Planos e direções cristalinas
Prof. C. Brunetti
(a) STM image (39 × 39 Å2) of the bare atomically resolved MoS2(0001) surface exhibiting the hexagonal lattice of the sulfur atoms (a) STM image (39 × 39 Å2) of the bare, atomically resolved MoS2(0001) surface, exhibiting the hexagonal lattice of the sulfur atoms in the top plane. A low-pass FFT filter has been applied in order to minimize noise. (b) STM image (78 × 78 Å2) of a ring-like structure
on the MoS2 basal plane attributed to an impurity ion intercalated between the MoS2 layers. Tunnelling parameters: (a) 0.20 V, 2.0 nA, (b) 0.16 V, 1.0 nA.
Fundamentos
Frequentemente é necessário identificar direções e planos específicos em cristais
Por exemplo
PROPRIEDADES MECÂNICAS X DIREÇÕES E
PLANOS:
MÓDULO DE ELASTICIDADE: direções mais
compactas = maior módulo
DEFORMAÇÃO PLÁSTICA: deslizamento de planos + compactos
Fundamentos
Fundamentos
Ao se tratar com materiais cristalinos, com freqüência se torna necessário especificar algum plano cristalográficog g ou uma direção cristalográfica.
Foram estabelecidas convenções de identificação, onde três números inteiros são utilizados para designar as direções e planos
Fundamentos
A identificação é feita por três números inteiros ouç p índices (convenção).
Para determinação dos índices tem-se como base a célula unitária com um sistema de coordenadas queq consiste em três eixos (x, y e z).
Fundamentos
Direções nos Cristais
Um vetor com comprimento conveniente é posicionado de tal modo que
l t é d i
ele passa através da origem;
O comprimento da projeção de vetor é medido em termos das dimensões
da célula unitária a, b e c; da célula unitária a, b e c;
Estes 3 números são multiplicados ou divididos por um fator comum;
Os 3 índices, não separados por vírgulas, são colocados entre colchetes:g [uvw].
Direções para o sistema cúbico
São definidas por vetores;
Importância; (Ex. Deformação em metais)
Representação das direções: [u v w]
Representação de famílias de direções: <u v w>
Procedimento para determinação dos índices direcionais:
1 Usando um sistema de coordenadas determine as
1. Usando um sistema de coordenadas, determine as coordenadas de dois pontos contidos na direção;
2. Subtraia as coordenadas do “ponto final” das do “ponto inicial”. As coordenadas são dadas em função do número de parâmetros de reticulado de cada eixo, sendo usado o conjunto dos menores inteiros possíveis;
3. Inclua os números entre colchetes. Caso obtenha-se valores negativos, represente o sinal negativo com uma barra em cima do número
número.
Direções para o sistema cúbico
Os índices negativos são representados por uma barra sobre os mesmos;
Quaisquer direções paralelas são equivalentes um vetor que passa na origem em (1 1 1) em (2 2 2) e em (3 3 3) pode ser passa na origem, em (1,1,1), em (2,2,2), e em (3,3,3) pode ser identificado pela direção [111];
Em cristais uma família de direções está associada a um Em cristais, uma família de direções está associada a um conjunto de direções com características equivalentes. A notação empregada para
Direções para o sistema cúbico
Para determinarmos os índices de uma direção, numa célula
unitária, procedemos como segue:
Di ã A Direção A 1, 0, 0 0, 0, 0 = 1, 0, 0 [ 1 0 0 ] Direção B 1, 1, 1 0, 0, 0 = 1, 1, 1 [ 1 1 1 ] Direção C 0, 0, 1 1/2, 1, 0 = 1, 2, 2 [ 1 2 2 ]
Uma direção deve passar pela origem do sistema de coordenadas
Direções para o sistema cúbico
Família de direções:
Para algumas estruturas cristalinas, várias direções não paralelas com índices diferentes são, na realidade, equivalentes; isto significa
á l d d di é
que o espaçamento entre os átomos ao longo de cada direção é o mesmo.
_ _ _ Ex.: as direções no cristal cúbico: [1 0 0]; [0 1 0]; [0 0 1]; [1 0 0]; [0 1 0] e [0 0 1]
Por conveniência, as direções equivalentes são agrupadas em uma família, que é representada assim:
Direções para o sistema cúbico
A simetria desta estrutura permite que as direções equivalentes sejam agrupadas para formar uma família de
di õ
direções:
<100> para as faces
110 di i d f
<110> para as diagonais das faces <111> para a diagonal do cubo
Direções para o sistema CCC
No sistema CCC os átomos se tocam ao longo da se tocam ao longo da diagonal do cubo, que corresponde a família de direções <111>
Então, a direção <111> é a de maior empacotamento
atômico para o sistema atômico para o sistema CCC
Direções para o sistema CFC
No sistema CFC os átomos se tocam ao longo da diagonal da
face, que corresponde a
família de direções <110>
Então, a direção <110> é a de mai r empac tament atômic maior empacotamento atômico para o sistema CFC
Direções para o sistema Cúbico
ExemplosDireções para o sistema Cúbico
ExemplosPlanos Cristalinos - Importância
Para a deformação plástica
A deformação plástica (permanente) dos metais ocorre pelo deslizamento dos átomos escorregando uns sobre os outros no cristal Este deslizamento tende a átomos, escorregando uns sobre os outros no cristal. Este deslizamento tende a acontecer preferencialmente ao longo de planos direções específicos do cristal.
Para as propriedades de transporte
Em certos materiais, a estrutura atômica em determinados planos causa o
transporte de elétrons e/ou acelera a condução nestes planos, e, relativamente, reduz a velocidade em planos distantes destes.
Exemplo 1: Grafita
A condução de calor é mais rápida nos planos unidos covalentemente sp2 do que nas direções perpendiculares a esses planos
que nas direções perpendiculares a esses planos.
Exemplo 2: supercondutores a base de YBa2Cu3O7
Alguns planos contêm somente Cu e O. Estes planos conduzem pares de
é á
elétrons (chamados pares de cobre) que são os responsáveis pela supercondutividade. Estes supercondutores são eletricamente isolantes em direções perpendiculares as dos planos Cu-O.
Planos Cristalinos
São representados de maneira similar às
p
direções
São representados pelos índices de Miller = (hkl)
Famílias de planos
= {hkl}
Famílias de planos = {hkl}
Planos paralelos são equivalentes tendos os
mesmos índices
Importância (Ex Deformação em metais)
Importância (Ex. Deformação em metais)
Planos Cristalinos
Procedimento para determinação dos índices de Miller: 1. Usando um sistema de coordenadas, determine as interseções que o plano faz com os 3 eixos;
2. Se o plano passa através da origem selecionada, deve-se selecionar outra origem no vértice de uma
él l dj
célula adjacente
3. Determine o inverso destes valores; í
4. Converta estes valores nos mínimos inteiros formando a mesma relação entre eles;
5 I l ú t ê t C bt h
5. Inclua os números entre parênteses. Caso obtenha-se valores negativos, repreobtenha-sente o sinal negativo com uma barra em cima do número
uma barra em cima do número.
Planos Cristalinos
x y z
Int ersecções 1 1 Inversos Reduções 0 1 1 (011)Colocação entre parênteses (011)
x y z
Int ersecções 1 1 1
Int ersecções Inversos
Reduções
Colocação entre parênteses
1 1 -1
-(111)
1 1 -1
Planos Cristalinos
Planos (010)
São paralelos aos eixos x e z
(paralelo à face)
(paralelo à face)
C t
i
Cortam um eixo
(neste exemplo: y em 1 e os
eixos x e z em )
1/ , 1/1, 1/ = (010)
21Planos Cristalinos
Planos (110)
São paralelos a um eixo (z)
p
Cortam dois eixos (x e y)
Cortam dois eixos (x e y)
1/ 1 1/1 1/
(110)
Planos Cristalinos
Planos (111)
Cortam os 3 eixos cristalográficos
Cortam os 3 eixos cristalográficos
1/ 1 1/1 1/ 1 (111)
1/ 1, 1/1, 1/ 1 = (111)
F MÍL
DE PL NO {110}
Planos Cristalinos
FAMÍLIA DE PLANOS {110}
É paralelo à um eixo
p
F MÍL
DE PL NO {111}
Planos Cristalinos
FAMÍLIA DE PLANOS {111}
Intercepta os 3 eixos
p
25 25Planos Cristalinos – Sistema Cúbico
A simetria do sistema cúbico faz com que a
A simetria do sistema cúbico faz com que a
família de planos tenham o mesmo arranjamento
e densidade
e densidade
D f
ã
t i
l d li
t d
Deformação em metais envolve deslizamento de
planos atômicos. O deslizamento ocorre mais
f il
t
l
di
õ d
i
facilmente nos planos e direções de maior
densidade atômica
Planos de maior densidade CCC
A família de planos {110} no
A família de planos {110} no
sistema CCC é o de maior
densidade atômica
densidade atômica
27Planos de maior densidade CFC
A família de planos {111} no
sistema CFC é o de maior
sistema CFC é o de maior
densidade atômica
Densidade linear e Densidade planar
Densidade linear= átomos/cm (igual ao fator de
empacotamento em uma dimensão)
empacotamento em uma dimensão)
Densidade planar= átomos/unidade de área (igual
p
( g
ao fator de empacotamento em duas dimensões)
Densidade linear
Densidade atômica linear=
l =Número de diâmetros atômicos interseptados por uma “linha” na direção de interesse
Comprimento da linha
Exemplo: Para o cristal de Cu (CFC) (a=0.361 nm), l l d id d tô i li di ã [110]
Comprimento da linha
calcule a densidade atômica linear direção [110]
direção [110] intersepta 2 meio diametros + 1 diametro inteiro diameter.
361
0
2
Portanto, a linha intersepta ½ + ½ + 1 = 2 átomos.atoms atoms atoms 3 92 3 92 106 2
nm
361
.
0
2
Comprimento da linha = mm atoms nm atoms nm atoms 3.92 3.92 10 361 . 0 2 2
ld á d l (á d l )
Densidade Planar
Densidade atômica planar=
pNumero de átomos do plano (área do plano) Área do plano
=
Exemplo: Para o plano (110) do Fe (CCC) (a=0.287), calcule a densidade planar.
O plano (110) intercepta o centro de 5 átomos (4 x ¼ de átomo +1 átomo). O número equivalente de átomos = (4 x ¼ ) + 1 = 2 atoms
2
2
2
a
a
a
= 2 q ( ) Área do plano (110) =
p
2 287 . 0 2 = 13 10 72 1 2 17 t 2 13 2 10 72 . 1 2 . 17 mm nm atoms Histórico – Raios-X
Instituto de Física de Würzburg
Wilhelm Conrad Röntgen (1845-1923)
Em 1895 Tubo de “Hittorf-Crookes” Tubo de raios catódicos
Histórico – Raios-X
Trinca!!!
Primeira radiografia mão da esposa Anna Bertha
esposa Anna Bertha
Radiografia do
rifle de caça
Antecipação do uso industrial
da radiografia no controle de rifle de caça
da radiografia no controle de Qualidade
Histórico – Raios-X
Notou que novos raios eram produzidos quando
impactavam com o objeto
Em 1901 Prêmio Nobel
Unidade de radiação ionizante é o Röntgen (R) ç g ( )
No SI 1R = 2,58×10-4 C/kg
Histórico – Raios-X
Notou que novos raios eram produzidos quando
impactavam com o objeto
Em 1901 Prêmio Nobel
Unidade de radiação ionizante é o Röntgen (R) ç g ( )
No SI 1R = 2,58×10-4 C/kg
500 R por 5 horas LETAL PARA HUMANOS
Raios-X - Princípios
Os raios X podem ser obtidos de 4 formas:
Pelo bombardeamento de um alvo metálico com um feixe de elétrons de alta energia (tubo de raios X);
de alta energia (tubo de raios X);
Pela exposição de uma substância a um feixe primário de raios X de forma a gerar um feixe secundário de raios X;
P l d f t di ti j d d i t lt
Pelo uso de fontes radioativas cujo processo de decaimento resulta na emissão de raios X;
Raios X produzidos a partir de radiação síncrotron. Cátodo
Filamento de W
Raios X ( = 0,1 Å até 100 Å.
Lembrar que:
c
E
h
ergia
Log da en e = 0.1 à 100 Å E 0 1 à 100 keV E = 0,1 à 100 keV 37O fenômeno da difração
Mostrou que os RC eram carregados eletricamente Ninguém sabia o que eram os RX
Ninguém sabia o que eram os RX
O palpite é que eram ondas eletromagnéticas
A prova seria a interferência fenômeno exclusivo das A prova seria a interferência fenômeno exclusivo das ondas
J.J. Thompson (1856-1940) Nobel em 1906
Ilustração esquemática do experimento de Young para
O fenômeno da difração
O problema era o (~ 0,1 nm) tamanho da fenda
Sugeriu cristais planos regulares e próximos (ZnS)
próximos (ZnS)
Max Von Laue (1879-1960)
Nobel em 1914 Em 1912
Ilustração esquemática de um cristal de NaCl
O fenômeno da difração
Do ponto de vista experimental OK!!!!!, mas
O fenômeno da difração
Propuseram através de considerações trigonométricas
2 sen
n
2 sen
d
n
d
O fenômeno da difração
2 2 2l
k
h
a
d
hkl
2 2 2l
k
h
hkl
Aplicação da DRX
Determinação da estrutura cristalina e arranjo dos átomos; Determinação da estrutura cristalina e arranjo dos átomos; Identificação quantitativa e qualitativa de compostos
i t li t t ólid ( ét d d ó)
cristalinos presentes em amostra sólida (método de pó); Ex: KBr+NaCl
Determinação de fases presentes; Determinação de tensões residuais; Determinação de tensões residuais;
O equipamento
A fonte
O equipamento
A fonte
Resultados da DRX
Resultados da DRX
Padrão