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Energia solar para aquecimento de águas

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(1)

Energia solar para

Energia solar para

aquecimento de

aquecimento de

á

á

guas

guas

Notas das aulas da disciplina de

(2)

Sol – Fonte de energia térmica

¾

¾ A quantidade de energia incidente sobre a Terra A quantidade de energia incidente sobre a Terra éé imensa, mas

imensa, mas éé difusa, cdifusa, cííclica e sazonal.clica e sazonal.

¾ Sol estrela mais próxima da Terra (1AU=1,496x108 km)

¾ A radiação solar extraterreste é atenuada por dois mecanismos:

• dispersão, devida às moléculas de ar, vapor de água e às poeiras na atmosfera

ƒ dispersão de Rayleigh - moléculas de gás, que provocam uma dispersão em todas as direcções de uma forma quase uniforme

ƒ dispersão de Mie - poeiras e partículas de aerossóis na atmosfera, concentra as radiações em direcções que estão vedadas aos raios solares

• absorção, especialmente pelo ozono, vapor de água e dióxido de carbono.

¾ A Terra no seu movimento à volta da Sol não mantém uma órbita estável.

(3)
(4)

Excentricidade do movimento da Terra

Excentricidade de uma elipse: e = c/a e = 0,0167

www.astrofotoportugal.com/ siteapaa/GA/Excentricidade_Brasil_1.pdf

cf. Fig. pag. 2

(5)

Variação da distância da Terra ao Sol

¾ Radiação solar sobre a Terra - inversamente

proporcional ao quadrado da sua distância ao

Sol

• Eo=(ro / r)2 = 1+0,033 cos (2

π

d

n / 365)

ƒ [Duffie and Beckman, 1980]

ƒ Eo – factor de correcção da excentricidade da Terra ƒ dn – nº do dia do ano

(6)

Radiação solar e movimento de

inclinação e translação da Terra

¾ A radiação solar extraterreste (S

e

) pode ser

determinada pela expressão:

S

e

= S. E

o

. cos (

δ

)

S - constante solar (S = 1353 W/m2) [Fonte: NASA, 1971]

http://www.nasa.gov/centers/goddard/news/topstory/2003/0313irradiance.html

Eo - factor de correcção de excentricidade da órbita (0,983< Eo <1,017)

cf. Fig (pag. 2)

δ - ângulo entre o raio solar e o plano equatorial (normal ao eixo polar), chamado de ângulo de declinação solar

(7)

Oscilação da Terra em torno do eixo polar

Ângulo de declinação -

δ

δ = (0,006918 - 0,399912 cos Γ + 0,070257 sin Γ - 0,006758 cos 2 Γ + 0,000907 sin 2

Γ-0,002697 cos 3 Γ + 0,00148 sin 3 Γ)(180/π)

(8)
(9)

Atenuação da radiação solar

¾ A radiação emitida pelo Sol corresponde à radiação emitida por um corpo negro à temperatura de 5762 K

¾ A radiação solar extraterreste é atenuada por dois mecanismos:

• dispersão, devida às moléculas de ar, vapor de água e às poeiras na atmosfera

ƒ dispersão de Rayleigh - moléculas de gás, que provocam uma dispersão em todas as direcções de uma forma quase uniforme

ƒ dispersão de Mie - poeiras e partículas de aerossóis na atmosfera, concentra as radiações em direcções que estão vedadas aos raios solares

• absorção, especialmente pelo ozono, vapor de água e dióxido de carbono.

(10)

Radiação térmica

¾ Propagação de uma onda electromagnética, por agitação molecular e atómica - fotões ou quanta

¾ Velocidade de propagação da luz (c)

c =

λ.ν

¾ Comprimento de onda ¾ Frequência – ν

(11)

Radiação térmica no

Espectro de radiação electromagnética

(12)

Reacção das superfícies à radiação

¾ Por efeito da irradiação ocorre:

• transmissão (τ), • absorção (α)

(13)

Lei de Planck

¾ A radiação total emitida por corpo negro é dada por uma distribuição contínua e não uniforme de radiações monocromáticas, i.e., para temperaturas seleccionadas

ª Radiação emitida varia continuamente com o comprimento de onda

ª Para cada comprimento de onda a intensidade da radiação aumenta com o aumento da temperatura

ª Radiação é mais intensa para baixos comprimento de onda, a que corresponde maiores temperaturas

(14)

Corpo negro

¾ Superfície ideal

• Absorve toda a irradiação incidente, independentemente do comprimento de onda e da direcção

• Para uma dada temperatura e comprimento de onda nenhuma superfície emite mais radiação que a de um corpo negro nas mesmas condições (lei de Kirchhoff)

• A radiação emitida é independente da direcção, i.e. um corpo negro é um emissor difuso

(15)

Superfície real

¾ Superfícies reais - para as quais os coef. de absorção e emissão são independentes do comprimento de onda

E = ε.σ.T4

ε - emissividade σ = 5,6697 x10-8 W/m2K4

¬ A emissividade de superfícies metálicas é geralmente pequena

ƒ Para ouro e prata polida a emissividade é 0,02

• A presença de uma camada de óxidos pode aumentar significativamente a emissividade das superfícies metálicas

- aço ligeiramente oxidado - 0,1 - aço fortemente oxidado - 0,5

(16)
(17)

Emitância e Radiância

¾ Emitância (E): Quantidade de energia térmica

irradiada por unidade de superfície à temperatura absoluta T

E =

ε σ

.T4

¾ Radiância (J): Energia total radiante que abandona

uma dada superfície. Corresponde a toda a emitância mais a parte da energia recebida que é reflectida

(18)

Colectores solares

¾ Objectivos:

-

captar radiação solar - concentrada ou não - transferi-la para um fluido

- máximo rendimento

»

efeito de estufa + isolamento

¾ Meios:

-

captação:

radiação directa + difusa + reflectida

- armazenamento

(19)
(20)

Distribuição da energia solar em

Portugal e nos países vizinhos

(21)

data , Tar(C) , Tmax(C) , Tmin(C) , HR(%) , Rs(W/m2), v(m/s) , P (mm) , 01/05/05, 15.7, 23.1, 11.0, 54.1, 142.5, 2.3, 0.0, 02/05/05, 16.1, 23.5, 11.2, 50.7, 260.4, 2.3, 0.0, 03/05/05, 16.0, 24.1, 6.0, 44.2, 294.2, 2.3, 0.2, 04/05/05, 17.8, 26.0, 11.7, 39.2, 261.1, 3.4, 0.0, 05/05/05, 20.8, 29.2, 12.6, 31.5, 322.6, 2.7, 0.0, 06/05/05, 22.1, 30.9, 13.6, 23.3, 320.0, 2.7, 0.0, 07/05/05, 18.5, 29.6, 9.6, 44.8, 294.1, 2.5, 0.0, 08/05/05, 17.5, 25.2, 12.6, 45.8, 277.2, 2.0, 0.0, 09/05/05, 16.8, 23.6, 11.5, 50.7, 215.4, 2.5, 0.0, 10/05/05, 17.6, 25.1, 13.3, 44.8, 252.8, 2.2, 0.0, 11/05/05, 15.9, 22.8, 12.5, 57.7, 128.1, 1.3, 13.7, 12/05/05, 16.5, 22.2, 11.6, 57.1, 218.8, 2.3, 7.9, 13/05/05, 14.3, 20.1, 10.1, 52.9, 197.0, 2.5, 2.5, 14/05/05, 14.8, 23.1, 6.6, 42.2, 315.1, 2.0, 0.0, 15/05/05, 15.0, 22.4, 7.3, 43.5, 285.9, 2.0, 0.1, 16/05/05, 12.6, 18.7, 9.4, 56.3, 224.2, 2.8, 11.5, 17/05/05, 15.8, 23.1, 9.6, 42.5, 338.9, 3.5, 0.1, 18/05/05, 18.2, 26.8, 9.5, 40.2, 334.8, 2.5, 0.1,

(22)

Comparação da situação Portuguesa

com a de outros países europeus

(23)
(24)

Energia solar em processos industriais

¾ Na UE estima-se que o consumo de calor industrial a temperaturas

entre 80ºC e 250ºC seja de 300 milhões de MWh, isto é, 8 % do

consumo total de energia final.

¾ A percentagem de consumo de energia sob a forma de calor nas gamas de temperatura média e média-alta é muito elevada nas

indústrias alimentar, de produção de papel, têxtil e química.

¾ Processos adequados são por exemplo:

• aquecimento de banhos de líquidos para processos de lavagem, tinturaria, processos químicos etc.;

• aquecimento de ar para processos de secagem;

• geração de vapor de baixa pressão para diversas aplicações.

• produção de frio utilizando máquinas de absorção ou outros equipamentos térmicos constitui outro grande campo de aplicações com vantagem reconhecida devido à coincidência entre os picos de consumo e os picos de disponibilidade de energia solar.

(25)

Colectores solares

¾ Componentes:

- colector » elemento de absorção: placa selectiva ou não, tubos, isolamento, caixa

- depósito de acumulação - bombas/ventiladores

- permutadores

- sistemas de segurança e controle - válvulas

- tubos e isolamento

¾ Dificuldades:

- congelamento, vaporização, perdas de carga, fixação (acção do vento), orientação e inclinação

(26)

Direcção dos raios solares e

inclinação do colector

(27)

Tipos de colectores e concentradores

e gamas de aplicação

¾ Tipos de colectores solares

-

planos

- cilíndricos

¾ Tipos de concentradores - heliostatos

• planos • parabólicos • lente convexa • lente concava

¾ Gamas de aplicação

-

aquecimento de ar e de água

(28)
(29)
(30)
(31)
(32)
(33)
(34)

Instalações e equipamentos no

aquecimento de águas sanitárias

¾ Circulação

• natural » termo sifão • forçada

¾ Tipo de transmissão da energia

• directo • indirecto

¾ Sistemas de controle e segurança

• célula solar

• termóstato simples e/ou diferencial • sensor de temperatura nos painéis

• sensor de temperatura no depósito de acumulação • válvula de segurança

(35)

Equipamentos em instalações de

aquecimento de águas sanitárias

¾ Vaso de expansão aberto ou fechado

¾ Purgadores de ar

¾ Válvula de retenção

¾ Válvula reguladora de débito e debitómetro

¾ Bomba

¾ Tubagem

¾ Permutador

(36)

Balanço térmico de um colector solar

¾ Potência absorvida pela chapa absorvedora

Q

abs

=A

c

.

α.τ

.G

T

¾ Perdas da chapa absorvedora

Q

perd

=A

c

.U

L

(T

pm

-T

a

)

¾ Potência útil

Q

util

=Q

abs

-Q

perd

(37)

Rendimento térmico de um colector solar

Correcção de Tpm (temp. média da água na chapa absovedora) para Ti (temp. da água à entrada)

Q

util

= A

c

Fr [G

T

(

ατ

) - U

L

(T

i

-T

a

)]

Rendimento de um colector solar

η

i

= Fr (

ατ

) - Fr. U

L

(T

i

-T

a

)/G

T

Potência transmitida ao fluido térmico

(38)

Curva de rendimento de um

colector solar

Tipo de colector Fr (τα) Fr UL Não selectivo 0,7- 0,8 8 - 9 Selectivo 0,7 – 0,8 4,5 - 6 CPC 0,75 4,2 /3,7 (1)

(1) Valores para orientação NS e EO respectivamente

Curva de rendimento η = -5 (Ti-Ta)/GT + 0,8 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 0 0,04 0,08 0,12 0,16 η

(39)
(40)

Percentagem de anti-congelante e

Cp do fluido térmico

(41)

Relações tipo anti-congelante/água

Temperatura ambiente mínima [ºC] Anti-congelante Etileno-glicol [%] Água [%] -5 15 85 -15 30 70 - 25 40 60

(42)

Materiais e funcionamento do painel solar

Condições tipo

¾ Dimensões dos painéis solares: 2 x 1 x 0,1 m3

¾ Cobertura transparente: vidro temperado (s=4 mm) ¾ Placa absorvente: chapa de aço, soldada, pintada de

preto

¾ Caudal de circulação: 50 – 60 l/h

¾ Isolamento: fibra de vidro (s=50 mm)

¾ Tubagem de ligação: aço, inóx (d= 1’ – 1 ¼’) ¾ Peso (em vazio): 50 kg

(43)

Ângulo recomendado para instalação de

colectores solares na Península Ibérica

0 10 20 30 40 50 60 70 28 33 38 43 Latitude (º) Â n g u lo d e in c lin a ç ã o ( º)

(44)

Consumo diário médio

Condições tipo

¾ 60 – 70 l/pessoa

¾ 240 – 280 l/família (4)

• »» 2 – 3,5 m2 de superfície de recepção

¾ 480 – 560 l/família (8)

• »» 6 – 7 m2 de superfície de recepção (8 pessoas)

(45)

Exemplo tipo

Cálculos aproximados

¾ cp = 4,18 kJ/kgºC ƒ 1 kg = 1 l – cp = 1,16 Wh/lºC ¾ Vtanque = 100 l ¾ Se T no tanque descer 25ºC > 2900 Wh ¾ Se GT= 300 W/m2 ¾ Se ηcolector= 60% > 180 W/m2 • Ac= 2 m2 > 360 W

¾ ∆treposição temperatura = 8 horas

¾ Se 1kWhe = 0,9 € > Poupança de 2,61 €

(46)

Observações sobre o dimensionamento de

instalações com colectores solares

¾ A qualidade térmica de um colector avalia-se com base no seu comportamento instantâneo, procurando-se que as condições de ensaio cubram as condições de funcionamento típicas

¾ Os colectores inseridos numa instalação irão funcionar num vasta gama de condições, em função dos dados

meteorológicos e da utilização

¾ O dimensionamento das instalações térmicas solares não se faz para a carga de ponta, uma vez que a captação da

(47)

Observações sobre o dimensionamento de

instalações com colectores solares

¾ O aproveitamento prático da energia solar é uma

tarefa de carácter permanente em relação muito

estreita com a capacidade de armazenagem

¾ A energia captada é tanto maior quanto mais

baixa for a temperatura de entrada do fluido no colector

¾ A opção por uma determinada solução, conhecidas as características técnicas, deverá ser condicionada a critérios económicos

(48)

Índice de ocupação do país

¾ Aquecimento de água de piscinas cobertas

(49)

Tempo de retorno energético e ambiental do KIT solar na substituição de um sistema tradicional

(50)

Impacto ambiental dos colectores solares

no Protocolo de Quioto

(51)

Decreto-Lei que aprova o Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos

Edifícios - RCCTE

¾ RCCTE - estabelece as regras a observar no projecto de todos os edifícios de habitação e dos edifícios de serviços sem sistemas de climatização centralizados.

• Além da obrigatoriedade do recurso a colectores

solares, pretende-se que as exigências de conforto térmico,

sejam de aquecimento ou de arrefecimento, de ventilação para garantia de qualidade do ar no interior edifícios, ou as necessidades de água quente sanitária, possam vir a ser satisfeitas sem dispêndio excessivo de energia e, por outro lado, que sejam minimizadas as situações patológicas nos elementos de construção provocadas pela ocorrência de condensações superficiais ou internas, com potencial impacto negativo na durabilidade dos elementos de construção e na qualidade do ar interior.

(52)

LINKS

¾ http://www.spes.pt/tmp/ ¾ http://www.ineti.pt/uo/uo/?uo=11039 ¾ http://www.aguaquentesolar.com/publicacoes/2/ ¾ http://pt.wikipedia.org/wiki/Painel_solar ¾ http://www.seia.org/solartypes.php ¾ http://www.fsec.ucf.edu/solar/ ¾ http://www.solarserver.de/index-e.html ¾ http://www.soletrol.com.br

¾ http://www.cge.uevora.pt/bd.php3?op=dados

&e=mit

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