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ANDRÉIA DA SILVA CAMPOS, Desempenho acadêmico versus profissional relação teoria e prática

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Academic year: 2021

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DESEMPENHO ACADÊMICO VERSUS PROFISSIONAL: RELAÇÃO TEORIA E PRÁTICA

ACADEMIC VERSUS PROFESSIONAL PERFORMANCE: THE RELATIONSHIP

BETWEEN THEORY AND PRACTICE

Andréia da Silva Campos1, Arnaldo Taveira Chioveto2

Resumo: O presente trabalho tem como objetivo compreender as perspectivas do conhecimento do aluno e a realidade do profissional de engenharia civil da Unemat Campus de Sinop – MT. O estudo é imprescindível para entender como o desempenho acadêmico influencia na atuação profissional. O procedimento de coleta empregado para está pesquisa foi por meio da aplicação de dois questionário (acadêmico e egresso). Os dados coletados foram fundamentais para analisar a formação e a relação dos academicos e egressos com o mercado de trabalho. Entre os resultados encontrados observou-se que os profissionais tem uma visão diferente dos acadêmicos perante o conhecimento adquirido na graduação e a real situação para exercer sua profissão. Palavras-chave: Acadêmicos; Engenheiros civis e Mercado de trabalho.

Abstract: he objective of this work is to understand the perspectives of the student’s knowledge and the reality of the civil engineering professional of the Sinop - MT Unemat Campus. The study is essential to understand how academic performance influences professional performance. The collection procedure employed for this research was through the application of two questionnaires (academic and egress). The collected data were fundamental to analyze the formation and the relation of the scholars and graduates with the labor market. Among the results found it was observed that the professionals have a different view of the academics before the knowledge acquired in the graduation and the real situation to exercise their profession.

Keywords: Academics; Civil engineers and Job market.

1 Introdução

A engenharia civil percorreu um extenso caminho desde que o homem deixou as cavernas e começou a pensar em uma moradia mais segura e confortável (RIELI, 2012). O conceito de engenheiro na contemporaneidade é tido como uma pessoa devidamente graduada e seguramente capaz de exercer várias atividades da área da construção civil, é um tanto quanto recente, sendo datada na segunda metade do século XVIII (SILVEIRA, 2005, p.11). As primeiras tarefas de engenharia no Brasil foram realizadas pelos colonizadores ainda no período colonial, mas somente depois da chegada da família real portuguesa, com a construção de casas, igrejas, entre outros, tais construções que no mundo moderno não seriam consideradas obras de engenharia (BUENO, 2011, p.1).

Durante o governo Vargas, o Brasil era considerado um especialista na tecnologia do concreto armado. Na época da ditadura militar, entretanto, houve uma considerável retração no setor da construção. Os preços das pequenas moradias tornaram-se elevados, causando um aumento forçado na construção de prédios (ENCONTRO DE HISTÓRIA, 2012).

No Mato Grosso a construção civil é considerada a segunda maior região do Centro - Oeste e que fechou 2018 com valor de R$ 1.126,15 o metro quadrado. No Distrito Federal está R$ 1,182. No Mato Grosso do Sul o custo do metro é de R$ 1,096 e em Goiás R$ 1.092. A variação no ano é de 4,36% em Mato Grosso e no Distrito Federal foi 5,82%. No Mato Grosso do Sul subiu, 3,09%. E em Goiás subiu 2,56%. (IBGE, 2017). Neste processo de desenvolvimento, a interiorização vem ocorrendo no interior do Estado também. Neste sentido, em Sinop não está sendo diferente, após entrar no ranking das 26º melhores cidades do pais

para se fazer negócio (EXAME, 2018). Marcada pelo seu crescimento na última década, através dos seus polos educacionais, diversas instituições de ensino, serviços e comércios. Tais fatos contribuem para incrementar, atrair e melhorar o potencial para investir, empreender e negociar.

Diante disso, o presente trabalho tem como objetivo compreender as perspectivas do conhecimento do aluno e a realidade do profissional de Engenharia Civil da Unemat, Campus de Sinop – MT. Tem como foco a busca do perfil do curso de engenharia civil na Unemat/Sinop, identificando o olhar do egresso visto aqui como profissional atuante no mercado de trabalho e o olhar do acadêmico do curso.

2 Fundamentação Teórica

2.1 História da engenharia civil

No contexto histórico a primeira escola de engenharia no mundo foi à École Nationale des Ponts et

Chaussés que surgiu no ano de 1747, em Paris sobre

a iniciativa de Daniel Trudaine, na busca de formar profissionais regular de engenharia (TELLES, 1984, p.1).

A denominação de engenharia civil foi para diferenciar os formandos da engenharia militar, sendo marcada assim por toda a engenharia não militar (TELLES, 1984, p.3).

Com o decorrer do tempo a maioria dos países começaram a utilizar o termo “engenharia civil” em um âmbito mais exclusivo: o da construção. O primeiro 1 Graduanda em Engenharia Civil, UNEMAT, Sinop-MT, Brasil, E-mail: andreia.campos@unemat.br

2 Mestre, Professor efetivo, UNEMAT, Sinop-MT, Brasil, E-mail: arnaldo.taveira@unemat.br

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profissional a usufruir do termo engenheiro civil foi JoHn Smeaton, um dos precursores do Cimento Portland (TELLES, 1984, p.1). Em Londres, em 1818, fundou-se o Instituto de Engenheiros Civis, “com a finalidade de defender e valorizar o sentido da profissão até então ignorada e mal compreendida, mesmos nos centros mais evoluídos do mundo”. (TELLES,1984, p.1).

Tem-se Leonardo da Vinci e Galileu, nos séculos XV e XVII, como precursores da engenharia científica. Da Vinci não teve seus estudos publicados, todavia Galileu em 1638 publica seu famoso livro “As duas novas ciências”, que tratava sobre a resistência de vigas e colunas. Desse ponto em diante passa a se ter uma engenharia estruturada, seguida do desenvolvimento das ciências matemáticas, mas somente no século XVIII chegou-se a um sistema ordenado, constituindo a primeira base teórica da engenharia. O princípio básico da resistência dos materiais, A lei de Hooke, 1660, ferramenta fundamental da análise matemática. (TELLES, 1984, p.2).

No Brasil, as primeiras questões relacionadas à engenharia surgiu ainda no período colonial, após a chegada da família real portuguesa em 1808 quando criou-se a primeira escola de engenharia brasileira: A real academia militar do Rio de Janeiro (EBAH, 2012). No decorrer dos anos passou a ser subdividida em duas: “o Instituto Militar de Engenharia, com ideia voltada puramente para a área militar e a Escola Politécnica do Rio de Janeiro, voltada para o ensino e pesquisa da engenharia”. (TELLES, 1984, p.6).

2.2 O perfil do engenheiro do Século XXI

O cenário tecnológico e geopolítico atual com transformações aceleradas a todo tempo, exige um novo conceito para o ensino superior. Com tantas mudanças é necessário além das questões gerais em relação à cidadania e consciência social, observar-se também que o perfil do profissional dentre outras coisas requer atenção maior para os diversos setores da economia e da sociedade em cada época (OLIVEIRA, 2008, p.64).

De acordo com Silveira (2005): há uma inevitabilidade da preparação contínua, que tem sido evidenciada, inclusive pela frequência com que os profissionais têm trocado de atividade ou profissão.

Belhot (1997) ressalta ainda que isso pode ser reforçado considerando que o conhecimento desenvolvido nos últimos trinta anos excedeu consideravelmente todo conhecimento predecessor desenvolvido pela humanidade.

O engenheiro civil projeta, gerencia e realiza o acompanhamento de todas as etapas de execução da obra seja ela qual for, sem esquecer-se de relacioná-las com o comportamento do homem que usufruirá das transformações da matéria por ele promovidas. Dessa forma, cabe a ele garantir a estabilidade e a segurança da edificação. (FERRAZ, 1983).

No ano de 1996 foi aprovada a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB (Lei nº 9.394/1996) que rescindiu, entre outras formas, a Resolução 48/76 definidas pelo MEC e a qual designava o currículo mínimo para os cursos de Engenharia na qual devem ser compostos por núcleos de conteúdos: básicos, profissionalizantes e

específicos. Fatores estes associados à reaquisição do engrandecimento e a uma economia mais estável, foi um dos princípios que considerou um crescimento sem precedentes na Educação Superior Brasileira a partir do ano de 1997, com a expansão das IES existentes e a origem de outras novas, especialmente no setor privado.

Com isso, é imperativo que os docentes evitem uma reprodução de cópias de si mesmos, não omitindo a busca por tendências inovadoras na relação ensino/aprendizagem, se permitindo ansiar por profissionais que se inclinem a mudanças culturais quanto organizações e sociedades. Segundo Melo (1998), nesta ótica, o ensino da engenharia, não assistirá exclusivamente as necessidades do mercado, mas também da própria sociedade. Se espera do perfil do engenheiro do século XXI que este busque por capacitação e conhecimento profissional para exercício de cidadania, assimilando novos parâmetros de aprendizagem nas áreas de informática e meios de comunicação de massa para revigorar, planejar e sistematizar uma dimensão social e ética do desenvolvimento econômico.

2.3 Egresso versus Profissão

No que se refere à formação profissional, em 1976 entrou em vigor a Resolução nº 48/76 do Conselho Federal de Educação (CFE), que estabeleceu os currículos mínimos dos cursos e definiu as Grandes Áreas da Engenharia (Civil, Elétrica, Mecânica, Química, Metalúrgica e de Minas) (BRASIL, 1976a). O contato inicial que ocorre entre o professor e aluno na Universidade tem uma grande influência da cultura e de contextos sociais no processo de ensino-aprendizagem em função do conhecimento e das ações profissionais e individuais. Destarte, o docente não é responsável exclusivamente pela prática educativa pois existem vários outros fatores que interferem nessa relação sendo eles políticos econômicos e culturais. (FREIRE, 1974).

A familiaridade entre os acadêmicos que são desenvolvidas na Universidade junto de amigos e mentores são imprescindíveis visto que proporcionam uma relação de conforto, tranquilidade e confiança, definindo, dessa forma, uma conexão importante na vida social, profissional entre vários outros fatores que estão ligados ao bom desempenho acadêmico e na vida em sociedade. (DOHERTY; FEENEY, 2004 apud FARIA, 2008).

Segundo Silveira (2005): “tem-se que o engenheiro Recém-formado, normalmente exerce função técnica em uma empresa, e com raridade chega a “projetista” compondo uma equipe de profissionais especializados”. Nesse sentido, existem vários outros fatores distintos da formação base que fazem com que o profissional tenha excelência e sucesso em seu meio de atuação. Consequentemente, isso decorre devido as situações em que o profissional se depara e precisa se fortalecer coletividade junto a empresa perante a execução de atividades cotidianas afim de transmitir suas ideias técnicas com exatidão para seus clientes e colaboradores.

2.4 Empreendedorismo

O termo empreendedor é de origem francesa e significa “assumir riscos e começar algo novo”. Richard Cantillon, escritor e economista no século

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XVII, foi um dos primeiros a distinguir o empreendedor (pessoa que assume riscos) do capitalista. (Dolabela, 2008).

Schumpeter (1984), economista austríaco que defendeu o papel do empreendedor como alguém que busca além dos sonhos afim de concretizar seus objetivos através de novas ideias ou até mesmo inovando algo que já tenha sido bem-sucedido. Para o autor, o empreendedor é capaz de modificar a economia introduzindo novos produtos ou serviços no mercado.

De acordo com Carvalho (1996, p.79-82):

[...] os empreendedores são indivíduos que têm a capacidade de criar algo novo, assumindo responsabilidades em função de um sonho, o de obter sucesso em seu negócio, estas pessoas são ousadas, aprendem com os erros e encaram seu negócio como um desafio a ser superado; têm facilidade para resolverem problemas que podem influenciar em seu empreendimento, e mais, identificam oportunidades que possibilitam melhores resultados; são pessoas incansáveis na procura de informações interessadas em melhorias para o seu setor ou ramo de atividade, elevando ao máximo sua gestão. 2.5 Mercado de Trabalho

O ambiente de trabalho deve ser agradável e ter uma boa eficiência administrativa com o objetivo de se obter o sucesso do empreendimento seja ele na área da construção civil como também em outras áreas. Com uma boa administração pode se gerenciar melhor a força de trabalho quer dizer empregar e alocar o colaborador de forma eficiente e de acordo com o perfil profissional de maneira que possa contribuir na qualidade da mão de obra e no rendimento da empresa. (BORGES et. al, 2010). Conforme Longo et al (2014, p.48):

O fator que pode garantir a sobrevivência de uma empresa num mercado definitivamente incerto e agressivamente competitivo. Mas como inovar senão construindo a partir dos próprios colaboradores da empresa aquilo que pode vir a ser seu diferencial? A gestão do conhecimento parte do princípio de que todo o saber existente em uma empresa é composto não só daquele que pulsa no interior de seus diversos departamentos ou daquele que percorre as interconexões dos diferentes processos, mas também, e principalmente, daquele que existe na cabeça das pessoas.

O mercado de Engenharia Civil tem evoluído de forma frenética, alterando seus próprios conceitos e avançando por meio do desenvolvimento de novas tecnologias, novas regras. (SELEÇÃO ENGENHARIA, 2018). Dentre esses, dá-se destaque para novas visões gerencias, técnicas e, em especial, as novas discussões e requisitos relativos aos impactos causados no meio ambiente, tal como, os que se relacionam com a responsabilidade social e aos aspectos econômicos.

Segundo o Portal G1 o Mato Grosso ocupa a segunda posição entre os estados e é o quinto da lista dos setores que mais geraram emprego construção civil (893), com um crescimento avançado na geração de

empregos no estado. Entre os meses de janeiro e junho foram criados 2.792 novos postos de trabalho, assim o setor de construção tem realizado mais contratações e demitido menos.

Casagrande (2003) reforça que os princípios do desenvolvimento sustentável e as tecnologias adequadas compreendem em seu bojo estratégias de inovação tecnológica, o que poderá ser um alicerce indispensável para investimentos em tecnologias essenciais, principalmente em países em desenvolvimento que possuem recursos insuficientes para a importação de tecnologias.

A busca pelo aperfeiçoamento profissional é de extrema importância nos dias atuais para que o indivíduo possa aprimorar ainda mais o seu próprio conhecimento em busca de novas habilidades e técnicas que se moldem, se adaptem, se qualifiquem imutavelmente, para atender a esse mercado cada vez mais concorrente e sempre em aperfeiçoamento. Nesse sentido, deve estar sempre em constante evolução em sua área de atuação. (DUBAR, 2005). De acordo com as perspectivas de Chiavenato (2015), a gestão de competências é imprescindível para traçar alguns perfis profissionais através de suas habilidades, conhecimentos e atitudes, tornando-o o exercício profissional mais produtivo e eficiente nas tomadas de decisões, a fim de lidar com diversos tipos de conflitos e pressões para um melhor padrão de qualidade dos serviços a ser prestados.

No entendimento de Chiavenato (2015, p. 166), as “competências são aquelas características pessoais essenciais para o desempenho da atividade e que diferenciam o desempenho das pessoas”.

2.6 Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia Civil

Unemat/Sinop - MT

O projeto pedagógico do curso – PP é considerado um norte, um instrumento que sistematiza as ações pedagógicas e de ensino presente e futura, de forma a ser um documento orientativo do curso de graduação, onde consta, entre as ações de ensino, o currículo do curso, sendo que o engenheiro civil é regulamentada pela Resolução no. 1.010 de 22/08/2005 do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.

O curso de Bacharelado em Engenharia Civil do Campus Universitario de Sinop, foi aprovado pelo CONEPE mediante apresentação do Projeto Pedagógico sob a Resolução de Aprovação n°. 095/2005 (Resolução nº. 095/2005, homologada posteriormente pela Resolução 182/2006. (Projeto Pedagógico Curso Eng. Civil Unemat Sinop, 2013, p.01).

No ano de 2007, a matriz curricular do curso sofreu alterações, assim como a disposição dos pré-requisitos, entre disciplinas durante o período acadêmico. (Projeto Pedagógico Curso Eng. Civil Unemat Sinop, 2013, p.01).

Em 2008, atendendo ao disposto na Instrução Normativa 001/2008-01 PROEG – Pró- Reitoria de Ensino de Graduação da UNEMAT, a matriz curricular do Curso de Engenharia Civil sofreu novas alterações quanto a sua carga horária. (Projeto Pedagógico Curso Eng. Civil Unemat Sinop, 2013, p.01).

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Em 2013, por meio da Resolução 022/2013- CONEPE foi alterada a carga horária para o sistema de créditos, no qual foi adotado 268 créditos e a carga horária das disciplinas do curso de 4020 horas, toda as alterações realizadas no curso de engenharia civil está disponível na plataforma digital do Conepe. A forma de ingresso é semestral, por meio de vestibular realizado pela UNEMAT e/ou SISU/MEC. Ao ingressar no curso por uma desses formas começa a ser traçada a carreira de Engenharia Civil. (Projeto Pedagógico Curso Eng. Civil Unemat Sinop, 2013, p.05).

No Projeto Pedagógico fica expressa o intuito da instituição de ensino, que busca proporcionar aos seus discentes um ensino que garantem, por meio de estratégias, uma educação integral, que integra princípios humanos, éticos, sociais, científicos e tecnológicos, a fim de formar um profissional com espírito empreendedor, na busca de exercer sua função nas diversas especialidades que integram a Engenharia Civil, como: Construção Civil, Estruturas, Geotécnica Transporte, Saneamento e Meio Ambiente. (Projeto Pedagógico Curso Eng. Civil Unemat Sinop, 2013, p.06).

Conforme a Resolução CNE/CES No. 11/2002, o futuro Engenheiro Civil deverá buscar desenvolver algumas habilidades e competências, como:

utilizar conhecimentos matemáticos, científicos, tecnológicos e instrumentais à Engenharia; projetar e acompanhar experimentos e analisar resultados; conceber, projetar, executar e analisar sistemas, produtos e processos; planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e serviços; interpretar textos técnico-científicos; atuar em equipes multidisciplinares; Buscar atualização profissional; espirito empreendedor, entre outras, até o final da graduação (ENADE 2011 - Portaria Inep no. 24 de 04 de agosto de 2011).

Por sua vez, conforme o Art. 3º da Resolução CNE/CES 11/2002, o perfil do formando egresso/profissional engenheiro deverá estar orientado para uma “formação generalista, humanista, crítica e reflexiva, capacitada a absorver e desenvolver novas tecnologias, estimulando sua atuação crítica e criativa na identificação e resolução de problemas, considerando seus aspectos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, com visão ética e humanística, em atendimento às demandas da sociedade”. Desta forma, possibilitando que os recém-formados absorva conhecimento em diferentes áreas da construção civil e facilite a entrada no mercado de trabalho, seja no setor público ou privado.

3 Metodologia

O presente estudo foi baseado em coleta de dados, sendo o universo pesquisado foram os egressos e os acadêmicos do curso de Engenharia Civil da Unemat/Sinop.

Neste sentido foi realizada a pesquisa com acadêmicos de diferentes semestres (com ênfase no 1º, 2º, 9º e 10º semestre) e profissionais egressos, a partir da primeira turma ingressante (2005 até 2018/2).

A amostragem da coleta dos acadêmicos foram distribuídas conforme a quantidade de dados obtidos

dos profissionais já formados, levando em consideração ter formado no curso da Universidade, independente de qual área esteja atuando profissionalmente ou não esteja atuando. As amostras foram de 190 pesquisados, sendo 95 profissionais formados (egressos) e 95 de acadêmicos.

A pesquisa teve a aplicação de dois modelos de questionários para os entrevistados (acadêmico e egresso), contendo perguntas múltipla escolhas e abertas.

O questionário de múltipla escolha foi elaborado com 13 questões, nas quais os acadêmicos e os egressos tiveram a opção de marcar uma ou mais alternativas de acordo com o seu ponto de vista.

Nisto, no gráfico 1 ao 6 é representado a análise das duas amostras juntas; do gráfico 7 ao 11 são específicos de respostas dos profissionais; no gráfico 12 é específico aos acadêmicos. Já no gráfico 13 e 14 são as duas amostras. Em seguida na tabela 1 e 2 apresenta as informação separadas de cada amostra e na tabela 03 apresenta as duas amostras juntas, na qual os entrevistados tiveram a oportunidade de descrever qual materia deveria ser abordar no curso. O levantamento dos dados para os engenheiros civis (egressos) e acadêmicos foi realizado via formulário eletrônico, sendo possível uma única resposta por cada profissional. Em seguida, os dados foram tabelados, gerando gráficos, tabelas e mapas e, posteriormente, a análise dos resultados.

4 Resultados e análises

No intuito de identificar a origem dos pesquisados as figuras 1 e 2 fica evidenciado a cidade de origem da amostra pesquisada. Se vê a amplitude da origem dos entrevistados, que vieram à Sinop para cursar Engenharia Civil na Universidade do Estado de Mato Grosso Campus de Sinop.

Conforme a Erro! Fonte de referência não encontrada. é possível observar a origem dos acadêmicos, no qual se percebe o braço invisível da Universidade ao conseguir alcançar locais fora do Estado de Mato Grosso, entre os quais: MS, PR, SP, BA, GO, RO, SC e MA.

Figura 1. Origem dos académicos. Fonte: própria (2019)

A Figura 1 evidencia a origem dos egressos (profissionais) de Engenharia Civil. Mostra que a origem desses pesquisados é ainda maior que dos acadêmicos, vindos de outros estados brasileiros, porém a grande demanda ainda prevalece os que

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vieram do estado de Mato Grosso. Mas se observa o caminho de origem, com maior ênfase os que vieram dos estados do PR e MS.

Figura 1 - Origem dos profissionais (egressos) Fonte: própria (2019)

Vale lembrar que quando se pesquisou os profissionais, foram feitos de forma aleatória, considerando os que concluíram o curso e dos que ingressaram em 2005 e os últimos que saíram em 2018/2. O número de profissionais de outros estados ser mais intenso do que os alunos pode ter relação com o período econômico vivido no país, quando o havia maior circulação de dinheiro, o que potencializava a saída de pessoas do estado de origem para buscar novos mercados. Contudo, com a mudança do ciclo econômico a partir de 2014, com maior restrição de renda e trabalho, oportunizou mais a vinda de alunos para o curso de Engenharia Civil do próprio estado de Mato Grosso.

Com olho no número de estados de origem dos indivíduos que estudam ou estudaram no curso de Engenharia Civil, a universidade alcança 41% dos estados brasileiros (PRÓPRIA, 2019).

No Gráfico 1 mostra o gênero dos entrevistados.

Gráfico 1 – Gênero. Fonte: própria (2019)

De acordo com os dados obtidos, a sexo masculino tanto do acadêmico quanto do profissional prevalece sobre o gênero feminino, porém o crescimento da representatividade feminina na construção civil vem sendo relevante devido à grande demanda do mercado de trabalho que estes dados convergem: Segundo a pesquisa “Perfil Ocupacional dos Profissionais da Engenharia no Brasil” realizada pelo Dieese (2015), de 2003 à 2013 a porcentagem de mulheres engenheiras empregadas no Brasil cresceu 4%. Além disso, no mesmo período, o salário médio das engenheiras subiu de 70,3% para

79%, isto em relação ao pago aos homens da mesma profissão. Sendo assim, apesar de ainda não ter sido atingida real igualdade, percebe-se que as diferenças estão pouco a pouco diminuindo. O Gráfico 2 apresenta uma divisão entre as faixas etárias dos acadêmicos na qual 17 á 22 correspondem a 72%, assim o mesmo estão ingressando cada vez mais novos e terminando a graduação em torno de 5 anos de modo os profissionais correspondem dos 23 á 28 anos com o total 73% já estão formados assim esses profissionais já estão no mercado de trabalho em torno de 1 a 2 anos.

Gráfico 2 - Faixa etária. Fonte: própria (2019)

Sacadura (1999) assimila que algumas das qualidades que os empregadores desejam encontrar nos engenheiros para atuar no mercado de trabalho não são unicamente adquiridas na universidade e nas empresas, mas bem mais cedo, pela educação obtida da família e do ensino antes de ingressarem na Universidade.

O Gráfico 3 apresenta o motivo da escolha do curso, sendo apresentado sete itens dos quais: 1- já atuava na área; 2 – interesse ou afinidade pela profissão; 3- mercado de trabalho favorável, 4 – falta de outra opção; 5 – influência, indicação ou sugestão de alguém; 6- interesse no serviço público e 7 – outros motivos, na qual o entrevistado seria capaz de estar marcando mais de uma opção. O que predomina é o item 2- interesse ou afinidade com essa profissão.

Gráfico 3 - Motivo da escolha do curso. Fonte: própria (2019)

A Tabela 1 apresenta o percentual sobre o questionamento de: Qual das áreas que pretende atuar? Das respostas obtidas foram contestadas 20 possibilidades de áreas de atuação dos entrevistados. Onde se descreve a identificação das áreas como: 1 -Construção Civil, 2- Materiais e Componentes de Construção, 3- Processos Construtivos, 4- Instalações

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Prediais, 5 - Estruturas de Concreto, 6- Estruturas de Madeiras, 7- Estruturas Metálicas, 8- Mecânica das Estruturas, 9- Fundações e Escavações, 10- Mecânicas das Rochas, 11- Mecânicas dos Solos, 12- Obras de Terra, 13- Pavimentos, 14- Hidráulica, 15- Hidrologia, 16- Projeto para a Construção de Aeroportos, 17 - Projetos para Construção de Ferrovias, 18- Projeto para Construção Portos e Vias Navegáveis, 19- Projeto para Construção de Rodovias e 20 - Outros, na qual o entrevistado seria capaz de estar marcando mais de uma opção.

Tabela 1 - Qual das áreas pretende atuar (acadêmicos) ou já atua (profissionais). Id Acadêmicos Profissionais 1 26% 22% 2 2% 4% 3 4% 4% 4 3% 8% 5 8% 13% 6 3% 2% 7 5% 8% 8 2% 1% 9 6% 5% 10 1% 0% 11 4% 1% 12 4% 4% 13 9% 6% 14 2% 5% 15 2% 1% 16 1% 0% 17 1% 0% 18 1% 0% 19 5% 2% 20 11% 11% Fonte: própria (2019)

Para Bonfim (2011) ramo da construção civil proporciona relevante importância para o avanço econômico, político e social do país, tendo vista que é responsável pelo Produto Interno Bruto – PIB e pela geração de emprego em diferentes setores, que contribuem para a diminuição do déficit habitacional e resultando na expansão de infraestrutura e melhor qualidade de vida, podendo assim notar que o PIB da construção civil acompanha o PIB nacional, ou seja quando o PIB nacional está em alta o da construção civil o acompanha e quando está em crise o outro setor declina.

Das 20 opções das áreas de atuação se vê que apenas 5 delas (2,4,5,7 e 14) os profissionais estão trabalhando com maior concentração do que apontado pelos acadêmicos.

As áreas 3,12 e 20 apareceu o mesmo percentual de atuação entre os acadêmicos que pretende atuar profissionalmente e os profissionais que atuam. As demais áreas (12) o percentual de atuação profissional foi menor que o esperado pelos acadêmicos.

O Gráfico Gráfico 4 - Quanto tempo de formado?Quanto tempo de formado? Como pode se analisar o maior pico de resposta foram com os acadêmicos que terminaram a graduação entre 2016

à 2018/2, ou seja de um a dois anos de formados como engenheiros civis, obtendo um percentual de 27% de entrevistados.

Gráfico 4 - Quanto tempo de formado? Fonte: própria (2019)

Sinop se caracteriza como um pólo de educação de nível superior no estado de Mato Grosso que possui duas universidades públicas: a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), a Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) entre outras instituições de ensino privadas. Conforme os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o grande crescimento populacional que está estimado no ano de 2018 em 139.935 habitantes, assim apontando que o município teve um aumento populacional de 2,9%. Em busca de melhorar a situação social econômica da população no ano de 2005 foi implantado o curso de Engenharia Civil na Unemat – Sinop,de modo que para se ingressar nesta Instituição ocorre através do vestibular que é realizado uma vez ao ano ou através do Sisu.

Para que ocorra mudança de concepção em relação aos profissionais recém-formados na área da engenharia e que estão em busca para se ingressar no mercado de trabalho, há uma certa necessidade de rever o perfil dos profissionais para que atenda a real demanda do mercado.

De acordo com Silveira (2005, p. 26, apud Cunha; Neto, 2001), “O currículo deve expressar o modelo da sociedade através da difusão de conhecimentos, valores, conceitos e interpretações de fatos sociais”. O Gráfico 4 apresenta o motivo do ingresso no mercado de trabalho, dos dos quais foram pesquisados sete itens: 1 - já atuava na área de formação; 2- já atuava fora da área de formação; 3 - ingressou em seguida na área de formação; 4 - ingressou em seguida fora da área de formação; 5 - demorou para conseguir trabalhar; 6 - optou por trabalho melhor remunerado e 7 - não há opção de trabalho na área.

Gráfico 4 - Quanto ao ingresso no mercado de trabalho. Fonte: própria (2019)

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Chama atenção que para os acadêmicos e profissionais, o curso de Engenharia Civil cumpri seu papel social, pois 27% dos entrevistados afirmavam que atuavam na área quando iniciaram o curso, 51% ingressou na área de formação, totalizando 78% dos entrevistados.

Contudo, uma parcela significa dos profissionais teve alguma dificuldade para ingressar no mercado de trabalho (22%), sendo evidenciado por 11% dos pesquisados que disseram ter demorado ingressar na área e 4% afirmam não ter opção de trabalho na área. Conforme apresenta o Gráfico 5 - Em qual setor atua? os engenheiros civis, pode se observar que há oportunidades de emprego, tanto no setor privado quanto em órgãos públicos e como autonômo. Afinal, está profissão faz parte de qualquer segmento que demande construção ou manutenção de estruturas.

Gráfico 5 - Em qual setor atua? Fonte: própria (2019)

Como pode se observar 37% dos profissionais estão atuando no setor privado e 32% são autônomo, sendo um dado consideravelmente relevante pelo fato da Universidade ter em sua matriz curricular como proposta formar profissionais que busque empreender. Também chama atenção que 21% dos profissionais que estão atuando no setor público estão exercendo a docência, ou seja, o resultado da formação esta revertendo para dentro das IES, com formação e ensino.

Para Kuratko (2004), “o empreendedorismo pode estar aplicado dentro ou fora de organizações, em empresas com ou sem fins lucrativos e em organizações diversas que permitam trazer ideias criativas”. Essas habilidades possibilitam então ao engenheiro uma visão em diferentes áreas fazendo com que o mesmo venha a ser flexível, saber com diferentes situações e trabalha tendo uma real reflexão do mercado de trabalho. Portanto o engenheiro civil com um perfil empreendedor vem crescendo a cada dia mais no ramo da construção, através dos profissionais cada vez mais preparados e com sua própria empresa.

O Gráfico 6 - Você busca atualização profissional? – Você busca atualização profissional? Apresenta o percentual dos entrevistados que busca atualização para se aprimorar dentro do mercado de trabalho. Onde 84% relata que se mantém ativamente buscando atualização. Apenas 4% não buscam se atualizar e 7% está relacionado aos engenheiros civis que não estão trabalhando. Ou seja, 11% que não trabalha e não se atualiza.

Gráfico 6 - Você busca atualização profissional? Fonte: própria (2019)

Os engenheiros civis estão buscando se aproximar dos objetivos profissionais através de competências ligadas à capacitação e produtividade, ou seja, no campo teórico fica visível o desempenho desses profissionais em busca de novas atualização.

O que pode ser descrito na definição de Becker, Huselid e Ulrich (2001, p. 156): “competências referem-se a conhecimentos individuais, habilidades ou características de personalidade que influenciam diretamente o desempenho das pessoas”.

O Gráfico 7 expõe o percentual de tempo dedicado a atualização profissional pelos egressos.

Gráfico 7 - Quanto tempo você dedica para se atualizar profissionalmente?

Fonte: própria (2019)

Diante dos dados coletados os profissionais responderam utiliza 27% horas de seu tempo para utilizar seu conhecimento profissionalmente, enquanto 21% dos que responderam “anos” estão dando continuidade em seu aperfeiçoamente (especialização, mestrado).

De acordo com Gatti (2005), o crescimento das profissões está ligado a expansão excessiva das informações e de suas condições de circulação, possibilitado pelo avanço tecnológico, bem como ao crescimento sistematizado que demandam uma formação prolongada e de alto nível.

No Gráfico 8 se observa o tempo dedicado pelos acadêmicos ao estudo dos conteúdos das disciplinas.

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Gráfico 8 - Quanto tempo você utiliza semanalmente para atualizar o seu conhecimento na sua área de atuação?

Fonte: própria (2019)

Chama atenção que 32% dos acadêmicos estudam cerca de 4 horas por semana e 68% estudam até 3 horas por semana.

Durante o período de graduação são ministradas aulas de matérias que envolve desde cálculos diferencial e integral, geometria analítica, álgebra linear até projetos arquitetônicos. Além desses conhecimentos, é muito importante que o acadêmico se interesse por se atualizar na área e que procure desenvolver competências e habilidades adicionais, pois as empresas estão cada vez mais interessadas em profissionais que apresentem qualificações a mais além das obtidas na graduação.

Para a conclusão da graduação o acadêmico precisa realizar as atividades extra curriculares conforme o projeto pedagógico do curso realizando durante o período da graduação atividades que são ofertadas pela Universidade afim de proporcionar uma multifuncionalidade: habilidades de lidar com várias funções: conhecimento, espirito de liderança: capacidade de inspirar, mercado de trabalho. No futuro abrem portas para sua futura carreira assim possibilitando ao aluno identificar o seu perfil seja como monitor, organização de eventos ou projetos de pesquisa/extensão assim podendo adquiri uma bagagem para o currículo.

Conforme o Gráfico 9 relata se o acadêmicos e profissionais tiveram participação em atividades durante o curso. Houve sete perguntas: 1- monitoria; 2 - movimento estudantil; 3 - organização de eventos; 4 – outros; 5 - participação em eventos; 6 - projeto de extensão e 7- projetos de pesquisa, na qual o entrevistado pode responder mais de uma opção. A participação em eventos em ambos se destacaram. Nota se que essa grande demanda corre devido a exigência de terem que cumprir as atividades complementares.

Outro ponto que se destacou é com relação a organização de eventos, na qual fica sob a responsabilidade dos acadêmicos supervisionar a equipe envolvida no evento para garantir um bom andamento do mesmo. Assim sabendo lidar com imprevistos e situações adversas se destacando, como um cargos de liderança.

Gráfico 9 - Teve participação em atividades durante o curso? Fonte: própria (2019)

O perfil do engenheiro civil está mudando e aqueles profissionais que busca destacar no mercado de trabalho devem integrar os seus conhecimentos técnicos a outras áreas de atuação, a fim de buscar aperfeiçoamento multidisciplinar.

Porém, se a matriz curricular do curso de engenharia civil não tivesse as atividades extra curriculares a participação dos acadêmicos seria reduzida?

O Gráfico 10 expõe o desempenho dos indivíduos avaliados por eles mesmos.

Gráfico 10 - Quanto ao seu desempenho no curso, considera:

Fonte: própria (2019)

Tanto os acadêmicos quantos os profissionais considera o seu desempenho durante a graduação como bom e ótimo. Este desempenho se condiz com o resultado do Enade (2018), mostra que o resultado dos acadêmicos nas questões está acima da média nacional, fator que se deve levar em consideração ao ensino fornecido pela instituição aos seus acadêmicos. Também fica evidenciado que 16% dos acadêmicos pesquisados se classificam com desempenho no curso ruim (14%) e péssimo (2%). E 13% dos acadêmicos e profissionais se classificaram com desempeho excelente durante o curso.

“O grande desafio da escola, ao construir sua autonomia, deixando de lado seu papel de mera “repetidora” de programas de “treinamento”, é ousar assumir o papel predominantemente na formação dos profissionais”. (VEIGA 1994, p. 50).

Ainda, foi levantado junto aos entrevistados a avaliação dos mesmo quando da infraestrutura do

campus sobre salas de aulas, laboratórios equipamentos e biblioteca. As respostas podem ser observadas nas Tabela 2 2 e 3.

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Tabela 2 - Infraestrutura Acadêmicos Salas de aula Laboratórios Equipament os Biblioteca Péssimo 1,1% 18,9% 16,8% 4,2% Ruim 6,3% 48,4% 45,3% 37,9% Bom 68,4% 27,4% 30,5% 47,4% Ótimo 24,2% 5,3% 7,4% 10,5% Fonte: própria (2019) Tabela 3 - Infraestrutura Egressos Salas de aula Laboratórios Equipament os Biblioteca Péssimo 3,2% 18,9% 6,3% 2,1% Ruim 25,3% 52,6% 53,7% 24,2% Bom 64,2% 26,3% 38,9% 63,2% Ótimo 7,4% 2,1% 1,1% 10,5% Fonte: própria (2019)

Comparando a tabela 2 com a 3 observa se que as salas de aula são consideradas em bom estado de funcionamento, haja vista que o curso de engenharia civil mudou para o novo campus Aquarela, onde a estrutura está mais favorável, levando em consideração a pintura e a entrada de luz natural. Em relação aos laboratórios 52,6% dos profissionais responderam como ruim, enquanto 48,8% dos academicos teve uma redução devido a professores elaborado projetos pesquisa/extensão e copra de novos equipamentos. Em relação a biblioteca pode se observar uma grande diferença visto que atualmente a universidade possibilita ao aluno ter acesso a biblioteca virtual e um dos fatores que leva em consideração a classificação ruim é pelo fato de que a biblioteca esta instalada no antigo prédio na avenida dos ingás.

Na Tabela 4 apresenta o ponto de vista dos acadêmicos e egressos em relação à disciplinas que os mesmos acham necessário incluir na matriz curricular do curso.

Tabela 4 - . Disciplinas incluir acadêmicos/egressos Areas Sub. Areas AC PR Sociais Administração 11 8 Contabeis Economia 3 4 1 6 Engeharias Eng. Civil 66 29

Eng. Elétrica - 1 Eng. Produção - 1 Arquitetura Arquitetura 2 1 TI Marketing 1 2 Softwares 26 7 Outros Outros 19 44 Fonte: própria (2019)

Conforme os dados apresentados observa se que os acadêmicos acreditam que devem ser incluídas mais disciplinas voltadas para a área da Engenharia Civil e a área de Tecnologia da Informação com a implantação de disciplinas voltadas a software a serem utilizados no dia a dia como engenheiros civis. Os profissionais relatam que as disciplinas de engenharia civil são importantes, porém as disciplinas voltadas as áreas sociais é de grande importância para a sua atuação no mercado de trabalho de modo que essas matérias que fazem diferença quando for

empreender no mercado de trabalho e ter que lidar, tanto com os clientes como também os colaboradores de sua empresa.

De acordo com os dados coletados, nota-se que por mais que os cursos de engenharias sejam amplamente concorridos, a demanda de candidatos na Unemat campus Sinop tem uma faixa etária entre 17 a 28 anos, onde a menor faixa etária representa quando o acadêmico entra na graduação e a segundo aqueles que já se formou. Grande parte da amostra já estão atuando em sua área de formação seja no setor público, privado ou autônomo. Sob o mesmo ponto de vista observa se que os egressos levaram em média de 5 à 6 anos para se formar e ainda assim continuam buscando atualização para o mercado de trabalho, seja através de cursos rápidos, especializações, mestrado, doutorado, entre outros. Bem como os acadêmicos procuram estar se atualizando semanalmente em média umas 3 horas por semana para as disciplinas. Ao contrário do que pensam o desempenho dos entrevistados foi considerado entre bom e ótimo, que reflete no resultado do ENADE 2018 que está acima da média nacional.

Conclusão

Nesta pesquisa evidência que a Universidade possibilita ao acadêmico durante o período de sua graduação buscar desenvolver atividades que melhor se enquadra no seu perfil, como participação de monitorias, onde o acadêmico possa estar passando aos seus colegas o que aprendeu (assim podendo observar que esse acadêmico vai ter maior facilidade em exercer carreira docente), participação projetos pesquisa/ extensão e organização de eventos entre outras atividades que desperte algum interesse por determinada área.

Outro fator que se leva em consideração é com relação a demanda das mulheres que estão buscando esta área de atuação que vem crescendo. A Unemat – campus de Sinop recebe acadêmicos de diferentes estados brasileiro. Mesmo com uma infraestrutura que não seja uma das melhores no ano de 2019 passou por uma mudança em relação a estrutura do campus mudado do Imperial para o Aquarela, proporcionado ao seus acadêmicos salas de aula mais agradável com boa iluminação, boa pintura e com ar condicionados. A instituição conta também com laboratórios, biblioteca facilitadora onde o acadêmico pode ter acesso os livros virtual e equipamentos que podem ser utilizados para realizar aulas práticas e experimentos de TCC.

Muitos acadêmicos entram na Universidade com intuito de trabalhar no setor da construção civil e tem como motivo da escolha do curso o interesse ou afinidade com a profissão pelo fato do mercado da construção civil estar em constante expansão e ter tamanha importância na sociedade.

Um aspecto que se deve considerar refere se à opinião dos alunos e profissionais quando se trata de disciplinas voltadas a outras áreas. Os profissionais afirmam que a implantação de disciplinas voltadas as áreas sociais para o curso de engenharia é de grande importância para buscar formar profissionais com uma visão de mercado mais empreendedor.

Todo conhecimento adquirido durante a passagem do egresso pela Universidade vai influenciar de forma

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significativa para sua inserção no mercado de trabalho. Portanto, o estudante não pode se deixar levar pelo modismo quanto a sua formação, pois o seu desempenho enquanto acadêmico vai estar abrindo portas para o novo mercado de trabalho assim possibilitando a familiarizar entre a profissão e o cliente.

Agradecimentos

Agradeço primeiramente ao pai celestial, pela essência da vida. Aos meus familiares, em especial ao meu pai Sebastião da Silva Campos e minha mãe Maria Lúcia da Silva Campos, por todo apoio, incentivo e por sempre acreditarem em meu potencial. Aos meus irmãos André Luiz da Silva Campos e Adrisson da Silva Campos por atender inúmeras ligações minha e nunca me deixarem desistir é por vocês o meu amor incondicional, meu porto seguro e que posso compartilhar todos os meus sonhos! Agradeço meu amigo José Ângelo de Caprio Faria que me acompanhou bem de pertinho nessa jornada, ao meu orientados e agradeço também as inúmeras amizades construídas ao longo desses 4 anos e meio nesta maravilhosa cidade e é claro agradecer imensamente as minhas amigas e amigos de Cáceres que mesmos distantes sempre lembram da minha pessoa.

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