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Academic year: 2021

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Fundamentos da Ética

Fundamentos da Ética

Disciplina: Legislação e Ética da Comunicação

Disciplina: Legislação e Ética da Comunicação

Prof.

Prof. Ms

Ms. Laércio Torres de Góes

. Laércio Torres de Góes

FacDelta

(2)

O que é ética?

O que é ética?



Ética vem do grego ethos, que significa modos de ser ou

caráter.



Moral vem do latim mos ou mores, que significa

costume ou costumes (normas ou regras adquiridas por

hábito).

hábito).



Ética é a teoria ou ciência do comportamento moral

do ser humano em sociedade. A ciência de uma forma

específica de comportamento humano.

(3)

O que é moral?

O que é moral?



A ciência da moral.



A moral é um conjunto de normas e prescrições



A moral é um conjunto de normas e prescrições

de um determinado grupo ou sociedade.



Modo de comportamento que não corresponde a uma

disposição natural, mas adquirido ou conquistado por

hábito.

(4)

Normas de comportamento

Normas de comportamento



Cada ação e escolha do indivíduo traz

consequências para si mesmo, para o

outro ou para a comunidade ou

sociedade.



Necessidade de pautar o comportamento



Necessidade de pautar o comportamento

por normas que se julgam mais

apropriadas ou mais dignas de ser

cumpridas.



Aceitas intimamente e reconhecidas

(5)

Normas de comportamento

Normas de comportamento



De acordo com as normas, os

indivíduos compreendem se devem

agir desta ou daquela maneira.



Atos e juízos morais apontam para

normas sobre o que se deve ou que

normas sobre o que se deve ou que

não se devem fazer.



O comportamento moral é próprio

do ser humano como ente histórico,

social, político e cultural.

(6)

Normas de comportamento

Normas de comportamento



Não é a manifestação de uma natureza humana eterna

e imutável, dada de uma vez para sempre, mas de uma

natureza que está sempre sujeita ao processo de

histórico, cultural e social.



Os atos morais são considerados em sua relação com



Os atos morais são considerados em sua relação com

os outros, contudo, sempre apresentam um aspecto

subjetivo, interno, psíquico, constituído de motivos,

impulsos, consciência, etc.



Sem deixar de ser condicionado socialmente, é

necessário que haja um espaço para que o indivíduo

possa decidir e agir.

(7)

Responsabilidade moral

Responsabilidade moral



É possível falar em comportamento moral somente

quando o sujeito é responsável por seus atos.



Pode fazer o que queria fazer, ou seja, pode escolher

entre duas ou mais alternativas e agir de acordo com a

entre duas ou mais alternativas e agir de acordo com a

decisão tomada.



Liberdade x determinismo



Obrigatoriedade moral

(8)

Dilemas éticos

Dilemas éticos

 Suponha que está trabalhando numa mina com dois trilhos. Ao fundo do

seu trilho estão cinco mineiros trabalhando. No trilho que parte para o lado está um mineiro solitário. Subitamente um vagão vem descontrolado e você apercebe-se que à velocidade que vem irá bater e matar os cinco

mineiros. Mas há tempo para uma ação: você pode desviá-lo para o trilho onde só está um mineiro. O que decide você? Porquê?

 Suponha agora que está um colega junto de você. Ele vê vir o vagão

desgovernado. Uma alternativa será lançar o seu colega para a linha

travando assim o vagão, mas matando o seu colega. Salvará no entanto os cinco mineiros do fundo do trilho. Isto é aceitável? Você faria isto?

 Suponha ainda que está sozinho. A única opção é lançar-se para a frente

do vagão para poupar cinco pessoas, à custa da sua própria vida. Você tomaria este passo? Seria legítimo? Porquê? (TAYLOR, James;

HARDCASTLE, GARY; REISCH, George. A Filosofia Segundo os Monthy Phyton. Estrela Polar: 2008, pp. 218-219.

(9)

Um dilema moral

Um dilema moral

 François de Salignac de la Mothe Fénelon (1651-1715), bispo de Cambrai, é o

autor do romance As Aventuras de Telémaco (1699), que transmite um conjunto de ideais políticos ponderados e sensatos a ser observados pelos governantes de um país. O anarquista e romancista inglês William Godwin (1756–1836), pai de Mary Shelley (1797–1851), autora de Frankenstein (1818), usou Fénelon como paradigma de um grande benfeitor da humanidade na seguinte experiência

mental:

 O leitor pode salvar apenas uma pessoa de um edifício em chamas. Das duas

que estão no interior, um é um criado, um bêbado preguiçoso e grosseiro, dado a brigas e desonesto, a outra é o Arcebispo Fénelon. Quem deve salvar? A

resposta é óbvia: deve salvar o grande benfeitor da humanidade, porque, ponderando todos os fatores, é isto o que terá provavelmente as melhores consequências.

 Mas há um senão nesta história. E se o bêbado grosseiro for o seu pai?

(10)

Obrigatoriedade moral

Obrigatoriedade moral



Comportamento moral:

comportamento obrigatório e devido.



O indivíduo é obrigado a comportar-se

de acordo com uma regra ou norma de

ação e a excluir ou evitar os atos

proibidos por ela.



Escolha entre várias alternativas.



As normas morais exigem ser

respeitadas por causa de uma convicção

interior.

(11)

Obrigatoriedade moral

Obrigatoriedade moral



Não há obrigatoriedade moral quando não há margem de

escolha/liberdade.



Se o comportamento não pode ser diferente, não há um

verdadeiro sentido moral.



Coação externa ou coação interna (impulso, desejo ou paixão



Coação externa ou coação interna (impulso, desejo ou paixão

irresistível).



Ir ao cinema ou ficar em casa/ ir ao cinema ou visitar um amigo que

prometi.



Viagem/mau tempo/promessa de estar ao lado do pai enfermo.



Autolimitação da liberdade

(12)

Caráter social

Caráter social

 A obrigação moral tem um caráter social: afeta a

terceiros/comunidade/sociedade.

 Só há obrigação moral quando seu ato afeta a

terceiros ou a sociedade.

 Porque meu comportamento tem repercussão em

terceiros, sou obrigado a realizar determinados terceiros, sou obrigado a realizar determinados atos e a evitar outros.

 Fora disso não há alcance moral: ler um romance

ou ir ao cinema.

 Influência social na decisão/contexto/moral

vigente.

(13)

Consciência moral

Consciência moral



Avaliação e julgamento de nosso comportamento de acordo com

as normas que ela conhece e reconhece como obrigatórias (norma

moral interiorizada).



Consciência livre, mas que não deixa de ser determinada histórica

e socialmente.



Autonomia: a vontade constitui uma lei por si própria, natural,

uma lei interna (Kant).



Heteronomia: a consciência é fundamentada inteiramente fora

de si, por algo alheio ao indivíduo (Deus, tradição, leis jurídicas e

estatais).

(14)

Consciência moral

Consciência moral



Não há autonomia absoluta.



Consciência moral como produto histórico-social,

sujeita a um processo de desenvolvimento e de

mudança (escravidão, crimes de honra, duelo,

machismo).



Culpa, vergonha ou remorso: reconhecimento de

nosso comportamento não foi como devia ser.

Insatisfação pessoal.



A consciência moral efetiva é sempre a

consciência de um indivíduo concreto individual,

mas, por isto mesmo, de um indivíduo que é

(15)

Teorias da obrigação moral

Teorias da obrigação moral



Como devemos agir?



Deontológica (do grego déon, dever): a

obrigatoriedade de uma ação não leva em conta

exclusivamente as consequências ou a norma ética.

Teleológica (do grego télos, fim): a obrigatoriedade



Teleológica (do grego télos, fim): a obrigatoriedade

de uma ação leva em conta apenas as consequências

para si ou para os outros.



Argumento da promessa e da mentira

(proteger uma vítima)

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Teorias da obrigação moral

Teorias da obrigação moral

 Teorias deontológicas do ato: leva em conta o

caráter específico de cada situação, ou de cada ato, para decidir o que devemos fazer. Intuir sem recorrer a uma norma geral.

 Não se pode deixar de escolher ou comprometer-se

(Sartre).

 Teorias deontológicas da norma (Kant): sustenta

que o dever em cada caso particular deve ser determinado por normas que são válidas

independentemente das consequências de sua aplicação.

 Norma universal: válida não só para mim, mas para os

demais. Não há exceções.

(17)

Teorias da obrigação moral

Teorias da obrigação moral

 Teorias teleológicas

 Egoísmo ético: leva em conta o que se deve em

fazer considerando o bem pessoal,

independentemente das consequências que derivem para os outros.

 Utilitarismo: leva em consideração o bem dos  Utilitarismo: leva em consideração o bem dos

outros ou o maior número de pessoas, sem necessariamente renunciar ao próprio bem.

 Utilitarismo do ato: realizar o ato que produz o

máximo bem não somente para mim como para os outros.

 Utilitarismo da norma: agir de acordo com a

norma cuja aplicação produza o maior bem não só para mim como para os outros.

(18)

Como devemos agir?

Como devemos agir?



Ética cristã: baseada na honra,

obediência e amor a Deus



“Se Deus não existe, tudo é

possível” - Fiódor Dostoiévsk

possível” - Fiódor Dostoiévsk



Princípio: “Tudo quanto, pois,

quereis que os homens vos façam,

assim fazei-o vós também a eles”

(Mt 7:12).

(19)

Como devemos agir?

Como devemos agir?



Ética da convicção x ética da

responsabilidade (Max Weber)



Relativismo ético x universalismo:

Para os muçulmanos é honroso ter mais

de uma esposa. Já nos países ocidentais se

de uma esposa. Já nos países ocidentais se

pratica a monogamia – casamento único.



Princípio universal: Dignidade humana

(20)

Bibliografia

Bibliografia



VÁZQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética. Rio de

Referências

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