
administrativa
Os tipos de estrutura administrativa são,
essencialmente, quatro:
• Estrutura funcional;
• Estrutura projetizada;
• Estrutura matricial;
• Estrutura híbrida;
Estrutura matricial
balanceada
Comparação entre os
diferentes tipos de estrutura
matricial
(fonte:Heldman, 2012)Estrutura matricial em
ambiente de múltiplos
projetos
Trabalho em tempo parcial
em estruturas híbridas e
matriciais
•
Em ambientes de múltiplos projetos é comum a
alocação dos recursos humanos em várias
atividades simultâneas;
•
Existe uma perda de qualidade e tempo
muito grande quando se executa várias
atividades ao mesmo tempo;
•
O gerente do projeto e o planejamento do
portfólio devem, fortemente, evitar a
multitarefa nociva (execução de múltiplas
atividades ao mesmo tempo e consequente
alternância de foco);
Estrutura horizontal para
pesquisa e trabalho
Escritório de projetos
De acordo com Kerzner (2006), a partir do ano
2000, o entendimento é de que:
“o escritório de projetos tem a
responsabilidade de manter
toda a propriedade
intelectual relativa à gestão
de projetos e de ativamente
sustentar o planejamento da
Escritório de projetos
Dinsmore (apud Patah, 2004) cita ainda cinco tipos
de escritórios de projetos:
•Equipe Autônoma de Projeto (Authonomous Project
Team, APT);
•Project Support Office (PSO);
•Project Management Center of Excellence;
•Program Management Office (PrgMO);
Benefícios da utilização de
um escritório de projetos
(fonte: Kerzner, 2006)• Padronização de operações;
• Decisões baseadas na corporação como um todo e não em redutos individuais;
• Melhor capacidade de planejamento (alocação de recursos);
• Acesso mais rápido a informações de maior qualidade;
• Eliminação ou redução de redutos individuais na empresa; • Operações mais eficientes e eficazes;
• Menos necessidade de reestruturação;
• Menos reuniões que consomem um tempo precioso dos executivos;
• Priorização mais realista do trabalho; e
Distribuição do tempo do
gerente de projetos
As atividades do gerente de projetos são variáveis e
a diversidade dos desafios cotidianos é grande.
É necessário que o gerente do projeto tenha um
grande poder de organização das atividades em
seu dia.
Em todos os projetos, os gerentes vão gerenciar
uma operação única, que exige qualificação
Responsabilidades do GP
com sua equipe de
técnicos
• instruções regulares sobre o escopo, os objetivos e o andamento, contato com clientes e outros interessados; • acordo claro quanto aos resultados (receptíveis) exigidos
de cada atividade e “padrões” em relação aos quais os resultados serão avaliados;
• condições sob as quais seja possível trabalhar com eficiência, sem entraves;
• coordenação e liderança eficaz de equipe;
• proteção contra interferência burocrática ou política; • melhores condições possíveis de trabalho, segurança
pessoal e familiar (dentro dos limites razoáveis da localidade, situação e condições vigentes na área do projeto);
Responsabilidades do GP
com sua equipe de
técnicos
• provisão de recursos do projeto segundo as especificações, conforme e quando necessários;
• apoio pessoal no trabalho e administração do projeto, bem como na administração pessoal;
• segurança, proteção, garantia à saúde e apoio ao bem-estar; e
• administração eficiente de pessoal e da folha de
pagamento e fornecimento de uma força de trabalho com as qualificações necessárias.
3
CAPÍTULO
Proposta inicial, análise
de viabilidade e
Proposta inicial
A proposta inicial visa:
1.introduzir o conceito (ambiente, necessidades
estratégicas e propostas de solução);
2.identificar, analisar e testar as reações dos
potenciais interessados;
3.obter apoio; e
4.estabelecer uma base para avaliação da
viabilidade.
Requisitos iniciais
Os requisitos que irão definir o projeto e seu
produto devem ser:
•Claros;
•Relevantes;
•Mensuráveis;
•Alcançáveis;
Objetivo do projeto
O objetivo do projeto vai definir a estrutura e
indicar a meta para a qual a organização irá
direcionar seus esforços. Um objetivo deve ser:
•Específico;
•Mensurável;
•Alcançável;
•Relevante;
•Temporal;
Formulando objetivos que
funcionem
Um objetivo adequadamente definido incluirá:
•Tema – por exemplo, construção de um estádio;
•Ponto de partida (situação no começo);
•Resultado-alvo (situação na conclusão);
•Resultado de qualidade (padrões e/ou ingredientes
essenciais do resultado);
•Data/prazo de início; e
Premissas e restrições
O PMI (2012) define premissas como:
... como consequência, para toda premissa
assumida, teremos um risco associado!
“Fatores que, para fins de
planejamento, são
considerados
verdadeiros, reais ou
certos, sem prova ou
Premissas e restrições
O PMI (2012) define restrições como:
Para as restrições não existem dúvidas: elas
deverão ser respeitadas.
“o estado, a qualidade ou o
sentido de estar restrito a uma
determinada ação ou
inatividade. Uma restrição ou
limitação aplicável, interna ou
externa, a um projeto, a qual
afetará o desempenho do
Propostas para participar
Pode ser interessante para o empreendedor principal, a subcontratação de um determinado pacote do seu projeto para uma segunda parte, interessada em executá-lo.
Isto acontece quando, após uma análise de make or buy, o
principal empreendedor decide que a contratação de terceiros trará um resultado melhor para o projeto quando comparado com a sua própria capacidade de executar o pacote em
questão.
É provável que as propostas dos fornecedores surjam após um estudo de viabilidade e em resposta ao edital de
O estudo de viabilidade
O estudo de viabilidade
investigará a exequibilidade,
modos de alcançar objetivos,
opções de estratégia e
metodologia e preverá os
prováveis resultados, riscos e
consequências de cada curso de
ação.
Pesquisando a viabilidade
Dados existentes Escopo, objetivos e premissas Esboço de estratégia Análise do ambiente do projeto
Análise financeira Avliação do retorno sobre o investimento e esforço Avaliação inicial de riscos Fontes de apoio ao projeto
Avaliação tecnológica Análise política
Avaliação de impacto ambiental Avaliação de impacto sociológico Estrutura gerencial e
administração do projeto Recursos do projeto
Deve apresentar um quadro equilibrado que
incorpore todos os aspectos possíveis de
Quem conduzirá o estudo
de viabilidade?
Deve-se sempre buscar pessoas experientes para
a execução do estudo de viabilidade.
Pode-se montar uma equipe composta por
especialistas no assunto relativo ao tema do
projeto.
Fatores que influenciam:
•A natureza do projeto;
•Treinamento, habilidades e experiência dos
envolvidos no estudo;
Termos de referência
• Normalmente se baseiam nos antecedentes
descritos na proposta do projeto e são as
bases para todo o desenvolvimento.
• Trazem informações como:
• Objetivos, direção, escopo e foco do estudo; • Estrutura da equipe do estudo, pessoal,
responsabilidades, coordenação do trabalho, limites de autoridade;
• Fatores relacionados ao estudo. Ex: limite de
tempo, restrições especiais, necessidades de sigilo ou segurança, limitações para viagem, etc.;
• Em casos de dúvidas, as questões devem ser
levantadas, respondidas e registradas nos termos de referência;
Instruindo a equipe de
pesquisa
As instruções devem incluir:
•Esboço do conceito do projeto e avaliação inicial de sua necessidade;
•Antecedentes do projeto (incluindo a proposta inicial);
•Escopo, propósito e objetivos do estudo e quando e onde ele terá lugar (área geográfica);
•Composição da equipe e áreas de responsabilidade individual;
•Orçamento do estudo, autoridade para envolver ou cooptar pessoal;
•Fontes de informação (lugares, pessoas, processos,
estabelecimentos etc.): abordagens prévias na busca de informações;
Instruindo a equipe de
pesquisa
As instruções devem incluir:
(continuação)
•Possíveis fontes de oposição;
•Parâmetros ou limites para o projeto – tempo, condições financeiras, políticas, climáticas, mercadológicas etc.;
•Necessidade de avaliação de impacto tecnológico,
político, sociológico ou ambiental e áreas de preocupação especial (confidencialidade, sigilo etc.); e
•Formato do relatório; a quem deve ser dirigido; número de cópias necessárias.
Conduzindo os estudos de
viabilidade
• Obtenha o máximo possível de informações antes de começar o estudo;
• Faça um plano de estudos – quem consultar, o que perguntar, aonde ir, o que procurar etc. – e revise-o regularmente;
• Teste preconceitos e ideias preconcebidas. Escute opiniões, mas teste sua validade;
• Não se deixe influenciar erroneamente pelo sucesso aparente de alguém;
• Saiba diferenciar fato e opinião;
Instruindo a equipe de
pesquisa
(continuação)
•Esteja atento à natureza e força de opiniões e
sentimentos intensamente defendidos que poderiam
resultar em oposição ou atraso na consecução do projeto; •Obtenha e registre fatos sempre que for possível;
•Esteja ciente dos possíveis riscos; considere suas
consequências e o modo como estas dificuldades podem ser superadas;
•Lembre-se de que você é um embaixador do projeto e que sua cortesia, aceitabilidade e imagem podem
produzir um efeito poderoso no sucesso futuro; e
•Não tenha medo de considerar alternativas; dê uma opinião honesta e imparcial.
Abrangência do relatório
de viabilidade
Um relatório de viabilidade deve incluir:
1.Informações de identificação; 2.Resumo executivo; 3.Corpo do relatório; 4.Conclusões; 5.Recomendações; 6.Anexos e demonstrativos;
Estimativa inicial de
duração e custos do
projeto
Com o estudo realizado, é possível estimar, com
precisão aproximada, tanto a duração como o
custo do projeto e de suas grandes etapas.
Para tanto é necessário contar com uma equipe
multidisciplinar, experiente e com bom
conhecimento do tema do projeto.
Neste momento, com o nível de detalhe do
estudo, são esperadas variações da ordem de
30% a 50%.
Riscos iniciais do projeto
Riscos são eventos incertos e que podem trazer impactos positivos ou negativos a um projeto.
Todos os riscos, sejam eles positivos ou negativos, devem ser analisados.
Riscos positivos, caso interessantes, podem ser potencializados. Riscos negativos, caso sejam muito severos, podem ser
eliminados.
Nesta etapa do projeto alguns riscos (mais evidentes) são levantados e registrados.
A análise aprofundada e a tratativa dos riscos serão realizadas em etapa posterior do projeto (na fase de planejamento),
porém, sempre que um novo risco for identificado, seu registro deve ser realizado.
Identificação do risco
Os riscos podem ter origem:
No próprio projeto: decisões sobre método,
especificação, tecnologia, financiamento,
premissas assumidas, entre outras;
Em ocorrências não planejadas: que poderão
ser cobertas por seguros (acidentes, incêndios,
sabotagem, etc);
Em causas externas: relacionadas a situações
Identificação do risco
As consequências de uma variação de risco
entre o mínimo e o traumático afetarão:
•O resultado do projeto e a consecução dos
objetivos;
•Estouro de prazos;
•Cursos excessivos;
•Fracasso na apresentação de resultados ou
qualidade;
A estrutura do risco
Estruturar gramaticalmente a descrição de um
risco, é fundamental.
Deve ficar explícito:
•O evento probabilístico que dará origem ao
risco e
•Os consequentes impactos da ocorrência.
Isto é de fundamental importância para que os
envolvidos no projeto possam analisar o risco de
forma apropriada.
A estrutura do risco
Deve-se estruturar o risco em “Gatilho” então
“Impacto”.
Exemplo: Se o dólar variar fora do limite entre
R$1,65 e R$1,75, então o estudo de viabilidade
financeira do projeto ficará comprometido.
•Gatilho: “Se o dólar variar fora do limite entre
R$1,65 e R$1,75”...
• ...então...
•Impacto: “o estudo de viabilidade financeira
do projeto ficará comprometido”.
Prevendo a
sustentabilidade
Cada vez mias os projetos devem buscar a manutenção do tripé da sustentabilidade (social, financeiro eambiental).
O PMI (2007) apresenta em seu guia Construction
Extension do the PMBOK Guide – Third Edition três áreas
de gestão relacionadas à aspectos de sustentabilidade: •Gestão da segurança;
•Gestão do meio ambiente; •Gestão financeira;
Maia e Vargas (2012) sugerem uma nova área de gestão para o guia PMBOK tradicional, intitulada “Gerenciamento Ambiental”, que contaria com dois grandes processos:
•Gerenciamento ambiental externo; •Gerenciamento ambiental interno;
Registrando e aprovando o
termo de abertura do
projeto
Termo de abertura do projeto é um documento quecondensa e registra toda a informação levantada durante a fase de conceituação do projeto.
Outras nomenclaturas podem ser adotadas, dependendo da empresa ou instituição que está patrocinando o
projeto.
As principais funções de um termo de abertura são documentar formalmente:
•As necessidades do negócio;
•A compreensão das necessidades dos clientes;
•O novo produto (seja ele um bem ou serviço) que será o resultado do projeto;
Registrando e aprovando o
termo de abertura do
projeto
Geralmente, o documento reúne:
•as informações sobre o conceito do projeto, as
necessidades empresariais, a descrição do projeto e como ele irá satisfazer às necessidades do cliente;
•quem será o gerente do projeto e qual o seu nível de autoridade e autonomia dentro da organização para conduzir o projeto;
•o resultado e as conclusões do estudo de viabilidade;
•alguns recursos que já definidos e que serão alocados no projeto;
Registrando e aprovando o
termo de abertura do
projeto
Geralmente, o documento reúne:
(continuação)
•as partes interessadas identificadas e seus respectivos requisitos;
•os objetivos do projeto;
•uma descrição sucinta do produto do projeto e as principais entregas que serão realizadas;
•riscos iniciais identificados;
•marcos de aprovação do projeto;
•uma aprovação final, com uma assinatura ou uma marca do patrocinador do projeto;
4
CAPÍTULO
Evitando as
armadilhas
O que é sucesso em
projeto?
De acordo com o PMI (2012)
“o sucesso é medido pela
qualidade do produto e
do projeto, pontualidade,
conformidade
orçamentária e grau de
O que é sucesso em
projeto?
De acordo com o PRINCE2 (apud Siegelaub, 2010),
os projetos têm seis restrições que devem ser
monitoradas constantemente:
•Escopo;
•Prazo;
•Custo;
•Qualidade;
•Benefícios;
•Riscos;
Ainda existem as mais variadas vertentes que
defendem seus diferentes pontos de vista.
O que é sucesso em
projeto?
Analisando as propostas, percebe-se que um
projeto pode ter seu sucesso avaliado sob os
seguintes eixos:
•Conceito;
•Objetivos;
•Qualidade do resultado;
•Custo;
•Tempo;
Atingimento das metas dos
projetos no Brasil
Resultado da pesquisa PMSURVEY.ORG (2012)
sobre a frequência na qual os projetos no Brasil
têm alcançado as metas de prazo, custo,
O parque da cidade de
Downmarket
O parque da cidade de
Downmarket
Causas de fracasso dos
projetos
(fonte: PMSURVEY.ORG, 2012)Causas de fracasso dos
projetos
(fonte: PMSURVEY.ORG, 2012)Causas de fracasso dos
projetos
Darcy Prado (2005) lista 8 principais causas de
desvio da meta de um projeto:
•Liderança ineficiente;
•Escopo incorretamente definido;
•Equipe / fornecedores não adequadamente competente para o desafio;
•Indisponibilidade de recursos;
•Falta de um sistema de comunicações;
•Falta de comprometimento das principais partes envolvidas (interfaces);
•Planejamento e controle não adequados ao tipo e porte do projeto; e
Possíveis falhas ao longo
da vida do projeto
1. Fase do conceito:
•Fracasso em dedicar tempo e recursos suficientes a um estudo de viabilidade adequado;
•Falha na identificação das partes interessadas e suas necessidades;
•Termos de referência ou instruções imprecisos ou vagos para o estudo de viabilidade;
•Pesquisa e avaliação de riscos inadequados na fase do estudo de viabilidade;
•Fracasso em garantir a cooperação de todos os
interessados e o acordo de órgãos públicos ou indivíduos que, posteriormente, poderão opor-se ou entravar o projeto; e
•Respaldo administrativo e/ou capacidade especializada inadequados nos estágios iniciais.
Possíveis falhas ao longo
da vida do projeto
2. Fase do planejamento:
•Propósito inválido do projeto;
•Requisitos mal identificados / coletados;
•Capacidade inadequada de planejamento, objetivos mal definidos e falta de planejamento das atividades;
•Escopo do projeto e do produto mal definidos; •Exclusões do projeto mal definidas;
•Estrutura administrativa imprópria – delegação de autoridade mal definida;
•Fracasso em consultar aqueles diretamente envolvidos nos processos, pensar a totalidade dos processos, eventos e
oportunidades e planejar conforme os dados obtidos;
Possíveis falhas ao longo
da vida do projeto
2. Fase do planejamento:
(continuação)
•Fracasso em considerar impedimentos possíveis, analisar riscos e formular planos de contingência;
•Fracasso em fornecer previsões financeiras, orçamentárias e de fluxo de caixa, elaborar planos eficazes de recursos ou especificar corretamente os requisitos técnicos e de
qualidade;
•Falha na identificação dos riscos do projeto, nas suas análises qualitativas e quantitativas; e
Possíveis falhas ao longo
da vida do projeto
3. Fase de implementação:
•Má seleção de especialistas, líderes de equipes e gerentes; •Estilos impróprios de liderança;
•Monitoração e controle inadequados pelos gerentes e líderes de equipes;
•Coordenação frágil da atividade e incapacidade de alcançar cooperação plena do pessoal do projeto e/ou dos
fornecedores;
•Descuido com o treinamento e as necessidades de desenvolvimento de equipes;
•Deficiência na provisão de recursos; atraso na entrega de materiais ou equipamentos essenciais;
Possíveis falhas ao longo
da vida do projeto
3. Fase de implementação:
(continuação)
•Materiais ou equipamentos inferiores às especificações técnicas ou de qualidade;
•Fracassos na comunicação de procedimentos de emissão de relatórios de acompanhamento;
•Relutância em tomar medidas corretivas quando os resultados concretos ficam aquém dos objetivos planejados;
•Fracasso em realizar revisões regulares e, caso seja necessário, revisão do projeto;
•Intromissão ou interferência de políticos ou membros mais velhos da organização do proprietário;
•Fracasso no alinhamento das informações com a equipe do projeto; e
Possíveis falhas ao longo
da vida do projeto
4. Fase de conclusão:
•Fracasso em concluir no prazo;
•Fracasso em alcançar os padrões de qualidade requeridos; •Arranjos de entrega inadequados;
•Avaliação e acompanhamento inadequados do projeto; e •Falta de sustentação para os objetivos do projeto.
Consequências dos atrasos
nas implementações
Os atrasos nas implementações podem fazer com
as bases, sobre as quais o projeto foi planejado,
não sejam mais válidas.
Desta maneira sempre devem ser levantados
questionamentos com relação à:
• Necessidade do projeto. A mesma necessidade ainda existe?
• Mudanças nas circunstâncias. Alguma parte do projeto foi superada pelotempo?
Consequências dos atrasos
nas implementações
Desta maneira sempre devem ser levantados
questionamentos com relação à:
(continuação)
•Tecnologia e especificação. Todas as especificações ainda estão atualizadas e apropriadas? Novos métodos,
equipamentos mais baratos ou mais convenientes foram desenvolvidos ou tornaram-se disponíveis?
•Finanças do projeto. As estimativas de custo ainda são válidas? Os recursos ainda são disponíveis a preços
previamente cotados e os demais custos (como salários, adiantamentos e despesas) ainda são realistas? Os arranjos de custeio ainda são válidos e haverá atraso na reativação ou disponibilização de fundos?
Consequências dos atrasos
nas implementações
Desta maneira sempre devem ser levantados
questionamentos com relação à:
(continuação)
•Cronograma. As novas datas para começo e encerramento são realistas e viáveis?
•Objetivos. Os objetivos foram modificados? Se foram, qual efeito terão os objetivos alterados sobre os planos,
orçamentos, pessoal e custos do projeto?
•Recrutamento. O tempo de resposta para recrutamento e treinamento é adequado?
•Disponibilidade de know-how. Ainda se dispõe do pessoal-chave?
Fatores de sucesso e
melhores práticas
Bransfield, Bhat e Choma (2010) realizaram um estudo
sobre sucesso em projetos, onde concluíram que os fatores que que diferenciam um projeto bem sucedido dos que
fracassam são:
•Definição detalhada do projeto antes da execução; •Alinhamento do time em torno do objetivo do projeto; •Definição clara de papéis e responsabilidades;
•Participação ativa dos envolvidos; •Identificação dos riscos;
•Continuidade do time;
•Bom planejamento e execução do controle do projeto; •Continuidade do gerente do projeto;
Fatores de sucesso e
melhores práticas
Prado (2005) defende que os projetos
desenvolvidos por uma organização
passam a apresentar melhores taxas de
sucesso conforme esta organização
avança em seu nível de maturidade em
Fatores de sucesso e
melhores práticas
Pacagnella Jr., Silva e Pacífico (2012) listam 19 fatores:
Enpowerment para
a equipe do projeto Comunicação eficiente
Liderança exercida pelo gerente do projeto Autoridade delegada para o gerente do projeto Bom gerenciamento de mudanças Escolha adequada da estrutura organizacional Planejamento adequado do projeto Correto gerenciamento dos requisitos Identificação criteriosa dos riscos Análise adequada dos riscos Elaboração de plano de resposta aos riscos Monitoramento e controle dos eventos de risco Orientação e apoio da alta administração Boas relações entre os membros da equipe do projeto Resiliência e flexibilidade da equipe do projeto Tratar adequadamente os conflitos Mecanismos contratuais de incentivo Mecanismos contratuais de multas Experiência do gerente do projeto
Fórmula para o sucesso
Sucesso Viabilidade de objetivos Planejamento Programação Liderança Comunicação ControleAntes da designação
Antes de aceitar a designação de um
projeto que já foi planejado, considere:
1.Conceito. O conceito é bom? O projeto tem um propósito
válido e é viável?
2.Objetivos. Os objetivos estão claros e inequívocos? 3.Estrutura. A estrutura administrativa é apropriada e
praticável?
4.Planejamento. O projeto foi devidamente planejado em
linhas gerais e com os detalhes aplicáveis até o momento?
5.Programação. Todas as atividades foram programadas e
os recursos planejados?
6.Monitoramento e controle. Todas as atividades,
eventos e gastos serão constantemente monitorados?
7.Competência. A equipe do projeto é competente,
6
CAPÍTULO
Planejamento,
Antes da designação
Uma vez finalizada a fase de concepção do projeto, tem-se início a fase de planejamento.
É nesta etapa que serão definidos:
•todos os detalhes do escopo que o projeto deverá atender; •as atividades que serão desenvolvidas;
•as estimativas de custos associadas;
•os critérios de seleção dos fornecedores; •detalhados os eventos de comunicação;
•programada a maneira como a qualidade será controlada; •arquitetado um plano para responder aos riscos
A ópera de Sydney
A ópera de Sydney
Hierarquia do
planejamento
Métodos tradicionais de
planejamento de projetos
O método tradicional recomenda:
• definição clara do escopo e objetivos da missão;
• identificação de atividades, seus objetivos e sequência; • preparação de um esboço de plano-mestre;
• preparação de planos de atividades;
• preparação de planos de finanças e recursos;
• finalização do plano-mestre e de outros planos; e
• comunicação, planos de informação ou decisões e revisão.
Apesar da sequência, os planos são ajustados e
reajustados em relação às suas definições
conforme os processos de planejamento são
executados (é necessário que seja um processo
iterativo).
Softwares de
planejamento
Ultimamente, a disponibilidade de softwares de
gerenciamento de projetos (tanto livres como
proprietários) tem aumentado.
Estes pacotes auxilia os níveis táticos e
operacionais:
•Acelera o trabalho de integração entre planejamento, programação, financiamento, controle e revisão;
•Produz tabelas, gráficos, redes de precedência, agendas e relatórios;
Objetivos, estratégias e táticas devem sempre ser
prioritárias e deve-se tomar o cuidado de garantir
que estruturas e processos de software não
dominem ou inibam o planejamento lógico e
eficaz.
Objetivo principal e planos
mestre dos projetos
Objetivo principal – pedra angular do planejamento do projeto.
O plano-mestre do projeto mostrará, em esboço, o que deve ser feito para realizar o objetivo principal.
O plano-mestra será detalhado no plano do projeto (a “bíblia” do projeto) e em seus planos auxiliares.
Ao final, tem-se um conjunto de planos estreitamente
ligados sem lacunas ou omissões que prejudiquem a eficácia da administração e do controle
Objetivo principal e planos
mestre dos projetos
Desenvolvendo
o
plano-mestre
1. Definir o trabalho;
2. Listar e relacionar as atividades;
3. Estimar os recursos;
4. Estimar o tempo e o custo;
5. Montar o cronograma e calcular o orçamento;
6. Garantir os requisitos com um plano da
qualidade;
7. Planejar as comunicações;
8. Analisar os riscos e montar um plano de
respostas;
9. Definir o que comprar e como será o processo
de aquisições;
10.Definir como tudo será medido;
11.Revisar (faça isso o tempo todo);
Demais planos do projeto
• Plano de atividades;
• Plano de recursos;
• Plano de finanças;
• Plano de maquinário e equipamentos;
• Plano de mão de obra;
Planos executados por
participantes contratados
Fornecedores terão seu próprio plano de projeto.
A experiência mostra que a qualidade e
desempenho variam muito de empresa para
empresa.
Deve-se, portanto, participar da elaboração do
plano do fornecedor, mesmo que de forma macro.
Deve-se, também, prever em contrato o acesso
aos planos e relatórios regulares de andamento
das atividades.
Melhorando a definição dos
requisitos
Com o início do planejamento, devemos
aprofundar o detalhamento dos requisitos do
projeto.
O PMI (2012) recomenda as seguintes ferramentas
para coleta de requisitos:
Entrevistas Técnicas de criatividade
em grupo: •Brainstorming; •Técnica de grupo nominal; •Técnica Delphi; •Mapa mental; •Diagrama de afinidades; Dinâmicas de grupos ou grupos de foco
Oficinas multidisciplinares Tomada de decisão em grupo Questionários e pesquisas Observações
Registrando os requisitos
para acompanhamento
Escopo
Segundo o PMI (2012):
•Escopo pode ser definido como “a soma dos
produtos, serviços e resultados a serem
fornecidos na forma de um projeto”.
•Escopo do projeto é “o trabalho que deve ser
realizado para entregar um produto, serviço ou
resultado com as características e funções
especificadas”
•Escopo do produto é caracterizado como “as
características e funções de descrevem um
produto, serviço ou resultado”
Declaração do escopo
Segundo o PMI (2012) na declaração de escopo
constam:
•Descrição do escopo do produto;
•Critérios de aceitação do produto;
•Entregas do projeto;
•Exclusões do projeto;
•Restrições do projeto;
•Premissas do projeto;
Escolhendo o que será feito
e o que será comprado
Uma vez que o escopo está definido, é
interessante analisar o trabalho que será
realizado e definir quais as entregas que serão
realizadas pela organização e quais aquelas que
serão subcontratadas.
Definir esta questão, neste momento, permite
que a frente de aquisições do projeto inicie seus
trabalhos.
Análises de make or buy podem ser realizadas
para estas definições.
Estrutura analítica do
projeto (EAP)
• A EAP é a representação gráfica do escopo do projeto. • Ela ilustra, de maneira estruturada e hierárquica, quais
são todas as entregas e pacotes do projeto.
• Sua principal função é de dividir o projeto em entregas menores e mais gerenciáveis.
• O esforço é top-down, ou seja, inicia com a entrega principal, que é o produto projeto e que vai sendo decomposto em entregas menores até que todo o trabalho do projeto esteja detalhado em um nível adequado para o planejamento e as estimativas.
Estrutura analítica do
projeto (EAP)
As entregas que serão definidas não são
somente as que estão relacionadas com o
cliente.
Deve ser representado o escopo do projeto
em sua totalidade, incluindo, por exemplo,
entregas documentais, aprovações, manuais,
infraestrutura e todo o trabalho relacionado
ao gerenciamento do projeto.
Estrutura analítica do
projeto (EAP)
Uma boa prática é a de numerar cada
elemento da EAP com um identificador único,
relacionado com o seu nível hierárquico
dentro da estrutura.
É importante salientar que a EAP não busca
encadear atividades e, portanto, para o seu
desenvolvimento não é necessário respeitar
uma escala temporal (não que também isso
seja proibido).
Exemplo de EAP
Exemplo de EAP
Dicionário da EAP
O dicionário da EAP é uma ferramenta de registro e detalhamento das entregas representadas na EAP.
A declaração do escopo, a EAP e seu dicionário formam a linha de base do escopo do projeto.
Segundo o PMI (2012) pode conter:
Número da entrega/pacote de trabalho Número da conta de controle Responsável pelo pacote / entrega Descrição da entrega
Critérios de aceitação da entrega Requisitos de qualidade Atividades no cronograma associadas Recursos necessários
Restrições Premissas
Referências técnicas e normas associadas
Informações sobre contrato (caso o pacote tenha sido delegado a um
10
CAPÍTULO
Ferramentas de
planejamento e
Integrando o processo
Planejar as atividades de um projeto é
essencialmente um processo sistemático que
envolve a integração de uma variedade de
atividades, recursos e intervalos de tempo.
O grosso da atividade do planejamento detalhado
das atividades é executado após a definição do
escopo do projeto e antes da implementação, mas
não para aí, pois discrepâncias, novas oportunidades
e situações exigem constante revisão do
Integrando o processo
O plano é a base da ação, do controle e o ponto de
partida para a ação paliativa quando as
circunstâncias assim exigirem e, por isso, é
importante empregar sistemas de fácil utilização
pelo usuário que prontamente se preste a esses três
propósitos.
Os planejadores de projetos têm à sua disposição
uma gama valiosa de ferramentas.
Muitas facilitam o planejamento, o controle
subsequente e a comunicação.
Sequência do planejamento
Uma sequência sugeria é:
1.Identificação das atividades;
2.Tabelas de precedência;
3.Cálculos de duração / estimativa de três pontos
(análise PERT);
4.Diagramas e fluxogramas de dos processos:
• Diagrama de setas;
• Diagramas de caminho crítico (CPM);
• Diagramas de precedência;
• Gráficos de Gantt e outras formas de diagramas de barras;