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NR 34 CURSO BÁSICO PARA OBSERVADOR DE TRABALHOS A QUENTE NR 20

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CURSO BÁSICO PARA OBSERVADOR DE TRABALHOS A QUENTE

NR 34

NR 20

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2021

CURSO BÁSICO PARA OBSERVADOR DE TRABALHOS A QUENTE

NR 34

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Sumário 01.

Módulo 1 Introdução Definições Classes de fogo Métodos de extinção Tipos de extintores

Como empregar os agentes extintores Manutenção e revisão de extintores Instalações hidráulicas

Sistema de alarme e comunicação Rotas de fuga

Equipamentos de resgate

Equipamentos de proteção individual e coletiva Práticas de prevenção e combate a incêndio Conclusão

03 04 04 05 06 07 11 12 13 15 15 16 18 19 20

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MÓDULO

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CURSO BÁSICO PARA OBSERVADOR DE TRABALHOS A QUENTE

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1 -INTRODUÇÃO

Olá! Seja bem-vindo ao curso básico para observador de trabalhos a quente.

A Norma Regulamentadora 34 dispõe acerca das condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção e reparação naval, define trabalho a quente, no item, 34.5.1, como sendo:

“Para fins desta Norma, considera-se trabalho a quente as atividades de soldagem, goivagem, esmerilhamento, corte ou outras que possam gerar fontes de ignição, tais como: aquecimento, centelha ou chama.”

Em síntese, trata-se de operações com alto risco de incêndio e/ou explosão. Isso se deve à possibilidade de existência de gases e/ou vapores na faixa de inflamabilidade ou explosividade dos fluidos combustíveis e/ou inflamáveis junto com o trabalho a quente (fonte de ignição).

2 - DEFINIÇÕES

2.1 - LIMITES DE INFLAMABILIDADE

Para que um gás ou vapor queime, é necessário que exista, além da fonte de ignição, uma mistura com um percentual máximo e mínimo de gás combustível e o ar atmosférico (oxigênio).

2.2 - LIMITE DE INFLAMABILIDADE INFERIOR (LII)

É a mínima concentração do gás que, misturada ao ar atmosférico, é capaz de provocar a combustão a partir do contato com uma fonte de ignição. Concentrações inferiores não provocam combustão, pois existe excesso de oxigênio. Nesse caso, são chamadas de “mistura pobre”.

2.3 - LIMITE DE INFLAMABILIDADE SUPERIOR (LIS)

É a máxima concentração do gás que, misturada ao ar atmosférico, é capaz de provocar a combustão a partir do contato com uma fonte de ignição. Concentrações superiores não causam combustão, pois existe excesso de combustível, sendo, portanto, chamadas de “mistura rica”.

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Veja na Tabela a seguir, os limites inferior e superior da inflamabilidade para diversos gases.

Limites de inflamabilidade - inferior e superior

O ambiente encontra-se dentro da faixa de inflamabilidade quando entre os limites inferiores e superiores (mistura ideal), ou seja, o risco de incêndio e explosão é iminente.

Limites de inflamabilidade e misturas

3 -CLASSES DE FOGO

Os incêndios são classificados de acordo com as características dos materiais combustíveis. Portanto, é necessário ter o conhecimento da natureza do material que está sendo queimado, a fim de descobrir o melhor método para uma extinção rápida e segura do fogo.

CLASSE A

caracteriza-se por fogo em materiais sólidos;

queima em superfície e profundidade;

após a queima, deixa resíduos, brasas e cinzas;

esse tipo de incêndio pode ser extinto, principalmente, pelo método de resfriamento. Algumas vezes, por abafamento, com a utilização de um jato pulverizado.

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CLASSE B

caracteriza-se por fogo em combustíveis líquidos inflamáveis;

queima em superfície;

após a queima, não deixa resíduos;

esse tipo de incêndio pode ser extinto pelo método de abafamento.

CLASSE C

caracteriza-se por fogo em materiais/equipamentos energizados. Em geral, equipamentos elétri- cos;

a extinção só pode ser realizada com agente extintor não condutor de eletricidade. Extintores de água ou espuma nunca devem ser utilizados;

em incêndios de classe C, a primeira ação a ser tomada é o desligamento do disjuntor. Assim, ele se tornará um incêndio de classe A ou B.

CLASSE D

caracteriza-se por fogo em metais pirofóricos (alumínio, antimônio, magnésio, etc.);

são difíceis de serem apagados;

são extintos pelo método de abafamento;

não se deve utilizar extintores de água ou espuma para apagar o fogo.

4 - MÉTODOS DE EXTINÇÃO

Para haver uma chama é necessário que se forme o triângulo com os seguintes componentes: combus- tível, comburente e calor.

Estudos mais recentes, defendem a existência de quadrado ou tetraedro do fogo. Assim, para que ocorra a extinção da chama em uma reação em cadeia, basta a retirada de um dos elementos que com- põe o fogo. Com esse método, de retirada de um dos elementos do fogo, temos as seguintes formas de extinção: por retirada do material, por abafamento, por resfriamento e extinção química.

EXTINÇÃO POR RETIRADA DO MATERIAL (ISOLAMENTO)

Esse método consiste em duas técnicas distintas: a retirada do material que está sendo queimado ou a retirada do material que está próximo ao fogo.

EXTINÇÃO POR RETIRADA DO COMBURENTE (ABAFAMENTO)

Trata-se da diminuição ou impedimento do contato de oxigênio com o combustível.

EXTINÇÃO POR RETIRADA DO CALOR (RESFRIAMENTO)

Esse método consiste na diminuição da temperatura e da eliminação do calor, até que o combustível não gere mais gases ou vapores. Consequentemente, o fogo se apagará.

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EXTINÇÃO QUÍMICA

Esse método ocorre quando há reação em cadeia. Corresponde ao seguinte: o combustível, sob ação do calor, gera gases ou vapores que, ao se combinarem com o comburente, formam uma mistura infla- mável.

Quando determinados agentes extintores são lançados ao fogo, suas moléculas dissociam-se pela ação do calor e combinam com a mistura inflamável (gás ou vapor mais comburente), formando outra mistura não inflamável.

5 - TIPOS DE EXTINTORES

Os agentes extintores são substâncias que, devido às suas características, extinguem-se quando lan- çados ao fogo.

Existem inúmeros agentes, os mais comuns são:

água;

espuma (mecânica ou química);

gás carbônico (CO₂);

pó químico seco (PQS);

Halon.

Tipos de extintores e agentes

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Os extintores possuem os selos de identificação do agente extintor correspondente ao seu conteúdo.

Essa informação é extremamente importante, pois há agentes que não são compatíveis com o fogo a ser extinto. Fonte: NR 23

Identificação dos agentes

5.1 - EXTINTOR DE ÁGUA

É o equipamento que contém o agente extintor, água. Para que ela seja expulsa do extintor é necessária a presença de uma pressão interna, a qual será atingida com a ajuda de um gás propelente não combustível, que pode ser: CO₂, Nitrogênio, etc.

Tipos de extintores de água:

pressurizado;

pressão Injetada.

Como utilizar o extintor de água do tipo pressurizado:

1. Retirar o aparelho do suporte e transportá-lo até as proximidades do fogo;

2. Soltar a trava de segurança;

3. Apontar o mangotinho para a base do fogo e apertar o gatilho localizado na válvula de saída.

Como utilizar o extintor de água de pressão injetada (com ampola):

1. Retirar o aparelho do suporte e transportá-lo até as proximidades do fogo;

2. Abrir a válvula da ampola de CO₂;

3. Retirar a mangueira do suporte e dirigir o jato contra a base do fogo.

Cuidados necessários ao utilizar um extintor de água:

não tentar fazer reparo de quaisquer defeitos identificados nos extintores. O correto é que sejam encaminhados à manutenção especializada;

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não recolocar o extintor no suporte, sem que seja previamente recarregado;

não utilizar em equipamentos elétricos energizados.

5.2 - EXTINTOR DE ESPUMA QUÍMICA

Como utilizar o extintor de espuma química:

Uso Indicado: incêndios de classes “A” e “B”.

CLASSE “A”

1. Retirar o aparelho e transportá-lo na posição vertical, isto é, na mesma posição de apoio no suporte, e levá-lo até as proximidades do fogo;

2. Inverter a posição do aparelho;

3. Dirigir o jato contra a base do fogo, quando se tratar de materiais sólidos;

4. Inverter a posição do aparelho.

CLASSE “B”

1. Retirar o aparelho e transportá-lo na posição vertical, isto é, na mesma posição de apoio no suporte, e levá-lo até as proximidades do fogo;

2. Inverter a posição do aparelho;

3. Dirigir o jato contra as bordas ou peças salientes do tanque, em caso de líquidos.

Cuidados necessários ao utilizar um espuma química:

não inverter a posição do extintor fora do local de uso;

não utilizar em instalações elétricas energizadas;

não conduzir o jato diretamente sobre o líquido em chamas, pois é arriscado que o fogo se espalhe;

se, após a inversão para o uso, o aparelho não funcionar, abandone-o em local afastado. Aparelho defeituoso ou entupido apresenta risco de explosão;

não tentar fazer reparos em aparelhos defeituosos. O correto é encaminhá-los à manutenção especializada;

não recolocar o extintor no suporte, sem que esteja completamente recarregado.

5.3 - EXTINTOR DE GÁS CARBÔNICO (CO₂)

Como utilizar o extintor de CO₂:

Uso Indicado: incêndios de classes “B” e “C”.

1. Retirar o aparelho do suporte e transportá-lo até as proximidades do fogo;

2. Retirar o pino de segurança;

3. Empunhar o difusor e atacar o fogo dirigindo o jato para a base dele, com movimentos rápidos do difusor.

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Atenção: o uso de extintor de halon é semelhante ao de CO₂.

Cuidados necessários ao utilizar extintor de CO₂:

não tentar fazer reparo em aparelhos defeituosos. O correto é encaminhá-los à manutenção especializada;

não recolocar o extintor no suporte, sem que esteja totalmente recarregado;

não conservar os extintores de gás carbônico em locais de temperatura elevada (acima de 40º C).

5.4 - EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO SECO (PQS)

Como utilizar o extintor de PQS:

Uso Indicado: incêndios de classes “B” e “C”.

Aparelho de Pressão injetada ou com ampola externa:

1. Retirar o aparelho do suporte e transportá-lo até as proximidades do fogo;

2. Abrir a válvula da ampola de pressurização;

3. Apontar o difusor ou esguicho para a base do fogo e apertar o gatilho da válvula; fazer movimentos de um lado para o outro para melhorar o rendimento durante o combate.

Aparelho pressurizado:

1. Retirar o aparelho do suporte e transportá-lo até as proximidades do fogo;

2. Soltar a trava de segurança;

3. Apontar o difusor para a base do fogo e apertar o gatilho da válvula;

4. Movimentar o difusor para melhorar o rendimento durante o combate.

Cuidados necessários ao utilizar extintor de PQS:

não tentar fazer reparo em aparelhos defeituosos. O correto é encaminhá-los à manutenção especializada;

não recolocar o extintor no suporte, sem que esteja totalmente recarregado.

5.5 - EXTINTOR DE ESPUMA MECÂNICA

Adequado para extinção de princípios de incêndios classe “A” e “B”

Operação para extintores pressurizados:

1. levar o extintor até o local do fogo;

2. posicionar-se em uma distância segura;

3. retirar o pino de segurança;

4. empunhar a mangueira;

5. acionar o gatilho, aplicando o jato na base do fogo. Em caso de líquido inflamável, dirigir o jato em anteparo, ou indiretamente, de forma a evitar a agitação do líquido.

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Operação para extintores com pressão injetada (com ampola externa):

1. levar o extintor ao local do fogo;

2. posicionar-se numa distância segura;

3. abrir o registro da ampola;

4. aplicar o jato na base da chama;

5. em caso de fogo em líquido inflamável, dirigir o jato em anteparo, ou diretamente, de forma a evitar a agitação do líquido;

6. manter um filme sobre o líquido inflamável, após a aplicação, de forma a evitar a reignição.

OBSERVAÇÕES:

O extintor de espuma mecânica substitui, com vantagem, o extintor de espuma química, tanto no quesito eficiência na extinção do fogo, quanto na duração de sua carga (em média, cinco anos). Além disso, possui maior poder de penetração em materiais sólidos comuns, se comparado com a água.

6 - COMO EMPREGAR OS AGENTES EXTINTORES

Observação: para incêndio classe D (materiais pirofóricos: sódio, potássio, magnésio, alumínio em pó, etc.), os agentes extintores utilizados são: grafite em pó, areia seca e limalha de ferro fundido.

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7 - MANUTENÇÃO E REVISÃO DE EXTINTORES 7.1 - EXTINTOR DE ESPUMA

7.2 - EXTINTOR DE GÁS CARBÔNICO (CO₂)

7.3 - EXTINTOR DE ÁGUA-GÁS

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7.4 - EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO

7.5 - EXTINTOR DE HALON

8 - INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS

As instalações hidráulicas são recursos de que dispõem as equipes de combate ao fogo, para possibilitar o controle de acidentes.

Os 2 principais tipos de instalações hidráulicas são as automáticas e as sob comando.

8.1 - INSTALAÇÕES AUTOMÁTICAS

São acionadas por sensores (detectores de fumaça), termostatos (temperatura), sprinklers, etc.

8.1 - INSTALAÇÕES SOB COMANDO

São aquelas em que há a formação de equipes treinadas. No momento da ocorrência de incêndios, as equipes entram em operação, montando os dispositivos de combate ao fogo.

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Essas instalações são compostas de:

Reservatórios - São materiais como tanques, caixas (subterrâneas ou aéreas), fossos, entre outros, que são utilizados para armazenamento de certa quantidade de água. Tal instalação deverá ser exclusiva para uso em caso de incêndios.

Esses materiais, quando estão em posições elevadas, mantêm a rede constantemente pressurizada.

Já aqueles que estão ao nível do chão ou subterrâneos, necessitam de bombas de recalque para fornecer a pressão exigida.

Bombas de recalque - São dispositivos destinados ao envio de água, a pontos distantes ou elevados, bem como, ao fornecimento da pressão necessária aos equipamentos.

Podem ser acionados por motores elétricos ou motores à explosão que estejam acoplados a elas.

Tubulações - As tubulações são instalações metálicas (aço carbono ou ferro fundido), subterrâneas, e que distribuem água por toda a instalação.

Hidrantes - Terminais das tubulações que permitem a captação de água por meio de mangueira.

São controlados por válvulas (registros). Eles podem ser de diferentes tipos, conforme as necessidades dos locais.

Abrigos - Caixas metálicas, instaladas na edificação, e que têm por função guardar esguichos, chaves e mangueiras.

Mangueiras - Dutos flexíveis dobráveis, fabricados com fibras naturais, como algodão ou linho, ou fibras sintéticas (poliéster). As mangueiras são utilizadas para conduzir água até o ponto do incêndio e podem ser fabricadas em diversos diâmetros.

Cuidados especiais devem ser tomados com as mangueiras. Por isso, ações como: arrastá-las no piso, danificar suas conexões, deixar que veículos, de qualquer porte (bicicletas, carrinhos ou automóveis) passem por cima ou entrem em contato com agentes agressivos (ácidos ou álcalis), essas ações devem ser evitadas.

Conexões - São peças confeccionadas em latão, montadas por meio de empatação às extremidades das mangueiras e que servem para acoplá-las a hidrantes, a outras mangueiras, viaturas, esguichos, entre outros.

As conexões não podem ser jogadas no solo, sofrer impactos ou quaisquer danos, caso isso ocorra, toda a mangueira será inutilizada.

Esguicho - São equipamentos destinados a dar forma e direção ao jato d’água. Podem ser de diversos tipos, os mais comuns são:

› agulheta (jato pleno);

› regulável simples;

› regulável com bloqueio;

› universal (com aplicador de neblina);

› formador de espuma.

Chaves de mangueiras (storz) - Auxiliam no acoplamento entre mangueiras ou equipamentos que possuam conexões, quando houver dificuldade para realizá-lo com as mãos.

Derivante - São peças em forma de “Y”, destinadas a dividir a aplicação da água para dois ou mais pontos. Podem ser montadas com ou sem registros.

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9 - SISTEMAS DE ALARME E COMUNICAÇÃO

Dispositivos destinados ao reconhecimento de uma situação em que haja princípio de incêndio, com prévio aviso aos indivíduos de determinada edificação.

Existem diversos tipos de detectores e alarmes, tais como:

alarme sonoro;

alarme visual;

alarme sonoro e visual;

detector automático pontual de fumaça;

detector de temperatura pontual;

detector linear;

detector automático de chama;

detectores térmicos.

Esses detectores são instalados de acordo com a exigência legal de cada Estado.

9.1 - COMUNICAÇÃO

É o ato ou o efeito de emitir, transmitir e receber mensagens.

COMUNICAÇÃO OPERACIONAL

Trata-se da correta utilização das técnicas e equipamentos de comunicação, que permitirá o fluxo de mensagens entre os brigadistas ou entre a edificação e o Corpo de Bombeiros.

Equipamentos utilizados na comunicação:

rádio;

telefone;

fax;

computador.

10 - ROTAS DE FUGA

As rotas de fuga devem ser específicas para cada tipo de embarcação. Vários fatores devem ser considerados para garantir corretamente sua utilização, tais como:

a instalação de lâmpadas de iluminação de emergência ao longo de toda a rota de fuga, inclusive nas escadas, de modo que, em caso de total falta de energia elétrica, possam ser seguramente utilizadas;

é necessário que exista, pelo menos, uma rota de fuga livre no projeto para ser utilizada, caso ocorra alguma obstrução na passagem pela existência de calor ou fumaça na rota principal. Todas elas deverão estar protegidas por suas localizações ou por seus sistemas de proteção contra incêndio;

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as rotas de fuga são classificadas como: rota de fuga principal e rota de fuga secundária. A primeira deverá ter, no mínimo, 1,20 m de largura por 2,10 m de altura, ao passo que a segunda deverá ter, no mínimo, 1,00 m de largura por 2,10 m de altura;

o tempo de deslocamento necessário para que o ponto de embarque seja alcançado, será calculado levando-se em consideração as diferentes velocidades alcançáveis, relativamente a cada tipo de piso a ser percorrido: piso plano, escada, escada vertical, etc.

as rotas de fuga ficarão impedidas se uma das seguintes situações for identificada:

1. radiação térmica maior que 4 kW/m2, em qualquer ponto da rota de fuga;

2. serem atingidas por chamas diretas;

3. gás inflamável > 50% por volume (fato este que poderá causar um rápido asfixiamento);

4. envolvimento pela fumaça, causando dificuldades de respiração e visibilidade.

11 - EQUIPAMENTOS DE RESGATE

BOTE DE RESGATE

É um meio coletivo de abandono da embarcação que estiver em perigo. É capaz de preservar a vida de pessoas, por certo período, enquanto aguardam socorro.

BALSA SALVA-VIDAS

É necessária a existência de um número de balsas que seja compatível com a totalidade da capacidade da tripulação de bordo. Exemplo:

Para uma tripulação, formada por 64 pessoas, deverão ser selecionadas 4 balsas infláveis, com capacidade de suportar 16 pessoas em cada uma delas. Se estiverem localizadas 2 balsas em cada bordo, deverá haver também, uma prancha de embarque em cada um deles, para possibilitar o resgate do pessoal.

COLETES

São meios individuais de abandono, capazes de manter uma pessoa flutuando na superfície por, no mínimo, 24 horas, ainda que inconsciente.

Recomendam-se:

› 30 coletes salva-vidas, um para cada tripulante a bordo. Deverá haver também um para cada ocupante da cabine;

› 3 coletes para crianças, 10% do total, localizado na estação de incêndio;

› 2 coletes no passadiço;

› 3 coletes na praça de máquinas.

ROUPA DE IMERSÃO

Trata-se de uma roupa protetora que reduz a perda de calor do corpo de quem estiver utilizando-a em água fria. Ela permite que os movimentos e o deslocamento da pessoa sejam realizados normalmente.

Recomendam-se 30 roupas de imersão, localizadas nas cabines, uma para cada ocupante delas.

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EQUIPAMENTOS DE BOMBEIRO

Devido ao requisito da notação de classe Fifi 2 (navios de apoio a plataformas), é essencial a existência de 8 equipamentos de bombeiro, localizados na estação de incêndio.

Cada equipamento é composto por:

a) 1 roupa completamente fechada, resistente ao fogo (capuz, macacão e jaqueta;

b) 1 par de botas e luvas resistentes ao fogo;

c) 1 cinto de segurança resistente ao fogo;

d) 1 capacete de segurança;

e) 1 aparelho de respiração de ar- comprimido;

f) 2 cilindros adicionais;

g) 1 machado;

h) 1 lâmpada de segurança vermelha;

i) 1 cabo de segurança resistente ao fogo (45m);

j) 1 furadeira manual para apenas um dos conjuntos, que deverá estar localizada na estação de incêndio.

APARELHO DE RESPIRAÇÃO

Trata-se de uma máscara de escape de emergência (EEBD). De acordo com os protocolos, é necessária a existência de 6 unidades, em uma embarcação. Exemplo:

› 1 na sala de comando na praça de máquinas;

› 1 na entrada da praça de máquinas;

› 1 na entrada da praça de máquinas convés, acima do fundo duplo;

› 1 na estação de combate a incêndio;

› 1 no corredor principal das acomodações convés principal;

› 1 no corredor principal das acomodações convés A.

BOIAS SALVA-VIDAS

› 2 boias com retinida (uma em cada bordo), localizadas no convés B;

› 2 boias com sinal fumígeno, localizadas no passadiço;

› 4 boias com dispositivo de iluminação automática: 2 localizadas no convés principal e 2 no convés B;

SINAIS FUMÍGENOS

São dispositivos que se destinam à indicação de uma situação de perigo, quer seja de uma embarcação ou de uma pessoa. Poderá funcionar durante o dia ou à noite. Também é possível indicar que um sinal de socorro emitido foi recebido e entendido. Localizam-se no convés do passadiço.

SINAIS PARAQUEDAS

O foguete manual estrela vermelha com paraquedas é o dispositivo de acionamento manual que, ao atingir 300 metros de altura, ejeta um paraquedas com uma luz vermelha intensa. Ele é utilizado em embarcações de sobrevivência, para emitir sinal de socorro visível a grande distância. Recomendam-se 12 sinais paraquedas.

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FACHOS MANUAIS

Dispositivo de acionamento manual que emite luz vermelha intensa. É utilizado em embarcações de sobrevivência para indicar sua posição à noite. Recomendam-se 2 fachos manuais – luz vermelha.

FUMÍGENOS FLUTUANTES

Dispositivo de acionamento manual que emite fumaça, por 3 ou 15 minutos, para indicar, durante o dia, a posição de uma embarcação de sobrevivência ou a de uma pessoa que tenha caído na água.

Recomendam-se 2 fumígenos flutuantes – laranja.

LANÇA RETINIDA

Recomendam-se 1 lança retinida com 4 projéteis.

11.1 - APARELHOS DE COMUNICAÇÃO

Localizados no convés do passadiço. Recomendam-se:

2 radares transponder;

3 rádios-telefone VHF.

11.2 - DANGEROUS GOODS

O transporte de cargas perigosas é conhecido como Dangerous Goods. São todas e quaisquer cargas que possam apresentar riscos, principalmente quando submetidas a algum tipo de movimento.

A Dangerous Goods Regulation é uma norma internacional de identificação do tipo de carga perigosa está sendo transportada. Localizados na estação de incêndio – Requerimento especial para Dangerous Goods, e ainda:

4 roupas de proteção, resistentes a substâncias químicas;

2 aparelhos de respiração;

2 refis para cada aparelho de respiração, total de 4 unidades;

2 extintores portáteis de pó químico, total de 12 kg;

1 aparelho de detecção de gases.

11.3 - CAIXA DE PRIMEIROS SOCORROS

As embarcações, que transportarem mais de 15 pessoas a bordo, deverão ser guarnecidas com uma caixa de primeiros socorros. Recomendam-se 1 caixa de primeiros socorros na sala de controle, localizada na praça de máquinas.

12 - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA

Os equipamentos de proteção individual (EPI) devem ser definidos para cada tipo de embarcação, de acordo com os riscos envolvidos. Em geral, são mais comuns:

macacão com proteção nos braços;

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calçado de segurança;

protetor auricular;

óculos de segurança;

máscara a prova de gases;

sistema de respiração autônoma (ar mandado ou com cilindros).

Por outro lado, equipamentos de proteção coletiva são definidos nos projetos de sistema de segurança da embarcação. São comumente utilizados:

sistemas de ventilação;

sistemas com detectores de gases, como: GLP, Gás Natural, H₂S, entre outros;

exaustores para gases, névoas e vapores contaminantes;

corrimão e guarda-corpos;

fitas sinalizadoras e antiderrapantes em degraus de escada;

piso antiderrapante;

isolamento de áreas de risco;

sinalizadores de segurança (como placas e cartazes de advertência ou fitas zebradas).

13 - PRÁTICAS DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO

A NR 34 recomenda, no item 34.5.2.1, que seja realizada uma inspeção preliminar:

“Nos locais onde serão realizados trabalhos a quente, a inspeção preliminar deverá ser efetuada de modo a assegurar que:

a) o local de trabalho e áreas adjacentes estejam limpos, secos e isentos de agentes combustíveis, inflamáveis, tóxicos e contaminantes;

b) a área seja somente liberada após constatação da ausência de atividades incompatíveis com o trabalho a quente;

c) o trabalho a quente seja executado por trabalhador qualificado.”

A norma referenciada recomenda, ainda, a adoção de medidas de proteção contra incêndio, conforme disposto no item 34.5.3.1:

“Cabe aos empregadores tomarem as seguintes medidas de proteção contra incêndio, nos locais onde se realizam trabalhos a quente:

a) providenciar a eliminação ou manter sob controle possíveis riscos de incêndios;

b) instalar proteção física adequada contra fogo, respingos, calor, fagulhas ou borras, de modo a evitar o contato com materiais combustíveis ou inflamáveis, bem como interferir em atividades paralelas ou na circulação de pessoas;

b) manter desimpedido e próximo à área de trabalho sistema de combate a incêndio, especificado conforme tipo e quantidade de inflamáveis e/ou combustíveis presentes;

b) inspecionar o local e as áreas adjacentes ao término do trabalho, a fim de evitar princípios de incêndio.”

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14 - CONCLUSÃO

Caro aluno, chegamos ao final,

Esperamos que o conteúdo apresentado, no decorrer do presente material, possa contribuir de forma efetiva para a preservação de sua saúde e para a realização de uma jornada de trabalho com a máxima segurança.

Até a próxima oportunidade!

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