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FESMPDFT - Proc Penal - Procedimentos - arquivo 10

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(1)

Direito Processual Penal

Procedimentos

Prof. Antonio Suxberger – arquivo 10

FESMPDFT

(2)

Procedimentos

O procedimento será comum ou especial (art. 394).

Os procedimentos especiais estão previstos no próprio CPP e nas leis

esparsas (leis específicas).

O procedimento comum divide-se em:

I - ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção

máxima cominada for igual ou superior a 4 (quatro) anos de

pena privativa de liberdade;

II - sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção

máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena

privativa de liberdade;

III - sumaríssimo, para as infrações penais de menor

potencial ofensivo, na forma da lei.

(3)

Procedimento comum ordinário: informa

e serve de base para a interpretação dos

demais procedimentos (art. 394, § 5.º).

Visão geral do procedimento comum

(4)

Investigação preliminar

Ação penal.

(5)

Juízo de recebimento da denúncia (395 e 396),

resposta preliminar (396-A),

análise sobre a possibilidade de absolvição

sumária (397),

designação de data para audiência e julgamento

(399 e 400),

audiência (inquirição das testemunhas arroladas

pela acusação e pela defesa, esclarecimentos

dos peritos, acareações, reconhecimento de

pessoas e coisas, interrogatório),

requerimento de diligências (402),

debates orais,

(6)

Prazos

O prazo varia entre 105 (Justiça estadual)

e 125 dias (Justiça federal). Pode ocorrer

ampliação por força de incidentes.

Cf. anotações sobre o CF 5.º, LXXVIII.

Situações excepcionais? Cf. Manual prático de rotinas

das varas criminais e de execução penal do CNJ:

Réu não constitui defensor é assistido por dativo ou defensor

público (CPP 396-A, § 2.º): + 10 dias

Resposta escrita com documentos e arguição de preliminares,

com intimação do MP para manifestação: + 7 dias.

Alegações finais por escrito em casos de instrução complexa

ou número excessivo de réus (CPP 403, § 3.º): + 26 dias (6

secretaria, 5 para cada parte, 10 juiz sentenciar).

Total: 148 dias na Justiça estadual; 153 ou 168 na Justiça

(7)

Proc. comum sumário

Similar ao Ordinário, mas com as

seguintes diferenças:

Processo de crime cuja sanção máxima

cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de

pena privativa de liberdade (art. 394, § 1.º, II).

Redução do prazo para realização da

audiência: 30 dias (no ordinário: 60 dias).

Número de testemunhas: 5 (no ordinário: 8).

Ausência de previsão de pedido de diligências

(art. 531 – “não há art. 402”).

(8)

Lei 8.038 – Tribunais

Procedimento nos feitos de competência

originária dos Tribunais (foro por

prerrogativa de função).

(9)

Tribunais inquérito policial (10 ou 30d) resposta em 15d relator determina a notificação do réu Tribunal rejeita a denúncia Tribunal absolve sumariamente julgamento alegações finais (15d) pedido de diligências (5d) inquirição test. (rito comum CPP) defesa prévia (5d) interrogatório citação do réu Tribunal recebe a denúncia juiz aceita (art. 394 oferecimento de denúncia arquivamento obrigatório pedido de arquivamento vista ao MP (5 ou 15d)

Atenção

:

(10)

Atenção:

Teria a Lei 8.038 (art. 9.º) sofrido

modificação por conta da reforma

processual de ago/2008?

Sim. O interrogatório, na forma do CPP

400, passou para o final do procedimento (a

decisão preserva os atos processuais já

realizados de acordo com a literalidade da Lei

8.038).

(11)

 A Lei 11.719/2008, que alterou o momento em que efetuado o interrogatório,

transferindo-o para o final da instrução criminal, incide nos feitos de competência originária do STF, cujo mencionado ato processual ainda não tenha sido realizado. Com base nessa orientação, o Plenário desproveu agravo regimental interposto pela Procuradoria Geral da República contra decisão do Min. Ricardo Lewandowski que, nos autos de ação penal da qual relator, determinara que os réus fossem interrogados ao final do procedimento. Considerou-se que o art. 400 do CPP, em sua nova redação, deveria suplantar o estatuído no art. 7º da Lei 8.038/90, haja vista possibilitar ao réu o exercício de sua defesa de modo mais eficaz. Aduziu-se que essa mudança concernente à designação do interrogatório conferiria ao acusado a oportunidade para esclarecer divergências e incongruências que eventualmente pudessem surgir durante a fase de consolidação do conjunto probatório. Registrou-se, tendo em conta a interpretação sistemática do Direito, que o fato de a Lei 8.038/90 ser norma especial em relação ao CPP não afetaria a orientação adotada, porquanto inexistiria, na hipótese, incompatibilidade manifesta e insuperável entre ambas as leis. Ademais, assinalou-se que a própria Lei 8.038/90 dispõe, em seu art. 9º, sobre a aplicação subsidiária do CPP. Por fim, salientou-se não haver impedimento para que o réu, caso queira, solicite a antecipação do seu interrogatório. O Min. Luiz Fux acrescentou que o entendimento poderia ser estendido à Lei 11.343/2006, que também prevê o interrogatório como o primeiro ato do processo.

(12)

Proc. Crimes contra a honra

CPP 519 a 523. Destaque: audiência de

“reconciliação” e oitiva em separado das partes

pelo Juiz (crítica).

Atenção para as consequências advindas da

compreensão do STF a respeito do momento do

interrogatório (após a reforma processual de

agosto de 2008).

Difícil aplicabilidade, dada a competência do

JECRIM.

Ofendido: Presidente da República ou chefe de

Estado estrangeiro – requisição do MJ.

(13)

Proc. crimes praticados por

funcionário público

Vale a mesma observação em relação ao

momento do interrogatório (STF Info 620).

O procedimento já trazia a resposta preliminar

por escrito. Como compatibilizar tal previsão

com a reforma havida em ago/2008? Tem-se

uma “ordinarização” do rito (CPP 394, § 4.º).

Mas, afinal, é necessário resposta preliminar por

escrito antes do recebimento previsto no CPP

396? Tema não é pacífico.

STJ Súmula 330.

 É desnecessária a resposta preliminar de que trata o artigo 514 do Código de Processo Penal, na ação penal instruída por inquérito policial.

(14)

O procedimento especial (notificação

preliminar) só se aplica nos chamados

“delitos funcionais típicos”: arts. 312 a 326

do Código Penal (e não em todos os

crimes praticados por funcionário

público).

(15)

Tribunal do Júri

Procedimento bifásico:

1.ª fase: juízo de admissibilidade (judicium

accusationis)

2.ª fase: juízo de mérito (judicium causae)

Reforma processual: fase preliminar com

prazo definido para encerramento – 90

dias.

(16)

1.ª FASE

Oferecimento da peça acusatória:

8 testemunhas

Recebimento ou rejeição da inicial (CPP

395)

Recebimento (CPP 396)

Citação: por mandado (ou precatória)

réu não encontrado – edital (CPP 361)

Citação com hora certa – como no CPC

Apresentação de defesa escrita (CPP 406)

Prazo: 10 dias (contados do cumprimento do

mandado ou do comparecimento pessoal do acusado

ou de seu advogado)

(17)

Conteúdo: defesas (preliminar e mérito);

testemunhas; inimputabilidade (se for tese

única); acompanha exceções.

Não oferecimento da resposta escrita ou acusado

citado por edital que não comparece nem

constitui defensor: nomeação de defensor dativo

(CPP 408)

Audiência de instrução, debates e julgamento

(CPP 411).

Prazo: 10 dias.

Regra: audiência única (concentração)

Identidade física do juiz.

(18)

Ordem dos atos:

Declarações do ofendido; oitiva das testemunhas de

acusação e defesa (inquirição direta pelas partes);

esclarecimentos dos peritos; reconhecimento de

pessoas e coisas; interrogatório; debates orais (20

min porrogáveis por mais 10 – assistente 10 min)

Decisão monocrática (HIPÓTESES):

PRONÚCIA (CPP 413)

Fundamentação mínima, linguagem comedida,

materialidade e autoria, decisão não pode ser

lida em plenário (mas jurados recebem cópia).

(19)

IMPRONÚNCIA (CPP 414)

Juiz não se convence de autoria e/ou

materialidade.

Surgimento de novas provas.

ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA (CPP 415)

a) Provada a inexistência do fato;

b) Provado não ser o acusado autor ou partícipe do

fato;

c) O fato não constitui infração penal;

d) Demonstrada causa de isenção de pena ou de

exclusão do crime.

(20)

Recursos – absolvição sumária e

impronúncia (CPP 416)? apelação.

Solução para a “crise de instância” (CPP

420, parágrafo único).

O réu solto não encontrado deve ser intimado da

(21)

2.ª FASE

Preparação para o plenário (Para Nucci: fase

autônoma – posição isolada)

Oferta de rol de testemunhas e diligências pendentes.

Prazo de 5 dias. Supressão do libelo-crime acusatório.

A decisão de pronúncia balizará a quesitação.

Desaforamento: CPP 427 e 428.

Reforma ampliou hipóteses de desaforamento,

alterou a competência para julgamento e definiu

que o Júri será realizado em outra comarca da

mesma região, salvo se subsistirem os motivos que

ensejaram o deslocamento de competência.

Nova hipótese: Se houver excesso de serviço, desde que

o julgamento não possa ser realizado no prazo de 6

meses, a partir da preclusão da pronúncia.

(22)

Idade mínima para participar do Júri: 18

anos (CPP 436).

Realização do julgamento na ausência do

acusado.

Réu solto: sem restrição.

Réu preso: desde que haja requerimento prévio

assistido por advogado.

Leitura de peças (CPP 473, § 3.º).

Debates

Tempo para apartes: 3 minutos (CPP 497, XII).

Vedação de menção: à decisão de pronúncia, bem

como as posteriores que a confirmaram; ao uso de

algemas; ao silêncio do acusado.

(23)

Inovar tese na tréplica: STJ

HC 61.615 (Carvalhido) versus 65.379 (Dipp).

Quesitos: simplificação e quesito genérico.

Extinção do protesto por novo júri.

(24)

Quesito genérico: controvérsias e

críticas

Formulação obrigatória (sempre)?

Cf. CPP 490, p.u. versus 483, § 2.º

Respondidos afirmativamente o primeiro e o segundo

quesitos, ausente tese meritória de defesa (p.ex. tese

única de negativa de autoria):

Resposta afirmativa implica contradição? CPP 490, caput

Há ampla liberdade de votação (voto de clemência)?

Subsiste a apelação por decisão manifestamente

contrária à prova dos autos?

(25)

STJ:

Formulação do quesito é sempre

obrigatória:

“O quesito absolutório genérico, previsto no artigo 483,

inciso III, do Código de Processo Penal, é obrigatório,

independentemente da tese defensiva sustentada em

plenário, em razão da garantia constitucional da plenitude de

defesa, cuja ausência de formulação acarreta nulidade

absoluta”.

REsp 1245480/DF, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO

BELLIZZE, QUINTA TURMA, julgado em 19/04/2012, DJe

08/06/2012

(26)

Formulação do quesito é obrigatória. Não se aplica o

CPP 490, caput, quando o Juiz verificar “contradição”.

Permanece a figura do recurso de apelação contra

decisão manifestamente contrária à prova dos autos.

 “1. Segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, o quesito previsto no art. 483, inciso III, do Código de Processo Penal, é obrigatório e, dessa forma, não pode ser atingido pela regra da prejudicialidade descrita no parágrafo único do art. 490 do mesmo diploma legal. Precedentes. 2. O fato de a decisão dos jurados se distanciar das provas coletadas durante a instrução criminal não justifica a renovação da votação ou caracteriza contrariedade entre as respostas. Eventual discordância da acusação deve ser ventilada por meio do recurso próprio, nos termos do art. 593, inciso III, alínea d, do Código de Processo Penal. 3. Os jurados são livres para absolver o acusado, ainda que reconhecida a autoria e a materialidade do crime, e tenha o defensor sustentado tese única de negativa de autoria.”

Cf. HC 200.440/SP, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO

BELLIZZE, QUINTA TURMA, julgado em 15/03/2012, DJe

02/04/2012

(27)

Lei 12.694/2012 – Julgamento

colegiado de Organizações criminosas

Inspiração: “Juízes sem rosto” e ADI 4.414/AL

(cf. Info STF 667). Comentários:

Lei estadual não pode conceituar “organização

criminosa” (aplica-se conceito da L. 9.034/1995).

Lei estadual pode criar varas especializadas (cível ou

criminal).

Conceito de crime organizado. Características:

Observações:

 Min. Celso de Mello: convenção internacional não se presta a tipificar crime (reserva legal estrita).

 Min. Peluso: organização criminosa não diz respeito a fatos, mas a autores de crime e modo de execução.

 Min. Lewandovski: três figuras (a) quadrilha (CP, art. 288); b) associação criminosa (Lei 11.343/2006, art. 35); e c) associação (Lei 2.889/56, art. 2º)

(28)

◦ “Considerou que o conceito de “crime organizado” seria intrinsecamente fluido e mutável, de acordo com as diversas culturas e meios sociais. Rememorou a

Convenção de Palermo, incorporada ao ordenamento brasileiro desde 2004,

cuja definição desse gênero de delito seria vaga e imprecisa (artigo 2, a, b e c). Ademais, enumerou as características desse gênero de crimes, reconhecidas pela doutrina e jurisprudência: a) pluralidade de agentes; b) estabilidade ou

permanência; c) finalidade de lucro; d) divisão de trabalho; e) estrutura empresarial; f) hierarquia; g) disciplina; h) conexão com o Estado; i) corrupção; j) clientelismo; k) violência; l) relações de rede com outras organizações; m) flexibilidade e mobilidade dos agentes; n) mercado ilícito ou exploração ilícita de mercados lícitos; o) monopólio ou cartel;

p) controle territorial; q) uso de meios tecnológicos sofisticados; r)

transnacionalidade ou internacionalidade; s) embaraço do curso processual; e t) compartimentalização. Reputou não haver consenso a

respeito das características essenciais dessa figura delitiva, bem como que a lei impugnada poderia ter escolhido qualquer critério para fixar a competência da vara criminal em razão da natureza do crime. Ressurtiu que o Enunciado 722 da Súmula do STF não se aplicaria ao caso, tendo em vista que a norma estadual não veicularia tipo penal incriminador, nem transbordaria de sua competência para tratar de organização judiciária. Além disso, não verificou afronta aos princípios do juiz natural, da vedação à criação de tribunais de exceção e da legalidade (CF, art. 5º, LIII, XXXVII, II e XXXIX, respectivamente)”.

Info 617 - Organização criminosa e vara especializada – 3 - ADI

(29)

Lei 12.694 – pontos principais

Julgamento colegiado em primeiro grau

de jurisdição (não é só para julgar, mas

para diversos atos – art. 1.º):

 I - decretação de prisão ou de medidas assecuratórias;

 II - concessão de liberdade provisória ou revogação de prisão;

 III - sentença;

 IV - progressão ou regressão de regime de cumprimento de pena;  V - concessão de liberdade condicional;

 VI - transferência de preso para estabelecimento prisional de segurança máxima; e

 VII - inclusão do preso no regime disciplinar diferenciado.

Colegiado instaurado por ato do Juiz (e

não do Tribunal):

“indicando os motivos e as circunstâncias

que acarretam risco à sua integridade física em decisão fundamentada”

(30)

Competência do colegiado: para o ato, e

não para o processo (art. 1. º, § 3.º)

Ofensa ao Juiz natural? O colegiado não afasta o

juiz da causa.

Ofensa à ampla defesa? Apreciação de igual ou

melhor qualidade.

Possibilidade de reunião por meio

(31)

Altera o CP 91, inc. I:

perda de bens ou valores equivalentes ao produto

ou proveito do crime, quando estes não forem

encontrados ou quando se localizarem no exterior

Altera o CPP 144-A:

autoriza a alienação antecipada de bens

apreendidos, sempre que estiverem sujeitos a

qualquer grau de deterioração ou depreciação, ou

quando houver dificuldade para sua manutenção

Referências

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