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Segurança e higiene do trabalho em estações de tratamento de agua

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL, ARQUITETURA E URBANISMO DEPARTAMENTO DE SANEAMENTO E AMBIENTE

João Pedro Causo Neto

SEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO EM

ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ÁGUA

Campinas

(2)

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL, ARQUITETURA E URBANISMO DEPARTAMENTO DE SANEAMENTO E AMBIENTE

João Pedro Causo Neto

SEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO EM

ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ÁGUA

Dissertação de Mestrado apresentada à Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Engenharia Civil Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Campinas, como parte dos requisitos para obtenção do Título de Mestre em Engenharia Civil, na Área de Concentração de Saneamento e Ambiente.

Orientador: Prof. Dr. Bruno Coraucci Filho

Co-orientador: Prof. Dr. Roberto Feijó de Figueiredo

Campinas

2006

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FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA

BIBLIOTECA DA ÁREA DE ENGENHARIA E ARQUITETURA - BAE - UNICAMP

C312s

Causo Neto, João Pedro

Segurança e higiene do trabalho em estações de tratamento de água / João Pedro Causo Neto.--Campinas, SP: [s.n.], 2006.

Orientador: Bruno Coraucci Filho; Roberto Feijó de Figueiredo.

Dissertação (Mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo.

1. Segurança do trabalho. 2. Acidentes de trabalho. 3. Riscos ambientais. 4. Saneamento básico. 5. Água – Estações de tratamento. I. Coraucci Filho, Bruno. II. Figueiredo, Roberto Feijó de. III. Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Engenharia Civil,

Arquitetura e Urbanismo. IV. Título.

Titulo em Inglês: Work and hygiene safety in water treatment plants.

Palavras-chave em Inglês: Work safety; Environmental risks; Work accident; Basic sanitation; Water treatment plants.

Área de concentração: Saneamento e ambiente. Titulação: Mestre em Engenharia Civil

Banca examinadora: Ricardo de Lima Isaac, Paulo Alves Maia, Ronaldo Stefanutti e Marcelus Alexander Acorinte Valentim.

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Dedicatória

A meus pais, Odila e Amadeo, a minha esposa, Maria Madalena, a meus filhos, Larissa e Ivan, com amor e gratidão.

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Agradecimentos

Ao Prof. Dr. Bruno Coraucci Filho, pelo incentivo ao desafio, pela orientação, pelo apoio e amizade.

Ao Prof. Dr. Roberto Feijó de Figueiredo, pelo incentivo, pela co-orientação, pelos conselhos e apoio.

Aos Professores da Pós-Graduação da FEC/UNICAMP, pelo apoio e incentivo.

Aos servidores da Coordenadoria de Pós-Graduação da FEC/UNICAMP e, em especial à Noemia Eiko Akimoto e Paula Mendes, pela solicitude, boa vontade e paciência;

A minha esposa e meus filhos, aos quais peço perdão pelos momentos de ausência, pela compreensão, paciência e apoio.

Aos colegas da Célula Operacional de Resíduos e do Grupo Gestor de Resíduos da UNICAMP, pelo companheirismo, apoio e paciência.

Às empresas participantes da pesquisa e, em especial a seus interlocutores, pela acolhida e por tornar acessível as informações necessárias ao trabalho.

Finalmente, a todos aqueles que, de forma anônima, direta ou indiretamente, colaboraram para a realização deste trabalho.

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“Para a nossa avareza, o muito é pouco. Para a nossa necessidade, o pouco é muito.”

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Resumo

CAUSO NETO, João Pedro. Segurança e Higiene do Trabalho em Estações de

Tratamento de Água. Campinas: Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e

Urbanismo – UNICAMP, 2006. 103p. Dissertação (Mestrado) – FEC/UNICAMP, 2006.

Em locais com atividades humanas, tais como nas Estações de Tratamento de Água (ETA), há muitos fatores causadores de acidentes: uso de ferramentas diversas, máquinas ruidosas e sem proteções em partes móveis, substâncias químicas, pisos escorregadios ou irregulares, elementos energizados desprotegidos e ingresso em áreas com oxigênio insuficiente. Estes fatores, se previamente constatados, podem ser controlados, evitando danos à integridade física dos profissionais. Buscou-se, neste estudo, a identificação dos principais riscos no trabalho em ETAs e, através de parâmetros macro, o cumprimento da legislação de saúde e segurança nesta atividade. A metodologia consistiu na aplicação e análise de questionário específico, envolvendo técnicos de 45 empresas operadoras de ETAs no Estado de São Paulo, e em visitas técnicas a nove estações de tratamento. Concluiu-se que grande parte dos acidentes decorre do não atendimento, de forma plena, das obrigações e programas contidos nas normas regulamentadoras existentes na legislação brasileira, e pela necessidade de melhorar o sistema de registro dos acidentes.

Palavras chave: segurança no trabalho; riscos ambientais; acidentes de trabalho;

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Abstract

CAUSO NETO, João Pedro. Work and Hygiene Safety in Water Treatment Plants. Campinas: Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo – UNICAMP, 2006. 103p. Dissertation (Master Degree) – FEC/UNICAMP, 2006.

In places with human activities, such as Water Treatment Plants (WTP), there are many factors which can cause accidents: the use of various tools, noisy machinery without protection on mobile parts, chemical substances, slippery or irregular floors, unprotected electric devices, and entrance in unenough oxygenated places. When previously identified, these factors can be manipulated to avoid damages to the physical integrity of professionals. In this study, the identification of the main factors of risk were looked for, while working at WTP, and the compliance with health and safety regulation through the macro parameters. The methodology consisted of an application and analysis of a specific questionnaire, involving technicians of 45 enterprising operators of WTP in the São Paulo State, and in technical visits to nine treatment stations. It was concluded that a major part of accidents happened for lack of attendance, in a overall manner, upon obligations and programs included in the existing regulation norms in the Brazilian legislation, and by the necessity of bettering the system of accidents register.

Key words: work safety; environmental risks; work accident; basic sanitation; water

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Lista de Figuras

página

FIGURA 3.1 Captação de Água Bruta da SANASA, para as ETA 3 e 4, no rio Atibaia em Campinas-SP... 8 FIGURA 3.2 Sistema de adução e recalque para as ETA 3 e 4 da

SANASA em Campinas-SP... 8 FIGURA 3.3 Aerador por gravidade – ETA da cidade de Mirassol-SP.... 10 FIGURA 3.4 Etapas do tratamento de água... 11

FIGURA 3.5 Tanque de Decantação da ETA 3 SANASA -

Campinas-SP... 13

FIGURA 3.6 Atividade de Lavagem de filtro - ETA 4 SANASA -

Campinas-SP... 13 FIGURA 3.7 Distâncias no ar que delimitam radialmente as zonas de

risco, controlada e livre... 27 FIGURA 3.8 Pirâmide de HEINRICH – relação de acidentes com e

sem lesões... 36 FIGURA 3.9 Pirâmide de BIRD – relação de acidentes com danos

materiais e lesões... 37 FIGURA 3.10 Pirâmide da ICNA – relação de acidentes com lesão,

danos materiais e quase acidentes... 37 FIGURA 4.1 Distribuição populacional dos municípios brasileiros... 55 FIGURA 4.2 Distribuição populacional dos municípios do Estado de

(17)

página

FIGURA 5.1 Distribuição populacional dos municípios participantes da pesquisa... 62

FIGURA 5.2 Distribuição do CNAE de registro das empresas

participantes da pesquisa... 63 FIGURA 5.3 Distribuição do grau de risco, decorrente do CNAE de

registro, das empresas participantes... 64 FIGURA 5.4 Existência de casa de química ou dependências similares

nas empresas pesquisadas... 65

FIGURA 5.5 Empresas participantes da pesquisa que atuam em

tratamento de esgoto... 66

FIGURA 5.6 Empresas participantes da pesquisa que atuam com

resíduo sólido... 66

FIGURA 5.7 Número de trabalhadores próprios, nas empresas

pesquisadas, atuando em ETA... 67 FIGURA 5.8 Empresas pesquisadas que utilizam ordens de serviço

com instrução de segurança... 69 FIGURA 5.9 Existência nas empresas de plano de atendimento de

emergência com cloro... 71

FIGURA 5.10 Empresas que mantém algum tipo de programa de

educação continuada... 72 FIGURA 5.11 Existência nas empresas pesquisadas de SESMT... 73

FIGURA 5.12 Existência de PPRA e de PCMSO nas empresas

pesquisadas... 73 FIGURA 5.13 Existência de PPR e de PCA nas empresas pesquisadas.. 74 FIGURA 5.14 Informação sobre existência de risco elétrico e mecânico.. 75 FIGURA 5.15 Informação sobre a relação entre a percepção do risco e

adequação da classificação pelo CNAE... 76 FIGURA 5.16 Distribuição dos acidentes, conforme o agente, segundo

(18)

Lista de Tabelas

página

TABELA 1.1 Acidentes de Trabalho no Brasil – 2002 a 2004... 3

TABELA 3.1 NR 4 - Dimensionamento do SESMT... 22

TABELA 3.2 NR 5 - Relação da CNAE, com agrupamento para dimensionamento de CIPA... 23

TABELA 3.3 NR 5 - Dimensionamento de CIPA... 23

TABELA 3.4 Raios de delimitação de zonas de risco, controlada e livre... 28

TABELA 3.5 Agentes e respectivos graus de insalubridade dos anexos da NR-15... 30

TABELA 3.6 Classificação dos principais riscos profissionais. ... 42

TABELA 3.7 Riscos físicos e conseqüências... 43

TABELA 3.8 Riscos químicos e conseqüências... 43

TABELA 3.9 Riscos biológicos e conseqüências... 44

TABELA 3.10 Riscos ergonômicos e conseqüências... 44

TABELA 3.11 Riscos de acidentes e conseqüências... 44

TABELA 3.12 Riscos no Trabalho em Estações de Tratamento de Água.. 45

TABELA 4.1 Distribuição populacional dos municípios brasileiros... 54

TABELA 4.2 Distribuição populacional dos municípios do Estado de São Paulo... 55

TABELA 5.1 Distribuição populacional dos municípios participantes da pesquisa... 62

(19)

página

TABELA 5.2 Distribuição dos acidentes, conforme o agente, segundo critérios da NBR 14280 ... 77

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Lista de Abreviaturas e Siglas

ASO Atestado de Saúde Ocupacional

atend. legisl. Atende legislação

CA Certificado de Aprovação

CAI Certificado de Aprovação de Instalações

CAT Comunicação de Acidente de Trabalho

CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental

CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

CLT Consolidação das Leis do Trabalho

CNAE Classificação Nacional de Atividades Econômicas

Dataprev Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social

DORT Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho

DRT Delegacia Regional do Trabalho

DSST Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho

EPC Equipamento de proteção coletiva

EPI Equipamento de proteção individual

ETA Estação de Tratamento de Água

FUNDACENTRO Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do

Trabalho

GEAF Grupo Especial de Apoio à Fiscalização no Setor de Saneamento e Urbanismo

GTT Grupo de Trabalho Tripartite

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IBGR Instituto Brasileiro de Gerencia de Riscos

IBUTG Índice de Bulbo Úmido e Termômetro de Globo

INSS Instituto Nacional do Seguro Social

Máx. Máximo

Méd. Médio

Min. Mínimo

MPAS Ministério da Previdência Social

MTB Ministério do Trabalho

MTE Ministério do Trabalho e Emprego

n inf. Não informado

n s a Não se aplica

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NIC Não identificado ou classificado

NR Norma Regulamentadora

NRR Normas Regulamentadoras Rurais

OIT Organização Internacional do Trabalho

OMS Organização Mundial da Saúde

PCA Programa de Conservação Auditiva

PCMAT Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção

PCMSO Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional

PE Ponto de instalação energizado

pH Potencial hidrogeniônico

PPR Programa de Proteção Respiratória

PPRA Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

RAIS Relação Anual de Informações Sociais

Rc Raio de delimitação entre zona controlada e livre

Rr Raio de delimitação entre zona de risco e controlada

SABESP Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo

SANASA Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento

SESMT Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina no Trabalho

SINMETRO Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial

SIPAT Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho

SMA Secretaria de Estado do Meio Ambiente

SNIS Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento

treinam. Treinamento

UFB Universidade Federal da Bahia

UFIR Unidade de Referência Fiscal

UFSC Universidade Federal de Santa Catarina

UNICAMP Universidade Estadual de Campinas

USP Universidade de São Paulo

UV Ultravioleta

ZC Zona controlada

ZL Zona livre

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SUMÁRIO

página LISTA DE FIGURAS... xv LISTA DE TABELAS... xvii LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS... xix 1 INTRODUÇÃO... 1 2 OBJETIVOS... 5 2.1 Objetivo Geral... 5 2.2 Objetivos Específicos... 5 3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA... 7 3.1 Tratamento de Água... 7 3.2 Segurança e Higiene do Trabalho... 14 3.3 Legislação de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho... 17 3.4 Acidentes de Trabalho e Prevenção... 35 3.4.1 Definição de Acidentes de Trabalho Sob a Ótica da Prevenção... 35 3.4.2 Causas de Acidentes de Trabalho... 37 3.4.3 Teorias sobre a Ocorrência dos Acidentes de Trabalho... 39 3.5 Riscos no Setor de Saneamento – Tratamento de Água... 41

4 METODOLOGIA... 49

4.1 Representatividade das Informações... 49 4.2 Escolha dos Parâmetros Macro... 50 4.3 Modelo do Questionário... 52 4.4 Estratégia de Amostragem... 54

(23)

página 5 ANÁLISE DOS RESULTADOS... 59

5.1 Faixa Populacional... 61 5.2 CNAE... 62 5.3 Casa de Química... 64 5.4 Atividades com Esgoto e Resíduo Sólido... 65 5.5 Trabalhadores Próprios em ETA... 67 5.6 Ordens de Serviço, EPI’s, EPC’s, e Controle Administrativo... 68 5.7 Necessidade de Aperfeiçoamento de EPC’s e Eficiência de Uso dos EPI’s 70 5.8 Plano para Atendimento de Emergência... 70 5.9 Recursos de Conscientização e Educação Continuada... 71 5.10 SESMT, Composição e Assessoria Externa na Área de Prevenção... 72 5.11 PPRA, PCMSO, PPR e PCA... 73 5.12 Riscos Existentes... 74 5.13 Adequação do Grau de Risco Decorrente do CANE... 75 5.14 Acidentes Relatados... 76 5.15 Visitas... 78

6 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES... 81 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 87 8 ANEXOS... 91

ANEXO A – Modelo de Questionário Utilizado para a Coleta de I nformações

Junto às Empresas Pesquisadas... 93 ANEXO B - Quadro para Informação pela Empresa, dos Acidentes de Trabalho

Ocorridos na Estação de Tratamento de Água... 97 ANEXO C – Tabelas d e Consolidação das Respostas Apresentadas pelas

Empresas Participantes da Pesquisa... 101 ANEXO D – Fotos Ilustrativas de Ações Positivas para Prevenção de Acidentes

(24)

1 INTRODUÇÃO

Quando trata-se de saneamento, entende-se como ações que tem como objetivo alcançar salubridade ambiental e, em decorrência, saúde da população.

A ele são associadas as questões de abastecimento de água potável, coleta, tratamento e disposição final de esgoto, varrição urbana, coleta, tratamento e disposição final de resíduos sólidos, drenagem urbana e controle de vetores de doenças transmissíveis.

Dentre os requisitos para se avaliar a qualidade de vida e desenvolvimento de qualquer comunidade ou país, destaca-se, sem dúvida, a qualidade e abrangência de seu saneamento ambiental. Em função disto, presencia-se o crescimento destas ações, inclusive com a incorporação em seus processos de novos produtos, equipamentos e tecnologias, bem como o aumento da demanda pela sua universalização.

O trabalho nasceu com o homem como forma de prover as necessidades para sua sobrevivência e, decorrentes dele, os acidentes e doenças profissionais. Segundo Colacioppo (2004), a versão mais aceita é que a palavra trabalho teve origem em

trapilho que significa chicote, com o qual os feitores obrigavam os escravos a trabalhar.

Embora a percepção da relação saúde–trabalho permeie a história, estes acidentes e doenças só despertaram a atenção dos trabalhadores, governantes e sociedade em geral quando, em virtude de seus elevados número e custo, adquiriram

(25)

dimensões de problema social. Isto se evidenciou com a Revolução Industrial, em que a grande concentração de trabalhadores no espaço restrito das empresas facilita a divulgação das ocorrências e, principalmente, aproxima todos do sofrimento daqueles que passaram pelo infortúnio e de suas respectivas famílias.

Pouco a pouco foram surgindo e se aprimorando, em decorrência do desenvolvimento industrial e do clamor contra as degradantes condições de vida do trabalhador, legislações que buscavam fixar idade mínima para o trabalho, tratar do controle dos riscos e, com isto, reduzir a incidência de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, além de um mínimo amparo financeiro como forma de minorar o caos e desamparo dos atingidos pelo infortúnio, cujas seqüelas os tornavam inválidos.

Conforme Alberguini (2005), em nosso país, o Decreto-Lei 1.313 de 17/11/1891 é a única legislação do século XIX que tratava do trabalho de menores, fixando a idade mínima de 12 anos, exceto na fabricação de tecidos, em que era permitido o trabalho de crianças a partir dos oito anos. Menezes (2002) ainda ressalta que, em 1904, surge no Congresso Nacional um primeiro projeto de lei, o de número 169, que visava instituir um seguro de acidente do trabalho.

Isto desaguou, no século passado, nas condições sociais necessárias e propícias para o surgimento em 01/05/1943, através do Decreto-lei 5452, da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT (BRASIL, 2005c), regulamentando a força e a liberdade de patrões e empregados na celebração do contrato de trabalho, incluindo, inclusive, um capítulo para tratar exclusivamente das questões de higiene, segurança e saúde no trabalho.

Todavia, a regulamentação do Capítulo V do Título II da CLT, dedicado à Segurança e Saúde do trabalhador, ocorreu apenas em 1972, quase 30 anos depois de seu surgimento, não apresentando a eficácia que dele se esperava. Isto fez com que em 22 de dezembro de 1977, através da Lei 6514 (BRASIL, 1977), fosse alterada a redação do Capítulo V, artigos 154 a 223, regulamentados por 28 Normas

(26)

Regulamentadoras - NR, por meio da Portaria do Ministério do Trabalho nº 3214 (BRASIL, 1978), de 08/06/1978, e com a inclusão, pela Portaria 3067 de 12/04/1988, das Normas Regulamentadoras Rurais - NRR. Desde então estas Normas tem passado por sucessivas adequações e atualizações, inclusive com o tratamento particularizado de algumas atividades profissionais – dos trabalhadores portuários, aquaviários, atividades rurais e em serviços de saúde, através de Grupo de Trabalho Tripartite - GTT (composto por representantes do governo, dos patrões e empregados), sem, no entanto, contemplar o grande contingente de trabalhadores envolvidos em atividades de saneamento básico, com mais de 100.000 trabalhadores em atividades de abastecimento de água, dentre as quais estão inseridas as ETA (BRASIL, 2002).

Apresentamos, a seguir, TABELA 1.1 com os números referentes aos acidentes de trabalho no Brasil para o período de 2002 a 2004.

TABELA 1.1

Acidentes de Trabalho no Brasil – 2002 a 2004

MOTIVO

ANO TOTAL

TÍPICO TRAJETO DOENÇA DO TRABALHO

2002 393.071 323.879 46.881 22.311

2003 399.077 325.577 49.642 23.858

2004 458.956 371.482 59.887 27.587

FONTE: Brasil (2006b).

Considerando-se que, para que sejam atingidas condições satisfatórias de atendimento à população nas questões de saneamento básico no Brasil, faz-se necessário um alto investimento e, conforme metas de investimento do Governo Federal para os próximos anos, divulgadas através da imprensa, o setor será contemplado com os recursos requeridos, isto implicará em aumento no número de trabalhadores expostos aos riscos inerentes ao trabalho em estações de tratamento de água e, conseqüentemente, do número de acidentados e portadores de doenças ocupacionais deles decorrentes.

(27)

Neste contexto, se justifica o interesse e a importância deste estudo, voltado ao aprofundamento e sistematização do conhecimento sobre os acidentes e doenças que atingem os trabalhadores deste setor, esperando-se, com isto, discernir se estes ocorrem devido ao não atendimento à legislação de segurança, higiene e medicina do trabalho existente, ou à sua inadequação às especificidades destas atividades.

(28)

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

O objetivo geral desta pesquisa é verificar, por meio de parâmetros macro, se as estações de tratamento de água – ETA’s, em geral, atendem a legislação de saúde e segurança do trabalho.

2.2 Objetivos Específicos

Os objetivos específicos são:

(a) Identificar os principais riscos ambientais presentes no processo de trabalho em estações de tratamento de água.

(b) Levantar os parâmetros macro, importantes no cumprimento da legislação de saúde e segurança (PPRA, PCMSO, PPR, PCA, SESMT, CIPA).

(c) Fazer análise da coerência do enquadramento das empresas no grau de risco.

(29)
(30)

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 Tratamento de Água

A água é imprescindível para sustentação da vida. Por isto, as comunidades ao longo do tempo aprimoraram as formas de extração, tratamento e distribuição deste recurso, por meio de sistemas de abastecimento.

De forma geral, estes sistemas constituem-se de unidades de captação, adução, tratamento, reservação e distribuição.

A captação destina-se à retirada de água do manancial (rio, lago ou subsolo) em quantidade suficiente para atendimento à demanda.

A adução tem por função interligar a captação à unidade de tratamento, e esta aos pontos de reservação. As FIGURAS 3.1 e 3.2 apresentam, respectivamente, a captação e a adução.

Conforme Richter, Azevedo Netto (1991), a água encontrada na natureza é uma substância muito complexa. Por ser um excelente solvente, até hoje ninguém pôde vê-la em estado de absoluta pureza, exceto em vê-laboratórios. Quimicamente sabe-se que, mesmo sem impurezas, a água é a mistura de trinta e três substâncias distintas.

(31)

FIGURA 3.1 Captação de Água Bruta da SANASA, para as ETA 3 e 4, no rio Atibaia em Campinas-SP

FIGURA 3.2 Sistema de adução e recalque para as ETA 3 e 4 da SANASA em Campinas-SP

(32)

Além disto, as águas presentes na natureza carregam microorganismos

patógen as quais entram em contato ou

ue para elas são carreados através da chuva e despejos de águas residuárias industria ,

população, atendam aos padrões de potabilidade, sob o ponto de vista físico, químico e acteriológico, definidos em legislações de saúde pública, faz-se necessário um process

é função da qualidade do manancial e de suas variações.

higiênicas – remoção de bactérias, protozoários, vírus e outros o do excesso de impurezas e dos teores elevados de compostos orgânicos;

sabor;

• econômicas – redução de corrosividade, dureza, cor, turbidez, ferro, m

is processos de purificação:

• processos

(difusão de ar e aeração forçada);

ou decantação – simples, após a coagulação;

os, partículas das inúmeras substâncias com q

is domésticas ou agrícolas. Para que estas, ao serem distribuídas à

b

o de tratamento para remoção dos poluentes e agentes nocivos à saúde, cuja configuração

Richter, Azevedo Netto (1991), apresentam as várias finalidades do tratamento:

microrganismos, de substâncias venenosas ou nocivas, reduçã

estéticas – correção de cor, odor e

anganês, odor e sabor.

Richter, Azevedo Netto (1991), apresentam também os principa

aeração – por gravidade (FIGURA 3.3), por aspersão, por outros

sedimentação

• coagulação – aplicação de coagulantes (sulfato de alumínio ou compostos de ferro) e substâncias auxiliares;

(33)

FIGURA 3.3 Aerador por gravidade – ETA da cidade de Mirassol-SP. • filtração – lenta, rápida, em leito de contato, superfiltração;

• tratamento por contato – leitos de coque, de pedras ou de pedriscos para remoção do ferro; carvão ativado para remoção de odor e sabor;

• correção da dureza – processos da cal – carbonato de sódio e dos zeólitos (troca iônica);

• desinfecção – cloro e seus compostos (hipocloritos, cal clorada), ozona, raios ultravioletas, e outros processos;

ivado; substituição do processo de cloração , do bióxido de cloro e cloração ao

“break-point”);

• sabor e odor – uso de carvão at (emprego da amoniocloração

(34)

Portanto, na ETA a água é submetida a diversos processos mecânicos, físicos e com o principais: ou como h A F em uma ET

uso de agentes químicos sendo, conforme Richter, Azevedo Netto (1991), os sulfato de alumínio, sulfato de ferro III, polieletrólitos, cloro na forma gasosa ipoclorito, ozônio, cal, carbonato de sódio, carbonato de cálcio.

IGURA 3.4 permite visualizar as etapas do processo de tratamento de água A.

/ Cloreto Férrico

4 Etapas do tratamento de água

m base na FIGURA 3.4 a seguir são descritas as diversas etapas de um de tratamento de água, com alguns dos principais agentes químicos

s: FIGURA 3.

FONTE: adaptado de São Paulo (2005). Co

processo empregado

causadores de doença) e mantido ao longo de todo o processo para • SULFATO DE ALUMÍNIO - CLORETO FÉRRICO / CLORO / CAL: estas

substâncias químicas participam dos processos iniciais do tratamento de água. O cloro é utilizado na pré-desinfecção (destruição de microorganismos

(35)

proteger a água contra contaminações. O sulfato de alumínio, que devido a riscos ambientais inerentes está sendo substituído por cloreto férrico, é utilizado na coagulação (união de partículas sedimentáveis como bactérias,

o agrupamento nos floculadores. Conforme a água passa por eles, as

maiores em tamanho e densidade e com o aspecto de flocos.

• DECANTAÇÃO: depois da floculação, os flocos de impurezas ficam evidentes na água. Na decantação, estes flocos assentam-se, formando uma camada de lodo que é constantemente arrastada para um poço no centro do decantador (FIG. 3.5).

• FILTRAÇÃO: É aqui que as partículas de impurezas e partículas sólidas suspensas na água, que ainda não foram removidas, são retiradas. A água, que vem da etapa anterior, é distribuída para filtros feitos de carvão antracito e areia. A camada suporte é formada por cascalhos (pedregulhos). A FIGURA 3.6 apresenta filtro de uma estação de tratamento de água sendo lavado.

• CAL / CLORO / FLÚOR: a cal corrige mais uma vez o pH da água, que já a a de distribuição. O objetivo da fluoretação é proporcionar aos dentes um esmalte mais resistente, reduzindo em 65% a incidência de cárie dentária.

protozoários e plâncton). Por fim, para corrigir o pH, é adicionada cal à água.

• FLOCULAÇÃO: uma vez coaguladas, as partículas estão prontas para partículas sólidas suspensas aderem-se umas às outras, ficando

passou por outras etapas. O cloro entra novamente para proteção contr possíveis contaminações no sistem

Após o Tratamento, a água segue para a reservação. Esta tem por função o acúmulo para atendimento à demanda, com pressão adequada, nos momentos de maior solicitação, e o objetivo da rede é conduzir a água tratada até os consumidores.

(36)

FIGURA 3.5 Tanque de Decantação - ETA 3 SANASA - Campinas-SP

(37)

3.2 Se

“Acidentes ocorrem desde tempos imemoriais, e as pessoas têm se envolvido, tendo

resolução de problemas. Qualquer discussão sobre Riscos deve ser precedida de uma explicação da termino

RISCO: uma ou mais condições de uma variável com o potencial necessário

efeitos adversos.

Entretanto, é praticamente impossível a eliminação completa de todos os riscos. Segurança é, portanto, um compromisso acerca de uma relativa

gurança e Higiene do Trabalho

em vista a sua prevenção, por períodos comparavelmente extensos. Lamentavelmente, apesar do assunto ter sido discutido continuamente, a terminologia relacionada ainda carece de clareza e precisão. Do ponto de vista técnico, é particularmente frustrante tal condição, pois da mesma resultam desvios e vícios de comunicação e compreensão, que podem se adicionar às dificuldades na

logia, seu sentido preciso e inter-relacionamento”. Willie Hammer apud Cicco (1985).

Seguindo a colocação de Hammer, apresentamos a seguir, conforme definido por Cicco (1985), a terminologia adotada no decorrer deste trabalho:

para causar danos. Esses danos podem ser entendidos como lesões a pessoas, danos a equipamentos ou estruturas, perda de material em processo, ou redução da capacidade de desempenho de uma função pré-determinada. Havendo um risco, persistem as possibilidades de

• PERIGO: expressa uma exposição relativa a um risco, que favorece a sua materialização em danos.

• SEGURANÇA: é freqüentemente definida como “isenção de riscos”.

(38)

• DANO: é a gravidade da perda humana, material ou financeira, que pode resultar se o controle sobre um risco é perdido.

INCIDENTE: qualquer evento ou fato negativo com potencial para provocar

egundo Bernstein (1997), “a palavra risco deriva do italiano antigo risicare, que significa

resentam a definição da American Conference of Governmental Industrial Hygienists – ACGIH para Higiene Industrial como “A

e”.

saúde e o bem estar dos trabalhadores, tendo também em conta sua possível repercussão nas comunidades vizinhas e no meio ambiente em geral”.

arte edicada à prevenção, reconhecimento, avaliação e controle dos riscos existentes ou

• CAUSA: é a origem de caráter humano ou material relacionada com o evento catastrófico (acidente), pela materialização de um risco, resultando danos.

danos. É também chamado “quase-acidente”: situação em que não há danos macroscópicos.

S

ousar. Neste sentido o risco é uma opção, e não um destino. É das ações que ousamos tomar, que dependem de nosso grau de liberdade de opção, que a história do risco trata. E essa história ajuda a definir o que é um ser humano”. Portanto, o acidente é a conseqüência lógica e inexorável de eventos e decisões precedentes.

Fischer, Gomes e Colacioppo (1989), ap

ciência e a arte devotada ao reconhecimento, avaliação e controle dos fatores ambientais e estresse originados do ou no local de trabalho, que podem causar doença, comprometimento da saúde e bem estar, ou significante desconforto e ineficiência entre os trabalhadores, ou membros de uma comunidad

Para OIT (2001), “Higiene Industrial é a ciência da antecipação, identificação, avaliação e controle dos riscos que se originam no local de trabalho, ou que podem por em risco a

Sherique (2002), apresenta Higiene Ocupacional como “A Ciência e d

(39)

originados nos locais de trabalho, os quais podem prejudicar a saúde e o bem estar das pessoas

aliba, Corrêa e Amaral (2002) conceituam Higiene do Trabalho como sendo “a ciência

balhadores, também tendo em vista o possível impacto nas comunidades vizinhas e no meio ambiente em geral”.

apresentadas, não importando a denominação nem o or, evidencia-se uma ação mais ampla voltada à prevenção, com estudos

e Saliba, Corrêa e Amaral (2002), os objetivos de um programa de iene do trabalho consistem em reconhecer, avaliar e controlar os riscos ambientais

Reconhecimento – baseia-se no reconhecimento dos agentes ambientais que

fetam a saúde dos trabalhadores, o que implica o conhecimento profundo dos produto

ambiente a ser estudado, seleção dos métodos de

trabalho. xige conhecimentos de calibração dos equipamentos, tempo de coleta, tipo de análise no trabalho, enquanto considera os possíveis impactos sobre o meio ambiente em geral”.

S

e a arte dedicadas à antecipação, reconhecimento, avaliação e controle de fatores e riscos ambientais originados nos postos de trabalho e que podem causar enfermidades, prejuízos para a saúde ou bem-estar dos tra

Com base nas definições aut

prospectivos e atitudes que se antecipem aos efeitos deletérios para a saúde do trabalhador.

Conform hig

presentes nos locais de trabalho.

a

s envolvidos no processo, métodos de trabalho, fluxo do processo, layout das instalações, número de trabalhadores expostos, etc. Esta etapa compreende também o planejamento da abordagem do

coleta, bem como dos equipamentos de avaliação.

Avaliação – Trata-se da fase em que se realiza a avaliação quantitativa e/ou

qualitativa dos agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos postos de E

(40)

Controle – De acordo com os dados obtidos nas fases anteriores, esta se atém

e e Medicina do Trabalho

pregados e empregadores.

), promulgada em 05/10/1988, em seu Título II – Dos Direitos e arantias Fundamentais, Capítulo II – Dos Direitos Sociais:

.

idades penosas, insalubres ou perigosas, a forma da lei;

...

991 (BRASIL, 1991), que trata dos Planos de Benefícios da Previdência Social:

a propor e adotar medidas que visem à eliminação ou minimização do risco presente no ambiente.

3.3 Legislação de Segurança, Higien

A seguir, é apresentado o principal arcabouço legislativo brasileiro que hoje regulamenta as questões de saúde e segurança nas atividades profissionais, tanto sob a ótica dos direitos, quanto dos deveres, de em

Os fundamentos encontram-se na Constituição da República Federativa do Brasil (BRASIL, 1988

G

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

..

XXII – redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;

XXIII – adicional de remuneração para as ativ n

XXVIII – seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa:

...

Quanto à caracterização de um acidente como sendo do trabalho, dispõem os Artigos 19 e 20 da Lei 8213, de 24/07/1

(41)

Art. 19

s medidas coletivas e individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhador.

§ 4º O

Art. 20

atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e Emprego e da Previdência Social;

. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho, a serviço da

empresa, ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII, do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.

§ 1º A empresa é responsável pela adoção e uso da

§ 2º Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho.

§ 3º É dever da empresa prestar informações pormenorizadas sobre os riscos da operação a executar e do produto a manipular.

Ministério do Trabalho e da Previdência Social, hoje Ministério do Trabalho e Emprego e Ministério da Previdência Social, fiscalizará e os sindicatos e entidades representativas de classe acompanharão o fiel cumprimento do disposto nos parágrafos anteriores, conforme dispuser o Regulamento.

. Considera-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes

entidades mórbidas:

I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada

II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I.

(42)

Segundo Waldvogel (2002), à luz da evolução da legislação acerca dos acidentes do trabalho, ao se constatar que existe um risco profissional ao qual todo trabalhador se expõe, ele deve estar obrigatoriamente protegido (segurado) contra os efeitos desse risco. Se ocorrer um evento prejudicial à saúde do trabalhador, durante o exercício do trabalho, ele é atribuível a esse trabalho e a vítima faz jus aos benefícios securitá

r, artigos 154 a 223 (BRASIL, 2005b), com a redação dada pela Lei 6514 de 22/12/1977 (BRASIL, 1977) e sua regulamentação, efetuada através da Portaria 3214 de 08/0

R 1 – Disposições Gerais: Define a aplicação das Normas Regulamentadoras em todo

s trabalhadores avulsos e às empresas que lhes tomem o serviço. Pelo disposto no parágra

norma estipula, também, que a Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalh

rios. A menos, é claro, que haja dolo ou culpa grave por parte do acidentado (SEGRE, 1985) apud Waldvogel (2002).

Quanto à prevenção dos acidentes de trabalho e das doenças ocupacionais, a legislação vigente é o capítulo V do Título II da CLT – Da Segurança e Saúde do Trabalhado

6/1978 (BRASIL, 1978) e alterações posteriores, contando hoje com trinta e duas Normas Regulamentadoras, conforme segue:

N

s os locais de trabalho, inclusive empresas públicas, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, e, no que couber, ao

fo primeiro do artigo segundo da CLT, equipara-se a empregador outros que tiverem empregados, como, por exemplo, profissionais autônomos.

Esta NR define que a observância das Normas Regulamentadoras não desobriga as empresas do cumprimento de outras disposições que, com relação à matéria, sejam incluídas em códigos de obras ou regulamentos sanitários dos Estados ou Municípios, e outras, oriundas de convenções e acordos coletivos de trabalho.

A

o – SSST é o órgão de âmbito nacional competente para coordenar, orientar, controlar e supervisionar as atividades relacionadas com a segurança e saúde no

(43)

trabalho, bem como para a fiscalização do cumprimento dos preceitos legais sobre o assunto em todo o território nacional.

Estabelece, ainda, esta NR, obrigações de empregador e empregado, relativas ao cum

médicos e de avaliações ambientais. Tipifica como ato faltoso a recusa injustificada do empregado em cumprir suas obrigações.

ão Prévia: Cuida da inspeção à qual todo estabelecimento novo, antes de iniciar suas atividades, quando ocorrer modificações nas instalações ou equipam

possível a realização prévia da inspeção.

s projetos de construção e respectiva instalação.

s – CAI, cujo modelo encontra-se anexo à NR.

NR 3 – Embargo ou Interdição: Embargo consiste no impedimento total ou

pa d o ou

parcial, das atividades de uma empresa, setor de serviço, máquina ou equipamento. primento das disposições legais e regulamentares, ordens de serviço a respeito de segurança e saúde no trabalho, divulgação de informações sobre riscos profissionais, resultados de exames

Ao Delegado Regional do Trabalho - DRT cabe impor as penalidades por descumprimento da Lei e das NR, embargar obras, interditar canteiros de obra, frentes de trabalho, locais de trabalho, máquinas e equipamentos, e atender requisições judiciais para realização de perícias.

NR 2 – Inspeç

entos que implique em alteração dos riscos, deverá ser submetido. Define, também, o envio pela empresa à DRT de declaração das instalações, conforme modelo anexo à Norma, como alternativa, quando não for

Faculta também às empresas, submeter à apreciação do Órgão Regional do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, seu

Após realizar a inspeção prévia, o órgão regional do MTE poderá emitir o Certificado de Aprovação de Instalaçõe

(44)

Estas medidas são de competência do Delegado Regional do Trabalho, que só poderá adotá-la depois da apresentação de laudo técnico demonstrando a existência de grave e iminente risco para o trabalhador, assim considerado aquele capaz de produzir acidente de trabalho ou doença profissional com lesão grave à integridade física do tra

O embargo ou interdição poderá ser requerido pelo Setor de Segurança e Medicin

s, que possuam

de profissionais deste Serviço devem obedecer à proporcionalidade entre o número de empregados existentes na empresa e de seu

balhador.

a do Trabalho da DRT, por auditor fiscal do trabalho ou por entidade sindical. Às autoridades federais, estaduais e municipais cabe dar imediato apoio às medidas determinadas pelo Delegado Regional do Trabalho, sendo que os trabalhadores, durante a paralisação do serviço, devem receber seus salários como se estivessem em efetivo exercício.

O levantamento do embargo ou interdição deve ocorrer por determinação do Delegado Regional do Trabalho, mediante laudo técnico do Setor Competente em Segurança e Medicina do Trabalho.

NR 4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT: Define os critérios para que empresas públicas ou privada

empregados regidos pela CLT, organizem SESMT, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade física do Trabalhador no local de trabalho. A obrigatoriedade e o dimensionamento do número

grau de risco.

Esta norma fixa, também, cuidadosamente, a atribuição dos setores de Segurança e de Medicina do Trabalho, e os requisitos de habilitação e registro para o exercício das atividades de profissional especializado.

(45)

Anexo a esta Norma, encontramos o Quadro I, com o grau de risco vinculado ao código da Classificação Nacional de Atividade Econômica – CNAE das empresas, e o Q

Para o caso em estudo, o CNAE das empresas de captação, tratamento e

distribuição de água é 41.00-9, e o gr , sendo o dimensionamento de seu

SESMT apresentado na TA B A 3 - io u co Nº de empreg. no estabelecimento 50 a 100 101 a 250 251 a 500 501 a 1000 1001 a 2000 2001 a 3500 3501 a 5000 Acima de 500 cada grupo d fração acima 2000 **

uadro II com o dimensionamento do serviço.

au de risco 3 BELA 3.1.

TA EL .1

NR 4 Dimens namento do SESMT

Gra de Ris Profissionais 0 para e 4000 ou

3 Aux. Enfermagem do Trabalho Enfermeiro do Trabalho T gura a r lh nça o T a Médico do Trabalho 1 2 3 1* 1* 4 1 1 1 6 1 2 1 8 2 1 1 2 3 1 1 1 écnico Se nç do T aba o

Eng. Segura d rab lho

(*) Tempo parcial (mínimo de três horas)

(**) O dimensionamento total deverá ser feito levando-se em consideração o dimensionamento de faixas de 3501 a 5000, mais o dimensionamento do(s) grupo(s) de 4000 ou fração acima de 2000

FONTE: adaptado de Brasil (2005d).

elo empregador. O número de seus componentes varia proporcionalmente ao número de empregados da empresa, conform

dentre seus representantes, e o vice, eleito dentre os representantes titulares dos empregados, pelos seus pares.

NR 5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA: Comissão constituída por empregados da empresa, cuja composição é paritária envolvendo representantes eleitos pelos empregados e indicados p

e quadro anexo à norma, e ao agrupamento de setores econômicos, pela CNAE para dimensionamento de CIPA, também anexo à norma, ressalvadas alterações, disciplinadas em atos normativos, para setores econômicos específicos. As TABELAS 3.2 e 3.3 apresentam, respectivamente, a CNAE e dimensionamento da CIPA para as empresas avaliadas nesta pesquisa.

(46)

O mandato dos membros eleitos é de um ano, permitida uma reeleição. É vedada a dispensa arbitrária do empregado eleito para a CIPA, desde o registro de sua candidatura até um ano após o final do mandato.

Os objetivos da CIPA são de observar e relatar condições de risco, e solicitar ao empregador medidas para redução ou neutralização, colaborando para a prevenção de acidente

enção de Acidentes do Trabalho – SIPAT.

s e doenças ocupacionais. As atribuições estão estabelecidas na Norma, cabendo destacar a identificação dos riscos existentes no processo de trabalho e a elaboração do respectivo mapa, com a participação do maior número de trabalhadores, e promover anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana Interna de Prev

TABELA 3.2

NR 5 - Relação da CNAE, com agrupamento para dimensionamento de CIPA

CNAE DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE GRUPO

41.09-9 Captação, tratamento e distribuição de água C-17

FONTE: adaptado de Brasil (2005c).

TABELA 3.3 NR 5 - Dimensionamento de CIPA G R U P O S Nº de empr. no estabe- lecimento Nº de Mem- bros da CIPA 0 a 19 20 a 29 30 a 50 51 a 80 81 a 100 101 a 120 121 a 140 141 a 300 301 a 500 501 a 1000 1001 a 2500 2501 a 5000 5001 a 10000 Acima de 10000 para cada grupo de 2500 acrescentar Efetivos 1 1 2 2 4 4 4 4 6 8 10 12 2 C-17 Suplentes 1 1 2 2 3 3 3 4 5 7 8 10 2

FONTE: adaptado de Brasil (2005c).

estabelecem a permissão de seu As disposições finais desta NR

aprimoramento, mediante negociação, nos termos de portaria específica – Portaria MTE 09, de 23/02/1999.

(47)

NR 6 - Equipamentos de Proteção Individual – EPI: Estabelece definições legais,

m geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados, assim como treinar sobre o uso. Cabe ao empreg

nça e saúde no trabalho, obtendo o respectivo Certificado de Aprovação – CA, cujo processo de garantia da qualidade tem hoje como gestor o Sistema

a seus empregados EPI sem o respectivo CA é passível de multa.

do PCMSO, com objetivo de monitorar, individualmente, os trabalhadores expostos a agentes físicos, químicos e biológicos definidos pela NR 9 que trata do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, e promover e preservar a saúde do conjunto de seus trabalhadores.

forma de proteção, requisitos de comercialização e responsabilidades de empregador, empregado, fabricante, importador e MTE.

A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre que medidas de orde

ado usar, responsabilizar-se pela guarda e conservação, comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso, e cumprir as determinações do empregador sobre uso adequado.

Nenhum EPI pode ser posto à venda sem que tenha sido previamente aprovado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, através de seu órgão nacional competente em matéria de segura

Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - SINMETRO.

Todo EPI deve apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial do fabricante, lote de fabricação e número do CA ou, no caso de equipamento importado, nome do importador em substituição ao do fabricante. A empresa que fornecer

NR 7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO: Estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos empregadores

(48)

Este programa deve incluir, dentre outros, a realização obrigatória dos exames médicos: admissional, periódico, de retorno ao trabalho, mudança de função e demissional, compreendendo anamnese ocupacional, avaliação clínica, exame físico, mental e complementares. A periodicidade é anual para trabalhadores menores de dezoito

eis em função de doenças crônicas, riscos ou situações especiais de trabalho, a critério médico,

responsabilidade única e exclusiva do empregador.

Cabe lembrar que as posturas municipais, que também disciplinam o assunto, devem ser conhecidas e respeitadas em seus re

is, visando à preservação da saúde e integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e controle

recursos naturais.

As ações devem ser desenvolvidas no âmbito de cada estabelecimento da empresa, sob a responsabilidade do empregador e com a participação dos empregados. Deve contar com, no mínimo: planejamento anual com estabelecimento

e maiores de quarenta e cinco anos de idade, dois anos para os trabalhadores com idade entre dezoito e quarenta e cinco anos, e periodicidades menores variáv

ou por negociação coletiva de trabalho.

Para cada exame realizado, o médico emitirá o respectivo Atestado de Saúde Ocupacional – ASO. O custeio de todos os procedimentos do programa é de

NR 8 – Edificações: Define os requisitos mínimos que estas devem obedecer, a fim de que ofereçam segurança e conforto aos que nelas trabalhem. Disciplina altura mínima de pé direito; características de escadas, rampas e pisos; proteção contra queda em aberturas; e proteção contra as intempéries.

quisitos.

NR 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA: Trata da obrigatoriedade, por parte de todos os empregadores, da elaboração e implementação do Programa de Prevenção de Riscos Ambienta

de ocorrências de riscos ambientais, existentes ou que venham a existir, no ambiente de trabalho, considerando, ainda, a proteção do meio ambiente e dos

(49)

de metas, prioridades e cronograma; estratégia e metodologia de ação; forma de registro, manutenção e divulgação dos dados; e periodicidade e forma de avaliação de seu desenvolvimento.

tificação, antecipada, de riscos potenciais e introdução de medidas de proteção para sua redução

Define como nível de ação1 para controle sistemático, as situações que apresentem, para agentes químicos, exposição acima de metade e, para ruído, dose superior a cinqüenta por cento, dos limites de exposição ocupacional2.

realização idades.

presa do Programa de

Conserv atória – PPR, caso

etectado pelo PPRA a existência de trabalhadores expostos, respectivamente, a ruídos elevados e contaminantes cuja o no organismo seja a respiratória.

e

condições mín s objetivando edidas temas

pre de forma a garantir a segur a saúde dos trabalh s que, direta

ou ente, interajam em instala elétricas e serviços eletricidade,

inclusive com requisitos a serem observados no projeto.

Estipula a necessidade de análise do projeto de novas instalações, métodos ou processos de trabalho, e de modificações dos já existentes, com vistas à iden

ou eliminação.

A revisão deve ser, no mínimo, anual para avaliação de seu desenvolvimento, de ajustes necessários e estabelecimento de novas metas e prior

Cabe ressaltar a obrigatoriedade de organização pela em ação Auditiva – PCA, e do Programa de Proteção Respir d via de ingress NR 10 – Instalações ima e Serviços em Eletricidade a implementação de m : Estabelece os requisitos de controle e sis

ventivos, ança e adore

indiretam ções com

1

N : valor acima do qual devem s adas ações preventivas d a minimizar a p que a exposição a agentes ambientais ultrapasse os limites de exposição. As ações d onitoramento periódico da exp , informação ao trabalhador e controle médico (BRASIL, 2005c).

2

LIMITE DE EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL: conc ão de substância química a no ar, sob a

q ue a maioria dos trabalhado dia,

ÍVEL DE AÇÃO er inici e forma

robabilidade de

evem incluir m osição

entraç dispers

(50)

Define a necessidade de o ncia das normas cas oficiais

es los órgãos competentes ausência ou omissã tas, normas

int bíveis. Torna obrigatóri xistência, por parte d mpresas, de

Pr alações Elétricas organ e atualizado, com docu ação técnica

elaborada por profissional legalmente habilitado.

Estabelece, também, como forma de diferenciar os procedimentos e cuidados de prev

contínua.

bservâ técni

tabelecidas pe , e na o des

ernacionais ca a a e as e

ontuário de Inst izado ment

enção a serem observados, os conceitos de Zona de Risco, Zona Controlada e Zona Livre, em função da faixa de tensão nominal da instalação elétrica (FIG. 3.7 e TAB. 3.4).

Especifica a obrigatoriedade de habilitação, qualificação, capacitação e autorização dos trabalhadores, para intervenção em instalações com tensão superior a 50 Volts, em corrente alternada, ou superior a 120 Volts em corrente

FIGURA 3.7 Distâncias no ar que delimitam radialmente as zonas de risco, controlada e FONTE

nde: livre : Brasil (2005c).

(51)

• ZL – zona livre

• ZC – zona controlada, restrita a trabalhadores autorizados

• ZR – zona de risco, restrita a trabalhadores autorizados e com adoção de técnicas, instrumentos e equipamentos apropriados ao trabalho

• •

TABELA 3.4

Raios de delimitação de zonas de risco, controlada e livre

Faixa de tensão nominal da in

• PE – ponto da instalação energizado

Rc – raio de delimitação entre zona controlada e livre Rr - raio de delimitação entre zona de risco e controlada

stalação elétrica em kV

Rr – raio de delimitação entre zona de risco e controlada em metros

Rc – raio de delimitação entre zona controlada e

livre em metros < 1 0,20 0,70 ≥ 1 e < 3 1,22 ≥ 3 e < 6 0,25 1,25 ≥ 6 e ≥ 10 1,83 ≥ 60 e < 70 0,90 1,90 ≥ 70 e < 110 1,00 2,00 ≥ 110 e < 132 3,10 ≥ 132 e < 220 1,60 3,60 ≥ 0 e ,80 3,80 ≥ 275 e < 380 ≥ 0 e 3,20 5,20 ≥ 0 e 5,20 7,20 0,22 < 10 0,35 1,35 e < 15 0,38 1,38 ≥ 15 e < 20 0,40 1,40 ≥ 20 e < 30 0,56 1,56 ≥ 30 e < 36 0,58 1,58 ≥ 36 e < 45 0,63 1,63 ≥ 45 e < 60 0,83 1,10 < 150 1,20 3,20 ≥ 150 e 22 < 275 1 2,50 4,50 < 480 38 48 < 700 F TE

NR azenagem e Manuseio de Materiais:

Define requisitos mínimos a serem observados em locais de trabalho, para segurança, quanto às atividades de transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais, de forma mecânica ou manual.

ON : Brasil (2005c).

(52)

Dentre outras, estabelece a necessidade de atenção especial aos cabos de aço, cordas, correntes, roldanas e ganchos, que deverão ser permanentemente inspecionados, com substituição de seus componentes defeituosos.

NR 12 - Máquinas e Equipamentos: Suas áreas lho e

proteções, são disciplinadas, até com minúcias, assim como os requisitos de segurança a serem observados na operação e manutenção, com vistas à prevenção de acidentes.

NR 13 – Caldeiras e Vasos de Pressão: Regula a instalação, operação e manute

nsável por esta fará anotações das provas e inspeções efetuadas, assim como limpezas, reparos, e outros procedimentos. Determina, também, a inspe

o e manutenção de fornos industriais nos ambientes de trabalho.

instalações, de traba

nção dos equipamentos e recipientes em geral, que operem sob pressão. Toda caldeira deve ser acompanhada de prontuário, com a documentação original do fabricante, e o empregador deve organizar registro de segurança, em livro com páginas numeradas, em que o respo

ção periódica que deve ser obrigatoriamente feita em caldeiras e outros equipamentos.

NR 14 – Fornos: Estabelece recomendações pertinentes à construção, operaçã

NR 15 – Atividades e Operações Insalubres: Tem por objetivo as operações e atividades que, por sua natureza ou método de execução, podem causar doenças no trabalhador. Dois são os critérios adotados para a caracterização da insalubridade:

• Qualitativo - que leva em conta a existência ou não de agente no local, as condições de processamento bem como proteções individuais e coletivas existentes, porém não se preocupando em mensurá-lo. Exemplo: riscos biológicos, trabalho sob pressões hiperbáricas e agentes químicos citados no anexo 13 desta NR.

(53)

• Quantitativo - que estipula limites de tolerância (tempo de exposição / intensidade), os quais, quando superados, configuram a insalubridade. Exemplo: exposição a alguns produtos químicos, ruído.

O exercício de uma atividade insalubre habilita o trabalhador a perceber um adicional, calculado sobre o salário mínimo: de 40% se for de grau máximo; 20% se for de grau médio; e 10% se for de grau mínimo. . Esta NR faz-se acompanhar de quatorze anexos, definindo os diversos agentes de insalubridade. A TABELA 3.5 apresenta, de forma resumida, os agentes e respectivos graus de insalubridade.

TABELA 3.5

Agentes e respectivos graus de insalubridade dos anexos da NR-15

ANEXO AGENTE CRITÉRIO GRAU

1 Ruído contínuo ou intermitente Quantitativo Médio

2 Ruído de Impacto Quantitativo Médio

3 Calor Quantitativo Médio

4 Revogado-Portaria 3751 de 23/11/1990 - -

5 Radiações Ionizantes Quantitativo Máximo

6 Trabalho sob condições hiperbáricas Qualitativo Máximo

7

Qualitativo Médio

11 Químico Quantitativo Mín., Méd., Máx.

12

Radiações não ionizantes Qualitativo Médio

8 Vibrações Quantitativo Médio

9 Frio Qualitativo Médio

10 Umidade

Poeiras Minerais Quantitativo Máximo

13 Químico Qualitativo Mínimo, Médio ou

Máximo

14 Biológico Qualitativo Médio ou Máximo

FONTE: Brasil (2005c).

s elevado. Quando as Caso o empregado atue em ambiente com a presença de mais de um fator de insalubridade, o adicional será apenas um: o de grau mai

(54)

atividad

e deve ser feita através de perícia, a cargo de engenheiro de segurança ou médico do trabalho devidamente habilitados e registrados no órgão de classe.

direito a um adicional de 30% sobre seu salário, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios e participações nos lucros. As operações e atividad

ção à eletricidade passaram a ser contempladas com o adicional. Através da Portaria 3.393 de 17/12/1987, de forma controversa já que não existe

R 17 – Ergonomia: Visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das con

verá ser compatível com sua capacidade de força, e não deve comprometer sua saúde ou segurança. Estabelece que todos equipam

es forem desenvolvidas em ambiente insalubre e perigoso, o trabalhador deverá optar por um dos adicionais.

A eliminação ou neutralização do agente insalubre possibilita, ao empregador, ações administrativas frente à DRT para cessar o pagamento do respectivo adicional. A caracterização da insalubridad

NR 16 - Atividades e Operações Perigosas: Define os critérios técnicos e legais para avaliar e caracterizar as atividades e operações perigosas. Tais atividades dão ao trabalhador

es perigosas são aquelas executadas com explosivos ou inflamáveis, e no transporte e armazenamento destes produtos. Esta NR indica as substâncias e operações que ensejam o pagamento do adicional. Com o advento da Lei 7.369 de 22/09/1985, atividades com exposi

lei, o poder executivo caracterizou algumas das atividades com radiações ionizantes, como perigosas.

N

dições de trabalho às características psico-fisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. Inclui aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, cujo esforço físico exigido do trabalhador de

entos, condições e a própria organização dos postos de trabalho, devem estar adequados às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.

(55)

NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção: Encerra

s habitados, ferrovias e rodovias, em função da quantidade armazenada.

só com as condições de trabalho, mas também com as de higiene e moradia dos trabalhadores. Aplica-se, por exemplo

rsos locais de trabalho, buscando preservar a saúde e a integridade física dos trabalhadores. Cuida de aspectos como saídas de emergência,

normas de segurança para obras de construção, demolição e reparos. Caracteriza as condições mínimas de prevenção e proteção a serem obedecidas nestes locais, e também para o manuseio de ferramentas. Define a obrigatoriedade de elaboração e cumprimento do PCMAT - Programa de Condições e Meio ambiente de Trabalho na Indústria da Construção para empreendimentos com mais de 20 trabalhadores.

NR 19 – Explosivos: Disciplina o manuseio, armazenagem e transporte de explosivos. Estabelece, dentre outras, as características construtivas para depósitos, distanciamento destes para outros edifício

NR 20 - Líquidos Combustíveis e Inflamáveis: Disciplina o manuseio, armazenagem e transporte de inflamáveis. Trata também de características construtivas para áreas de armazenamento, e afastamento mínimo em função da quantidade.

NR 21 - Trabalho a Céu Aberto: Preocupa-se não

, às atividades de pedreiras e mineração a céu aberto.

NR 22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração: Disciplina os preceitos a serem observados na organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento da atividade mineira com a busca permanente da segurança e saúde dos trabalhadores. Aplica-se a: minerações subterrâneas; minerações a céu aberto; garimpos, no que couber; beneficiamentos minerais; e pesquisa mineral.

NR 23 – Proteção Contra Incêndios: Estipula as condições mínimas a serem observadas nos dive

(56)

organiz

R 25 – Resíduos Industriais: Trata dos resíduos que podem ser de três espécie

rotulagem preventiva de materiais perigosos e informações de advertência.

R 28 – Fiscalização e Penalidades: Os agentes de fiscalização são os os valores correspondentes às enalidades, para os casos de desrespeito a cada item das demais Normas egulamentadoras. Estes valores são estipulados em UFIR e graduados em função do número

ação e treinamento de trabalhadores, e de equipamentos para o combate a incêndios.

NR 24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho: Estabelece minuciosamente o que deve o empregador oferecer a seus empregados, no que se refere à higiene e conforto, não só no trabalho, mas também, nos alojamentos, vestiários, sanitários e refeitórios.

N

s: sólidos, líquidos e gasosos. O lançamento destes resíduos no meio ambiente deve obedecer às normas legais, atinentes à matéria.

NR 26 - Cuida da sinalização de segurança. A empresa deve usar as cores de modo correto para indicar situações de risco, ou de cautela que deve ser tomada pelo trabalhador. Trata, também, da necessidade de

NR 27 – Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no Ministério do Trabalho: Define os requisitos a serem observados para que o trabalhador possa exercer a função de técnico de segurança do trabalho, assim como para o respectivo registro profissional junto ao MTE.

N

auditores fiscais do trabalho. Fixa esta norma p

R

de empregados da empresa, chegando a um máximo de 6304 Unidades Fiscais para o desrespeito às Normas que tratam de Segurança no Trabalho, e a 3.782 Unidades para as de Medicina do Trabalho. Em caso de reincidência, embaraço ou resistência à fiscalização, emprego de artifício ou simulação com o objetivo de fraudar a

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lei, a multa é aplicada na forma do Art. 201, Parágrafo único da CLT, ou seja, nos valores máximos referidos anteriormente.

NR 29 – Segurança e Saúde no Trabalho Portuário: As disposições contidas nesta NR aplicam-se aos trabalhadores portuários em operações tanto a bordo como em terra, bem como àqueles que exerçam atividades em instalações portuárias de uso

gações de empregadores e empregados para a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais nestas áreas e atividades.

estrangeiras, no limite do disposto na Convenção da OIT nº 147 - Normas Mínimas para Marinha Mercante, utilizada no transporte de mercadorias ou passageiros, inclusive

, de apoio marítimo e portuário, bem

desta NR não desobriga as empresas do cu

coletivos de trabalho.

exploração florestal e aqüicultura com a segurança, saúde e meio ambiente do trabalho. Aplica-se também às atividades de exploração industrial desenvolvidas em estabelecimentos agrários. Esta Norma chega para substituir as NRR – Normas Regulamentadoras Rurais.

privativo situadas dentro e fora da área do porto organizado, e definem as competências e obri

NR 30 – Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário: Tem, como objetivos, a proteção e a regulamentação das condições de segurança destes trabalhadores. Aplica-se às embarcações comerciais de bandeira nacional, bem como às de bandeiras

naquelas utilizadas para prestação de serviços, seja na navegação marítima de longo curso, na de cabotagem, na navegação interior

como em plataformas marítimas e fluviais, quando em deslocamento. A observância mprimento de outras disposições legais com relação à matéria e, ainda, daquelas oriundas de convenções, acordos e contratos

NR 31 – Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aqüicultura: Objetiva estabelecer os preceitos a serem observados na organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento das atividades da agricultura, pecuária, silvicultura,

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NR 32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde: Tem como escopo as diretrizes básicas para implementação de medidas de proteção voltadas à segurança e saúde dos trabalhadores e, como campo de aplicação, qualquer edificação destinada à prestação de assistência à saúde da população e às ações de promoção, recuperação, assistência, pesquisa e docência em saúde, em qualquer nível de complexidade, em regime de internação ou não.

Estipula as responsabilidades do empregador e direitos dos empregados, as tarefas

para sua segurança e saúde ou de terceiros, comunicando imediatamente o fato ao seu

3.4 Acidentes de Trabalho e Prevenção

No item anterior, o acidente de trabalho foi tratado sob a ótica legal, ligado à

ssem em acidentes , principalmente, produzissem danos à pessoa do trabalhador.

3.4.1 Definição de Acidentes de Trabalho Sob a Ótica

Prevencionista

destacando-se dentre estes, o contido no item 32.3.1, de interromper su

sempre que constatar evidências que, segundo o seu conhecimento, representem riscos graves e iminentes

superior para providências.

questão previdenciária, cuja caracterização implica em lesão ao trabalhador. As estatísticas desenvolvidas ao longo do tempo para registro destes acidentes, mostraram aos pesquisadores que a maioria das ocorrências não resultavam em danos físicos aos trabalhadores, mas apenas em perdas materiais ou, tão somente, de tempo. Portanto, para estudo e desenvolvimento de ações voltadas à prevenção, fez-se necessário ampliar o foco, com uma definição que abrangesse os simples desvios anormais nos ambientes de trabalho (quase-acidentes), antes que se transforma

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