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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, ATUÁRIA, CONTABILIDADE E SECRETARIADO - FEAACS CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS MARINA DE FÁTIMA SALES OLIVEIRA

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Academic year: 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC

FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, ATUÁRIA, CONTABILIDADE E SECRETARIADO - FEAACS

CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS

MARINA DE FÁTIMA SALES OLIVEIRA

IMPACTOS DA EDUCAÇÃO NA PRODUTIVIDADE DO TRABALHO E NO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DO CEARÁ

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MARINA DE FÁTIMA SALES OLIVEIRA

IMPACTOS DA EDUCAÇÃO NA PRODUTIVIDADEDO TRABALHO E NO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DO CEARÁ

Monografia apresentada à Faculdade de Economia, Administração, Atuária, Contabilidade e Secretariado Executivo – FEAACS como requisito para a obtenção do grau de Bacharel em Ciências Econômicas.

Orientador: Prof. Dr. José de Jesus Sousa Lemos

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Universidade federal do Ceará

Biblioteca da Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade

O48i Oliveira, Marina de Fátima Sales.

Impactos da educação na produtividade do trabalho e no desenvolvimento econômico do Ceará / Marina de Fátima Sales Oliveira. – 2015

44f. : Il. color. ; 30 cm.

Monografia (graduação)- Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade, Curso de Ciências Econômicas, Fortaleza, 2015.

Orientação: Prof. Dr. José de Jesus Sousa Lemos.

1. Produtividade do trabalho – Ceará. 2. Capital humano. 3. Desenvolvimento econômico – Efeito da educação. I. Titulo.

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MARINA DE FÁTIMA SALES OLIVEIRA

IMPACTOS DA EDUCAÇÃO NA PRODUTIVIDADE DO TRABALHO E NO DESENVOLVIMENTO ECONOMICO DO CEARÁ.

Monografia apresentada ao curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para a obtenção do Título de Bacharel em Economia.

Aprovada em: ___/___/______.

BANCA EXAMINADORA

________________________________________ Prof. Dr. José de Jesus Sousa Lemos (Orientador)

Universidade Federal do Ceará (UFC)

_________________________________________ Prof. Dr. José Newton Pires Reis

Universidade Federal do Ceará (UFC)

_________________________________________ Enga. Agrônoma MSc. Lydia Maria Portela Fernandes

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AGRADECIMENTOS

A Deus, que sempre foi tão generoso comigo. Que me concede forças para lutar por meus sonhos. Dele serão sempre todas as minhas conquistas.

À minha querida mãe (in memoriam), que sempre me ensinou o caminho certo a percorrer, estando ao meu lado em todos os momentos em que pode, sendo a minha melhor amiga e o meu maior exemplo.

Ao meu amado pai, que sempre me apoiou em todas as minhas escolhas, dando seu apoio e amor incondicional.

À minha Tia Terezinha e minha prima Aline que com seu amor me proporcionaram os meios para essa grande conquista em minha vida.

Ao meu amado esposo e filho Davi, que como meus grandes amigos enfrentaram comigo essa jornada, lembrando-me todos os dias da importância desse projeto.

Ao professor José de Jesus Sousa Lemos pela ajuda e incentivo na realização desse trabalho.

Ao José Newton Pires Reis e Lydia Maria Portela Fernandes por fazerem parte da Banca Examinadora.

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“Nossos cérebros, ao invés de nossas mãos, se tornarão a força motriz da economia.”

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RESUMO

Esta pesquisa avalia os impactos da educação na produtividade do trabalho e no desenvolvimento econômico do estado do Ceará. Utiliza como base a Teoria do Capital Humano, a qual estabelece que a qualificação da força de trabalho é fundamental para o desenvolvimento de um País, região ou estado. Para aferir a relação causa efeito da educação sobre a formação da produtividade do trabalho do Ceará e dos seus 184 municípios, a pesquisa utiliza dados do Censo Demográfico de 2010 e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) de 2013. Os procedimentos metodológicos adotados para medir estes impactos estão divididos em duas etapas. Na primeira parte, o estudo buscou hierarquizar em ordem decrescente todos os municípios do estado do Ceará em termos da produtividade do trabalho, entendida como a relação entre o PIB agregado de cada município e a população de 25 anos ou mais de idade. Nessa etapa foram identificados os municípios com maior e menor produtividade. Depois de hierarquizados pelas respectivas produtividades do trabalho, os municípios do estado do Ceará foram agrupados em quartis (25%). Nos primeiro 25% estavam aqueles com maiores produtividades do trabalho e assim por diante, de tal maneira que no último quartil constaram os 25% de menores produtividades do trabalho. Na segunda etapa utilizam-se as seguintes variáveis explicativas para analisar a relação entre o nível de escolaridade e produtividade: percentagem da população de 25 anos ou mais de idade que não concluiu o nível elementar (ELEM) e a percentagem da população do município que tinha cursado o nível médio completo, superior incompleto e superior completo (MEDSUP). Em seguida, procedem-se as análises de regressão para os 184 municípios do estado do Ceará, e posteriormente nos quatro quartis. Por último comparou-se a magnitude desses impactos entre o quartil constituído dos 25% de maior produtividade em relação ao quartil constituído com os 25% de menor produtividade. A hipótese associada à variável ELEM é que uma variação negativa nesse fator gera um impacto positivo na produtividade do trabalho. Enquanto uma variação positiva na variável MEDSUP induzirá um impacto positivo na mesma. Dessa forma os resultados da pesquisa comprovaram as hipóteses, tornando-se uma contribuição importante para a Teoria do Capital Humano e para a formulação de políticas públicas para o Ceará.

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ABSTRACT

This research evaluates the impact of education on labor productivity and economic development of the state of Ceará. Uses based on the Theory of Human Capital, which states that the qualification of the workforce is critical to the development of a country, region or state. To assess the relationship cause effect of education on the formation of Ceará labor productivity and its 184 municipalities, the research uses Census data 2010 and the National Survey by Household Sampling (PNAD) of 2013. The methodological procedures adopted to measure these impacts are divided into two stages. In the first part, the study sought to rank in descending order all municipalities of Ceará state in terms of labor productivity, defined as the ratio of the aggregate GDP of each municipality and the population 25 years of age or older. At this stage the municipalities with higher and lower productivity were identified. After prioritized by the respective labor productivity, the municipalities of Ceará state were grouped into quartiles (25%). In the first 25% were those with higher productivity of work and so forth, so that the last quartile consisted of 25% less labor productivity. In the second stage are used the following explanatory variables for analyzing the relationship between the level of education and productivity: percentage of the population 25 years or older who have not completed the elementary level (ELEM) and the percentage of the local population who had attended the full mid-level and higher incomplete higher full (MedSup). Then proceed up the regression analyzes for 184 municipalities in the state of Ceará, and later in the four quartiles. Finally compared the magnitude of these impacts between quartile consists of 25% higher productivity compared to quartile made with 25% lower productivity. The hypothesis associated with ELEM variable is a negative variation in this factor generates a positive impact on labor productivity. While a positive change in MedSup variable induce a positive impact on it. Thus the survey results confirmed the hypotheses, becoming an important contribution to the Theory of Human Capital and the formulation of public policies for the Ceará.

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 Percentual da população com25 anos ou mais de idade, segundo o nível de instrução ( Quartis e Ceará- 2010)... 30

Gráfico 2 Relação entre produtividade do trabalho e escolaridade, tendo como variável explicativa ELEM em 2010... 33

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1  Identificação dos Municípios com maiores e menores produtividades do

Trabalho segundo os Quartis e o Estado do Ceará em 2010... 31

Tabela 2  Produtividade do trabalho da população com 25 anos ou mais de idade no Ceará

dividido em Quartis e Ceará em 2010... 32

Tabela 3  Resultados das Análises de Regressão para a PRODi, tendo como variável

explicativa ELEM em 2010... 33

Tabela 4  Resultados das Análises de Regressão para a PRODi, tendo como variável

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LISTA DE ANEXOS

Anexo I  Identificação dos Municípios conforme suas produtividades do trabalho

1º Quartil... 40

Anexo II  Identificação dos Municípios conforme suas produtividades do trabalho 2º Quartil... 42

Anexo III  Identificação dos Municípios conforme suas produtividades do trabalho 3º Quartil... 44

Anexo IV  Identificação dos Municípios conforme suas produtividades do trabalho

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... ...14

2 OBJETIVOS...16

2.1 Objetivo Geral ... 16

2.2 Objetivos Específicos ... 16

3 REFERENCIAL TEÓRICO...17

3.1Crescimento e Desenvolvimento Econômico...17

3.2 Produtividade do trabalho e Teoria do Capital Humano...18

3.3 Desenvolvimento Educacional Brasileiro...20

3.4 Desenvolvimento Educacional Nordestino...23

3.5 Desenvolvimento Educacional Cearense...24

4 METODOLOGIA ... ...27

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ... ...30

6 CONCLUSÕES ...36

REFERÊNCIAS ... 37

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1. INTRODUÇÃO

A educação é fundamental para se conseguir um verdadeiro desenvolvimento econômico, tanto para o Ceará como para o Brasil. Sen (2010) mostrou que o desenvolvimento de um país esta relacionado às oportunidades que ele oferece à população de fazer escolhas e exercer sua cidadania. Quanto mais inclusivo for o alcance da educação básica e dos serviços de saúde, maior será a probabilidade dos pobres de superar a penúria, já que ver a pobreza pela perspectiva da privação de renda seria confundir os fins com os meios.

Segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) o Indíce de Desenvolvimento Humano é calculado através de quatro critérios, que são:expectativa de vida ao nascer, anos médios de estudo, anos esperados de escolaridade e produto interno bruto per capita. Outro índice que reforça a importância da educação para o

desenvolvimento econômico é o Índice de Exclusão Social, criado por Lemos (2012), que relaciona serviços essenciais (água encanada, saneamento, coleta sistemática de lixo, educação) que parte da população não tem acesso e renda monetária e mostra quanto da população sofre com a exclusão social. Em todos esses índices, a educação é um dos fatores fundamentais para o desenvolvimento econômico, o que reforça sua importância na busca do desenvolvimento.

“A educação seguramente é o elemento central do desenvolvimento de uma sociedade, e sua importância transcende os aspectos puramente econômicos” (FONSECA, 2006, p. 8). Porém, além ser vista através de seus impactos no bem estar social, ela também é um caminho para o acúmulo de capital humano demonstrado através da sua capacidade produtiva, possibilitando a efetiva entrada no processo produtivo de profissionais mais qualificados e consequentemente, melhor remunerados.

A importância que os países desenvolvidos e dos que querem se desenvolver dão à educação é notório, como exemplo do Japão que é um país pioneiro de intensificação de crescimento econômico e como consequência de desenvolvimento, por meio de oportunidades sociais, principalmente por meio da educação básica. O Japão desde a restauração Meiji, em meados do século XIX, já apresentava taxas de alfabetização mais elevadas do que as da Europa, mesmo não tendo iniciado seu processo de industrialização, fato que na Europa já se instalara décadas antes. Logo se percebe que o Japão conseguiu se consagrar uma grande potência mundial devido ao desenvolvimento dos seus recursos humanos. O milagre do leste Asiático, que envolveu países dessa região também teve causas semelhantes. (SEN, 2010).

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15 6,8anos de estudo em 2013 e isso acaba tendo impacto direto no PIB e no desenvolvimento da região. O Ceará, estado objeto desta pesquisa apresenta uma média de 6,7 anos de estudo para a população com 25 anos ou mais de idade. O Brasil encontra-se com uma média de 7,9 anos de estudos, sendo que a meta do Plano Nacional de Educação é de uma média de 12 anos de estudo para o ano de 2024 para o Brasil, segundo PNE (2013).

“Educação, saúde, qualificação profissional representam, ao mesmo tempo, condição para o crescimento econômico e indicador de desenvolvimento social”, Feijó (2007, p.44).

Este trabalho mostra o impacto da educação na produtividade do trabalho e desenvolvimento econômico do Ceará, pois é através da educação que se gera uma possibilidade real de reversão das desigualdades sociais.

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2 OBJETIVOS

2.1.Objetivo geral

Avaliar o impacto da educação nos níveis

de produtividade do trabalho e, por consequência, no desenvolvimento econômico dos municípios do estado do Ceará.

2.2 Objetivos específicos

a) Hierarquizar os municípios do Ceará de acordo com a produtividade do trabalho;

b) Agrupar os municípios hierarquizados em quatro quartis;

c) Inferir a relação de causalidade provocada pela escolaridade sobre a produtividade do trabalho em cada um dos quartis e do Ceará;

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3 REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 Crescimento e Desenvolvimento Econômico

O conceito de desenvolvimento econômico e crescimento econômico já foram considerados sinônimos, porém com a evolução das teorias econômicas verificou-se que ambos apresentam conceitos distintos.

Nível elevado de produto per capita não é sinônimo de desenvolvimento econômico. Primeiramente, porque países com elevado indicador de riqueza média podem apresentar ao mesmo tempo, indicadores sociais sofríveis. (FEIJÓ, 2007, p. 44).

Kindleberger (1976) mostra que “O crescimento sem desenvolvimento não conduz a nada, como acontece no caso de mais e mais aço na União Soviética e de mais e mais café no Brasil”. Isso reflete bem, que a busca do crescimento sem que se planeje o desenvolvimento, leva a países desiguais e que sofrem com problemas graves como falta de acesso à água, fome, analfabetismo dentre outros males que afetam ainda nos dias de hoje vários países.

O crescimento econômico está ligado a variáveis quantitativas, ou seja, ocorre quando há uma evolução do produto agregado de uma economia, como por exemplo, PIB e Renda agregada, já o desenvolvimento vai além, pois para obtê-lo é necessário políticas publicas e ações privadas que possam espalhar os benefícios do crescimento, alcançando um número maior de pessoas. (FEIJÓ, 2007). Portanto,

Uma concepção adequada de desenvolvimento deve ir além da acumulação de riqueza e do crescimento do Produto Nacional Bruto e de outras variáveis relacionadas à renda. Sem desconsiderar a importância do crescimento econômico, precisamos enxergar muito além dele. (SEN, 2010, p.28).

Eles não são sinônimos, porém estão interligados, pois para que ocorra o crescimento econômico de um país é necessário que ele tenha desenvolvimento, assim como para que o país possa se desenvolver é necessário que ele tenha crescimento econômico. Logo,

Pode-se inferir que o crescimento econômico torna-se uma condição necessária, ainda que não suficiente, para que ocorra o desenvolvimento econômico. O corolário desta assertiva é: para que haja desenvolvimento econômico, é necessário um crescimento do produto agregado. (LEMOS, 2012, p. 41).

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3.2. Produtividade do trabalho e Teoria do Capital Humano

Para que o país cresça e se desenvolva é necessário o aumento da produtividade do trabalho. Logo,

O conceito de Produtividade do Trabalho é definido como a produção realizada em uma empresa, setor ou país dividida pela quantidade de trabalho que foi utilizada no processo produtivo, medida de forma mais apropriada, pelo número de horas trabalhadas, e não simplesmente pelo número de pessoas empregadas. No caso de um país, a renda per capita é o indicador mais empregado para representar a produtividade, o que constitui uma simplificação em relação a esse conceito. (FONSECA, 2006, p. 16).

A elevação da produtividade do trabalho depende do aumento do capital físico e do capital humano, pois eles vão interagir de forma a proporcionar o aumento da produtividade do trabalho e como consequência o aumento do crescimento econômico.

Ao caracterizar capital humano Schultz (1971, p. 53) mostra que,

A característica distintiva do capital humano é a de que é ele parte do homem. É humano porquanto se acha configurado no homem, e é capital porque é uma fonte de satisfações futuras, ou de futuros rendimentos, ou ambas as coisas. Onde os homens sejam pessoas livres, o capital humano não é um ativo negociável, no sentido de que possa ser vendido. Pode, sem dúvida, ser adquirido, não como um elemento de ativo, que se adquire no mercado, mas por intermédio de um investimento no próprio individuo. Segue-se que nenhuma pessoa pode separar-se a si mesma do capital humano que possui.

A Teoria do Capital Humano é àquela que deposita fortemente o investimento na educação como a forma de provocar uma modificação social. Logo investir nos indivíduos e promover o aumento de sua produtividade pode levar à mobilidade social e melhor distribuição de renda por meio da preparação adequada para o trabalho. Essa teoria procura mostrar que investir em educação, proporciona maiores retornos aos indivíduos que procuram se qualificar. Schultz (1971, p.33) expressa que “ao investirem em si mesmas, as pessoas podem ampliar o raio de escolha posto à disposição. Esta é uma das maneiras porque os homens livres podem aumentar o seu bem-estar”.

Quanto mais se investir em educação maiores são as chances de se obterem aumentos na produtividade do trabalho, já que a aquisição de qualificação proporciona maiores retornos para os indivíduos, empresas e países que adotam esses investimentos, segundo Schultz (1971), o investimento em capital humano pode aumentar os ganhos produtivos do trabalhador, ganhos estes econômicos e também sociais, gerando assim o desenvolvimento econômico. Como mostra,

Aspectos ligados a atitudes, valores, resultado do processo de socialização que se efetiva na escola são mais importantes para a produtividade das pessoas na organização enquanto forneçam hábitos de funcionalidade, respeito á hierarquia, disciplina etc. (FRIGOTTO, 1993, p. 46).

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19 utilizam como fonte geradora de riquezas retornos crescentes e constantes para a nação como um todo, pois beneficia tanto no nível macroeconômico, como microeconômico. Os países já vem percebendo a relação existente entre a educação e o desenvolvimento econômico em determinadas sociedades e por isso se preocupam em se investir de forma eficiente na capacitação da sua força de trabalho e na disponibilização de capital físico de qualidade, proporcionando o desenvolvimento e capacitação da sua força de trabalho. A esse respeito, Frigotto (1993, p.41)expõe que

O investimento no “fator humano” passa a significar um dos determinantes básicos

para o aumento da produtividade e elemento de superação do atraso econômico. Do ponto de vista macroeconômico, constitui-se no fator explicativo das diferenças individuais de produtividade e de renda e, conseqüentemente, de mobilidade social.

A escola pode ser fonte geradora de desigualdades, devido a sua ineficiência, como Frigotto (1993, p.224) aponta:

Sua improdutividade, dentro das relações capitalistas de produção, torna-se produtiva na medida em que a escola é desqualificada para a classe dominada, para os filhos dos trabalhadores, ela cumpre, ao mesmo tempo, uma dupla função na reprodução das relações capitalistas de produção: justifica a situação de explorados e, ao impedir o acesso ao saber elaborado, limita a classe trabalhadora na sua luta contra o capital.

Como caminho para promover as modificações necessárias para uma sociedade igualitária, é necessário que a escola venha com esse propósito de reduzir as desigualdades sociais, proporcionando uma educação igualitária para todos. Cunha (1980, p.16) nos lembra que, “a educação é reconhecida como uma variável, política estratégica capaz de intensificar o crescimento da renda, produzir a modernização ou construir uma sociedade justa”. Portanto o estado como responsável de parte desse processo, deve adotar as medidas necessárias e aplicá-las.

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3.3. Desenvolvimento Educacional Brasileiro

No Brasil, as desigualdades de acesso e de qualidade do ensino é um grande problema a ser enfrentado, já que vem desde o período de implantação da educação escolar. Segundo Romanelli (1985, p. 24):

A necessidade de manter os desníveis sociais teve, desde então, na educação escolar, um instrumento de reforço das desigualdades. Nesse sentido, a função da escola foi a de ajudar a manter privilégios de classes, apresentando ela mesma como uma forma de privilégio, quando se utilizou de mecanismos de seleção escolar e de um conteúdo cultural que não foi capaz de propiciar as diversas camadas sociais sequer uma preparação eficaz para o trabalho.

Corroborando com a ideia expressa acima a passagem a seguir proporciona um entendimento da forma como sempre foi encarado o sistema educacional brasileiro:

A educação escolar brasileira é herdeira direta do sistema discriminatório da sociedade escravagista sob dominação imperial. Mesmo tendo deixado de existir, o escravagismo deixou marcas persistentes na escola atual, apesar do avanço do capitalismo no Brasil e de alguns períodos de maior abertura do sistema político. (CUNHA, 2001, p. 31).

Logo de início percebe-se que a realidade da educação no Brasil é complexa e que se faz necessária uma análise das suas bases históricas, fortemente marcadas por desníveis, para explicar a realidade enfrentada na atualidade.

Em 1920, havia uma ascendência dos ativos dos setores econômicos agrícolas.Essa predominância, aliada a formas primitivas de produção e de baixa densidade demográfica e de urbanização, fortalecia a escassez por uma demanda escolar, já que 90% da população escolarizável não frequentava a escola, pois quem tinha acesso aos estudos eram os filhos dos latifundiários (ROMANELLI, 1991). Não existia interesse por parte da elite em difundir o conhecimento, pois a economia agrícola exportadora não favorecia a demanda em qualificação da mão de obra.

A partir da revolução de 1930, no Governo Provisório destaca-se um aumento da demanda social por educação, já que foi o período onde houve a expansão capitalista. Retratando esse período, pronuncia-se Romanelli (1991, p. 60)

Como a expansão capitalista não se fez por todo o território nacional e de forma mais ou menos homogênea, a expansão da demanda escolar só se desenvolveu nas zonas onde se intensificaram as relações de produção capitalista, o que acabou criando uma das contradições mais sérias do sistema educacional brasileiro. Sim, porque, se, de um lado, iniciamos nossa revolução industrial e educacional com um atraso de mais de 100 anos, em relação aos países desenvolvidos, de outro, essa relação tem atingido de forma desigual o próprio território nacional.

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21 ensino e o Conselho Nacional de Educação, dentre outros que afetaram todo o território nacional.

Com a Constituição Federal de 1946, continua-se percebendo o aumento dos incentivos em educação, pois diferente da Constituição de 1937, a mesma determinou recursos mínimos a serem destinados à educação tanto a nível Federal que deveria aplicar no mínimo dez por cento dos recursos no ensino, quanto a nível Estadual e municipal onde, deveriam ser aplicados no mínimo vinte por cento, com o desenvolvimento ensino. (ROMANELLI, 1991).

Em 1961 é importante ressaltar a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (lei 4024/61), pois houve grande mobilização por parte dos acadêmicos em se discutir as questões educacionais, porém apesar de ter havido fortes discussões antes de sua promulgação de como deveriam ocorrer as mudanças no ensino, essa lei nada mudou e sua única vantagem estava no fato de não ter determinado um currículo fixo e rígido para todo território nacional e para cada nível de ensino. (ROMANELLI, 1991).

Durante a Ditadura Militar, tem-se como um dos principais acontecimentos para o ensino a criação do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) pela lei 5.537 em 1968, que tinha por finalidade “captar recursos a aplicá-los no financiamento de projetos de ensino e pesquisa, nos três níveis do ensino, e está vinculado ao Ministério da Educação e Cultura” (ROMANELLI, 1991, p. 227). Outro acontecimento que marcou esse período ocorreu em 1971 quando foi elaborada a lei 5692/71, que fixou as diretrizes e bases para o ensino de 1º e 2º graus, a qual ampliou a obrigatoriedade escolar para oito anos, eliminou parte do esquema seletivo das escolas, difusão da profissionalização em nível médio, integração geral do sistema educacional, implantação do Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral), dentre outros.

A Constituição Federal de 1988 traz em seu Título II (Dos direitos e garantias

fundamentais), capitulo II (Dos direitos sociais), Art.6º a educação como direito social, demonstrando mais uma vez a importância da educação como base para o desenvolvimento de qualquer país. Além desse artigo ainda traz o Capítulo III (Da educação, da cultura e do desporto), seção I (da educação), onde regula e define os padrões do ensino, como exemplificação disso tem a divisão do ensino, onde o governo federal seria responsável pelo ensino superior, os governos estaduais pelo até então ensino médio e os governos municipais pelo ensino de educação básica.

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22 ampliar o também antigo segundo grau. Outro programa também lançado foi o EDUCAR que substituiu o antigo MOBRAL (Movimento Brasileiro de alfabetização).

No governo de Fernando Henrique Cardoso em 1995, foi criada a Lei Nº 9394/1996 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Foi o primeiro governo civil após a queda da ditadura a identificar a educação como caminho para o desenvolvimento. Essa lei regulamenta o sistema educacional público e privado do Brasil, da educação básica ao ensino superior. Outra medida foi a criação do FUNDEF (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental) e Valorização do Magistério, esse fundo funcionava com o governo federal induzindo a transferência dos estados aos municípios e centralizando outros recursos e os redistribuindo para os que não atingiam o teto mínimo (menos de 400 reais aluno/ano), ou seja, atendia aos municípios que não possuíam recursos.

Portanto, verifica-se que essas raízes contribuíram para falta nos dias de hoje de profissionais qualificados. Além disso, a migração de mão de obra desqualificada é um forte fator para redução dos salários, facilitando o desinteresse por se qualificar essa força de trabalho, como afirma Lemos (2007, pag. 22):

A terceira causa para a queda dos salários, é justamente o contingente de mão de obra migrante com baixa ou nenhuma qualificação, que forma este exército urbano de reserva, que facilita o processo de rotação da mão de obra nestes centros. A rotação de mão de obra viabiliza a manutenção de salários reduzidos e também induz a uma depreciação nas relações trabalhistas. Os trabalhadores perdem direitos adquiridos, boa parte passa a exercer atividades terceirizadas, sem direito a carteira assinada, ferias alem de outros benefícios sociais que existem na legislação trabalhista brasileira.

Enfraquecendo assim a economia que, como se vê é voltada para produção de produtos primários, com o nosso setor de tecnologia fraco quando comparado a países desenvolvidos.

Outro problema enfrentado no Brasil é a ineficiência da administração pública, que representa um grave desperdício dos recursos públicos, pois

A criação de um sistema de educação popular de qualidade depende do governo, e nesse ponto reside um dos maiores obstáculos ao desenvolvimento, pois, nas sociedades mais atrasadas, os órgãos e as instituições de administração pública são, em geral, marcados pela ineficiência, quando não afetados também pela doença da corrupção. Essa deficiência gravíssima porque, além da educação, o governo é o principal responsável pelos investimentos em infra-estrutura e, também, pela elaboração de uma estratégia voltada para a promoção do desenvolvimento e a eliminação dos seus entraves. (FONSECA, 2006, p. 9).

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23 (Programa Universidade para Todos) e FIES (Programa de Financiamento Estudantil), que possibilitam jovens a entrarem no ensino superior financiados pelo governo federal.

A pesar do avanço nas políticas púbicas voltadas para a educação, quase metade da população brasileira (49,25%) com 25 anos ou mais não tem instrução ou possui o ensino fundamental incompleto, segundo dados do Censo 2010. O percentual representa 54,5 milhões de brasileiros. Com relação às demais escolaridades têm-se com fundamental completo e médio incompleto o percentual da população é de 14,65%, com médio completo e superior incompleto o percentual é de 24,56% e com nível superior completo o percentual passa para 11,27% e dados não determinados são de 0,27%, segundo IBGE (2010).Logo, esses dados demonstram que a educação da população brasileira está longe de ser fornecida de forma plena.

O investimento feito em educação não tem retorno imediato, porém os retornos em longo prazo beneficiam a sociedade como um todo.Um país com nível educacional elevado é resultado de décadas de investimento em educação. “Todos os países que cuidaram bem dos aspectos educacionais das suas populações experimentaram avanços substanciais nos seus padrões de desenvolvimento”. (LEMOS, 2012, p. 44). Com o Brasil não deve ser diferente, portanto tem que se espelhar nesses modelos de sucesso e investir de forma eficiente na educação.

3.4. Desenvolvimento Educacional Nordestino

O Nordeste sempre sofreu com o problema da desigualdade social, mas isso não quer dizer que a região não apresente crescimento econômico. Nas décadas de 60 e 70 o crescimento foi de sete por cento, porém o atraso que a região apresentou quando comparada às regiões Sul e Sudeste foram preocupantes. O III Plano Nacional de Desenvolvimento (III PND) realizado em 1979 evidenciou as desigualdades existentes em todo o país, e na região Nordeste esse quadro era agravado pelo empobrecimento intensivo do povo. O III PND em relação ao Nordeste procurou

Desenvolver ações capazes de estimular seu crescimento em ritmo mais intenso do que a média nacional, simultaneamente, coma maior elevação relativa da renda e nível de bem estar das famílias mais pobres; reduzi a pobreza no meio urbano e rural; promover o desenvolvimento da infra-estrutura e dos setores sociais, com destaque as atividades previdenciárias e de assistência rural energia, comunicações, transportes e facilidades para implantação ou consolidação de novas áreas industriais. (CABRAL NETO, 1997, p.14)

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24 A partir da década de 60, o Banco Mundial começou a dar indícios de sua preocupação com a situação de pobreza dos países subdesenvolvidos, e como o Brasil já se enquadrava nessa situação, o Nordeste que mais sofria passou a ser alvo de investimentos por parte desse banco. Nesse contexto, na década de 80 o Projeto Nordeste passou a ser gestado com o intuito de iniciar vários programas de pequena amplitude, elaborados e executados de forma a se interligarem.Ali se abordava também a educação como prioridade.

A educação era vista como prioridade, pois considerava que era fator essencial para o desenvolvimento de qualquer região e o nordeste nesse aspecto estava bastante atrasado, com altas taxas de analfabetismo, evasão e repetência, baixa qualidade do ensino, precisando ser radicalmente reformulada. (CABRAL NETO, 1997).

O Projeto Nordeste em suas propostas voltadas para a educação procurou democratizar o ensino, ampliá-lo e estimular a permanência, (CABRAL NETO, 1997). No entanto, mesmo com esse Projeto, o que se percebe atualmente é que continuam os mesmos problemas, com menor amplitude, como mostra o Censo do IBGE de 2010, demonstrando que mais de cinquenta por cento da população Nordestina acima de 25 anos é sem instrução ou com fundamental incompleto.

As deficiências da escolaridade básica no Nordeste restringem a inserção no mercado de trabalho, considerando como entrave para superação e mobilidade social.

3.5. Desenvolvimento Educacional Cearense

O Ceará apresenta realidade semelhante aos demais estados nordestinos, ou seja, altas taxas de analfabetismo, acesso ao ensino restrito aos centros urbano, dentre outros fatores. A desigualdade regional no Ceará é muito grande e o estado passou por um programa de reforma educacional a partir de 1995, com o governador Tasso Jereissati, pois havia uma necessidade de mudança que era expressa através do contexto econômico e político da época. O slogan de seu governo era “Todos pela Educação de Qualidade para todos”, que fazia da escola o ponto focal da gestão. Como foi demonstrado por Naspolini (2001, p.170),

O primeiro e principal desafio da reforma da educação básica cearense foi o de resgatar a credibilidade de um sistema educacional precarizado, que não conseguia atrair, em 1995, mais que 65% da população de 7 a 14 anos; o segundo desafio era o de captar recursos financeiros adicionais para um sistema de baixa qualidade.

Vários avanços foram registrados no Ceará, no período 1995 a 2000, como resultados do Plano Decenal de Educação para Todos no âmbito da gestão educacional do estado, como sendo:

(25)

25

maior programa de regularização do fluxo escolar de educação básica no Brasil com a metodologia do Telecurso 2000 (Projeto Tempo de Avançar) atingindo 100.604 no ensino fundamental e 39.983 noensino médio no ano 2000; Expansão da Educação de Jovens e Adultos, cuja matrícula cresceu 232,69% entre 1996 e 2000; Promoção da inclusão social de crianças com necessidades especiais, [...]; Negociação e aprovação do empréstimo de U$ 90 milhões, específico para o setor educacional, com o Banco Mundial (Projeto de Qualificação da Educação Básica – PQEB); Descentralização da gestão, planejamento e acompanhamento educacional com a criação dos 21 Centros Regionais de Desenvolvimento da Educação; Escolarização da merenda em toda a rede estadual; Desenvolvimento de parcerias, como a que foi estabelecida com o Unicef (Censo Educacional Comunitário), com o Pacto de Cooperação (Fórum da Educação) e com o Poder Judiciário (Movimento Justiça na Educação); Concurso Único de Professores organizado pela SEDUC com a parceria de 153 Municípios.[...]; Participação na III e IV Bienal Internacional do Livro de Fortaleza (1998 e 2000), com aquisição de acervo para as escolas da rede estadual realizada diretamente pelo Núcleo Gestor da Escola. (NASPOLINI, 2001, p. 172).

Comparando o Ceará ao Nordeste e Brasil, verifica-se que nesse período compreendido entre 1995 e 2000 a matrícula do ensino fundamental no Brasil cresceu 9,3%, no Nordeste 26,3% e no Ceará 35,4% No ensino médio, a matrícula brasileira, no mesmo período, cresceu 52,4% enquanto no Nordeste cresceu 68% e no Ceará 99% (NASPOLINI, 2001, p. 174). Observa-se que a média do Ceará tanto é maior do que no Nordeste como no Brasil, porém esse número é maior devido a defasagem já existente no Estado, e aos programas que proporcionaram a inserção dessas pessoas no ensino.

Buscando a integração dos jovens no ensino, ainda no Governo do Tasso Jereissati (1995-2002), adotou-se:

[...] o maior programa de regularização do fluxo escolar da educação básica no

Brasil, com a metodologia do Telecurso 2000, a SEDUC implantou, no ano 2000 o

projeto Tempo de Avançar, oportunizando, através de convênio com a Fundação Roberto Marinho e Editora Globo, aceleração da escolaridade de cearenses na faixa etária de 15 a 29 anos (NASPOLINI, 2001, p. 175).

No Governo Lúcio Alcântara (2003-2006), foi criado o programa Alfabetização é Cidadania que buscava a alfabetização de jovens e adultos. Implantou o Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica no Ceará (SPAECE), que é aplicado nos anos emque não ocorre a Prova Brasil, cujo objetivo é avaliar de forma continua o sistema de ensino cearense. Com a aplicação do SPAECE no âmbito estadual e da Prova Brasil, no âmbito nacional, os alunos das escolas públicas cearenses são avaliados todos os anos de forma contínua (VIEIRA, 2007).

(26)

26 De acordo com o censo demográfico do IBGE de 2010, analisando no Ceará somente as pessoas de 25 anos ou mai, tem-se que a população sem instrução e com fundamental incompleto nessa faixa etária é de 57 %; a população com Fundamental completo e médio incompleto é de 13%; a população com médio completo e superior incompleto é de 22% e a população com nível superior completo é apenas 7% no estado. Porém é importante ressaltar que para o IBGE uma pessoa é alfabetizada quando com cinco anos ou mais de idade, ela é capaz de ler e escrever textos simples.

(27)

27

4. METODOLOGIA

O estudo teve sua constituição através de pesquisa bibliográfica, tendo sido levantados diversos materiais já publicados como livros de autores conhecidos na área de teoria do desenvolvimento econômico, desigualdade, Capital Humano e história da educação no Brasil, Nordeste e Ceará, artigos e materiais disponibilizados na internet. Teve como forma de abordagem a pesquisa quantitativa, o qual foi aplicado dados numéricos, buscando resultados precisos e utilizando técnicas estatísticas, que se deu através dos dados encontrados e disponibilizados pelo Censo demográfico do IBGE de 2010 que foram utilizados no modelo para traduzir em números a opinião sobre a importância da educação na produtividade do trabalho e no desenvolvimento econômico do Ceará.

Esta pesquisa se limitou ao Ceará, pertencente à região Nordeste do Brasil, tendo como unidades de observação os 184 municípios do Estado. As variáveis estudadas foram PIB agregado e os dados referentes aos percentuais das populações, de cada um dos184 municípios cearenses, maiores de 25 anos de acordo com cada nível de escolaridade, ou seja, sem instrução ou com fundamental incompleto (onde o nível elementar corresponde da pré escola até o nono ano), fundamental completo ou médio incompleto, médio completo + superior incompleto+ Superior completo, para melhor análise agregou-se os valores das escolaridades de médio completo e superior incompleto com superior completo. Esses dados secundários utilizados na pesquisa foram extraídos do Censo Demográfico de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O trabalho foi processado em duas etapas: Primeiramente hierarquizou-se em ordem decrescente dos 184 municípios cearenses, de acordo com as magnitudes das produtividades do trabalho, interpretada como a relação entre o PIB agregado do município e a população maior de 25 anos. Isto está definido na Equação (1):

(1)

Onde:

: a produtividade do trabalho no í-ésimo município do Ceará; : PIB agregado do i-ésimo município;

: população do i-ésimo município maior ou igual a 25 anos.

(28)

28 por diante. No último quartil estavam os municípios de menores produtividades do Ceará em 2010, tal como definido nesta pesquisa.

Nessa etapa foi avaliada a relação de causa-efeito entre produtividade do trabalho e escolaridade dos quartis selecionados, através da equação:

;

Onde:

= produtividade do trabalho do í-ésimo município do Ceará aferido pela relação entre o PIB domunicípio e o percentual da população de 25 anos ou mais de idade que não concluiu o nívelelementar (pré escola ao nono ano) do í-ésimo município do Ceará (ELEMi)e

(MEDSUPi)o percentual da população de 25anos ou mais de idade que concluiu o nível

médio e/ou superior do í-ésimo município do Ceará.

Uma hipótese a ser testada com o indicador ELEM (sem instrução ou ensino fundamental incompleto) como variável independente é que uma variação positiva nesse valor, induzirá uma variação negativa na variável dependente (PROD).O modelo utilizado

nesta etapa foi definido de acordo com a equação (2) e será aferido utilizando-se a seguinte equação de definição:

PRODi = β0 + β1ELEMi + ϵ; (2)

Sendo PROD a produtividade do trabalho; ELEM a percentagem da população de 25 anos ou mais de idade que não possui instrução ou possui o fundamental incompleto. O parâmetro linearβ0 e o angular β1 foram estimados através do método dos mínimos quadrados ordinários assumindo-se a hipótese de que os termos de erros aleatórios ϵ tem as características do modelo linear clássico. O coeficiente angular mediu a sensibilidade da produtividade do trabalho às variações da escolaridade da população de 25 anos ou mais de idade que não possui o nível elementar. A hipótese é que assumiria valor negativo.

Para testar a hipótese de que quanto maior for a variável MEDSUP, maior será a produtividade do trabalho utilizou-se a seguinte equação de definição (3):

(29)

29 Na equação acima, MEDSUP é o percentual da população de 25 anos ou mais de idade do município que concluiu o nível médio completo, superior incompleto ou superior completo. Os coeficientes α0 e α1 serão estimados pelo método dos mínimos quadrados ordinários, assumindo-se que o termo aleatório µ tem as características do modelo linear clássico. A magnitude do coeficiente α1 mostrará a sensibilidade da produtividade do trabalho nos municípios cearenses às variações da população de 25 anos ou mais de idade que concluiu o nível médio completo, superior incompleto ou superior completo. A expectativa é que teria sinal positivo.

(30)

30

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Primeiramente procedeu-se a análise do grau de instrução em cada um dos quartis. Conforme o gráfico 1 percebe-se que o grau de instrução no primeiro quartil, aquele em que a produtividade do trabalho é a maior,49% da população de 25 anos ou mais de idade não tem instrução alguma (analfabeta) ou sequer possui o fundamental completo, que corresponde à conclusão do nono ano. Observa-se que neste quartil, como era esperado, está o menor contingente da população com menor qualificação no Ceará. Constata-se também que neste primeiro quartil, onde se encontra os municípios de maior produtividade do trabalho, está também o maior percentual da população de 25 anos ou mais de idade que tem ao menos o nível médio completo, como era esperado.

Por outro lado, como era previsto, no último quartil, aquele que detém a menor produtividade do trabalho, está o maior percentual da população de 25 anos ou mais de idade que sequer completou o nível elementar (75%). Neste quarto quartil está o menor percentual da população maior de 25 anos que concluiu ao menos o segundo grau completo (3%).

Nos quartis intermediários (segundo e terceiro) observam-se comportamentos parecidos no que concerne às escolaridades observadas nas populações de 25 anos ou mais de idade. No segundo quartil constata-se ligeira vantagem, de um ponto de vista da qualificação da força de trabalho em relação ao terceiro.

Contudo, de um modo geral, o nível de qualificação da força de trabalho no Ceará é muito baixo. Observa-se que no estado 57% da população maior de 25 anos não concluiu o nível elementar. Apenas 7% concluíram ao menos o nível médio.

Gráfico 1: Percentual da população de25 anos ou mais de idade segundo o nível de instrução (Quartis e Ceará em 2010)

Fonte dos dados originais: Censo Demográfico de 2010. 49%

70% 73%

75%

57%

15%

11% 10% 10% 13%

27%

15%

13% 12%

22%

9%

4% 4% 3% 7%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80%

1º Quartil 2º Quartil 3º Quartil 4º Quartil Ceará

(31)

31 Em seguida procedeu-se a análise das produtividades do trabalho do ano de 2010 dos municípios cearenses, estabelecendo-se as comparações entre os quartis da maior, média do quartil e a menor.

Na tabela 1encontram-se os municípios possuidores da maior e da menor produtividade do trabalho conforme cada quartil, os demais municípios podem ser visualizados nos anexo.

Tabela 1: Identificação dos Municípios com maiores e menores produtividades do Trabalho segundo os Quartis e o Estado do Ceará em 2010

Maior Produtividade (R$/pessoa maior de 25 anos)

Menor Produtividade (R$/pessoa maior de 25 anos)

QUARTIS Município Valor

(R$)

Município Valor

(R$)

Primeiro Quixeré 7513,23 Amontada 999,02

Segundo Jaguaribara 998,65 Catunda 839,30

Terceiro Boa Viagem 834,36 Ibicuitinga 736,12

Quarto Miraíma 735,34 Catarina 552,92

Ceará Quixeré 7513,23 Catarina 552,92

Fonte dos Dados originais: Censo Demográfico do IBGE de 2010

A tabela 2 evidência as relações entre as produtividades do trabalho.Através das evidências mostradas na mesma fica demonstrado que a menor produtividade do trabalho observada para o primeiro quartil representa apenas 13 por cento da maior produtividade deste quartil. Neste quartil está a maior disparidade entre a maior e a menor produtividade do trabalho, já que Amontada que é o município com a menor produtividade do trabalho desse quartil representa apenas 13 por cento da produtividade de Quixeré que é o maior, porém nos demais as produtividades do trabalho ficaram em torno de suas médias, variando de 75 por cento a 88 por cento o valor do de menor produtividade do trabalho para o de maior produtividade do trabalho.

(32)

32 Tabela 2: Produtividade do trabalho da população de 25 anos ou mais de idade no Ceará dividido em Quartis e Ceará em 2010

Quartis/Ceará

Maior Produtividade

(R$ / Pessoa maior de 25

anos)

Produtividade Média (R$ / Pessoa maior de 25

anos)

Menor Produtividade

(R$ / Pessoa maior de 25

anos)

Relação entre a menor e a

maior produtividade

do trabalho

Primeiro 7513,23 1735,35 999,02 0,13

Segundo 998,65 903,09 839,30 0,84

Terceiro 834,36 786,43 736,12 0,88

Quarto 735,34 690,85 552,92 0,75

Relação Entre o Quarto e o Primeiro Quartil

0,10 0,35 0,55 -

Ceará 7513,23 1028,93 552,92 0,07

Fonte dos dados originais: Censo Demográfico de 2010.

A tabela 3 mostra-se os resultados encontrados na aferição da relação entra a produtividade do trabalho (PROD) e a variável explicativa ELEM que mede o percentual da população maior de 25 anos que não havia cursado em 2010 ao menos o nível elementar. Os resultados estão expostos nos quatro quartis hierarquizados em ordem decrescente de acordo com as respectivas produtividades do trabalho e para o estado do Ceará. Observa-se que em todos os quartis os sinais negativos associados aos respectivos coeficientes angulares foram encontrados. Portanto, verifica-se que em nos quartis assim como para o Ceará com exceção do terceiro quartil, o coeficiente de regressão angular foi significativamente diferente de zero. Os resultados mostrados sugerem que no primeiro quartil, uma variação de um por cento da população maior de 25 anos sem ter concluído o nível elementar de estudo, provoca variação em sentido contrário de R$362,00 na produtividade do trabalho.

(33)

33 Tabela3: Resultados das Análises de Regressão para a PRODi, tendo como variável explicativa

ELEM em 2010.

Variável Dependente

(PROD) R2

CoeficienteLinear Significância Estatística

Variável Explicativa

(ELEM) Coeficiente

angular

Significância Estatística

Primeiro Quartil 0,037 40,281 0,006 -0,362 0,106

Segundo Quartil 0,065 10,908 0,000 -0,027 0,048

Terceiro Quartil -0,017 8,318 0,000 -0,006 0,633

Quarto Quartil 0,019 8,133 0,000 -0,016 0,179

Ceará 0,194 43,564 0,000 -0,473 0,000

Fontesdos dados Originais: IBGE, CensoDemográfico de 2010.

O Gráfico 2 relaciona a produtividade do trabalho com a variável explicada e a variável ELEM. Claramente, evidencia-seuma relação inversa entre estas duas variáveis.

Gráfico 2: Relação entre produtividade do trabalho e escolaridade, tendo como variável explicativa ELEM em 2010

(34)

34

Tabela4: Resultados das Análises de Regressão para a PRODi, tendo como variável

explicativa MEDSUP em 2010. Variável

Dependente (PROD)

R2 Coeficiente

Linear Significância Estatística

Variável Explicativa (MEDSUP) Coeficiente Angular Significância Estatística

Primeiro Quartil 0,027 7,826 0,245 0,403 0,142

Segundo Quartil 0,089 8,310 0,000 0,041 0,025

Terceiro Quartil -0,022 7,896 0,000 -0,002 0,916

Quarto Quartil 0.009 6,641 0,000 0,017 0,179

Ceará 0,176 -0,469 0,792 0,583 0,000

Fontes dos dados Originais: IBGE, Censo Demográfico de 2010.

Das evidências apresentadas na tabela 4 depreende-se que, com exceção do resultado encontrado para o terceiro quartil, todos os demais quartis apresentaram sinais positivos (de acordo com as expectativas) entre a produtividade do trabalho e a população que detinha ao menos o nível médio completo. Contudo, o coeficiente angular para o terceiro quadrante não foi estatisticamente significante. Portanto, assumiu-se que neste quadrante não há relação definida entre a população com melhor escolaridade e a Produtividade do trabalho.

No primeiro quadrante o coeficiente foi estatisticamente diferente de zero ao nível de 14,2 por cento de margem de erro. Neste caso, observa-se que uma elevação de um por cento na população com ao menos o nível superior completo provoca incremento de produtividade do trabalho, no quartil, de R$403,00 por pessoa.

Para o estado do Ceará como um todo se constata que o ajustamento estatístico foi bem melhor, tanto de um ponto de vista do coeficiente de determinação ajustado (R2) como em termos da significância estatística (zero por cento de erro). Assim sendo, os resultados sinalizam que para a variação de um por cento da população maior de 25 anos com ao menos o nível médio de escolaridade a variação na produtividade do trabalho se dará, na mesma direção, na magnitude de R$583,00 por pessoa.

(35)

35

Gráfico 3: Relação entre produtividade do trabalho e escolaridade, tendo como variável explicativa MEDSUP em 2010.

(36)

36

6. CONCLUSÕES

Esta pesquisa procurou analisar os impactos da educação na produtividade do trabalho e no desenvolvimento econômico, avaliando por meio da educação sua importância para a formação do capital humano e como consequência para o desenvolvimento econômico do estado do Ceará. A educação é componente fundamental do capital humano e contribui direta e indiretamente na formação do crescimento e desenvolvimento econômico do Ceará.

Os resultados encontrados e demonstrados para os 184 municípios cearenses, que foram hierarquizados conforme as magnitudes desse valor, constatam que os municípios que apresentaram melhor produtividade do trabalho encontrados no primeiro quartil são os que apresentam menor percentual de pessoas de 25 anos ou mais sem instrução ou com nível fundamental incompleto; e maior percentual desse mesmo grupo com nível médio completo, superior incompleto ou superior completo. Comprovando-se por meio de análises estatísticas que maiores níveis de instrução contribuem para elevar a produtividade do trabalho da população de 25 anos ou mais que se encontra nos municípios do Ceará, sendo comprovado quando analisados quartil por quartil como para o estado do Ceará como um todo. Ao analisar-se o impacto da redução do percentual da população de 25 anos ou mais com escolaridade inferior ao nível elementar sobre a produtividade do trabalho do Ceará, observa-se que é positivo, conforme explica a teoria do capital humano.

O estudo ainda mostra que a população de 25 anos ou mais que detem o nível de escolaridade mais acurado no Ceara (ao menos o nível médio completo) tem a maior produtividade do trabalho e oferece uma resposta positiva para este indicador. Maior o percentual da população do município com escolaridade igual ou superior ao nível médio, maior será a produtividade do trabalho. Coeficiente de elasticidade positivo, como preceitua a Teoria do Capita Humano.

(37)

37

REFERÊNCIAS

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SCHULTZ, Theodore W. O Capital Humano: investimentos em educação e pesquisa. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1971.

(40)

40 ANEXO I: IDENTIFICAÇÃO DOS MUNICÍPIOS CONFORME SUAS

PRODUTIVIDADES DO TRABALHO – 1º QUARTIL

Municípios agregado Pib (R$1000)

População

> 25 anos População > 25 anos (ELEM) anos (MEDSUP) População > 25

Produtividad e do Trabalho

Quixeré 776 829 10 339 72,8 16,3 7513,23

Eusébio 1 271 649 23 671 53,5 31,9 5372,22

São Gonçalo do

Amarante 1 117 611 23 018 59,9 26,7 4855,36

Maracanaú 4 100 336 112 053 46,7 35,1 3659,28

Horizonte 995 679 27 762 56,5 26,5 3586,42

Fortaleza 37 106 309 1 421 353 37,6 45,9 2610,63

Sobral 2 348 207 97 914 53,0 31,8 2398,23

Icapuí 191 557 10 298 68,8 20,4 1860,07

Aquiraz 682 571 39 233 65,8 20,8 1739,80

Itapagé 422 580 24 739 67,9 17,7 1708,18

Pacajus 514 524 32 488 60,2 24,4 1583,72

Barbalha 454 410 29 449 55,3 32,4 1543,06

Caucaia 2 597 520 169 391 52,4 30,7 1533,45

Pacatuba 554 878 37 550 48,9 33,7 1477,71

Juazeiro do

Norte 1 959 969 132 889 53,2 32,9 1474,89

Aracati 560 865 38 642 60,2 26,2 1451,43

Russas 555 646 38 613 61,2 25,4 1439,02

Uruburetama 140 479 9 855 67,0 20,4 1425,44

Guaramiranga 30 162 2 160 60,8 24,5 1396,24

Iguatu 763 190 55 581 61,4 25,8 1373,11

Tianguá 451 211 34 010 67,8 21,2 1326,69

Jaguaruana 238 068 17 946 72,0 18,5 1326,58

Maranguape 753 273 58 814 55,2 28,9 1280,78

Crato 846 429 66 263 48,7 37,4 1277,37

Quixadá 538 778 42 240 60,5 26,2 1275,51

Limoeiro do

Norte 402 180 32 573 60,2 26,6 1234,70

Cascavel 447 137 36 669 66,4 18,9 1219,37

Marco 136 566 11 405 70,9 17,3 1197,46

Ubajara 195 429 16 446 66,8 21,5 1188,34

Ibiapina 144 316 12 153 74,4 14,4 1187,49

Itarema 206 614 17 480 73,5 14,5 1181,99

Paracuru 196 506 16 865 62,4 25,0 1165,17

Jaguaribe 223 809 19 327 67,3 20,5 1157,99

Paraipaba 174 951 15 731 64,5 20,2 1112,13

Guaraciaba do

Norte 211 715 19 038 75,8 13,3 1112,05

Itapipoca 626 530 57 510 62,3 24,8 1089,44

(41)

41

Fonte dos Dados: Censo Demográfico do IBGE de 2010

Acaraú 309 490 28 831 75,2 14,8 1073,47

Varjota 98 075 9 180 70,5 17,3 1068,35

Quixeramobim 405 315 38 163 67,3 18,9 1062,05

São Benedito 237 198 22 350 73,2 16,5 1061,30

Penaforte 44 004 4 182 63,5 29,3 1052,26

Camocim 318 396 30 538 69,4 19,6 1042,63

Aratuba 60 488 5 831 72,0 19,6 1037,26

Tabuleiro do

Norte 170 464 16 928 69,6 18,4 1007,01

(42)

42

Jaguaribara 58 002 5 808 70,1 18,3 998,65

Brejo Santo 239 566 24 110 60,7 26,4 993,62

Itaitinga 183 012 18 550 65,6 19,7 986,57

Santa Quitéria 222 221 22 531 72,4 16,7 986,28

Pentecoste 183 022 18 596 64,4 23,1 984,21

Banabuiú 83 040 8 517 73,5 17,3 975,00

Fortim 78 141 8 087 66,6 19,2 966,24

Frecheirinha 63 193 6 569 71,8 17,4 961,93

General

Sampaio 28 842 3 021 79,7 11,5 954,75

Canindé 362 050 38 058 71,3 17,2 951,32

Baturité 166 097 17 634 63,7 23,7 941,92

Trairi 238 190 25 517 71,6 18,2 933,45

Iracema 72 541 7 781 66,7 23,1 932,35

Jijoca de

Jericoacoara 79 039 8 504 67,2 18,9 929,46

Crateús 384 606 41 635 66,7 22,0 923,77

Jaguaretama 90 615 9 833 71,4 16,8 921,57

Solonópole 93 890 10 235 70,5 17,8 917,37

Beberibe 252 153 27 513 68,8 18,4 916,49

Chorozinho 90 323 9 927 74,0 15,7 909,90

Nova Olinda 65 168 7 198 68,2 19,1 905,32

Palhano 46 890 5 184 64,2 22,5 904,45

Pacoti 55 036 6 099 64,7 22,4 902,31

Tauá 276 781 30 913 72,2 17,5 895,36

Mulungu 52 811 5 903 71,5 18,1 894,67

Araripe 89 223 10 036 79,2 11,0 889,05

Senador

Pompeu 133 701 15 068 69,4 19,1 887,30

Salitre 63 969 7 255 85,1 9,3 881,76

Santana do

Cariri 73 575 8 354 73,3 15,2 880,74

Barroquinha 63 494 7 257 80,2 12,1 874,88

Acarape 68 314 7 826 63,9 23,5 872,91

Ipu 186 622 21 387 70,7 18,5 872,60

Missão Velha 151 710 17 560 70,7 18,8 863,96

Pindoretama 90 237 10 470 66,0 19,6 861,87

São Luís do

Curu 57 957 6 726 64,9 23,9 861,73

Paramoti 49 672 5 793 77,3 13,0 857,47

Croatá 75 026 8 754 81,4 9,2 857,05

Forquilha 97 766 11 432 65,5 18,9 855,22

Barreira 87 775 10 298 70,4 18,7 852,34

ANEXO II: IDENTIFICAÇÃO DOS MUNICÍPIOS CONFORME SUAS

PRODUTIVIDADES DO TRABALHO – 2º QUARTIL

Municípios agregado Pib (R$1000)

População

> 25 anos População > 25 anos (ELEM) anos (MEDSUP) População > 25

(43)

43

Hidrolândia 89 900 10 556 76,0 15,0 851,65

Carnaubal 72 328 8 499 77,1 12,9 851,02

Potiretama 28 319 3 331 70,7 17,8 850,11

Redenção 120 713 14 208 66,8 19,8 849,63

Nova Russas 146 939 17 303 70,4 17,9 849,22

Alto Santo 77 096 9 094 76,1 13,8 847,80

Madalena 76 997 9 082 72,9 14,7 847,78

Catunda 44 457 5 297 72,4 14,9 839,30

(44)

44

Boa Viagem 230 651 27 644 78,8 12,7 834,36

Independência 121 426 14 563 71,1 17,3 833,79

Santana do

Acaraú 122 747 14 749 73,1 16,2 832,26

Orós 106 294 12 782 69,3 17,8 831,60

Campos Sales 115 805 13 965 70,2 20,3 829,24

Itatira 74 317 8 997 79,5 11,6 826,06

Guaiúba 100 646 12 209 67,2 19,5 824,39

Granjeiro 19 560 2 375 71,5 17,1 823,67

Senador Sá 27 753 3 371 72,4 17,3 823,31

Irauçuba 88 469 10 746 68,5 20,3 823,29

São João do

Jaguaribe 41 946 5 119 68,3 19,4 819,44

Viçosa do Ceará 214 732 26 205 79,3 12,4 819,43

Arneiroz 33 968 4 152 72,2 18,2 818,21

Reriutaba 85 705 10 479 75,3 15,9 817,89

Morrinhos 80 391 9 906 76,6 15,0 811,56

Pacujá 26 151 3 223 68,9 20,1 811,42

Moraújo 32 736 4 042 68,1 18,5 809,99

Icó 287 336 35 578 70,1 18,9 807,63

Itaiçaba 35 175 4 360 65,7 22,6 806,86

Cruz 94 030 11 674 71,8 15,7 805,45

Chaval 52 226 6 507 76,1 15,6 802,56

Jucás 100 985 12 817 77,2 14,0 787,87

Umirim 71 409 9 084 71,3 17,0 786,09

Aracoiaba 107 384 13 702 70,4 17,6 783,71

Ipueiras 155 113 19 851 77,6 13,9 781,38

Mauriti 176 512 22 652 71,3 17,9 779,23

Massapê 134 580 17 411 70,5 15,5 772,95

Bela Cruz 120 465 15 705 71,6 14,8 767,07

Tamboril 103 201 13 529 75,4 13,2 762,80

Potengi 40 316 5 290 75,9 14,1 762,16

Cedro 106 408 13 966 69,4 22,3 761,93

Granja 191 681 25 224 80,4 12,3 759,90

Milagres 116 869 15 409 68,2 20,9 758,45

Antonina do

Norte 28 343 3 753 77,2 14,8 755,18

Uruoca 48 847 6 478 79,7 13,3 754,05

Coreaú 83 173 11 038 75,0 15,8 753,55

Cariré 73 906 9 812 73,9 14,4 753,21

Ererê 28 657 3 822 70,5 18,1 749,85

Quixelô 66 707 8 901 78,4 12,4 749,46

Porteiras 59 399 7 963 68,4 21,0 745,92

ANEXO III: IDENTIFICAÇÃO DOS MUNICÍPIOS CONFORME SUAS

PRODUTIVIDADES DO TRABALHO – 3º QUARTIL

Municípios agregado Pib (R$1000)

População

> 25 anos População > 25 anos (ELEM) anos (MEDSUP) População > 25

(45)

45

Ipaumirim 50 180 6 754 68,8 20,7 743,00

Várzea Alegre 161 977 21 827 70,1 18,2 742,09

Jardim 102 759 13 871 70,5 20,2 740,85

Milhã 56 046 7 573 72,4 18,1 740,12

Pereiro 62 447 8 477 74,7 17,2 736,66

Ibicuitinga 45 345 6 160 70,5 18,9 736,12

(46)

46

Miraíma 45 389 6 173 75,2 15,3 735,34

Assaré 87 161 11 883 78,0 12,8 733,49

Parambu 121 650 16 673 82,5 9,1 729,64

Martinópole 35 682 4 908 73,4 19,2 727,09

Barro 88 488 12 177 73,8 16,7 726,67

Monsenhor

Tabosa 64 855 8 933 70,8 18,1 726,04

Choró 45 857 6 317 75,8 13,9 725,95

Baixio 25 021 3 455 63,8 23,0 724,28

Tururu 52 387 7 245 72,2 16,4 723,06

Ibaretama 47 604 6 595 78,0 11,5 721,76

Farias Brito 74 022 10 290 69,5 19,3 719,35

Caridade 73 903 10 287 75,4 13,8 718,42

Itapiúna 68 109 9 543 71,8 16,7 713,71

Capistrano 63 481 8 903 66,7 21,0 713,01

Groaíras 40 462 5 678 67,4 19,8 712,60

Graça 55 850 7 847 81,9 11,7 711,76

Aurora 98 163 13 813 73,7 17,5 710,66

Jati 30 035 4 231 64,5 27,1 709,92

Pires Ferreira 38 289 5 421 77,8 12,0 706,25

Caririaçu 95 077 13 498 77,0 13,4 704,40

Acopiara 206 012 29 293 76,9 13,4 703,28

Meruoca 49 500 7 055 68,3 19,7 701,63

Apuiarés 52 313 7 468 73,0 16,2 700,49

Pedra Branca 156 465 22 369 76,9 13,0 699,46

Lavras da

Mangabeira 120 970 17 364 71,3 19,3 696,67

Deputado

Irapuan Pinheiro 36 826 5 286 75,5 14,0 696,60

Mombaça 159 523 23 003 78,3 13,6 693,50

Mucambo 53 597 7 736 75,8 14,1 692,80

Novo Oriente 103 713 14 988 77,9 10,8 691,97

Palmácia 43 612 6 326 70,3 16,0 689,40

Alcântaras 37 777 5 561 74,4 16,7 679,26

Umari 29 244 4 330 71,4 18,8 675,43

Poranga 42 278 6 272 77,0 12,9 674,12

Saboeiro 55 999 8 342 77,9 13,2 671,29

Piquet Carneiro 61 281 9 149 75,9 14,7 669,78

Ararendá 38 907 5 812 76,9 13,5 669,44

Ocara 84 802 12 864 73,0 14,9 659,24

Abaiara 35 974 5 478 68,0 22,5 656,68

Tejuçuoca 54 070 8 253 75,3 14,6 655,14

Altaneira 24 598 3 770 75,6 14,7 652,42

ANEXO IV: IDENTIFICAÇÃO DOS MUNICÍPIOS CONFORME SUAS

PRODUTIVIDADES DO TRABALHO – 4º QUARTIL

Municípios agregado Pib (R$1000)

População

> 25 anos População > 25 anos (ELEM) anos (MEDSUP) População > 25

(47)

47 Quiterianópolis 71 563 11 001 79,0 12,2 650,51

Aiuaba 54 257 8 342 80,0 13,3 650,39

Cariús 67 288 10 563 78,1 12,3 637,02

Tarrafas 30 366 4 791 80,0 11,9 633,79

Ipaporanga 39 696 6 276 80,4 10,9 632,46

Catarina 59 394 10 742 72,7 16,7 552,92

Imagem

Gráfico 1:  Percentual da população de25 anos ou mais de idade segundo o nível de instrução     (Quartis e Ceará em 2010)
Tabela 1: Identificação dos Municípios com maiores e menores produtividades do Trabalho  segundo os Quartis e o Estado do Ceará em 2010
Tabela 2: Produtividade do trabalho da população de 25 anos ou mais de idade no Ceará  dividido em Quartis e Ceará em 2010
Gráfico 2:  Relação  entre  produtividade  do  trabalho  e  escolaridade,  tendo  como  variável  explicativa ELEM em 2010
+2

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