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BC0005 2009t1 Rel Final T16 L504 E00

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Academic year: 2021

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AIDS

Coleta e análise de dados estatísticos referentes ao HIV/AIDS

- Marlon Wesley Maciel da Costa – Turma: E-16 - Vinícius Esteves Neves – Turma: E-16

Disciplina: Bases Computacionais da Ciência Profª: Ahda Pionkoski Grilo Pavani

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Vinícius Esteves Neves – Turma: E-16

PROJETO FINAL

Disciplina: Bases Computacionais da Ciência

Profª Ahda Pionkoski Grilo Pavani

AIDS

(3)

SUMÁRIO

1 Introdução ... 4

2 Objetivos ... 5

3 Justificativa ... 6

4 Metodologia ... 7

5 Visão global da AIDS ... 8

5.1 A AIDS no mundo ... 8

5.2 A AIDS na América Latina ... 9

6 A AIDS no Brasil ... 10

6.1 Casos de AIDS por regiões brasileiras ... 11

6.1.1 Região Sudeste ...13

6.1.2 Região Sul ... 14

6.1.3 Região Nordeste ... 14

6.1.4 Região Norte ... 15

6.1.5 Região Centro-Oeste ... 16

6.2 Casos de AIDS por escolaridade ... 17

6.3 Óbitos por AIDS no Brasil ... 19

7 Conclusão ... 21

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1. Introdução

A AIDS – Acquired Immune Deficiency Syndrome – é uma doença que se desenvolve após a infecção do organismo humano pelo vírus HIV – Human Immunodeficiency Virus.

O HIV atinge o sistema imunológico do portador, destruindo as células de defesa do organismo, e deixando-o vulnerável a diversas outras infecções e doenças oportunistas. Uma infecção comum, que pode ser curada facilmente em uma pessoa não portadora do HIV, pode ser fatal para um indivíduo contaminado pelo vírus.

A AIDS foi reconhecida pela primeira vez no mundo em meados de 1981, nos Estados Unidos. Desde então, o vírus HIV já provocou a morte de 25 milhões de pessoas pelo mundo, segundo a UNAIDS (Joint United Nations Programme on HIV/AIDS). No Brasil, de 1980 a junho de 2007 foram notificados 474.273 casos da doença, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Atualmente, a AIDS é inegavelmente um dos maiores problemas de saúde pública mundial, e diversos organismos nacionais e internacionais buscam políticas e programas eficazes que possam auxiliar no combate à doença.

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2. Objetivos

Este trabalho tem por objetivo coletar e relacionar dados estatísticos e perspectivas referentes ao HIV/AIDS, focando nos dados epidemiológicos do Brasil:

- Apresentar uma visão global da situação da AIDS no mundo e na América Latina;

- Analisar as estatísticas da AIDS no Brasil e em suas regiões, traçando comparativos entre elas e estabelecendo as tendências observadas;

- Analisar as estatísticas da AIDS por faixas de escolaridade da população brasileira, observando se a população com maior grau de escolaridade apresenta menor incidência da doença;

- Analisar os óbitos por AIDS nas diferentes regiões brasileiras, verificando a diminuição ou aumento dos índices de mortalidade dos portadores do vírus.

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3. Justificativa

Segundo a UNAIDS, órgão das Nações Unidas sobre o HIV e a AIDS, em menos de 30 anos, o vírus da imunodeficiência humana adquirida (HIV) atingiu grandes proporções em âmbito global, ao infectar e causar a morte de milhões de pessoas. Essa pandemia provocou profundas alterações demográficas em diversas regiões do mundo ao aumentar as taxas de mortalidade locais e diminuir a expectativa de vida média dessa população.

Com essas informações prévias, esse trabalho procura traçar um perfil acerca dos aspectos nacionais e regionais da parcela da população brasileira portadora da síndrome. Os aspectos abordados são os números de casos registrados, a escolaridade média dos portadores no ano em que a doença foi diagnosticada (parâmetro que visa relacionar características sócio-culturais à incidência da síndrome) e o número de óbitos de portadores no período de 1994 a 2006.

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4. Metodologia

Os casos de AIDS são notificados ao SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), registrados no SISCEL (Sistema de Controle de Exames Laboratoriais) e no SIM (Sistema de Informações sobre Mortalidade).

- O banco de dados do SINAN é alimentado, principalmente, pela investigação e notificação de casos de doenças e agravos que constam na lista nacional de doenças de notificação compulsória (Portaria GM/MS Nº 2325 de 08/12/2003), a qual inclui, entre outras doenças, a AIDS. Os municípios brasileiros que não alimentem o banco de dados do SINAN por dois meses consecutivos, têm os recursos do Piso de Assistência Básica – PAB suspensos, conforme Portaria Nº 1882/GM de 16/12/1997;

- O SISCEL armazena no banco central os dados referentes aos exames de CD4/CD8 e Carga Viral realizados no país, a fim de que os médicos tenham acesso ao histórico do paciente e possam prescrever o melhor tratamento. Atualmente é utilizado em todos os estados do Brasil. Todas as informações são armazenadas no banco de dados central, que fica no Programa Nacional de DST/AIDS;

- O SIM fornece aos gestores de saúde dados nacionais referentes à mortalidade, a partir das declarações de óbito coletadas pelas Secretarias Estaduais de Saúde.

O Programa Nacional de DST/AIDS divulga estes dados através de Boletins Epidemiológicos Nacionais sobre a doença.

A UNAIDS (Joint United Nations Programme on HIV/AIDS) recebe regularmente relatórios de um grande número de países, incluindo o Brasil, para ser informada referente à situação da doença nas diversas nações do mundo e poder elaborar boletins informativos e tomar as medidas necessárias em escala global.

Os dados do PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) 2007 foram coletados mediante a entrevista de 400 mil pessoas, em 147 mil domicílios visitados pelo Brasil.

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5. Visão global da AIDS

5.1 A AIDS no mundo

Figura 1: Visão global da infecção por HIV (2007), segundo a ONUSIDA

Estima-se que, em 2007, entre 30 e 36 milhões de pessoas no mundo viviam com o vírus HIV. Os últimos dados coletados mundialmente referentes ao HIV/AIDS apresentam algumas informações positivas: em alguns países a taxa de incidência da doença está em diminuição, bem como têm diminuído os índices de falecimento por AIDS, devido aos avanços alcançados pela medicina e da ampliação do acesso aos medicamentos anti-retrovirais.

Porém os índices de novas infecções constituem uma preocupação mundial, principalmente entre os jovens: 45% das novas infecções registradas encontram-se na faixa etária dos 14 aos 24 anos. Atualmente, para cada duas pessoas que iniciam o tratamento com os medicamentos anti-retrovirais, cinco outras contraem o HIV, o que indica uma necessidade urgente de êxito na prevenção da doença.

Apesar da recente estabilização da epidemia no mundo, sua dimensão continua sendo impressionante: em 2007, 33 (30 - 36) milhões de pessoas viviam com o HIV, 2,7 (2,2 - 3,2) milhões de pessoas contraíram o vírus e 2 (1,8 – 2,3) milhões de pessoas faleceram por causas relacionadas à doença.

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Em alguns países as últimas estatísticas são favoráveis, porém estes avanços não são distribuídos uniformemente entre as nações mundiais: países como China, Rússia, Alemanha, Indonésia, Ucrânia e Reino Unido, dentre outros, ainda apresentam taxas crescentes no aumento das infecções. As mulheres representam metade da população que vive com HIV, e constituem uma proporção que se mantém estável nos últimos 10 anos em escala mundial, embora este número tenha crescido em muitas regiões.

5.2 A AIDS na América Latina

Figura 2: HIV na América Latina (2007), segundo a ONUSIDA

Segundo as estimativas, 63 (49 – 98) mil pessoas faleceram devido à AIDS na América Latina em 2007. As principais vias de transmissão apontadas pelo Informe sobre a Epidemia Mundial de AIDS (UNAIDS – 2008) para a região são: homens que se relacionam sexualmente com outros homens, profissionais do sexo e, em menor escala, usuários de drogas injetáveis.

Tem sido registrado um número cada vez maior de mulheres infectadas pelo HIV em diversos países da região, dentre eles o Brasil.

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A tabela 1 representa os casos de AIDS notificados entre os anos de 1996-2007 no Brasil, classificados por regiões ¹:

Ano Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Brasil

1996 467 2134 16965 3973 1298 24837 1997 600 2418 17899 4735 1573 27225 1998 713 2981 19187 5839 1422 30142 1999 805 2947 17054 5436 1291 27533 2000 879 3289 17640 6604 1620 30032 2001 1203 3599 17817 6839 1766 31224 2002 1491 4535 21136 8525 2469 38156 2003 1577 4871 20814 8243 2626 38131 2004 2107 5240 20018 7729 2527 37621 2005 2089 5722 19282 7588 2390 37071 2006 2100 5483 17866 7737 2273 35459 2007 2333 5660 16030 7631 2035 33689 TOTAL 16364 48879 221708 80879 23290 391120 MÉDIA 1363,67 4073,25 18475,67 6739,92 1940,83 32593,33 DPM 674,57 1322,41 1601,17 1450,62 503,30 4723,05 EPM 203,39 398,72 482,77 437,38 151,75 1424,05 Tabela 1 – Casos de AIDS notificados entre 1996-2007, classificados por regiões, Brasil

FONTE: REF. 1

Casos de AIDS no Brasil

0 5000 10000 15000 20000 25000 30000 35000 40000 45000 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Ano de diagnóstico N º d e c a s o s

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Observa-se, através do gráfico 1, que o maior número de casos de AIDS no Brasil ocorreu entre 2002 e 2003. Nos anos subsequentes, este número tem reduzido. Para traçar uma curva de tendência que represente esta queda registrada nos últimos anos, plotamos o gráfico a partir de 2002:

Casos de AIDS no Brasil y = -234,52x

2 + 758,74x + 37589 R2 = 0,9959 31000 32000 33000 34000 35000 36000 37000 38000 39000 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Ano de diagnóstico N º d e c a s o s

Gráfico 2 – Casos de AIDS registrados no Brasil, 2002-2007

A linha de tendência polinomial representa satisfatoriamente a tendência de queda no número de casos de infecções do HIV no Brasil, atingindo coeficiente R² = 0,99.

Perspectiva para 2010: aproximadamente 32000 casos; Perspectiva para 2015: entre 27000 e 28000 casos; Perspectiva para 2020: próximo a 23000 casos.

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0 5000 10000 15000 20000 25000 1 9 9 6 1 9 9 7 1 9 9 8 1 9 9 9 2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6 2 0 0 7 N º d e c a s o s r e g is tr a d o s Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

Gráfico 3 – Casos de AIDS registrados por região e ano de incidência, Brasil

Média anual de casos de AIDS, por regiões

0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 14000 16000 18000 20000

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

N º d e c a s o s

Gráfico 4 – Média anual de casos de AIDS por regiões, Brasil, 1996-2007

Analisando as médias da Tabela 1 e os gráficos 3 e 4, verifica-se que o número de casos de AIDS notificados na região Sudeste é muito maior que nas outras regiões. Este resultado deve-se, entre outros fatores, à maior concentração populacional da região em relação às demais.

As regiões Norte e Centro-Oeste são as menos populosas do país, e também são as que apresentam as menores taxas de casos registrados da doença. No caso da região Sul esta proporção não se mantém: possui pouco mais da metade da população da região Nordeste, mas possui um número maior de casos da doença registrados entre os anos avaliados. Na

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análise de alguns especialistas, o perfil diferenciado da região Sul está relacionado ao alto número de usuários de drogas injetáveis. O número de casos de contaminação do HIV relacionados ao uso de drogas injetáveis no Rio de Janeiro não passa de 7%; em algumas cidades do Sul do país este percentual chega a 50%. A epidemiologista Waleska Teixeira Caiaffa, da Universidade Federal de Minas Gerais, autora de um estudo sobre o tema, afirma: “- Diversos estudos estão mostrando que a participação dos usuários de drogas é distinta na região Sul. O vírus transita não só entre os usuários (em sua maioria do sexo masculino), mas também entre suas parceiras. Com isso, a epidemia no Sul ganha dimensões diferentes” ².

6.1.1 Região Sudeste

Através do gráfico 3, verifica-se que a região Sudeste teve um “pico” no número de casos de AIDS no ano de 2002. Desde então, vem apresentando decréscimo anualmente. O gráfico 5 representa o número de casos de AIDS registrados na região Sudeste entre 2002 e 2007: Região Sudeste 0 5000 10000 15000 20000 25000 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Ano de diagnóstico N º d e c a s o s

Gráfico 5 – Casos de AIDS registrados na região Sudeste, 2002-2007, Brasil

Não há nenhuma opção de linha de tendência no software utilizado (Microsoft Office Excel 2003) que represente satisfatoriamente o gráfico da região Sudeste, devido à irregularidade dos dados.

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Conforme verifica-se no gráfico 3, a região Sul apresentou crescimento no número de casos de AIDS até 2002, onde atingiu um máximo de 8525 casos. Após este “pico”, o número caiu e de 2004 a 2007 apresentou pouca variação:

Região Sul y = -57,108x 2 + 1083,5x + 2790,2 R2 = 0,907 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Ano de diagnóstico N º d e c a s o s

Gráfico 6 – Casos de AIDS registrados na região Sul, 1996-2007, Brasil

A linha de tendência polinomial é a que melhor representa a curva do gráfico 5, atingindo coeficiente R² = 0,9.

Perspectiva para 2010: aproximadamente 6250 casos; Perspectiva para 2015: entre 1500 e 1750 casos; Perspectiva para 2020: tende a 0.

6.1.3 Região Nordeste

Analisando o gráfico 3, verifica-se que a região Nordeste apresenta um crescimento no número de casos desde 1996, apresentando uma pequena queda apenas entre os anos de 2005 e 2007:

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Região Nordeste y = -6,40x2 + 442,26x + 1545,02 R2 = 0,96 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Ano de diagnóstico N º d e c a s o s

Gráfico 7 – Casos de AIDS registrados na região Nordeste, 1996-2007, Brasil

A linha de tendência polinomial é a que melhor representa o crescimento ocorrido nos casos de AIDS da região Nordeste, atingindo coeficiente R² = 0,96.

Perspectiva para 2010: entre 7000 e 7250 casos; Perspectiva para 2015: entre 8850 e 9000 casos; Perspectiva para 2020: aproximadamente 10750 casos.

6.1.4 Região Norte

A região Norte apresenta crescimento nos índices da doença desde 1996, apresentando um pequeno decréscimo apenas de 2004 para 2005. O gráfico 8 representa o número de casos de AIDS registrados na região Norte entre os anos de 1996 e 2007:

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Região Norte y = 183,74x + 169,35 R2 = 0,96 0 500 1000 1500 2000 2500 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Ano de diagnóstico N º d e c a s o s

Gráfico 8 – Casos de AIDS registrados na região Norte, 1996-2007, Brasil

A linha de tendência linear é a que melhor representa o crescimento nos casos da doença na região Norte, atingindo coeficiente R² = 0,96.

Perspectiva para 2010: entre 2800 e 3000 casos; Perspectiva para 2015: entre 3750 e 3900 casos; Perspectiva para 2020: aproximadamente 4750 casos.

6.1.4 Região Centro-Oeste

A região Centro-Oeste teve aumento no número de casos registrados de AIDS até o ano de 2003. A partir de então, este número diminui com o passar dos anos. O gráfico 9 representa esta tendência de decrescimento ocorrida a partir de 2003:

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Região Centro-Oeste 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Ano de diagnóstico N º d e c a s o s

Gráfico 9 – Casos de AIDS registrados na região Centro-Oeste, 1996-2007, Brasil

Não há nenhuma opção de linha de tendência no software utilizado (Microsoft Office Excel 2003) que represente satisfatoriamente o gráfico da região Centro-Oeste, devido à irregularidade dos dados.

6.2 Casos de AIDS por escolaridade

A tabela 2 representa os casos de AIDS notificados entre os anos de 1996 e 2007, segundo escolaridade ¹:

Ano ESCOLARIDADE (anos)

Nenhuma 1 a 3 4 a 7 8 a 11 12 ou mais Ignorado TOTAL

1996 946 5682 6229 3599 1782 6599 24837 1997 1134 6564 7285 4006 1751 6485 27225 1998 1187 8855 7251 4532 1960 6357 30142 1999 1060 8215 6610 4293 1729 5626 27533 2000 1205 8084 7359 4614 1705 5620 28587 2001 1120 6640 7865 4960 1627 5928 28140 2002 1181 4789 8965 5979 1946 6536 29396

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TOTAL 11882 64201 90061 61489 22355 69724 319712

MÉDIA 990,17 5350,08 7505,08 5124,08 1862,92 5810,33 26642,67

DPM 231,83 2358,02 1239,73 933,45 327,74 770,79 3517,36 EPM 69,90 710,97 373,79 281,45 98,82 232,40 1060,52

Tabela 2 – Casos de AIDS notificados entre 1996-2007, segundo escolaridade, Brasil

FONTE: REF. 1 0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 1 9 9 6 1 9 9 7 1 9 9 8 1 9 9 9 2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6 2 0 0 7 N º d e c a s o s r e g is tr a d o s Nenhuma 1 a 3 anos 4 a 7 anos 8 a 11 anos 12 anos ou mais Ignorado

Gráfico 10 – Casos de AIDS registrados, segundo escolaridade, 1996-2007, Brasil

A faixa da população com nenhuma escolaridade contém o menor número de casos de AIDS registrados, porém é a faixa de escolaridade que contém a menor população em número de indivíduos.

A população com 12 anos ou mais de estudo apresenta números de casos registrados menores do que as outras faixas de escolaridade, o que se explica considerando o grau de instrução destas pessoas e o número de indivíduos desta faixa.

A população com 1 a 3 anos de escolaridade já foi a faixa com maior número de casos registrados da doença, durante o histórico observado no gráfico 10. Entretanto, em 2007, o número médio de anos de estudo subiu para 6,9 anos, contra 5,2 de 1995 ³, e a população desta faixa de escolaridade também decresce com o passar dos anos.

A população de escolaridade entre 4 e 11 anos concentra a maior parte da população brasileira, e em 2007 encontra-se com um número de casos registrados com uma diferença

(19)

mínima, conforme mostra o gráfico 10. Apesar deste “empate” em 2007, a população com menor tempo de escolaridade esteve sempre a frente em número de casos da doença.

6.3 Óbitos por AIDS no Brasil

A tabela 3 representa os óbitos registrados por AIDS entre 1994 e 2006, segundo regiões de residência ¹:

Ano Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Brasil

1994 171 1000 10303 1458 459 13391 1995 209 1159 11310 1787 691 15156 1996 270 1200 10914 1972 661 15017 1997 220 984 8488 1811 575 12078 1998 231 954 7167 1866 552 10770 1999 245 989 6796 1945 546 10521 2000 309 1147 6773 1961 540 10730 2001 390 1263 6634 2115 546 10948 2002 415 1341 6496 2246 557 11055 2003 495 1404 6409 2356 619 11283 2004 490 1393 6190 2354 593 11020 2005 579 1498 6009 2433 581 11100 2006 616 1622 5877 2441 645 11201 TOTAL 4640 15954 99366 26745 7565 154270 MÉDIA 356,92 1227,23 7643,54 2057,31 581,92 11866,92 DPM 145,75 213,25 1852,05 247,55 50,70 1609,43 EPM 43,94 64,30 558,41 74,64 15,29 485,26

Tabela 3 – Óbitos por AIDS por região, 1994-2006, Brasil

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0 2000 4000 6000 8000 10000 12000 1 9 9 4 1 9 9 5 1 9 9 6 1 9 9 7 1 9 9 8 1 9 9 9 2 0 0 0 2 0 0 1 2 0 0 2 2 0 0 3 2 0 0 4 2 0 0 5 2 0 0 6 N º d e ó b it o s r e g is tr a d o s Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

Gráfico 11 – Óbitos por AIDS, segundo região brasileira, 1994-2006

A região Sudeste é a única dentre as regiões brasileiras que apresentou decréscimo no número de óbitos por AIDS registrados entre 1994 e 2006. Este fato pode ser explicado por uma pesquisa realizada pelo Programa Nacional de DST/AIDS em 23 cidades do Sul e do Sudeste, que comprovou que a sobrevida das pessoas que vivem com AIDS dobrou entre 1995 e 2007: saltou de 58 meses para mais de 108 meses em 2007 4.

Os fatores que levaram a este aumento foram o diagnóstico precoce, o acompanhamento clínico e, principalmente, o acesso a medicamentos retrovirais. Entre todas as regiões, a que apresenta melhores condições de tratamento para portadores do HIV é a região Sudeste, e os resultados destas condições são comprovados pelo gráfico 11.

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7. Conclusão

De 1980 a junho de 2007 foram notificados 474.273 casos de AIDS no Brasil, mais da metade deles na região Sudeste, que concentra a maioria da população do país. A região Sul apresenta um caráter diferenciado, com elevadas taxas de incidência da doença, e grande parte deste resultado deve-se ao elevado número de usuários de drogas injetáveis da região, que se contaminam através do uso de seringas infectadas pelo vírus HIV, e acabam transmitindo-o à suas parceiras sexuais.

Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste a tendência é de redução, na região Norte a tendência é de crescimento e nas regiões Nordeste e Sul o número de casos tem se mantido estável. No Brasil, de maneira geral, a tendência é de decrescimento.

Quanto à escolaridade da população infectada pelo HIV, a população analfabeta ou com escolaridade entre 1 e 3 anos apresenta um número reduzido de casos da doença comparada com outras faixas de escolaridade, pois o número de brasileiros nesta faixa é muito menor. O maior número de casos encontra-se na faixa de escolaridade entre 4 e 11 anos de estudo, que é a faixa que contém a maior parte da população do país. No caso de pessoas com escolaridade superior a 12 anos, os índices são baixos, devido a menor concentração populacional e maior grau de instrução. Avalia-se que o grau de instrução pode influenciar no número de pacientes infectados, formando indivíduos mais conscientes que, consequentemente, se previnem melhor contra o vírus. Deve ser ressaltada também a necessidade de que as escolas do país transmitam aos alunos informações e métodos preventivos sobre a AIDS e outras DST.

De 1980 a 2006, foram declarados no SIM 192.709 óbitos por AIDS no Brasil, sendo 68% no Sudeste, 15% no Sul, 10% no Nordeste, 5% no Centro-Oeste e 3% no Norte. Ao longo do período analisado, entre 1996 e 2007, verifica-se redução no Sudeste, estabilização no Sul e Centro-Oeste e aumento no Norte e Nordeste. Os fatores que levam a esta tendência de redução ou estabilização são o diagnóstico precoce, o acompanhamento e tratamento médico, e o acesso a medicamentos retrovirais. A disseminação destes medicamentos possibilitou um aumento considerável na sobrevida dos portadores do HIV pelo mundo. Porém em algumas regiões os portadores não têm acesso a boas condições de tratamento, e os índices de mortalidade continuam aumentando. No caso do Brasil, a região Sudeste possui as

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prevenção é de vital importância. O uso de preservativos em todas as relações sexuais ainda é a principal maneira de prevenir-se contra a AIDS. Por este motivo, os programas que visam informar a população sobre as doenças sexualmente transmissíveis, seus métodos preventivos, principais sintomas e formas de tratamento devem ser incentivados. Fundamental também é o trabalho desenvolvido pelas diversas ONG’s do país que visam auxiliar os portadores do vírus e conscientizar a população a prevenir-se contra o HIV.

As últimas estatísticas são, pela primeira vez na história da AIDS, positivas em escala mundial. Em algumas regiões o número de casos tem diminuído e a sobrevida dos portadores tem aumentado significativamente. Porém a AIDS ainda é, sem dúvidas, um grave problema de saúde pública e diversos organismos nacionais e mundiais buscam combatê-lo.

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8. Referências Bibliográficas

¹ Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico AIDS/DST; ano V nº 01 – jul/07 a jun/08 - http://www.aids.gov.br/data/Pages/LUMIS624DE984PTBRIE.htm - acesso em 04.05.09; ² http://www.giv.org.br/noticias/noticia.php?codigo=273 – A AIDS no Sul do Brasil – acesso em 01.05.09;

³ IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2007 –

http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/trabalhoerendimento/pnad2007/graficos_p df.pdf - acesso em 04.05.09;

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http://www.aids.gov.br/ - Informativo Mensal Ano III nº 12 – dez/08 – Notas Positivas DST/AIDS – acesso em 04.05.09;

- Joint United Nations Programme on HIV/Aids. 2008 Report on the global AIDS epidemic. http://www.unaids.org/en/KnowledgeCentre/HIVData/GlobalReport/2008/2008_Global_repo rt.asp - acesso em 29.04.09;

- Programa Nacional de DST/AIDS. Brazilian Response - Country Progress Report. http://data.unaids.org/pub/Report/2008/brazil_2008_country_progress_report_en.pdf - acesso em 30.04.09;

- http://portal.saude.gov.br/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=21383 – Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) – acesso em 04.05.09;

- http://www.aids.gov.br/data/Pages/LUMIS48C4F3D9PTBRIE.htm - Área técnica / Sistemas de Informação - acesso em 04.05.09;

Referências

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