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ANÁLISE GERENCIAL DAS DEMONSTRAÇÕES CONTABEIS E FINANCEIRAS DA EMPRESA STADTBUS TRANSPORTES LTDA

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ANÁLISE GERENCIAL DAS DEMONSTRAÇÕES CONTABEIS E FINANCEIRAS DA EMPRESA STADTBUS TRANSPORTES LTDA

Mitiely Suan da Silva Severo1

Gabriela Haas2 RESUMO

A Análise gerencial das demonstrações contábeis mostra a situação da empresa com base em seus resultados que auxilia na tomada de decisões. Objetivo geral: analisar os demonstrativos de 2011/2012, utilizando as técnicas: análise vertical e horizontal e os índices econômico-financeiros da Stadtbus do ramo de transporte. Aplicou-se a metodologia descritiva com estudo de caso em abordagem qualitativa. Portanto na análise vertical, contas como imobilizado e caixa, empréstimos, custos (DRE) tem mais representatividade. Horizontalmente originou prejuízo nos dois anos. A liquidez mantém-se equilibrada. A rentabilidade obteve baixo desempenho nos dois anos. O endividamento baixo. O prazo médio de serviços tem um giro rápido de estoque. Recomenda-se a análise dos demonstrativos com freqüência.

Palavras-chave: Análise de Gestão, Análise Vertical, Análise Horizontal. ABSTRACT

Managerial Analysis of financial statements shows the situation of the company based on their findings that assists in decision-making. Overall Objective: To analyze the statements of 2011/2012, using the techniques: vertical and horizontal analysis and financial ratios of Stadtbus the business of transportation. Applied the descriptive case study methodology on a qualitative approach. Therefore the vertical analysis, accounts and assets as cash, loans, costs (DRE) has more representation. Horizontally originated injury in two years. Liquidity remains balanced. The yield obtained low performance in two years. The low debt. The average term of service has a quick inventory turnover. Analysis of statements frequently is recommended.

Keywords: Analysis Management Vertical Analysis Horizontal Analysis.

1 Graduanda do Curso de Ciências Contábeis da Faculdade Dom Alberto

2 Contadora, Especialista em Gestão Estratégica de Custos pela Unisc, Professora do Curso de

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1 INTRODUÇÃO

A contabilidade gerencial ou contabilidade de gestão é uma ferramenta muito importante para os administradores e contadores, pois a amplitude de informações contábeis não é apenas fazer cálculos de impostos e atendimento a legislação. A contabilidade gerencial aproveita as informações geradas pela escrituração contábil que auxilia na tomada de decisão.

Para Crepaldi (2011, p. 6), “contabilidade gerencial é o ramo da contabilidade que tem por objetivos fornecer instrumentos aos administradores de empresas que auxiliem em suas funções gerenciais.”

Fazendo uma comparação, a contabilidade financeira não se refere somente ao patrimônio financeiro, ou seja, dinheiro. Ela está voltada para os usuários externos da organização. Segundo Padoveze (2010, p. 56), “a importância desse segmento do sistema de informação contábil é vital, pois ele contém a arquitetura básica dos planos de contas e dos lançamentos, elementos vitais para a continuidade e integração do restante do sistema.”

Este artigo é realizado na área de contabilidade e tem como tema a análise das demonstrações contábeis e financeiras. O trabalho é realizado na empresa Stadtbus de Santa Cruz do Sul que atua no setor de transporte público coletivo.

Considerando o contexto e os problemas de pesquisa, o objetivo geral do estudo é realizar a análise das demonstrações contábeis da Empresa Stadtbus Transportes Ltda. do período 2011 e 2012, utilizando as principais técnicas.

Os objetivos específicos são: analisar detalhadamente os seus números para fazer evidenciar a situação da empresa através dos índices econômico-financeiros, através das técnicas de análise vertical e horizontal, os tipos de liquidez, rentabilidade, endividamento; e avaliar o prazo médio de serviços do ciclo operacional da empresa. Tendo em vista conhecer e entender melhor a situação patrimonial e econômica da empresa que auxiliarão a administração principalmente na tomada de decisões.

Portanto o estudo desta pesquisa é avaliar todas as análises cabíveis extraindo informações a respeito da posição econômica financeira da empresa. Com estas informações será acompanhada a evolução empresarial, sendo que a análise de balanços avalia os dados econômicos financeiros (passado e presente) com isto se faz a projeção para o futuro.

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Esta revisão de literatura apresenta assuntos relacionados a analise das demonstrações contábeis tais como: Análise Vertical, Análise Horizontal, Índices econômicos de liquides e Ciclo operacional.

2.1 A Contabilidade e sua importância

A contabilidade é uma ciência, um sistema de informações que permite através de suas técnicas, o registro das operações econômicas financeiras para manter um controle dos fatos ocorridos do patrimônio da empresa.

Conforme o pesquisador Silva (2008, p. 1) “a contabilidade é uma ciência que registra, verifica e analisa os fatos financeiros e econômicos que decorrem da situação patrimonial de uma pessoa física ou jurídica, mostrando ao usuário que tem interesse de avaliar a situação da entidade.”

A contabilidade é um dos principais sistemas de controle e informação das empresas. Com a análise do Balanço Patrimonial e da demonstração do resultado do exercício, é possível verificar a situação da empresa, sob os mais diversos enfoques, tais como análises de estrutura, de evolução, de solvência, de garantia de capitais próprios e de terceiros, de retorno de investimentos etc. (CREPALDI, 2010, p. 6).

Os usuários da contabilidade são pessoas que buscam respostas, que têm interesse na situação da empresa. Além dos administradores, que são os gerentes e diretores da empresa, existem os outros usuários externos como investidores, sócios ou acionistas (aqueles que aplicam dinheiro na empresa com o objetivo de obter lucro), que utilizam os relatórios contábeis analisando se a empresa é rentável. Assim também os fornecedores que vendem a prazo, e os bancos que fazem os financiamentos para a empresa querem saber se a empresa tem condições de cumprir com suas obrigações, tendo condições de pagar em longo prazo a dívida; o governo quer saber o quanto foi gerado de impostos a pagar; os empregados, os sindicatos, os concorrentes, os clientes etc.

O mesmo autor Silva (2008, p. 1) ainda diz em seu livro que “a importância da contabilidade para qualquer empresa independe se seu tamanho; é decorrente da necessidade de ter a escrituração contábil completa, inclusive o livro diário e os balancetes, não apenas para controlar o patrimônio, mas também para administrar as tomadas de decisões nos negócios.” Se a empresa não tiver uma contabilidade estruturada ela não tem condições de seguir com sucesso em seu rumo profissional e empreendedor, de planejar o seu

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crescimento por exemplo.

2.2 Objetivos da Contabilidade

Na contabilidade, o objeto é sempre o patrimônio da empresa onde se divide: em bens e direitos que a empresa tem e obrigações e deveres para com terceiros que pertencem a essa empresa.

Conforme Moura, “o objetivo da contabilidade é permitir o estudo e o controle dos fatos decorrentes da gestão do patrimônio das entidades econômico-administrativas.” (2002, p. 34). Em concordância com o autor a contabilidade visa obter todos os fatos que estão acontecendo, registrar esses fatos num sistema de informação, pesquisá-los, trabalhá-los, resumi-los em certo período com a possibilidade de gerar relatórios que mostram as entradas e saídas e seus resultados.

2.3 Demonstrações Contábeis

Serão apresentados os demonstrativos contábeis deste estudo tais como: Balanço Patrimonial, DRE.

2.3.1 Balanço Patrimonial

O Balanço Patrimonial é uma demonstração contábil que representa a posição patrimonial e financeira de uma empresa em dado período. “A informação que esse demonstrativo fornece é totalmente estática e, muito provavelmente, sua estrutura se apresentará relativamente diferente algum tempo após seu encerramento”. (ASSAF NETO, 2007, p. 67). É muito importante que as contas contábeis sejam classificadas de forma ordenada e uniforme para que seja feita uma adequada análise e interpretação da situação patrimonial e financeira.

Peça contábil por excelência, para ele é encaminhado todo o resultado das operações da empresa e das transações que terão realização futura. Temos que salientar que o “Balanço Patrimonial é elaborado segundo os princípios contábeis geralmente aceitos, mas nada impede que, gerencial e internamente, se construam balanços com critérios de avaliação alternativos”. (PADOVEZE, 2010, p. 71).

Segundo Marion (2008, p. 52), “o balanço patrimonial é o mais importante relatório gerado pela contabilidade. Através dele pode-se identificar a saúde

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financeira e econômica da empresa no fim do ano ou em qualquer data prefixada”. Em contabilidade temos os bens e direitos a receber que ficam do lado esquerdo do balanço patrimonial chamado de Ativo e as obrigações a serem pagas que ficam do lado direito do balanço patrimonial chamado de Passivo, no mesmo lado do Passivo fica o Patrimônio Líquido da empresa que é a diferença do ativo e passivo e resultado dos exercícios futuros que representa o patrimônio líquido.

Os usuários internos da administração da empresa e os usuários externos podem analisar no Balanço Patrimonial a posição de liquidez e endividamento, a representatividade dos principais grupos patrimoniais como, por exemplo, comparar o patrimônio líquido como imobilizado. O balanço pode ser uma indicação inicial do quanto um investidor poderia investir para ter uma empresa equivalente.

2.3.2 Demonstrações do Resultado do Exercício (DRE)

O DRE tem o objetivo principal apresentar de forma resumida o resultado apurado em relação conjunto de operações realizadas num determinado período.

A demonstração do resultado do exercício visa fornecer, de maneira organizada, os resultados (lucro ou prejuízo) obtidos pela empresa em determinado exercício social, os quais são transferidos para contas do patrimônio líquido. “O lucro (ou prejuízo) é resultante de receitas, custos e despesas incorridos pela empresa no período e apropriados segundo o regime de competência, ou seja, independentemente de que tenham sido esses valores pagos ou recebidos”. (ASSAF NETO, 2007, p.84).

Segundo Marion (2008, p. 91), “a DRE completa, exigida por lei, fornece maiores minúcias para a tomada de decisão: grupos de despesas, vários tipos de lucro, destaque dos impostos etc.”

Para a demonstração do resultado não importa se uma receita ou despesa tem reflexos em dinheiro, basta apenas que afete o Patrimônio Líquido. Por exemplo, a depreciação é uma despesa não desembolsada; a receita de equivalência patrimonial (em controladas e coligadas) é uma receita devida ao aumento dos investimentos (e do Patrimônio Líquido), sem entrada de recursos monetários. Como as modificações no Patrimônio Líquido produzidas por receitas e despesas afetam a riqueza dos proprietários, elas são retratadas na Demonstração do Resultado que é uma peça de caráter eminentemente econômico (relacionado à riqueza) e não financeiro (relacionado a dinheiro). (MATARAZZO, 2008, p. 45).

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A demonstração do resultado do exercício compreendera as receitas e os ganhos do período independentemente de seu recebimento, os custos, despesas, encargos e perdas pagos ou incorridos, correspondentes a esses ganhos e receitas. Conforme Iudícibus e Marion (2008, p. 198) o Demonstrativo de Resultado do exercício “pode ter um poder preditivo do que o próprio balanço, pois este último alinha os saldos das contas num determinado momento sendo mais útil para se avaliar uma situação estática...”, a demonstração do resultado do exercício refere-se a um período e mostra o seu resultado.

2.4 Técnicas de análise das demonstrações contábeis

Com os demonstrativos contábeis em mãos, são aplicadas técnicas de análise, nas quais serão apresentados indicadores da situação patrimonial. 2.4.1 Análise Vertical

No balanço Patrimonial, a análise vertical procura evidenciar a representatividade de um item ou subgrupo de uma demonstração financeira em reação a um determinado total tomado como base 100%, como por exemplo, um o ativo total ou o passivo total do balanço.

“A análise vertical é também um processo comparativo, expresso em porcentagem, que se aplica ao se relacionar uma conta ou grupo de contas com o valor afim ou relacionável, identificado no mesmo demonstrativo.” (ASSAF NETO, 2007, p.123).

Para Iudícibus (2007, p. 83), “este tipo de análise é importante para denotar estrutura de composição de itens e sua evolução no tempo.”

Segundo Matarazzo (2008, p. 243), “análise vertical baseia-se em valores percentuais das demonstrações financeiras. Para isso calcula o percentual de cada conta em relação a um valor-base.” O seu objetivo é mostrar a participação relativa de cada item de uma demonstração financeira em relação a certo total. 2.4.2 Análise Horizontal

É realizada a partir de um conjunto de balanços e demonstrações de resultados e seqüência. Para cada elemento desses demonstrativos, são calculados números-índices. A análise pode ser realizada inicialmente comparando-se os índices obtidos em cada ano sempre em relação ao ano

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base, ou seja, o mais antigo.“Uma vez que os balanços e demonstrações de resultados estejam expressos em moeda de poder aquisitivo da mesma data, a análise horizontal assume certa significância e pode acusar imediatamente áreas de maior interesse para investigação”. (IUDÍCIBUS, 2007, p. 72).

Segundo Assaf Neto (2007, p.115) “a análise horizontal é a comparação que se faz entre os valores de uma mesma conta ou grupo de contas, em diferentes exercícios sociais”. O objetivo da análise horizontal é facilitar o exame da evolução histórica dos valores contidos nos demonstrativos contábeis.

2.4.3 Liquidez

A palavra Liquidez significa a disponibilidade em moeda corrente para fazer pagamentos. Os indicadores de liquidez procuram evidenciar a situação da empresa para quitar suas dívidas. Segundo Marion (2012, p. 75) “são utilizados para avaliar a capacidade de pagamento da empresa, isto é, constituem uma apreciação sobre se a empresa tem capacidade para saldar seus compromissos.” Isso quer dizer que, no momento seguinte, poderão ser alterados por evento que modifique os elementos patrimoniais são utilizados para medir a liquidez. A liquidez pode se dividir em:

2.4.3.1 Liquidez imediata

A liquidez imediata revela a porcentagem das dívidas em curto prazo. 2.4.3.2 Liquidez seca

A Liquidez seca determina a capacidade de curto prazo de pagamento da empresa à utilização das contas de disponibilidades e direitos a receber.

2.4.3.3 Liquidez Corrente

A Liquidez corrente Indica o quanto existe de ativo circulante para cada R$ 1 de dívida em curto prazo.

2.4.3.4 Liquidez Geral

A liquidez geral é utilizada como medida de segurança financeira da empresa em longo prazo, mostrando sua capacidade de poder pagar suas obrigações.

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2.5 Rentabilidade

Na visão do pesquisador, na análise do endividamento, há necessidade de detectar as características do seguinte indicador:

- empresas que recorrem a dívidas como um complemento dos capitais próprios para realizar aplicações produtivas em seu ativo (ampliação, expansão, modernização etc.). Esse endividamento é sadio, mesmo sendo um tanto elevado, pois as aplicações produtivas deverão gerar recursos para saldar o compromisso assumido;

- empresas que recorrem a dívidas para pagar outras dívidas que estão vencendo. Por não gerarem recursos para saldar seus compromissos, elas recorrem a empréstimos sucessivos. Permanecendo esse círculo vicioso, a empresa será séria candidata à insolvência; conseqüentemente, à falência. (MARION, 2012, p. 95 e 96).

Nas palavras do autor, “é uma avaliação econômica do desempenho da empresa, dimensionando o retorno sobre os investimentos realizados e a lucratividade apresentada pelas vendas.” (ASSAF NETO, 2002, p. 52).

A rentabilidade relaciona o lucro alcançado com o investimento realizado. Conforme Silva (2008, p. 126), “o propósito da rentabilidade é encontrar o retorno do investimento, ou seja, a apuração da rentabilidade tem por objetivo saber se o retorno real estava em linha com o retorno programado. Ela é relativa e é sempre percentual.

2.6 Endividamento

É obtido pela relação entre o capital de terceiros e o capital próprio, isto é o passivo total dividido pelo patrimônio líquido.

“Avalia basicamente a proporção de recursos próprios e de terceiros mantidos pela empresa sua dependência financeira por dívidas de curto prazo, a natureza de sua exigibilidade e seu risco financeiro”. (ASSAF NETO, 2002, p. 52).

Para o autor Assaf Neto (2007, p. 165) em seu livro ele relata que o endividamento em um de seus tópicos “revela a dependência da empresa com relação a suas exigibilidades totais, isto é, do montante investido em seus ativos, qual a participação dos recursos de terceiros”. A fórmula utilizada da dependência financeira é a divisão do passivo total pelo ativo Total. Quanto maior apresenta o índice, mais elevada apresenta a dependência financeira pela utilização de capitais de terceiros.

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Na visão de Marion, (2012, p. 96), “endividamento em Curto Prazo, normalmente utilizado para financiar o Ativo Circulante; endividamento em longo prazo, normalmente utilizado para financiar o Ativo Permanente.”

2.7 Ciclo Operacional

Através deste ciclo sistematizado, onde as quantidades de compras, os custos totais, as despesas e financiamentos são apresentados, é possível identificar se a empresa obterá o retorno esperado (lucro), auxiliando nas alterações estratégicas. Segundo o autor Assaf Neto (2007, p. 196) “parte dessas fases operacionais podem ser financiadas mediante compras a prazo e prazos para pagamentos de despesas operacionais, como salários, encargos sociais, impostos sobre vendas etc.” A melhoria dos prazos médios deve ser permanente por parte do administrador financeiro.

2.7.1 Prazo Médio de Serviços Prestados – PMS

O Prazo Médio de Venda “revela o tempo médio que o produto gasta desde sua elaboração até venda, ou seja, o prazo que o produto acabado permanece em estoque à espera de ser vendido.” ASSAF NETO (2007, p. 199).

3 METODOLOGIA

A pesquisa desta empresa é na área de contabilidade sobre o assunto Estrutura e Análise de Balanços. O principal foco desta pesquisa foram os índices econômico-financeiros da empresa sendo eles: análise vertical, análise horizontal, índices de liquidez, rentabilidade, endividamento, e prazo médio de serviços do Ciclo operacional.

A metodologia de pesquisa utilizada para a realização deste trabalho foi à pesquisa descritiva, pois segundo Beuren (2003, p. 81) “a pesquisa descritiva configura-se como um estudo intermediário entre a pesquisa exploratória e a explicativa, ou seja, não tão preliminar como a primeira nem tão aprofundada como a segunda.” A pesquisa caracteriza quanto aos procedimentos um estudo de caso, conforme Beuren (2003, p. 84), “esse estudo é preferido pelos pesquisadores que desejam aprofunda seus conhecimentos a respeito de determinado caso específico.”

A abordagem do problema é qualitativa. Segundo Beuren (2003, p. 92) “a abordagem qualitativa visa destacar características não observadas por meio de

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um estudo quantitativo, haja vista a superficialidade deste último.”

Aplicaram-se as fórmulas nos demonstrativos: Balanço Patrimonial e DRE com todos os valores convertidos dos períodos 2011 e 2012, calcularam-se os índices econômico-financeiros utilizando-se das técnicas de análise com base nos valores dos dois anos para analisar a situação da empresa.

4. DESCRIÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Dados oriundos da Stadtbus Transportes Ltda. Empresa do ramo de transporte coletivo. Foram analisados: Balanço Patrimonial e DRE nos períodos de 2011 e 2012.

4.1 Análises verticais e horizontais do balanço patrimonial

A análise vertical demonstra que as contas mais representativas do Ativo são: Caixa em 2011: 3,76% e em 2012: 0,93%;Clientes em 2011: 8,87%e em 2012: 6,28%. E do passivo, do grupo imobilizado: Bens móveis em operação em 2011: 82,73% em 2012: 81,63%. A análise horizontal mostra que no ano de 2012 algumas contas decresceram com mínima diferença, não houve nenhum acréscimo significativo. Abaixo o quadro para melhor visualização.

ATIVO 31/12/12R$ A.V.% 31/12/11R$ A.V.% A.H.%

CIRCULANTE 6.891,67 14,06 9.315,74 22,59 73,98 DISPONIBILIDADES 454,88 0,93 1.548,70 3,76 29,37 CAIXA 454,88 0,93 1.548,70 3,76 29,37 CREDITOS OPERACIONAIS 6.436,79 13,13 7.767,04 18,84 82,87 CLIENTES 3.077,18 6,28 3.656,78 8,87 84,15 IMPOSTOS A RECUPERAR 578,17 1,18 591,37 1,43 97,77 OUTROS CREDITOS 1.241,11 2,53 843,46 2,05 147,15 CAUCOES 350,17 0,71 2.134,89 5,18 16,40 ESTOQUES 1.068,91 2,18 378,99 0,92 282,04 DESPESAS ANTECIPADAS 121,26 0,25 161,55 0,39 75,06 NÃO CIRCULANTE 42.126,62 85,94 31.917,62 77,41 131,99 CREDITOS OPERACIONAIS 5.809,22 11,85 2.647,24 6,42 219,44 DEPOSITOS JUDICIAIS 4,88 0,01 4,88 0,01 100,00 CREDITOS A RECEBER – LP 1.473,58 3,01 87,80 0,21 1.678,34 OUTROS CREDITOS – LP 1.776,20 3,62 0,00 0,00 0,00 CREDITOS C/ SOCIOS 2.554,56 5,21 2.554,56 6,20 100,00 INVESTIMENTOS 50,48 0,10 38,81 0,09 130,07 PARTICIPAÇÕES/INCENTIVOS 50,48 0,10 38,81 0,09 130,07 IMOBILIZADO 36.263,32 73,98 29.196,66 70,81 124,20

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BENS IMOVEIS 440,72 0,90 471,22 1,14 93,53 BENS MOVEIS EM OPERACAO 40.012,52 81,63 34.113,05 82,73 117,29 (-) PROVISAO P/PERDAS 344,23 0,70 344,23 0,83 100,00 (-) DEPRECIACOES ACUMULADAS 3.845,69 7,85 5.043,37 12,23 76,25

INTANGIVEL 3,61 0,01 34,90 0,08 10,34

BENS INTANGIVEIS 3,61 0,01 34,90 0,08 10,34

TOTALDO ATIVO 49.018,29 100,00 41.233,36 100,00 118,88

PASSIVO R$ A.V.% R$ A.V.% A.H.%

CIRCULANTE 12.643,91 25,79 9.265,93 22,47 136,46 FORNECEDORES 1.087,51 2,22 736,01 1,78 147,76 OBRIGACOES TRABALHISTAS 948,38 1,93 345,32 0,84 274,64 OBRIGACOES SOCIAIS 500,95 1,02 313,49 0,76 159,80 OBRIGACOES FISCAIS 318,68 0,65 187,69 0,46 169,79 EMPRESTIMOS E FINANCIAMENTOS 8.411,57 17,16 6.046,81 14,66 139,11 CONTAS A PAGAR 319,85 0,65 0,44 0,00 72.693,18 ADIANTAMENTO DE CLIENTES 1.056,96 2,16 1.636,18 3,97 64,60 NÃO CIRCULANTE 19.888,77 40,57 19.975,34 48,44 99,57 EMPRESTIMOS E FINANCIAMENTOS 19.305,35 39,38 19.975,34 48,44 96,65 PROVISOES P/RECLAMATORIAS 583,41 1,19 0,00 0,00 0,00 PATRIMONIO LIQUIDO 16.485,62 33,63 11.992,08 29,08 137,47 CAPITAL SOCIAL 2.455,61 5,01 2.455,61 5,96 100,00 RESERVAS DE CAPITAL 103,34 0,21 103,34 0,25 100,00

RESERVAS DE INCENTIVOS FISCAIS 4,83 0,01 4,83 0,01 100,00 PREJUIZOS/LUCROS ACUMULADOS 135,45 0,28 564,85 1,37 23,98 AJUSTES AVALIACOES

PATRIMONIAIS

13.786,39 28,12 8.863,45 50,53 155,54 TOTALDO PASSIVO 49.018,30 100,00 41.233,35 100,00 118,88

Fonte: Stadtbus Transportes Ltda.

4.2 Análise vertical e horizontal DRE

Abaixo o DRE mostra que a análise vertical, a Receita de serviços municipais em 2011 indica 68,60%e em 2012, 84,96%. O custo de transportes de passageiros municipais em 2011 indica83,64% e em 2012,88,94%. Isto quer dizer que estas contas representam mais em relação à receita operacional liquida. Abaixo o quadro com os respectivos valores.

DRE 31/12/12 Em R$ A.V. % 31/12/11 Em R$ A.V. % A.H.%

RECEITA OPERACIONAL BRUTA 44.020,65 107,02 20.768,23 107,08 211,96 RECEITA DE SERVICOS MUNICIPAIS 34.949,43 84,96 13.303,97 68,60 262,70 RECEITA SERVICOS INTERMUNICIPAIS 1.581,13 3,84 1.570,83 8,10 100,66 REC DE TURISMO E FRETAMENTO 4.781,10 11,62 3.180,60 16,40 150,32

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REC DE ALUGUEL DE ONIBUS E VEICULOS 2.657,60 6,46 2.677,56 13,81 99,25 REC SERVICOS TRANSP DE ENCOMENDAS 40,40 0,10 35,28 0,18 114,51

RECEITAS DIVERSAS 11,00 0,03 0,00 0,00 0,00

DEDUCOES 2885,84 7,02 1.374,04 7,08 210,03

IMPOSTOS 2885,84 7,02 1.374,04 7,08 210,03

RECEITA OPERACIONAL LIQUIDA 41.134,80 100,00 19.394,19 100,00 212,10 CUSTO DOS SERV PRESTADOS 37.880,39 92,09 17.539,76 90,44 215,97 CUSTO TRANS PASSAGEIROS MUNIC. 36.310,39 88,27 16.220,81 83,64 223,85 CUSTO TRANS PASSAG INTERMUN. 1.101,03 2,68 989,46 5,10 111,28 CUSTO OUTROS SERVICOS DE TRANS. 227,48 0,55 214,07 1,10 106,26 DESPESAS C/ CONSORCIO BAGE 112,14 0,27 104,7 0,54 107,11 DESPESAS C/ CONSORCIO C. BOM 41,16 0,10 10,72 0,06 383,96

DESPESAS C/ CONSORCIO BOTUCATU 83,22 0,20 0 0,00 0,00

DESPESAS C/ CONSORCIO SCS 4,96 0,01 0 0,00 0,00 LUCRO BRUTO 3.254,41 7,91 1.854,43 9,56 175,49 DESPESAS OPERACIONAIS 2.118,36 5,15 1.391,76 7,18 152,21 DESPESAS ADMINISTRATIVA 2.118,36 5,15 1.391,76 7,18 152,21 ENCARGOS FINANCEIROS 2.561,64 6,23 914,32 4,71 280,17 RECEITAS FINANCEIRAS 215,03 0,52 218,92 1,13 98,22 DESPESAS FINANCEIRAS 2.776,67 6,75 1.133,24 5,84 245,02 LUCRO OPERACIONAL -1.425,59 -3,47 -451,65 -2,33 315,64

RESULTADO NAO OPERACIONAL 68,41 0,17 235,22 1,21 29,08

DESPESAS NAO OPERACIONAIS 141,22 0,34 447,96 2,31 31,53 RECEITAS NAO OPERACIONAIS 209,63 0,51 683,18 3,52 30,68 RESULTADO ANTES DAS PROVISOES -1.357,17 -3,30 -216,43 -1,12 627,07

PROVISOES FISCAIS 0 0,00 25,89 0,13 0,00

PROVISAO PARA CSLL 0 0,00 9,71 0,05 0,00

PROVISAO PARA IRPJ 0 0,00 16,18 0,08 0,00

RESULTADO LIQUIDO DO EXERCICIO -1.357,17 -3,30 -242,32 -1,25 560,07

Fonte: Stadtbus Transportes Ltda. 4.3 Índices de liquidez

Na liquidez Imediata, conforme os resultados, os valores não são elevados. Mantendo-se equilibrados seus recursos de forma eficaz no período analisado. Na Liquidez Seca os resultados mostram que é melhor para a empresa pagar suas obrigações a longo prazo. Na Liquidez Corrente, o valor apurado foi satisfatório, abaixo do mínino necessário. A Liquidez Geral demonstra que para cada R$ 1,00 de dívida a empresa possui apenas R$ 0,40 e R$ 0,39 para honrar com suas obrigações em curto e longo prazo. Valores abaixo do ideal, mas a empresa consegue manter-se equilibrada.

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INDICES DE LIQUIDEZ 2011 2012 LIQUIDEZ IMEDIATA 0,16 0,03 LIQUIDEZ SECA 0,96 0,46 LIQUIDEZ CORRENTE 1,00 0,54 LIQUIDEZ GERAL 0,40 0,39 4.4 Rentabilidade

A Margem Liquida resultou num valor muito baixo. A Margem Operacional da empresa em 2011, para cada R$100,00 de vendas liquidas teve R$ 0,03 de lucro operacional bruto, em 2012 este lucro diminuiu para R$0,02. A Rentabilidade do Ativo Total indicou valores muito baixos que a empresa obtém de lucro líquido para cada R$100,00 de investimento total. Na Rentabilidade do patrimônio Liquido os valores não mudam muito entre o ano de 2011 indicando R$ 0,02 e em 2012 R$ 0,01. O que indica que a empresa está obtendo pouco lucro líquido de capital próprio investido. Como está apresentado no quadro abaixo: RENTABILIDADE 2011 2012 MARGEM LIQUIDA 0,03 0,03 MARGEM OPERACIONAL 0,03 0,02 RENTABILIDADE DO ATIVO TOTAL 0,02 0,01 RENTABILIDADE DO PL 0,02 0,01

4.5 Endividamento e Prazo médio de serviços – Ciclo Operacional

O grau de endividamento (GE) obteve um resultado satisfatório. A empresa vem operando com um nível de endividamento baixo, pois não usou somente capital de terceiros. Na Composição do Endividamento (CE) aumentaram as obrigações a serem pagas reduzindo os recursos para investimentos de longo prazo. No Imobilizado do Patrimônio Liquido (IPL) os valores demonstram situação de risco em virtude da aplicação no imobilizado do ativo não circulante, assim resultando alta dívida futura. A Imobilização dos recursos não correntes (IRÑC) indicou valores altos de recursos não correntes aplicados no Ativo não Circulante. E por fim o prazo médio de serviços tem um giro rápido do estoque, por ser uma prestadora de serviços possui somente estoque de pecas, materiais para veículos e combustível.

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GRAU ENDIVIDAMENTO 48,44 40,57 COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO 46,39 63,57 IMOBILIZADO DO PL 266,15 255,53 IMOBILIZAÇÃO RECURSOS NÃO CORRENTES 99,84 1,16 CICLO OPERACIONAL – PMS 0,02 2,82 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O tema desta pesquisa de estrutura e análise de balanço mostra como está à situação financeira da empresa. Com os objetivos atingidos, obteve-se o seguinte resultado da pesquisa: Na análise vertical do Balanço Patrimonial de 2011 e 2012 as contas como imobilizado e caixa e equivalentes tem mais participação em relação ao total do Ativo. Na Análise Horizontal do Balanço no ano de 2012ocorreu decréscimo em algumas contas com mínimos valores. Na análise vertical do DRE em relação às contas mais relevantes, o lucro operacional líquido teve pouca participação em relação à receita liquida originando um prejuízo, nos dois anos. Na análise Horizontal do DRE de um ano para o outro houve um acréscimo receita, mas também aumento dos custos e encargos, originando prejuízo nos dois anos. A liquidez da empresa mostra equilíbrio.

A rentabilidade está obtendo pouco lucro líquido de capital próprio investido nos dois anos. A empresa vem operando com um nível de endividamento baixo. Em 2011 os recursos totais da empresa originavam-se de capitais de terceiros. Em 2012 obteve situação favorável, pois a empresa não usou somente capital de terceiros. Teve aumento de obrigações futuras.

E por fim foi avaliado o prazo médio de serviços, como a Stadtbus é uma prestadora de serviços, foi feito o cálculo do estoque em relação ao custo dos serviços prestados. A empresa tem mais estoque de combustíveis. O que de fato tem um giro rápido para o consumo dos veículos.

No atual momento recomenda-se para a empresa equilibrar mais suas contas a pagar. A empresa é empreendedora, sempre está investindo para abrir novas filiais, por esse motivo, como o aumento do patrimônio é inevitável, é necessário rever as estratégias de amortização da dívida. Então se sugere que anualmente ou mensalmente sejam realizadas as análises verticais e horizontais

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e também nos demais demonstrativos de liquidez, endividamento e rentabilidade. De maneira a constatar e acompanhar mais de perto a situação da empresa.

Com este estudo, tive a oportunidade de aplicar as fórmulas nos balanços e demonstrativos e analisar seus resultados que auxiliarão a administração principalmente na tomada de decisões.

REFERÊNCIAS

ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e Análise de Balanços. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2002.

____________. Estrutura e Análise de Balanços. 8 ed. São Paulo: Atlas, 2007. BEUREN, Ilse Maria. Como elaborar trabalhos monográficos em

contabilidade. São Paulo: Atlas, 2003.

CREPALDI, Silvio Aparecido. Curso básico de contabilidade. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2010.

CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade Gerencial: Teoria e Prática. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2011.

PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade Gerencial. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2010.

IUDÍCIBUS, Sergio de. Contabilidade Gerencial. 6ed. São Paulo: Atlas, 2007. IUDÍCIBUS, Sergio de; MARION, José Carlos. Introdução à Teoria da

Contabilidade. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2008.

MARION, Jose Carlos. Contabilidade Básica. 8 ed. São Paulo: Atlas, 2008.

______. Análise das Demonstrações Contábeis. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2012.

MATARAZZO, Dante C. Análise Financeira de Balanços. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2008.

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RIBEIRO MOURA, Osni. Contabilidade Geral. 4 ed. São Paulo: Saraiva, 2002. SILVA, Edson Cordeiro Da. Contabilidade Empresarial para Gestão de

Referências

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