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AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DA POPULAÇÃO DO MUNICÍPIO DE PONTA GROSSA/ PARANÁ

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1 Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais. Curso Superior de Nutrição. Email:

jrkotacho@hotmail.com

2 Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais. Curso Superior de Nutrição. Email:

gabimayer2@gmail.com

3 Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais. Docente do curso de Nutrição. Email:

augustovarrasquim@gmail.com

4 Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais. Docente do curso de Nutrição. Email:

vane_tizott@yahoo.com.br

Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais – CESCAGE ISSN: 2358-2669 / 14ª Edição (JUL - DEZ) de 2020.

AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DA POPULAÇÃO DO MUNICÍPIO DE PONTA GROSSA/ PARANÁ

Alberto Kotacho Junior ¹ Gabriele Mayer ¹ José Augusto Varrasquim ¹ Vanessa Tizott Knaut Scremin ² RESUMO: A obesidade é considerada um fator de risco para a saúde pública e o índice de pessoas que a possuem aumenta a cada ano. Com o intuito de verificar esse índice, foram analisados dados obtidos em uma ação educativa realizada em um mercado da cidade de Ponta Grossa/PR, com a aferição do peso, altura e posterior cálculo do índice de massa corporal (IMC), para avaliar o estado nutricional de 97 adultos e idosos. Após, foi realizado o feedback da avaliação e foram dadas orientações nutricionais com o esclarecimento sobre a quantidade de açúcar, gordura e sal em alguns alimentos processados. Em relação a metodologia, se fez o uso da pesquisa descritiva, haja vista a necessidade do estudo através da coleta de .;dados para uma análise detalhada do objeto de estudo. A metodologia aplicada para a apresentação dos resultados obtidos têm caráter quantitativo, utilizando-se números, gráficos e tabelas para validar o estudo estatisticamente. Observou-se que 72% (n=70) dos avaliados encontram-se em excesso de peso ou apresentando algum tipo de obesidade. Foi concluído que grande parte da população estudada está acima do seu peso ideal e que o excesso de peso e obesidade é predominante em idosos. PALAVRAS-CHAVE: IMC; AVALIAÇÃO NUTRICIONAL; IDOSOS; ADULTOS.

EVALUATION OF THE NUTRITIONAL STATE OF THE POPULATION OF THE MUNICIPALITY OF PONTA GROSSA / PARANÁ

ABSTRACT: Obesity is considered a risk factor for public health and the rate of people who have it increases every year. In order to verify this index, data obtained from an educational action carried out in a market in the city of Ponta Grossa / PR were analyzed, with the measurement of weight, height and subsequent calculation of the body mass index (BMI), to assess the nutritional status of 97 adults and the elderly. Afterwards, the evaluation feedback was carried out and nutritional guidelines were given with clarification on the amount of sugar, fat and salt in some processed foods. Regarding the methodology, descriptive research was used, given the need for the study through data collection for a detailed analysis of the object of study. The methodology applied to present the results obtained is quantitative, using numbers,

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graphs and tables to validate the study statistically. It was observed that 72% (n = 70) of those evaluated are overweight or have some type of obesity. It was concluded that a large part of the studied population is above their ideal weight and that overweight and obesity is predominant in the elderly.

1 INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas houve um grande aumento no número de casos de obesidade no Brasil e no mundo. Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (2010), obesidade é uma doença crônica que pode ser entendida como o aumento excessivo de gordura corporal e hoje está entre as três doenças nutricionais que mais acometem a população.

O aumento da ocorrência da obesidade no país está associado a um

fenômeno chamado transição

nutricional, que se caracteriza pela urbanização e industrialização de produtos resultando na redução nas prevalências dos déficits nutricionais e aumento expressivo de sobrepeso e obesidade (BATISTA FILHO & RISSIN, 2003).

Segundo Popkin et al. (2012), o conceito de transição nutricional corresponde às mudanças dos padrões nutricionais, modificando a dieta das pessoas, se correlacionando com mudanças sociais, econômicas, demográficas e relacionadas à saúde.

O presente trabalho teve como objetivo avaliar os resultados obtidos em uma ação educativa realizada em um mercado da cidade de Ponta Grossa/PR, utilizando o índice de massa corporal (IMC) para avaliar o estado nutricional de adultos e idosos. 2 MATERIAL E MÉTODOS

Tratou-se de uma pesquisa realizada com adultos e idosos que participaram de uma ação educativa realizada em um mercado da cidade de

Ponta Grossa, no dia 08 de agosto de 2018. A ação foi alusiva ao Agosto Azul, mês dedicado a saúde dos homens, e promovida pela 3ª Regional de Saúde – Secretaria Estadual de Saúde do Paraná, SESC/PR e o curso de nutrição e enfermagem do Centro de Ensino dos Campos Gerais (CESCAGE).

Foi realizado a avaliação do estado nutricional dos participantes, com a aferição do peso, altura e cálculo do IMC. Além disso, foi realizado o feedback da avaliação e orientações nutricionais com o esclarecimento sobre a quantidade de açúcar, gordura e sal em alguns alimentos processados.

Foram convidados a participar voluntariamente da pesquisa os transeuntes do local e alguns funcionários da empresa que estavam em horário de almoço. O critério utilizado para classificação do resultado foi o IMC.

Durante a ação, foram utilizados estadiômetro para aferição de altura, balança digital para o peso e a tabela de IMC para adultos e idosos da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Para a realização da aferição de altura, orientou-se que o indivíduo subisse no estadiômetro de costas para a régua, ereto e com a cabeça erguida, livre de adereços na cabeça, com os olhos em um ponto fixo e os braços estendidos ao longo do corpo. Caso utilizasse calçado com altura superior a 2 centímetros (cm) o mesmo era retirado.

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Para verificação do peso, o indivíduo foi convidado a subir na balança se mantendo ereto, com olhar em um ponto fixo na altura dos olhos, no centro da mesma com o peso distribuído nos dois pés e imóvel até a obtenção do valor, sem apresentar oscilações.

Os dados foram obtidos através de uma rápida avaliação do IMC, mediante resultado do cálculo de peso (em quilogramas) dividido pela altura (em metros) ao quadrado e classificados conforme as linhas de corte da OMS para adultos e idosos. 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

No total, foram avaliados 97 indivíduos, sendo 60,8% (n=59) adultos e 39,17% (n=38) eram idosos. Após a avaliação do IMC, notou-se que 72% (n=70) dos avaliados encontraram-se em excesso de peso ou apresentando algum tipo de obesidade (valor obtido através da média entre excesso e obesidade). Como mostra o gráfico 1.

Gráfico 1 – Avaliação do IMC dos indivíduos participantes.

Fonte – Autores, 2018.

Monteiro e cols (1995), realizaram um estudo comparando dados do Estudo Nacional da Despesa Família (ENDEF) e Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição (PNSN) e

notaram que a prevalência de adultos desnutridos reduziu substancialmente, mas a prevalência de obesidade dobrou.

Em relação aos 26 homens, de idade entre 24 e 47 anos, foram encontrados os seguintes resultados: 23,07% (n=6) encontravam-se no peso

adequado, 43,31% (n=11)

apresentaram excesso de peso, 26,92% (n=7) estavam com obesidade grau I, 3,84% (n=1) com obesidade grau II e 3,84% (n=1) com obesidade III, como demonstrado no gráfico 2.

Gráfico 2 – Avaliação do IMC entre os homens adultos

Fonte – Autores, 2018.

Já entre as 33 mulheres adultas, observou-se que 12,12% (n=4) encontravam-se no peso adequado, 33,33% (n=11) apresentaram excesso de peso, 42,42% (n=14) estavam com obesidade grau I e 12,12% (n=4) com obesidade grau II (Gráfico 3).

23% 37% 23% 6% 1% 4% 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40%

IMC HOMENS, MULHERES E

IDOSOS

36,84%36,84% 5,26% 5,26% 0,00% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00% 30,00% 35,00% 40,00%

IMC HOMENS

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Gráfico 3 – Avaliação do IMC entre as

mulheres adultas Fonte – Autores, 2018.

Após a realização do IMC, notou-se que 72% (n=70) dos avaliados encontraram-se em excesso de peso ou apresentando algum tipo de obesidade. Tal fato pode ser explicado pela ocorrência do fenômeno da transição nutricional, o qual se desenvolve no Brasil, mostrando o agravamento simultâneo de duas situações opostas por definição: uma carência nutricional (a anemia) e uma condição típica dos excessos alimentares, a obesidade (SILVA; QUINTÃO, 2015).

“No Brasil, o problema da escassez tem sido rapidamente substituído pelo problema do excesso alimentar” (MONTEIRO et al., 1995). A transição nutricional caracteriza-se pela redução nas prevalências dos déficits nutricionais e aumento expressivo de sobrepeso e obesidade (SOUZA, 2010 apud BATISTA FILHO & RISSIN, 2003). A mesma pode estar relacionada a determinados fatores como a inserção das mulheres no mercado de trabalho em busca de uma renda melhor, consequentemente ocasionando a diminuição de tempo para a preparação de uma alimentação adequada a família e aumento do

consumo de alimentos industrializados por falta de tempo e facilidade, acarretando em um hábito alimentar inadequado e aumento de peso significativo.

Notou-se a diferença de porcentagens de obesidade entre os gêneros masculino e feminino, onde as mulheres encontraram-se com maior índice de obesidade quando comparados aos homens.

Segundo Raskin (2000), as mulheres durante o período reprodutivo são caracterizadas por perfil ginecóide, onde ocorre o acúmulo de gordura em membros inferiores do corpo, enquanto em mulheres climatéricas (diminuição da função ovariana) e pós-menopáusicas é possível observar o perfil andróide, onde ocorre a distribuição de gordura visceral na região central ou abdominal. Em contrapartida, os homens são caracterizados pelo perfil andróide, sendo que nos mesmos ocorre de forma mais precoce o acúmulo de gordura visceral (intra-abdominal).

Em relação aos idosos, foram avaliados 38 idosos, sendo 19 do gênero masculino (gráfico 5) e 19 do gênero feminino (gráfico 6). Foi verificado que 10,52% encontravam-se com baixo peso; 34,21% com o peso normal; 47,46% com excesso de peso; 5,26% com obesidade grau I e 2,63% com obesidade grau II (Gráfico 4).

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Gráfico 4 – Avaliação do IMC dos idosos (geral).

Fonte – Autores, 2018.

Gráfico 5 – Avaliação do IMC dos idosos. Fonte – Autores, 2018.

Gráfico 6 – Avaliação do IMC dos idosas. Fonte – Autores, 2018.

Em idosos, o índice não acompanha as mudanças fisiológicas que ocorrem durante o envelhecimento (diminuição de água, massa magra, maior quantidade de gordura e o decréscimo de estatura) e o mesmo é criticado com relação aos pontos de cortes de adultos e idosos para realizar a classificação de obesidade nestes.

Deve-se levar em consideração o fato que idosos mais decrépitos tem maiores chances de prevalências do déficit nutricional, por conta dos fatores fisiológicos, patológicos e psicológicos, sendo um idoso com determinadas alterações (disfagia, odinofagia e constipação intestinal), poderá acarretar então em baixo peso e aumentando sua fragilidade.

4 CONCLUSÃO

A obesidade no campo

nutricional apresenta de fato um fator de risco de saúde pública. Deve-se ter uma atenção maior com relação a esta doença crônica, visto que a mesma está relacionada com inúmeras patologias, como distúrbios hormonais,

34,21 47,46 5,26 2,63 0 10,52 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

IMC IDOSOS

5,26% 31,57% 57,89% 5,26% 0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% Ba ix o p e so A d eq u ad o Ex ce ss o O b es id ad e I

IMC IDOSAS

36,84% 36,84% 5,26% 5,26% 0,00% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00% 30,00% 35,00% 40,00%

Adequado Excesso Obesidade I

Obesidade II

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metabólicos, inflamatórios, o acarretamento de hipertensão arterial, diabetes e dislipidemia, resultando em problemas cardiovasculares.

Foi concluído que grande parte da população estudada está acima do seu peso ideal e que o excesso de peso e obesidade é predominante em idosos. Porém, deve-se ter uma atenção com relação ao baixo peso na população idosa, mesmo que este esteja em declínio, já que a mesma contribui para o aumento da mortalidade na população idosa.

O IMC não é um método antropométrico ideal para se utilizar como marcador de adiposidade visto que o mesmo não está totalmente relacionado com a gordura corporal, já que não se distingue massa gorda de massa magra, não refletindo, necessariamente, a distribuição da gordura corporal. O mesmo também não é apropriado para populações diversas já que não indica o mesmo grau de gordura.

REFERÊNCIAS

BATISTA FILHO, M; RISSIN, A. A transição nutricional no Brasil: tendências regionais e temporais. 2003.

MONTEIRO, C.A; MONDINI, L.; SOUZA, A.L.M; POPKIN, B.M. Da desnutrição para a obesidade: a transição nutricional no Brasil. Velhos e novos males da saúde no

Brasil: A evolução do país e de suas doenças. São Paulo: HUCITEC, 1995. P. 247-55.

POPKIN , B.M, ADAIR, L.S, NG, S.W. Global nutrition transition and the pandemic of obesity in developing countries. Nutrition Reviews, 70(1):3-21, 2012.

RASKIN, D. B. F; NETO, A. M. P; PAIVA, L. H. S. C; RASKIN, A.; MARTINEZ, E. Z. Fatores Associados à Obesidade e ao Padrão Andróide de Distribuição da Gordura Corporal em Mulheres Climatéricas. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. vol.22 no.7 Rio de Janeiro Aug. 2000.

SILVA, T.A.P; QUINTÃO, D. F. Estratégias de educação nutricional nos grupos do projeto “de bem com a balança” de 4 unidades básicas de saúde do município de Muriaé-MG. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento ISSN 1981-9919 versão eletrônica. 2015. SMEM. SOCIEDADE BRASILEIRA DE

ENDOCRINOLOGIA E

METABOLOGIA. O que é a

Obesidade? Disponível em

<https://www.endocrino.org.br/o-que-e-obesidade/>. Acesso em 27 de outubro de 2018.

SOUZA, E. B. Transição nutricional no Brasil: análise dos principais fatores. Cadernos UniFOA edição nº 13, agosto/2010.

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