Prof. Ma Marina Zava de Faria FACE: Marina Zava INSTA: Marina Zava Periscope:@marinazava E-mail: profmarinazava@hotmail.com
DIREITO EMPRESARIAL
PREPARATÓRIO XXII EXAME
DE ORDEM
I) DIREITO EMPRESARIAL
RAMO E OBJETO
É o conjunto de normas jurídicas (direito privado) que disciplinam as atividades das empresas e dos empresários (atividade econômica daqueles que atuam na circulação ou produção de bens e a prestação de serviços), bem como os atos considerados comerciais, ainda que não diretamente relacionados às atividades das empresas (MAMEDE, 2016, p. 370)
I) DIREITO EMPRESARIAL
ORIGENS E EVOLUÇÃO HISTÓRICA
1ª FASE DO DIREITO COMERCIAL
2ª FASE DO DIREITO COMERCIAL
3º FASE DO DIREITO EMPRESARIAL
I) DIREITO EMPRESARIAL
PROCESSO DE UNIFICAÇÃO FORMAL DO DIREITO PRIVADO
AUTONOMIA
PRINCÍPIOS INFORMADORES DO DIREITO EMPRESARIAL
LIBERDADE DE INICIATIVA
LIBERDADE DE CONCORRÊNCIA
PROPRIEDADE PRIVADA
PRESERVAÇÃO DA ATIVIDADE EMPRESARIAL
FUNÇÃO SOCIAL DA EMPRESA
I) DIREITO EMPRESARIAL
FONTES
MATERIAIS
FORMAIS
▪ PRIMÁRIAS/DIRETAS
▪ SECUNDÁRIAS/INDIRETAS
FORMAIS
PRIMÁRIAS/DIRETAS
▪ C. Com 1850
▪ C.C/02
▪ Legislação Extravagante (Microssistemas)
▪ Tratados e Convenções Internacionais
SECUNDÁRIAS/INDIRETAS
▪ Doutrina
▪ Jurisprudência
▪ Analogia
▪ Princípios Gerais do Direito
▪ Usos e Costumes comerciais
▪ Normas civis gerais
I) DIREITO EMPRESARIAL
CARACTERÍSTICAS
ONEROSIDADE
INDIVIDUALISMO
SIMPLICIDADE/INFORMALISMO
ELASTICIDADE
COSMOPOLITISMO
FRAGMENTARISMO
O QUE É EMPRESA?
É possível se traçar os PERFIS DA
EMPRESA, segundo o autor italiano ALBERTO ASQUINI (A EMPRESA
COMO UM FENÔMENO
POLIÊDRICO)
Segundo o art. 966, caput, do CC/02, considera-se atividade empresarial aquela:
PROFISSIONAL: habitualidade, de forma contínua
ATIVIDADE ECONÔMICA: Lucratividade
ORGANIZADA: Monopólio dos fatores de produção:
Mão de obra (pode ser contratada, automatizada ou mesmo familiar);
Matéria Prima (Insumos)
Tecnologia (Know-How)
Capital (Investimento)
PRODUÇÃO E/OU CIRCULAÇÃO DE BENS E/OU
SERVIÇOS
NÃO É ATIVIDADE EMPRESARIAL
-Escritório de Advocacia Estatuto da OAB § 3º do art. 1; § 3º do art. 16
-Cooperativa (983, parágrafo único)
- Profissionais liberais, de natureza científica, literária ou intelectual, mesmo com auxílio de colaboradores, exceto se exercerem objeto de empresa.
- Atividade rural sem registro (971)
As espécies de empresa nada mais são que o PERFIL SUBJETIVO DA EMPRESA. E segundo o Direito Empresarial brasileiro, são as seguintes:
EMPRESA INDIVIDUAL (EMPRESÁRIO INDIVIDUAL)
EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA (EIRELI)
SOCIEDADES EMPRESARIAIS (LTDA, S.A, NOME
COLETIVO, COMANIDITA SIMPLES E POR AÇÕES)
Só pode ser PESSOA FÍSICA/NATURAL;
Exerce atividade empresarial individualmente;
Não é criada uma personalidade jurídica (tem CNPJ apenas para fins fiscais);
Responsabilidade do titular da atividade de empresa individual é ILIMITADA E PESSOAL
Tem um único patrimônio que responde pelas dívidas pessoais e empresariais.
LEMBRE-SE DO BENEFÍCIO DE ORDEM
É obrigatório o Registro antes de iniciar as atividades.
Seu NOME EMPRESARIAL é FIRMA INDIVIDUAL (nome civil completo ou abreviado) Empresário Casado: aliena ou onera bens imóveis que fazem parte da atividade
empresarial, sem a necessidade de outorga conjugal independente do regime de bens.
CONDIÇÕES PARA SER EMPRESÁRIO INDIVIDUAL
NÃO ESTAR IMPEDIDO (v.g: Militares, Magistrados,
Promotores, Delegados de Polícia, Deputados Federais, Senadores, Presidente da República, Falidos, Inabilitados por decisões judiciais – penal, improbidade).
TER CAPACIDADE CIVIL PLENA
▪ Emancipado pode iniciar atividade empresarial
▪ Menores de idade e os incapazes supervinientes PODEM APENAS CONTINUAR A ATIVIDADE EMPRESARIAL ANTES EXERCIDA, desde que:
▪ Autorização Judicial
▪ Estejam devidamente assistidos ou representados
▪ Também terão proteção patrimonial especial (o patrimônio pessoal não responderá pelas dívidas da atividade empresarial)
É um novidade no Código Civil, foi criada pela Lei nº 12.441 de 2011.
É PESSOA JURÍDICA, logo não existirá CONFUSÃO PATRIMONIAL.
A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário mínimo vigente no país
A pessoa natural que constituir empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI) somente poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade.
Aplicam-se à empresa individual de responsabilidade limitada, no que couber, as regras previstas para as sociedades limitadas.
A empresa individual de responsabilidade limitada também poderá resultar da concentração das quotas de outra modalidade societária num único sócio, independentemente das razões que motivaram tal concentração.
Conceito e natureza jurídica do Estabelecimento
Exprime o “perfil objetivo” do conceito de empresa.
Também é chamado de Fundo de Comércio, Azienda, Fundo Empresarial.
Definição: “considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizados, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária” (art. 1.142, CC).
OBS: Para ser estabelecimento, os bens devam estar diretamente destinados à atividade. Portanto, fica claro que o estabelecimento é diferente de patrimônio. O estabelecimento até integra o patrimônio, mas não significa que o patrimônio é o estabelecimento.
Esses bens podem ser corpóreos (materiais) ou incorpóreos (imateriais). São exemplos de bens corpóreos ou materiais: móveis;
maquinários; mercadoria; equipamentos; imóvel; veículos; etc. São exemplos de bens incorpóreos: ponto comercial; nome empresarial;
marca; patente; site na internet etc.
O estabelecimento não é sujeito de direitos, porque quem exerce a atividade empresária é a sociedade empresária ou o empresário. O estabelecimento é objeto unitário de direitos - UNIVERSALIDADE (NATUREZA JURÍDICA) (artigo 1.143 do CC/02)
Universalidade de fato ou Universalidade de Direito? Para doutrina majoritária é uma universalidade de fato (reunião de bens por vontade do empresário ou sociedade empresária). Maria Helena Diniz defende ser uma universalidade de direito (bens reunidos criam uma nova categoria: a empresa).
AVIAMENTO OU GOODWILL
É o potencial de lucratividade, a aptidão para gerar lucros
Não é um bem de propriedade do empresário, mas sim uma soma de valores econômicos decorrentes do estabelecimento – é um atributo do estabelecimento (Oscar B. Filho)
Ele não pode ser vendido separadamente, porque é impossível, uma vez que ele não é elemento integrante, e sim atributo do estabelecimento;
A clientela e freguesia são manifestações externas do aviamento.
Estabelecimento como objeto de direitos e de negócios jurídicos
Se a natureza jurídica do estabelecimento empresarial é de “objeto unitário de direitos”, logo ele está perfeitamente sujeito à negociações empresariais (compra e venda, arrendamento, usufruto e etc)
Os bens do estabelecimento podem ser alienados isoladamente, exceto o nome empresarial
A compra e venda de um estabelecimento empresarial
tem uma denominação especial: TRESPASSE.
A eficácia do contrato de trespasse (valer contra terceiros – tem influência na falência) está condicionada aos seguintes requisitos:
1) Averbação na junta comercial e publicação na imprensa oficial (Art. 1.144, CC);
2) Pagar todos os credores ou ter a anuência expressa ou tácita, contados dos 30 dias após a notificação (Art.
1.145, CC) (expressa ou tácita)
Obs: se não houver a notificação os credores podem
pedir a falência do alienante. Art. 94, III, c, Lei
11.101/05.
Ponto Comercial
É a localização do estabelecimento empresarial. Não pode ser confundido com estabelecimento.
A lei protege o ponto comercial por meio da chamada ação renovatória (art. 51, da lei n. 8.245/95):
tem por finalidade a renovação compulsória do contrato de locação comercial – proteção jurídica do ponto comercial
Visa equilibrar dois princípios constitucionais: a
propriedade e a livre iniciativa.
Requisitos necessários para o direito à renovação compulsória da locação:
1. contrato escrito (art. 51, I);
2. contrato com prazo determinado (art. 51, I);
3. prazo de no mínimo 5 anos ININTERRUPTOS (art.
51, II);
4. exploração da mesma atividade por no mínimo 3 anos - formação do ponto empresarial (art. 51, III).
Faltando qualquer requisito, não caberá AÇÃO
RENOVATÓRIA.
Legitimados Ativos na Ação Renovatória:
1. o empresário locatário (art. 51, caput);
2. os cessionários, sucessores ou sublocatários (totais e parciais) (51, par. 1º);
3. o sócio, se seu contrato autorizar a utilização pela sociedade (art. 51, par. 2º);
4. sócio sobrevivente de sociedade dissolvida (art. 51, par.
5. indústrias e sociedades civis com fins lucrativos (art. 51, 3º);
par. 4º).
Prazo para propositura da ação renovatória: de 1 ano a 6
meses antes do término do contrato. Trata-se de prazo
decadencial.
Exceções de retomada/casos que permitem ao locador a retomada, ainda que atendidos todos os requisitos acima:
1. obras determinadas pelo Poder Público (art. 52, I);
2. reforma que valorize o imóvel (art. 52, I);
3. uso próprio, sem explorar o mesmo ramo de atividade (art. 52, II);4. transferência de fundo de comércio existente há mais de um ano, sendo sócio majoritário o locador, ascendente, descendente ou cônjuge (art. 52, II);
5. proposta inferior ao valor de mercado (art. 72, II);
6. proposta melhor de terceiro (art. 72, III);
Foro : local do imóvel, se não houver foro de eleição.
Penhora do imóvel do estabelecimento:
O STJ permitiu para casos excepcionais (esgotamentos os meios) e desde que não
sirva de residência para o empresário –
Súmula 451 (STJ).
2. Firma
- É um tipo de nome empresarial que, além de dar individualidade e
identidade, informa ao mercado sobre a titularidade da atividade negocial e sobre as pessoas que são por ela responsáveis.
- Ela exerce a FUNÇÃO DE ASSINATURA do empresário ou sociedade empresária
2.1 Firma Individual (art. 1.156, CC)
- É aplicável apenas para o empresário individual ou para a EIRELI
- Composição: NOME CIVIL BASE (completo ou abreviado), sendo
facultativo acrescentar uma designação mais precisa da sua pessoa ou do gênero de atividade.
Luiz Carlos Silva.
L C Silva.
Silva – Livros jurídicos
2.2 Firma Social ou Razão Social
- Utilizada, em regra, para sociedade empresária cujos sócios têm responsabilidade ilimitada
- Será necessariamente composta pelos nomes dos sócios completos ou abreviados.
- Uma vez titularizado o nome do sócio na razão social, este fica solidária e ilimitadamente responsáveis pelas obrigações contraídas sob a firma social
Art. 1.157. A sociedade em que houver sócios de responsabilidade ilimitada operará sob firma, na qual somente os nomes daqueles poderão figurar,
bastando para formá-la aditar ao nome de um deles a expressão "e companhia" ou sua abreviatura.
Parágrafo único. Ficam solidária e ilimitadamente responsáveis pelas obrigações contraídas sob a firma social aqueles que, por seus nomes,
figurarem na firma da sociedade de que trata este artigo.
3. Denominação
- Tem como regra geral, na sua composição, de um “elemento fantasia”
- Pode ser formada por qualquer expressão lingüística (o que alguns doutrinadores chamam de elemento fantasia) e a indicação do objeto social (ramo de atividade), esta obrigatória.
- Será sempre utilizada por Sociedade Empresária (Exc. EIRELI).
- A denominação não serve de assinatura, de forma que deverá esta ser feita com o nome civil de seu representante.
- A Sociedade Anônima sempre terá denominação
- As Sociedades Limitadas e as em Comanditas por Ações podem adotar.
- A denominação só é utilizada para sócio que tem responsabilidade limitada. Se a responsabilidade é ilimitada, será o caso de firma social.
Podem ser colocados os nomes dos sócios na denominação?
A regra geral da denominação tem uma exceção, que é justamente colocar o nome do sócio, mas como medida excepcional, em forma de homenagem ao sócio.
4. Proteção do Nome Empresarial
4.1 Princípios que regem o nome empresarial
Veracidade
Novidade
4.2 Proteção jurídica
- A proteção ao nome empresarial decorre automaticamente do registro ou empresário ou da sociedade empresária na Junta Comercial (art. 33, da Lei n. 8.934/94)
- Qual o âmbito geográfico de proteção do nome
empresarial? As Juntas Comerciais são órgãos
estaduais, logo, quando se faz o registro do
empresário ou da sociedade na Junta, o nome
empresarial só será protegido na unidade da federação
em que se fez o registro.
Art. 1.166. A inscrição do empresário, ou dos atos constitutivos das pessoas jurídicas, ou as respectivas averbações, no registro próprio, asseguram o uso exclusivo do nome nos limites do respectivo Estado.
Parágrafo único. O uso previsto neste artigo estender-se-á a todo o território nacional, se registrado na forma da lei especial.
4.3 Inalienabilidade do Nome Empresarial
- É a regra (art. 1.164, CC)
Ex: Companhia Brasileira de Distribuição (nome empresarial, porque identifica uma sociedade, e é S/A, porque o nome “companhia” vem no início). O título de estabelecimento é Pão de Açúcar, que é justamente o apelido dado para o estabelecimento empresarial.
Ex: Globex Comércio e Distribuição de Produtos do Lar S/A – Ponto Frio. Este é o título do estabelecimento que a sociedade empresária deu àquele conglomerado de bens.
Pode haver que se confundam o nome, a marca e o
título do estabelecimento. Ex: Itaú.
LEI 8.934/94
Sistema Nacional de Registro de Empresas Mercantis (Sinrem).
O Sinrem é integrado pelo Departamento de Registro
Empresarial e Integração (DREI – Antigo DNRC), vinculado
à Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência
da República, e pelas Juntas Comerciais, órgãos locais
responsáveis pelo registro de Empresários individuais,
sociedades empresárias e cooperativas. (LRE, art. 3º).
Atos de registro
I. Matrícula: a matrícula se refere aos agentes auxiliares do comércio.
Assim, são matriculados nas Juntas Comerciais, sob a supervisão e segundo as normas do Departamento Nacional do Registro do Comércio os leiloeiros, tradutores públicos, administradores de armazéns-gerais, trapicheiros (responsáveis por armazéns gerais de menor porte destinados à importação e exportação), entre outros. A matrícula é uma condição para que eles possam exercer tais atividades paracomerciais.
II. Arquivamento: correspondem, por sua vez, ao registro dos empresários individuais, sociedades empresárias e cooperativas. Enquanto não registrados seus atos constitutivos, as sociedades empresárias . As mudanças e demais observações relativas às empresas serão averbadas à margem do registro. A averbação é uma espécie de arquivamento e corresponde à anotação de nova situação contratual feita à margem do registro originário.
III. Autenticação: refere-se aos instrumentos de escrituração, ou seja, aos livros
comerciais. A autenticação é condição de regularidade dos referidos documentos.
Assim, um livro comercial, deve ser levado à
Junta Comercial para autenticação, e neste
ato terá todos os requisitos que devem ser
observados na escrituração, fiscalizados.
Registro de filiais
Inatividade do registro
LIVROS EMPRESARIAIS:
I. OBRIGATÓRIOS
a) Comuns – Independem da atividade exercida ou do tipo societário. O único exemplo é o Livro Diário.
b) Especiais – específicos para cada atividade ou tipo
societário. Exs: Livro de Registro de Duplicatas, Livro de Atas das Assembleias Gerais.
II. FACULTATIVOS – Servem para aprimorar o sistema e
controle da atividade empresarial. Exs: Livro Contas-
Correntes, Livro de Caixa. Não há sanções pela não-
escrituração de livros facultativos.
O empresário e a sociedade empresária possuem o dever comum de escriturar e conservar os livros comerciais, juntamente com a correspondência e demais papéis concernentes à sua atividade, enquanto não ocorrer a prescrição ou decadência no tocante aos atos neles consignados. São obrigados também a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico.
É dispensado dessas exigências o pequeno
empresário a que se refere o art. 970 do CC. (MEI)
De acordo com o art. 1.182 do CC/02, a escrituração deve ficar a cargo de um contabilista (vide preposto), salvo se nenhum houver na localidade.
O art. 1180 do CC/02 prescreve a
obrigatoriedade do livro Diário, que pode ser
substituído por fichas, nos caso de
escrituração mecanizada ou eletrônica.
SIGILOSIDADE
Art. 1.190. Ressalvados os casos previstos em lei, nenhuma autoridade, juiz ou tribunal, sob qualquer pretexto, poderá fazer ou ordenar diligência para verificar se o empresário ou a sociedade empresária observam, ou não, em seus livros e fichas, as formalidades prescritas em lei.
Art. 1.191. O juiz só poderá autorizar a exibição integral dos livros e papéis de escrituração quando necessária para resolver questões relativas a sucessão, comunhão ou sociedade, administração ou gestão à conta de outrem, ou em caso de falência.
Exibição PARCIAL de livros do empresário
(Súmula 260 E 439, STF)
Lei 9279/96
O Estado protegendo Patente, Marca, Desenho Industrial.
OBS: A Lei de Propriedade Industrial também cuida de dois outros assuntos (art. 2º):
- Repressão à falsa indicação geográfica;
- Repressão à concorrência desleal
O pedido de proteção é realizado no INPI,
autarquia federal vinculada ao Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior
Patente
Requisitos (Arts. 8, 10, 11 e 18): novidade; atividade inventiva; aplicação industrial; livre de impedimentos
Espécies: Invenção: totalmente novo (20 anos a contar do depósito, garantidos no mínimo 10 anos de exclusividade)
Modelo de Utilidade: melhoria funcional (15 anos a contar do depósito, garantidos no mínimo 7 anos de exclusividade)
Empregado/Empregador
Licença: voluntária, por abuso, utilização de terceiro, emergência nacional/interesse público
Cessão
Registro Industrial
Marca (art. 122) – sinal visualmente distintivo de produtos e serviços, a fim de diferenciá-los de outros iguais ou semelhantes de origem diferente.
Requisitos: novidade relativa; não colidência com marca de alto renome; não colidência com marcar notoriamente conhecida, livre de impedimentos.
Prazo de proteção: 10 anos de proteção prorrogáveis por períodos iguais e sucessivos.
Espécies: marca de produto e serviço; marca de certificação; marca coletiva.
Desenho Industrial: Não é relacionado com utilidade e sim com o formato, desing, aparência, visual. Se pretende preservar o formato com a aplicação industrial.
Requisitos: Novidade, Originalidade, Não impedimento.
Protegido por 10 anos a partir do deposito
prorrogáveis por mais 3 períodos de 5 anos.
Para o desenvolvimento da empresa, conta-se
com pessoas que desempenham a mão-de-
obra (fator de produção). Podem ser
contratados pela empresa sob o regime
trabalhista ou como profissionais autônomos
para atividades específicas. São denominados
prepostos.
Art. 1.169. O preposto não pode, sem autorização escrita, fazer-se substituir no desempenho da preposição, sob pena de responder pessoalmente pelos atos do substituto e pelas obrigações por ele contraídas.
Art. 1.170. O preposto, salvo autorização expressa, não pode negociar por conta própria ou de terceiro, nem participar, embora indiretamente, de operação do mesmo gênero da que lhe foi cometida, sob pena de responder por perdas e danos e de serem retidos pelo preponente os lucros da operação.
Art. 1.171. Considera-se perfeita a entrega de papéis, bens ou valores ao preposto, encarregado pelo preponente, se os recebeu sem protesto, salvo nos casos em que haja prazo para reclamação
Salvo autorização expressa, os prepostos não podem concorrer com o preponente sob pena de responder civilmente perante o preponente e cometer o crime de concorrência desleal (art. 195, Lei 9.279/96).
Considera-se gerente o preposto permanente no exercício da empresa, na sede desta, ou em sucursal, filial ou agência. Quando a lei não exigir poderes especiais, considera-se o
gerente autorizado a praticar todos os atos necessários ao exercício dos poderes que
lhe foram outorgados
Na falta de estipulação diversa, consideram-se solidários os poderes conferidos a dois ou mais gerentes
Art. 1.174. As limitações contidas na outorga de
poderes, para serem opostas a terceiros,
dependem do arquivamento e averbação do
instrumento no Registro Público de Empresas
Mercantis, salvo se provado serem conhecidas da
pessoa que tratou com o gerente.
É o profissional em ciências contábeis responsável por toda a escrituração dos livros do empresário. Deve ser inscrito no órgão competente e estar legalmente habilitado. A atuação de contabilista é obrigatória, mas a lei dispensa a sua presença se na localidade não houver profissional da área (CC/02, Art. 1.182) ou se tratar de pequeno empresário dispensado do dever de escrituração (CC/02, Art. 1179 (omissis), § 2º).
Art. 1.177. Os assentos lançados nos livros ou fichas do preponente, por qualquer dos prepostos encarregados de sua escrituração, produzem, salvo se houver procedido de má-fé, os mesmos efeitos como se o fossem por aquele.
Parágrafo único. No exercício de suas funções, os prepostos são pessoalmente responsáveis, perante os preponentes, pelos atos culposos; e, perante terceiros, solidariamente com o preponente, pelos atos dolosos.